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Substantivo é toda a palavra que é determinada por um artigo, pronome ou numeral, ou

modificada por um adjetivo.

De acordo com a gramática portuguesa, um substantivo dá nome aos seres em geral e


pode variar em gênero, número e grau.

Para transformar uma palavra de outra classe gramatical em um substantivo, basta


precedê-lo de um artigo, pronome ou numeral. Exemplo: "O não é uma palavra dura".
Artigos sempre precedem palavras substantivadas, mas substantivos (que são
substantivos em sua essência) não precisam necessariamente ser precedidos por artigos.

Índice
[esconder]

 1 Classificação
o 1.1 Quanto à formação
o 1.2 Quanto ao tipo
 2 Flexão do substantivo
o 2.1 Quanto ao gênero
o 2.2 Quanto ao número
o 2.3 Quanto ao grau

Classificação
[editar] Quanto à formação

Dá-se o nome de substantivo a todas as palavras que nomeiam seres, lugares, objetos,
sentimentos e outros.

Quanto à existência de radical, o substantivo pode ser classificado em:

Primitivo, derivado, simples e composto:

 Primitivo: palavras que não derivam de outras. Ex.: flor, pedra, jardim, leite,
goiaba, ferro, cobre, uva, maçã, metal...
 Derivado: vem de outra palavra existente na língua. O substantivo que dá
origem ao derivado (substantivo primitivo) é denominado radical. Ex.: pedreiro,
jornalista, gatarrão, homúnculo.

Quanto ao número de radicais, pode ser classificado em:

 Simples: tem apenas um radical. Ex.: água, couve, sol ...


 Composto: tem dois ou mais radicais. Ex.: água-de-cheiro, couve-flor, girassol,
lança-perfume, pé-de-moleque, cachorro-quente, guarda-chuva...

[editar] Quanto ao tipo


Quando se referir a especificação dos seres, pode ser classificado em:

 Concreto: designa seres que existem ou que podem existir por si só. Ex.: casa,
cadeira.

Também podem ser concretos os substantivos que nomeiam divindades (Deus, anjos,
almas) e seres fantásticos (fada, duende), pois, existentes ou não, são sempre
considerados como seres com vida própria.

 Abstrato: designa ideias ou conceitos, cuja existência está vinculada a alguém


ou a alguma outra coisa. Ex.: justiça, amor, trabalho, etc.
 Comum: denomina um conjunto de seres de maneira geral, ou seja, um ser sem
diferenciar dos outros do mesmo conjunto. Ex.: lobo, pizza, máscara.
 Próprio: denota um elemento individual que tenha um nome próprio dentro de
um conjunto, sendo grafado sempre com letra maiúscula. Ex.: João, Maria,
Bahia, Brasil, Rio de Janeiro, Japão.

 Coletivo: um substantivo coletivo designa um nome singular dado a um


conjunto de seres. No entanto, vale ressaltar que não se trata necessariamente de
quaisquer seres daquela espécie. Alguns exemplos:
o Uma biblioteca é um conjunto de livros, mas uma pilha de livros
desordenada não é uma biblioteca. A biblioteca discrimina o gênero dos
livros e os acomoda em prateleiras.
o Uma orquestra ou banda é um conjunto de instrumentistas, mas nem todo
conjunto de músicos ou instrumentistas pode ser classificado como uma
orquestra ou banda. Em uma orquestra ou banda, os instrumentistas estão
executando a mesma peça musical ao mesmo tempo.
o Uma "turma" é um conjunto de estudantes, mas se juntarem num mesmo
alojamento os estudantes de várias carreiras e várias universidades numa
sala, não se tem uma turma. Na turma, os estudantes assistem
simultaneamente à mesma aula. Eles possuem alguma ação ou
característica em comum em relação ao grupo.

[editar] Flexão do substantivo


[editar] Quanto ao gênero

Os substantivos flexionam-se nos gêneros masculino e feminino e quanto às formas,


podem ser:

Substantivos biformes: apresentam duas formas originadas do mesmo radical.


Exemplos: menino - menina, traidor - traidora, aluno - aluna, gato - gata.

