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Gramática

Novembro 24, 2008 — Caetano Barata

Acentuação Gráfica

A Nova Norma Ortográfica está chegando - Depois de tanta badalação. Assina ou não
assina, está assinado.

Acentuação - Nova Regra. Como Será?


Ditongos abertos (ei, oi) não são mais acentuados em palavras paroxítonas
assembléia, platéia, idéia, colméia, boléia, panacéia, Coréia, hebréia, bóia, paranóia, jibóia, apóio,
heróico, paranóico
Viraram:
assembleia, plateia, ideia, colmeia, boleia, panaceia, Coreia, hebreia, boia, paranoia, jiboia, apoio,
heroico, paranoico
obs: nos ditongos abertos de palavras oxítonas e monossílabas o acento continua: herói, constrói, dói,
anéis, papéis.
obs2: o acento no ditongo aberto ‘eu’ continua: chapéu, véu, céu, ilhéu.
REGRAS BÁSICAS
Devem ser acentuados os MONOSSÍLABOS (palavras de uma só sílaba) TÔNICOS terminados em “a”,
“e”, “o”, seguidos ou não de s: pá, pé, nó, pás, pés, nós, etc.
Observação: Os monossílabos tônicos, terminados em “z”, assim como todas as outras palavras da
língua portuguesa terminadas com essa mesma letra, não são acentuados: luz, giz, dez… (compare os
seguintes parônimos: nós/noz, pás/paz, vês/vez).
Também os monossílabos tônicos, terminados em “i” e “u”, não recebem acento gráfico: pai, vai, boi,
mau, pau, etc.

OXÍTONAS
Acentuam-se as palavras oxítonas terminadas em “a”, “e”, “o”, seguidas ou não de s; e também com as
terminações “em” e “ens”.
Exemplos: cajá, café, jiló, bebê, robô, armazém, alguém, reféns, etc.
Observações:
1. As formas verbais terminadas em “a”, “e” e “o”, seguidas dos pronomes la(s) ou lo(s) devem ser
acentuadas. Exemplos: encontrá-lo, recebê-la, dispô-los, amá-lo-ia, vendê-la-ia, etc.
2. Não se acentuam as oxítonas terminadas em:
_ az, ez, iz, oz, uz - capaz, tenaz, talvez, altivez, juiz, raiz, feroz, capuz, avestruz…;
_ i(s) - Anhembi, Parati, anis, barris, dividi-lo, adquiri-las…;
_ u(s) - caju, pitu, zebu, Caxambu, Bauru, Iguaçu, Bangu, compus…;
_ or - ator, diretor, detetor, condor, impor, compor, compositor…;
_ im - ruim, capim, assim, aipim, folhetim, boletim, espadachim…;

PAROXÍTONAS
Não são acentuadas as paroxítonas terminadas em “a”, “e”, “o”, seguidas ou não de s; e também as
finalizadas com “em” e “ens”.
Exemplos: cama, seda, flecha, rede, sede, pote, ovo, coco, bolo, garagem, ferrugem, idem, item,
nuvens, imagens, viagens, etc.
São acentuadas as paroxítonas terminadas em:
_ r / x / n / l (Dica: Lembre-se das consoantes da palavra RouXiNoL)
Exemplos: mártir, fêmur, fácil, útil, elétron, tórax, córtex, etc.
Observação: Entretanto, palavras como “pólen”, “hífen”, quando no plural (polens, hifens), não recebem
o acento gráfico, porque nesta forma elas são regidas pela regra anterior. A palavra “hífen” possui ainda
um outro plural que, no caso, é acentuado por ser proparoxítono: “hífenes”.
_ i / is
Exemplos: júri, cáqui (cor), lápis, miosótis, íris, tênis, cútis, etc.
Observação: Os prefixos paroxítonos, mesmo terminados em “i” ou “r”, não são acentuados. Exemplos:
semi, anti, hiper, super, etc.
_ ã / ão (seguidas ou não de S)
Observação: O til não é considerado acento gráfico, e sim uma marca de nasalidade.
Exemplos: ímã (ímãs), órfã (órfãs), órfão (órfãos), bênção (bênçãos) etc.
_ ôo / ôos
Exemplos: vôo, enjôo, abençôo, perdôo, etc.
_ ps
Exemplos: bíceps, fórceps, etc.
_ us / um / uns
Exemplos: vírus, bônus, álbum, álbuns, etc.
_ ditongos orais, crescentes ou decrescentes, seguidos ou não de s.
Exemplos: água, mágoa, ódio, jóquei, férteis, fósseis, fôsseis, túneis, úteis, variáveis, área, série, sábio,
etc.

