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INTRODUÇÃO
MODALIDADES DE UMA LÍNGUA
E
ntende-se por língua ou idioma o sistema de
símbolos vocais arbitrários com que um grupo Uma língua de civilização apresenta as seguintes
social se entende. Uma língua pode ser instru- modalidades:
mento particular de um povo único, como acontece com 1. Língua Falada. Instrumento de comunicação
o chinês, o romeno ou comum a mais de uma nação. cotidiana, que, sem preocupação artística, tem a
Este é o caso do português, que serve a Portugal, ao seu dispor os múltiplos recursos lingüísticos da
Brasil e colônias ultramarinas lusas. entoação e extralingüísticos da mímica, engloba-
Este fato se explica historicamente pelos capítu- dos na “situação” em que se acham falante e
los de expansão e colonização dos povos. Falamos o ouvinte;
português como língua oficial porque, ao lado de outras 2. Língua Escrita. Instrumento de comunicação
instituições culturais, os portugueses no-la deixaram menos freqüente em que o escritor tem de suprir
como traço da civilização que aqui fundaram depois de os recursos que estão à disposição da língua
1500. falada. Foge, por isso, muitas vezes às expressões
comuns da linguagem ordinária para fins
estéticos e expressivos. Na língua escrita a
OBSERVAÇÕES GERAIS “situação” tem de ser criada através da ordenação
especial das idéias. Pode-se dela aproximar, pode
(Primeira Parte) copiá-la, porém essa cópia é sempre uma
transposição ou uma deformação. Sentidos
particulares dados a vocábulos vagos, criação de
A LÍNGUA É UM FENÔMENO CULTURAL vocábulos novos, conservação de outros que
estão a ponto de morrer, ressurreição de
A
vocábulos já há muito tempo fora de circulação,
língua não existe em si mesma: fora do homem é
fenômenos semelhantes no tratamento da sintaxe
uma abstração, e no homem é o resultado de um
e da construção das orações, etc., etc...
patrimônio cultural que a sociedade a que
Exagerando um pouco, poder-se-ia dizer que a
pertence lhe transmite. “É evidente – ensina-nos Sapir –
língua escrita á “acrônica”: longe de dar uma
que, até certo ponto, o indivíduo humano está
idéia do estado contemporâneo de um idioma,
predestinado a falar, mas em virtude da circunstância
combina, num amálgama, um pouco heteróclito,
de não ter nascido meramente na natureza, e sim no
regaço de uma sociedade, cujo escopo racional é os diversos estágios por que passou o idioma.
chamá-lo para as suas tradições”.
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Os escritores modernos – uns com certo exagero – têm Daí ser a Gramática, ao mesmo tempo, uma
procurado diminuir a distância entre a língua falada e a ciência e uma arte. Assim sendo, o gramático não é um
escrita. legislador do idioma nem tampouco o tirano que
Um ponto culminante deste afastamento é a defende uma imutabilidade do sistema expressivo.
língua literária, que é um aspecto da língua escrita, Cabe-lhe ordenar os fatos lingüísticos da língua padrão
mas que com esta não se confunde. É o instrumento de na sua época, para servirem às pessoas que começam a
que se utilizam os escritores nas suas obras; exige um aprender o idioma também na sua época.
cultivo especial e um ideal superior de expressão, além
de estar sujeita aos preceitos das modas dominantes. DIVISÃO E PARTES DA GRAMÁTICA
Falar com termos da língua escrita, mormente do
seu aspecto literário, no trato normal de todos os dias, Divisão da Gramática
provoca um defeito de adequação lingüística a que se A Gramática pode estudar:
dá o nome de preciosismo. 1) Uma época determinada;
2) Uma seqüência de fases evolutivas de um idioma,
LÍNGUA GERAL E LÍNGUA REGIONAL ou;
3) De vários idiomas.
A língua espalhada por grande extensão de terra
pode apresentar particularidades cujo conjunto carac- A que interessa mais de perto à comunidade
teriza a língua regional, e os traços lingüísticos que aí social, pela sua utilização imediata de código de bem
ocorrem recebem o nome de regionalismos. falar, é a que estuda apenas a fase contemporânea do
idioma, por isso chamada gramática expositiva, norma-
OBJETO DA GRAMÁTICA tiva ou tão-somente gramática.
A Gramática que se preocupa com os pontos 1 e
Mas dentro da diversidade das línguas ou falares 2 (acima), formam o que chamamos, respectivamente,
regionais se sobrepõe um uso comum a toda a área Gramática Histórica e Gramática Comparada, e
geográfica, fixada pela escola e utilizada pelas pessoas divergem da Gramática anterior porque são apenas
cultas: é isto o que constitui a língua geral; língua obra de ciência.
padrão ou oficial do país.
Cabe à Gramática registrar os fatos da língua Partes da Gramática
geral ou padrão, estabelecendo os preceitos de como se A Gramática estuda:
fala e escreve bem ou de como se pode falar e escrever 1) Os sons da fala: Fonética e Fonêmica;
bem uma língua. 2) As formas: Morfologia;
3) As construções: Sintaxe;
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F
A Laringe (com as cordas vocais(;
onemas não são letras – Desde logo uma distin-
A faringe;
ção se impõe: não se há de confundir fonema com As Fossas Nasais e a Boca com a língua (dividida
letra. Fonema é uma realidade acústica, realidade em ápice, dorso e raiz);
que nosso ouvido registra; enquanto letra é o sinal As Bochechas;
empregado para representar na escrita o sistema O Palato Duro (ou céu da boca);
sonoro de uma língua. O Palato Mole (ou véu palatino) com a úvula ou
campainha;
Os Dentes (normalmente os anteriores) com os
Definição de Fonemas alvéolos, e os
Chamam-se fonemas os sons elementos e Lábios.
distintivos que o homem produz quanto, pela voz,
exprime seus pensamentos e emoções. VOGAIS E FONEMAS
Fonética e Fonêmica A voz humana se compõe de tons (sons musicais)
Na atividade lingüística, o importante para os e ruídos, que o nosso ouvido distingue com perfeição.
falantes é o SOM, e não a série de movimentos articula- Caracterizam-se os tons, quanto às condições acústi-
tórios que o determina. Assim sendo, enquanto a análi- cas, por suas vibrações periódicas. Esta divisão
se fonética se preocupa tão-somente com a articulação, corresponde, em suas linhas gerais, às vogais (= tons) e
a fonêmica atenta apenas para o som que, reunindo um às consoantes (= ruídos). As consoantes podem ser
feixe de traços que o distingue de outro som, permite a ruídos puros, isto é, sem vibrações regulares (corres-
comunicação lingüística. pondem às consoantes surdas), ou ruídos combinados
Fonêmica não se opõe a fonética: a primeira com um tom laríngeo (consoantes sonoras).
estuda o número de oposições utilizadas e suas
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Crescente HIATO
Crescente é o ditongo em que a semivogal vem
antes da vogal: água, cárie, mágoa. Hiato é o encontro de duas vogais em sílabas
diferentes por guardarem sua individualidade fonética:
Decrescente saída, caatinga, moinho.
Decrescente é o ditongo em que a vogal vem antes Em português, como em muitas outras línguas,
da semivogal: pai, mãe, rei. nota-se uma tendência para evitar o hiato, através da
ditongação ou da crase: saída (sa-í-da), saúde (sa-ú-de).
Ditongos Orais e Nasais
Como as vogais, os ditongos são orais (pai, água,
cárie, mágoa, rei) ou nasais (mãe). 4 - AS CONSOANTES (Sua Classificação)
Os ditongos nasais são sempre fechados, enquan-
to os orais podem ser abertos (pai, céu, rói, idéia) ou
fechados (meu, doido, veia). Nos ditongos nasais, são Classificação das consoantes – De acordo com a
nasais a vogal e a semivogal, mas só se coloca o til Nomenclatura Gramatical Brasileira, classificam-se as
sobre a vogal: mãe. consoantes de acordo com quatro critérios:
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1) Quanto ao modo de articulação; Bilabiais (lábio contra lábio): /p/, /b/, /m/;
2) Quanto à zona de articulação; Labiodentais (lábio inferior e arcada dentária
3) Quanto ao papel das cordas vocais; superior): /f/, /v/;
4) Quanto ao papel das cavidades bucal e nasal. Linguodentais (língua contra arcada dentária
superior): /t/, /d/, /n/;
Modo de Articulação Alveolares (língua em direção ou contra os
Quanto ao Modo de Articulação as consoantes alvéolos): /s/, /z/, /l/, /r/, /rr/;
podem ser oclusivas e constritivas, e estas se subdivi- Palatais (dorso da língua contra o céu da boca):
dem em fricativas, laterais, vibrantes e nasais. /x/, /j/, /lh/;
As constritivas são fricativas quando a corrente Velares (raiz da língua contra o véu do paladar):
expiratória, passando por entre os órgãos que /k/, /g/.
formam o obstáculo parcial, produz um atrito à
maneira de fricção: /f/, /v/, /s/, /z/, /x/, /j/; Papel das Cordas Vocais
São constritivas laterais quando a passagem da Quanto ao Papel das Cordas Vocais as consoan-
corrente expiratória, obstruída pela aproximação tes podem ser surdas e sonoras.
do ápice ou dorso da língua aos alvéolos da arca- Surdas: /p/, /f/, /t/, /s/, /x/, /k/;
da dentária superior ou ao palato, escapa pelos Sonoras: /b/, /v/, /d/, /z/, /j/, /g/, /m/, /n/,
lados da cavidade bucal: /l/, /lh/; /nh/, /l/, /lh/, /r/, /rr/.
