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FICHA DO CURSO 2
OBJETIVO 2
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO 2
METODOLOGIA 4
BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA 4
CURRICULUM RESUMIDO DO PROFESSOR 4
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO:
1.1 – Conceitos
1.2 – Principais Usuários
1.3 – Especializações da Contabilidade
1.4 – Técnicas da Contabilidade
3.1 – Contas
3.2 – Plano de Contas
3.3 – Livros Contábeis e Fiscais
3.4 – Débito e Crédito
3.5 – Mecanismo de Débito/Crédito
3.6 – Método das Partidas Dobradas
3.7 – Partidas de Diário
3.8 – Balancete de Verificação
3.9 – Atos e Fatos Contábeis
4.1 – Causas
4.2 – Período Contábil
4.3 – Formação do Resultado
4.4 – Receitas e Despesas
4.5 – Regime de Competência
4.6 – Mecanismo de Débito/Crédito no Resultado
4.7 – Demonstração do Resultado do Exercício/DRE
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Unidade V - BALANÇO PATRIMONIAL
5.1 – Conceito
5.2 – Critérios de Classificação de Ativos
5.3 – Critérios de Classificação de Passivos
5.4 – Critérios de Classificação dos Resultados de Exercícios Futuros
5.5 – Critérios de Classificação do Patrimônio Líquido de acordo com a Lei das S/A
5.6 – Reservas
5.7 – Provisões
5.8 – Procedimentos para Levantamento do Balanço Patrimonial
METODOLOGIA
Exposição dos temas com debates abertos. Apresentação de embasamento teórico dos assuntos
seguidos da aplicação de Exercícios.
BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA
Iudícibus, Sérgio e outros. Contabilidade Introdutória. São Paulo: Atlas, 9ª Edição, 1.998.
Iudícibus, Sérgio e outros. Curso de Contabilidade para não contadores . São Paulo: Atlas,
2ª Edição, 1.999.
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UNIDADE I – NOÇÕES PRELIMINARES
1.1 Conceito
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UNIDADE II – ESTÁTICA PATRIMONIAL
Ativo – Componente que representa a “parte positiva” do Patrimônio, formado pelos bens e
direitos da entidade, apresentados no lado esquerdo do Balanço Patrimonial.
Passivo – Representa a “parte negativa” do Patrimônio, formado pelas obrigações
assumidas pela entidade, ou seja, suas dívidas, em regra geral, este componente é
apresentado no lado direito do Balanço Patrimonial.
Patrimônio Líquido (PL) – É o Componente Patrimonial que representa a diferença entre o
Ativo e o Passivo1 da entidade. As contas a serem registradas no PL se caracterizam por
não reunirem condições de classificação nos componentes do Ativo ou Passivo da
entidade. Neste componente está registrado o Capital Social, que representa o montante de
recursos dos sócios inserido no negócio.
Parimônio Líquido
(AxP)
2.3 Bens
Quanto à substância
Tangíveis - aqueles que possuem forma física, são palpáveis, ocupam espaço.
Ex.: mesas, cadeiras, veículos, etc.
1
Do ponto de vista da teoria contábil o lado direito do balanço patrimonial é subdividido em dois componentes
básicos: o Passivo e Patrimônio Líquido. No entanto, a Lei das S/A 6404/76 no parágrafo 2o. do artigo 178,
nomeia o lado direito como Passivo, gerando desta forma uma confusão com a nomenclatura utlizada nesta
demonstração contábil.
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Intangíveis - são aqueles que não possuem forma física, são incorpóreos, não ocupam espaço.
Ex.: Marcas, patentes, direitos autorais.
Quanto a Mobilidade
Móveis – Aqules que podem ser removidos sem risco de danos e avarias.
Ex.: Veículo, Máquinas, Equipamentos, Dinheiro, Gado, etc.
Imóveis – Aqueles que não podem ser removidos sob risco de danos ou destruição.
Ex.: edifícios, construções, reservas florestais, etc ...
Obs.: Por exceção prevista em Lei, os navios e aviões de bandeira estrangeira são considerados
bens imóveis, uma vez que são tratados como parte de território nacional.
2.4 Direitos
2.5 Obrigações
São os valores que estão na posse da empresa, mas que são de propriedade de terceiros,
ou seja, as dívidas assumidas pela empresa, como os empréstimos bancários, os impostos a
pagar, os valores a pagar referente a compras e serviços recebidos a prazo.
Ex.: Bancos Conta Empréstimos; Duplicatas a Pagar; Fornecedores; Impostos a Pagar;
Impostos a Recolher; etc.
Ex.:
Balanço Patrimonial
ATIVO PASSIVO
Caixa $ 20.000 Contas a Pagar $ 70.000
Contas a Receber $ 80.000
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Capital Social $ 30.000
Total do Ativo $ 100.000 Total do Passivo ($ 100.000)
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A = P - Situação Líquida Nula ou Compensada.
Balanço Patrimonial
ATIVO PASSIVO
Caixa $ 20.000 Contas a Pagar $ 70.000
Contas a Receber $ 80.000 Fornecedores $ 30.000
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Capital Social $ 50.000
Prejuízos Acumulados ($ 50.000)
Balanço Patrimonial
ATIVO PASSIVO
Caixa $ 20.000 Contas a Pagar $ 70.000
Contas a Receber $ 70.000 Fornecedores $ 30.000
PATRIMÔNIO LÍQUIDO2
Capital Social $ 50.000
Prejuízos Acumulados ($ 60.000)
Capital Próprio:
Parcela de recursos que representa o montante da própria entidade, descrito no P.L.
Capital de Terceiros:
Representa a parcela de recursos que pertence a grupos alheios à sociedade, está demonstrado
no Balanço Patrimonial no Passivo Exigível
2
Conforme as normas brasileiras de contabilidade (NBCT 3.2.2.13), implantadas pela Resolução CFC 686, –
onde houver Passivo a Descoberto, devido à sua excepcionalidade, a Entidade deverá modificar a forma habitual
da equação patrimonial, apresentando, de forma vertical, o ativo diminuído do passivo, tendo como resultado o
Passivo a Descoberto. O referido normativo esclarece que “Na hipótese do passivo superar o ativo, a diferença
denomina-se "Passivo a Descoberto"”.
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Representa a parcela de recursos de terceiros e da própria entidade que está inserida no
patrimônio, está demonstrado no Ativo.
Balanço Patrimonial
ATIVO PASSIVO
( Bens + direitos) (Obrigações)
Capital Total a disposição $ 100.000 Capital de Terceiros $ 30.000
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
(A - P)
Capital Próprio $70.000
EQUACÃO PATRIMONIAL
O Balanço Patrimonial, que lembra uma Balança de dois pratos, reflete a equação
patrimonial, tanto assim que podemos traduzir este termo por “igualdade patrimonial”, ou seja,
a representação do patrimônio sob a forma de uma igualdade, que é a equação patrimonial
expressa da maneira por “Ativo = Passivo + Patrimônio Líquido”. Note-se que sempre a
balança deverá ter seus pratos em equilíbrio
ATIVO PASSIVO
+ + +
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Os recursos totais que estão à disposição da empresa podem originar-se de duas fontes:
a. Capitais de Terceiros: Também conhecido como capital externo, capital alheio ou recurso
de terceiros. Corresponde as obrigações que a empresa utiliza no seu giro normal. Estes
recursos são oriundos de duas fontes:
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DÉBITO DE FUNCIONAMENTO – Obrigações que surgem em decorrência da
gestão normal da empresa.
