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Componentes de um sistema automatizado

PARTE OPERATIVA PARTE DE COMANDO

P
C
R Sensores
O
O
M
C Interface
A
E N Homem-Máquina
S D
S
Actuadores O
O

Comunicação

Outros sistemas de comando


Parte Operativa
• A parte operativa efetua as operações
– mecânicas,
– térmicas,
– fisico-químicas
sobre a natureza dos produtos tratados pela máquina ou instalação,
transformando-os.

Estas operações podem também corresponder a ações de


deslocamento, regulação, montagem ou embalagem.
Parte de Comando
• A parte de comando:
– Diálogo com a máquina ou instalação - controle dos atuadores
tais como motores, cilíndros, válvulas e recepção de informações
por intermédio de sensores.
– Diálogo Homem-Máquina - operação, ajuste e reparação da
máquina; introdução de instruções e recepção de dados.
– Comunicação com outras máquinas - dentro de um mesmo
sistema de produção, podem existir diferentes máquinas. A
coordenação destas máquinas é conseguida pelo diálogo entre os
respectivos sistemas de controle.
Acontecimentos Discretos
• Neste módulo estuda-se:
Conceitos e técnicas de dispositivos automatizados, ao
nível do:
– Comando individual de máquinas e processos
(automatizar as ações de um determinada máquina)
– Comando centralizado de máquinas e processos
(envolve coordnação de robôs, ferramentas e unidades
de armazenamento)

Teoria de controle de acontecimentos discretos


controle
CONTÍNUO vs DISCRETO

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2
6
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controle Industrial

• Regulação automática das unidades operacionais e equipamento associado.


• Integração e coordenação das unidades operacionais que formam o sistema de
produção.

Unidades operacionais – operação de produção


Indústrias do processo versus indústrias
“discretas”

Indústrias processo – operações efetuadas em produtos como líquidos, gases,


etc…

Indústrias discretas – operações efetuadas em quantidades de produto porque


estes são partes discretas de produtos e produtos.
controle
CONTÍNUO vs DISCRETO
• controle CONTÍNUO/DISCRETO

– O QUE OS DISTINGUE?
– QUE TIPO DE VARIÁVEIS LHES SÃO
CARACTERÍSTICAS?
– QUE CATEGORIAS DE controle PODEMOS
ENCONTRAR?
Variáveis e parâmetros

Distinção estende-se às variáveis e processos que caracterizam operações de


produção.
Indústria do processo – Parâmetros e variáveis contínuos
Indústria discreta – Parâmetros e variáveis discretos
controle CONTÍNUO

• controle CONTÍNUO:
– Variável de saída não é interrompida no tempo;
– Pode assumir qualquer valor dentro de determinada gama;
– É, geralmente, do tipo analógico;
– Operações de produção nas duas indústrias são
caracterizadas por variáveis contínuas. Ex: força,
temperatura, pressão, velocidade, taxas de fluxo.

– OBJETIVO:
– Pretende-se controlar a variável de saída mantendo-a
dentro de determinado nível; similar à operação de um
sistema de controle com realimentação negativa (mas
implica várias malhas e sua coordenação).
controle contínuo

Exemplos:
• controle de uma reação química que depende da temperatura, pressão e taxas
de fluxo de reagentes.
• controle da posição de peças relativamente a uma ferramenta de corte. Implica
geração de complexas trajetórias curvilíneas.
controle CONTÍNUO
• VARIÁVEL CONTÍNUA – EXEMPLOS:

– TEMPERATURA;
60ºC

– PRESSÃO;
controle CONTÍNUO

• VARIÁVEL CONTÍNUA – EXEMPLOS:

MAX
MIN
controle CONTÍNUO

• CATEGORIAS DE controle CONTÍNUO

– controle regulador;
– controle por antecipação (Feedforward);
– controle por otimização do estado estacionário;
– controle adaptativo.
Outras estratégias controle

• Redes neuronais
• Sistemas de inteligência artificial
• Sistemas de aprendizagem
controle DISCRETO
• controle DISCRETO
– Parâmetros e variáveis do sistema são alterados em
momentos discretos no tempo;
– As variáveis tomam um número finito de valores
entre quaisquer dois valores de uma determinada
gama;
– As suas variáveis são normalmente do tipo binário;
Variáveis e parâmetros

