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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS -- UEA

ESCOLA NORMAL SUPERIOR – ENS

Antropologia

(Estudo Dirigido)

Manaus – AM

2010

WELLYSON GUIMARÃES GOLVIM


Pedagogia – Matutino

Este trabalho foi orientado pelo


Profº Manuel do Carmo, da
disciplina de Antropologia para
obtenção de nota do 2º período do
curso de pedagogia.

Manaus – AM

2010
Estudo Dirigido

1. Questão.

Existem duas ideologias concorrentes, das quais uma consiste no inverso da


outra. De um lado está Las Casas defendendo o bom o selvagem e o mau
civilizado. Ele diz que os índios são pessoas que tem aldeias, vilas, cidades,
reis, senhores e uma ordem política que muitas vezes são melhores que a
nossa. Que esses povos se igualavam ou até superavam muitas nações do
mundo conhecidas como policiadas e razoáveis, e não eram inferiores a
nenhuma delas, etc.

De outro lado está Sepulvera, defendendo o mau selvagem e o bom


civilizado. Ele diz os que se superam em prudência e razão, esses sim, são
por natureza senhores. E os preguiçosos, os espíritos lentos, mesmo que
tenham força física para cumprir todas as tarefas necessárias, são por
natureza servos. Acha justo e útil que sejam servos, porque são nações
bárbaras e desumanas, estranhas à vida civil e aos costumes pacíficos. E
será sempre justo que sejam submetidos ao império de príncipes e de nações
mais cultas e humanas, de modo que, graças à virtude desse império e à
prudência de suas leis, eles abandonem a barbárie e se conformem a uma
vida mais humana e ao culto da virtude.

2. Questão.

Esse projeto de conhecimento do homem - isto é, de um estudo de sua


existência empírica, considerada por sua vez como objeto do saber- constitui
de um evento considerável na história da humanidade. Um evento que se deu
no século XVIII, que evidentemente não ocorreu da noite para o dia, mas que
terminou impondo-se já que se tornou definitivamente constitutivo da
modernidade na qual a partir dessa época, entramos. A fim de avaliar melhor
a natureza dessa verdadeira revolução do pensamento que instaura uma
ruptura tanto com o humanismo do renascimento como o racionalismo do
século clássico, examinemos de mais perto o que mudou radicalmente desde
o século XVI.

a) Trata-se em primeiro lugar da natureza dos observados. Os relatos dos


viajantes dos séculos XVI e XVII eram mais uma busca cosmográfica do que
uma pesquisa etnográfica. Afora algumas incursões tímidas para a área da
inclinação e dos costumes, o objeto de observação nessa época era mais o
céu, a fauna e a flora, do que o homem em si, e, quando se tratava deste era
essencialmente o homem físico era tomado em consideração.
b) Simultaneamente, o destaque se desloca pouco a pouco do objeto de
estudo para a atividade epistemológica, que se torna cada vez mais
organizada. Os viajantes dos séculos XVI e XVII coletavam curiosidades.
Espíritos curiosos reuniam coleções que iam formar os famosos gabinetes de
curiosidades; ancestrais dos nossos museus dos museus contemporâneos.
No século XVII, a questão é como coletar? E como dominar em seguida o que
foi coletado? Com a historia geral de viagens, do padre Prevost (1.746),
passa-se da coleta dos materiais para a coleção das coletas. Não basta só
observar, é preciso observar. Não basta mais interpretar o que é observado, é
preciso interpretar interpretações. E é desse desdobramento isto é deste
discurso, que vai justamente brotar uma atividade de organização e
elaboração. Em 1.789, Chavane, o primeiro dará a essa atividade um nome: a
etnologia.

O final do século XVIII teve um papel essencial na elaboração dos


fundamentos de uma colônia humana. Não podia ir mais longe e não
poderíamos acreditar que aquilo só seria possível um século depois.

Mas especificamente o obstáculo maior do advento de uma antropologia


cientifica no sentido na qual entendemos hoje de acordo com a opinião do
autor está ligada a dois motivos essenciais.

1) A distinção entre o saber cientifico e o saber filosófico, mesmo sendo


abordada, não é de forma alguma realizada. Evidentemente o conceito da
unidade e universalidade do homem, que pela primeira vez claramente
afirmado, coloca as condições de produção de um novo saber sobre o
homem. Mas não leva isso a constituição de um saber positivo. No final do
século XVIII o homem interroga-se, sobre a natureza, mas não a biologia
ainda (será preciso esperar convir); sobre a produção e repartição das
riquezas, mas ainda não se trata de economia(Ricardo); sobre seu discurso
mas isso não basta para elaborar a filosofia, muito menos lingüística.

