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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO - UFRJ

INSTITUTO DE MACROMOLÉCULAS PROFª. ELOISA MANO - IMA

2º RELATÓRIO DE PRÁTICA

 RESISTÊNCIA A TRAÇÃO
 RESISTÊNCIA AO RASGAMENTO
 DUREZA

ALBERTO ANDRÉ RODRIGUES DRUMMOND

RELATÓRIO INDIVIDUAL

RIO DE JANEIRO 25 / 01 / 2006


1 - INTRODUÇÃO

- RESISTÊNCIA A TRAÇÃO

1.1 - Equipamento Utilizado : Dinamômetro Instron

Figura 1- Dinamômetro Instron assessorado por software

A resistência a tração ou tenacidade é avaliada pela carga aplicada ao material por unidade de
área,no momento da ruptura. Mede a força provocada pelo estiramento de um corpo de prova
a uma velocidade uniforme bem como a variação no comprimento da peça, determinada pela
observação de 2 marcas feitas no corpo de prova. Os polímeros em geral apresentam baixos
valores de resistência a tração. É expressa em MPa , Pa , N/m2 ou Kgf / mm2 . De acordo
com ASTM D 412 , D 638 e D882 [1].

Chamamos resiliência a capacidade de absorver energia sem sofrer deformação permanente ,é


a área sob a porção elástica da curva tensão x deformação . Os elastômeros ( borrachas em
geral ) apresentam boa resiliência. A resistência mecânica do elastomero pode ser obtida
pela área total da curva tensão x deformação [3].

Uma grande variedade de cargas é usada na indústria de borracha para melhorar e/ou
modificar as propriedades físicas de materiais elastoméricos. As cargas de maior interesse
tecnológico aumentam módulo de elasticidade, resistência à tração, à abrasão e ao
rasgamento. A morfologia da carga, ou seja, tamanho de partícula, estrutura e características
superficiais têm grande influência no desempenho mecânico de materiais elastoméricos,
sendo estas últimas as mais importantes por apresentarem sítios quimicamente ativos,
responsáveis pela interação entre a carga e as cadeias poliméricas [2].
A resposta à deformação de um material elastomérico com carga, depende de interações, que
também influenciam seu comportamento viscoelástico, e podem ser dos seguintes tipos:
- Interações polímero-polímero
- Interações polímero-carga
- Interações carga-carga
No primeiro caso, as interações entre as macromoléculas são determinadas pela natureza
química de cada componente, pela regularidade, pela mobilidade dos segmentos, pelo grau de
impedimento estérico e pela presença de ligações cruzadas, estáveis ou transientes, de nós
físicos e de terminais de cadeia no vulcanizado.Dependendo do tipo de elastômero utilizado
na formulação, podem apresentar segmentos rígidos e segmentos flexíveis na cadeia
polimérica ,tais segmentos podem sofrer interações entre si .
O segundo caso representa as interações mais importantes, pois as propriedades do
vulcanizado são dependentes delas, são caracterizadas pelo fenômeno da "borracha ligada".
Quando uma carga é incorporada à borracha, seja em misturador de rolos ou misturador
interno, parte da borracha se torna insolúvel em solventes comuns, bons para a borracha,
devido à formação de géis. Se utilizamos cargas de mesma natureza que o material polimérico
,ou seja ,quando existe alguma afinidade entre o elastômero e a carga ,esta pode atuar como
reforçador elevando a densidade de ligações cruzadas e tornando o material vulcanizado com
melhores propriedades mecânicas ,conseqüentemente as resistências a tração ,ao rasgo ,a
abrasão,etc. se tornam visivelmente maior.
O terceiro caso, isto é, interações carga-carga, foi negligenciado até final dos anos de 1970
sendo atualmente aceito que partículas primárias se unam formando agregados .
Os ensaios de tração foram realizados em um dinamômetro Instron, modelo 1101, segundo as
normas ASTM D 412 e D 624, respectivamente, à temperatura ambiente e velocidade de
separação das garras de 500 mm /min. Foram utilizados corpos de prova padronizados
conforme as descrições e informações da figura abaixo :

