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O texto escrito e suas

interferências.
DEFINIÇÃO
Texto é uma seqüência verbal (palavras), oral ou
escrita, que forma um todo que tem sentido
para um determinado grupo de pessoas em
uma determinada situação.  O texto pode ter
uma extensão variável: uma palavra, uma frase
ou um conjunto maior de enunciados, mas ele
obrigatoriamente necessita de um contexto
significativo para existir. Seu nível de linguagem
pode ser formal, coloquial, informal, técnico.
Tipos textuais referem-se à estrutura
composicional do texto. Hoje, admite-se
cinco tipos textuais: descrição, narração,
dissertação, exposição  e injunção. Os
textos injutivos são aqueles que indicam
procedimentos a serem realizados. Nesses
textos, as frases, geralmente, são no modo
imperativo. Bons exemplos desse tipo de
texto são as receitas e os manuais de
instrução.
Não importa qual o gênero, todo
texto pode ser analisado sob três
características: O assunto: o que
pode ser dito através daquele
gênero; O estilo: as palavras,
expressões, frases selecionadas e o
modo de organizá-las; O formato: a
estrutura em que cada
agrupamento textual é apresentado
NORMA CULTA E LÍNGUA COLOQUIAL A
Norma ou Língua Culta é um tipo de
variação lingüística que se caracteriza
por seguir as normas estabelecidas de
acordo com a gramática normativa . Ela
é falada e escrita em situações que
exigem formalidade. A Língua
Coloquial é a variação lingüística
utilizada em situações informais. É a
língua do cotidiano .
VARIEDADE LINGÜÍSTICA- Em um único sistema
lingüístico podemos encontrar variações no que
se refere ao modo como ele é utilizado pelos
falantes. É isso que caracteriza as variações
lingüísticas .
Tipos de variedades: 1. Os dialetos - ocorrem em
função das pessoas que usam a língua, ou seja,
dos emissores. (regional, social, idade, sexo,
geração, função); 2. Os registros - ocorrem em
função do uso que se faz da língua, da
mensagem , da situação . (grau de formalismo).
PRONOMINAIS
Dê-me um cigarro
Diz a gramática
Do professor e do aluno
E do mulato sabido
Mas o bom negro e o bom branco
Da Nação Brasileira
Dizem todos os dias
Deixa disso camarada
Me dá um cigarro
ANDRADE, Oswald de.
Atenção, malandrage! Eu num vô pedir nada,
vô te dá um alô! Te liga aí: Aids é uma praga
que rói até os mais fortes, e rói devagarinho.
Deixa o corpo sem defesa contra a
doença.Quem pegá essa praga está ralado de
verde e amarelo, de primeiro ao quinto, e
sem vaselina. Num tem dotô que dê jeito,
nem reza brava, nem choro, nem vela, nem
ai, Jesus (...).
(Agência Adag. Realização: TV Cultura, 1988.)
Vícios de linguagem são, segundo
Napoleão Mendes de Almeida,
palavras ou construções que
deturpam, desvirtuam, ou
dificultam a manifestação do
pensamento, seja pelo
desconhecimento das normas
cultas, seja pelo descuido do
emissor.
Ambiguidade
Ambiguidade é a possibilidade de uma mensagem ter
dois sentidos. Ela geralmente é provocada pela má
organização das palavras na frase. A ambiguidade é um
caso especial de polissemia, a possibilidade de uma
palavra apresentar vários sentidos em um contexto.
Ex:
"Onde está a vaca da sua avó?" (Que vaca? A avó ou a
vaca criada pela avó?)
"Onde está a cachorra da sua mãe?" (Que cachorra? A
mãe ou a cadela criada pela mãe?)
Barbarismo divergências de pronúncia, grafia,
morfologia, etc., tais como "adevogado" ou "eu sabo
Pode-se assim concluir que o conceito de barbarismo é
relativo ao receptor da mensagem.
Em alguns contextos, até mesmo uma palavra da
própria língua do receptor poderia ser considerada
como um barbarismo. Tal é o caso de um cultismo (ex:
"abdômen") quando presente em uma mensagem a um
receptor que não o entende (por exemplo, um
indivíduo não escolarizado, que poderia compreender
melhor os sinônimos "barriga", "pança" ou "bucho").
A cacofonia é um som desagradável ou
obsceno formado pela união das sílabas de
palavras contíguas. Por isso temos que
cuidar quando falamos sobre algo para não
ofendermos a pessoa que ouve. São
exemplos desse fato:
"Ele beijou a boca dela."
"Bata com um mamão para mim, por
favor."
O plebeísmo normalmente utiliza
palavras de baixo calão, gírias e
termos considerados informais.
Exemplos:
"Ele era um tremendo mané!"
"Tô ferrado!"
Prolixidade
É a exposição fastidiosa e inútil de palavras ou
argumentos e à sua superabundância. É o
excesso de palavras para exprimir poucas idéias
A prevenção à prolixidade requer que se tenha
atenção à concisão e precisão da mensagem.
Concisão é a qualidade de dizer o máximo
possível com o mínimo de palavras. Precisão é a
qualidade de utilizar a palavra certa para dizer
exatamente o que se quer.
O pleonasmo é uma figura de linguagem.
Quando consiste numa redundância inútil e
desnecessária de significado em uma
sentença, é considerado um vício de
linguagem. A esse tipo de pleonasmo
chamamos pleonasmo vicioso.
Ex:
"Ele vai ser o protagonista principal da
peça". (Um protagonista é,
necessariamente, a personagem principal)
Solecismo
Solecismo é uma inadequação na estrutura sintática da frase com relação à
gramática normativa do idioma. Há três tipos de solecismo:
De concordância:
"Fazem três anos que não vou ao médico." (Faz três anos que não vou ao
médico.)
"Aluga-se salas nesse edifício." (Alugam-se salas nesse edifício.)
De regência:
"Ontem eu assisti um filme de época." (Ontem eu assisti a um filme de
época.)
De colocação:
"Me empresta um lápis, por favor." (Empresta-me um lápis, por favor.)
"Me parece que ela ficou contente." (Parece-me que ela ficou contente.)
"Eu não respondi-lhe nada do que perguntou." (Eu não lhe respondi nada do
que perguntou.)
LINGUAGEM VIRTUAL
Cada tipo de linguagem tem e apresenta a sua
natureza, manifestando-se por diferentes tipos
de elementos lingüísticos e, através deles, os
extralingüísticos, apontando suas características
e especificidades, passíveis de reconhecimento.
Neste sentido, a linguagem virtual não é uma
exceção, pois ela apresenta características
particulares de uma área técnica e/ou de
especialidade, a Informática
(Internet).

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