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Os Beatniks foram um movimento socio-cultural nos anos 50 e

princípios dos anos 60 que subscreveram um estilo de vida anti-


materialista, na sequência da 2.ª Guerra Mundial.

Características do movimento:
-valorização da natureza;
- vida comunitária;
- luta pela paz (contra as guerras, conflitos e qualquer tipo de repressão);
- vegetarianismo: busca de uma alimentação natural;
- respeito às minorias raciais e culturais;
- experiência com drogas psicodélicas,
- liberdade nos relacionamentos sexuais e amorosos,
- anticonsumismo
- aproximação das práticas religiosas orientais, principalmente do budismo;
- crítica aos meios de comunicação de massa como, por exemplo, a
televisão;
- discordância com os princípios do capitalismo e economia de mercado

Os precursores da revolução contracultural foram os chamados beatniks,


cuja característica mais importante foi o inconformismo com a realidade do
começo da década de 1960. Os líderes do movimento beatnik, que serviu de
base para o movimento hippie, foram Jack Kerouac, Allen Ginsberg e William
Burroughs.

Na segunda metade dos anos 60, Ken Kesey, Alan Watts, Timothy Leary e
Norman Brown criaram a teoria e práxis contracultural, ganhando destaque
e transformando-se nas lideranças do movimento.

Com relação ao mundo musical, podemos citar a cantora Janis Joplin como o
símbolo deste movimento na década de 1960. As letras de suas canções e
seu estilo fugiam do convencional, criticando, muitas vezes, o padrão
musical estabelecido pela cultura de massa. Os músicos Jim Morrison e Jimi
Rendrix também se encaixam neste contexto cultural.

Atualmente a contracultura ainda vive, porém esta preservada em


pequenos grupos sociais e artísticos que contestam alguns parâmetros
estabelecidos pelo mercado cultural, governos e movimentos
tradicionalistas.
Os hippies eram parte do que se convencionou chamar movimento de
contracultura dos anos 60. Adotavam um modo de vida comunitário ou estilo
de vida nômade, negavam o nacionalismo e a Guerra do Vietnã, abraçavam
aspectos de religiões como o budismo, hinduismo, e/ou as religiões das
culturas nativas norte-americanas e estavam em desacordo com valores
tradicionais da classe média americana. Eles enxergavam o paternalismo
governamental, as corporações industriais e os valores sociais tradicionais
como parte de um establishment único, e que não tinha legitimidade.

O termo derivou da palavra em inglês hipster, que designava as pessoas nos


EUA que se envolviam com a cultura negra, ex: Harry "The Hipster" Gibson.
Em 6 de setembro de 1965, o termo hippie foi utilizado pela primeira vez,
em um jornal de São Francisco, um artigo do jornalista Michael Smith.

Nos anos 60, muitos jovens passaram a contestar a sociedade e a pôr em


causa os valores tradicionais. Esses movimentos de contestação iniciaram-se
nos EUA. Os hippies defendiam o amor livre e a não violência.
Como grupo, os hippies tendem a usar cabelos e barbas mais compridos do
que o considerado "elegante". Muita gente não associada à contracultura
considerava os cabelos compridos uma ofensa, em parte por causa da
atitude iconoclasta dos hippies, às vezes por os acharem "anti-higiênicos" ou
os considerarem "coisa de mulher".

Foi quando a peça musical Hair saiu do circuito chamado off-Broadway para
um grande teatro da Broadway em 1968, que a contracultura hippie já
estava se diversificando e saindo dos centros urbanos tradicionais.

Os Hippies não pararam de fazer protestos contra a Guerra do Vietnã, cujo


propósito era acabar com a guerra, a maioria eram soldados que voltaram
depois de ter contato com os Indianos, que a partir desse contato, eles se
inspiraram na religião e no jeito de viver para protestarem. Seu principal
símbolo era o Mandala.

Vocabulário:
*Arquibaldo - Torcedor de arquibancada
* Barra - Difícil
* Bicho - Amigo
* Bicho Grilo - Alguem Mal vestido
* Bichogrilês - Idioma dos Hippies
* Biônico - Político nomeado pelo governo
* Bode - Confusão
* Capanga - Bolsa
* Chacrinha - Conversa sem objetivos
* Dar o cano - quebrar compromissos
* Eu "tô" que "tô" que nem "tô" de tanto que "tô" - Eu Estou bem
* Fazer a cabeça - Conquistar
* Geraldino - Torcedor de geral
* Goiaba - Bobo
* Jóia - Tudo bem
* Podes crer - Acredite
* Repeteco – Repetição
Características:
* Roupas de cores brilhantes, e alguns estilos incomuns, (tais como calças
boca-de-sino, camisas tingidas, roupas de inspiração indiana)

* Predileção por certos estilos de música, como rock psicodélico Grateful


Dead, Jefferson Airplane, Janis Joplin e soft rock como Sonny & Cher; ou mais
recentemente Phish, String Cheese Incident, the Black Crowes, ou a "trance
music" de Goa;

* Às vezes tocar músicas nas casas de amigos ou em festas ao ar livre como


na famosa "Human Be-In" de San Francisco, ou no Festival de Woodstock em
1969. Atualmente, há o chamado Burning Man Festival (veja link no final);

* Amor livre (veja também: revolução sexual). É curioso notar que muitos
hippies, porém, não toleravam as relações sexuais ou amorosas entre
homens, apenas entre mulheres;

* Vida em comunidades onde todos os ditames do capitalismo são deixados


de lado. Por exemplo, todos os moradores exercem uma função dentro da
comunidade, as decisões são tomadas em conjunto, normalmente é
praticada a agricultura de subsistência e o comércio entre os moradores é
realizado através da troca. Existem comunidades hippies espalhadas no
mundo inteiro;

* O incenso e meditação são parte integrante da cultura hippie pelo seu


caráter simbólico e quase religiosos;

* Uso de drogas como marijuana (maconha), haxixe, e alucinógenos como o


LSD e psilocibina (alcalóide extraído de um cogumelo). Porém muitos
consideravam o cigarro feito de tabaco como prejudicial à saúde. O uso da
maconha era exaltado mais por sua natureza iconoclasta e ilícita, do que por
seus efeitos psico-farmacêuticos;

* Quanto à participação política, mostravam pouco interesse. Eram adeptos


do pacifismo e, contrários à guerra do Vietnã, participaram de algumas
manifestações anti-guerra dos anos 60, não todas, como se acredita. Ir
contra qualquer tipo de manifestação política também faz parte da cultura
hippie, que privilegia muito mais o bem estar da alma e do indivíduo.

Por volta de 1970, muito do estilo hippie se tornou parte da cultura principal,
porém muito pouco da sua essência. A grande imprensa perdeu seu
interesse na subcultura hippie como tal, apesar de muitos hippies terem
continuado a manter uma profunda ligação com a mesma. Como os hippies
tenderam a evitar publicidade após a era do Verão do Amor e de Woodstock,
surgiu um mito popular de que o movimento hippie não mais existia. De
fato, ele continuou a existir em comunidades mundo afora, como andarilhos
que acompanhavam suas bandas preferidas, ou às vezes nos interstícios da
economia global. Ainda hoje, muitos se encontram em festivais e encontros
para celebrar a vida e o amor, como no Peace Fest.

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