Figura 2

A) Resistência à tração:sz = F(força de tensão) / Ao (área de seção reta inicial);


B) Alongamento: e = (variação do comprimento) / (comprimento inicial);
C) Diagramas tensão x deformação;
D) Curvas típicas de tensão x deformação;
a) Material duro quebradiço; b) Material duro e resistente; c) Material elástico; d) Material macio e fraco; e)
Material macio e resistente

A tração aplicada  é continuamente aumentada até a ruptura da peça, que se dá


evidentemente na parte mais fina.Para cada valor de , a deformação percentual é dada por:

 = 100 ( L / L0 )
L = L – L0

E a tensão de tração aplicada na peça é dada por :

 = ( F / S0 )
Onde S0 é a área da seção transversal da parte mais fina antes da aplicação dos esforços e F é
a força aplicada ( carga ) sobre o corpo de prova ( em Kgf ) [5].

Seja P a tensão limite de proporcionalidade do material, ou seja, a máxima tensão para a


qual o material ainda segue a lei de Hooke ( a deformação é proporcional à tensão e a
relação entre tensão e deformação é o módulo de elasticidade do material ). Assim, até o
limite de proporcionalidade , vale a expressão abaixo ,onde E é o modulo de elasticidade:

P = E 

EP = ( P /  )

O alongamento representa aumento percentual do comprimento da peça sob tração, no


momento da ruptura . O módulo de elasticidade ou módulo de Young é medido pela razão
entre a tensão e a deformação, dentro do limite elástico, em que a deformação é totalmente
reversível e proporcional à tensão. Os módulos a 100%, 200% e 300% são utilizados para
caracterizar os elastômeros, e descrevem não o módulo real, mas a tensão necessária para
produzir deformações de 100%, 200% e 300%.
A resistência à tração e o alongamento na ruptura podem ser correlacionados
quantitativamente com a estrutura do polímero. Materiais com grande teor de ligações
cruzadas, como os utilizados nas espumas rígidas, são fortes e duros, porém quebradiços, e os
elastômeros ( borrachas em geral ) e espumas flexíveis tem alongamento na ruptura muito
maior. A parte inicial em linha reta da curva de tensão / deformação, onde o material exibe
perfeita elasticidade, representa microscopicamente o desenovelamento e alinhamento das
cadeias macromoleculares longas e flexíveis. Extensão posterior do polímero acarreta
deslizamento das macromoléculas com o rompimento de ligações secundárias entre cadeias
adjacentes, podendo resultar em deformações permanentes[4]. A distancia l0 para nossos
corpos de prova foi fixa em uma polegada ( 25,4 mm ) .
1.2 – RESISTÊNCIA AO RASGAMENTO

É a força em relação a espessura do material ,ou seja , é a força aplicada por unidade de
espessura necessária para expandir um corte previamente feito no corpo de prova em direção
perpendicular a força aplicada até a respectiva ruptura. Usamos geralmente as unidades Kgf/
cm , Kgf / mm .
A determinação da resistência ao rasgo é freqüentemente feita em elastômeros (ASTM D
624). no teste utilizamos o mesmo equipamento usado para avaliar a resistencia a
tração,contudo usamos um corpo de prova com outro formato. A força aplicada não é
distribuída por todo o corpo de prova , mas concentrada na posição do corte. O teste mede a
energia necessária para rasgar o corpo de prova numa velocidade específica e constante de
separação. A energia necessária inclui a energia requerida para distender totalmente o
elastômero e depende parcialmente das propriedades viscoelásticas do material, sendo,
contudo, altamente dependente da velocidade empregada. A resistência ao rasgo de uma
borracha não é relacionada à sua tensão de ruptura. Os corpos de prova para este ensaio são
observados na figura 3 abaixo:

Figura 3 – Tipos de corpos de prova para ensaios de resistência ao rasgamento


a) Bastão; b) Calcas; c) Angular; d) Entalhe.

A velocidade de separação das garras e os corpos de prova devem ser previamente


padronizados .

