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Paulo

Campos

NEWSLETTER
Periodontite vs Peri-implantite
1 de Janeiro de 2009

Microflora e Plano de tratamento – Revisão da literatura

Resumo
Periodontite vsséculo
Desde a década de 90 do Peri implantite
passado, que se têm realizado diversos
estudos com o intuito de estabelecer
uma técnica terapêutica adequada no
Paulo Campos
tratamento de peri-implantites, sendo
para tal importante conhecer a
composição da flora microbiana
presente em implantes osteointegrados
Resumo Fig. 2 – Periodonto saudável em redor do
estáveis, e em casos de doença peri- implantes
Desde a década
implantar, de 90
uma vez doàséculo
que, passado, que se têm realizado diversos estudos
semelhança
do oque
com acontece
intuito na periodontite
de estabelecer O objectivo
uma técnica terapêutica adequadadeste estudo de de
no tratamento revisão é
crónica, a presença
peri-implantites, sendo deparapatogéneos descrever
tal importante conhecer a flora microbiana
a composição da florapresente
periodontais,
microbiana influencia
presente osteointegrados estáveis, e em casos de doençaestávei
de forma
em implantes em implantes osteointegrados
determinante
peri- implantar,ouma futuro clínico
vez que, de
à semelhança doe que
comacontece
peri-implantites, compara-la
na periodontite
,-.%*-$
implantes
crónica, de patogéneos periodontais, influencia de forma determinantesãos e
osteointegrados.
a presença com a presente em dentes
Palavras-chave o futuro clínico de implantes osteointegrados. periodontalmente comprometidos, e
Periodontite verificar a sua importância no
Peri implantite processo inflamatório da doença peri
lo Implantes
mpos Caso clínico implantar. Mais, pretende-se
estabelecer, também através de
pesquisa bibliográfica, um método de
tratamento consensual e eficaz para a
doença peri-implantar.

Periodontite vs Peri-implantite Introdução


Nos últimos anos foram identificado
oflora e Plano de tratamento – Revisão da literatura numerosos microrganismo
Fig. 1-1-Periodonto
Fig. Periodontosaudável
saudávelem
emredor
redor
de de
dentes
dentes patogénicos presentes nas diversa
formas de doença periodontal. Está
cada de 90 do século descrito na literatura que muitas desta
se têm realizado diversos espécies também estão presentes em
o intuito de estabelecer peri-implantites, e podem ter origem
terapêutica adequada no na microflora associada ao dente
e peri-implantites, sendo aquando da colocação do implante ou
mportante conhecer a do abutment (1,2). Como já fo
da flora microbiana
mplantes osteointegrados Fig. 2 – Periodonto saudável em redor dos
m casos de doença peri- "#$%&'()!"#**+)#!,-.%*-
implantes
a vez que, à semelhança Fig. 2 – Periodonto saudável em redor dos implantes
ontece na periodontite O objectivodeste
O objectivo deste estudo
estudo de revisão
de revisão é é descrever a flora microbiana
resença de patogéneos presente
descrever em implantes
a flora osteointegrados
microbiana presente estáveis e com peri-implantites,
influencia de forma compara-la com a presente
em implantes osteointegrados estáveis em dentes sãos e periodontalmente
o futuro clínico de comprometidos, e verificar
e com peri-implantites, a sua importância no processo inflamatório da
compara-la
eointegrados. doença peri- implantar. Mais,
com a presente em dentes sãos pretende-se
e estabelecer, também através de
pesquisa bibliográfica,
periodontalmente um método ede tratamento consensual e eficaz para
comprometidos,
averificar
doença peri-implantar.
a sua importância no
processo inflamatório da doença peri-
1 implantar. Mais, pretende-se
estabelecer, também através de
NEWSLETTER 1 de Janeiro de 2009