Ex.: Fornecedores, Impostos a Recolher, Salários a Pagar, etc.
Este lado do gráfico (Balanço Patrimonial) mostra onde a empresa aplicou os recursos que
têm a sua disposição. Vejamos:
BALANÇO PATRIMONIAL
ATIVO PASSIVO
BENS OBRIGAÇÕES:
Capitais de Terceiros
DIREITOS PATRIMÔNIO LÍQUIDO:
Capitais Próprios
OBS.: A soma dos capitais de terceiros (obrigações) com os Capitais Próprios (Patrimônio
Líquido) representará o Capital Total à disposição da empresa ou Patrimônio Bruto
(total do Passivo).
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UNIDADE III – PROCEDIMENTOS CONTÁBEIS BÁSICOS
3.1 Conta
Local onde são fisicamente registrados os fatos contábeis. Basicamente existem dois
tipos de contas: as contas Patrimoniais ou Integrais – as que existem nos Componentes
Patrimoniais Básicos (Ativo, Passivo e PL) e as contas de Resultado ou Diferenciais –
formadas apenas por Receitas e Despesas.
1. Ativo
1.1. Circulante
1.1.1. Disponível
1.1.1.1 Caixa
1.1.1.1.0001 Caixa / RJ
1.1.1.1.0002 Caixa / SP
3.3 Livros
Contábeis
Diário - livro que registra as operações contábeis em ordem seqüencial, diária;
Razão - livro em folhas soltas, que registra os aumentos e diminuições das contas de forma
individual.
Auxiliares
São livros de características fundamentalmente administrativas, cuja finalidade é o de auxiliar a
Contabilidade no detalhamento de determinadas informações.
Ex.: Livro de Controle de Cobranças, Livro de Controle de Aplicações Financeiras, etc.
Fiscais
São livros que existem com o objetivo de atender as exigências dos órgãos fiscalizadores.
Ex.: Livro de Apuração do ICMS, Livro de Registro de Empregados, etc.
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3.4 Débito e Crédito
São termos utilizados pela Contabilidade para o registro dos aumentos e diminuições
nos componentes patrimoniais. O débito é registrado sempre ao lado esquerdo do razonete
enquanto o crédito do lado direito. Ex.:
QUALQUER CONTA
Débitos Créditos
( lado esquerdo) (lado direito)
Ex.: Retiraram $ 10.000 do cofre: depositou $ 5.000, na conta bancária; comprou mesas e
cadeiras, à vista, com $ 5.000, conforme NF no. 002.
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3.7 Partidas de Diário
Representa o registro das operações no Livro Diário sob uma forma padronizada.
As partidas de Diário devem conter, obrigatoriamente, as seguintes informações apresentadas
no formato a seguir.
DATA DA OPERAÇÃO
1a. Fórmula ou Partida Simples: Uma conta debitada para uma conta creditada.
Ex.: 11/08
Estoques
a Banco conta movimento $ 1.000
HIST. Valor ref. A compra de matéria
prima à vista pelo cheque 004 e NF0020.
Estoques
a Diversos
a Caixa $ 200
a Bancos cta. mov. $ 800
HIST. xxxxx
3a. Fórmula : Duas ou mais contas debitadas para uma conta creditada.
Ex: 11/08
Diversos
a Caixa
Móveis e Utensílios $ 800
Máquinas e Equiptos. $ 1.200
HIST. xxxxx
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4a. Fórmula : Duas ou mais contas debitadas para duas ou mais contas creditadas.
Ex: 11/08
Diversos
a Diversos
Móveis e Utensílios $ 800
Máquinas e Equiptos $ 1.200
a Caixa $ 200
a Duplic. a Pagar $1.800
HIST. xxxxx
FÓRMULAS D C Nº
1ª Fórmula 1 1 = 11
2ª Fórmula 1 2 = 12
3ª Fórmula 2 1 = 21
4ª Fórmula 2 2 = 22
Ex.:
Viação Aérea Vá-se S/A
BALANCETE DE VERIFICAÇÃO EM 31/12/X9
CONTAS SALDOS
DÉBITOS CRÉDITOS
Imóveis 30.000 ---
Veículos 20.000 ---
Ctas. a pagar --- 30.000
Bco. cta. movimento 20.000 ---
Capital Social --- 40.000
Totais $ 70.000 $ 70.000
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Modificativo Aumentativo: São Fatos Contábeis que ocorrem aumentando o patrimônio
da empresa.
Ex: Venda de um serviço à vista.
Misto aumentativo e diminutivo: São Fatos Contábeis que combinam fatos permutativos e
aumentativos aumentando ou diminuindo o patrimônio da entidade.
Ex: Venda de um veículo por $ 20.000, recebendo 50 % à vista, em espécie, 50 % na conta
bancária, sabendo que seu custo fora $ 18.000.
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UNIDADE IV – AS VARIAÇÕES DO PL E A FORMAÇÃO DO RESULTADO
4.3 Resultado:
Venda de produtos;
Venda de mercadorias;
Vendas de serviços;
Ganhos financeiros;
Ganhos eventuais.
Despesas são gastos que reduzem o PL, o consumo de ativos ou aumento de passivos que
objetivam direta ou indiretamente provocar um aumento do Patrimônio Líquido, superior a
diminuição que a Despesa provoca.
Ex.: salários, energia, treinamento, etc.
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Receitas, Custos e Despesas serão registradas em função da ocorrência do fato gerador que
motivou a despesa, independente do seu pagamento ou liquidação financeira.
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4.7 Demonstração do Resultado do Exercício
É a demonstração contábil que tem por objetivo discriminar a composição das Receitas
e Despesas ocorridas em determinado período contábil, detalhando a formação do Lucro ou do
Prejuízo ocorrido no período:
R E S U L T A D O:
Lucro Líquido $ 1.013
Lucro por Ação $ 2,25
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Receita Bruta das Vendas de Bens e Serviços
São classificadas nesse grupo de contas as receitas relacionadas com o objetivo social da
empresa. Por exemplo, se a empresa é uma fabricante de máquinas de lavar, as receitas
provenientes das vendas das máquinas de lavar são classificadas nesse grupo de contas.
São classificados nesse grupo de contas os custos efetivamente incorridos para realizar a
receita bruta. No caso de uma empresa que vende bens, esses custos representam transferências
da conta de produtos acabados do balanço patrimonial. No caso de uma empresa prestadora de
serviços, esses custos compreendem todos os gastos incorridos na prestação do serviço, tais
como: salários e encargos sociais do pessoal que prestou o serviço, etc.
São registradas nesse grupo de contas todas as despesas incorridas necessárias para se
efetuar a venda, tais como: propaganda, comissão dos vendedores, frete dos produtos vendidos,
etc.
São classificadas, nesse grupo de contas, as receitas e despesas operacionais que não se
enquadram como receita bruta e financeira, despesas de vendas, financeiras, gerais e
administrativas, como por exemplo: amortização de despesas pré-operacionais e resultado
negativo ou positivo na avaliação de investimentos por equivalência patrimonial.
