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INTRODUÇÃO
1.1- DEFINIÇÃO
CONTABILIDADE
(CIÊNCIA)
MÉTODO
FUNÇÃO FUNÇÃO
ADMINISTRATIVA ECONÔMICA
Apurar o Redito
Controlar o Patrimônio
(Resultado)
Prestar informações
OBJETO
O objeto da contabilidade é o Patrimônio das entidades econômico-administrativas.
Patrimônio é o conjunto de elementos necessários à existência das entidades.
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CAMPO DE APLICAÇÃO
Exercício Social – É o espaço de tempo (12 meses), findo qual as pessoas jurídicas
apuram os seus resultados; ele ponde coincidir, ou não, com o ano calendário, de
acordo com o que dispuser o estatuto ou contrato social da empresa.
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- Análise de balanço- consiste no processo de transformação dos dados constantes das
demonstrações financeiras em informções úteis aos diversos usuários da informação
contábil.
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Unidade 2
PATRIMÔNIO
2.1- CONCEITO
2.2- BENS
2.3 - DIREITOS
2.4 - OBRIGAÇÕES
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Demonstra-se o patrimônio de uma entidade relacionando-se todos os seus
componentes: Bens, Direitos e Obrigações, num demonstrativo chamado gráfico
patrimonial.
Por convenção, os bens e direitos são relacionados no lado esquerdo do gráfico
patrimonial enquanto no lado direito são relacionadas às obrigações.
GRÁFICO PATRIMONIAL
BENS OBRIGAÇÕES
Terrenos Duplicatas a Pagar
Máquinas Carnês a Pagar
Veículos Contas a Pagar
Impostos a Recolher
DIREITOS
Duplicatas a Receber
Carnês a Receber
Contas a Receber
Automóveis.......................................R$ 10.000
Contas a pagar....................................R$ 3.000
Contas a receber.................................R$ 5.000
Impostos a pagar................................R$ 2.000
Terrenos.............................................R$ 6.000
Duplicatas a Receber.........................R$ 7.000
Dinheiro em caixa .............................R$ 8.000
Salários pagar.....................................R$ 4.000
Móveis................................................R$ 2.000
Carnês a pagar....................................R$ 9.000
Balanço Patrimonial
Ativo Passivo
Automóveis 10.000 Contas a pagar 3.000
Contas a Receber 5.000 Impostos pagar 2.000
Terrenos 6.000 Salários a pagar 4.000
Duplicatas a Receber 7.000 Carnês a Pagar 9.000
Dinheiro em caixa 8.000
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Móveis 2.000 Situação Líquida 20.000
Sendo o ativo maior que o passível exigível, ou seja, o valor dos bens e direitos
superados o total das obrigações, diz-se que a situação líquida do patrimônio ou
patrimônio líquido é positiva, favorável, superavitária, ou ainda, podemos dizer que
existe riqueza própria.
negativa
b) ATIVO < PASSIVO → SITUAÇÕ LÍQUIDA desfavorável
deficitária
Quando o total de bens e direitos for menor do que o total das obrigações, ou
seja, o ativo é menor que o passível exigível, diz-se que a situação líquida do patrimônio
ou patrimônio líquido é negativa, desfavorável, deficitária, não existindo riqueza
própria, vindo a caracterizar passivo a descoberto.
nula
c) ATIVO = PASSIVO → SITUAÇÕ LÍQUIDA equilibrada
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Duplicatas a pagar.......................................R$ 12.000
Imóveis........................................................R$ 5.000
Impostos a pagar.........................................R$ 6.000
Balanço Patrimonial
Ativo Passivo
b) Capital Próprio
O capital próprio também conhecido como capital dos proprietários é o mesmo
que o patrimônio líquido ou situação líquida do patrimônio. Corresponde ao capital
mais lucro acumulados e reservas.
c) Capital de terceiros
Corresponde ao passivo exigível da entidade. Quando a entidade tem obrigações
exigíveis, podemos dizer que ela está utilizando capital de terceiros.
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A entrega dos recursos correspondentes ao capital subscrito chama-se
integralização de capital ou realização do capital. A integralização poderá ser
efetuada em dinheiro ou bens. Quando efetuada em bens, estes necessitam de prévia
avaliação por 3 ( três) peritos ou empresa especializada, sendo terminantemente
proibida a integralização do capital em bens, por valor superior o da avaliação.
Consequentemente, da diferença entre o capital subscrito e o capital
integralizado surge o capital a integralizar, ou a realizar.
f) Capital Subscrito
O capital subscrito corresponde ao valor dos recursos que os sócios ou acionistas
se comprometeram a entregar par a empresa para a formação ou aumento do capital
social.