São constritivas vibrantes quando o ápice da
língua contra os alvéolos ou a raiz da língua Papel das Cavidades Bucal e Nasal
contra o véu do paladar executa movimento
Quanto ao Papel das Cavidades Bucal e Nasal as
vibratório rápido, abrindo e fechando a passagem
consoantes podem ser orais e nasais. São nasais /m/,
à corrente expiratória: /r/ (simples) e /rr/ /n/, /nh/. As outras são orais.
(múltipla);
São constritivas nasais quando, pelo abaixamento
do véu palatino e um abrimento do nasal, as
ENCONTRO CONSONANTAL
consoantes ressoam nas fossas nasais. Temos 3
Assim se chama o seguimento imediato de duas
consoantes nasais: /m/, a linguodental /n/ e a
ou mais consoantes de um mesmo vocábulo. Há
palatal /nh/.
encontros consonânticos permanentes a uma sílaba ou
a sílabas diferentes. Os primeiros terminam por l ou r:
Zona de Articulação li-vro, blu-sa, pro-sa, cla-mor; rit-mo, pac-to, af-ta, ad-
Quanto à Zona de Articulação as consoantes mi-tir.
podem ser:
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O ALFABETO
O português e as demais línguas românicas, o inglês, o O alfabeto português consta fundamentalmente
alemão, são línguas de acento de intensida- de; o latim de 23 letras: a, b, c, d, e, f, g, h, i, j, l, m, n, o, p, q,
e o grego, por outro lado, possuem acento musical. r, s, t, u, v, x, z;
O acento de intensidade se manifesta no vocábulo Além dessas letras há 3 que só se podem usar em
considerado isoladamente (acento frásico). casos especiais: k, w, y.
A LETRA: H AS CONSOANTES: SC
Esta letra não é propriamente consoante, mas Elimina-se o s do grupo inicial sc, veja: celerado,
um símbolo que, em razão da etimologia e da cena, cenografia, ciência, cientista, cintilar, etc;
tradição escrita do nosso idioma, se conserva no Os compostos dessa classe de vocábulos, quan-
princípio de várias palavras e no fim de algumas do são formados em nossa língua, são escritos
interjeições: haver, hélice, hidrogênio, hóstia, sem o s antes do c: anticientífico, contracenar,
humildade, hão, hem?, puh!, etc; etc,; mas, quando vieram já formados para o
No interior do vocábulo, só se emprega em 2 vernáculo, conservam o s: consciência, cônscio,
casos: 1) quando faz parte do ch, do lh e do nh, imprescindível, insciente, multisciente presciên-,
que representam fonemas palatais, e 2) nos cia, prescindir, rescisão, etc.
compostos em que o segundo elemento, com h
inicial etimológico, se une ao primeiro por meio LETRAS DOBRADAS
do hífen: chave, malho, rebanho, anti-higiênico, Escrevem-se rr e ss, quando entre vogais,
contra-haste, pré-histórico, sobre-humano, etc; representam os sons simples do r e s iniciais; e cc
Nos compostos sem hífen, elimina-se o h do ou cç quando o primeiro soa distintamente do
segundo elemento: desarmonia, inabilitar, lobiso- segundo: carro, farra, massa, passo, convicção,
mem, reaver, etc; etc;
No futuro do indicativo e no condicional, não se Duplicam-se o r e o s todas as vezes que a um
usa o h no último elemento, quando há pronome elemento de composição terminado em vogal se
intercalado: amá-lo-ei, dir-se-ia, etc; segue, sem interposição do hífen, palavra come-
çada por uma daquelas letras: arritmia, altíssono,
CONSOANTES MUDAS derrogar, prerrogativa, pressentir, ressentimento,
Não se escrevem as consoantes que se não pro- sacrossanto, etc.
ferem: asma, assinatura, ciência, diretor, ginásio,
inibir, inovação, ofício, ótimo, salmo, e não: VOGAIS NASAIS
asthma, assignatura, sciência, director gymna-, As vogais nasais são representadas no fim dos
sio, inhibir, innovação, officio, optimo, psalmo; vocábulos por ã (ãs), im (ins), om (nos), um (uns):
Escreve-se, porém, o s em palavras como descer, afã, cãs, folhetins, semitons, tons, zunzuns, etc.
florescer, nascer, etc., e o x em vocábulos como
exceto, excerto, etc., apesar de nem sempre se DITONGOS
pronunciarem essas consoantes. Os ditongos orais escrevem-se com a subjuntiva i
ou u: aipo, cai, cauto, degraus, dei, fazeis, idéia,
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mausoléu, neurose, retorquiu, rói, sou, souto, vivo A 1ª, 2ª , 3ª pessoa do singular do presente do
usufluiu, etc; conjuntivo e a 3ª pessoa do singular do
Escrevem-se com i, e não com e, a forma verbal: imperativo dos verbos em oar escrevem-se com oe
fui, a 2ª e 3ª pessoa do singular do presente do e não oi: abençoe, amaldiçoes, perdoes, etc;
indicativo e a 2ª do singular do imperativo dos As 3 pessoas do singular do presente do
verbos terminados em uir: aflui, fruis, retribuis, conjuntivo e a 3ª pessoa do singular do
etc; imperativo dos verbos em uar escrevem-se com
Escrevem-se assim os ditongos nasais: ãe, ãi, ao, ue não ui: cultue, habitues, preceitue, etc.
am, em (s), õe, ui (proferido ûi): mãe, pães,
câimbra, acórdão, irmão, leãozinho, amam, bem, O USO DO APÓSTROFO
bens, devem, põe, repões, muito, etc.
Os encontros vocálicos átonos e finais que podem Limita-se o emprego do apóstrofo nos seguintes casos:
ser pronunciados como ditongos crescentes Indicar a supressão de uma letra ou letras no
escrevem-se da seguinte forma: ea (áurea), eo verso, por exigência da metrificação: c’roa,
(cetáceo), ia (colônia), ie (espécie), io (exímio), ao esp’rança, of’recer, ‘star, etc;
(nódoa), ua (contínua), eu (tênue), uo (tríduo), etc. Reproduzir certas pronúncias populares: ‘tá,
‘teve, etc;
OBSERVAÇÃO
Dispensa-se o til do ditongo nasal ui em mui e Indicar a supressão da vogal, já consagrada pelo
muito; uso, em certas palavras compostas ligadas pela
Com o ditongo nasal ao se escrevem os monossíla- preposição de: copo-d’água (planta, lanche),
labos, tônicos ou não, e os polissílabos oxítonos: galinha-d’água, mãe-d’água, olho-d’água, pau-
cão, dão, grão, não quão, são tão, alcorão, capitão,
cristão, então, irmão, senão, sentirão, servirão, etc;
d’água (árvore, ébrio), pau-d’arco, etc;
Também se escrevem com o ditongo ao os substan- Deve-se usar o apóstrofo somente nesses casos.
tivos e adjetivos paroxítonos, acentuando-se, porém,
a sílaba tônica: órfão, órgão, sótão, etc; A DIVISÃO SILÁBICA
Nas formas verbais oxítonas se escreve am:
amaram, deveram, partiram, puseram, etc;
Com o ditongo nasal ãe se escrevem os vocábulos A divisão de qualquer vocábulo, assinalada pelo
oxítonos e os seus derivados; e os anoxítonos hífen, em regra se faz pela soletração, e não pelos seus
primitivos grafam-se com o ditongo ãi: capitães, elementos constitutivos segundo a etimologia.
mães, pãezinhos, caibo, zãibo, etc; -Fundadas neste princípio geral, cumpre respeitar as
seguintes normas:
HIATOS
A consoante inicial não seguida de vogal maio, junho, julho, agosto, setembro, outubro,
permanece na sílaba a que segue: cni-do-se, dez- novembro e dezembro;
ta, gno-ma, mne-mô-ni-ca, pneu-má-ti-co, etc; Entre outros casos, veja na lousa com o professor
No interior do vocábulo, sempre se conserva na – OK!
sílaba que a precede a consoante não seguida de
vogal: ab-di-car, ac-ne, bet-as-mi-ta, daf-ne, drac- SINAIS DE PONTUAÇÃO
ma, ét-ni-co, nup-ci-al, ob-fir-mar, op-ção, sig-ma-
tis-mo, sub-por, sub-ju-gar, etc; O Uso das Haspas ( “ )
Não se separam os elementos dos grupos Quando a pausa coincide com o final da
consonânticos iniciais de sílabas nem os dos expressão ou sentença que se acha entre aspas, coloca-
digramas ch, lh, nh: a-blu-ção, a-bra-sar, a-che- se o competente sinal de pontuação depois delas, se
gar, fi-lho, ma-nhã, etc; encerram apenas uma parte da proposição; quando,
O sc no interior do vocábulo biparte-se, ficando o porém, as aspas abrangem todo o período, sentença,
s numa sílaba, e o c na sílaba imediata: a-do-les- frase ou expressão, a respectiva notação fica abrangida
cen-te, con-va-les-cer, des-cer, ins-ci-en-te, pres- por elas:
cin-dir, res-ci-são, etc;
As vogais idênticas e as letras cc, cç, rr e ss ”Aí temos a lei”, dizia o Florentino. “Mas quem as há de segurar?