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Receitas não-operacionais
São classificadas, nesse grupo de contas, as receitas auferidas fora do objetivo social da
empresa, como por exemplo: receita na venda de bens do ativo imobilizado e receita na venda
de participações permanentes.
Despesas não-operacionais
São registradas, nesse grupo de contas, as despesas incorridas fora do objetivo social da
empresa, tais como valor contábil de bens do ativo imobilizado baixados, despesas com multas,
etc.
Participações e contribuições
Algumas empresas fazem o cálculo com base na quantidade de ações no fim do ano,
enquanto outras o fazem com base na quantidade média de ações em circulação durante o
exercício social. Evidentemente, o segundo cálculo dá uma posição mais real em função de
ponderar o tempo de utilização do recurso para apurar a sua efetiva rentabilidade.
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UNIDADE V - BALANÇO PATRIMONIAL
5.1 Conceito
Conteúdo do Balanço
ATIVO PASSIVO
Obrigações
Ativo Circulante Passivo Circulante
Ativo Realizável a Longo Prazo Passivo Exigível a Longo Prazo
Ativo Permanente dividido em: Resultado de Exercícios Futuros
- Investimentos
Bens e Direitos
- Imobilizado
- Intangível Patrimônio Líquido, dividido em:
- Diferido Capital Social
Patrimônio
Reservas de Capital
Líquido
Ajustes de Avaliação Patrimonial
Reservas de Lucro
Ações em Tesouraria
Prejuízos Acumulados
De acordo com a Lei n.º 6.404 de 15-12-1976, no Ativo as contas devem estar dispostas
em ordem decrescente de grau de liquidez dos elementos nela registrados, nos seguintes
grupos:
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2º) Ativo Realizável a Longo Prazo:
As contas representativas dos bens e direitos realizáveis após o término do exercício
seguinte e as dos bens e direitos oriundos de negócios não operacionais realizados com
coligadas, controladas, proprietários, sócios, acionistas e diretores.
Exemplos: Conta a Receber a Longo Prazo, Empréstimos a Controladas, Depósitos Judiciais
etc.
No Ativo Imobilizado, as contas representativas dos direitos que tenham por objeto
bens destinados à manutenção das atividades da empresa, ou exercidos com essa finalidade,
inclusive os de propriedade industrial ou comercial.
Exemplos: Imóveis, Veículos, Instalações, Móveis e Utensílios, Benfeitorias em Propriedade
de Terceiros, Depreciação, etc.
De acordo com a Lei n.º 6.404/76, no Passivo as contas devem estar dispostas em
ordem decrescente de grau de exigibilidade dos elementos nela registrados, nos seguintes
grupos:
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5.4 Critérios de Classificação dos Resultados de Exercícios Futuros
De acordo com a Lei n.º 6.404/76, são classificadas como Resultado de Exercícios
Futuros as receitas de exercícios futuros, diminuídas dos custos e das despesas a elas
correspondentes. É preciso não confundir antecipações de clientes. Neste grupo ficam valores
que não mais representam obrigações de entregar bens e serviços. No fundo são lucros que, por
algum problema de competência, só irão ao resultado mais à frente.
As principais características deste grupo de contas são:
Este grupo é muito pouco utilizado na prática. No Brasil, seu uso é significativo apenas na
atividade imobiliária.
De acordo com a Lei n.º 6.404/76, são classificadas no Patrimônio Líquido as contas
representativas:
Dos investimentos dos proprietários na sociedade;
Das reservas oriundas de lucros; e
1º) Capital Social – As contas representativas do Capital subscrito e, por dedução, a parcela
ainda não realizada. As principais contas pertencentes a este grupo são: Capital e Capital a
Integralizar (esta como redutora daquela).
Com a nova Lei 11.638/07, as doações e subvenções para investimentos agora podem integrar
o resultado, como receitas. O prêmio recebido na emissão de debêntures também deixa de ser
reserva de capital podendo ser classificado como resultado.
3º) Ajuste de Avaliação Patrimonial – Serão computados enquanto não registrados no resultado
do exercício em obediência ao princípio da competência, as contrapartidas de aumentos e
diminuições de valor atribuído a elementos do ativo e passivo, em decorrência de sua avaliação
a preço de mercado (Parágrafo 5° do art. 177, Inciso I do caput do art 183 e Parágrafo 3° do art.
266, da Lei 11.638/2007)
4º) Reservas de lucros – As contas constituídas pela apropriação de lucros da empresa. Essas
reservas podem ser constituídas por imposição legal (Reserva Legal), por determinação
estatutária (Reservas Estatutárias) e por propostas aprovadas pelos proprietários – sócios e
acionistas – com finalidades específicas (Reservas para Contingências, Reservas para
Expansão etc).
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5º) Prejuízos Acumulados – Os prejuízos do exercício são transferidos para a conta Prejuízos
Acumulados e aí permanecem até a obtenção de lucro para compensação do prejuízo de acordo
com a legislação em vigor.
5.6 Reservas
Tipos de Reservas
a. Reserva Legal: Exigida através do art. nº 193 da Lei 6.404/76. Esta reserva é obtida
através da alíquota de 5% sobre o lucro líquido antes de qualquer outra destinação e o seu
acúmulo não poderá exceder a 20% do capital social.
c. Reservas Livres: São reservas criadas nas Assembléias Gerais, com fins específicos, tais
como:
c.2. Reserva de Lucros a Realizar: art. 197 da Lei 6.404/76. Em exercícios em que os
lucros a realizar ultrapassarem o total deduzido nos termos dos art. 193 e 196, a
assembléia geral poderá propor a destinar o excesso à constituição de Reserva de Lucro a
Realizar;
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5.7 Provisões
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Lançamentos contábeis da Provisão p/Devedores Duvidosos:
Pela Constituição:
Despesas c/Constituição de Provisão p/ Devedores Duvidosos
a Provisão p/Devedores Duvidosos $$$$
Exemplo:
Resultado do Exercício
- Outras Despesas Operacionais
a Duplicatas a Receber $$$$
Exemplo:
Verificamos, neste caso, que o produto X é o único que possui valor de mercado inferior
ao custo contábil. De conformidade com o Princípio da Prudência consideraremos o menor
valor. Então, para ajustar o estoque ao valor de mercado, deve-se constituir uma Provisão para
Ajuste de Estoque ao Valor de Mercado.
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No exemplo acima a diferença é a seguinte:
No Razão:
350,00
350,00
Ativo Circulante
Estoque 7.250
(-) Prov. p/Ajuste do Estoque ao Valor de Mercado (350)
Exemplo:
A Cia. MFG investidora na Cia. Guimarães & Irmãos com uma participação no valor de $
6.000,00 constata que devido a má administração da Cia. Investida, terá uma perda na ordem
de 30% do seu investimento (perda não recuperável). Então, constituiu a Provisão para Perdas
em Investimentos no valor correspondente a $ 1.800,00 (30% de $ 6.000,00 = $1.800,00).
Contabilização:
Despesas não Operacionais
a Provisão p/Perdas em Investimentos $1.800,00
Obs.: A constituição da Provisão p/Perdas em Investimentos será a débito de uma Despesa não
Operacional.