2.9.1- RECEITAS
2.9.2 – DESPESAS
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Despesas são gastos incorridos com a finalidade de gerar de gerar receitas. Estes
gastos correspondem aos custos dos recursos utilizados pela entidade com seu esforço
par realizar receitas. As despesas reduzem a riqueza própria do patrimônio.
Voltando ao exemplo venda de mercadorias, quando uma empresa vende suas
mercadorias quando uma empresa vende suas mercadorias, no momento da entrega das
mercadorias vendidas, realiza-se a receita correspondente e, neste momento, ela também
incorre e na despesa custo da mercadoria vendida. Quando a entidade paga suas
despesas antecipadamente ao período de sua competência, temos um ativo denominado
despesa do exercício seguinte. Exemplificando, vejamos o caso de uma empresa que
paga em dezembro, o aluguel relativo ao mês de janeiro, de um imóvel que será por ela
utilizado. Não podemos considerar este valor pago como despesa do mês de dezembro,
mas como um direito que será convertido em despesa somente em janeiro após o uso do
referido imóvel.
2.9.3 - RESULTADO
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Unidade 3
OS FATOS CONTÁBEIS E AS VARIAÇÕES PATRIMÔNIAIS
3.1- INTRODUÇÃO
Os fenômenos ocorridos no âmbito de uma entidade, quer tenham sido
consentidos ou não pela sua administração, são classificadas como atos administrativos
ou como fatos administrativos.
Os atos administrativos são aqueles eventos que não afetam o patrimônio da
entidade, tal como selar uma carta, redigir um telegrama, atender um telefonema, etc.
Como estes acontecimentos não afetam o patrimônio da entidade. a Contabilidade não
se preocupa com eles.
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São fatos modificativos aqueles que alteram o patrimônio da entidade (bens,
direitos e obrigações) e o patrimônio líquido, aumentando ou diminuindo a riqueza
própria do patrimônio; dai a sua classificação em fatos modificativos aumentativos e
fatos modificativos diminutivos.
Os fatos modificativos aumentativos são aqueles que alteram o patrimônio da
entidade, aumentando o seu patrimônio liquido.
Exemplos:
a) venda de mercadorias com lucro - trocam-se mercadorias por ,dinheiro,
aumentando o patrimônio líquido pelo lucro auferido na operação (fato misto
aumentativo)
b) venda de mercadorias com prejuízo - trocam-se mercadorias por dinheiro, porém
o patrimônio líquido fica diminuído em virtude do prejuízo incorrido (fato misto
diminutivo)
c) pagamento de uma duplicata com juros - troca-se dinheiro por obrigação,
reduzindo o patrimônio líquido pela despesa de juros incorrida (fato misto
diminutivo)
d) recebimento de uma duplicata com juros - trocam-se direitos por dinheiro,
aumentando o patrimônio líquido pelo valor da receita de juros realizada (fato
misto aumentativo)
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A seguir, vejamos uma seqüência de eventos que visa ilustrar como se
processam a formação e as variações do patrimônio das entidades, elaborando-se o
balanço patrimonial após a ocorrência de cada fato:
1. Duas pessoas decidiram constituir uma empresa, entretanto cada uma com $ 50.000
em dinheiro, para a formação do capital social.
Observe que, ao receber o dinheiro dos sócios, no valor total de $ 100.000, surgiu no
ativo da empresa o bem dinheiro. Todavia, no momento em que a empresa recebeu o
dinheiro dos sócios, ela assumiu uma obrigação para com eles, no mesmo valor. A
obrigação da empresa para com os sócios originária da entrega de recursos para a
formação do capital da entidade chama-se, geralmente, de capital social, ou,
simplesmente, capital. Por se tratar de uma obrigação da entidade para com os seus
sócios, o capital é classificado no patrimônio liquido pois trata-se de uma obrigação não
exigível.
Desta forma, o patrimônio da empresa fica assim constituído:
Balanço Patrimonial
Ativo Passivo
Capital 100.000
Balanço Patrimonial
Ativo Passivo
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(-) Passivo Exigível. ................................. zero
(=) Patrimônio Líquido.....................$ 100.000
O patrimônio líquido da empresa continua igual, $ 100.000 representado pelo capital
social, enquanto houve uma troca do dinheiro em caixa por máquinas. Portanto, este é
um fato permutativo.