Ninguém.” (Rui Barbosa)
separam-se ficando uma na sílaba seguinte: ca-a-
tin-ga, co-or-de-nar, fri-ís-si-mo, ge-e-na, pror-ro- “Mísera, tivesse eu, aquela enorme, aquela Claridade imortal, que
gar, etc. toda a luz resume!”
“Por que não nasci eu um simples vaga-lume?” (Machado de
Assis).
EMPREGO DAS INICIAIS MAIÚSCULAS
Emprega-se letra inicial maiúscula nos seguintes casos: O Uso dos Parênteses ( ( ) )
Quando uma pausa coincide com o início da
No começo do período, verso ou citação direta.
construção parentética, o respectivo sinal de pontuação
Disse um certo teólogo: “Estar com Cristo em
deve ficar depois dos parênteses, mas, estando a
qualquer lugar, ainda que seja no Inferno, é estar
proposição ou a frase inteira encerrada pelos parên-
no Paraíso”;
teses, dentro deles se põe a competente notação:
Nos substantivos próprios de qualquer espécie,
exemplo: José, Maria, Brasil, Tietê, Atlântico, “Ele (Jesus) sempre foi Deus, antes, até mesmo, que
Vênus, etc; qualquer substância de vida existisse, desde a eternidade.”
Os nomes dos meses devem escrever-se com (Pr. Marcos Emanuel)
inicial minúscula: janeiro, fevereiro, março, abril,
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Levam acento agudo o i e u, quando representam Leva acento circunflexo diferencial a sílaba tônica
a segunda vogal tônica de um hiato, desde que da 3ª pessoa do singular do pretérito perfeito
não formem sílaba com r, l, m, n, z ou não pôde, para distinguir-se de pode, forma da mes-
estejam seguidos de nh: saúde, viúva, saída, ma pessoa do presente do indicativo.
caído, faísca, aí, Grajaú, raiz (mas, raízes), paul,
ruim, ruins, rainha, moinho;
Não leva acento a vogal tônica dos ditongos iu e MORFOLOGIA
ui: caiu, retribuiu, tafuis, pauis; (Terceira Parte)
A 3ª pessoa de alguns verbos se grafa da seguinte
maneira:
1 - SUBSTANTIVO
S
3ª pessoa do singular 3ª pessoa do plural
ubstantivo é o nome com que se designamos
serem em geral: pessoas, animais e coisas. Do
Ele tem; ele vem Eles têm; eles vêm ponto de vista funcional, o substantivo é a
Ele contém; ele convém Eles contêm; eles convêm palavra que serve, privativamente, de núcleo do sujeito,
Ele crê; ele revê Eles crêem; eles revêem do objeto direto, do objeto indireto e do agente da
passiva. Qualquer palavra de outra classe que desem-
Levam acento agudo ou circunflexo, os vocábulos penhe uma dessas funções equivalerá forçosamente a
terminados por ditongo oral átono, quer decres- um substantivo (pronome substantivo numeral ou
cente ou crescente: ágeis, devêreis, jóquei, túneis, outra palavra substantivada).
área, espontâneo, ignorância, imundície, lírio,
mágoa, régua, tênue; CLASSIFICAÇÃO DOS SUBSTANTIVOS
Leva acento agudo ou circunflexo a forma verbal
terminada em a, e, o tônicos, seguida de lo, la,
Substantivos Concretos e Abstratos
los, las: fá-lo, fá-los, move-lo-ia, sabe-lo-emos, trá-
Chamam-se concretos e os substantivos que
lo-ás;
designam os seres propriamente ditos, isto é, os nomes
Pelo último exemplo, vemos que se o verbo estiver
de pessoas, animais, vegetais, lugares e coisas.
no futuro poderá haver 2 acentos: amá-lo-íeis, pô-
Exemplos: homem, cão, árvore, Brasil, caneta, Maria,
lo-ás, fá-lo-íamos;
gato, flor, cidade, livro, Pedro, tigre, ipê, Paris, tinteiro,
Leva trema o u dos grupos gue, gui, que, qui, Carlos, Amazonas.
quando for pronunciado e átono: agüentar,
Dá-se o nome de ABSTRATOS aos substantivos
argüição, eloqüência, tranqüilo, freqüência; que designam ações, estados e qualidades, considera-
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rados como seres. Exemplos: beleza, bondade, juven- sem indicar gramaticalmente a multiplicidade, isto é,
tude, limpeza, firmeza, doçura, opinião, patriotismo, com uma forma de singular, consegue-se agrupar maior
velhice, largura, tristeza, inteligência, ira, otimismo, número ainda de elementos, ou seja, todos os
coragem, glória. brasileiros como um conjunto harmônico.
Além desses coletivos que exprimem um todo, há
Substantivos Próprios e Comuns na língua outros que designam:
Os substantivos podem designar a totalidade dos Uma parte organizada de um todo, como, por
seres de uma espécie (designação genérica) ou um exemplo, regimento, batalhão, companhia (partes
indivíduo de determinada espécie (designação especí- do coletivo geral exército);
fica). Um grupo acidental, como, por exemplo, multi-
Quando se aplica a todos os seres de uma espécie dão, bando, bando de andorinhas, bando de sal-
ou quando designa uma abstração, o substantivo teadores, bando de ciganos;
é chamado COMUM; Um grupo de seres de determinada espécie
Quando se aplica a determinado indivíduo da boiada (de bois), ramaria (de ramos);
espécie, o substantivo é PRÓPRIO. Corporações sociais, culturais e religiosas, que
não são simples agrupamentos de seres, antes
Assim, os substantivos: homem, país e cidade são representam instruções de natureza especial,
comuns, porque se empregam para nomear todos os criadas para determinado fim, como congresso,
seres e todas as coisas das respectivas classes. Pedro, congregação, concílio.
Brasil e Paris, ao contrário, são substantivos próprios,
porque se aplicam a um determinado homem, a um Vejamos agora, alguns coletivos que merecem ser
dado país e a uma certa cidade. conhecidos:
Alcatéia – de lobos;
Substantivos Coletivos Arquipélago – de ilhas;
Coletivos são os substantivos comuns que, no Assembléia – de parlamentares, de membros de
singular, designam um conjunto de seres ou coisas da associações, de companhias, etc;
mesma espécie. Banca – de examinadores;
-Comparem-se, por exemplo, estas 2 afirmações: Banda – de músicos;
1. Oitenta milhões de brasileiros pensam assim; Bando – de aves, de ciganos, de malfeitores, etc;
2. O povo brasileiro pensa assim.
Cacho – de bananas, de uvas, etc;
Na primeira enuncia-se um número enorme de Cáfila – de camelos;
brasileiros, mas representados como uma quantidade Cambada – de caranguejos, de chaves, de
de indivíduos. Na segunda, sem indicação de número, malandros, etc;
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rapaz, rapazes; xadrez, xadrezes; raiz, raízes; Além de projétil, que é a pronúncia mais generalizada, há
cruz, cruzes; abdômen, abdômenes; cânon, na língua a variante paroxítona projétil, com o plural projéteis.
Réptil, pronúncia que postula a origem latina da palavra,
cânones; dólmen, dólmenes; líquen, líquenes; tem a variante réptil, cujo plural é, naturalmente, réptis.
A palavra caráter no plural, caracteres, com des-
locamento do acento tônico e com permanência Nos diminutivos formados com os sufixos Zinho e
do c que possuía de origem; zito, tanto o substantivo primitivo como o sufixo
Os substantivos terminados em s, quando vão para o plural, desaparecendo, porém, o s do
oxítonos, formam o plural acrescentando também plural do substantivo primitivo. Assim:
es singular; quando paroxítonos, são invariáveis: 1. balãozinho – balõe (s) + zinhos = balõezinhos;
o ananás, o ananases; o português, os portugue- 2. papelzinho – papéi (s) + zinhos = papelzinhos;
ses; o revés, os reveses; o país, os países; o retrós, 3. colarzinho – colare (s) + zinhos = colarezinhos;
os retroses; o atlas, os atlas; o pires, os pires; o 4. cãozito – cãe (s) + zitos = cãezitos.
lápis, os lápis; o oásis, os oásis; o ônibus, os
ônibus; SUBSTANTIVOS DE UM SÓ NÚMERO – Plural
Como os paroxítonos terminados em s, os poucos Há substantivos que só se empregam no plural.
substantivos existentes finalizados em z são Assim: anais, esponsais, matinas, víveres,
invariáveis: o tórax, os tórax; o ônix, os ônix; antolhos, núpcias, copas (naipe), arredores, fastos,
Os substantivos terminados em al, el, e ul, óculos, espadas (naipe), cãs, férias, olheiras, ouros
substituem no plural o l por is: animal, animais; (naipe), condolências, fezes pêsames, paus
papel, papéis; móvel, móveis; níquel, níqueis; farol, (naipe).
faróis; lençol, lençóis; álcool, alcoois. Excetuam-se
as palavras mal, e cônsul e, seus derivados, que SUBSTANTIVOS SÓ NO SINGULAR
fazem, respectivamente, males, cônsules e, por Outros substantivos existem que se usam
este, procônsules, vice-cônsules; habitualmente no singular. Assim os nomes de
Os substantivos oxítonos terminados em il, metais e os nomes abstratos: ferro, ouro, cobre, fé,
mudam o l em s: ardil, ardis; barril, barris; covil, esperança, caridade. Quando aparecem no plural
covis; funil, funis; fuzil, fuzis; projétil, projetis; têm de regra um sentido diferente. Comparem-se,
Os substantivos paroxítonos terminados em il por exemplo, cobre (metal) a cobres (dinheiro),
substituem esta terminação por eis: fóssil, ferro (metal) a ferros (ferramentas, aparelhos).
fósseis; réptil, répteis.