Substantivos heterônimos: apresentam radicais distintos e dispensam artigo ou flexão


para indicar gênero, ou seja, apresentam duas formas uma para o feminino e outra para
o masculino. Exemplos: arlequim - colombina, arcebispo - arquiepiscopisa, bispo -
episcopisa, bode - cabra, ovelha - carneiro.
Substantivos uniformes: apresentam a mesma forma para os dois gêneros, podendo ser
classificados em:

 Epicenos: referem-se a animais ou plantas, e são invariáveis no artigo


precedente, acrescentando as palavras macho e fêmea, para distinção do sexo do
animal. Exemplos: a onça macho - a onça fêmea; o jacaré macho - o jacaré
fêmea; a foca macho - a foca fêmea.

 Comuns de dois gêneros: o gênero é indicado pelo artigo precedente.


Exemplos: o dentista - a dentista, um jovem - uma jovem, imigrante italiano -
imigrante italiana.

 Sobrecomuns: invariáveis no artigo precedente. Exemplos: a criança, o


indivíduo (não existem formas como "o criança", "a indivíduo").

[editar] Quanto ao número

Os substantivos apresentam singular e plural.

Nos substantivos simples, para formar o plural, acrescenta-se à terminação em n, vogal


ou ditongo o s. Ex: elétron/ elétrons, povo/ povos, caixa/ caixas, cárie/ cáries; a
terminação em ão, por ões, ães, ou ãos; as terminações em s, r, e z, por es; terminações
em x são invariáveis; terminações em al, el, ol, ul, trocam o l por is, com as seguintes
exceções: "mal" (males), "cônsul" (cônsules), "mol" (mols), "gol" (gols); terminação em
il, é trocado o l por is (quando oxítono) ou o il por eis (quando paroxítono).

Os substantivos compostos São aqueles que tem dois radicais

 se os elementos são ligados por preposição, só o primeiro varia (mulas-sem-


cabeça); também varia apenas o primeiro elemento caso o segundo termo
indique finalidade ou semelhança deste (navios-escola, canetas-tinteiro);
 se os elementos são formados por palavras repetidas ou por onomatopeia, só o
segundo elemento varia (tico-ticos, pingue-pongues);
 nos demais casos, somente os elementos originariamente substantivos, adjetivos
e numerais variam (couves-flores, guardas-noturnos, amores-perfeitos, bem-
amados, ex-alunos).

Resumindo flexiona-se apenas o primeiro elemento:

 quando as duas palavras são ligadas por preposições;


 quando o segundo nome limita o primeiro, expressando uma idéia de fim
( canetas-tinteiro, sofás-cama).

Flexiona-se apenas o segundo elemento:

 quanto há adjetivos + adjetivos (econõmico-financeiros, kuso-brasileiros);


 quando a primeira palavra é invariavel (guarda-roupas);
 quando há verbo + substantivo (arranha-céus);
 quando sao palavras repetidas (quero-queros);
 quando se trata de nome de oracões (pai-nossos);
 quando se trata de palavras anomatopaicas, que imitam sons(toc-tocs).

Flexionam-se os dois elementos quando há:

 substantivo + substantivo (cirurgiões-dentistas);


 substantivo + adjetivo (guardas-noturnos);
 adjetivo + substantivo (livres-pensadores);
 numeral + substantivo (Quintas-feiras).

Quanto ao grau

Ps: Grau não é Flexão, é derivação. Ex: Concordo com você em gênero e número. Os
substantivos possuem três graus, o aumentativo, o diminutivo e o normal que são
formados por dois processos:

 Analítico: o substantivo é modificado por adjetivos que indicam sua proporção


(rato grande, gato pequeno, casa grande) Neste caso grande e pequeno são os
adjetivos, dando uma ideia de tamanho nos substantivos, esses adjetivos assim
chamamos de analítico;
 Sintético: modifica o substantivo através de sufixos que podem representar além
de aumento ou diminuição, o desprezo ou um sentido pejorativo (no
aumentativo sintético: gentalha, beiçorra), o afeto ou sentido pejorativo (no
diminutivo sintético: filhinho, livreco).

Exemplos de diminutivos e aumentativos sintéticos:

 sapato/sapatinho/sapatão;
 casa/casinha/casarão;
 cão/cãozinho/caonzão;
 homem/homenzinho/homenzarrão;
 gato/gatinho/gatão;
 bigode/bigodinho/bigodaço;
 vidro/vidrinho/vidraça;
 boca/boquinha/bocarra;
 muro/mureta/muralha;
 pedra/pedregulho/pedrona;
 rocha/rochinha/rochedo;
 papel/papelzinho/papelão;
 lápis/lapisinho/lapisão;
 sapo/sapinho/sapão;
 livro/livrinho/livrão;
 carro/carrinho/carrão;

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