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Arte Bizantina

Pintura

• No século V, em Bizâncio, emergiu um novo império cristão que duraria mil anos, criando
uma nova forma de arte, nascida do Cristianismo. Em Roma, nas antigas catacumbas
cristãs, há uma série de murais que datam das perseguições aos cristãos nos séculos III e
IV. São os primeiros exemplos de pintura no Período Bizantino.No século IV, o imperador
Constantino reconheceu o culto livre aos cristãos do Império Romano. A arte cristã
primitivia evoluiu então para a arte bizantina. O mosaico foi a característica principal do
período e suas características de criação influenciaram mais tarde a arte gótica. Os ícones
também marcaram esta primeira etapa da arte bizantina.Nos séculos VIII e IX, o mundo
bizantino foi dilacerado pela questão iconoclasta, uma controvérsia sobre o uso de
pinturas ou entalhes na vida religiosa. Toda representação humana que fosse realista
poderia ser considerada uma violação ao mandamento de não adorar imagens esculpidas.
O imperador Leão III proibiu qualquer imagem em forma humana de Cristo, da Virgem,
santos ou anjos. Como resultado, vários artistas bizantinos migraram para o Ocidente. Em
843, a lei foi revogada.

• Mosaico
• O mosaico é a expressão máxima da arte bizantina e, não se destinando somente a
decorar as paredes e abóbadas, serve também de fonte de instrução e guia espiritual aos
fiéis, mostrando-lhes cenas da vida de Cristo, dos profetas e dos vários imperadores.
Plasticamente, o mosaico bizantino não se assemelha aos mosaicos romanos; são
confeccionados com técnicas diferentes e seguem convenções que regem também os
afrescos. Neles, por exemplo, as pessoas são representadas de frente e verticalizadas
para criar certa espiritualidade; a perspectiva e o volume são ignorados e o dourado é
utilizado em abundância, pela sua associação a um dos maiores bens materiais: o ouro.

• Arquitectura
• A expressão artística do período influenciou também a arquitectura das igrejas. Elas eram
planeadas sobre uma base circular, octogonal ou quadrada rematada por diversas
cúpulas, criando-se edifícios de grandes dimensões, espaçosos e profusamente
decorados.A Catedral de Santa Sofia é um dos grandes triunfos da técnica bizantina.
Projectada pelos arquitectos Antêmio de Tralles e Isidoro de Mileto, ela possui uma cúpula
de 55 metros apoiada em quatro arcos plenos. Esta técnica permite uma cúpula
extremamente elevada a ponto de sugerir, por associação à abóbada celeste, sentimentos
de universalidade e poder absoluto. Apresenta pinturas nas paredes, colunas com capitel
ricamente decorado com mosaicos e chão de mármore polido.

• Escultura
• Este gosto pela decoração, aliado à aversão do cristianismo pela representação
escultórica de imagens (por lembrar o paganismo romano), faz diminuir o gosto pela
forma e consequentemente o destaque da escultura durante este período. Os poucos
exemplos que se encontram são baixos-relevos inseridos na decoração dos monumentos.

Religiao bizantina

• No aspecto religioso, podemos dar destaque sobre as feições que o cristianismo tomou
em solo bizantino. Até o processo de centralização do poder papal, em 455, o rei do
império também era considerado chefe supremo da Igreja. Essa submissão ao poder do
Papa de Roma nunca foi aceita pelos clérigos bizantinos. Além disso, os cristãos bizantinos
ainda divergiam em alguns pontos da doutrina romana. Entre outras heresias, a Igreja
Bizantina rejeitava a adoração a imagens, liderando o chamado movimento iconoclasta.
Esse movimento incentivava a destruição das imagens de santos e do Cristo. As tensões
político-ideológicas entre Roma e Constantinopla acabariam por deflagrar o Cisma do
Oriente (1054). O Cisma foi responsável por dividir a Igreja: de um lado a Igreja Católica,
sediada em Roma; de outro a Igreja Ortodoxa, sediada em Constantinopla.

Entre os séculos VI e VIII os domínios do império foram tomados por constantes invasões
promovidas tanto pelo lado ocidental quanto pelo oriental do território. Até o fim da Idade
Média, durante os séculos X ao XV, outras pressões territoriais, incluindo o movimento das
Cruzadas, e o renascimento comercial da Europa Ocidental foram responsáveis pelo
enfraquecimento do Império Bizantino. Durante a expansão turco-otamana sob o território
dos Bálcãs e da Ásia Menor, o império se viu reduzido à própria cidade de Constantinopla.
Em 1453, os trucos conseguiram invadir a cidade, mudando o seu nome para Istambul.

Cultura Bizanina

O Império Romano do Oriente, ou império bizantino, manteve-se poderoso ao longo de um