PROPAROXÍTONAS
Todas as palavras proparoxítonas são acentuadas.
Exemplos: lâmpada, côncavo, lêvedo, pássaro, relâmpago, máscara, árabe, gótico, límpido,
louvaríamos, devêssemos, pêndulo, fôlego, recôndito, cândido, etc.

Acentuação Gráfica
REGRAS GENÉRICAS
Além dessas regras vistas acima, que se baseiam na posição da sílaba tônica e na terminação, existem
outras que levam em conta aspectos específicos da sonoridade das palavras.
Assim, são acentuadas as palavras com as seguintes características:
A) Quando possuírem ditongos abertos em sílaba tônica como “ei”, “eu”, “oi”, seguidos ou não de s.
Exemplos: anéis, geléia, céu, chapéu, herói, heróico, anzóis, etc.
Observações:
1. Atente-se que se esses ditongos abertos não estiverem na sílaba tônica da palavra, eles não serão
acentuados. Exemplos: pasteiZInhos, chapeuZInho, anzoiZInhos, etc.
2. Se o ditongo apresentar timbre fechado, não haverá acento como em azeite, manteiga, judeu, hebreu,
apoio, arroio, comboio, etc. Isso só vale para os ditongos “ei”, “eu” e “oi”, porque só com esses três
ditongos pode haver a variação aberto/fechado. O ditongo “au”, por exemplo, é sempre aberto (grau,
nau, degrau, pau); por isso nunca será necessário diferenciá-lo de nada, ou seja, não será necessário
acentuá-lo.
3. Em livros, jornais e outras publicações portuguesas em geral, só se verifica o acento nos ditongos “eu”
e “oi”, quando abertos e tônicos. No Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea, publicado em
2001 pela Academia das Ciências de Lisboa, vocábulos como “herói”, “jóia”, “céu” e “véu”, por exemplo,
aparecem com acento agudo, o que não acontece com “assembleia”, “ideia”, “geleia”, “traqueia”, etc. E
palavras como “enjôo” e “vôo”, acentuadas no Brasil, em Portugal são escritas sem acento (”enjoo”,
“voo”).
B) Quando a segunda vogal do hiato for “i” ou “u” tônicos, acompanhados ou não de s, haverá acento:
saída, proíbo, faísca, caíste, saúva, viúva, balaústre, país, baú, Gravataí, Grajaú, juízes, raízes, etc.
Esta regra aplica-se também às formas verbais seguidas de lo(s) ou la(s): possuí-lo, distribuí-lo,
substituí-lo, atraí-la, construí-los…
Observações:
1. Quando a vogal “i” ou a vogal “u” forem acompanhadas de outra letra que não seja s, não haverá
acento: paul, Raul, cairmos, contribuinte…;
2. Se o “i” for seguido de “nh”, não haverá acento como em: rainha, moinho, tainha, campainha, etc;
3. As formas verbais “possui”, “sai”, “cai”, por exemplo, podem ou não aparecer acentuadas. Se forem a
terceira pessoa do singular do presente do indicativo dos verbos possuir, sair, cair, elas não levarão
acento: Ele/Ela possui, sai, cai. Se, no entanto, forem a primeira pessoa do singular do pretérito perfeito,
as formas serão acentuadas: Eu possuí, saí, caí./
C) Quando certas palavras possuírem as formas “gue”, “gui”, “que”, “qui”, onde o “u” é pronunciado (sem
constituir, porém, um hiato) como no caso de “averigüemos”, “agüentar”, “lingüiça”, “seqüestro”, “eqüino”,
“eqüilátero”, “freqüente”, “conseqüentemente”, “delinqüente”, “tranqüilo”, “tranqüilidade”,
“qüinquagésimo”, “qüinqüenal”, “enxágüem”, “pingüim”, “argüição”, “ambigüidade”, esse “u”, que é átono,
receberá o trema. No entanto, quando o “u” for tônico, ele levará um acento agudo como em “averigúe”,
“argúe”, “obliqúe”, etc.
D) Existem ainda palavras com a possibilidade de dupla pronúncia, possuindo assim dupla possibilidade
de acentuação, são elas:
liquidificador/liqüidificador
líquido/líqüido
liquidação /liqüidação
sanguíneo/sangüíneo
sanguinário/sangüinário
equidistante/eqüidistante
antiguidade/antigüidade
antiquíssimo/antiqüíssimo
equidade/eqüidade
equivalente/eqüivalente
http://intervox.nce.ufrj.br/~edpaes/acentuar.htm