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No Balanço Patrimonial da Cia. MFG teremos, então:
Ativo Permanente
Investimentos
Participações Societárias Cia. Guimarães & Irmãos $ 6.000,00
(-) Provisão p/Perdas em Investimentos ($1.800.00)
$ 4.200,00
As Provisões para pagamentos são efetuadas quando a empresa sabe que tem ou terá
alguma obrigação a cumprir mais desconhece o seu montante. No Balanço Patrimonial os
valores das Provisões p/ Pagamentos serão classificados no grupo do Passivo Circulante.
Exemplo:
Provisão p/13° Salário.
Mensalmente a empresa deverá fazer um lançamento, com valor correspondente a 1/12 do
valor da folha de pagamentos.
Contabilização:
Despesas com 13° Salário
a Provisão p/13° Salário $$$$
Obs.: Como são valores previstos anteriormente, as provisões serão ajustadas quando do
momento do pagamento da despesa, podendo ser complementada ou revertida.
Ajustes - Devem ser executados ajustes em determinadas contas do Balanço Patrimonial com o
objetivo de adequar a demonstração contábil aos princípios e convenções contábeis, como por
exemplo, o Regime de Competência.
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Ex.: Diferença de Inventário:
- Valor contábil dos Estoques, $ 30.000
- Valor apurado pelo Inventario de Estoques $ 27.000
Ajuste:
Despesa com Inventario
a Estoque $ 3.000
Ajuste:
Despesa com Provisões de desvalorização de Estoques
a Provisão para Desvalorização de Estoques $ 3.000
Ex.: Valor de Custo de Veículos $ 120.000, adquiridos em 31/ABR, com Depreciação à taxa de
20%. a. a.
Calculo da Depreciação:
0,2 - 12 meses 0,2 X 8 = 0,1333 = 13,33%
X - 8 meses 12
Ajuste:
Despesas com Depreciação
a Depreciação Acumulada de Veículos $ 15.996
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Pelo ajuste da despesa de Seguros efetivamente incorrida até Dezembro de 19X7
Despesas de Seguros (CONTA DE RESULTADO) (DRE)
a Despesas Antecipadas de Seguros ou Seguros a Vencer (AC)____$ 1.000
Provisão para Devedores Duvidosos – é feita visando absorver as perdas que provavelmente
ocorrerão no recebimento de créditos existentes no fechamento do Balanço Patrimonial na
conta de Duplicatas a Receber.
Pela Constituição:
Despesas c/Constituição de Provisão p/ Devedores Duvidosos
a Provisão p/Devedores Duvidosos $ 2.000
Contas de Receita:
Receitas
a Resultado do Exercício
Contas de Despesas:
Resultado de Exercício
a Despesas
Ajuste das Provisões para CSLL e IR - Após o cálculo da CSLL e IR sobre o lucro do
exercício apurado, seguirá o seguinte ajuste:
Resultado do Exercício
a Diversos
a Provisão para IR
a Provisão para CSSL
Ex.: Lucro Líquido do Exercício de $ 100.000, com distribuição de 50% aos sócios:
Resultado do Exercício
a Lucros acumulados e/ou Reserva de Lucros _____________ $ 50.000
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UNIDADE VI – OPERAÇÕES COM MERCADORIAS
CMV = EI + C – EF
Onde:
CMV = Custo da Mercadoria Vendida
EI = Estoque Inicial
C = Compras
EF = Estoque Final
Método PEPS:
Nesse método o CMV é identificado tomando-se por base de custos o preço mais antigo
da mercadoria mais antiga a ingressar nos estoques.
Método UEPS
Neste método o CMV é identificado tomando-se por base de custos o preço mais
recente da mercadoria que ingressou por último nos estoques.
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6.4. Outros elementos de operações com mercadorias
Exemplo: Estoque inicial de 10 peças de $ 1.000, cada, num total de $ 10.000 em 01/OUT.
MOVIMENTAÇÃO:
Em 02/OUT – Compra de 10 peças a $ 1.200, cada;
Em 05/OUT – Venda de 15 peças a $ 3.000, cada;
MÉTODO PEPS
MÉTODO UEPS
ENTRADA SAÍDAS SALDOS
DATA VALOR VALOR VALOR
Qtd. Qtd. Qtd.
Unit. Total Unit. Total Unit. Total
01/out - - - - - - 10 1.000 10.000
02/out 10 1.200 12.000 - - - 10 1.000 10.000
10 1.200 12.000
05/out - - - 10 1.200 12.000
5 1.000 5.000
15 17.000 5 1.000 5.000
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CUSTO MÉDIO
Tratamento contábil
Adoção da conta corrente do ICMS:
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- Pela venda de mercadorias:
Caixa
a Vendas de mercadorias
Nossas Notas Fiscais nºs ................ R$ 30.000,00
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Principais operações contábeis com IPI
A atividade principal de uma empresa industrial tradicional concentra-se nas seguintes
operações: compra, transformação e venda.
A empresa industrial compra mercadorias, transforma-os em novos produtos e os
vende. Assim, o IPI incidente nas compras de materiais cujos valores foram pagos aos
fornecedores será compensado do valor do IPI incidente na venda dos produtos fabricados com
esses materiais.
Como ocorre com o ICMS, o IPI também é apurado periodicamente, sendo mais
comum sua apuração mês a mês.
Tratamento contábil
Adoção da conta corrente do IPI:
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Pela Empresa Adquirente (varejista)
Caixa R$ 2.200,00
a Receita de Vendas R$ 2.200,00
Casos Práticos
a) Compra de mercadorias para aplicação no processo de fabricação (matéria-prima):
Neste caso, o ICMS e o IPI incidirão na venda do produto fabricado, sendo ambos
recuperáveis.
Diversos
a Caixa
Compra de matérias-primas......
Estoque de Matérias-Primas
Valor das matérias-primas ..... R$ 820,00
ICMS a Recuperar
Conf. nota fiscal....... R$ 180,00
IPI a Recuperar
Conf. nota fiscal ...... R$ 100,00 R$ 1.100,00
Diversos
a Caixa
Compra de mercadorias .....
Estoque de Mercadorias (ou Compras)
Valor das mercadorias, incluso IPI .... R$ 920,00
ICMS a Recuperar
Conforme nota fiscal ...... R$ 180,00 R$ 1.100,00
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UNIDADE VII – ESTRUTURA DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Através desse relatório, a Diretoria presta informação aos acionistas sobre diversos
aspectos do desempenho e de perspectivas da sociedade relativas a estratégias de vendas,
compras, produtos, expansão, efeitos conjunturais, legislação, política financeira, de recursos
humanos, resultados alcançados, planos, previsões etc.
É uma forma de manter os acionistas e terceiros a par do que se realiza na empresa. O
Relatório da Diretoria é uma peça em que se relata livremente aquilo que se julga importante e,
invariavelmente, "doura a pílula".
Balanço Patrimonial;
Demonstração do Resultado do Exercício;
Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados ou, se companhia aberta, por exigência
da CVM, Demonstração das Mutações do Patrimônio Liquido;
Demonstração dos Fluxos de Caixa – DFC , exceto no caso de companhia fechada com
patrimônio líquido, na data do balanço, inferior a R$ 2 milhões;
Se companhia aberta, Demonstração do Valor Adicionado – DVA.
Notas Explicativas
Os estoques estão avaliados ao custo médio de aquisição ou fabricação, que não excede
ao valor de mercado.
