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Antidepressivos

Os antidepressivos são drogas que aumentam o tônus psíquico melhorando o humor e,


conseqüentemente, melhorando a psicomotricidade de maneira global. Acredita-se que
o efeito antidepressivo se dê às custas de um aumento da disponibilidade de
neurotransmissores no SNC, notadamente da serotonina (5-HT), da noradrenalina ou
norepinefrima (NE) e da dopamina (DA). Ao bloquearem receptores 5HT2 (da
serotonina) os antidepressivos também funcionam como antienxaqueca.

http://virtualpsy.locaweb.com.br/index.php?sec=48&art=277

Quais os fatores de risco para depressão?

1) Sexo e Depressão

- Depressão em mulheres: estima-se que, em qualquer momento de suas vidas, cerca de


5% a 9% das mulheres apresentam um episódio depressivo, comparada a uma
porcentagem de 1% a 3% entre os homens. Além desse maior risco de desenvolvimento
de depressão, em comparação aos homens, as mulheres são mais propensas a
desenvolver múltiplos tipos de transtornos depressivos, como a distimia e o transtorno
depressivo maior.

- Depressão em homens: a depressão não é uma doença rara em homens. De fato, sabe-
se que meninos, no início da adolescência, apresentam maior risco de depressão do que
as meninas da mesma idade. Homens idosos também apresentam risco muito maior de
suicídio e, como as mulheres, apresentam risco de complicações de saúde devidas à
depressão. Os estudos mostram que os homens, mais freqüentemente, tentam mascarar
sua depressão com o uso de bebidas alcoólicas, o que pode ser responsável pela menor
taxa relatada de depressão em homens. Foram sugeridos os seguintes indicadores para a
identificação de homens com depressão:

 Baixa tolerância ao estresse;


 Comportamento impulsivo, com ocorrência de "acessos";
 História de abuso de álcool ou outras substâncias;
 História familiar de depressão, alcoolismo ou suicídio.

2) Idade e Depressão

- Depressão em crianças e adolescentes: um estudo realizado na Austrália mostrou que


2,1% das meninas e 3,7% dos meninos com idade entre 6 e 12 anos vivenciaram
episódio depressivo no decorrer de um ano. Antes da puberdade, a depressão é mais
comum entre os meninos; após essa fase, torna-se mais comum entre as meninas.

- Depressão em idosos: estima-se que aproximadamente um terço dos idosos apresente


transtorno depressivo.

3) Status Socioeconômico
De uma maneira geral, pertencer a um grupo com menor poder aquisitivo representa um
fator de risco importante para o desenvolvimento de depressão. O dinheiro, é claro,
garante acesso a cuidados médicos de qualidade, mas isso não explica completamente o
fato de as pessoas mais pobres apresentarem mais frequentemente transtornos
depressivos. Indivíduos de qualquer nível socioeconômico apresentam risco de
depressão, caso apresentem alguma doença crônica ou sejam socialmente isolados.

4) História Familiar

A presença de depressão, em membros da família, aumenta o risco de depressão nos


outros membros. Pesquisadores têm relatado que a ocorrência de episódio depressivo
com duração de um a dois meses é capaz de aumentar o risco de depressão nos filhos.
Quanto mais grave a depressão materna, maior o risco de depressão na criança. Em um
ciclo perpetuador, ter depressão durante a infância aumenta o risco de depressão na
idade adulta. Além disso, sabe-se que os companheiros de pacientes deprimidos também
apresentam risco aumentado de desenvolver essa doença.

5) Conseqüências de Perdas e Traumas

Pacientes que apresentaram episódios depressivos graves, freqüentemente relatam um


evento estressante como precipitador da doença. A ocorrência de eventos graves,
durante a infância, aumenta o risco de depressão na idade adulta. A separação dos pais,
a ocorrência de abuso físico e experiências de medo, estão especialmente associados ao
desenvolvimento de depressão, na idade adulta.

A ocorrência de eventos estressantes, na idade adulta, também é capaz de desencadear


um episódio depressivo. A perda de um companheiro (por exemplo, um divórcio ou
morte) é um fator de risco para depressão. De fato, a perda do ente amado é o fator
desencadeante mais frequentemente relatado pelos pacientes. Porém, todas as perdas
importantes causam reações de tristeza. Os indivíduos que desenvolvem depressão após
uma perda, provavelmente apresentam fatores predisponentes (genéticos e/ou
ambientais). A existência ou ausência de relacionamentos fortes, com familiares e
amigos têm efeito positivo ou negativo, respectivamente, na recuperação de um
episódio depressivo. Muitas pessoas conseguem lidar com isso e acabam não
desenvolvendo depressão crônica.

6) Doenças Associadas

- Doenças graves ou crônicas: qualquer doença crônica ou grave, que ameaça a vida ou
está fora do controle do indivíduo doente, pode levar à depressão.

- Doença da tireóide: as doenças da tireóide podem causar depressão, porém muitas


vezes não são detectadas.

- Dores de cabeça: parece existir uma forte associação entre as dores de cabeça e a
depressão.

- Acidente vascular encefálico ("derrame"). A ocorrência de um acidente vascular


encefálico aumenta o risco de depressão.
7) Tabagismo

Existe uma forte associação entre o tabagismo e a suscetibilidade à depressão. As


pessoas propensas a desenvolver depressão apresentam uma chance de 25% de
desenvolver essa doença quando param de fumar, sendo que esse risco permanece
aumentado por alguns meses. Além disso, os pacientes com depressão e tabagistas
apresentam menor chance de parar de fumar. Por isso, o antidepressivo bupropion tem-
se mostrado útil em ajudar os tabagistas a pararem de fumar.

8) Transtorno de Ansiedade

A depressão ocorre comumente, em pacientes portadores de transtornos ansiosos. Quase


100% dos pacientes com depressão apresentam ansiedade concomitante.

9) Insônia e Distúrbios do Sono

Os distúrbios do sono são parte dos sintomas da depressão, e mais de 90% dos pacientes
deprimidos apresentam insônia. Embora o estresse e a depressão sejam causas de
insônia, a insônia pode causar aumento da atividade de hormônios e de vias cerebrais
que podem produzir problemas emocionais. Mesmo pequenas alterações no padrão de
sono de uma pessoa podem causar alterações importantes no humor

http://boasaude.uol.com.br/lib/showdoc.cfm?LibCatID=-1&Search=Sono&LibDocID=5248

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