Introdução
Nos últimos anos foram identificados numerosos microrganismos
patogénicos
demonstrado, presentesimplantesnas dentários
diversas formas de doença
outro lado,periodontal.
implantes Estácom peri
descrito
demonstrado,na literatura
osteointegrados são uma
implantes que muitas destasmucosites
solução
dentários espécies
outro também
implantesestão
e peri-implantites,
lado, têm peri
com um
presentes
credível em
para a peri-implantites,
substituição
osteointegrados são uma solução de dentese podem ter
flora origem
microbiana naricamicroflora
em bactérias
mucosites e peri-implantites, têm um G(
associada
em falta
credível paraaoadente
(3,4), e com aquando
uma
substituição da colocação do
terapia
de dentesde ), implante
em
flora detrimento
microbianaou do
ricaabutment
de bactérias G(+),
em bactérias G( de
manutenção
(1,2). Como
em falta jáadequada
(3,4), efoicom umapodem
demonstrado, ser
terapia implantes
de forma
dentários idêntica ao
osteointegrados
), em detrimento que são
sucede
de bactérias G(+),em de
mantidos
uma
manutenção em funcionalidade
solução credível
adequadapara (5).
a substituição
podem ser dentes
de dentes com Periodontite
em falta ao
forma idêntica (3,4), (7).
quee com
sucede em
uma terapia
mantidos de manutenção
em funcionalidade (5). adequada Estas
podemcom
dentes descobertas
ser estabelecem
mantidos
Periodontite (7).em uma
funcionalidade (5). relação directa entre
Estas descobertas estabelecem os principai
uma
patógenos periodontais e
relação directa entre os principai as peri
implantites, colocando-se
patógenos periodontais e as assim
peri
algumas
implantites, questões de
colocando-se extrema
assim
importância:
algumas Será que
questões de paciente
extrema
susceptíveis a doença periodontal
importância: Será que paciente são
candidatos
susceptíveisaa perda
doençadeperiodontal
implantes sãopo
peri-implantite? Existe semelhança
candidatos a perda de implantes po
entre a flora microbiana
peri-implantite? Existe de dentes e
semelhança
implantes no mesmo paciente?
entre a flora microbiana de dentes Comoe
se distribui
implantes e constitui
no mesmo paciente?a Como
flora
Fig. 3 – Periodontite severa levando à perda
das peças dentárias
bacteriana de implantes colocados
se distribui e constitui a flora em
Fig. 3 – Periodontite severa levando à perda das peçaspacientes
Fig. 3 – Periodontite severa levando à perda dentárias com
bacteriana doença periodontal?
de implantes colocados em
das peças dentárias
pacientes com doença periodontal?

Fig. 5 – Peri-implantite do implant


Fig. 44 –– Aspecto
Aspecto clínico correspondente a 1.3
Fig. clínicodo
domesmo
mesmocaso
caso Fig. 5 – Peri-implantite do implant
Comprovou-se quedoa mesmo
Fig. 4 – Aspecto clínico microflora
caso associada a Não menos importante é a terapêutica
Implantes dentários
correspondente a 1.3 estáveis
Comprovou-se que a microflora
éassociada
compostaa essencialmente por cocos G(+), da com detecção rarauma devez que
Comprovou-se
espiroquetas, à
Implantes dentários
que a microflora
semelhança da flora Nãodoença
bacteriana demenosperi-implantar,
importante
dentes saudáveis é a (6).
terapêutica
estáveis
associada é composta
a implantes essencialmente
Implantes dentários cada
da implante
doença afectado põe
peri-implantar, uma emvez
risco
quea
Por
por outro lado,
cocoséG(+), com detecçãocom peri-
rara de mucosites e peri-implantites,
reabilitação protética têm
dopõeuma
doente. Desdea
estáveis
flora composta
microbiana rica essencialmente
em bactérias G(- ), em cada implante
detrimento de afectado
bactérias em risco
G(+),
espiroquetas,
porforma à com
cocosidêntica
G(+), semelhança
detecçãodarara
flora
de dentes como 1º
reabilitaçãoworkshop
protética europeu
do doente. Desde de
de
bacteriana de dentes ao que sucede
saudáveisda em
(6).flora
Por Periodontite
Periodontologia (7).
em 1994, em que
espiroquetas,
Estas à semelhança
descobertas estabelecem uma relaçãoo directa
1º entre
workshop europeu
os principais de
bacteriana de
patógenos dentes saudáveis
periodontais e as (6).
peri-Por Periodontologia em
implantites, colocando-se a s s i m 1994, em que
algumas questões de extrema importância: Será "#$%&'()!"#**+)#!,-.%*-
que pacientes
susceptíveis a doença periodontal são candidatos a perda de implantes
"#$%&'()!"#**+)#!,-.%*-
por peri-implantite? Existe semelhança entre a flora microbiana de dentes
e implantes no mesmo paciente? Como se distribui e constitui a flora
bacteriana de implantes colocados em pacientes com doença
periodontal?
Não menos importante é a terapêutica da doença peri-implantar, uma vez
que cada implante afectado põe em risco a reabilitação protética do
doente. Desde o 1o workshop europeu de Periodontologia em 1994, em
2
entre a flora microbiana de dentes e
implantes no mesmo paciente? Como
se distribui e constitui a flora
ontite severa levando à perda
ias
NEWSLETTER 1 de Janeiro de 2009 bacteriana de implantes colocados em
pacientes com doença periodontal?

