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02/08/2021 Ganbarou Ze!

- Gramática Japonesa: LIÇÃO 50: OS DIALETOS NO JAPÃO

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LIÇÃO 50: OS DIALETOS NO JAPÃO Pesquisar nes

Tal como acontece com muitos idiomas, a língua japonesa tem sua parcela de
dialetos regionais. Nesta lição, vamos conhecer os principais a fim de
enriquecer o seu conhecimento.
Gramática Ava
Contato
50.1. O QUE É UM DIALETO?
Introdução ao c
Primeiramente, vamos conceituar o que vem a ser um “dialeto”. Segundo o Dicionário "Ganbarouze -
Nome

Aulete, trata-se de uma “variante de uma língua restrita a uma comunidade inserida em uma Japonesa"
comunidade maior de mesma língua”. Seria, segundo alguns, uma espécie de fala Lição 01: Hirag
“atravessada”, um linguajar defeituoso, não conforme às normas do falar estabelecidas pelos
E-mail
*

Lição 02: Katak


gramáticos. A primeira definição de dialeto (que, por sinal, teria inspirado as posteriores)
baseava-se numa visão preconceituosa que a elite ateniense do período clássico tinha em Lição 03: O uso
Mensagem
*

relação à fala tanto das camadas populares quanto dos estrangeiros (não-atenienses, do Kana
inclusive gregos de cidades vizinhas). Lição 04: Kanji
Conhecimentos
O reconhecimento de uma variedade linguística como língua é questão meramente política.
Por exemplo, o catalão foi reconhecido pela Espanha como língua oficial, ao lado do Lição 05: Kanji
castelhano, galego e basco, depois de ter sido violentamente reprimido pela ditadura Aspectos sobre
formação e apr
Enviar franquista. Em Barcelona, é possível comprar edições bilíngues de diários como El Periódico
de Catalunya, em catalão e espanhol, cem páginas cada. Sua língua-irmã, o occitano, não é Lição 06: Room
reconhecida pelo governo francês, que teme onda de separatismo, já que o reconhecimento Lição 07: Os si
de uma língua é o primeiro passo para a afirmação de nacionalidade. pontuação

Na tentativa de estabelecer distinção entre língua e dialeto que não se apoiasse em fatores Lição 08: A líng
japonesa 'no m
políticos ou sociológicos, alguns buscaram critérios relacionados aos aspectos
comunicacionais. O lingüista romeno Eugenio Coseriu propôs o chamado critério da Lição 09: Etimo
intercompreensão, segundo o qual dois falares podem ser considerados dialetos da mesma
Lição 10: Subst
língua se seus falantes conseguem compreender-se mutuamente; caso contrário, teremos
duas línguas diferentes. Esse critério não é muito bom, porque se apóia num dado subjetivo: Lição 11: Prono
o grau de intercompreensão entre falantes. Por exemplo, falantes do português e do espanhol
Lição 12: As ba
podem entender-se relativamente, portanto seriam dialetos, segundo Coseriu. Já o conjugação e o
português e o francês seriam línguas distintas, de acordo com o mesmo critério.
Lição 13: Partíc
As línguas são organismos vivos, que nascem, crescem, se reproduzem e morrem. Na Introdução
verdade, poderiam ser comparadas com mais propriedade a espécies biológicas. Se Lição 14: Form
tomarmos como exemplo o nosso idioma, cada ato de fala ou escrita do português seria um básicas e o est
espécime da espécie chamada língua portuguesa. E, assim como acontece com as espécies
Lição 15: Partíc
biológicas, os idiomas evoluem, sucedendo às vezes de uma língua tornar-se duas ou mais,
ou extinguir-se sem deixar descendentes. Sua tendência natural é evoluir e fragmentar-se. Lição 16: Orden
palavras
Quando isso não ocorre, ou ocorre lentamente, é porque uma força (por exemplo, a escola)
está agindo em sentido oposto. Lição 17: Verbo
transitivos e int
As línguas evoluem por mutação. Pequenas alterações na pronúncia, na gramática ou no
Lição 18: Adjet
léxico (mudanças de sentido, novas palavras) ocorrem o tempo todo. Essas mutações se
acumulam e ocorrem simultaneamente, mas com resultados diferentes, em todo um Lição 19: Partíc
território. A distância geográfica, e a ausência ou dificuldade de comunicação entre os
Lição 20: Onom
habitantes de regiões distintas, faz com que, ao fim de um período, os falares das regiões
estejam bem diferentes entre si. Lição 21: Advé

Outro fator de dialetação é o substrato lingüístico. Quando o português chegou, havia vários Lição 22: Nomi
idiomas indígenas no Brasil. Ele se impôs como idioma oficial e de cultura, mas resquícios Lição 23: Koso
dos demais ficaram “por baixo” dele, influenciando, em cada região, o vocabulário e a palavras interro
pronúncia.