1.3 – ENSAIOS DE DUREZA SHORE A

- EQUIPAMENTO UTILIZADO : DURÔMETRO SHORE A

Método :ASTM D 2240 ( Shore ) e NBR 7318

Trata-se da resistência a deformação superficial . É a medida da resistência a penetração


provocada por instrumento padronizado,na superfície lisa de corpos de prova padronizados e
com espessura conhecida e bem definida . Usa-se a média ou a mediana de 5 determinações
numa escala de 0 a 100 shore A ou D . Condiciona-se os materiais segundo indicação do
método ASTM em relação a temperatura ,umidade e tempo. Os corpos de prova devem ter
área superficial suficiente para apoio no suporte do Durometro com espessura mínima de 6
mm. As ligações cruzadas aumentam a dureza enquanto a adição de plastificantes abaixam os
valores de dureza. O ângulo medido no durometro é proporcional ao valor da dureza do
material ensaiado[3].
1.4 - OBJETIVOS

1- Comparar ensaios de resistência a tração ,rasgamento e dureza de elastômeros com


diferentes formulações avaliando o efeito de dois tipos distintos de cargas nas
propriedades mecânicas dos materiais ensaiados .
2- Obter prática nos respectivos ensaios das propriedades mecânicas de elastômeros.

2 - PARTE EXPERIMENTAL

2.1 - Formulações dos materiais para os corpos de prova .

Componente Formula 1 Formula 2 Formula 3

SBR 100 100 100

ZnO 5 5 5
Acido Esteárico
1 1 1

Enxofre 2 2 2

CBS 2 2 2

Negro de Fumo - 20 -

Caulim - - 20
OBS: Composição em phr

2.2 - Ensaios de Dureza :

Equipamento : Durometro Shore A

Formulação dos elastomeros utilizados:

NR – Goma pura
NR – 5 phr de mica
SBR – 20 phr de negro de fumo
NBR – Goma pura
NBR Nitrilica – 30 phr celulose
SBR – 20 phr caulim
SBR – Goma pura
2.3 – PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

- Resistência a Tração

Foi utilizado o dinamômetro Instron modelo 1101 segundo as normas ASTM D 412 e D
624 na temperatura ambiente , o corpo de prova é colocado nas garras e após seleciona-se
o valor da carga a ser aplicada . Após se aciona o sistema de tração a velocidade pré fixada
( usamos 50 cm /min ) e ao mesmo tempo aciona-se o registrador gráfico ,no caso de um
equipamento mais moderno e informatizado é acionado o respectivo software que inclusive
pode iniciar-se automaticamente via sensores.

Foi utilizado um registrador gráfico convencional com papel milimetrado que foi acionado
ao mesmo tempo em que se deu inicio a tração,o alongamento dos corpos de prova foram
medidos em relação a uma escala milimetrada e foi anotado no traçado os pontos relativos
a cada 50 mm de alongamento medido na régua graduada .O corpo de prova usado possui a
forma descrita na figura 2B e a respectiva distância L0 foi padronizada como 25,4 mm ( 1
in ) .

- Resistência ao Rasgamento

Foi usado o mesmo equipamento descrito para o ensaio de resistência a tração ,porem
usamos outro tipo de corpo de prova ,como o da figura 3C . Não é necessário anotar os
valores de alongamento percentual ,mas somente o final do traçado que corresponde a
tração máxima de rasgamento . toda a metodologia empregada é semelhante ao ensaio
anterior.

F
= e

Onde  é a resistência ao rasgamento,  F = ( F - F0 ) = carga aplicada, e é a espessura


do corpo de prova.