Albrektsson & Isidor classificaram a


peri-implantite como um processo
inflamatório que afecta os tecidos em
volta de implantes osteointegrados
resultando em perda óssea, (8) que
várias terapêuticas têm vindo a ser
propostas para resolver o problema da
Fig.5 –5Peri-implantite
Fig. – Peri-implantite do correspondente
do implante implante a 1.3
clínico do mesmo caso
infecção peri-implantar,
correspondente a 1.3 e
que Albrektsson & dos
restabelecimento Isidortecidos
classificaram
peri- a peri-implantite como um processo
e que a microflora inflamatório
implantares. que afecta
Dentro os
das
Não menos importante é a terapêuticatecidos
várias em volta de implantes osteointegrados
Implantes dentários resultando
técnicas em perda
da doençadescritas, óssea,
a desinfecção
peri-implantar, (8) que
uma vez que
da várias terapêuticas têm vindo a ser
propostas Fig. 7 – remoção do tecido inflamatório
omposta essencialmente cada implante afectado põe em risco aa da infecção peri-implantar, e
superfície para resolver
peri-implantar o problema
e
+), com detecção rara de restabelecimento
regeneração óssea, dos
reabilitação protética dotecidos
adquirem peri-implantares.
particular
doente. Desde Dentro das várias técnicas
descritas, Colonização bacteriológica inicial de
à semelhança da flora 1º aworkshop
importância.
o desinfecção da superfície
europeu de peri-implantar a reneração óssea,
adquirem particular implantes osteointegrados
dentes saudáveis (6). Por Periodontologia em importância.
1994, em que
A adesão e agregação microbiana
foram amplamente estudadas na
"#$%&'()!"#**+)#!,-.%*-$ estrutura dentária, e o mesmo tem
sucedido, nos últimos anos, em
relação à superfície implantar
nomeadamente o titânio. Segundo
,-.%*-$ Mombelli, em pacientes edêntulos
com implantes transmucosos
osteointegrados, colocados em 1 só
tempo cirúrgico, a flora microbiana
forma-se muito rapidamente e é muito
Fig. 66– Incisão
Fig. – Incisão para
para tratamento
tratamento da da peri-
peri- implantite
implantite
semelhante à existente nas cristas
O objectivo desta pesquisa bibliográfica é comparar alveolares aadjacentes.
distribuição (9)dos
Cerca de
principais patógenos periodontais entre dentes 85% naturais com doença foram
dos microrganismos
O objectivo desta pesquisa
periodontal e implantes com doença peri-implantar, e também
identificados ao encontrar como
microscópio
bibliográfica é comparar a distribuição
na literatura um modelo terapêutico adequado cocos, epara 80% solucionar
como G(+).as Após os
dos principais patógenos periodontais
complicações resultantes de peri- implantites.primeiros seis meses da colocação dos
entre dentes naturais com doença
& Isidor classificaram a periodontal e implantes com doença implantes, não houve alterações
e como um processo peri-implantar, e também encontrar na significativas nestas percentagens, não
que afecta os tecidos em literatura um modelo terapêutico se visualizaram espiroquetas, e
plantes osteointegrados adequado para solucionar as raramente se detectou fusobacterium e
m perda óssea, (8) que complicações resultantes de peri- anaeróbios G(-) facultativos.
uticas têm vindo a ser implantites.
a resolver o problema da
peri-implantar, e
nto dos tecidos peri-
Dentro das várias
ritas, a desinfecção da "#$%&'()!"#**+)#!,-.%*-
Fig. 77 –
– remoção
remoçãododotecido inflamatório
peri-implantar e a Fig. tecido inflamatório
ssea, adquirem particular
Colonização bacteriológica inicial de
implantes osteointegrados
A adesão e agregação microbiana
foram amplamente estudadas na
3 estrutura dentária, e o mesmo tem
sucedido, nos últimos anos, em
NEWSLETTER 1 de Janeiro de 2009