O conceito do homem tal como é utilizado no século das luzes permanece


ainda muito abstrato isto, é rigorosamente filosófico. Estamos na
impossibilidade de imaginar o que consideramos hoje como a própria
condição epistemológica da pesquisa antropológica. De fato, para esta o
objeto de observação não é o homem, e sim o indivíduos que pertencem a
uma época e uma cultura, e o sujeito que observa não é de forma alguma o
sujeito da antropologia filosófica e sim um outro individuo que pertence ele
próprio a uma época e uma cultura.

2) O discurso antropológico do século XVIII é inseparável do discurso histórica


desse período, isto é, de sua concepção de uma historia natural, liberadada
teologia e animando as marchas da sociedade no caminho de um progresso
universal. Restará um passo considerável a ser dado para que antropologia
se emancipe deste pensamento e conquiste finalmente sua autonomia.

3) Questão.

No século XIX o contato geopolítico é totalmente novo; é o período da


conquista colonial, que desembocará em especial na assinatura de 1.855 do
Tratado de Berlim, que rege a partilha da África entre as potencias européias
e Poe fim as soberanias africanas.

É no movimento dessa conquista que se constitui a antropologia moderna, o


antropólogo acompanhando de perto os passos do colono.

Nessa época a África, a Índia, a Austrália, a Nova Zelândia passam a ser


povoados de um numero considerável de imigrantes europeus, não se trata
mais de alguns missionários apenas, e sim administradores. Uma rede de
informações se instala. São os questionários enviados por pesquisadores da
metrópole ( em especial Grã - Betânia) para os quatro cantos do mundo, e
cujas respostas constituem os materiais de reflexão das primeiras grandes
obras da antropologia que se sucederão em ritmo regular durante toda
segunda metade do século.

4) Questão.

O pensamento evolucionista aparece da forma como podemos vê-lo hoje,


como sendo ao mesmo tempo dos mais simples e dos mais suspeitos,e as
objeções de que foi obtido podem se organizar-se em torno de duas serias
criticas:

a. Mede-se a importância do atraso das outras sociedades destinadas ou


melhor, compelidas a alcançar o pelotão da frente, em relação aos
critérios do século XIX, o progresso técnico e econômico da nossa
sociedade sendo considerada como o povo brilhante da evolução
histórica da qual procura acelerar o processo e construir os estágios ou
seja o arcaísmo a primitividade são fases da historia do que a vertente
simétrica e inversa da modernidade do ocidente o qual define acesso
entusiasmaste a civilização em função dos valores da época:
produção, economia, religião monoteísta, propriedade privada, família
monogâmica, moral vitoriana.

b. O pesquisador efetuando de um lado a definição de seu objeto de


pesquisa através do campo empírico das sociedades não
ocidentalizadas, e de outra identificando-se as vantagens da civilização
o qual pertence o evolucionismo aparece logo a justificativa teórica de
uma pratica: o colonianismo.

5) Questão.

administradores) que possuíam excelente conhecimento das populações no


meio Se existiam no final no final do século XIX homens (geralmente
missionários e das quais viviam. É o caso de Codrington, que publica em
1891 uma obra sobre os melanésios, de Spencer e Gillen, que relatam em
1899 suas observações sobre os aborígenes australianos, ou de Junod, que
escreve a vida de uma tribo sul-africana (1898) a etnografia propriamente dita
só começa a existir a partir do momento no qual se percebe que o
pesquisador deve ele mesmo efetuar no campo sua própria pesquisa, e que
esse trabalho de observação direta é parte integrante da pesquisa.

