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Para entender melhor, devemos lembrar que as plantas “terrestres” incluem 2 grandes
grupos:
1. As briófitas, que não apresentam tecido vascular e, na verdade, são gametófitos com
desenvolvido. A fase haplóide (gametófito) do seu ciclo pode ser de vida livre e
(divididos em duas partes iguais), nos quais faltavam folhas e raízes. Com a especialização
raiz e folha.
9.1 Pteridófitas
encontram nas Briófitas ou nas plantas com sementes. Diferem destas últimas por possuírem
com rizóides ou ser subterrâneo e incolor, nunca abandonando a membrana do esporo que
a) Em relação às Algas:
As pteridófitas apresentam arquegônios e anterídeos e o embrião fica retido dentro
b) Em relação às Briófitas
tecido de condução.
c) Em relação às Fanerógamas
Existem duas teorias para a origem do grupo Pteridófita: 1) A partir das Briófitas e 2)
Classificação :
dicotômicas, sendo que há apenas 2 gêneros atuais : Psilotum e Tmesiptereis. São gêneros
bastante primitivos, não possuindo raízes e tendo uma única célula apical em cada ramo.
São plantas vasculares fósseis e também não possuem raízes claramente distintas. O
esporófito consiste de uma porção ramificada (caule) que pode ou não ter pequenas folhas,
freqüentemente subterrâneo.
Os esporângios se localizam nas axilas das folhas ou na face axial da folha próximo a
base. As folhas que detém esporângios são chamadas esporófilos. Os esporófilos são iguais
às folhas vegetativas.
Eles possuem folhas dispostas em círculos formando nós e entrenós e são estriadas
em um estróbilo terminal.
subtropicais, mais do que em regiões temperadas e frias. Alguns fetos são arborescentes,
com um “tronco” relativamente espesso, embora muito dessa espessura seja devido ao
Numerosos esporângios crescem em cada esporófilo (folha que contém esporângios) e nas
efetivamente conquistou o ambiente terrestre. A hipótese mais aceita para a origem das
plantas vasculares é que essas teriam surgido de formas aquáticas herbáceas. Vários foram
Em resumo, o principal avanço dos fetos sobre os musgos e outras Briófitas foi a
vasculares são capazes de atingir maiores tamanhos que os musgos porque água, minerais
dissolvidos e alimento (seiva elaborada) podem ser transportados para todas as partes da
com raízes e folhas verdadeiras. O ciclo de vida das pteridófitas envolve uma alternância de
gerações claramente definida (fig. 9.4 ). A planta predominante é a geração esporof ítica.
Seu corpo é composto de um caule horizontal junto ao chão, chamado rizoma, do qual
conhecidas como espermatófitas, pois são plantas que produzem sementes. A maioria das
plantas bem sucedidas tem na semente seu modo primário de reprodução e dispersão.
Poderíamos dizer até que estamos vivendo a "Idade das Sementes" e essa é o maior avanço
1) Os esporos vegetais são compostos por uma única célula, enquanto as sementes
da semente é nutrido pelo alimento nela estocado, até que ele seja auto-suficiente.
onde um deles se fundirá com a oosfera. Nas Gimnospermas atuais ambos os gametas
As coníferas ocupam vastas áreas da Terra hoje em dia. Alcançam do Ártico aos
Trópicos e são a vegetação dominante nas regiões florestais do Canadá, nordeste europeu
resinas, ornamentação, etc., além de atraentes durante o inverno, pois estão sempre verdes.