Colonização bacteriológica inicial de implantes osteointegrados


! A adesão e agregação microbiana foram amplamente estudadas na
estrutura dentária, e o mesmo tem sucedido, nos últimos anos, em
"#$%&'()!"#**+)#!,-.%*-$
relação à superfície implantar, nomeadamente o titânio. Segundo
Mombelli, em pacientes edêntulos, com i m p l a n t e s t r a n s m u c o s o s ,
osteointegrados, colocados em 1 só tempo cirúrgico, a flora microbiana
forma-se muito rapidamente e é muito semelhante à existente nas cristas
alveolares adjacentes. (9) Cerca de 85% dos microrganismos foram
identificados ao microscópio como cocos, e 80% como G(+). Após os
primeiros seis meses da colocação dos implantes, não houve alterações
significativas nestas percentagens, não se visualizaram espiroquetas, e
raramente se detectou fusobacterium e anaeróbios G(-) facultativos.

são determinantes na colonização de


implantes dentários recém colocados
(13).

Aspectos microbiológicos da Peri-


implantite
Os primeiros dados relativos a
aspectos microbiológicos de peri-
implantite, foram reportados por Rams
e seus associados, em que verificou a
Fig. 88 ––Remoção
Fig. Remoção de detoda superfíciedodoimplante comexistência
todaa asuperfície de espiroquetas associadas
broca diamantada
implante com broca diamantada a peri-implantites. (14). Em 1987
Num outro estudo em pacientes edêntulos Mombelli com comparou
implantes a flora
Num outro estudo em pacientes microbiana
osteointegrados, cerca de 50% das bactérias cultivadas eram cocos de implantes com perda
edêntulos facultativos,
anaeróbios com 17%implantes óssea e bolsas
eram bacilos anaeróbios, superiores
apenas a 6mm, com
7% eram
osteointegrados,
bacilos anaeróbios cercaG(-),de 9%50% correspondiam
das implantes osteointegrados
a Prevotella Intermedianoemesmo
bactérias cultivadas eram cocos
Fusobacterium sp. Não se encontraram Porphyromonas gingivalis indivíduo, e registou várias diferenças,
e
anaeróbios facultativos,
espiroquetas. (10). 17% eram nomeadamente em relação à contagem
bacilos anaeróbios,
Noutro estudo, foram apenas 7% eramdados clínicos
recolhidos do e nº microbiológicos
de colónias de anaeróbicas
9
bacilos anaeróbios G(-), 9%
pacientes após o 4o e 5o ano após a colocação de implantes, em que com
correspondentes aos implantes
correspondiam
não houve diferenças a Prevotella entre os
significativas peri-implantite,
locais de colheita,que e as era
Intermedia e Fusobacterium sp.
microfloras de cada implante eram semelhantesNão significativamente superior
(11). Segundo aos
se encontraram Porphyromonas implantes
concluíram, as variações microbiológicas topográficas individuais são estáveis periodontalmente;
gingivalisem
maiores e espiroquetas.
indivíduos (10).parcialmente edêntulos, Verificou também a presença
sendo provavelmente os de
Noutro estudo, foram recolhidos dados
dentes remanescentes a principal fonte de espiroquetas, colonização dos bacilos e bactérias
implantes
clínicos e microbiológicos de 9 fusiformes associadas aos implantes
recém colocados (12). Isto significa que a flora microbiana dos dentes
pacientes após o 4º e 5º ano após a comprometidos; 41%dentários
dos organismos
adjacentes são determinantes na colonização de implantes
colocação de implantes, em que não cultivados eram bacilos G(-), e por
recém colocados (13).
houve diferenças significativas entre imunoflurescência indirecta detectou a
Aspectos microbiológicos da Peri- implantite
os locais de colheita, e as microfloras presença de fusobacterium sp e de P.
Os primeiros dados relativos a aspectos microbiológicos de peri-
de cada implante eram semelhantes gingivalis (15).
implantite, foram reportados por Rams e seus associados, em que
(11). Segundo concluíram, as Num outro estudo prospectivo de
verificou
variações a existênciamicrobiológicas
de espiroquetas associadas a peri-implantites. (14).
Mombelli, em 1988, documentou-se
Em 1987 Mombelli comparou
topográficas individuais são maiores a flora microbiana de implantes com
clínica e microbiologicamente o
perda óssea eparcialmente
em indivíduos bolsas superiores
edêntulos, a 6mm, com implantes osteointegrados
estado de infecção peri-implantar num
no mesmo indivíduo,
sendo provavelmente os dentes e registou várias diferenças,
estudo denomeadamente
um paciente comem implantes
relação à contagem
remanescentes do no fonte
a principal de colónias
de anaeróbicas correspondentes
múltiplos, através de aosanálises
implantes
colonizaçãocom dosperi-implantite,
implantes recém que era significativamente superior aos
quantitativas e qualitativas da flora
4 implantes
colocados estáveis
(12). Istoperiodontalmente;
significa que a microbiológica de implantes recém
flora microbiana dos dentes adjacentes colocados. Aos 120 dias foram
NEWSLETTER 1 de Janeiro de 2009