- Dureza Shore A

Usamos o Durometro Shore A , este equipamento consiste em uma ponta penetrante


padronizada , foram feitas 5 medidas para cada composição e tomou-se as medianas dos
valores obtidos numa escala de 0 a 100° Shore A. O ensaio de dureza foi realizado segundo
norma ASTM D 2240 na temperatura ambiente . Os corpos de prova tinham área superficial
suficiente para o apoio do suporte com o indentor e uma espessura média de 6 mm .
3 - RESULTADOS E DISCUSSÃO

Fórmula 3 - Formulação com SBR com 20 phr de negro de fumo


Resistência a Tração I II III IV V Mediana
Espessura ( mm ) 1,97 2,01 1,95 1,96 1,98 1,97
Largura ( mm ) 5,7 5,8 6,0 5,8 6,0 5,8
Comprimento entre 25,4 25,4 25,4 25,4 25,4 25,4
marcas ( mm)
Área Seção 11,23 11,66 11,70 11,37 11,88 11,66
Transversal
( mm2 )
Velocidade de
separação das garras 50 50 50 50 50 50
( cm / min )
Velocidade de 50 50 50 50 50 50
registro
( cm / min )
Faixa de carga (Kgf) 10 10 10 10 10 10
Carga a 300 % 2,4 3,4 3,2 2,3 3,1 3,1
Carga de ruptura 4,3 4,5 4,5 4,0 4,1 4,3
(Kgf )
Tração a 300 % 0,214 0,292 0,274 0,202 0,261 0,261
( Kgf / mm2 )
Tração na Ruptura 0,383 0,386 0,385 0,352 0,345 0,383
( kgf /mm2)
Modulo de
elasticidade a 300 % 0,0007124 0,0009720 0,0009117 0,0006743 0,0008698 0,0008698
Alongamento na
ruptura ( % ) 400 360 400 380 370 380
Resistência ao I II III IV V VI MEDIANA
Rasgamento
Espessura ( mm) 2,15 2,07 2,04 2,10 2,22 2,28 2,20

Velocidade de 50 50 50 50 50 50 50
Separação das garras
( cm / min )
Velocidade de 50 50 50 50 50 50 50
Registro ( cm / min )
Faixa de Carga 5 5 5 5 5 5 5
( Kgf)
Carga ( Kgf ) 4,0 4,3 3,8 3,8 ---------- 3,2 3,8
Tração no 1,86 2,07 1,86 1,81 ---------- 1,40 1,86
Rasgamento
( kgf/mm )
Dureza Shore A I II III IV V Mediana
35,5 34,0 36,0 35,0 37,0 35,5
S BR - 20 phr negro de fumo - Tração x Alongamento

0,4
Tração ( Kgf /mm2 )

0,35
y = 0,0002x 1,2858
0,3 R2 = 0,9949

0,25

0,2

0,15

0,1

0,05

0
0 50 100 150 200 250 300 350 400

Alongamento ( % )

SBR - 20 phr Negro de Fumo - Modulo de Elasticidade x tração

0,0012

y = 0,0162x3 - 0,0102x2 + 0,0029x + 0,0005


0,001 R2 = 0,9847
Modulo de elasticidade

0,0008

0,0006

0,0004

0,0002

0
0 0,05 0,1 0,15 0,2 0,25 0,3 0,35 0,4

Tração ( Kgf / mm2 )


Fórmula 2 - Formulação com SBR com 20 phr de caulim
Resistência a I II III IV V Mediana
Tração
Espessura ( mm ) 2,14 2,24 2,05 1,94 2,01 2,05
Largura ( mm ) 5,6 5,7 5,8 5,7 5,9 5,7
Comprimento entre 25,4 25,4 25,4 25,4 25,4 25,4
marcas ( mm)
Área Seção 11,98 12,77 11,88 11,98 11,86 11,98
Transversal
( mm2 )
Velocidade de
separação das garras 50 50 50 50 50 50
( cm / min )
Velocidade de 50 50 50 50 50 50
registro
( cm / min )
Faixa de carga (Kgf) 5 5 5 5 5 5
Carga a 300 % 2,25 2,0 1,6 2,0 2,25 2,0
Carga de ruptura 2,75 2,35 2,50 2,15 2,50 2,50
(Kgf )
Tração a 300 % 0,188 0,157 0,135 0,181 0,189 0,181
( Kgf / mm2 )
Tração na ruptura 0,229 0,189 0,210 0,194 0,150 0,210
( Kgf/mm2)
Modulo de
elasticidade a 300 % 0,000627 0,000523 0,00045 0,000603 0,00063 0,000603
Alongamento na
ruptura ( % ) 370 360 360 350 350 360
Resistência ao I II III IV V VI MEDIANA
Rasgamento
Espessura ( mm) 2,25 2,11 2,08 2,30 2,18 2,04 2,18