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Há casos em que a diferenciação regional chega a ser tanta que leva à mútua incompreensão. Lição 24: Os di
Se as mutações não só alterarem o falar local como se propagarem para localidades vizinhas, usos do verbo
como ondas, a superposição dessas “ondas” de inovações dará ao mapa lingüístico de um
Lição 25: Nume
país o aspecto de uma colcha de retalhos. contadores

As línguas nacionais são dialetos que conquistaram prestígio em relação aos demais, porque Lição 26: Partíc
produziram importante literatura ou eram os dialetos falados pela classe dominante. A
Lição 27: Verbo
língua oficial de uma nação tende a ser o dialeto da capital. Por isso, os falares regionais não suplementares
são dialetos da língua oficial. São dialetos de sua língua-mãe. Como alguns dialetos se introdução
distanciam mais do que outros em relação à língua de origem, muitos deles representam Lição 28: Os ve
estados mais antigos de uma língua, que ainda conservam traços já desaparecidos na língua- e "receber"
padrão.
Lição 29: Falan
Quando uma nação se forma, isto é, cria consciência nacional, desenvolve uma língua forma polida

nacional. Ela é baseada no dialeto de maior prestígio, mas recebe contribuições de outros Lição 30: Falan
dialetos sendo compreensível em maior ou menor grau por todos os cidadãos. A língua- forma honorífic
modesta
padrão passa a ser ensinada nas escolas e, com a comunicação de massa, veiculada na mídia.
Isso, aliado ao prestígio e à possibilidade de ascensão social permitida pelo domínio do Lição 31: Verbo
padrão, faz com que falares regionais tendam a sumir. A língua-padrão é sujeita à auxiliares - 「れ
「られる」
regulamentação da gramática normativa, o que lhe dá caráter conservador e refreia parte da
tendência natural à evolução. O português oficial é fundamentalmente o dialeto lisboeta, que Lição 32: Favor
suplantou o galaico-português dos primeiros séculos da história lusitana, enriquecido por solicitações

outros dialetos portugueses e idiomas. Lição 33: Verbo


auxiliares II - 「
Exemplo de invenção de uma língua-padrão é o nynorsk, o neonorueguês, criada no século 「させる」
19 com base em dialetos da Noruega, por oposição ao norueguês oficial, muito influenciado
Lição 34: Partíc
pelo dinamarquês. Hoje, ambas são oficiais no país. final de sentenç

50.2. OS DIALETOS NO JAPÃO Lição 35: Comp


sentenças I
Variantes regionais da língua japonesa foram confirmados desde os tempos do Japonês
Lição 36: Verbo
Antigo. Man'youshuu, a mais antiga coleção existente de poesia japonesa inclui poemas
suplementares
escritos em dialetos da capital (Nara) e leste do Japão. Com a modernização no final do
século 19, o governo e os intelectuais promoveram o estabelecimento e a difusão da língua Lição 37: O suf
「む」
padrão. As línguas e dialetos regionais foram desprezados e suprimidos, e assim os
moradores tinham um sentimento de inferioridade com relação as suas línguas "ruins" e Lição 38: Conje
"vergonhosas". suposições

Lição 39: A form


A língua estabelecida para ensino foi o Japonês Padrão [ 「ひょうじゅんご 」   (標準語)], e condicional
alguns professores davam punições para o uso de línguas não-padrão, em particular nas
regiões de Okinawa e Tohoku. De 1940 à 1960, período do nacionalismo Shouwa, milagre Lição 40: Deve
econômico pós-guerra, o impulso para a padronização das línguas/dialetos regionais atingiu Lição 41: Expre
o seu pico. desejos e suge

