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Técnica de Análise Térmica

A análise térmica é um grupo de técnicas que permite determinar propriedades físicas de

uma substância em função da temperatura, de forma que a temperatura seja controlada. Essa

definição foi formulada por Mackenzie [1] como sendo “um grupo de técnicas nas quais uma

propriedade física de uma substância e/ou seus produtos de reação é medida, enquanto a amostra

é submetida a uma programação de temperatura”. Para que essa técnica possa ser considerada

como termoanalítica é necessário que uma propriedade física seja medida, essa medida deve ser

uma função da temperatura e deve ser feita sob um controle da temperatura [2].

A análise térmica apresenta vantagens em inúmeras áreas da ciência, ou seja, pode-se obter

atraves dessa análise: variação de massa, estabilidade térmica; água livre e; água ligada; pureza,

ponto de fusão, ponto de ebulição, calores de transição, calores específicos, diagramas de fase,

cinética da reação, estudos de catalisadores, transições vítreas, etc. [2].

As técnicas termoanalíticas mais utilizadas são [3]: Termogravimetria (TG), Método da

Análise Térmica Diferencial (DTA), Calorimetria exploratória diferencial (DSC) e a derivada

primeira da curva TG (DTG) .

Termogravimetria (TG) e Derivada Primeira da Curva TG (DTG)

Podemos definir termogravimetria como sendo a técnica na qual utilizando uma temperatura

controlável, mede-se a variação da massa de uma substância em função da temperatura [4]. A

derivada primeira da curva TG é uma Técnica que fornece a derivada primeira da curva

termogravimétrica, em função do tempo ou da temperatura.

O registro é a curva TG ou termogravimétrica; o peso deve ser colocado em ordenadas e o

tempo (t) ou a temperatura (T) em abscissas.


Fig.1: Curva TG em vermelho e derivada da curva TG em azul [2].

Na análise termogravimétrica é utilizado um equipamento constituído por uma

microbalança, um forno, termopares e um sistema de fluxo de gás.

Fig.2: Equipamento para análise de termogravimetria [2].

Método da Análise Térmica Diferencial (DTA)

Consiste basicamente na obtenção de curvas de temperatura versus tempo. Dessa maneira

são produzidas curvas de aquecimento e resfriamento, sendo que as de resfriamento são mais

apropriadas para determinação das fases do sistema. Isso porque no processo de resfriamento o

estado inicial é o líquido, e nessa condição as moléculas da mistura estão mais homogêneas, o que

minimiza erros que podem ser causados pela condição de não-idealidade.

Mudanças na amostra como fusão, solidificação e cristalização são então registradas sob a

forma de picos, sendo a variação na capacidade calorífica da amostra registrada como um

deslocamento da linha base.


Fig.3: Curva de DTA. (a) Variação da capacidade calorífica (b) Reação Exotérmica (c) Reação

Endotérmica [].

Calorimetria exploratória diferencial (DSC)

A técnica DSC pode ser descrita como sendo a medida da temperatura e fluxo de calor

associados a transições em materiais como uma função do tempo e da temperatura em uma

atmosfera controlada.

Fig.

DSC com Compensação de Potência: arranjo no qual a referência e amostra são mantidas na

mesma temperatura, através de aquecedores elétricos individuais. A potência dissipada pelos

aquecedores é relacionada com a energia envolvida no processo endotérmico ou exotérmico.

DSC com Fluxo de Calor: o arranjo mais simples é aquele no qual a amostra e a referência,

contidas em seus respectivos suportes de amostra, são colocadas sobre um disco de metal. A troca

de calor entre o forno e a amostra ocorre preferencialmente pelo disco.


Fig.4: Exemplo de uma curva obtida por DSC.

As transições de primeira ordem apresentam variação de entalpia - endotérmica ou

exotérmica e dão origem à formação de picos.

As transições de segunda ordem caracterizam-se pela variação de capacidade calorífica

porém sem variações de entalpia. Não geram picos nas curvas de DSC, apresentando-se como um

deslocamento da linha base.

Fig.5:

QUAIS AS APLICAÇÕES DO DSC?

transição vítrea (mudança de linha base), calor específico (mudança de linha base), fusão

(endotérmico), cristalização (exotérmico), oxidação (exotérmico), pureza (endotérmico), cinética de

reação (endo e exotérmico), estabilidade térmica (endo e exotérmico).


Referência Bliográfica

[1] Mackenzie, R. C.; Termochim. Acta 1979, 28, 1.

[2] Ionashiro, M.; Giolito, I. Princípios Básicos da Termogravimetria e Análise Térmica

Diferencial/ Calorimetria Exploratória Diferencial .

[3] Silva, E. C. Da; Paola, M. V. R. V. De; Matos, J. do R; Análise térmica aplicada à

cosmetologia . Brazilian Journal of Pharmaceutical Sciences 2007, vol. 43, n. 3.

[4] Rodrigues, G. V; Marchetto O. Caracterização de Materias III: Análises térmicas. Universidade

Federal De Santa Catarina.

[5]

Porta-amostras para DSC

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