Velocidade de 50 50 50 50 50 50 50
Separação das garras
( cm / min )
Velocidade de 50 50 50 50 50 50 50
Registro ( cm / min )
Faixa de Carga 10 5 5 5 5 5 5
( Kgf)
Carga ( Kgf ) 2,5 2,4 2,7 2,5 1,6 2,3
Rasgamento 1,11 1,14 1,25 1,09 0,73 1,12 1,115
( kgf/mm )
Dureza Shore A I II III IV V Mediana
31 33 31 31 31 31
SBR - 20 phr Caulim - Grafico ( Tração x Alongamento )
0,25

y = 0,0004x 1,0447
R2 = 0,9999
0,2
Tração ( kgf / mm2 )

0,15

0,1

0,05

0
0 50 100 150 200 250 300 350 400

Alongamento ( % )

MODULO DE ELASTICIDADE X TRAÇÃO


SBR - 20 phr CAULIM

0,000605

0,0006 y = 26,058x5 - 19,36x4 + 5,4753x3 - 0,7267x2 + 0,0444x - 0,0004


R2 = 0,9988
0,000595
MODULO DE ELASTICIDADE

0,00059

0,000585

0,00058

0,000575

0,00057

0,000565

0,00056

0,000555

0,00055
0 0,05 0,1 0,15 0,2 0,25

TRAÇÃO ( Kg/mm2)
Formulação 1 - SBR - Goma Pura
Resistência a Tração I II III IV V VI Mediana
Espessura ( mm ) 2,08 2,28 2,18 2,00 1,94 2,10
Largura ( mm) 5,7 5,5 5,5 5,8 5,5 5,5
Comprimento entre Marcas (mm) 25,4 25,4 25,4 25,4 25,4 25,4
Área da Seção Transversal (mm2 ) 11,86 12,54 11,99 11,60 10,67 11,86
Velocidade de separação (cm/min) 50 50 50 50 50 50
Velocidade de registro (cm/min) 50 50 50 50 50 50
Faixa de carga ( Kgf ) 10 5 2 5 5 5
Carga a 300 % 2,10 --- ----- --- 1,60 1,85
Carga na Ruptura ( Kgf ) 2,5 2,0 ----- 1,75 1,60 1,88
Tração a 300 % ( Kgf/mm2) 0,1771 0,1594 ------ 0,1508 0,1499 0,1551
Modulo de Elasticidade a 300 % 0,00059 0,00053 0,00050 0,0005 0,000518
2
Tração de Ruptura ( Kgf / mm ) 0,2108 0,1595 ----- 0,1509 0,1499 0,1552
Alongamento ( % ) 350 270 ----- 270 300 285
Rasgamento I II III IV V VI Mediana
Espessura ( mm ) 1,95 1,98 2,15 2,00 2,19 2,08 2,00
Velocidade de separação (cm/min) 50 50 50 50 50 50 50
Velocidade de registro (cm/min) 50 50 50 50 50 50 50
Faixa de Carga ( Kgf ) 5 5 5 5 5 5 5
Carga ( Kgf ) 1,60 1,35 1,40 1,65 1,45 2,00 1,52
Rasgamento ( Kgf / mm ) 0,82 0,68 0,65 0,82 0,66 0,96 0,75
Dureza Shore A I II III IV V VI Mediana
30,5 30 30 30 30

Dureza – NR com 5 phr Mica

I II III

31 32 33
Mediana : 32

Dureza – NBR Goma pura

I II III

44 45 46
Mediana : 45
Dureza – SBR 20 phr de Caulim

I II III

31 31 31
Mediana : 31

Dureza – SBR Goma Pura

I II III

29 29 30
Mediana : 29

NBR – Nitrilica – 30 phr de celulose

I II III IV V

67 68,5 69 69 69
Mediana : 69

Dureza – NR goma pura

I II III IV V Mediana
27 26 25 27 26 26
4 - CONCLUSÕES

OBSERVANDO OS RESULTADOS OBTIDOS PODEMOS CONCLUIR QUE :