As coníferas são a classe mais significativa das gimnospermas atuais, incluindo cerca
de 50 gêneros e 550 espécies, atingindo alturas superiores a 117m e diâmetros maiores que
11m. Pinus, que é muito comum para nós, é uma conífera típica. Produz micrósporos
liberados dos microstróbilos em grande número e alguns chegam até o estróbilo feminino
desses megásporos desenvolve-se num gametófito feminino, com uma oosfera dentro de
O grão de pólen cresce na forma de um tubo que digere seu caminho (através do
tecido gametófito feminino) até o óvulo, dentro do arquegônio. Então, a célula dentro do
grão de pólen divide-se para formar células espermáticas (que não têm flagelos), uma das
quais se funde com a oosfera, formando o zigoto. Esse cresce, originando um embrião de
torna-se tecido nutritivo na semente madura. O embrião e seu tecido nutritivo ficam
protegidos por uma capa, o tegumento, e ainda ganham asas para que possam ser
dispersados pelo vento. O tecido nutritivo e o tegumento são haplóides, pois provém do
terrestre!
Vale lembrar ainda de Ginkgo, uma espécie arbórea nativa da China e que
representa o gênero mais antigo entre as espécies viventes da classe das coníferas. Fósseis
de 200 milhões de anos foram descobertos e são muito parecidos com as espécies atuais.
Ginkgo é o único gênero vivo. É uma planta cultivada desde épocas muito remotas nos
jardins dos templos chineses e hoje é cultivada em todo o mundo (figura 9.7).
9.2.1.2 Classe Cycadopsida (cicas)
caracteres similares aos das demais gimnospermas (sementes, tubo polínico e gametófitos
indivíduos diferentes.
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isoladas. Compreende só uma ordem, Taxales, e uma família, Taxaceae (fig. 9.9). Nesta
família incluem-se 5 gêneros. São plantas arbustivas lenhosas ou árvores pequenas, com
também conhecidas como plantas frutíferas e compõem o maior grupo vegetal em número
representada pelos bulbos de lírios e cebolas e pelos rizomas de Iris e de muitas gramíneas.
A diversidade de habitat está demonstrada pelas plantas aquáticas como Elodea ouLemna,
pelos gêneros xerofíticos como o cactos e pelas epífitas, como muitas orquídeas e
bromélias.
características:
fechado e protegido);
evidente em todas as formações vegetais terrestres, exceto nas tundras do norte da União
Soviética e nas florestas de coníferas da América do Norte. Elas podem ser desde ervas
com poucos milímetros (Lemnaceae) até árvores de mais de 100m, como certas espécies
de Eucaliptus. São geralmente terrestres, mas podem ser aquáticas, ocorrendo mais
A Flor
que significa vaso, receptáculo, urna e sperma que quer dizer semente. A estrutura da flor
que mais se distingue é provavelmente o carpelo, ou seja, a urna que engloba os óvulos, o
qual se transforma em fruto logo após a fecundação. Faremos uma breve revisão a seguir,
sobre a morfologia da flor, já descrita sob outro ângulo anteriormente.
recebe o nome de pedicelo. O termo dado a porção do pedicelo onde as partes florais se
inserem é receptáculo.
A maior parte das flores possui dois grupos de apêndices estéreis: as sépalas e as
pétalas, que se prendem ao receptáculo situado abaixo das partes férteis da flor, ou seja,
estames e carpelos. As sépalas encontram-se abaixo das pétalas e os estames abaixo dos
carpelos.
estrutura e com freqüência as sépalas são verdes e as pétalas vivamente coloridas, embora
Na grande maioria das angiospermas atuais, o estame consiste de uma fina haste ( filete) com
uma antera bilobada na extremidade que contém 4 microsporângios, chamados de
sacos polínicos.
Os carpelos, que são coletivamente chamados de gineceu, são megasporófilos que
se acham dobrados pelo comprimento, incluindo um ou mais óvulos (fig. 9.12). Uma certa
flor pode conter um ou mais carpelos, no caso de haver mais de um, eles podem estar
carpelos fundidos diferenciam-se em uma parte inferior, o ovário, que encerra os óvulos e
uma parte superior, o estigma, que recebe o pólen. Em muitas flores, uma estrutura mais
coalescentes, isto é, unidos, estilete ou estigma podem ser comuns ou então separados
para cada carpelo e o ovário comum é, em geral, dividido em dois ou mais lóculos
disposição varia nas diferentes flores. A placentação pode ser: parietal , quando os óvulos
ficam situados n uma coluna central de tecido onde não há divisões que ligam a placenta
parede do ovário (figura 9.13). Finalmente, pode ser basal , se houver um único óvulo na
Se uma flor possui tanto estames quanto carpelos, elas são consideradas perfeitas
Uma flor que apresenta todas as partes florais é chamada completa, mas se faltar
uma das partes ela é dita incompleta. Assim, uma flor imperfeita é sempre incompleta.