Balanço Patrimonial
Ativo Passivo
4. Compraram, a prazo, um jipe para entregas, por $ 30.000. Como a compra deste
veículo foi a prazo, não houve a utilização de dinheiro no momento da operação;
todavia, a empresa assumiu uma obrigação para com terceiros, que vamos representá-la
por Títulos a Pagar, no valor correspondente ao bem adquirido, ficando o patrimônio da
empresa assim constituído:
Balanço Patrimonial
Ativo Passivo
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(-) Passivo Exigível. ..............................30.000
(=) Patrimônio Líquido.....................$ 100.000
Embora o ativo tenha sido aumentado de $ 100.000 para $ 130.000, não alterou o
patrimônio liquido, que continua com o valor de $ 100.000. Nesta operação houve uma
permuta entre o ativo Veículo e o passivo exigível Títulos a Pagar, tratando-se, também,
de fato permutativo.
Balanço Patrimonial
Ativo Passivo
6. Venderam parte das mercadorias, á vista, por $ 60.000. Estas mercadorias custaram $
40.000.
Observe que, na venda de mercadorias, temos dois fatos que ocorrem simultaneamente:
um deles é o ingresso patrimonial decorrente da receita de venda, que reflete sobre o
patrimônio, aumentando o ativo, dinheiro em caixa, e o patrimônio liquido; e o outro é a
entrega das mercadorias vendidas, que reflete sobre o patrimônio da empresa.
diminuindo o ativo, mercadorias em estoque, e o patrimônio liquido. O efeito sobre
patrimônio líquido vai depender do resultado apurado pelo confronto entre a receita
realizada na operação e a despesa correspondente ao custo das mercadorias vendidas.
Ao resultado positivo chamamos de Lucro, o qual aumenta o patrimônio liquido como
sendo uma obrigação da empresa para com os seus proprietários. sócios ou acionistas.
Ao resultado negativo chamamos de prejuízo, o qual reduz o patrimônio liquido.
Apuração do resultado:
Receita de venda de mercadorias: $ 60.000
Custo das mercadorias vendidas $ (40.000)
(= ) Resultado (lucro) $ 20.000
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Desta forma o patrimônio da empresa fica assim constituído após esta operação:
Balanço Patrimonial
Ativo Passivo
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Unidade 4
REGISTROS CONTÁBEIS
4.1 – INTRODUÇÃO
4.2 - CONTAS
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Essa escola classifica as contas nos seguintes grupos:
Para esta escola a relação entre as contas e a entidade é uma relação material, e
não pessoal. De sorte que a conta só deve existir enquanto existir, também, o elemento
material por ela representado. Por isso, as contas são classificadas em dois grupos, a
saber:
a)Contas integrais - são aquelas representativas de bens, direitos e obrigações
exigíveis
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Estes lançamentos são efetuados segundo o Método das Partidas Dobradas,
onde a cada débito corresponde, sempre, um crédito de mesmo valor. Portanto, os
lançamentos são efetuados por registros a débito e a crédito das contas movimentadas.
Para melhor compreensão do funcionamento das contas, vamos utilizar o gráfico
da conta ou razonete.
O razonete é um gráfico em forma de "T" onde o lado esquerdo é o lado do
débito e o lado direito é o lado do crédito. Convêm observar que as palavras "débito" e
"crédito" não têm conotação positiva ou negativa, significando, simplesmente, um
registro do lado direito ou do lado esquerdo do razonete, respectivamente.
Por sua vez, o saldo de urna conta, num determinado momento, poder. Ser:
- devedor - quando a soma dos débitos for maior do que a soma dos créditos;
- credor - quando a soma dos débitos for menor do que a soma dos créditos;
- nulo - quando a soma dos débitos é exatamente igual a soma dos créditos.
Exemplos;
a) Razonete:
Nome da conta
Débitos Créditos
Devedor Credor
Saldo
a) Contas:
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Capital
100.000
100.000
Conta Caixa:
Total de débitos: R$ 20.000
Total de Créditos: R$ 14.000
Portanto, o saldo é devedor: R$ 6.000
Conta Capital:
Não teve lançamento a débito e o saldo é R$100.000 credor.
* Muito Importante!
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4.4 – REGISTRO DOS FATOS CONTÁBEIS
2°passo - identificar a que grupo cada conta pertence. Uma conta só pode pertencer a
um determinado grupo que, segundo a teoria patrimonialista são os seguintes:
3° passo - identificar qual e o efeito do fato sobre cada conta envolvida, ou seja, qual
elemento contábil aumenta ou diminui devido a este fato;
3° passo - qual o efeito deste fato sobre cada uma das contas envolvidas?
Devido a este falo o saldo da conta Caixa aumenta, porque a empresa recebe dinheiro. e
o saldo da conta Capital também aumenta porque aumentou a obrigação da empresa
para com os seus sócios.
Caixa - conta do ativo que aumenta devido a este fato. Portanto, debita-se.
Capital - conta do patrimônio liquido que também aumenta devido a este fato. Portanto,
credita-se.