1. A carga de negro de fumo torna o corpo de prova mais resistente ,melhorando suas
propriedades mecânicas , esta foi a formulação que apresentou maior tração a 300 %
( 0,261 Kg/ mm2 ) ,maior tração na ruptura ( 0,383 Kgf / mm2 ) ,maior alongamento
na ruptura ( 380 % ) e maior modulo de elasticidade a 300 % .
2. O gráfico tração x alongamento para a SBR com carga de negro de fumo mostrou
uma inclinação de 0,00106, maior que no caso do SBR com carga de caulim que
mostrou uma inclinação de 0,000769 .
3. Analisando os gráficos do modulo de elasticidade x tração observamos que o SBR
com carga de negro de fumo apresenta muito menor variação de modulo de
elasticidade em função da tração aplicada .
4. O SBR com carga de negro de fumo apresentou o maior modulo de elasticidade a
300% ( 0,0008698 ) , o SBR com caulim apresentou um valor de E a 300 % igual a
0,000603 e o SBR goma pura apresentou o menor modulo de elasticidade ( 0,000518 )
nas mesmas condições .
5. O SBR com carga de negro de fumo apresenta o maior valor de resistência ao
rasgamento ( 1,86 kgf/mm) ,o SBR com carga de caulim apresentou um valor mediano
em torno de 1,12 e o SBR goma pura apresentou o menor valor mediano ( 0,75 )
como já era esperado.
6. Observou-se que a adição de cargas leva a aumento da dureza do material. O SBR
com negro de fumo apresentou a maior dureza Shore A ( 35,5 ) enquanto com caulim
a dureza ficou em torno de 31,o e o SBR goma pura apresentou menor dureza ( 30 ).
Observamos também que o NR goma pura apresenta menor dureza que o SBR e o
NBR ambos em goma pura, enquanto que o NBR goma pura é o que apresenta maior
dureza.
7. O NBR –nitrilica com carga de celulose apresentou a maior dureza Shore A ( 69 ) e
o SBR com negro de fumo também apresentou elevada dureza ( 35,5 ). Então
concluímos que as cargas orgânicas tais como negro de fumo e celulose apresentam
maior afinidade química com a estrutura do elastômero apresentando efeito reforçador
e levando a melhores propriedades mecânicas. Tais cargas levam a maiores densidades
de ligações cruzadas durante o processo de vulcanização o que provavelmente eleva
bastante a resistência mecânica do material.

Observamos que a boa escolha da carga a ser adicionada ao elastômero no processo de


formulação é de suma importância para a obtenção de propriedades desejadas que por sua vez
é função da aplicação a que se destina a peça a ser produzida.

Os ensaios de resistência a tração, resistência ao rasgamento, dureza, resistência a abrasão,


DPC, resiliência, resistência ao impacto e densidade levam a uma excelente caracterização do
elastômero em função de suas propriedades mecânicas. Apenas os ensaios de resistência a
tração , rasgamento e dureza já nos fornecem muita informação sobre o material o que nos
permite na pratica uma seleção mais adequada de materiais em função da aplicação a que se
destinam. A seleção de cargas reforçadoras e de enchimento bem como deduções sobre a
microestrutura do material estudado, também ficam facilitadas.

Bibliografia consultada

1- Biassoto Mano,Eloísa;Polímeros como materiais de engenharia,Edgard Blucher ,1991.


2- Polímeros ciência e tecnologia,vol 14 nº4,p.223-229,2004 .
3- Notas de aula ” Tecnologia de polímeros – IMA 2005 “
4- http://www.poliuretanos.com.br/Cap8/812mecanicas.htm
5- http://myspace.eng.br/eng/mat/cie_mat1.asp
6- http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-14282003000200012

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