Boas foi um dos primeiros etnógrafos. A sua preocupação de precisão na


descrição dos fatos observados, acrescenta-se a de conservação metódica do
patrimônio recolhido. Finalmente, foi enquanto professor, o grande pedagogo
que formou a primeira geração de antropólogos americanos. Ele permaneceu
sendo o mestre incontestado da antropologia americana na primeira metade
do século XX. Malinowski que a partir de um único costume, ou mesmo de
um único objeto aparentemente muito simples, aparece o perfil do conjunto de
uma sociedade. Ele considera que uma sociedade deve ser estudada
enquanto uma totalidade, tal como funciona no momento mesmo onde a
observamos. Com Malinowski, a antropologia se torna uma “ciência” da
alteridade que vira as costas ao empreendimento evolucionista de
reconstituição das origens da civilização, e se dedica ao estudo das lógicas
particulares características de cada cultura. Ele procura reviver nele próprio
os sentimentos dos outros, fazendo da observação participante uma
observação psicológica do observador. Para Durkheim sua maior
preocupação é mostrar que existe uma especificidade do social, e que
convém consequentemente emancipar a sociologia, ciência dos fenômenos
sociais, dos outros discursos sobre o homem e, em especial, do da psicologia.
Ele não questiona a existência da psicologia, mas se opõe às explicações
psicológicas. Marcel Mauss vai trabalhar incansavelmente , durante toda a
sua vida, para que a sociologia seja reconhecida como ciência verdadeira, e
não como uma disciplina anexa. Um dos conceitos maiores forjados por
Mauss, é o do fenômeno social total, consistindo na integração dos diferentes
aspectos (biológico, econômico, jurídico, histórico, religioso...) constitutivos de
uma dada realidade social que convém apreender me sua integralidade.
6) Questão.

Antropologia física também chamada de antropologia biológica, estuda os


mecanismos de evolução biológica, herança genética, adaptabilidade, e
registro fóssil da evolução humana.

A evolução humana, ou antropogenêse , é a origem e a evolução do Homo


sapiens como espécie distinta de outros homonidios dos outros macacos e
mamíferos placentários. O estudo engloba muitas disciplinas ciêntificas,
incluindo a antropologia física, primatologia, arqueologia, lingüística e
genética.

O termo humano no contexto da evolução humana, refere-se ao gênero


HOMO, mais o estudos da evolução humana usualmente inclui outros
huminidios, como os australopitecos. O gênero humano se afastou dos
Australopitecos a cerca de 2,3 e 2,4 milhões de anos na Africa. Os cientistas
estimam que os seres humanos ramificaram-se de seu ancestral comum com
os chipanzés . O único outro hominis vivo a cerca de 5-7 milhões de anos
atrás diversas espécie de homo evoluíram e agora e agora estão extintas.
Homo sapies: um humano ser humano, gente ou homen é um animal da
espécie de primata bípede. Pertence a família hominidae taxinomicamente,
homo sapiens em latim: homem sábio.

Os membros dessa espécie tem o cerebro altamente desenvolvido, com


inúmeras capacidades com o raciocio abstrato, alinguagem, a introspecção e
a resolução de problemas. Esta capacidade mental associada a um corpo
ereto possibilitaram o uso dos braços para manipular objetos, fator que
permite aos humanos a c rição e utilização de ferramentas para alterar o
ambiente a sua volta mais do qualquer outra espécie de ser vivo. Evidencias
de DNA mitocondrial indicam que homem moderno teve origem na Afuica
oriental ha cerca de 200 mil anos. Já o homem Neanderthal é uma
subespécie do homosapiens e estudos com o DNA mitocondrial indicam que
o mesmo não pertence a linhagem humana. Comparada com o homo sapiens
os Neanderthais eram maiores em tamanhos e possuíam feições distintas,
especialmente no crânio. A base da língua do Neanderthal era posicionada
mais acima da garganta, deixando a boca mais cheia. Como, resultado, é
bem provável que a fala dos Neanderthais era lenta, compassada e
nasalisada.

Este crânio de uma uma mulher com cerca de 11000 anos, foi encontrado no
inicio dos anos 70, pela missão arqueológica Franco brasileira, chefiada pela
arqueologa francesa Annette Laming- empaire- (1917 a 1977).O cranio foi
achado em escavações na lapa vermelha em uma gruta na região da lagoa
santa, na região metropolitana de BH, famosa pelo trabalhos do naturalista
dinamarquês Peter wilhelm Lund (1801- 1880).
O nome Luzia foi apelidado carinhosamente pelo biólogo Walter Neves esse
se inspirou em Lucy, a celebre fóssil de 3,5 milhões de anos achado na
Tanzânia em 1974. Ao estudar a morfologia craniana de Luzia , Neves
encontrou traços que lembram os atuais aborígenes da Austrália e os negros
da Africa.

Neves formulou a teoria de que o povo das Américas teriam sido feitos por
duas correntes migratórias: caçadores e coletores ambos da Ásia. Cada
corrente migratória no entanto eram compostas por grupos biológicos
distintos.

A primeira, os chamados aborigenes americanos teriam ocorrido 14mil anos


atrás e os membros teriam aparência semelhante de Luzia. O segundo grupo
teria sido os dos povos mongolóides , há cerca de 11mil anos dos quais
descendem atualmente todos as tribos indígenas das Américas.

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