Variável /parâmetro discreto


• Apenas pode ter determinados valores dentro duma determinada gama.
• Mais comum é binária com dois valores: ON OFF, aberto fechado
• Ex: switches detectores de fim de curso, peça presente ou não, moto ON/OFF
• Não necessitam ser variáveis binárias. Podem ter outros valores menor que
infinito. Ex: contagem de peças e amostragem num tacómetro digital.
• Exemplo especial: pulsos. Variável discreta: Pode indicar número de peças
(ativação célula fotovoltaica num tapete). Parâmetro discreto: pode accionar um
motor de passo.
Utilização do controle discreto

Utilização do controle discreto na indústria discreta


• controle de tapetes e outros materiais de transporte
• controle de sistemas automáticos de armazenamento

Estes sistemas seguem sequência bem definida de ações start-stop


controle DISCRETO

• controle DISCRETO:

– A alteração do estado das variáveis do sistema


ocorre em dois casos:

• MUDANÇAS OPERADAS POR EVENTOS;

• MUDANÇAS OPERADAS PELO TEMPO;


controle DISCRETO

• MUDANÇA OPERADA POR EVENTO

90
Km/h
Alterações provocadas por eventos

Controlador executa as alterações de variáveis em resposta ao evento que


provocou a alteração do estado do sistema

• Iniciar e terminar uma operação


• Ligar/desligar um motor

Exemplos de alterações provocadas por estes eventos

• Robot coloca uma peça num tapete e esta é detectada por um switch.
Evento que altera o estado do sistema : detecção da presença da peça.
Mudança provocada por este evento: um novo ciclo pode começar.
Exemplo de alterações provocadas por
eventos
• Seringa carregada com fluidos plásticos para injeção de material
Evento que altera estado do sistema: nível da seringa vai abaixo de um determinado valor e
um switch de detecção de nível é accionado.
Mudança provocada pelo evento: uma válvula abre-se de modo a encher a seringa de
material plástico. Quando o nível de plástico na seringa atingir o nível máximo, então a
válvula é automaticamente fechada

• Peças que passam num tapete com sensores ópticos


Evento que incrementa o contador: cada peça que passa pelos sensores.
Mudança provocada por evento: contagem de peças.

• Máquina de lavar
Evento que altera o estado do sistema: enchimento de água até nível correto.
Mudança provocada pelo evento: dispara um switch que faz para o enchimento
controle DISCRETO

• MUDANÇA OPERADA PELO TEMPO


Alterações provocadas por eventos
temporais
Controlador executa as alterações de variáveis:
• Em determinada altura
• Após um determinado tempo
• A altura em que o evento ocorre é importante

Exemplos de alterações provocadas por estes eventos


• Campainha a soar numa fábrica para indicar mudanças de turno ou intervalos
• Operações de aquecimento de peças tais como fornos: carregamento de peças para o
forno, espera um determinado tempo e descarregamento das peças.
• Ciclo de agitação da água numa máquina de lavar. Após este a máquina é
descarregada
controle DISCRETO
• MUDANÇAS OPERADAS POR EVENTOS:

– Os controladores utilizam uma lógica combinacional;

• MUDANÇAS OPERADAS PELO TEMPO:

Os controladores utilizam uma lógica


sequencial
controle de processos com o computador

Computadores digitais introduzidos em 1950 nas indústrias de processos contínuos

Antes …
• utilizavam-se controladores analógicos para implementar controle contínuo e
• sistemas baseados em relés eram utilizados em controle discreto.
Tecnologias dos computadores digitais era recente e os únicos computadores
existentes para controle dos processos eram caros. Os computadores eram:
• Lentos
• Não fiáveis
• Não eram ideias para processar aplicações de controle
• Muitas vezes mais caros que os próprios processos que controlavam.
controle de processos com o computador (2)

Em 1960 …
… computadores digitais substituíram os analógicos nas aplicações de controle
de processos contínuos e …
Em 1970 …
… os PLCs substituíram os relés nas aplicações de controle discreto
Estes avanços resultam do desenvolvimento do microprocessador.
Hoje …
… quase todos os processos industriais são controlados por computadores
digitais baseados na tecnologia dos microprocessadores.
Requisitos do controle

Controlador em tempo real

• É necessário comunicar e interagir com os processos numa base de tempo


real.
• Responder ao processo num período de tempo suficiente para não degradar a
performance do processo.
Requisitos do controle (2)

Fatores que determinam se o controlador pode operar em tempo real

• Velocidade do CPU e seus interfaces.