milênio, depois da queda de Roma. Síntese de componentes latinos, gregos, orientais e cristãos, a
civilização bizantina constituiu, durante toda a Idade Média européia, o principal baluarte da
cristandade contra a expansão muçulmana, e preservou para a cultura universal grande parte dos
conhecimentos do mundo antigo, sobretudo o direito romano, fonte das normas jurídicas
contemporâneas, e a literatura grega. O império bizantino teve origem no ano 330, quando o
imperador Constantinus I fundou Constantinopla, na região da colônia grega de Bizâncio (referente a
Bizas, fundador lendário da cidade). A intenção de Constantinus I era criar uma segunda capital
romana para defender as fronteiras orientais do império dos ataques de Persas, eslavos e demais
povos limítrofes. A posição estratégica - entre a Europa e a Ásia e na rota dos estreitos que permitiam
o comércio entre o mar Negro e o Mediterrâneo - converteu Constantinopla, a partir do século V, no
único centro político e administrativo do império. Originalmente, portanto, já se juntavam a parte
oriental do antigo império romano e algumas possessões africanas, sobretudo o Egito. Em termos
oficiais, o império constituiu-se após a morte de Theodosius I, ocorrida no ano 395. O mundo romano
foi então dividido entre seus filhos Arcadius e Honorius. O primeiro recebeu a região oriental, que
compreendia os territórios situados entre a fronteira natural do Danúbio e o Egito. A leste, suas
possessões se limitavam com a Arábia e o império persa; a oeste, o território bizantino fazia fronteira
com a Dalmácia, na Europa, e com a Cirenaica, na África. A subida de Arcadius ao poder, em 395,
coincidiu com uma série de problemas no império, relacionados com a influência dos germanos na
administração e no exército. Embora Arcadius reinasse sobre a pars orientalis, o império mantinha a
unidade formal sob a hegemonia política de Roma. O sucessor de Arcadius foi Theodosius II (408-450),
que em 425 criou a Escola Superior de Constantinopla, centro dedicado ao estudo de diversas
matérias como a gramática e a retórica gregas e latinas, a filosofia e o direito. Também realizou uma
compilação de leis conhecida como Codex Theodosianus. Theodosius II construiu as muralhas de
Constantinopla, com o que a capital adquiriu grande capacidade defensiva. Depois de sua morte,
assumiu o poder Marcianus (450-457), que enfrentou numerosos problemas religiosos. No Concílio de
Calcedônia, em 451, condenou-se a heresia monofisita, que defendia ter Cristo uma única natureza, e
impôs-se o pensamento religioso ortodoxo, que teve o apoio do imperador Leon I, sagrado em 457,
derrotado pelos vândalos no norte da África e assassinado em 474. No mesmo ano sucedeu-lhe Leon
II, logo substituído por Zeno (474-491), que desde 476, depois da extinção do Império Romano do
Ocidente, ficou como único imperador. Zeno teve que enfrentar dois importantes problemas: as
querelas religiosas e as rivalidades entre a corte e o exército. Depois de desbaratar uma intriga
palaciana que pretendia derrubá-lo - por um golpe de estado, Basiliscus chegou a ocupar o trono entre
475 e 476 - em vista dos problemas religiosos foi obrigado a publicar um edito de união para evitar as
cisões verificadas dentro do império, especialmente na Síria e no Egito. Anastacius I (491-518),
estadista enérgico e inteligente, foi o primeiro imperador que viu assomar o perigo dos árabes,
enquanto lutava contra os búlgaros e os citas. Em 506 foi obrigado a firmar um tratado de paz com a
Pérsia para recuperar as cidades perdidas durante o conflito que se desencadeara entre os dois
estados.
A Sociedade Bizantina

A sociedade bizantina era totalmente hierarquizada. No topo da sociedade encontrava-


se o imperador e sua família. Logo abaixo vinha a nobreza formada pelos assessores do rei.
Abaixo destes estava o alto clero. A elite era composta por ricos fazendeiros, comerciantes e
donos de oficinas artesanais. Uma camada média da sociedade era formada por pequenos
agricultores, trabalhadores das oficinas de artesanato e pelo baixo claro. Grande parte da
população era formada por pobres camponeses que trabalhavam muito, ganhavam pouco e
pagavam altas taxas de impostos. O auge deste império foi atingido durante o reinado do
imperador Justiniano (527-565), que visava reconquistar o poder que o Império Romano havia
perdido no ocidente. Com este objetivo, ele buscou uma relação pacífica com os persas,
retomou o norte da África, a Itália e a Espanha. Durante seu governo, Justiniano recuperou
grande parte daquele que foi o Império Romano do Ocidente.

A religião foi fundamental para a manutenção do Império Bizantino, pois as doutrinas


dirigidas a esta sociedade eram as mesmas da sociedade romana. O cristianismo ocupava um
lugar de destaque na vida dos bizantinos e podia ser observado, inclusive, nas mais diferentes
manifestações artísticas. As catedrais e os mosaicos bizantino estão entre as obras de arte e
arquitetura mais belos do mundo.

Os monges, além de ganhar muito dinheiro com a venda de ícones, também tinham
forte poder de manipulação sobre sociedade. Entretanto, incomodado com este poder, o
governo proibiu a veneração de imagens, a não ser a de Jesus Cristo, e decretou pena de morte
a todos aqueles que as adorassem. Esta guerra contra as imagens ficou conhecida como A
Questão Iconoclasta. Após a morte de Justiniano, o Império Bizantino ficou a mercê de diversas
invasões, e, a partir daí, deu-se início a queda de Constantinopla. Com seu enfraquecimento, o
império foi divido entre diferentes realezas feudais. Constantinopla teve sua queda definitiva no
ano de 1453, após ser tomada pelos turcos.

Atualmente, Constantinopla é conhecida como Istambul e pertence à Turquia. Apesar de


um passado turbulento, seu centro histórico encanta e impressiona muitos turistas devido à
riquíssima variedade cultural que dá mostras dos diferentes povos e culturas que por lá
passaram.

Império Bizantino
CIE- Colegio e Curso

Profº: Francinaldo

Serie: 1º ano Turno: manha

Aluna: Erika Rachel Cunha Lins

Trabalho
de
História
21 de agosto de 2008

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