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Caixa
Capital
100.000 100.000
b) Fato: compra de mercadorias a prazo por R$ 80000, aceitando uma duplicata no valor
correspondente.
3° passo - qual o efeito deste fato sobre cada uma das contas envolvidas?
Devido a este fato, aumenta o saldo da conta Mercadorias e também aumenta o saldo da
conta Duplicatas a Pagar.
Mercadoria - conta do ativo que aumenta devido a este fato. Portanto, debita-se
R$80.000.
80.000 80.000
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4.5 – BALANCETE DE VERIFICAÇÃO
BALANCETE VERIFICAÇÃO
Saldos
Contas Devedores Credores
Total
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4.7 – BALANÇO PATRIMONIAL
Exemplo:
Solução:
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4º passo: efetuar o lançamento nos razonetes
Resposta: debitar a conta Caixa. ................. S 100.000
creditar a conta Capita..................S 100.000
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4º passo: efetuar o lançamento nos razonetes
Resposta: debitar a conta Caixa....................................$ 35.000
creditar a conta Receitas de Serviços...........$ 35.000
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3º passo: qual o efeito deste fato sobre cada conta?
Resposta: saldo da conta Duplicatas a Receber aumenta
saldo da conta Receitas de Serviços também aumenta
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2º passo:) a que grupo cada conta pertence?
Resposta: Caixa é conta do ativo
Capital é conta do patrimônio liquido
a) Razonetes
100.000
35.000 20.000 100.000
50.000 20.000
8000 50.000
80.000
10.000
185.000 7000 150.000
45.0000 100.000
140.000
35.000
60.000
80.000 8.000 8.000
95.000 95.000
60.000
10.000 7.000 7.000
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Despesa com salários Salários a pagar Lucros acumulados
b) Balancete de verificação
Balancete de verificação
contas saldos
Devedor Credor
Caixa 140.000
Capital 150.000
Móveis A.R.E 100.000
Duplicatas a pagar 80.000
Receitas de Serviço 95.000
Despesa com Peças 8.000
Equipamentos 10.000
Duplicatas a Receber 60.000
Despesas de Aluguel 7.000
Despesa com Salários 25.000
Salários a Pagar 25.000
8.000 95.000
7.000
25.0000
40.000 95.000
55.000 55.000
Observe que o total das receitas foi de $ 95.000 e o total das despesas de $ 40.000,
resultando no lucro de $ 55.000, incorporado ao patrimônio líquido através da conta
Lucros.Eacumulados.
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d) Balanço Patrimonial
Balanço Patrimonial
Ativo Passivo
310.000 310.000
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Ativo
Ativo Circulante
Disponibilidades
Direitos Realizáveis
Despesa do exercício seguinte.
Ativo Realizável a Longo Prazo
Ativo Permanente
Investimento
Imobilizado
Diferido
Passivo
Passivo Circulante
Passivo Exigível a Longo Prazo
Resultado de Exercícios Futuros
Patrimônio Liquido
Capital Social
Reservas de Capital
Reservas de Reavaliação
Reserva de Lucros
Lucros ou Prejuízos Acumulados
Convém salientar que o elenco das contas não pode ser excessivamente sintético
a ponto de não proporcionar as informações requeridas pelos diversos usuários. Por
outro lado, também não deverá ser excessivamente detalhado, a ponto de gerar
informações desnecessárias.
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Unidade 5
ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL
5.1 – CONCEITO
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dentre elas as principais são: o Balanço Patrimonial e a Demonstração do
Resultado do Exercício transcrevendo-se estas demonstrações no livro Diário.
1- Local e Data
2- Conta ou contas debitadas
3- Conta ou contas ceditadas , precedida da partícula “a”
4- Valor da operação
1ª fórmula simples - quando apenas uma conta é debitada e uma única Conta é
creditada.
Lançamento:
Móveis e Utensílios
a caixa......................................................................$ 80.000
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2ª fórmula composta - quando apenas uma conta é debitada e mais de uma
conta é creditada.
Ex.: compra de uma estante, á vista, por $ 80. 000, pagando $30.000 com cheque do
banco do Brasil e aceitando uma duplicata pelo restante, $50.000.
Lançamento:
Móveis e Utensílios
a diversos
a Bancos C/Movimento...............................................$ 30.000
a Duplicatas a pagar ....................................................$ 50.000...........$80.000
Ex.: integralização do capital social no valor de $ 15. 000, sendo $5.000 em móveis e
utensílios e $10.000em dinheiro.