SUBSTANTIVOS COMPOSTOS
OBSERVAÇÃO
Os nomes de homens ou de funções por eles São masculinos os nomes terminados em o ato-
exercitadas: João, mestre, Carlos, marceneiro, no: o aluno, o livro, o lobo, o banco;
padre, rei; São geralmente femininos os nomes terminados
Os nomes de animais do sexo masculino: cavalo, em a átono: a aluna, a caneta, a loba, a mesa.
galo, gato, peru, cachorro;
Os nomes de lagos, montes, oceanos, rios e ven- Excetuam-se, porém, clima, cometa, dia, fantasma,
tos, nos quais se subeentendem as palavras: mapa, planeta, telefonema e alguns outros.
lago, monte, oceano, rio e vento, que são masculi- Dos substantivos terminados em ão, os concretos
nas: são masculinos e os abstratos, femininos: o
o Amazonas = o rio Amazonas; agrião, o balcão, o algodão, o feijão, a educação, a
o Atlântico = o oceano Atlãntico; produção, a opinião, a recordação.
o Ládoga = o lago Ládoga;
o Minuano = o vento Minuano;
os Alpes = os montes Alpes. Excetua-se a palavra mão, que, embora concreto, é
feminino. Fora desses casos, é sempre difícil conhecer-
Os nomes de meses e dos pontos cardeais: março se pela terminação o gênero de um dado substantivo.
findo; setembro vindouro; o Norte; o Sul;
FORMAÇÃO DO FEMININO
SÃO GERALMENTE FEMININOS
Os nomes de mulheres ou de funções por elas Os substantivos que designam pessoas e animais
exercidas: Maria, professora, freira, rainha; costumam flexionar-se em gênero, isto é, têm geral-
Os nomes de animais do sexo feminino: égua, mente uma forma para indicar os seres do sexo
galinha, gata, perua, cadela; masculino e outra para indicar os do sexo feminino.
Os nomes de cidades e ilhas, nos quais se sub- Assim: homem, mulher; aluno, aluna; cidadão, cidadã;
entendem as palavras cidade e ilha, que são cantor, cantora; profeta, profetisa; bode, cabra; galo,
femininas: a antiga Ouro Preto; a Sicília; as galinha; leitão, leitoa; barão, baronesa; lebrão, lebre.
Antilhas.
Dos exemplos acima, verifica-se que a forma do
OBSERVAÇÃO feminino pode ser:
Alguns nomes de cidades, como Rio de Janeiro, Porto, Completamente diversa da do masculino, ou seja,
Cairo, Haure, são masculinos pelas razões que falaremos proveniente de um radical distinto: bode, cabra;
adiante, ao tratarmos do emprego do ARTIGO. homem, mulher;
QUANTO A TERMINAÇÃO
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FAETESP Língua Portuguesa I FAETESP Língua Portuguesa I
OBSERVAÇÃO
Regras Gerais Como se vê, os substantivos que fazem o feminino em ona
Os substantivos terminados em o átono formam são ou aumentativos ou adjetivos substantivos.
normalmente o feminino substituindo essa desi- Além dos anômalos cão e zangão, a que já nos referimos,
não seguem estes 3 processos de formação os substantivos
nência por a: gato, gata; lobo, loba; pombo,
seguintes: barão, baronesa; ladrão, ladra; perdigão, perdiz;
pomba; aluno, aluna; lebrão, lebre; sultão, sultana.
Além das formações irregulares, que vimos, há 2.Os substantivos terminados em or formam normal-
um pequeno número de substantivos terminados mente o feminino, como dissemos, com o acréscimo da
em o, que, no feminino, substituem essa final por desinência a: pastor, pastora; remador, remadora.
desinências especiais. Assim: diácono, diaconisa; Alguns, porém, fazem o feminino em eira. Assim:
galo, galinha; maestro, maestrina; silfo, sílfide. cantador, cantadeira; cerzidor, cerzideira;
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FAETESP Língua Portuguesa I FAETESP Língua Portuguesa I
o artista a artista o imigrante a imigrante compatriota; este jornalista, aquela jornalista; meu
o camarada a camarada o indígena a indígena camarada, minha camarada.
o colega a colega o intérprete a intérprete
Um pequeno número de substantivos terminados
o colegial a colegial o jovem a jovem
o cliente a cliente o jornalista a jornalista
em a existe, todavia, que só se usa no masculino por
o compatriota a compatriota o mártir a mártir designar profissão ou atividade própria do homem.
o dentista a dentista o selvagem a selvagem Assim: jesuíta, monarca, nauta, papa, patriarca, pirata,
o estudante a estudante o servente a servente heresiarca, tetrarca.
o gerente a gerente o suicida a suicida Entre os substantivos que designam coisas,
são masculinos os terminados em ema e omã
São COMUNS DE DOIS GÊNEROS todos os subs- que se originam de palavras gregas: anátema,
tantivos ou adjetivos substantivados terminados cinema, diadema, dilema, emblema, edema, es-
em ista: o pianista, a pianista; um anarquista, tratagema, fonema, poema, problema, sistema,
uma anarquista; entre outros; telefonema, tema, teorema, trema, diploma,
Diz-se, indiferentemente, o personagem ou a idioma, aroma, axioma, coma;
personagem com referência ao protagonista ho- Embora a palavra grama tenha passado ao
mem ou mulher. gênero feminino (quinhentas gramas), os seus
compostos mantêm-se no gênero masculino:
Mudança de Sentido na Mudança de Gênero um miligrama, o quilograma.
Há um certo número de substantivos cuja
significação varia com a mudança de gênero: o cabeça, Substantivo de Gênero Vacilante
a cabeça; o caixa, a caixa; o capital, a capital; o cisma, a Substantivos há em cujo emprego se nota vaci-
cisma; o corneta, a corneta; o cura, a cura; o guarda, a lação de gênero. Eis alguns, para os quais se recomen-
guarda; o guia, a guia; o lente, a lente; o língua, a língua; da a seguinte preferência:
o moral, a moral. Gênero masculino: ágape, antílope, caudal, clã,
contralto, diabete(s), gengibre, lança-perfume,
Substantivos Masculinos terminados em a praça (soldado), sanduíche, soprano, suéter;
Vimos que, embora a final a seja de regra de- Gênero feminino: abusão, Alcione, aluvião, áspi-
notadora do feminino, há vários masculinos com essa de, fácies, filoxera, jaçanã, juriti, omoplata orde-,
terminação: artista, camarada, colega, poeta, profeta, nança, sentinela, sucuri.
etc. Alguns destes substantivos apresentam uma forma
própria para o feminino, como poeta (poetisa) e profeta
(profetisa); a maioria, no entanto, distingue o gênero GRAU (do Substantivo)
apenas pelo determinativo empregado: o compatriota, a
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Vejamos agora como um substantivo pode apre- brutalidade, de grosseria ou de coisa desprezível. As-
sentar-se: sim: narigão, beiçorra, pratarraz, atrevidaço, porcalhão,
1. Com a sua significação normal: chapéu, boca, etc.
entre outros...; -Ressalta, pois, na maioria dos aumentativos, esse
2. Com a sua significação exagerada, ou intensifi- valor depreciativo ou pejorativo.
cada disforme ou desprezivelmente (grau aumen-
tativo): chapelão, bocarra; chapéu grande, boca Especialização de Formas
enorme; Muitas formas, originariamente aumentativas e
3. Com a sua significação atenuada, ou valorizada diminutivas, adquiriram, com o correr do tempo, signi-
afetivamente (grau diminutivo): chapelzinho, bo- ficados especiais, por vezes dissociados do sentido da
quinha; chapéu pequeno, boca minúscula. palavra derivante. Nestes casos, não se pode mais, a
rigor, falar em aumentativo ou diminutivo. São, em
Vemos, portanto, que a gradação do significado verdade, palavras em sua acepção normal.
de um substantivo se faz por 2 processos: -Assim: cartão, ferrão, florão, portão, cartilha, cavalete,
a) Sinteticamente – mediante o emprego de sufixos corpete, flautim, folhinha (calendário), lingüeta, pastilha,
especiais, que estudaremos mais adiante, assim: vidrilho.
chape-l-ão, boc-arra, chapéu-zinho, boqu-inha;
b) Analiticamente – juntando-lhe um adjetivo que EMPREGO DO SUBSTANTIVO
indique aumento ou diminuição, ou aspectos
relacionados com essas noções: chapéu grande, FUNÇÕES SINTÁTICAS DO SUBSTANTIVO
boca enorme; chapéu pequeno, boca minúscula.
