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A análise da uma imagem muitas vezes causa dúvidas e provoca suspeita em diversos títulos:
Na maioria das imagens que consideramos como artística não é da ordem intelecto, mas sim afetiva e
emotiva.
As pessoas conseguem entender o que é transmitido através de uma imagem, pois ela é universal.
Porém, cada um a interpreta de uma forma, através de sua cultura e experiência.
Ex: O fato de conhecermos certos animais nas paredes das grutas de Lascaux (complexo de cavernas,
localizadas ao sudoeste na França, conhecida pelas pinturas) não nos diz mais sobre a sua significação
precisa do que os hieróglifos, antiga escrita egípcia.
AS INTENÇÕES DO AUTOR
Não podemos bloquear nosso pensamento achando que nunca vamos entender o que o autor quis
passar. Cada pessoa possui um entendimento, nem sempre igual ao autor, tendo vivido e aprendido de
diferentes maneiras.
A última resistência é a análise das obras de arte, e que diz respeito na maioria das vezes a imagem. Isso
acontece porque a arte é considerada mais como uma expressão do que comunicação. Num segundo
momento, o que a imagem do artista nos passa, sempre se afirma um desejo de ligar o nome do mestre
da obra, atrapalhando a visão da obra em si. Temos o hábito de julgar a arte como oposto da ciência,
pensando que ela serve apenas como estética e não pensamento verbal.
As funções da imagem são: proporcionar prazer ao analista, aumentar os seus conhecimentos, instruir e
permitir a leitura de uma forma mais eficaz das mensagens visuais.
Uma das funções primordiais da imagem é a pedagógica. Embora essa função seja exercida num quadro
institucional, não lhe está reservada. Pode ser feita nos locais de trabalho, a título de formação
contínua, mas também nos meios de comunicação que a utilizam. Finalmente, o uso da análise pode ser
encontrado principalmente no domínio da publicidade e do marketing, que recorrem em diversos
momentos à semiótica (estudo dos signos lingüísticos). Ela é muito importante por ser considerada uma
garantia de eficácia e, portanto, de rentabilidade.
OBJETIVOS E METODOLOGIA DA IMAGEM
A partir da ideia, que para toda análise é necessário um objetivo, Roland Barthes veio a descobrir se
imagens contém signos e o que são.
Eles têm a mesma estrutura dos signos lingüísticos de Saussure, ou seja, um significante ligado a um
significado. Baseando-se na mensagem publicitária, Barthes encontra significados e estudando-os
consegue chegar aos elementos que provocaram esses significados e associando ambos descobrirá os
signos completos. Assim sua metodologia pode se resumir em: partindo dos significados encontraremos
os seus significados e consequentemente os signos. Isso nos permite perceber que toda imagem possui
signos diferentes que se integram, nos evidenciam os significados e características passadas na imagem.
O estudo da linguagem verbal é mais simples. Na escrita a diferença de sentido dessas palavras é
perceptível graças a ortografia. Na oralidade é o contexto que indicará como interpretar estes sons
idênticos.
A linguagem visual é mais complexa. Exigindo um pouco mais de análise, estudo e imaginação, podendo
ser muito eficaz.