Lançamento:
Diversos
a capital social
caixa...............................................................$10.000
Móveis e utensílios........................................$ 5.000...........$15.000
Lançamento:
Diversos
a diversos
Despesa de aluguel....................................$ 40.000
Duplicatas a Pagar.....................................$ 90.000
a caixa.....................................................................................$ 30.000
a Bancos c/ Movimento...........................................................$100.000
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Unidade 6
ESTRUTURA DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
- Ativo Circulante,
- Ativo Realizável a Longo Prazo
- Ativo Permanente
ATIVO CIRCULANTE:
O dinheiro (caixa ou bancos), que é o item mais líquido, é agrupado com outros
itens que são transformados em dinheiro, consumidos ou vendidos a curto prazo, ou
seja, menos de um ano: Aplicações Financeiras, Estoques, Duplicatas a Receber,
Valores em Trânsito, etc. Este grupo podemos denominar de “Ativo Circulante”.
Estoques
São mercadorias a serem revendidas. No caso de uma indústria, são os produtos
acabados, bem como matéria-prima e outros materiais secundários que compõem o
produto em fabricação.
Valores em Trânsito
São remessas de numerários de uma agência (filial) para outra.
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Despesa do Exercício Seguinte
São as despesas contraídas antecipadamente e ainda não consumidas. Certamente essas
despesas serão utilizadas dentro do exercício seguinte, exemplos seguro pagos
antecipadamente.
- Títulos descontados
- Provisão para créditos de Liquidação Duvidosa
-Provisão para ajuste de Estoque ao valor de mercado
-Provisão para Ajuste de títulos imobiliários
-Depreciações Acumuladas
-Amortização Acumulada
- Exaustão Acumulada
- ATIVO PERMANENTE
São aqueles ativos que dificilmente serão vendidos, pois suas características
básicas é não se destinarem à venda. Portanto pode-se dizer que são itens sem nenhuma
liquidez para a empresa
Outra característica do Ativo Permanente é que são itens usados por vários
exercícios ( vida útil longa) e sua reposição, ao contrário do circulante, é lenta. Seus
valores não variam constantemente, daí a denominação conhecida como Ativo Fixo.
No permanente encontramos Prédios, instalações, equipamentos, móveis,
utensílios, etc. pelo seu valor bruto.
Com dedução do valor bruto encontra-se a Depreciação Acumulada que é a
perda da capacidade (pelo desgaste ou pela deterioração tecnológica) daqueles ativos
que produzem eficientemente.
Assim, tem-se o valor líquido ( valor Bruto- Depreciação Acumulada) que deve
aproximar-se do valor daqueles ativos em termos potencial capaz de trazer benefícios
futuros para a empresa.
O permanente subdivide-se em Três Grupos: Investimentos, Imobilizado e
Diferido.
Investimentos
São as participações (que não se destinam a venda) em outras sociedades e aplicações
de características permanentes que não se destinam à manutenção da atividade
operacional da empresa.
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Exemplos: Terrenos, Imóveis alugados a terceiros, obras de arte,
Imobilizado
São as aplicações que tenham por objetivo bens destinados à manutenção da Atividade
operacional da empresa.
Exemplos:
- Imóvel( onde está sediada a sede da empresa)
- Instalações
- Móveis e utensílios
- Máquinas e Equipamentos
- Marcas e Patentes
Diferido
São as aplicações de recursos em despesas, ou gastos, que contribuem para obtenção de
receita ou para formação de resultado de mais de um exercício social.
Exemplos:
- Gastos pré-operacionais
- gastos de reorganização
- Pesquisa e desenvolvimento de produtos
- Passivo Circulante
- Passivo Exigível a Longo Prazo
- Resultado de Exercício Futuro
- Patrimônio Líquido
PASSIVO CIRCULANTE
Exemplos:
- Fornecedores, credores
- Empréstimos bancários (vencíveis no Exerc´cio seguinte)
-Obrigações tributárias (IMS,IPI,ISS, IRRF)
-Contribuições Sociais (INSS,FGTS, SINDICATOS,etc.)
-Provisão para imposto de renda Pessoa jurídica
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- Provisão para Contribuição Social
- Provisão para o Imposto de renda s/lucro do Exercício
Exemplo:
- Financiamento
- Debêntures
-Obrigações tributárias (IMS,IPI,ISS, IRRF)
-Hipoteca
-Parcelamento de débitos fiscais e sociais
- Crédito a empresas coligadas e controladas
São registradas nesse grupo as receitas de exercícios futuros, diminuídas dos custos e
despesas a elas correspondentes.
