O planeta dos meninos sem cor

Havia no espaço um planeta quadrado, azul e sarapintado com um verde

amarelado. Neste planeta, só viviam crianças. Era iluminado por um cometa
brincalhã o que voava e rodopiava ao sabor das gargalhadas e das palavras
engraçadas que os meninos diziam e que a meninas escutavam em dias
menos tristes.
Do planeta cresciam casas especiais, pois tinham as medidas naturais dos
seus habitantes. Nã o eram pequenas, nã o eram grandes, eram do tamanho
dos meninos e das meninas que as construíam e as habitavam. As casas
eram redondas, quadradas, triangulares e com outras formas que nã o sou
capaz de descrever. Tinham portas nos telhados, janelas coladas ao chã o e
eram pintadas com todas as cores que havia.
Havia parques de diversõ es para todas as vontades, brinquedos para todos
os gostos, gelados para todos sabores, guloseimas para todos os desejos e
bolos para todos os apetites.

Parecia um planeta perfeito, mas nem tudo estava bem feito. Algo devia
faltar, porque estavam todos cansados e sem saber mais o que fazer.

Os meninos e as meninas olhavam uns para os outros, mas nã o tinham cor.

Ora se nã o tinham cor, também nã o tinham sombra. Eu estou a olhar para o
chã o e estou a ver a minha sombra. Pode alguém ser feliz sem cor e sem
sombra?

Certo dia, aterrou neste planeta uma nave espacial. Nã o parecia nada de
especial, mas os viajantes eram fora do normal.

Saíram da nave quatro criaturas universais e o planeta, que correu para o

local, parou de pestanejar. Os meninos e as meninas ficaram de boca aberta
tal era o espanto que as personagens provocaram. Desceram quatro
sombras gigantes e os meninos que nunca tinham visto sombras ficaram
assustados. Levantaram as cabecitas confusas e viram quatro seres com um
aspeto adulto e forte. Nã o foi o tamanho que mais amedrontou as crianças
do planeta azul, mas sim as cores que cada ser apresentava: branco,
amarelo, vermelho e castanho.

Pareciam bolas de gelado, mas com outro significado, que os meninos e as

meninas sentiram vontade de tocar. Perderam o medo… em grupos
aproximaram-se da cor que mais gostavam e abraçaram-se com uma magia
que só quem dá muitos abraços entende.
Foi assim que os meninos e as meninas do planeta azul e sarapintado com
um verde amarelado ganharam a sombra e as cores que povoaram os
quatro lados do quadrado e que trouxeram a alegria que falta. Brancos,
amarelos, laranjas e castanhos – todos diferentes e todos iguais na sombra

Uma branca. Parecia

 aço      acento      assento      asso      cela      concerto     
conserto      cose      coze      era      hera      Nós      noz      roído      ruído      sela      Vês      vez

roído – ruído

acento – assento

elegível – ilegível

conselho – concelho

censo – senso

à – há
pião – peão
coser – cozer
acento –assento
cinto - sinto
asso – aço
sem – cem