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- A globalização tem
contribuído para o surgimento de novas identidades e fragmentando o indivíduo
moderno. Mudanças no sentimento de pertencimento. - Tese do livro: as identidades
estão passando por um processo de descentralização ou fragmentação. As identidades
modernas estão entrando em colapso. - Objetivo: analisar as conseqüências dessa
fragmentação. - Este duplo deslocamento ocasiona a crise da identidade: deslocamento
do indivíduo no mundo social em que vive e deslocamento de si mesmo. - Três
concepções de identidade: ILUMINISTA: concepção individualista do sujeito;
indivíduo centrado, dotado de razão, consciente de sua ação; é o centro do “eu”.
SOCIOLÓGICO: o centro do “eu” passou a ser formado na relação com outras pessoas.
A identidade é formada através da interação entre o eu e a sociedade. O eu projeta a si
mesmo na identidade cultural, ao mesmo tempo em que a internaliza. O sujeito fica
preso a estrutura. PÓS-MODERNO: não tem uma identidade fixa. Varia de acordo com
as formas pelas quais somos representados ou interpelados nos sistemas culturais que
nos rodeiam. O sujeito assume identidades de acordo com a ocasião e o momento. Não
há um “eu” coerente, nossa identidade é contraditória. - A multiplicidade de sistemas de
representação possibilitou a multiplicação das identidades possíveis. “O sujeito,
previamente vivido como tendo uma identidade unificada e estável, está se tornado
fragmentado; composto não de uma única, mas de várias identidades... O próprio
processo de identificação, através do qual nos projetamos em nossas identidades
culturais, tornou-se mais provisório, variável e problemático” p. 12. “A identidade
torna-se uma celebração móvel: formada e transformada continuamente em relação às
formas pelas quais somos representados ou interpelados nos sistemas cultuais que nos
rodeiam. É definida historicamente, e não biologicamente. O sujeito assume identidades
diferentes em diferentes momentos, identidades que não são unificadas ao redor de um
eu coerente. Dentro de nós há identidades contraditórias, empurrando em diferentes
direções, de tal modo que nossas identificações estão sendo continuamente deslocadas.
Se sentimos que temos uma identidade unificada desde o nascimento até a morte é
apenas porque construímos uma cômoda estória sobre nós mesmos ou uma confortadora
narrativa do eu. A identidade plenamente unificada, completa, segura e coerente é uma
fantasia” (HALL, p. 13). - SOCIEDADES TRADICIONAIS: o passado é venerado e os
símbolos valorizados, pois perpetuam a experiência de gerações passadas. -
SOCIEDADES MODERNAS: mudanças rápidas e contínuas. “As sociedades modernas
são, portanto, por definição, sociedades de mudanças constantes rápidas e permanentes”
p. 14. - MODERNIDADE: rompimento com o passado, processo sem fim de rupturas e
fragmentação internas no seu próprio interior. A sociedade não é um todo unificado,
uma totalidade evolutiva. Ela está em constante descentramento. Cada antagonismo é
uma identidade. “Uma vez que a identidade muda de acordo com a forma como o
sujeito é interpelado ou representado, a identificação não é automática, mas pode ser
ganhada ou perdida” p. 21. - A identidade cultural moderna é formada através do
pertencimento a uma cultura nacional e como os processos de mudanças.