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Os investimentos em sociedades controladas e coligadas estão avaliados ao custo de
aquisição mais correção monetária e foram ajustados pelo método de equivalência
patrimonial.
Vencimento R$
19X3 35.000
19X4 25.000
19X5 45.000
Total 105.000
Nos empréstimos incidirão juros de 6% mais correção monetária com base na variação das
Obrigações do Tesouro Nacional – OTN e estão garantidos por estoques e bens do ativo
imobilizado nos montantes de R$ 80.000.000 e R$ 25.000.000, respectivamente.
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Cumpre salientar que as notas explicativas devem ser comparativas, ou seja, devem
abranger dois exercícios sociais.
É obrigatório apenas para as companhias abertas, ou seja, aquelas que têm papéis
negociáveis - ações ou debêntures - colocados junto ao público.
Os auditores independentes são contadores que, sem manter vínculo empregatício, são
contratados para emitir opiniões sobre a correção e veracidade das demonstrações financeiras.
Verificam os controles internos da empresa, conferem lançamentos e conciliações contábeis e
checam os saldos com os bancos, clientes e fornecedores, tudo por amostragem. Em função
disso, a opinião dos auditores tem satisfatória probabilidade de estar correta e pequena
probabilidade de falhar.
As verificações por amostragem não necessariamente detectam todos os erros e fraudes.
Por isso, fala-se em Parecer dos Auditores e não em Certificado dos Auditores.
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UNIDADE VIII – PRINCÍPIOS E CONVENÇÕES CONTÁBEIS
RESOLVE:
CAPÍTULO I
DOS PRINCÍPIOS E DE SUA OBSERVÂNCIA
CAPÍTULO II
DA CONCEITUAÇÃO, DA AMPLITUDE E DA ENUMERAÇÃO
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Seção I
O PRINCÍPIO DA ENTIDADE
Seção II
O PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE
Seção III
O PRINCÍPIO DA OPORTUNIDADE
Seção IV
O PRINCÍPIO DO REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL
Art. 7° Os componentes do patrimônio devem ser registrados pelos valores originais das
transações com o mundo exterior, expressos a valor presente na moeda do País, que serão
mantidos na avaliação das variações patrimoniais posteriores, inclusive quando configurarem
agregações ou decomposições no interior da ENTIDADE.
Parágrafo único. Do Princípio do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL resulta:
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I - a avaliação dos componentes patrimoniais deve ser feita com base nos valores de
entrada, considerando-se como tais os resultantes do consenso com os agentes externos ou da
imposição destes;
II - uma vez integrado no patrimônio, o bem, direito ou obrigação não poderão ter
alterados seus valores intrínsecos, admitindo-se, tão-somente, sua decomposição em elementos
e/ou sua agregação, parcial ou integral, a outros elementos patrimoniais;
III - o valor original será mantido enquanto o componente permanecer como parte do
patrimônio, inclusive quando da saída deste;
IV - os Princípios da ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA e do REGISTRO PELO VALOR
ORIGINAL são compatíveis entre si e complementares, dado que o primeiro apenas atualiza e
mantém atualizado o valor de entrada;
V - o uso da moeda do País na tradução do valor dos componentes patrimoniais constitui
imperativo de homogeneização quantitativa dos mesmos.
Seção V
O PRINCÍPIO DA ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA
Seção VI
O PRINCÍPIO DA COMPETÊNCIA
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Enunciado: “O contador deverá, sempre, avaliar a influência e
materialidade da informação evidenciada ou negada para o usuário à luz da relação custo-
benefício, levando em conta aspectos internos do sistema contábil...”
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8.3 Quadro comparativo
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LEI Nº 11.638, DE 28 DEZEMBRO DE 2007.
o
Altera e revoga dispositivos da Lei n 6.404, de 15
o
de dezembro de 1976, e da Lei n 6.385, de 7 de
Mensagem de veto dezembro de 1976, e estende às sociedades de
grande porte disposições relativas à elaboração e
divulgação de demonstrações financeiras.
“Art. 176.........................................................
.......................................................................
.......................................................................
“Art. 177...........................................................
.......................................................................
.......................................................................
o
§ 5º As normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários a que se refere o § 3 deste
artigo deverão ser elaboradas em consonância com os padrões internacionais de contabilidade
adotados nos principais mercados de valores mobiliários.
o
§ 6 As companhias fechadas poderão optar por observar as normas sobre demonstrações
financeiras expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários para as companhias abertas.
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o
§ 7 Os lançamentos de ajuste efetuados exclusivamente para harmonização de normas
o
contábeis, nos termos do § 2 deste artigo, e as demonstrações e apurações com eles
elaboradas não poderão ser base de incidência de impostos e contribuições nem ter quaisquer
outros efeitos tributários.” (NR)
“Art. 178..........................................................
o
§ 1 ................................................................
.......................................................................
o
§ 2 ................................................................
.......................................................................
.......................................................................” (NR)
“Art. 179..........................................................
.......................................................................
IV – no ativo imobilizado: os direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à
manutenção das atividades da companhia ou da empresa ou exercidos com essa finalidade,
inclusive os decorrentes de operações que transfiram à companhia os benefícios, riscos e
controle desses bens;
VI – no intangível: os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados à manutenção
da companhia ou exercidos com essa finalidade, inclusive o fundo de comércio adquirido.
.......................................................................” (NR)
“(VETADO)
“Patrimônio Líquido
Art. 182...........................................................
o
§ 1 ................................................................
.......................................................................
c) (revogada);
d) (revogada).
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.......................................................................
.......................................................................” (NR)
Art. 183............................................................
a) pelo seu valor de mercado ou valor equivalente, quando se tratar de aplicações destinadas à
negociação ou disponíveis para venda; e
b) pelo valor de custo de aquisição ou valor de emissão, atualizado conforme disposições legais
ou contratuais, ajustado ao valor provável de realização, quando este for inferior, no caso das
demais aplicações e os direitos e títulos de crédito;
.......................................................................
VII – os direitos classificados no intangível, pelo custo incorrido na aquisição deduzido do saldo
da respectiva conta de amortização;
VIII – os elementos do ativo decorrentes de operações de longo prazo serão ajustados a valor
presente, sendo os demais ajustados quando houver efeito relevante.
o
§ 1 .................................................................
.......................................................................
d) dos instrumentos financeiros, o valor que pode se obter em um mercado ativo, decorrente de
transação não compulsória realizada entre partes independentes; e, na ausência de um mercado
ativo para um determinado instrumento financeiro:
1) o valor que se pode obter em um mercado ativo com a negociação de outro instrumento
financeiro de natureza, prazo e risco similares;
2) o valor presente líquido dos fluxos de caixa futuros para instrumentos financeiros de natureza,
prazo e risco similares; ou
o
§ 2 A diminuição do valor dos elementos dos ativos imobilizado, intangível e diferido será
registrada periodicamente nas contas de:
.......................................................................
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I – registradas as perdas de valor do capital aplicado quando houver decisão de interromper os
empreendimentos ou atividades a que se destinavam ou quando comprovado que não poderão
produzir resultados suficientes para recuperação desse valor; ou
.......................................................................” (NR)
Art. 184............................................................
.......................................................................