Verificou também a presença de espiroquetas, bacilos e bactérias


fusiformes associadas aos implantes comprometidos; 41% dos
organismos cultivados eram bacilos G(-), e por imunoflurescência
indirecta detectou a presença de fusobacterium sp e de P. gingivalis (15).
Num outro estudo prospectivo de Mombelli, em 1988, documentou-se
clínica e microbiologicamente o estado de infecção peri-implantar num
estudo de um paciente com implantes múltiplos, através de análises
quantitativas e qualitativas da flora microbiológica de implantes recém
colocados. Aos 120 dias foram registados os primeiros sinais clínicos de
infecção, incluindo formação de bolsas e de pus. A partir do dia 21,
começou a haver uma diminuição de células cócicas, com consequente
aumento do no de bacilos; O actinomyces odontolyticos foi o 1o a ser
detectado (dia 21), fusobacterium foi detectado ao dia 42; No dia no120
foram detectadas espiroquetas, havia uma bolsa de 6mm e exsudado
purulento; todos os outros implantes tinham sinais clínicos radiológicos e
microbiológicos normais (13).
,-.%*-$
Estes estudos sugerem que o que é denominado de peri-implantite, não é
mais do que um processo infeccioso com bactérias associadas, em tudo
semelhante à doença periodontal que ocorre em dentes naturais (13).
Também Sanz em 1990, comparando implantes estáveis e
periodontalmente comprometidos, verificou que a microflora dos
primeiros era maioritariamente G(+),em contraposição com a segunda
que era constituída essencialmente por bacilos G(-) anaeróbios, bactérias
de pigmento negro e de transporte. Becker através do método de P C R ,
detectou Actinobacillus actinomycetencomitans, P. intermédia e P.
gingivalis em 36 implantes com doença periodontal em 13 pacientes com
primeiros sinais clínicos diferentes
no que diztipos de implantes
respeito à presença(16).
de Mais recentemente, Botero e seus
incluindo formação de colaboradores, descreveram
bacilos entéricos, a microflora sub-gengival em lesões peri-
e P. gingivalis,
pus. A partir do dia 21, implatares,
sugerindo como
tambémsemelhante
os à de uma periodontite em dentes naturais
dentes
aver uma diminuição de no que diz respeito
adjacentes à área àdepresença de bacilos entéricos, e P . g i n g i v a l i s ,
lesão como
cas, com consequente sugerindo também os dentes
reservatório de bactérias (17). adjacentes à área de lesão como
nº de bacilos; O reservatório de bactérias (17).
odontolyticos foi o 1º a
(dia 21), fusobacterium
ao dia 42; No dia nº120
adas espiroquetas, havia
de 6mm e exsudado
dos os outros implantes
clínicos radiológicos e
os normais (13).
sugerem que o que é
de peri-implantite, não é
um processo infeccioso
Fig. 9
Fig. 9 –– Colocação
Colocaçãodede
membrana de colagénio
membrana de colagénio
s associadas, em tudo
doença periodontal que Outros estudos referem também na doença peri-implantar, a presença de
Outros estudos
Wolinella referem
recta, também
Bacilos na
entéricos, pseudomonas, espécies de
tes naturais (13).
doença peri-implantar, a presença de
bacteroides não pigmentadas, capnocytophaga sp., e também
z em 1990, comparando
áveis e periodontalmente staphylococci (18).Bacilos entéricos,
Wolinella recta,
os, verificou que a Em resumo de todos de
pseudomonas, espécies osbacteroides
dados disponíveis, pode-se dizer que parece
não pigmentadas,
haver diferençascapnocytophaga
microbiológicassp.,acentuadas entre implantes estáveis e
dos primeiros era
e também staphylococci (18).
implantes com periodontite. As bactérias anaeróbias G(-) estão
nte G(+), em
Em resumo de associadas
indubitavelmente todos os dadosao processo patológico peri-implantar,
com a segunda que era
disponíveis, pode-se dizer que parece
sencialmente por bacilos
5 de pigmento
os, bactérias
haver diferenças microbiológicas
acentuadas entre implantes estáveis e
ansporte. Becker através
NEWSLETTER 1 de Janeiro de 2009