O substantivo pode figurar na oração como:
VALOR DAS FORMAS AUMENTATIVAS E DIMINUTIVAS Sujeito, Predicativo, Objeto direto, Objeto indireto Com-
plemento nominal, Adjunto adverbial, Agente da passiva,
Convém ter presente que o que denominamos Apôsto e Vocativo. Vejamos por partes:
aumentativo e diminutivo nem sempre indica o aumen- a) SUJEITO: “Maria escuta, se uma folha esvoaça”;
to ou a diminuição do tamanho de um ser. Ou melhor, b) PREDICATIVO - do Sujeito: “Em tua boca serei
essas noções são expressas em geral pelas formas carícia”; “o bispo de Ceuta, não tardou a ser
analíticas, especialmente pelos adjetivos: grande e eleito arcebispo de Braga”;
pequeno, ou sinônimos, que acompanham o substan- c) PREDICATIVO – do Objeto Direto: “de toda parte,
tivo. aclamavam-no herói”;
Os sufixos aumentativos de regra emprestam ao d) PREDICATIVO – do Objeto Indireto: “Chamei-lhe
nome as idéias de desproporção, de disformidade, de em breve apenas João, logo Joãozinho”;
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e) OBJETO DIRETO: “Eu arranjo umas velinhas”; Os adjetivos referentes a cores, podem ser modifi-
f) OBJETO INDIRETO: “È o que me aborrece, não cados por um substantivo que melhor precise uma de
gosto de exageros”; suas tonalidades, um de seus matizes. Assim:
g) COMPLEMENTO NOMINAL: “A locomotiva dava a “amarelo-canário”;
Ternura impressão de força e poder”; “azul-petróleo”;
h) ADJUNTO ADVERBIAL: “No canal oscilava um “verde-garrafa”;
barco”; “roxo-batata”.
i) AGENTE DA PASSIVA: “Bati palmas meio a medo,
mas logo fui atendido pela criada”; Neste emprego o substantivo equivale a um advérbio de
j) APÔSTO: “A última pessoa que intercedeu por ele modo.
foi uma pobre senhora prima do Costa”;
k) VOCATIVO: “Aceita, menino, esses inofensivos O Substantivo como Núcleo das frases sem Ver-
divertimentos”. bo
As frases nominais, organizadas sem verbo têm o
Substantivo como Adjunto Adnominal substantivo como centro. É o que se verifica, por
1.Precedido de preposição, pode o substantivo exemplo:
formar uma locução adjetiva, que funciona como Nas exclamações: “Ó minha amada, que olhos os
ADJUNTO ADNOMINAL. Assim: teus!”;
“uma vontade de ferro (= férrea)”; Nas indicações sumárias: “Évora! Ruas ermas sob
“um menino às direitas (= correto)”; os céus, cor de violetas roxas...”;
“uma pessoa sem entranhas (=perversa)”; Em títulos, como: “Domingo, Flamengo e Cruzeiro
“uma força de Hércules (=hercúlea)”. no Maracanã”; “Engarrafamento monstro em Co-
pacabana”.
2.Em função de ADJUNTO ADNOMINAL, pode
também o substantivo referir-se diretamente a outro 2 - ADJETIVO
substantivo. Comparem-se expressões do tipo:
“um riso canalha”; djetivo é a palavra que acompanha o substantivo
“um ar província”;
“uma recepção monstro”;
“uma atitude povo”.
A ou a ele se refere, determinando-o ou qualifican-
do-o; que se junta. Logo é a expressão modifica-
dora que denota qualidade, condição ou estado de um
ser:
Substantivo - Caracterizador de Adjetivo
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linos e femininos. Geralmente estes uniformes termi- Há três graus na qualidade expressa pelo
nam em a, e, l, m, r, s e z: adjetivo: positivo, comparativo e superlativo.
povo lusíada – nação lusíada;
breve exame – breve prova; O Grau Positivo (qualidade)
trabalho útil – ação útil; O positivo enuncia simplesmente a qualidade: “o
objeto ruim – coisa ruim; rapaz é cuidadoso”.
estabelecimento modelar – escola modelar;
homem audaz – mulher audaz; O Grau Comparativo (igual, maior, menor)
conto simples – história simples O comparativo compara qualidade entre dois ou
mais seres estabelecendo:
Exceções principais: andaluz, andaluza; bom, boa; a) Uma igualdade: “o rapaz é tão cuidadoso quanto
chim, china; espanhol, espanhola. (ou como) os outros”.;
b) Uma superioridade: “o rapaz é mais cuidadoso
Quanto aos biformes, isto é, que têm uma forma que (ou do que) os outros”.;
para o masculino e outra para o feminino, os adjetivos c) Uma inferioridade: “o rapaz é menos cuidadoso
seguem de perto as mesmas regras que apontamos que (ou do que) os outros”.
para os substantivos. Lembraremos aqui apenas os
casos principais: O Grau Superlativo
a) Os terminados em ês, or e u acrescentam no
O superlativo pode:
feminino um a, na maioria das vezes. Assim:
a) Ressaltar, com vantagem ou desvantagem, a
chinês, chinesa; lutador, lutadora; cru, crua.
qualidade do ser em relação a outros seres: “o
Exceções: cortês, descortês, montês e pedrês são
rapaz é o mais cuidadoso dos (ou dentre os)
invariáveis, ou seja, não mudam;
pretendentes ao emprego”; “O rapaz é o menos
b) Os terminados em eu passam, no feminino, para
cuidadoso dos pretendentes”;
éia: europeu, européia; ateu, atéia. Exceções:
b) Indicar que a qualidade do ser ultrapassa a noção
judeu, judia; sandeu, sandia; tabaréu, tabaroa;
comum que temos dessa mesma qualidade: “O
réu, ré;
rapaz é muito cuidadoso”; “O rapaz é cuidadosís-
c) Alguns adjetivos também, no feminino, mudam a
simo”.
vogal tônica fechada o para aberta: laborioso,
laboriosa; disposto, disposta.
NOTAS IMPORTANTES
1. No primeiro caso, a qualidade é ressaltada em
GRAU DO ADJETIVO
relação ou comparação com os outros pretenden-
tes. Diz-se que o superlativo é relativo;
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Humilde – humílimo;
Positivo Comparativo de SUPERLATIVO
Incrível – incredibilíssimo; superioridade
Inimigo – inimicíssimo;
Íntegro – integérrimo; Absoluto Relativo
Livre – libérrimo; bom melhor ótimo o melhor
mau pior péssimo o pior
Magnífico – magnificentíssimo; grande maior máximo o maior
Magro – macérrimo; pequeno menor mínimo o menor
Malédico – maledicentíssimo;
Maléfico – maleficentíssimo; NOTAS IMPORTANTES
Malévolo – malevolentíssimo; 1. Não se diz mais bom, nem mais grande, em vez
Mísero – misérrimo; de melhor e maior; mas podem ocorrer mais
Miúdo – minutíssimo; pequeno, o mais pequeno, mais mau, por menor, o
Negro – nigérrimo; menor, pior;
Nobre – nobilíssimo; 2. Ao lado dos superlativos o maior, o menor,
Parco – parcíssimo; figuram ainda o máximo e o mínimo que se
Pessoal – personalíssimo; aplicam a idéias abstratas e aparecem ainda em
expressões científicas, como: a temperatura
Pobre – paupérrimo;
máxima, a temperatura mínima, máximo divisor
Prodígio – prodigalíssimo;
comum, mínimo múltiplo comum, nota máxima,
Provável – probabilíssimo;
nota mínima;
Público – publicíssimo; 3. Em lugar de mais alto e mais baixo, usam-se os
Sábio – sapientíssimo; comparativos superior e inferior; por o mais alto e
Sagrado – sacratíssimo; o mais baixo, podemos empregar os superlativos
Salubre – salubérrimo; o supremo ou o sumo, e o íntimo;
São – saníssimo; 4. Comparando-se duas qualidades, ou ações,
Simples – simplicíssimo; empregam-se mais bom, mais mau, mais gran-
Soberbo – superbíssimo; de e mais pequeno em vez de melhor, pior,
Tenaz – tenacíssimo; maior, menor: “É mais bom do que mau (e não: é
Tétrico – tetérrimo melhor do que mau)”; “A escola é mais grande do
que pequena”; “Escreveu mais bem do que mal”;
Comparativos e superlativos irregulares “Ele é mais bom do que inteligente”;
Afastam-se dos demais na sua formação de 5. Por fim, assinalemos que depois dos comparati-
comparativo e superlativo os adjetivos seguintes: vos em or (superior, inferior, posterior, ulterior)
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A
“Ela era linda, linda” (= lindíssima). rtigo é a palavra que se antepõe aos substantivos
que designam seres determinados (o, a, os as) ou
Preferindo-se estas orações, dá-se-lhes um tom indeterminados (um, uma, uns, umas). Daí a
de voz especial, para melhor traduzir a idéia superlativa divisão dos artigos em definidos (que são o, a, os, as) e
expressa pela repetição do adjetivo. indefinidos (um, uma, uns, umas).
-Geralmente consiste na pausa demorada na vogal da Veja estes exemplos:
sílaba tônica. “Eu quero o livro”;
“Eu quero um livro”.
Comparações em lugar de Superlativo
Para expressarmos mais vivamente o elevado No primeiro caso, o substantivo designa um livro
grau de uma qualidade do ser, empregamos ainda determinado e conhecido, inconfundível para a pessoa
comparações que melhor traduzem a idéia superlativa: que fala ou escreve. Já no segundo, o substantivo
“Pobre como Jó” (=paupérrimo); designa um livro qualquer dentre outros.