III – as obrigações, encargos e riscos classificados no passivo exigível a longo prazo serão
ajustados ao seu valor presente, sendo os demais ajustados quando houver efeito relevante.”
(NR)
Art. 187............................................................
.......................................................................
.......................................................................
§ 2º (Revogado).” (NR)
Art. 188. As demonstrações referidas nos incisos IV e V do caput do art. 176 desta Lei
indicarão, no mínimo:
a) das operações;
b) dos financiamentos; e
c) dos investimentos;
....................................................................... ”(NR)
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Art. 197............................................................
o
§ 1 ................................................................
.......................................................................
.......................................................................” (NR)
Art. 199. O saldo das reservas de lucros, exceto as para contingências, de incentivos fiscais e
de lucros a realizar, não poderá ultrapassar o capital social. Atingindo esse limite, a assembléia
deliberará sobre aplicação do excesso na integralização ou no aumento do capital social ou na
distribuição de dividendos.” (NR)
Art. 226............................................................
.......................................................................
§ 3º Nas operações referidas no caput deste artigo, realizadas entre partes independentes e
vinculadas à efetiva transferência de controle, os ativos e passivos da sociedade a ser
incorporada ou decorrente de fusão ou cisão serão contabilizados pelo seu valor de mercado.”
(NR)
.......................................................................” (NR)
o o
Art. 2 A Lei n 6.404, de 15 de dezembro de 1976, passa a vigorar acrescida do seguinte art. 195-
A:
Art. 195-A. A assembléia geral poderá, por proposta dos órgãos de administração, destinar para
a reserva de incentivos fiscais a parcela do lucro líquido decorrente de doações ou subvenções
governamentais para investimentos, que poderá ser excluída da base de cálculo do dividendo
obrigatório (inciso I do caput do art. 202 desta Lei).”
o
Art. 3 Aplicam-se às sociedades de grande porte, ainda que não constituídas sob a forma de
sociedades por ações, as disposições da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, sobre escrituração
e elaboração de demonstrações financeiras e a obrigatoriedade de auditoria independente por auditor
registrado na Comissão de Valores Mobiliários.
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Parágrafo único. Considera-se de grande porte, para os fins exclusivos desta Lei, a sociedade ou
conjunto de sociedades sob controle comum que tiver, no exercício social anterior, ativo total superior a
R$ 240.000.000,00 (duzentos e quarenta milhões de reais) ou receita bruta anual superior a R$
300.000.000,00 (trezentos milhões de reais).
o
Art. 4 As normas de que tratam os incisos I, II e IV do § 1º do art. 22 da Lei nº 6.385, de 7 de
dezembro de 1976, poderão ser especificadas por categorias de companhias abertas e demais
emissores de valores mobiliários em função do seu porte e das espécies e classes dos valores
mobiliários por eles emitidos e negociados no mercado.
o o
Art. 5 A Lei n 6.385, de 7 de dezembro de 1976, passa a vigorar acrescida do seguinte art. 10-A:
“Art. 10-A. A Comissão de Valores Mobiliários, o Banco Central do Brasil e demais órgãos e
agências reguladoras poderão celebrar convênio com entidade que tenha por objeto o estudo e a
divulgação de princípios, normas e padrões de contabilidade e de auditoria, podendo, no exercício de
suas atribuições regulamentares, adotar, no todo ou em parte, os pronunciamentos e demais
orientações técnicas emitidas.
Parágrafo único. A entidade referida no caput deste artigo deverá ser majoritariamente
composta por contadores, dela fazendo parte, paritariamente, representantes de entidades
representativas de sociedades submetidas ao regime de elaboração de demonstrações
financeiras previstas nesta Lei, de sociedades que auditam e analisam as demonstrações
financeiras, do órgão federal de fiscalização do exercício da profissão contábil e de universidade
ou instituto de pesquisa com reconhecida atuação na área contábil e de mercado de capitais.”
o
Art. 6 Os saldos existentes nas reservas de reavaliação deverão ser mantidos até a sua efetiva
realização ou estornados até o final do exercício social em que esta Lei entrar em vigor.
o o
Art. 7 As demonstrações referidas nos incisos IV e V do caput do art. 176 da Lei n 6.404, de 15 de
dezembro de 1976, poderão ser divulgadas, no primeiro ano de vigência desta Lei, sem a indicação
dos valores correspondentes ao exercício anterior.
o
Art. 8 Os textos consolidados das Leis nºs 6.404, de 15 de dezembro de 1976, e 6.385, de 7 de
dezembro de 1976, com todas as alterações nelas introduzidas pela legislação posterior, inclusive esta
Lei, serão publicados no Diário Oficial da União pelo Poder Executivo.
o
Art. 9 Esta Lei entra em vigor no primeiro dia do exercício seguinte ao de sua publicação.
o
Art. 10. Ficam revogadas as alíneas c e d do § 1 do art. 182 e o § 2º do art. 187 da Lei nº 6.404,
de 15 de dezembro de 1976.
o o
Brasília, 28 de dezembro de 2007; 186 da Independência e 119 da República.
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Extrato da Lei 6.404/76
Exercício Social
Art. 175. O exercício social terá duração de 1 (um) ano e a data do término será fixada no
estatuto.
SEÇÃO II
Demonstrações Financeiras
Disposições Gerais
Art. 176. Ao fim de cada exercício social, a diretoria fará elaborar, com base na escrituração
mercantil da companhia, as seguintes demonstrações financeiras, que deverão exprimir com clareza a
situação do patrimônio da companhia e as mutações ocorridas no exercício:
I - balanço patrimonial;
c) o aumento de valor de elementos do ativo resultante de novas avaliações (artigo 182, § 3º);
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d) os ônus reais constituídos sobre elementos do ativo, as garantias prestadas a terceiros e outras
responsabilidades eventuais ou contingentes;
i) os eventos subseqüentes à data de encerramento do exercício que tenham, ou possam vir a ter,
efeito relevante sobre a situação financeira e os resultados futuros da companhia.
§ 6º A companhia fechada com patrimônio líquido, na data do balanço, não superior ao valor
nominal de 20.000 (vinte mil) Obrigações Reajustáveis do Tesouro Nacional, não será obrigada à
elaboração e publicação da demonstração das origens e aplicações de recursos.
Escrituração
Art. 177. A escrituração da companhia será mantida em registros permanentes, com obediência
aos preceitos da legislação comercial e desta Lei e aos princípios de contabilidade geralmente aceitos,
devendo observar métodos ou critérios contábeis uniformes no tempo e registrar as mutações
patrimoniais segundo o regime de competência.
SEÇÃO III
Balanço Patrimonial
Grupo de Contas
Art. 178. No balanço, as contas serão classificadas segundo os elementos do patrimônio que
registrem, e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a análise da situação financeira da
companhia.
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a) ativo circulante;
a) passivo circulante;
§ 3º Os saldos devedores e credores que a companhia não tiver direito de compensar serão
classificados separadamente.
Ativo
II - no ativo realizável a longo prazo: os direitos realizáveis após o término do exercício seguinte,
assim como os derivados de vendas, adiantamentos ou empréstimos a sociedades coligadas ou
controladas (artigo 243), diretores, acionistas ou participantes no lucro da companhia, que não
constituírem negócios usuais na exploração do objeto da companhia;
IV - no ativo imobilizado: os direitos que tenham por objeto bens destinados à manutenção das
atividades da companhia e da empresa, ou exercidos com essa finalidade, inclusive os de propriedade
industrial ou comercial;
Parágrafo único. Na companhia em que o ciclo operacional da empresa tiver duração maior que o
exercício social, a classificação no circulante ou longo prazo terá por base o prazo desse ciclo.