• Sistema Operativo do controlador
• Desenho do suporte lógico da aplicação
• Número de eventos de entrada/saída que o controlador deve responder

Requerido um sistema multi-tarefa para lidar com tempo real …

Lidar com múltiplas tarefas concorrentes sem umas interferirem com as


outras
Níveis de controle de processos industriais

Standard ANSI/ISA – S88.01-1995 divide as funções de controle de processos em


3 níveis:

• controle básico
• controle do procedimento
• controle de coordenação
Níveis de controle de processos industriais
(2)
Nível da Nível controle
Nível empresa Fluxo de
automação Fluxo de dados
Nível da planta dados
controle de
coordenação

Nível da célula ou Fluxo de


sistema dados

Nível máquina Fluxo de dados controle de


procedimento

Nível controle básico


equipamento
controle básico

• Nível mais baixo do standard


• Corresponde ao nível do equipamento na hierarquia da automação.
• Na indústria de processo, este nível lida com o controle da realimentação nas
malhas básicas de controle.
• Nas indústrias discretas, este nível lida com a atuação de servo motores e
outro atuadores nas máquinas de produção.
• Inclui funções como: controle da realimentação, polling, interlock, interrupções e
algumas ações corretivas.
• Pode ser ativado/desativado ou modificado pelos níveis de controle superiores
(procedimentos ou coordenação) ou por um comando de operador.
controle do procedimento

• Nível intermédio de controle.


• Lida com as unidades de produção nas indústrias do processo.
• Lida com o nível da máquina no nível da automação.
• No controle contínuo inclui a utilização de dados armazenados durante o “polling” para:
– calcular valores dos parâmetros do processo,
– alterar referências e outros parâmetros do processo do controle
básico
– alterar constantes de ganho de controlador.
• Em controle discreto, lida:
• com a execução do ciclo de trabalho: direccionar as máquinas para a execução de
ações numa sequência ordenada de maneira a efetuar a tarefa produtiva.
• Pode envolver a detecção de erros e procedimentos de recuperação preservando as
condições de segurança requeridas para o processo.
controle de coordenação

• Nível mais alto do standard


• Corresponde ao nível supervisor nas indústrias de processo
• Corresponde ao nível de sistema ou célula nos processos discretos
• Pode também envolver os níveis da planta e empresa da hierarquia da automação.
• Este controle inicia, direcciona ou altera a execução de programas do nível de controle
de procedimentos.
• As suas ações alteram-se com o tempo mas os seus algoritmos de controle não estão
estruturados orientados à tarefa.
• Algoritmos de controle são mais reativos e adaptativos.
• Algumas funções ao nível da célula são:
– coordenação das ações de grupos de equipamento ou máquinas
– ordens de produção para máquinas da célula e
– seleção de programas de ciclo de trabalho alternativos.
controle da coordenação (2)

Ao nível empresarial e da planta …


este controle da coordenação lida mais com:
• funções de suporte à produção, incluindo planeamento da produção e seu
escalonamento,
• coordenação entre materiais (tais como equipamento utilizado por mais do que
uma célula), e
• supervisiona a disponibilidade, utilização e capacidade do equipamento.
Estas funções de controle são conseguidas através dos computadores integrados da
companhia e o seu sistema de informações.
Sistema de controle de acontecimentos discretos

Controlador de
Conjunto Acontecimentos
ou Discretos
Actua-
Sequência Processo
dores
de ou
Acontecimentos
Controlador Lógico

Sensores
• As informações que um controlador de acontecimentos discretos recebe são binárias,
mas também o são as ordens que envia para o processo.

• Se se virem as variáveis binárias como variáveis lógicas que podem tomar os valores
de v (0) e f (1) - verdadeiro e falso, respectivamente -, então um controlador de
acontecimentos discretos pode ser descrito por um conjunto de equações lógicas que
especificam as suas saídas (ou ordens que envia para o processo) como valores de
funções booleanas das suas entradas (ou informações que recebe do processo).
Representação esquemática de contatos
normalmente abertos ou fechados
a a/

Contacto normalmente aberto Contacto normalmente fechado

Contato NA Valor de a NF Valor de a/

em repouso Aberto 0 Fechado 0

atuado Fechado 1 Aberto 1


Utilização de 3 dispositivos na malha de controle:

 Sensor/Transdutor/Transmissor;

 Controlador;

 atuador.
Sensores são de dois tipos:

 Analógicos (contínuos);
 Cobrem uma gama contínua de valores; transdutores/transmissor;

 Digitais (lógicos);
 Contêm apenas dois níveis; designam-se “tudo ou nada”, “on-off”,
binários

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