“Feio como a necessidade” (=feíssimo); Precedido de artigo definido pode também o
“Claro como água”; substantivo exprimir a espécie inteira: “O homem é
“Escuro como breu”; mortal”. Não se trata aqui de um homem determinado,
“Esperto como ele só”; mas, sim, uma referência ao ser humano em geral.
“Malandro como ninguém”. Nem sempre se evidencia a oposição entre o, a,
os, as e um, uma, uns, umas, porque os artigos
Usam-se ainda certas expressões não comparativas: aparecem em construções dos mais variados valores.
“pobre de rico”; “feio a mais não poder”; “grande a -Veja outras frases:
valer”. “Preciso ler o gibi”;
“Nós compramos a bicicleta”;
Adjetivos Diminutivos “Ele trouxe os materiais”;
As formas diminutivas de adjetivos podem adqui- “Vimos as estrelas de manhã”.
rir valor de superlativos:
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FAETESP Língua Portuguesa I FAETESP Língua Portuguesa I
P
ronome é a expressão que designa os seres sem pronomes possessivos são adjetivos);
dar-lhes nome nem qualidade, indicando-os Já em: “Isto é melhor que aquilo”, os pronomes
apenas como pessoa do discurso. São três as isto e aquilo não se referem a nenhum substan-
pessoas do discurso: a que fala (1ª pessoa), a com que tivo, mas fazem as vezes dele. São, por isso,
se fala (2ª pessoa) e a pessoa ou coisa de que se fala (3ª pronomes substantivos.
pessoa).
Há pronomes que são apenas substantivos ou
CLASSIFICAÇÃO DOS PRONOMES adjetivos, enquanto outros podem aparecer nas duas
funções.
Os pronomes podem ser:
1. Pessoais; A - PRONOMES PESSOAIS
2. Possessivos;
3. Demonstrativos (abarcando o artigo definido); Os pronomes pessoais designam as três pessoas
4. Indefinidos (abarcando o artigo indefinido; do discurso:
5. Interrogativos; e 1ª pessoa: EU (singular), NÓS (plural);
6. Relativos. 2ª pessoa: TU (singular), VÓS (plural);
3ª pessoa: ELE (singular), ELES, ELAS (plural).
PRONOME SUBSTANTIVO e PRONOME ADJETIVO – O
pronome pode aparecer em referência a substantivo O plural nós indica eu mais outra ou outras
claro ou oculto: “Meu livro é melhor que o teu”. pessoas, e não eu + eu.
As formas: eu, tu, ele, ela, nós, vós, eles, elas,
NOTAS IMPORTANTES que funcionam como sujeito, se dizem retas. A cada
Meu e teu são pronomes porque dão idéia de um destes pronomes pessoais retos, corresponde um
posse em relação à pessoa do discurso: meu (1ª pronome pessoal oblíquo que funciona como comple-
pessoa, a que fala), teu (2ª pessoa, a com que se mento e pode apresentar-se em forma átona ou forma
fala). Ambos os pronomes estão em referência ao tônica.
substantivo livro que vem expresso no início, mas -Ao contrário das formas átonas, as tônicas têm sempre
se cala no fim por estar perfeitamente claro ao presas a preposição:
falante e ouvinte. Esta referência a substantivo
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Vossa Eminência – V.Emª, para cardeais (Igreja cerimoniosa. Em ambos os casos o verbo fica na
Católica); 3ª pessoa do singular: “É verdade que a gente, às
Vossa Excelência – V. Exª, para altas patentes vezes, tem cá as suas birras”.
militares, ministros, Presidente da República,
pessoas de alta categoria, bispos e arcebispos; B - PRONOMES POSSESSIVOS
Vossa Magnificência – para reitores de universi-
dade; São os que indicam a posse em referência às três
Vossa Majestade – V. M., para reis, imperadores; pessoas do discurso:
Vossa Mercê – V. Mcê, para as pessoas de
tratamento cerimonioso (arcaico); Singular:
Vossa Onipotência – para Deus, não se usa 1ª pessoa: meu, minha, meus, minhas;
abreviadamente; 2ª pessoa: teu, tua, teus, tuas;
Vossa Reverendíssima – V. Rev.mª, para os 3ª pessoa: seu, sua, seus, suas.
sacerdotes (Igreja católica); Plural:
Vossa Senhoria – V. Sª, para oficiais até coronel, 1ª pessoa: nosso, nossa, nossos, nossas;
funcionários graduados, pessoas de cerimônia; 2ª pessoa: vosso, vossa, vossos, vossas;
Vossa Santidade – uma forma de tratamento para 3ª pessoa: seu, sua, seus, suas.
com o Papa.
C – PRONOMES DEMONSTRATIVOS
NOTAS IMPORTANTES
a) Emprega-se Vossa Alteza (e demais), quando 2ª São os que indicam a posição dos seres em
pessoa, isto é, em relação a quem falamos; relação às três pessoas do discurso. Esta localização
emprega-se Sua Alteza (e demais) quando 3ª pode ser no tempo, no espaço ou no discurso:
pessoa, isto é, em relação à de quem falamos; 1ª pessoa: este, esta, isto;
b) Você, hoje usado familiarmente, é a redução da 2ª pessoa: esse, essa, isso;
forma de reverência Vossa Mercê. Caindo o 3ª pessoa: aquele, aquela, aquilo.
pronome vós em desuso, só usado nas orações e
estilo solene, emprega-se vocês como o plural de Agora observe com cuidado:
tu; a) “Este livro” é o livro que está perto da pessoa que
c) O substantivo gente, precedido do artigo a e em fala;
referência a um grupo de pessoas em que se b) “Esse livro” é o livro que está longe da pessoa que
inclui a que fala, ou a está sozinha, passa a fala ou perto da pessoa com quem se fala;
pronome e se emprega fora da linguagem
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c) “Aquele livro” é o que se acha distante da 1ª e da saindo de almas cândidas e verdadeiras tais
2ª pessoa. promessas são como a moeda fiduciária...”; “É
proibido dizeres semelhantes coisas”;
Nem sempre se usam com este rigor gramatical c) Mesmo e próprio, aparecem ainda reforçando
os pronomes demonstrativos; muitas vezes interferem pronomes pessoais: “Ela mesma quis ver o
situações especiais que escapam à disciplina da gramá- problema”; “Nós próprios o dissemos”;
tica.
São ainda pronomes demonstrativos: o, mesmo, D – PRONOMES INDEFINIDOS
próprio, semelhante e tal.
O (com as variações: a, os, as) equivale a isto, São os que se aplicam à 3 pessoa quando tem
isso, aquilo, aquele, aquela, aqueles, aquelas. sentido vago ou exprimem quantidade indeterminada.
Veja estes exemplos: -Funcionam como pronomes indefinidos substantivos,
“Não sei o que dizes”; todos invariáveis: alguém, ninguém, tudo, nada, algo,
“O que me pedes é impossível”; outrem.
“Sigam-me os que forem brasileiros”; Veja:
“Não o consentirei jamais”. “Ninguém mais a voz sentida
Do Trovador escutou!” (G. Dias).
NOTAS IMPORTANTES
a) O pronome o, perdido o seu valor essencialmente São pronomes indefinidos adjetivos, todos variá-
demonstrativo e posto antes de substantivo, veis, com exceção de cada: nenhum, outro (também
como adjunto, recebe o nome de artigo definido. isolado), um (também isolado), certo, qualquer (só
Assim é que a gramática, no exemplo seguinte, variável em número: quaisquer), algum, cada:
considera o primeiro os artigo definido e o “As tiras saem-lhe das mãos, animadas e polidas.
segundo pronome demonstrativo: “Os homens de Algumas trazem poucas emendas ou nenhumas”
extraordinários talentos são ordinariamente os de (M. de Assis);
menor juízo”; “A vida a uns, a morte confere celebridades a
b) Mesmo, próprio, semelhante e tal, têm valor outros”.
demonstrativo quando denotam identidades ou se
referem a seres e idéias já expressas anterior- Aplicam-se a quantidades indeterminadas os
mente, e valem por: esse, essa, aquele, aquela, indefinidos, todos variáveis com exceção de mais e
isso, aquilo: “Depois, como Pádua falasse ao menos: muito, mais, menos, pouco, todo, algum, tanto,
sacristão baixinho, aproximou-se deles; eu fiz a quanto, vários, diversos:
mesma coisa”; “Não paguei uns nem outros, mas
Elaboração: Faculdade FAETESP Elaboração: Faculdade FAETESP
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FAETESP Língua Portuguesa I FAETESP Língua Portuguesa I
“Mais amores e menos confiança (nunca menos!). Quem refere-se a pessoas, e é pronome
Com pouco dinheiro compraram diversos presentes. substantivo. Que refere-se a pessoas ou coisas, e é
Isto é o menos que se pode exigir.
Muito lhe devo.
pronome substantivo (com o valor de que coisa?) ou
Erraste por pouco. pronome adjetivo (com o valor de que espécie?) Qual e
Quantos não erraram neste caso!” também que, indicadores de seleção, normalmente são
pronomes adjetivos:
OBSERVAÇÃO “Em qual livraria compraremos o presente?”;
O pronome indefinido um pode ser usado como “Em que livraria compraremos o presente?”.
substantivo, principalmente nas locuções do tipo cada
um, qualquer um. Como adjetivo recebe o nome de Ressalta-se ainda a seleção antepondo ao subs-
artigo indefinido. tantivo no plural a expressão qual dos, qual das:
“Em qual dos livros encontraste o exemplo?”