Gramática (do Grego transliterado grammatiké, feminino substantivado de grammatikós), é a “arte de ler
e de escrever”, (pelo Latim grammatica, com o mesmo significado, Ferreira, Aurélio Buarque de
Holanda). Segundo um Dicionário da língua portuguesa: é o conjunto de regras individuais usadas para
um determinado uso de uma língua, não necessariamente o que se entende por seu uso “correto”. É
ramo da Lingüística que tem por objetivo estudar a forma, a composição e a inter-relação das palavras
dentro da oração ou da frase, bem assim o seu apropriado ou correto uso.
A baixo e abaixo
A baixo emprega-se em locuções adverbiais como de alto a baixo e de cima a baixo.
Abaixo pode ser:
a)a primeira pessoa do presente do indicativo do verbo abaixar: eu abaixo os olhos;
b)advérbio com significação de na parte inferior, inferiormente: estou logo abaixo do patrão;
c)uma interjeição (exclamação de protesto ou de reprovação): Abaixo as armas!
Com quanto e conquanto
Com quanto exprime quantidade: com quanto entraste para o clube?
Conquanto é conjunção e significa se bem que, posto que, embora, não obstante: conquanto me custe,
tenho que ir já; tenho dinheiro, conquanto seja pouco.
Com tanto e contanto
Com tanto exprime quantidade ou valor: ele não pode com tanto trabalho.
Contanto, seguido de que, é uma locução conjuntiva e significa dado que, desde que, desmente: irei ao
Brasil, contanto que possa regressar com certa brevidade.
Com tudo e contudo
Com tudo tem o significado de com todas as coisas: tu não aguentas com tudo.
Contudo é uma conjunção e significa todavia, apesar de, no entanto, não obstante, porém: parecia bem
e, contudo, andava triste.
De baixo e debaixo
De baixo é o conjunto da preposição de e do adjectivo baixo: ele não tem nada de baixo: mede 2,00 m.
Debaixo é advérbio e equivale a em lugar inferior e é normalmente seguido da preposição de: o banco
está debaixo da árvore.
Em muitos casos a locução prepositiva equivale a sob: o navio quase se afundava debaixo do temporal;
servir debaixo das minhas ordens; debaixo de juramento.
Quando entra em funções o adjectivo baixo a qualificar o substantivo seguinte, faz-se a separação:
demonstrou ser um indivíduo de baixo carácter; era um cavalo de baixo andamento.
Baixo usa-se como advérbio por oposição a cima: pintei a parede de baixo para cima.
De mais e demais
De mais é uma locução que significa demasiado, excessivamente e opõe-se a de menos: temos dinheiro
de mais.
Demais pode ser:
a)substantivo com o sentido de os outros: eu e os demais;b)advérbio com o sentido de além disso:
demais, não fui convidado.
De trás e detrás
De trás emprega-se com o sentido temporal: este costume já vem de trás.
Detrás é advérbio e significa na parte posterior, posteriormente: detrás da casa; por detrás de.
Em quanto e enquanto
Em quanto exprime quantidade: em quanto importou a obra?
Enquanto é conjunção e entra na composição da locução por enquanto: enquanto eu escrevia, tu lias um
livro.
Onde, aonde, donde, para onde
No emprego de onde e aonde (a + onde) é preciso não esquecer as regras impostas pela lógica
gramatical:
a)onde emprega-se quando há quietação: onde tu moras; b)aonde emprega-se quando há movimento