Valores que podemos classificar nesse grupo:
PATRIMÕNIO LÍQUIDO
Capital social
São discriminados nesta conta o montante subscrito e , como dedução a parcela do
mesmo, ainda não realizada
Reserva de capital
Nesta subdivisão são agrupadas as contas enquanto não realizado ou seja, enquanto não
incorporado ao próprio capital através de uma operação jurídica, que descreveremos
abaixo
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Reserva de Reavaliação
Compreende as contrapartidas de aumentos de valores atribuídos a elementos do ativo
em virtude de novas avaliações dos bens com base em laudo aprovado pela assembléia.
Reservas de lucros
São reservas constituídas pela apropriação de lucros da companhia, podendo assumir as
seguintes características.
- Reserva Legal
- Reserva Estatutária
- Reserva para contingência
- Reserva de lucros a realizar
Demonstração do resultado
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(=) Resultado antes do imposto de Renda
(- ) Provisão para o Imposto de Renda
(=) Lucro Líquido do Exercício
Deduções de Vendas
São agrupadas nesse item as contas que representam a dedução ou diminuição
dos valores em relação à receita bruta de vendas ou serviços. Exemplos: ICMS,ISS, PIS
- Faturamento, Notas fiscais canceladas.
Despesa Financeiras
Neste grupo são contabilizados todos os gastos despendidos com a obtenção de
recursos financeiros, junto aos bancos. Nesse item encontramos.
Receitas Financeiras
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Outras Despesas operacionais
São despesas que ocorrem, mas que não são necessariamente para o
funcionamento normal da empresa. Esse tipo de despesa deverá ser submetido aos
demais grupos para certificar-se do não enquadramento num despesa operacional.
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Unidade 7
Análise Através de Indicadores
Uma empresa utiliza, para sustentar seu processo produtivo, recursos ditos permanentes
que têm um período de renovação mais lento, tais como imóveis, máquinas, instalações
e também recursos de renovação mais acelerada, como os estoques, disponibilidades
financeiras e as contas a receber que formam o seu capital circulante.
A análise dos circulantes está relacionada diretamente com o ativo circulante e o
passivo circulante que registram estes recursos e obrigações de curto prazo. Assim
capital de giro líquido ou capital circulante líquido, como é mais comum ser chamado, é
igual ao ativo circulante menos o passivo circulante, assim representado:
Quando o capital circulante líquido – CCL é positivo, significa que o maior valor está
localizado no ativo circulante e portando os bens de curto prazo são maiores que as
obrigações, também de curto prazo. Neste caso a empresa está financiando parte de seu
capital de giro com recursos de longo prazo.
Por outro lado, quando o CCL é negativo, as obrigações sobrepõem-se aos recursos de
curto prazo, então denota uma situação em que a empresa está financiando parte de seus
ativos permanentes com a utilização de recursos de curto prazo.
7.1. Índices de Liquidez (Solvência)
Esses indicadores medem a capacidade da empresa em pagar suas dívidas dentro do
vencimento e mostram sua estrutura de endividamento. Tais indicadores são extraídos
tão somente do balanço patrimonial, razão pela qual são considerados indicadores
estáticos, já que qualquer pequena mudança no momento imediatamente posterior ao do
cálculo acarretara na alteração sumária do resultado apurado. Quer dizer que o simples
fato de comprar uma mercadoria a vista ou para pagamento a curto prazo, bem como o
recebimento de qualquer valor, irá alterar o resultado ora obtido.
De modo geral, as alterações se processam de forma gradual, razão pela qual estes
indicadores devem estar sempre atualizados, pois o acompanhamento sistemático destes
sinalizadores é de vital importância para a alta administração. Lembrando sempre que
acontecimentos extraordinários podem afetar estes indicadores fazendo com que a
situação evidenciada não reflita a normalidade da empresa e acarrete mudanças bruscas.
a) Liquidez Corrente
O principal objetivo deste indicador é verificar a capacidade de pagamento que a
empresa tem dos valores a curto prazo. Assim se o índice apurado for de “2,30”
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significa que para cada R$ 1,00 de dívidas a curto prazo a empresa dispõe, neste
momento de R$ 2,30 de recursos imediatos (circulantes) para pagar as dívidas
constantes no passivo circulante (obrigações de curto prazo).
A fórmula utilizada para a apuração deste indicador é:
Ativo Circulante
Liquidez Corrente =
Passivo Circulante
O ponto de parâmetro é que o resultado obtido da aplicação desta fórmula deve ser
sempre superior a “1,00” sendo classificado, na maioria dos casos, como ótimo o índice
a partir de “1,50”. É importante lembrar a qualidade dos valores apurados a receber,
bem como a relevância dos saldos em estoque.