Atualmente, o Japonês Padrão se espalha por todo o país e dialetos regionais estão Lição 42: Comp
sentenças II
diminuindo por causa da educação, televisão, expansão do tráfego, a concentração urbana
etc. No entanto, os dialetos regionais não estão completamente substituídos pelo Japonês Lição 43: Partíc
Padrão. A propagação do Japonês Padrão significa que os dialetos regionais estão agora compostas

rotulados como "nostalgia", "comoção" e "identidade local preciosa" e muitos moradores Lição 44: Comp
gradualmente superam o seu sentimento de inferioridade com relação aos seus dialetos. O sentenças III
contato entre dialetos regionais e o Japonês Padrão inventa um novo falar regional entre os Lição 45: Partíc
jovens, como o japonês de Okinawa. Também, as novas gerações costumam misturar o
japonês padrão com os dialetos locais. Lição 46: Comp
sentenças IV
No Japão se falam dezenas de dialetos. Esta grande variedade se deve a natureza
Lição 47: Partíc
montanhosa e a história de exclusão tanto interna como externa do país. Os dialetos se
diferenciam entre eles pelo sotaque, formação de verbos e adjetivos, uso das partículas,  Lição 48: Comp
sentenças V
vocabulário e em alguns casos a pronúncia. Alguns também difierem nas consoantes e nas
vogais, ainda que isto seja pouco comum. Lição 49: Em P
Palavras I - Sub
Há várias abordagens semelhantes ao se classificar dialetos japoneses. Alguns dividem os e Conjunções
dialetos em três grupos: dialetos do Leste, dialetos do Oeste e dialetos de Kyushuu; outros Lição 50: Dialet
classificam os dialetos de Kyushuu como sendo uma subclasse dos dialetos do Oeste.  Estas Japão
teorias baseiam-se principalmente nas diferenças gramaticais entre o leste e o oeste. Outros
Lição 51: Em P
estudiosos, porém, classificam os dialetos em três grupos circulares concêntricos: dentro Palavras II - Ad
(Kansai, Shikoku etc), meio (Kantou do oeste, Chubu, Chugoku etc) e fora (Kantou do leste,
Tohoku, Izumo, Kyushu, Hachijo etc), com base em sistemas de sotaque, fonema e Lição 52: Comp
Sentenças VI
conjugação.
Lição 53: Em P
Palavras III - Ad

Lição 54: Estud


Expressões Fix

Lição 55: Comp


Sentenças VII

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Lição 56: Estud


Expressões Fix

Lição 57: Em P
Palavras IV - V
Elementos Vari

Lição 58: De O
Nível 1 do JLPT

Lição 59: Um P
Japonês Clássi

Lição 60: Um P
Japonês Clássi

Suplementos

Suplemento I: O
Seja qual for a classificação utilizada para os dialetos existentes, nos próximos tópicos Proficiência na
estudaremos um pouco os dialetos mais comuns. Nossa intenção não é fazer um estudo Japonesa

aprofundado deles, o que exigiria um manual a parte dadas as particularidades, mas sim Suplemento II:
deixá-lo ciente da importância de considerá-los em seu estudo de lingua Palavras
japonesa. Suplemento III:
Gramatical
Importante observar que algumas pronúncias ocasionais são comuns à maioria dos dialetos
da língua japonesa. Assim como toda língua falada, ocorrem contrações utilizadas no Suplemento IV:
de Kanjis
cotidiano. Por exemplo:

 「~(あだん)い」   ou 「~(おだん)い」   → [fonema respectivo em 「えだん]+


 「え]], como em  「できない]→  「できねえ] e  「すごい] →   「 す げ え ] (mais
comumente usado com  「ない]);

Hatsuonbin (geralmente dos fonemas de  「らぎょう]→  「わからない] →  「わかんな


い] (→ 「わかんねえ]).

Como mencionamos acima, é muito importante que você dedique parte dos seus estudos aos
dialetos do Japão. Apenas para você perceber como certos padrões de dialetos estão
presentes no dia a dia, observe os trechos destacados na oração abaixo:

どげな辛い事があっても笑っとったら楽しくなるばい! = Não importa o quão existam


coisas difíceis, se rirmos, nos divertiremos!

Neste trecho de "Yoka Yoka Dance", tema de enceramento de Dragon Ball Super, aparece a
palavra 「どげな」, que tem sentido igual a 「どんな」. 「ばい」 é uma partícula de final de
sentença que adiciona ênfase e se origina do dialeto de Kyuushuu. 「笑っとったら」 se trata
da forma condicional 「~たら」 de 「笑っておる」, que aqui está abreviado 「笑っとる」.
「笑っとる」 tem o mesmo sentido de 「笑ってる」, sendo comumente usado no dialeto
Kansai.