apenas três células e o megagametófito adulto (que fica inserido durante toda a sua
existência nos tecidos do esporófito) compõe-se, em muitos casos, de sete células apenas.
pólen é depositado sobre o estigma e, em seguida, dois gametas imóveis são conduzidos
pelo tubo polínico até o gametófito feminino. Após a fecundação, o óvulo se transforma em
semente e o ovário em fruto (fig. 9.14).
A reprodução nas
angiospermas inclui os seguintes fenômenos:
1. Esporogênese
3. Polinização
4. Fertilização
Esporogênese
fanerógamas.
constituindo óvulos.
megaesporófilo é representado pelo estilete e pelo estigma. Este último é uma superfície
meiose para formar uma tétrade linear de megásporos, enquanto a flor ainda é botão.
do tubo polínico após a polinização, podendo ser completado antes mesmo do grão de
pólen ter sido eliminado pela antera. Por outro lado, em outras espécies, a divisão nuclear
ocorre durante a germinação
sucessivas formando oito núcleos haplóides, que se diferenciam um pouco e têm uma
células chamadas de sinérgides. No pólo oposto serão formadas três células denominadas
antípodas. Os dois núcleos restantes, que migraram dos pólos para o centro do gametófito
feminino são, por isso, denominados núcleos polares.
oosfera. A medida que a flor se abre e o estigma se torna receptivo, o(s) óvulo(s) dentro do
polínico que atravessa o estilete até atingir o ovário. Lá, o tubo polínico se rompe e
descarrega seus núcleos gaméticos no citoplasma do gametófito feminino. Surge uma nova
das plantas frutíferas. Um dos núcleos gaméticos se une com a oosfera e o outro com os
dois núcleos polares do gametófito feminino para originar um núcleo triplóide (3n). Há,
portanto, a formação de um núcleo zigótico (2n) e um outro 3n, que formará o endosperma.
gametófito feminino, formado antes da fecundação. O zigoto sofre uma série de divisõe
múltiplos.
Maçã, pera e marmelo são frutos simples que se originam de ovários compostos;
e se tornam carnosas.
reprodução das angiospermas, já foi discutido anteriormente (veja capítulo sobre frutos).
Os Agentes Polinizadores
locomover de um lugar para o outro a fim de encontrar alimento ou abrigo e muito menos,
sair em busca de seus parceiros para a reprodução. De modo geral, eles precisam satisfazer
procura do parceiro, características estas que estão incorporadas à flor. A medida que
atraem insetos e outros animais, dirigem suas atividades de modo que isto resulte numa alta
se passivamente pela ação do vento. Os óvulos que eram conduzidos sobre as folhas ou
dentro dos cones, transpiravam gotas de seiva viscosa pela micrópila, como ocorre até hoje
nas coníferas. Estas gotas levaram os grãos de pólen até as micrópilas. Insetos,
provavelmente besouros, que se alimentavam dessa seiva e da resina dos caules e folhas
devem ter se deparado com os grãos de pólen ricos em proteína e com as gotículas
viscosas dos óvulos. O fato de tais insetos passarem a retornar regularmente a estas fontes
Quanto mais atrativas fossem as plantas para o inseto, mais freqüentemente eles as
visitariam e mais sementes seriam produzidas. Assim, qualquer mutação que ocasionalmente
tornasse as visitas mais eficientes ou freqüentes, ofereciam uma vantagem seletiva imediata.
polinização por meio de insetos. Além de fontes comestíveis da flor e do pólen, as plantas
conhecidas como nectários. Tais glândulas secretam o néctar, atrativo para insetos.