assim como acontece na doença periodontal. Percebe-se também que as


espiroquetas são indicadoras de uma flora com características
maioritariamente anaeróbicas, que não é a ideal para a estabilidade
implantar. (13).

Tratamento de infecções peri- implantares


O interesse no tratamento de peri- implantites surgiu nos anos 90 do
século passado, foram publicados diversos estudos em animais, assim
como tratamentos e avaliações clínicos em humanos. Na
presente revisão bibliográfica descrevemos os vários métodos
utilizados no tratamento destas lesões.
Foram considerados para o tratamento de peri-implantites, em estudos
animais e humanos, a raspagem cega, raspagem a céu aberto, enxertos
ósseos, uso de membranas, uso de enxerto combinado com membrana.

Estudos em animais:
A maioria dos estudos utilizou uma ligadura indutora de lesão, e na
avaliação de resultados, consideraram a quantidade de osso formada em
volta do implante em alguns estudos e, noutros fizeram uma a n á l i s e
histológica para verificar a neoformação óssea e grau de osteointegração
(19).
Foram considerados vários métodos de desintoxicação da superfície peri-
implantar, o uso de antimicrobianos sistémicos e o tratamento cirúrgico.
Como resultado destes estudos, foi possível concluir que o tratamento
experimental de lesões peri- implantares, com base na
metodologia referida, não é totalmente eficaz (19). O uso de jacto de pó
abrasivo foi o único método utilizado, até à data, verdadeiramente eficaz
para a desinfecção da superfície peri- implantar, que permite posterior
neoformação óssea (19). O uso de metronidazol combinado com
amoxicilina foi a escolha mais utilizada, contudo não se pode concluir
nada acerca da sua eficácia, visto não haver estudos isolados
comparativos com a sua não utilização (19).
O uso de membranas e-PTFE submersas poderão ser o método de
tratamento mais eficaz, contudo os resultados são variáveis (19).
A combinação de enxertos ósseos com o uso de membrana não traz
benefícios aparentes para o tratamento (19).
È importante referir que as conclusões acima citadas foram tiradas de um
no limitado de estudos, cujas diferenças em termos de metodologia
tornaram difícil uma análise global de resultados (19).

Estudos em humanos:
Nos estudos seleccionados, foram considerados vários métodos de
tratamento para lesões peri-implantares com perda óssea em pacientes.
Foram considerados 6 estudos com utilização de raspagem cega sobre
implantes com lesão peri-implantar, num intervalo de 3 a 12 meses.
Como complemento da terapêutica, efectuaram-se ajustes oclusais e
utilizaram-se anti microbianos tópicos e sistémicos. Foram observadas
melhorias a curto prazo nos tecidos moles e houve regeneração óssea
evidente, embora não quantificada, em 5 dos seis estudos.