Locução Pronominal Indefinida
É o grupo de palavras que vale por um pronome F – PRONOMES RELATIVOS
indefinido. Eis as principais locuções: cada um, cada
qual, qualquer um, quem quer, quem quer que, o que São os que normalmente se referem a um termo
quer que, seja quem for, seja qual for, quanto quer que, o anterior chamado antecedente:
mais, alguma coisa: “Eu sou o freguês que por último compra o
“As verdades não parecem as mesmas a todos, jornal”.
cada um as vê em ponto diverso de perspectiva”
Os pronomes relativos são: qual, o qual (a qual, os
E – PRONOMES INTERROGATIVOS quais, as quais), cujo (cuja, cujos, cujas), que, quanto
(quanta, quantos, quantas), onde.
São pronomes indefinidos: quem, que, qual e Quem se refere a pessoas ou coisas personifica-
quanto, que se empregam nas perguntas: das e sempre aparece precedido de preposição. Que e o
“Quem veio aqui?”; qual, se referem a pessoas ou coisas. Que e quem,
“Que cabeça, senhora?”; funcionam como pronomes substantivos. O qual
“Que compraste?”; aparece como substantivo ou adjetivo:
“Qual autor desconhece?”; “As pessoas de quem falas não vieram”;
“Qual consideras melhor?”; “O ônibus que esperamos está atrasado”;
“Quantos vieram?”; “Não são poucas as alunas que faltaram”;
“Quantos anos tens?” “Este é o assunto sobre o qual falará o professor”;
“Não vi o menino, o qual menino os colegas pro- Ordinais são os que denotam o número de ordem
curara”; dos seres numa série.
“A casa onde moro é espaçosa”. -Veja os numerais:
P
ara indicarmos uma quantidade exata de seres ou 5 – quinto 90 – nonagésimo (...)
objetos, ou para assinalarmos o lugar que eles 6 – sexto 100 – centésimo (...)
ocupam em determinada série, empregamos uma 7 – sétimo 200 – ducentésimo (...)
classe especial de palavras – os NUMERAIS. 8 – oitavo 300 – trecentésimo (...)
-Os NUMERAIS podem ser: 9 – nono 400 – quadringentésimo (...)
a) Cardinais; 10 – décimo 500 – qüingentésimo (...)
b) Ordinais; 11 – undécimo ou déc. 1º 600 – seiscentésimo, sexcentésimo (...)
c) Multiplicativos; e 12 – duodécimo ou déc 2º 700 – septingentésimo (...)
d) Fracionários. 13 – décimo terceiro 800 – octingentésimo (...)
14 – décimo quarto 900 – nongentésimo (...)
NUMERAIS CARDINAIS 15 – décimo quinto 1.000 – milésimo (...)
16 – décimo sexto 10.000 – dez milésimos (...)
Cardinais são os que exprimem a quantidade em 17 – décimo sétimo 100.000 – cem milésimos (...)
si mesma ou a quantidade certa dos seres. Respondem 18 – décimo oitavo 1.000.000 - milionésimo (...)
quantos? Quantas?: 19 – décimo nono 1.000.000.000 – bilionésimo (...)
um, dois, três, quatro, cinco, etc. 20 – vigésimo
21 – vigésimo primeiro (...)
OBSERVAÇÃO
30 – trigésimo (...)
Em vez de dois, duas, podemos empregar o
40 – quadragésimo (...)
numeral dual: ambos, ambas, se os seres são nossos
conhecidos ou já foram expressos anteriormente:
OBSERVAÇÃO
“Ambas as casas já foram alugadas”.
Último, penúltimo, antepenúltimo, anterior, posteri-
or, antero-posterior e outros que tais, ainda que tais,
NUMERAIS ORDINAIS ainda que exprimam posição do ser, não têm corres-
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pondência entre os numerais e por isso devem ser con- meio, terço, quarto, quinto, sexto, sétimo, oitavo,
siderados meros adjetivos. nono, décimo, vigésimo, centésimo, milésimo, milio-
nésimo, empregados como equivalentes de meta-
Veja agora os numerais romanos: de, terça parte, quarta parte, etc.
1–I 15 – XV 100 – C
2 – II 16 – XVI 200 – CC 6 – PREPOSIÇÃO
3 – III 17 – XVII 300 – CCC
4 – IV 18 – XVIII 400 – CD
C
5–V 19 – XIX 500 – D hama-se PREPOSIÇÕES as palavras invariáveis
6 – VI 20 – XX 600 – DC que relacionam dois termos de uma oração, de
7 – VII 21 – XXI 700 – DCC tal modo que o sentido do primeiro (antecedente)
8 – VIII 30 – XXX 800 – DCCC é explicado ou completado pelo segundo (conseqüente).
9 – IX 40 – XL 900 – CM Logo, Preposição é a expressão que, posta entre duas
10 – X 50 –L 1.000 – M outras, estabelece uma subordinação da segunda à
11 – XI 60 – LX 10.000 – X (traço em cima) primeira:
12 – XII 70 – LXX 100.000 – C (traço em cima) “Casa de Pedro” – marca uma relação de posse;
13 – XIII 80 – LXXX 1.000.000 – M (traço em cima) “Mesa de mármore” – marca uma relação de mate-
14 - XIV 90 - XC 1.000.000.000 – M (2 traços) ria de que uma coisa é feita;
“Passou por aqui” – marca uma relação de lugar
por onde.
NUMERAIS MULTIPLICATIVOS Casa, mesa e passou são subordinantes ou
antecedentes; Pedro, mármore e aqui são subordinados
Multiplicativos são os que exprimem a multiplici- ou conseqüentes. O subordinante é representado por
dade dos seres. Os mais usados são: substantivo, adjetivo, pronome, verbo, advérbio ou inter-
duplo ou dobro, triplo ou tríplice, quádruplo, quín- jeição:
tuplo, sêxtuplo, séptuplo, óctuplo, nônuplo, cêntu- Livro de histórias;
plo. Útil a todos;
Alguns de vós;
NUMERAIS FRACIONÁRIOS Necessita de ajuda;
Referentemente ao assunto;
Fracionários são os que indicam frações dos Ai de mim!
seres:
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xona a nação”; “E logo choveram perguntas sobre No terceiro, aparece a palavra quando unindo
o noivo e afloraram as considerações sobre o ca- duas orações que não podem ser separadas sem que
samento”. fique alterado o sentido que expressam, pois a segunda
depende da afirmação contida na primeira.
A PREPOSIÇÃO ( trás ) As palavras invariáveis que servem para relacio-
nar duas orações ou dois termos semelhantes da
A Preposição trás, que indica situação posterior, mesma oração chamam-se CONJUNÇÕES.
arcaizou-se. Na língua atual é substituída pelas locu- As conjunções que relacionam termos ou orações
ções atrás de e depois de; mais raramente, por sua de idêntica função gramatical têm o nome de
sinônima após. COORDENATIVAS;
O sentido originário desta preposição era “além Denominam-se SUBORDINATIVAS as que ligam
de”, que subsiste nos compostos Trás-os-Montes e duas orações, uma das quais determina ou com-
transanteontem. pleta o sentido da outra.
C
guintes exemplos:
onjunção é a expressão que liga orações ou, da 1. “Estudar e trabalhar. O estudo e o trabalho”;
mesma oração, palavras que tenham o mesmo 2. “Quando tiveres estudado, descansarás. Depois
valor ou função. Segundo o Dicionário, conjun- do estudo, o descanso”.
ção é a partícula que liga duas orações ou partes coor-
denadas da mesma oração. No primeiro caso, ao passarmos da construção
Examinemos as seguintes orações: com orações para a construção com nomes, vemos que
1. “O tempo e a maré não esperam por ninguém”; a conjunção coordenativa não se altera, pois liga ele-
2. “Ouvi primeiro e falai por derradeiro”; mentos independentes.
3. “Nenhum filho é inocente, quando a sua mãe o Já no segundo, em lugar da conjunção subordi-
crê culpado”. nativa, temos uma preposição, que está a indicar a
dependência de um elemento ao outro.
No primeiro, encontramos a palavra e, que está
ligando dois termos de uma oração: o tempo e a maré. CONJUNÇÕES COORDENATIVAS
No segundo, vemos a mesma palavra e, que está
ligando duas orações de sentido completo e indepen-
dente: Ouvi primeiro. Falai por derradeiro.
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As Cojunções Coordenativas dividem-se em: Aditivas; Conclusivas, que servem para ligar à anterior
Adversativas; Alternativas; Conclusivas e Explicativas. uma oração que exprime conclusão, conseqüência. São:
Vejamos: logo, pois, portanto, por conseguinte, por isso, assim,
etc.:
1.Coordenativas ADITIVAS “Ocupado com esses empreendimentos, não
Aditivas, que servem para ligar simplesmente dois alcancei a ciência de João Nogueira nem as
termos ou duas orações de idêntica função. Assim: e, tolices do Gondim. As pessoas que me lerem
nem [= e não]: terão, pois, a bondade de traduzir isto em língua-
“Dobrou à esquerda, e avistou um conjunto de gem literária, se quiserem”;
salas iguais e sucessivas”; “Não é gulodice nem “Ambos se despediam; ambos por igual teror.
interesse mesquinho”. Logo, tinham descoberto tudo um ao outro”.