Quando o valor foi inferior a “1,00”, significa que está faltando recursos para cumprir
as obrigações de curto prazo. Por exemplo, se o resultado for de “0,80”, a empresa
dispõe de apenas 80% do valor das dívidas vencíveis a curto prazo, faltando então R$
0,20 para cada R$ 1,00 de dívida assumida.
b) Liquidez Seca
Este indicador tem o mesmo objetivo do anterior, no entanto para este cálculo é
excluído o valor dos estoques do total do ativo circulante. Este indicador é um pouco
mais rigoroso que a Liquidez Corrente, no sentido de que a exclusão dos estoques
transforma a parcela restante do ativo apenas em valores recebíveis, considerando que
nada mais será comercializado pela empresa.
A forma de cálculo é igual a anterior, apenas deduzindo o valor dos estoques do ativo
circulante, ficando assim representada:
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Então, para este cálculo são excluídos os estoques e demais valores a curto prazo,
restando somente às disponibilidades para serem confrontadas com as obrigações de
curto prazo, da seguinte forma:
Disponibilidades
Liquidez Imediata =
Passivo Circulante
Assim, o indicador aqui localizado indicará apenas quanto a empresa possui de recursos
financeiros disponíveis de forma imediata para o pagamento das contas a curto prazo,
não existindo um referencial para este indicador, já que inúmeros fatores alteram estes
valores diariamente e numa velocidade que muitas vezes foge do controle da
administração da empresa.
d) Liquidez Geral
Também objetiva verificar a capacidade de pagamento, no entanto, analisa agora as
condições totais dos valores a receber e a realizar em confronto com os valores a pagar,
considerando tanto os valores de curto como os de longo prazo.
O índice apurado significa quanto a empresa possui de bens e direito para saldas todas
as suas dívidas de curto e longo prazo e é assim calculada:
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Passivo Circulante + Exigível a Longo Prazo
Endividamento =
Patrimônio Líquido
Neste caso um ponto referencial é que este indicador deva ser sempre inferior a “1,00”,
pois valores superiores a este limite sugerem excesso de endividamento da empresa
através de empréstimos e financiamentos já assumidos.
O excesso de endividamento pode não trazer problemas em situações normais de
demanda, mas obviamente temos que analisar também o perfil do endividamento de
longo prazo juntamente com a capacidade de geração de lucros através das vendas.
7.2. Índices de Estrutura
Os índices de estrutura mostram a participação relativa das contas que constituem o
capital de giro em relação ao valor total do ativo circulante. Esses indicadores podem
ser analisados por intermédio de sua evolução temporal, comparando-se os balanços de
períodos sucessivos, ou também por comparação com empresas ligadas ao mesmo setor.
Aliás, a análise de comparabilidade com empresas do mesmo setor é sempre
recomendável, já que um indicador abaixo do padrão recomendado pode ser comum em
determinado ramo de mercado, o que poderá ser facilmente detectado pela análise
comparativa. Importante salientar que quanto mais afins forem os negócios das
empresas comparadas, melhor será a análise dos resultados.
a) Participação das Disponibilidades
O índice de participação das disponibilidades financeiras mostra qual a participação dos
recursos de liquidez imediata na estrutura atual do capital de giro. Sua fórmula de
cálculo é:
Disponibilidades
Indice de Participação das Disponibilidades =
Ativo Circulante
Estoques
Indice de Participação dos Estoques =
Ativo Circulante
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Contas a Receber
Indice de Participação do Contas a Receber =
Ativo Circulante
d) Financiamento
O índice de financiamento informa qual o percentual do capital de giro é financiado por
empréstimos bancários de curto prazo. Um resultado alto é indicador de forte
dependência de empréstimos de curto prazo e que irão pressionar o caixa da empresa.
Para a apuração deste indicador é importante salientar que se entende por
financiamentos todos os empréstimos bancários de curto prazo, registrados no passivo
circulante.
Financiamentos
Indice de Participação dos Financiamentos =
Ativo Circulante
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Estoque Inicial + Estoque Final
Estoque Médio =
2
O prazo médio de renovação dos estoques mostra o número de dias entre a entrada da
matéria-prima (ou mercadoria a ser revendida) e sua venda no mercado.
360
Prazo Médio de Renovação dos Estoques =
Giro do Estoque
360
Prazo Médio de Recebimento =
Giro do Contas a Receber
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c) Giro de Contas a Pagar
A finalidade desse indicador é mostrar o prazo médio que a empresa consegue para
pagar seus fornecedores de materiais e serviços. Para esta análise a empresa depende da
política de crédito adotada pelos seus fornecedores.
Quanto maior é o giro de conta a pagar, menores os tempos médios que ela utiliza para
pagar seus fornecedores.