6
NEWSLETTER 1 de Janeiro de 2009

Mombelli e seus colaboradores trataram 30 lesões através do método de


curetagem cega, em que utilizaram fibras de tetraciclina como
complemento, e observaram-se melhorias clínicas através de um
período de 12 meses. Houve contudo 2 casos falhados (20).
Buchmann em 1996 e 1997 tratou 20 lesões através de raspagem cega e
com uso de antimicrobianos tópicos e sistémicos, em que 6 casos foram
,-.%*-$
considerados insucessos clínicos (21). Considerando estes resultados
pode-se concluir que o método de raspagem cega reduz a infecção
submucosa, e melhora a condição de peri-implantite a curto prazo,
contudo ocorrem casos insucesso clínico (19).
Apenas 1 caso foi reportado em que foi feita uma raspagem a céu aberto,
com osteoplastia e posicionamento apical, em que houve melhoria dos
tecidos moles.
Com a utilização de enxertos ósseos como forma de tratamento de peri-
implantite, foram encontrados 8 estudos, nos quais se utilizou osso
autógeno, osso alógeno desmineralizado, osso b o v i n o i n o r g â n i c o e
uve regeneração óssea hidroxiapatite.
verificou uma Todos os estudos
redução notável utilizaram
de uma abordagem cirúrgica não
ora não quantificada, em submersa
profundidadedos
deimplantes, fazendo reposicionamento do retalho. Behneke
bolsas, e regeneração
dos. et al, apresentou vários casos
óssea. Foram no entanto verificados com
2 uso de enxertos de osso autógeno,
seus colaboradores com
casosfollow up de 3 anos
de insucesso e 4em que de
casos
sões através do método verificou uma redução notável de profundidade de bolsas, e regeneração
deiscência óssea na zona de enxerto
cega, em que utilizaram óssea.
(22). Foram no entanto verificados 2 casos de insucesso e 4 casos de
tetraciclina como deiscência óssea na zona de enxerto (22).
e observaram-se
nicas através de um
meses. Houve contudo 2
(20).
m 1996 e 1997 tratou 20
de raspagem cega e com
microbianos tópicos e
m que 6 casos foram
nsucessos clínicos (21).
estes resultados pode-se
o método de raspagem
Fig. 10
Fig. 10 –– Encerramento
Encerramento dodo
retalho
retalho
infecção submucosa, e
dição de peri-implantite O uso de outros materiais de enxerto como hidroxiapatite ou osso
O uso de bovino
orgânico outros materiais
também de enxerto bons resultados clínicos, contudo
apresenta
contudo ocorrem casos
como hidroxiapatite
existem poucos casos ou osso orgânico
reportados.
co (19).
bovino também apresenta
Pode então concluir-se que esta bons
técnica é efectiva no tratamento de peri-
o foi reportado em que
resultados clínicos, contudo existem
implantites e preenchimento de defeitos ósseos em volta da superfície
raspagem a céu aberto,
poucos casos
implantar, reportados.
contudo foram também reportados insucessos clínicos (19).
stia e posicionamento
Pode então concluir-se
O uso de membranas e-PTFE que no estatratamento de peri-implantites também
ue houve melhoria dos
técnica é efectiva no tratamento
está descrito na literatura. Nos estudos de reportados, apenas num caso se
peri-implantites e preenchimento de
utiliza a técnica submersa; Para a desinfecção da superfície implantar
ção de enxertos ósseos
defeitosmétodos
vários ósseos emsão voltautilizados
da superfície
e os antimicrobianos são utilizados em
de tratamento de peri-
implantar, contudo foram também
todos os estudos. Foram reportados vários casos de exposição de
oram encontrados 8
reportados insucessos
membrana clínicosinsucesso
e consequente (19). clínico (23). Pode-se concluir, pelos
quais se utilizou osso
O uso de membranas e-PTFE no
estudos efectuados, que o uso de membranas e-PTFE nas lesões peri-
osso alógeno
tratamento deapresenta
implantares peri-implantites também nos defeitos ósseos assim como boa
regeneração
do, osso bovino
está descrito na literatura.
condição dos tecidos moles (19). Nos estudos
hidroxiapatite. Todos os
Oreportados, apenas num caso
uso de Membranas e-PTFEse utiliza
combinado com enxerto ósseo, é também
aram uma abordagem
a técnica submersa; Para a desinfecção
um método amplamente descrito. Foram seleccionados 10 estudos em
submersa dos implantes,
da superfície implantar vários métodos
icionamento do retalho.
7 vários casos são utilizados e os antimicrobianos são
apresentou
utilizados em todos os estudos. Foram
xertos de osso autógeno,
NEWSLETTER 1 de Janeiro de 2009