Passivo Exigível
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Art. 181. Serão classificadas como resultados de exercício futuro as receitas de exercícios futuros,
diminuídas dos custos e despesas a elas correspondentes.
Patrimônio Líquido
Art. 182. A conta do capital social discriminará o montante subscrito e, por dedução, a parcela
ainda não realizada.
§ 2° Será ainda registrado como reserva de capital o resultado da correção monetária do capital
realizado, enquanto não-capitalizado.
Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os seguintes critérios:
II - os direitos que tiverem por objeto mercadorias e produtos do comércio da companhia, assim
como matérias-primas, produtos em fabricação e bens em almoxarifado, pelo custo de aquisição ou
produção, deduzido de provisão para ajustá-lo ao valor de mercado, quando este for inferior;
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V - os direitos classificados no imobilizado, pelo custo de aquisição, deduzido do saldo da
respectiva conta de depreciação, amortização ou exaustão;
VI - o ativo diferido, pelo valor do capital aplicado, deduzido do saldo das contas que registrem a
sua amortização.
a) das matérias-primas e dos bens em almoxarifado, o preço pelo qual possam ser repostos,
mediante compra no mercado;
b) dos bens ou direitos destinados à venda, o preço líquido de realização mediante venda no
mercado, deduzidos os impostos e demais despesas necessárias para a venda, e a margem de lucro;
c) dos investimentos, o valor líquido pelo qual possam ser alienados a terceiros.
§ 2º A diminuição de valor dos elementos do ativo imobilizado será registrada periodicamente nas
contas de:
a) depreciação, quando corresponder à perda do valor dos direitos que têm por objeto bens
físicos sujeitos a desgaste ou perda de utilidade por uso, ação da natureza ou obsolescência;
§ 4° Os estoques de mercadorias fungíveis destinadas à venda poderão ser avaliados pelo valor
de mercado, quando esse for o costume mercantil aceito pela técnica contábil.
Art. 184. No balanço, os elementos do passivo serão avaliados de acordo com os seguintes
critérios:
III - as obrigações sujeitas à correção monetária serão atualizadas até a data do balanço.
Correção Monetária
Art. 185. Nas demonstrações financeiras deverão ser considerados os efeitos da modificação no
poder de compra da moeda nacional sobre o valor dos elementos do patrimônio e os resultados do
exercício.
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§ lº Serão corrigidos, com base nos índices de desvalorização da moeda nacional reconhecidos pelas
autoridades federais:
a) o custo de aquisição dos elementos do ativo permanente, inclusive os recursos aplicados no ativo
diferido, os saldos das contas de depreciação, amortização e exaustão, e as provisões para perdas;
b) os saldos das contas do patrimônio líquido.
§ 2º A variação nas contas do patrimônio líquido, decorrente de correção monetária, será acrescida
aos respectivos saldos, com exceção da correção do capital realizado, que constituirá a reserva de
capital de que trata o § 2º do artigo 182.
§ 3º As contrapartidas dos ajustes de correção monetária serão registradas em conta cujo saldo será
computado no resultado do exercício. (Revogado pela Lei nº 7.730, de 31.1.1989)
SEÇÃO IV
III - as transferências para reservas, os dividendos, a parcela dos lucros incorporada ao capital e o
saldo ao fim do período.
SEÇÃO V
I - a receita bruta das vendas e serviços, as deduções das vendas, os abatimentos e os impostos;
II - a receita líquida das vendas e serviços, o custo das mercadorias e serviços vendidos e o lucro
bruto;
SEÇÃO VI
a) dividendos distribuídos;
CAPÍTULO XVI
SEÇÃO I
Lucro
Participações
Parágrafo único. Aplica-se ao pagamento das participações dos administradores e das partes
beneficiárias o disposto nos parágrafos do artigo 201.
Lucro Líquido
Art. 191. Lucro líquido do exercício é o resultado do exercício que remanescer depois de
deduzidas as participações de que trata o artigo 190.
SEÇÃO II
Reserva Legal
Art. 193. Do lucro líquido do exercício, 5% (cinco por cento) serão aplicados, antes de qualquer
outra destinação, na constituição da reserva legal, que não excederá de 20% (vinte por cento) do
capital social.
§ 1º A companhia poderá deixar de constituir a reserva legal no exercício em que o saldo dessa
reserva, acrescido do montante das reservas de capital de que trata o § 1º do artigo 182, exceder de
30% (trinta por cento) do capital social.
§ 2º A reserva legal tem por fim assegurar a integridade do capital social e somente poderá ser
utilizada para compensar prejuízos ou aumentar o capital.
Reservas Estatutárias
Art. 194. O estatuto poderá criar reservas desde que, para cada uma:
II - fixe os critérios para determinar a parcela anual dos lucros líquidos que serão destinados à sua
constituição; e
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Art. 195. A assembléia-geral poderá, por proposta dos órgãos da administração, destinar parte do
lucro líquido à formação de reserva com a finalidade de compensar, em exercício futuro, a diminuição
do lucro decorrente de perda julgada provável, cujo valor possa ser estimado.
§ 1º A proposta dos órgãos da administração deverá indicar a causa da perda prevista e justificar,
com as razões de prudência que a recomendem, a constituição da reserva.
§ 2º A reserva será revertida no exercício em que deixarem de existir as razões que justificaram a
sua constituição ou em que ocorrer a perda.
Retenção de Lucros
Art. 196. A assembléia-geral poderá, por proposta dos órgãos da administração, deliberar reter
parcela do lucro líquido do exercício prevista em orçamento de capital por ela previamente aprovado.
o
§ 2 O orçamento poderá ser aprovado pela assembléia-geral ordinária que deliberar sobre o
balanço do exercício e revisado anualmente, quando tiver duração superior a um exercício social.
(Redação dada pela Lei nº 10.303, de 31.10.2001)
Art. 197. No exercício em que os lucros a realizar ultrapassarem o total deduzido nos termos dos
artigos 193 a 196, a assembléia-geral poderá, por proposta dos órgãos da administração, destinar o
excesso à constituição de reserva de lucros a realizar.
a) o saldo credor da conta de registro das contrapartidas dos ajustes de correção monetária
(artigo 185, § 3º);
b) o aumento do valor do investimento em coligadas e controladas (artigo 248, III);
c) o lucro em vendas a prazo realizável após o término do exercício seguinte.
