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pública
Alcançado que foi o direito de participação por parte dos não docentes nos
órgãos de gestão (conselho pedagógico e na altura assembleia geral) a
quando da aplicação da lei 115 A/98 (autonomia e gestão das escolas), cujo
projecto inicial para debate público não contemplava a sua participação no
conselho pedagógico, acabou por consagrar tal abertura aos não docentes.
Uma década depois, esta conquista de participação no pedagógico foi
colocada em causa pela nova lei de autonomia e gestão das escolas
75/2008 de 22 de Abril, que restringiu a intervenção dos não docentes nos
órgãos de gestão ao conselho geral e deixou a possibilidade de participação
no pedagógico a critérios de interpretação e decisão da direcção das
próprias escolas.
Ainda que nem sempre tenha sido dada a devida atenção a uma
intervenção activa e organizada nestes órgãos, particularmente ao actual
conselho geral, perante os ataques que vem sendo feitos,
descaracterizando a escola pública como espaço democrático, agora é a
própria teia legislativa que pesa sobre a administração pública, que faz
despertar a necessidade de uma outra atenção por parte dos trabalhadores,
quando, como acontece no caso da educação, os não docentes têm
representação nos conselhos gerais, que têm entre as suas competências, a
definição das linhas orientadoras para a elaboração do orçamento.
Competência que obriga a uma redobrada atenção, para que este
documento contenha a previsão de eventuais alterações remuneratórias,
que têm de estar salvaguardadas no orçamento dos agrupamentos e que
habitualmente não são tidas em consideração pelos restantes componentes
deste órgão, a quem por isso mesmo os trabalhadores não docentes não
podem deixar confiado o papel de defesa dos seus direitos e interesses
profissionais. Particular atenção merece a discussão e aprovação dos
regulamentos internos no que toca nomeadamente ao capítulo dos não
docentes.