4.Coordenativas CONCLUSIVAS
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“Tio Cosme vivia com minha mãe, desde que ela INDIRETO, PREDICATIVO, COMPLEMENTO NOMINAL ou
enviuvou”; APÔSTO de outra oração): que e se.:
“Há de sarar mal surja o dia”. “Tenho certeza de que gosta de mim”;
“Pediram-me que definisse o Arpoador”.
8.Subordinativas COMPARATIVAS
Quando o verbo exprime incerteza, usa-se se. Por
Comparativas (iniciam uma oração que encerra o
exemplo:
segundo membro de uma comparação, de um confron-
a) Numa dúvida: “Ninguém sabia se estava ferido ou
to): que, do que [depois de mais, menos, maior, menor,
se ferira alguém”;
melhor e pior], qual [depois de tal], quanto [depois de
b) Numa interrogação indireta: “Pergunto a Deus se
tanto], como, assim como, bem como:
estou viva, se estou sonhando ou acordada”.
“Unidas, bem como as penas das duas asas
pequenas de um passarinho do céu... como um
NOTAS IMPORTANTES
casal de rolinhas, como a tribo de andorianhas
Algumas conjunções, como: que, se, como, etc.,
da tarde no frouxo véu”;
podem pertencer a mais de uma classe. É necessário,
“A ambição sujeita os homens a maior servilismo portanto, PRESTAR A MÁXIMA ATENÇÃO ao significado
do que a fome e a pobreza”. que têm no texto para classificá-las com acerto.
Como vimos, há numerosas conjunções formadas
9.Subordinativas CONSECUTIVAS da partícula que antecedida de advérbios, de preposi-
Consecutivas (iniciam uma oração na qual se ções e de particípios: desde que, antes que, já que, até
indica a conseqüência do que foi declarado na anterior): que, sem que, dado que, posto que, visto que, etc. São as
que [combinada com uma das palavras tal, tanto, tão ou chamadas LOCUÇÕES CONJUNTIVAS.
tamanho, presentes ou latentes na oração anterior], de
forma que, de maneira que, de modo que, de sorte que,
etc.: 8 – INTERJEIÇÃO
“Foi tão ágil e rápido a saída que Jandira
I
achou graça”;
nterjeição é uma espécie de grito com que
“O frio é tanto, é tamanho que a pena cai-
traduzimos de modo vivo nossas emoções. A mesma
me da mão...”.
reação emotiva pode ser expressa por mais de uma
interjeição. Inversamente, uma só interjeição pode
10.Subordinativas INTEGRANTES corresponder a sentimentos variados e, até, opostos. O
Integrantes (servem para introduzir oração que valor de cada forma interjectiva depende
funciona como, SUJEITO, OBJETO DIRETO, OBJETO fundamentalmente do contexto e da entoação.
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A
dvérbio é a expressão modificadora que denota
CLASSIFICAÇÃO DAS INTERJEIÇÕES uma circunstância (de lugar, de tempo, de
intensidade, condição, etc). De acordo com o
Classificam-se as INTERJEIÇÕES segundo o Dicionário, advérbio é uma palavra que modifica um
sentimento que denotam. Entre as mais usadas, pode- verbo, um adjetivo ou outro advérbio, exprimindo cir-
mos enumerar as: cunstância de tempo, lugar, etc.
a) de ALEGRIA: ah!, oh!;
Comparemos estes exemplos:
b) de ANIMAÇÃO: avante!, coragem!, eia!, vamos!;
“O navio chegou”;
c) de APLAUSO: bis!, bem!, bravo!, viva!;
d) de DESEJO: oh!, oxalá!; “O navio chegou ontem”.
e) de DOR: ai!, ui!; A palavra ontem acrescentou ao verbo chegou
f) de ESPANTO: ou SURPRESA: ah!, chi!, ih!, oh!, uma circunstância de tempo: ontem é um advérbio.
ué!; Veja ainda estes:
g) de IMPACIÊNCIA: hum!, hem!; “Paulo jogou”;
h) de INVOCAÇÃO: alô!, oi!, olá!, psiu!, psit!; “Paulo jogou bem”.
i) de SILÊNCIO: psiu!; silêncio!; A palavra bem modificou a ação de Paulo, expres-
j) de SUSPENSÃO: alto!; basta!, alto lá!; sa pelo verbo jogou: bem, aqui é um advérbio.
k) de TERROR: ui!; uh!.
Veja estes outros dois:
NOTAS IMPORTANTES “Paulo jogou bem”;
Além de interjeições expressas por um só “Paulo jogou muito bem”.
vocábulo, há outras formadas por grupos de duas ou A palavra muito intensificou o sentido do advér-
mais palavras. São as LOCUÇÕES INTERJECTIVAS. bio bem: muito, aqui, é um advérbio.
Exemplos: ai de mim!, ora bolas!, raios te partam!,
valha-me Deus!. Veja ainda:
Na escrita, como você já deve ter percebido, as “A moça é linda”;
interjeições vêm de regra acompanhadas do ponto de “A moça é muito linda”.
exclamação ( ! ). A palavra muito intensificou a qualidade contida
no adjetivo linda: muito, nessa frase, é um advérbio.
Com isso entendemos que o advérbio, como já
9 – ADVÉRBIO dissemos, é uma palavra que modifica o sentido do
verbo, do adjetivo e do próprio advérbio.
NISSO CREMOS..
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I 103
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O
homem não age diretamente sobre as coisas.
No dia 15 de Março de 1999 o Conselho Nacional da Educação aprovou o
Sempre há um intermediário, um instrumento Parecer CEC 241/99 que abre jurisprudência para o reconhecimento dos
entre ele e seus atos. Isto também acontece cursos em Teologia.
quando faz ciência, quando investiga cientificamente.
NOTA:
Ora, não é possível fazer um trabalho científico, sem
conhecer os instrumentos. E estes se constituem de È importante salientar que o parecer possui vigor para as instituições
uma série de termos e conceitos que devem ser teológicas iniciem apenas, os seus processos de regulamentação junto ao
MEC. Um detalhe muito importante é que o Parecer pode ou não se tornar
claramente distinguidos, de conhecimentos a respeito Resolução ou Portaria, mas o fato dele ter sido dado, justifica a abertura
das atividades cognoscivas que nem sempre entram na do processo ao possível reconhecimento ao curso teológico;
Existem alguns problemas que as instituições teológicas ainda enfrentam,
constituição da ciência, de processos metodológicos que o principal deles é a diretriz para o reconhecimento, (carga horária, corpo
devem ser seguidos, a fim de chegar a resultados de docente, acervo bibliotecário, etc), que até o momento não fora divulgado
pelo MEC, acredita-se que seja semelhante ao de bacharelado em filosofia
cunho científico e, finalmente, é preciso imbuir-se de nível C;
espírito científico. O DECRETO-LEI Nº 1051/69 autoriza a validação dos estudos “aos
portadores de diploma de cursos realizados em Seminários Maiores,
Nossas possibilidades de conhecimen- Faculdades Teológicas ou instituições equivalentes de qualquer confissão
to são muitas e até, tragicamente, pe- religiosa” (Art.1º);
“Como o ensino militar, o ensino religioso foge as limitações dos sistemas
quenas. O que Sabemos é pouquíssi- vigentes” (Par. 286/8). Tais cursos são ditos “livres”, não necessitando de
mo e, aquilo que sabemos, sabemo-lo prévia autorização para funcionamento nem de posterior reconhecimento
muitas vezes superficialmente, sem do Conselho de Educação Competente;
grande certeza. A maior parte de nosso A jurisprudência do Conselho Federal de Educação tem sido no sentido de
declarar-lhes a equivalência, de acordo com regras amplas e flexíveis, é o
conhecimento somente é provável. que se depreende da Lei 1821/53, do Decreto 34.330/53, dos pareceres
Existem certezas absolutas, incondici- do CFE, nº 279-64 (doc.31, p.69) e nº 884/65 (doc.92, p.60) e nº 3174/77
onais, mas estas são raras. (doc.204, p.17) entre outros;
O parágrafo único do art. 7º da Lei 5.692/71 coloca o ensino Religioso
como disciplina facultativa para os alunos, devendo obrigatoriamente
Pr. Marcos Emmanuel constar dos horários normais dos estabelecimentos oficiais do ensino de 1º
BACHAREL E LICENCIADO EM LETRAS - pela e 2º Graus. Tal Lei está respaldada e enfatizada hoje pelo art. 210,
parágrafo 1º da Constituição da República Federativa do Brasil;
Universidade Guarulhos/SP De acordo com o acima exposto e sendo a FAETESP registrada de acordo
Bacharel e Mestre em Teologia com todas as normas do país e pertencendo a uma Confissão religiosa,
Igreja Evangélica Assembléia de Deus, tem o amparo da Lei para o
Mestre em Ciências da Religião e Antigo Testamento funcionamento, quanto ao RECONHECIMENTO DO MEC, como todas as
Professor de Língua Portuguesa entidades que ministram teologia ainda está em andamento. (Processo de
Professor de Hebraico e Grego – Reitor da FAETESP Credenciamento).
Educador de Ensino Teológico.
ÍNDICE
OBSERVAÇÕES GERAIS
pg 01;
FONÉTICA E FONÊMICA
pg 05
MORFOLOGIA
pg 26
Aluno
______________________________________________________
Curso ______________________
Elaboração: Faculdade FAETESP IV Elaboração: Faculdade FAETESP