transitório (com pouca demora): (aonde eles vão;c)donde exprime movimento de: sabe donde vem;
d)para onde exprime movimento para (definitivo): não disse para onde ia.
Por quanto e porquanto
Por quanto exprime quantidade, preço: não sabe por quanto tempo fica aqui; por quanto vendeste o
carro?
Porquanto é conjunção e designa causa, equivalendo a visto que, por isso que, porque: aguardo a tua
chegada, porquanto então poderemos falar tranquilamente.
Por que e porque
Há diferença entre por que e porque, isto é, entre a sucessão ocasional do pronome relativo que à
preposição por e a conjunção causal composta.
Por que escreve-se em duas palavras:
a)nas frases interrogativas: por que fazes isso?b)quando o por pode ser substituído por para: fazemos
votos por que assim aconteça; c)quando o que possa ser substituído por pelo(a) qual, pelo(a)s quais e
esteja expressa ou subentendida a razão: eis a razão por que não consegui dormir; eis por que nos
devemos vestir.
Porque escreve-se junto (numa só palavra) quando for:
a)conjunção causal, equivalente a visto que: estudemos muito porque isso é vantajoso para
nós;b)conjunção final, significando a fim de que: e, porque não nos roubem esta alegria, guardaremos
segredo por algum tempo;c)substantivo: o porque das coisas.
Por tanto e portanto
Por tanto exprime preço ou quantidade e emprega-se quando se lhe segue um substantivo: vendi a
mercadoria por tanto; empresto-te o meu relógio por tanto tempo quanto o desejares.
Portanto é conjunção e significa por isso, por conseguinte: não almoçaste, portanto deves estar com
fome.
Se não e senão
Se não é:
a)a conjunção se e o advérbio não: se não tomar este remédio, vou morrer; b)equivalente a se é que
não: levará meses, se não anos.
Senão pode ser:
a)conjunção explicativa, equivalendo a quando não: escreve a carta senão terás chatices; b)conjunção
condicional, significando a não ser: não chegarás ao cimo senão subindo as escadas;c)advérbio de
exclusão, equivalendo a só: não tenho senão dois casacos;d)substantivo: só havia um senão;
e)elemento das locuções conjuncionais senão que (= mas antes) e adverbial senão quando (=eis que,
de repente).
Sobre tudo e sobretudo
Sobre tudo emprega-se quando na oração estiverem bem diferenciadas as acepções da preposição
sobre (em cima de; depois de; além de, acerca de) e do pronome indefinido tudo (a totalidade do que
existe; aquilo que é essencial): sobre tudo colocou o casaco.
Sobretudo pode ser:
a)substantivo: o sobretudo assentava-lhe bem;b)advérbio, significando acima de tudo, especialmente:
sobretudo, não faltes ao serviço.
Vejam-se estes dois exemplos:
Foram, sobretudo, as suas considerações sobre tudo quanto observara que impressionaram o auditório.
Ponha o sobretudo com cuidado sobre tudo quanto está em cima da mesa.
Afim e a fim
Escreve-se numa só palavra o adjectivo afim (que designa predisposição, afinidade ou parentesco).
Escreve-se separada a locução adverbial a fim (que significa no intuito de, para)
ela não estava afim dessa bricadeira, por isso fazia tudo a fim de boicotar a boa disposição.
fonte: wikipédia

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