Limite da Constituição de Reservas e Retenção de Lucros
Art. 197. No exercício em que o montante do dividendo obrigatório, calculado nos termos do
estatuto ou do art. 202, ultrapassar a parcela realizada do lucro líquido do exercício, a assembléia-
geral poderá, por proposta dos órgãos de administração, destinar o excesso à constituição de reserva
de lucros a realizar. (Redação dada pela Lei nº 10.303, de 31.10.2001)
o
§ 1 Para os efeitos deste artigo, considera-se realizada a parcela do lucro líquido do exercício
que exceder da soma dos seguintes valores: (Redação dada pela Lei nº 10.303, de 31.10.2001)
I - o resultado líquido positivo da equivalência patrimonial (art. 248); e (Redação dada pela Lei nº
10.303, de 31.10.2001)
II - o lucro, ganho ou rendimento em operações cujo prazo de realização financeira ocorra após o
término do exercício social seguinte. (Redação dada pela Lei nº 10.303, de 31.10.2001)
o
§ 2 A reserva de lucros a realizar somente poderá ser utilizada para pagamento do dividendo
obrigatório e, para efeito do inciso III do art. 202, serão considerados como integrantes da reserva os
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lucros a realizar de cada exercício que forem os primeiros a serem realizados em dinheiro. (Redação
dada pela Lei nº 10.303, de 31.10.2001)
Art. 198. A destinação dos lucros para constituição das reservas de que trata o artigo 194 e a
retenção nos termos do artigo 196 não poderão ser aprovadas, em cada exercício, em prejuízo da
distribuição do dividendo obrigatório (artigo 202).
Art. 199. O saldo das reservas de lucros, exceto as para contingências e de lucros a realizar, não
poderá ultrapassar o capital social; atingido esse limite, a assembléia deliberará sobre a aplicação do
excesso na integralização ou no aumento do capital social, ou na distribuição de dividendos.
Reserva de Capital
V - pagamento de dividendo a ações preferenciais, quando essa vantagem lhes for assegurada
(artigo 17, § 5º).
Parágrafo único. A reserva constituída com o produto da venda de partes beneficiárias poderá ser
destinada ao resgate desses títulos.
SEÇÃO III
Dividendos
Origem
Art. 201. A companhia somente pode pagar dividendos à conta de lucro líquido do exercício, de
lucros acumulados e de reserva de lucros; e à conta de reserva de capital, no caso das ações
preferenciais de que trata o § 5º do artigo 17.
§ 2º Os acionistas não são obrigados a restituir os dividendos que em boa-fé tenham recebido.
Presume-se a má-fé quando os dividendos forem distribuídos sem o levantamento do balanço ou em
desacordo com os resultados deste.
Dividendo Obrigatório
Art. 202. Os acionistas têm direito de receber como dividendo obrigatório, em cada exercício, a
parcela dos lucros estabelecida no estatuto, ou, se este for omisso, metade do lucro líquido do
exercício diminuído ou acrescido dos seguintes valores:
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Art. 202. Os acionistas têm direito de receber como dividendo obrigatório, em cada exercício, a
parcela dos lucros estabelecida no estatuto ou, se este for omisso, a importância determinada de
acordo com as seguintes normas: (Redação dada pela Lei nº 10.303, de 31.10.2001)
I - metade do lucro líquido do exercício diminuído ou acrescido dos seguintes valores: (Redação
dada pela Lei nº 10.303, de 31.10.2001)
a) importância destinada à constituição da reserva legal (art. 193); e (Alínea incluída pela Lei nº
10.303, de 31.10.2001)
II - importância destinada à formação de reservas para contingências (artigo 195), e reversão das
mesmas reservas formadas em exercícios anteriores;
II - o pagamento do dividendo determinado nos termos do inciso I poderá ser limitado ao montante
do lucro líquido do exercício que tiver sido realizado, desde que a diferença seja registrada como
reserva de lucros a realizar (art. 197); (Redação dada pela Lei nº 10.303, de 31.10.2001)
III - lucros a realizar transferidos para a respectiva reserva (artigo 197), e lucros anteriormente
registrados nessa reserva que tenham sido realizados no exercício.
III - os lucros registrados na reserva de lucros a realizar, quando realizados e se não tiverem sido
absorvidos por prejuízos em exercícios subseqüentes, deverão ser acrescidos ao primeiro dividendo
declarado após a realização. (Redação dada pela Lei nº 10.303, de 31.10.2001)
§ 2º Quando o estatuto for omisso e a assembléia-geral deliberar alterá-lo para introduzir norma
sobre a matéria, o dividendo obrigatório não poderá ser inferior a 25% (vinte e cinco por cento) do lucro
líquido ajustado nos termos deste artigo.
o
§ 2 Quando o estatuto for omisso e a assembléia-geral deliberar alterá-lo para introduzir norma
sobre a matéria, o dividendo obrigatório não poderá ser inferior a 25% (vinte e cinco por cento) do lucro
líquido ajustado nos termos do inciso I deste artigo. (Redação dada pela Lei nº 10.303, de 31.10.2001)
§ 3º Nas companhias fechadas a assembléia-geral pode, desde que não haja oposição de
qualquer acionista presente, deliberar a distribuição de dividendo inferior ao obrigatório nos termos
deste artigo, ou a retenção de todo o lucro.
o
§ 3 A assembléia-geral pode, desde que não haja oposição de qualquer acionista presente,
deliberar a distribuição de dividendo inferior ao obrigatório, nos termos deste artigo, ou a retenção de
todo o lucro líquido, nas seguintes sociedades: (Redação dada pela Lei nº 10.303, de 31.10.2001)
II - companhias fechadas, exceto nas controladas por companhias abertas que não se enquadrem
na condição prevista no inciso I. (Inciso incluído pela Lei nº 10.303, de 31.10.2001)
§ 4º O dividendo previsto neste artigo não será obrigatório no exercício social em que os órgãos
da administração informarem à assembléia-geral ordinária ser ele incompatível com a situação
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financeira da companhia. O conselho fiscal, se em funcionamento, deverá dar parecer sobre essa
informação e, na companhia aberta, seus administradores encaminharão à Comissão de Valores
Mobiliários, dentro de 5 (cinco) dias da realização da assembléia-geral, exposição justificativa da
informação transmitida à assembléia.
§ 5º Os lucros que deixarem de ser distribuídos nos termos do § 4º serão registrados como
reserva especial e, se não absorvidos por prejuízos em exercícios subseqüentes, deverão ser pagos
como dividendo assim que o permitir a situação financeira da companhia.
o
§ 6 Os lucros não destinados nos termos dos arts. 193 a 197 deverão ser distribuídos como
dividendos. (Parágrafo incluído pela Lei nº 10.303, de 31.10.2001)
Art. 203. O disposto nos artigos 194 a 197, e 202, não prejudicará o direito dos acionistas
preferenciais de receber os dividendos fixos ou mínimos a que tenham prioridade, inclusive os
atrasados, se cumulativos.
Dividendos Intermediários
Art. 204. A companhia que, por força de lei ou de disposição estatutária, levantar balanço
semestral, poderá declarar, por deliberação dos órgãos de administração, se autorizados pelo estatuto,
dividendo à conta do lucro apurado nesse balanço.
Pagamento de Dividendos
Art. 205. A companhia pagará o dividendo de ações nominativas à pessoa que, na data do ato de
declaração do dividendo, estiver inscrita como proprietária ou usufrutuária da ação.
§ 1º Os dividendos poderão ser pagos por cheque nominativo remetido por via postal para o
endereço comunicado pelo acionista à companhia, ou mediante crédito em conta-corrente bancária
aberta em nome do acionista.
§ 2º Os dividendos das ações em custódia bancária ou em depósito nos termos dos artigos 41 e
43 serão pagos pela companhia à instituição financeira depositária, que será responsável pela sua
entrega aos titulares das ações depositadas.
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