porque houve a necessidade de proteger o óvulo dos insetos predadores. A evolução por
seleção natural do carpelo fechado provavelmente foi uma conseqüência disto. Mudanças
posteriores da flor (como ovário ínfero, por ex.) podem também servir para proteger os
óvulos.
na mesma flor serve para tornar mais eficiente cada visita de um polinizador. Isto, por sua
para os quais as flores são freqüentemente a única fonte de alimento, foi uma conseqüência
Os insetos tiveram, por sua vez, grande influência no curso evolutivo das
angiospermas e contribuíram duplamente para a sua diversificação. Uma parte dos insetos
visita um grupo muito restrito de plantas para sua alimentação, porém uma dada
espécievegetal quase nunca depende completamente de um só agente polinizador. A maior
parte
das flores é visitada por mais de um tipo de inseto. Inversamente, um inseto quase nunca
depende de um só tipo de flor, até aqueles que parecem mais limitados a uma espécie, na
modificações que a flor primitiva sofreu foram essenciais para estimular a constante visita
dos insetos.
seus polinizadores;
tubo da corola, adaptada só para insetos de tromba longa, fusão de partes da flor, como
carpelos, que permitiu com uma única porção de pólen a fertilização de um grande número
cores sombrias
flor.
Lepdópteros:
Estímulos visuais e olfativos atraem estes insetos. Algumas borboletas são capazes
de ver o vermelho, o azul e o amarelo. Já a maioria das mariposas voa à noite e o tipo
característico de flor que elas polinizam é branca (pois destaca-se no escuro) e possui
umaforte fragrância adocicada. Ex.: tabaco e dama-da-noite. Outras flores que não são
brancas, mas que sobressaem no fundo escuro da noite são polinizadas por mariposas,
como por ex.: Amaryllis belladonna, que é rosa.
As flores são de corola tubulosa onde na base há o nectário, de modo que o acesso
Besouros :
besouros. Essas plantas têm flores grandes e solitárias, como as de magnólia, ou então são
(Apiaceae). Nos besouros o olfato é muito mais desenvolvido que a visão, sendo as flores
geralmente brancas e opacas, mas com forte odor (de frutas ou de fermentação). Os
besouros podem alimentar-se diretamente das pétalas, pólen ou outras partes florais.
responsáveis pela polinização de mais espécies vegetais que qualquer outro grupo animal.
Fêmeas e machos alimentam-se de néctar, e as fêmeas ainda coletam pólen para alimentar
as larvas. As abelhas têm peças bucais, pêlos e outros apêndices com adaptações especiais
para a coleta e transporte do néctar e pólen. Diferente de nós, as abelhas podem perceber
o ultravioleta como uma cor distinta, porém não o fazem com o vermelho.
As flores que são visitadas por abelhas têm pétalas vistosas, geralmente azuis ou
amarelas, com um padrão distintivo (guias de néctar, etc.) pelo qual as abelhas podem
partes florais e dos insetos que vivem nas flores, servindo assim de polinizadores.
princesa, eucalipto, hibisco, musáceas, etc.). São grandes ou então constituem parte de
grandes inflorescências.
Os morcegos que alimentam-se total ou parcialmente das flores têm focinhos finos
polinizadas por pássaros. São grandes, possuem abundante quantidade de néctar. São
geralmente de cor sombria e abrem-se à noite, já que morcegos têm hábitos noturnos. Na
maioria são tubulosas, ou então, protegem o néctar de outra forma. Os morcegos são
atraídos principalmente pelo olfato, sendo uma das características dessas flores possuir
néctar, comendo o pólen e outras partes florais e carregando assim o pólen em seu pêlo.
Acreditou-se por muito tempo que as flores anemófilas eram as mais primitivas das
plantas recentes, como as monocotiledôneas têm sua polinização realizada pelos ventos.
e são relativamente inodoras, não têm néctar, possuem pétalas pequenas ou inexistentes e
os sexos geralmente separados. Os estames e estigmas geralmente são grandes, há um
inflorescências.