50.3. O DIALETO KANSAI 

Kansai ( 関 西 ) é uma das regiões da ilha de Honshu, Japão. Fazem parte da região as
províncias de Nara, Wakayama, Quioto, Osaka, Hyogo e Shiga. Observe o mapa:

Uma das características de Kansai é o dialeto típico da região, o  「かんさいべん」   (関西


弁 ). Esta região tem como característica falar seu dialeto com orgulho (especialmente as
pessoas de Osaka e Quioto), visto que Osaka e Quioto têm uma grande importância cultural e
econômica a nível nacional. Historicamente, o dialeto de Kansai desempenhou um papel
importante no desenvolvimento gramatical e lingüístico japonês, porque por um milênio a
capital do Japão esteve localizada nesta região: primeiro em Nara no século 8 e, em seguida,
em Quioto (final do século 8 até meados do século 19).

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Para os falantes do padrão japonês, o dialeto de Kansai pode soar charmoso e engraçado ou
desagradável e rude. As pessoas de Kansai geralmente mudam a maneira de falar quando se
deslocam para Tóquio, com exceção dos momentos em que querem ser charmosos ou
mostrar seu orgulho pelo dialeto. Costuma ser falado por comediantes (muitos dos quais são
de Osaka) e gangsters na TV.

Como as pessoas de Kansai, o dialeto é animado. Tem muito mais entoação e é geralmente
falado mais rapidamente. Eles têm suas próprias palavras. As características do dialeto de
Kansai variam conforme a cidade, e o número de expressões é incrivelmente enorme.
Vejamos algumas características:

Também, há particularidades na gramática. Vejamos algumas:

50.4. O DIALETO DE QUIOTO

Tecnicamente, as pessoas de Quioto falam o dialeto de Kansai, e o dialeto de Quioto pode ser
considerado uma variante dele. Neste dialeto, a fala é um pouco diferente e para a maioria
dos japoneses, é considerado bonito e elegante, especialmente quando falado por mulheres.
Eles usam expressões mais formais e terminações verbais que são, na verdade,
reminiscências de uma antiga forma de japonês. Devido às razões históricas que explanamos
no tópico anterior, o dialeto de Quioto foi o japonês padrão de 794 até meados do século 19.
Quando o centro político e militar do Japão foi transferido para Edo sob o xogunato
Tokugawa e a região de Kantou cresceu em proeminência, o dialeto de Edo tomou o lugar do
dialeto de Quioto. Com da Restauração Meiji (1868) e a transferência da capital imperial de
Quioto para Tóquio, passou a ser um dialeto local. Atualmente está dominado pelo novo
dialeto padrão de Tóquio e até mesmo pelo dialeto de Osaka. Sendo assim, a versão
tradicional deste dialeto está gradualmente diminuindo, exceto no mundo das gueixas, que
atribui grande importância à herança dos costumes tradicionais. Vejamos algumas
particularidades:

50.5. O DIALETO DE TOHOKU

Tohoku (東北) é a parte norte da ilha principal do Japão, Honshu. A região consiste em seis
províncias: Akita, Aomori, Fukushima, Iwate, Miyagi e Yamagata. Observe o mapa:

O dialeto de Tohoku é tão difícil de entender que, mesmo um japonês nativo, precisa do
auxílio de legendas quando um habitante de Tohoku está na TV. E para que você fique
realmente motivado, não há apenas um dialeto de Tohoku, mas cerca de uma dúzia de
diferentes versões do mesmo dialeto falado em toda a região. É comum dizer que as pessoas

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de Tohoku falam sem abrir a boca. Como resposta, os habitantes afirmam que a região é
muito fria para falar, e que qualquer um faria o mesmo, se vivesse lá.

Duas das características mais comuns do dialeto de Tohoku são esticar as vogais, tornando-
as mais longas e misturar os ditongos. Eles também mudar sons consonantais (por exemplo,
/ k / torna-se / g /) e, por vezes, inserem um "n" antes de "g" para torná-lo "ng". Estas
características levam as pessoas de Tóquio a considerar esse dialeto um tanto preguiçoso e
caipira. . Vejamos algumas particularidades:

50.6. A PROVÍNCIA DE OKINAWA

A Província de Okinawa (沖縄県) se localiza mais ao sul do Japão. Consiste em 169 ilhas que
formam o arquipélago Ryukyu, numa cadeia de ilhas de 1000 quilômetros de comprimento,
que se estende de sudoeste, de Kyushu até Taiwan, ainda que as ilhas mais ao norte façam
parte da província de Kagoshima. A capital de Okinawa, Naha, está localizada na parte
meridional da maior e mais povoada ilha do arquipélago: Okinawa Honto. As disputadas
ilhas Senkaku são, em teoria, administradas como parte da província.