Compras
Giro do Contas a Pagar =
Contas a Pagar Médio
O valor de contas a pagar inicial está registrado em contas a pagar no balanço do ano
anterior, e o contas a pagar final é o valor dessa conta no balanço do ano atual. Compras
é igual ao custo dos produtos vendidos apurado na DRE somados ao estoque final e
deduzido do estoque inicial.
O prazo médio de pagamento indica o número de dias que a empresa gasta, em média,
para pagar seus fornecedores. Considera-se como o tempo decorrido entre a compra da
matéria-prima ou mercadoria e o efetivo pagamento da fatura do fornecedor.
360
Prazo Médio de Pagamento =
Giro do Contas a Pagar
É importante salientar que tanto a análise do giro de contas a receber como de contas a
pagar pode ser realizada individualmente, por cliente ou fornecedor, se a empresa
necessitar de uma análise mais detalhada para rever ou renegociar as políticas de crédito
com cada grupo de interessados.
d) Posicionamento Relativo
O posicionamento relativo, como o próprio nome já diz, é a relação direta entre o prazo
médio de recebimento e o prazo médio de pagamento.
Esse índice deve, preferencialmente, ser inferior a “1,00”, para não comprometer de
maneira negativa o fluxo de caixa da empresa, gerado pelo descompasso entre os
recebimentos e os pagamentos efetuados. É apurado utilizando-se a seguinte expressão:
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É importante para o administrador financeiro analisar a lucratividade das operações,
assim como a rentabilidade do negócio como um todo. Os investidores esperam que a
empresa seja capaz de gerar lucros, e mais ainda, que estes lucros atinjam um
determinado nível mínimo de rentabilidade. Muito embora a lucratividade e
rentabilidade apareçam freqüentemente como sinônimos, cabe definir com mais clareza
esses termos:
• Lucro (ou Prejuízo) – Pode-se dizer que seja o valor que sobra das receitas, depois
de abatidos todos os custos, despesas e os impostos.
• Índices de Lucratividade – Fornecem uma medida comparativa desses lucros.
• Rentabilidade – Está associada aos ganhos obtidos pela empresa e seus investidores
pela aplicação de recursos no negócio.
O lucro é apurado através do demonstrativo de resultados do exercício, enquanto a
rentabilidade considera o lucro em proporção a certos itens do balanço patrimonial.
a) Margem de Lucro Bruto
A margem de lucro bruto mede o percentual da receita operacional líquida que sobra
após o pagamento dos custos dos produtos comercializados. Quanto mais alto for este
indicador, melhor, pois menor será o custo relativo dos produtos analisados.
Lucro Bruto
Margem de Lucro Bruto =
Receita Operacional Líquida
O lucro bruto e a receita operacional líquida (conhecida como receita de vendas) serão
obtidos diretamente no demonstrativo de resultados emitido pela contabilidade.
b) Margem de Lucro Operacional
É a proporção do lucro operacional (também intitulado de resultado operacional) sobre
a receita operacional líquida. Este item representa o percentual de lucro que a empresa
obteve, depois de pagos os custos dos produtos vendidos e as despesas operacionais,
mas antes do pagamento dos juros sobre os empréstimos e do imposto de renda. Para
este indicador, quanto mais elevadas forem as taxas, melhores são os resultados.
Lucro Operacional
Margem de Lucro Operacional =
Receita Operacional Líquida
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Lucro Líquido
Margem de Lucro Líquido =
Receita Operacional Líquida
Lucro Líquido
Lucro por Ação =
Número de Ações em Circulação
Lucro Líquido
Retorno Sobre o Ativo Total =
Ativo Total
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Receita Operacional Líquida
Giro do Ativo =
Ativo Total
Lucro Líquido
Retorno do Capital Próprio =
Patrimônio Líquido
O resultado, apresentado na forma decimal, deve ser lido sob forma de porcentagem
(multiplicado seu resultado por cem). E o resultado deve ser o maior possível.
O ROE também pode ser decomposto, para facilitar a análise do índice obtido, de tal
forma que se possa identificar a influência do retorno sobre os ativos (ROA) e da
utilização de capital de terceiros para a formação do retorno sobre o patrimônio líquido.
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No entanto, para isso é necessário que se conheça um indicador intitulado de
Multiplicador de Alavancagem Financeira – MAF, que mostra o efeito do uso de capital
de terceiros sobre a formação dos ativos, já que esse resultado indica quantas unidades
monetárias existem em dívidas para cada unidade monetária de capital próprio. O MAF
é obtido através da seguinte relação:
Ativo Total
Multiplicador de Alavancagem Financeira =
Patrimônio Líquido
Assim podemos reescrever a fórmula do ROE como sendo: ROE = ROA x MAF,
representado da seguinte maneira:
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