que foram utilizados vários tipos de enxertos, e vários tipos de


membranas. A técnica mais utilizada foi a de membrana submersa e
foram utilizados antimicrobianos em 6 dos 10 estudos. Uma das
complicações mais frequentes foi a exposição prematura da membrana
utilizada.
Segundo Hás, que utilizou esta técnica, verificou-se radiograficamente
um crescimento ósseo de 2mm em vários casos, apesar de na maior
parte destes ter ocorrido exposição prematura das membranas utilizadas.
Os dados indicam que quanto mais tempo as membranas
estiverem submersas, mais crescimento ósseo se v e r i f i c a ,
contudo, quanto mais tempo uma membrana permanece exposta, menos
osso regenerado se consegue (24).
De entre os estudos disponíveis, pode- se concluir que o uso da técnica
combinada de membranas e enxertos ósseos, para o tratamento de
lesões peri-implantares, em comparação com cada uma das técnicas
isoladas, não
apresenta vantagens significativas. Um estudo publicado em 2001 de
Khoury & Buchmann, avalia o uso de enxertos ósseos autógenos
isoladamente e em combinação com o uso de membranas e-PTFE, pela
técnica submersa, em que se registaram regenerações ósseas de 2 a
3mm sem diferenças significativas entre os grupos de estudo. Observou-
se também complicações relativamente à exposição de membranas em
60% dos casos, enquanto que utilizando a técnica isolada de enxerto não
se verificaram incidentes, sugerindo que o uso da técnica combinada com
membrana, em relação ao uso de enxerto ósseo autógeno isolado não
trás benefícios terapêuticos (25).
Conclusão:
A perda de aderência é o maior factor de risco no estabelecimento de
doença periodontal, (26) assim como na doença peri-implantar, que por
sua vez é causada pelas espécies bacterianas patogénicas da flora sub
gengival periodontal e peri-implantar. Foi possível verificar que a principal
fonte bacteriana colonizadora de implantes osteointegrados, são os
dentes remanescentes adjacentes, (12, 17) sendo as suas microfloras
semelhantes. Do mesmo modo, em situações de peri-implantite, o s
patógenos predominantes também estão presentes na doença
periodontal crónica, sendo que pacientes com história clínica de
periodontite, têm maior probabilidade de desenvolver peri-implantite (13).
É no entanto consensual que mais estudos se devem realizar para
melhor conhecer o papel de alguns patógenos no desenvolvimento de
periodontite, assim como a susceptibilidade do hospedeiro e sua
predisposição genética para a doença.
Os estudos efectuados em animais indicam que a regeneração óssea,
em situações de lesão peri-implantar, é possível, incluindo o crescimento
ósseo directamente sobre a superfície implantar (reosteointegração).
Sendo estas as principais elações retiradas dos estudos em animais,
estes poderão contribuir mais num futuro próximo, nomeadamente no
estudo da desinfecção da superfície implantar no tratamento de peri-
implantites, e na resposta a diversas questões biológicas relacionadas
com a doença.

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NEWSLETTER 1 de Janeiro de 2009

Os estudos efectuados em humanos descritos na literatura, são muito


úteis para a análise das diversas técnicas utilizadas no tratamento de
peri- implantites. Apesar de a curto prazo uma redução da infecção
submucosa resultar numa melhoria da lesão peri- implantar, os estudos
indicam que os procedimentos regenerativos em peri- implantites podem
resultar em neoformação óssea. De entre os diversos estudos
publicados, podem-se tirar varias conclusões, no entanto, estas devem
ser consideradas empíricas, devido ao facto de os casos disponíveis
serem insuficientes em no quando estudados na comparação
directa das diversas formas de tratamento. É consensual que a higiene
oral é fundamental na manutenção do tratamento de peri- implantites,
assim como uma
correcta distribuição das cargas oclusais através dos ajustes necessários.
A curetagem supra e sub gengival, deverá sempre fazer parte da terapia
inicial, assim como o uso de antimicrobianos tópicos e sistémicos. Em
casos em que haja perda óssea horizontal, em que a terapia inicial não
resulte em melhorias clínicas, deverá proceder-se a curetagem com
abertura de retalho em combinação com regeneração óssea por enxerto
(19). Continuam no entanto a persistir algumas incertezas em relação ao
tratamento da doença peri-implantar, nomeadamente em relação á
relativa importância da terapêutica de raspagem isolada e à verdadeira
eficácia do uso de antimicrobianos tópicos e orais como complemento da
mesma. É também necessário estabelecer um método adequado de
desinfecção da superfície peri- implantar dos diversos tipos de implantes
existentes no mercado. Com os estudos disponíveis ainda não se pode
concluir quanto ao método regenerativo mais eficiente na peri- implantite,
pelo que será necessário efectuar mais estudos para o seu
estabelecimento, no entanto não será muito realista esperar mais
estudos, sobre o tratamento de peri-implantites, num futuro próximo, pois
não é fácil encontrar amostras com no de casos suficientes para se poder
comparar os vários métodos de tratamento (19).

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NEWSLETTER 1 de Janeiro de 2009
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