Devido à sua posição estratégica – entre a Indonésia, Polinésia, China, península da Coreia e
Japão – se tornou um entreposto comercial. Relatos antigos apontam comerciantes e
representantes okinawanos nas cortes imperiais da China e do Japão. Historicamente,
Okinawa recebeu mais influências culturais da China do que do Japão.

Okinawa fazia parte de um reino independente, o reino Ryukyu. Por isso, desenvolveu uma
cultura própria e até uma lingua própria, o “uchinaguchi” ( 沖 縄 口 ), e parte de sua
história é diferenciada do resto do Japão. É comum encontrar japoneses que mesmo hoje,
não consideram Okinawa como sendo parte do Japão.

Invadida pelo clã feudal de Satsuma (atual Kagoshima) no século XVI, perdeu a
independência e o porte de armas foi proibido entre seus cidadãos. Diz-se que o caratê, como
arte marcial, nasceu nesta época, tendo Okinawa como seu berço.

Depois da Segunda Guerra Mundial e da Batalha de Okinawa em 1945, Okinawa permaneceu


sob a administração dos Estados Unidos por 27 anos. Durante esse período, os Estados
Unidos estabeleceram lá várias bases militares. Em 15 de maio de 1972, Okinawa foi
devolvido ao Japão. No entanto, os Estados Unidos ainda mantém uma grande presença
militar no arquipélago.

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Quando ao idioma, por volta do século XIII, a língua de Okinawa começou a ser escrita com
Hiragana. Antes disso os habitantes das ilhas Ryukyu estavam familiarizados com a escrita
chinesa, devido ao comércio com a China, Japão e Coreia. O Hiragana foi muito popular na
maioria dos textos por muito tempo, porém, a partir do século XVI passou a ser escrito numa
mistura de Kanji e Hiragana.

Depois que Okinawa foi tomada pelo clã Satsuma em 1609, a língua oficial escrita passou a
ser o japonês, mas as pessoas continuaram a usar o uchinaguchi na literatura local, até o
século XIX. Depois que as ilhas Ryukyu foram anexadas ao Japão em 1879, o uso do
uchinaguchi e outros dialetos locais foi desencorajado nas escolas, tanto para fala como
escrita, e o japonês padrão baseados em dialeto de Tóquio se tornou a linguagem da
educação. Praticamente desapareceu o uchinaguchi escrito.

Desde 1945, a escrita do uchinaguchi foi revivida com o uso de sistemas de escrita baseado
no alfabeto latino ou o silabário Katakana concebido por estudiosos japoneses e americanos.
Não há atualmente nenhuma maneira padronizada de escrever o idioma. Algumas pessoas
preferem escrever com Hiragana e Kanji. Vejamos algumas expresses e palavras:

    

Fontes:

Aldo Bizzocchi: http://www.aldobizzocchi.com.br/artigo52.asp

Japanese Dialects Homepage: http://hougen.u-biq.org/

Tofugu: http://www.tofugu.com/2011/07/25/all-you-need-to-know-about-japans-weirdest-dialect-tohoku-ben/

Uchiná: http://uchina.com.br/noticia.asp?id=3050

Wikipedia (português):

http://pt.wikipedia.org/wiki/Dialetos_japoneses

http://pt.wikipedia.org/wiki/Okinawa

Wikipedia (inglês): http://en.wikipedia.org/wiki/Japanese_dialects

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4 comentários:

Ganância 17 de dezembro de 2016 17:44


A província de Kanagawa (神奈川県) se enquadraria em qual dialeto?

Responder

Respostas

Blog Ganbarou Ze! 18 de dezembro de 2016 21:00

Olá, Ganância, obrigado por sua postagem.

Pertence aos dialetos do leste, mas especificamente aos dialetos de Kantou, base do japonês
moderno.

Ganância 19 de dezembro de 2016 00:11

Entendi, pensei que seria o dialeto de Kansai. Obrigado por responder.

Responder

lopka 26 de agosto de 2018 22:12


No dialecto de Kansai, embora tenha o significado de だめ, あかん advem do 行けない/ 行けません.

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Marcos Gonzag Sair


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