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Oncologia pediátrica

O câncer é uma doença degenerativa resultante do acúmulo de lesões no material


genético das células, de proporções graves, pois ameaça a vida. Ele pode afetar qualquer parte
do organismo, atacando pessoas de todas as idades, ocorrendo quase com a mesma proporção
para ambos os sexos.
O câncer traz efeitos físicos, psicológicos e emocionais devastadores, causando
desorganização na vida dos que são diretamente atingidos por ele, o próprio paciente e
conseqüentemente sua família.
Segundo dados do INCA (Instituto Nacional do Câncer) são diferentes os tipos de
neoplasias que atingem as crianças e os adultos, na criança geralmente as neoplasias afetam
as células do sistema sanguíneo e os tecidos de sustentação, enquanto que no adulto afetam
as células do epitélio que recobrem os diferentes órgãos como a mama e pulmão.

Geralmente os tipos de tumores e sintomas mais frequentes nas crianças e


adolescentes são:

Leucemias (afetam os glóbulos brancos) e os sintomas mais comuns são


susceptibilidade a infecções, palidez, sangramento e dor óssea.

Retinoblastoma (afetam a retina do olho) e os sintomas são embranquecimento da


pupila quando exposta a luz (reflexo do olho de gato), fotofobia ou estrabismo.

Neuroblastoma (afetam os gânglios simpáticos) e o tumor de Wilms (afetam os rins)


em ambos os casos pode se notar “uma massa” no abdômen.

Tumor do sistema nervoso central onde os sintomas são: cefaléia, vômitos, alterações
motoras, alterações cognitivas, paralisia dos nervos.

Além das neoplasias que atingem: sistema linfático, germinativo onde o tecido dará
origem as células que geram as gônadas, osteosarcoma (ossos) e os tumores de partes moles
(sarcomas).
Antigamente o câncer em criança era considerado uma doença fatal e grande parte dos
pacientes morriam nos primeiros 6 meses de doença. Atualmente com o uso de novos
agentes quimioterápicos, com o melhor conhecimento da doença, com a introdução de novos
métodos de investigação, a sobrevida se torna maior.

Acredita se que cerca de 70% dos casos podem ser curados.

INCIDÊNCIA ANUAL DE NEOPLASIA A CADA MILHÃO DE CRIANÇAS


33%

22%

13%
8%
6% 5%
3%

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No Brasil, o câncer já representa a segunda causa de mortalidade


proporcional entre crianças e adolescentes de 1 a 19 anos, para todas as regiões.
Como a primeira causa são aquelas relacionadas aos acidentes e à violência,
podemos dizer que o câncer é a primeira causa de mortes por doença, após 1 ano
de idade, até o final da adolescência.
Enfermagem no apoio a criança e adolescente com câncer

O controle e o alívio da dor na assistência à criança com câncer têm sido objeto de
preocupação constante da equipe de enfermagem, na busca de intervenções que possam
minimizar ou evitar problemas de ordem físico-emocional, relacionados ao tratamento, à
evolução da doença e à assistência à criança em fase terminal.

A enfermagem atua inúmeras vezes com a criança com dor, percebendo assim que o
aumento da ansiedade e do desconforto compromete ainda mais o seu estado geral. Nesse
sentido, a responsabilidade de promover o alívio da dor e o conforto do paciente exige uma
precisa avaliação dos aspectos fisiológicos, emocionais, comportamentais e ambientais que
desencadeiam ou exarcebam o quadro álgico na criança. Na assistência à criança em sua
integralidade, devem ser consideradas as situações de desconforto e de dor vivenciadas por
esta, objetivando uma melhor qualidade de vida desses pacientes.

Existem varias formas de se avaliar a dor na criança entre elas temos modelos em que
o profissional faz a avaliação e modelos em que o próprio paciente (criança) relata a sua dor,
para que esta seja depois analisada profissionalmente.

Avaliação comportamental
Escala Linear Analógica Visual

Escala Linear Analógica Não Visual

Escala Analógica Visual de Faces


Enfermagem e a família do paciente.

Por estar junto da criança durante todo o período da doença, a família merece a atenção dos
profissionais de saúde e deve estar sempre bem informada. A enfermagem deve incentivar a
participação da família no tratamento e orientar sobre a necessidade de um ambiente
harmônico e tranqüilo para o paciente em todas as fases do processo.

A doença promove limitações sociais, econômicas, biológicas, dentre outras, cabe aos
enfermeiros, investir esforços no que tange ao acompanhamento destas pessoas (doente e
familiar), na condição de quem vivencia o sofrimento de um familiar. Outro aspecto a ser
considerado é aquele relacionado às transformações na organização e na dinâmica da família e
o quanto o câncer desestabiliza o paciente e sua família. Após o aparecimento da doença, as
relações familiares ficam abaladas.

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