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A Escolástica Pré-Tomista
Características Gerais
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A Escolástica Pré-Tomista http://www.mundodosfilosofos.com.br/escolastica.htm
Carlos Magno pretendia dar uma unidade interior, espiritual, ao seu vasto e vário império
e, portanto, educar intelectual, moral e religiosamente os povos bárbaros que o
constituíam. Deste modo restauraria a civilização e a religião, a cultura clássica e o
catolicismo e lhes daria incremento. Para tanto, o meio natural eram as escolas, e o clero
se apresentava como o mais apto e preparado docente, quer pelo seu imanente caráter
de mestre do povo, quer pela cultura de que era dotado. Na intenção de Carlos Magno,
complexo devia ser o papel das escolas, que ele ia fundando e desenvolvendo: formar,
antes de tudo, mestres adequados para as escolas, isto é, um clero culto; educar, em
seguida, a massa popular, seu escopo final; preparar uma classe dirigente em geral e,
em especial, os funcionários do império.
Havia nos mosteiros beneditinos escolas monásticas, surgidas da própria exigência de
uma observância adequada da Regra de São Bento. Paulatinamente espalharam-se
também as escolas episcopais, imitações atualizadas das escolas catequéticas do
cristianismo primitivo. As escolas monásticas dos mosteiros visavam, antes de tudo, a
formação dos monges futuros (escolas internas), e, depois, a formação dos leigos cultos
(escolas externas), proporcionando, ao mesmo tempo, o ensino religioso e os rudimentos
das ciências profanas. O programa de ensino era, inicialmente, bastante elementar:
leitura, aprender a escrever, canto orfeônico e um tanto de aritmética. As escolas
episcopais - que surgem nas cidades, ao passo que as escolas monásticas surgem nos
mosteiros afastados das cidades - visavam, em especial, a formação do clero secular e
também de leigos instruídos, para a vida civil. Presidia a estas escolas um eclesiástico
chamado scholasticus , dependente diretamente do bispo, donde o nome de escolástica
à doutrina e, por conseguinte, à filosofia ensinadas. Os docentes eram também
eclesiásticos e denominados também scholastici . Carlos Magno dará muito incremento a
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ambas as escolas e, ademais, fundará junto da corte imperial a assim chamada escola
palatina , que pode ser considerada como a primeira universidade medieval.
Mencionamos também como, com o correr do tempo, no âmbito das paróquias, as
escolas paroquiais, destinadas a ensinar ao povo os primeiros elementos do saber.
Para elaborar o seu vasto plano de política escolar, Carlos Magno chamou à corte
Alcuíno (735-804, mais ou menos), que veio da Inglaterra, o viveiro da cultura naquela
época. E sob a sua inspiração, a partir do ano 787, foram emanados os decretos
capitulares para a organização das escolas, enquanto o douto inglês ditava-lhes o
programa relativo, que se espalhou pelo vasto império e perdurou invariado, podemos
dizer, durante toda a Idade Média.
O programa de Alcuíno abraçava as sete artes liberais, de que acima falamos,
repartidas no trívio e no quadrívio. O trívio abraçava as disciplinas formais: gramática,
retórica, dialética, esta última desenvolvendo-se, mais tarde, na filosofia; o quadrívio
abraçava as disciplinas reais: aritmética, geometria, astronomia, música, e, mais tarde, a
medicina.
Sob a direção de Alcuíno, foi constituída junto da corte de Carlos Magno a famosa
escola palatina . Nela ensinaram os homens mais famosos da época, como, por
exemplo, o historiador Paulo Diácono, o gramático Pedro de Pisa, o teólogo Paulino de
Aquiléia. Freqüentavam esta escolas o próprio imperador, os príncipes e os jovens da
nobreza. Outras escolas surgiram, em seguida, especialmente na França, modeladas na
escola palatina.
Ao lado desta instrução e educação eclesiásticas, ministradas por eclesiásticos e,
sobretudo, a eclesiásticos, temos na Idade Média uma educação militar, ministrada por
militares e a militares; a Igreja, bem cedo, imprimiu também a esta educação uma
orientação ética, religiosa, católica. Como é sabido, o feudalismo é uma organização
social, política, econômica, militar, inicialmente baseada na força, segundo o espírito dos
bárbaros dominadores.
A Escolástica Pré-Tomista
Os Séculos IX e X:
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Deus);
4°. - A natureza que não é criada e não cria (isto é, Deus, concebido, porém, como
ômega , termo, fim da realidade, e não como alfa , princípio). Como se vê, as fases
primeira e Quarta coincidem (Deus = não criado), bem como coincidem as fases
Segunda e terceira (mundo = criado).
O problema dos universais , isto é, do valor dos conceitos, das idéias, problema que tão
cedo e tão longamente interessou a escolástica, teve uma solução radical no pensamento
escotista. Que valor têm os conceitos, que são universais, em relação e enquanto
representativos das coisas, que são, ao contrário, particulares? O problema tem uma
importância fundamental filosófica, não apenas lógica e dialética, mas também
gnosiológica e metafísica.
As soluções desse problema oferecidas pela escolástica são substancialmente, três: a
solução chamada do realismo transcendente (platônica); a solução do realismo
moderado, imanente (aristotélica); a solução nominalista.
Segundo a solução do realismo transcendente , o universal, a idéia de uma realidade em
si, não existe apenas fora da mente, mas também fora do objeto (universal ante rem ): -
é a solução platônica, geralmente adotada pela escolástica incipiente. Segundo a solução
do realismo moderado , imanente, o universal tem em si uma realidade objetiva, fora da
mente, mas é imanente nos objetos singulares de que é essência, forma, princípio ativo
(universal in re ): - corresponde à posição aristotélica, com a doutrina da forma que
determina a matéria. A solução conceptualista-nominalista sustenta que o universal não
tem nenhuma existência objetiva, mas apenas mental (universal post rem ), ou até
puramente nominal (nominalismo) - no mundo clássico esta posição é defendida pelos
sofistas, estóicos, epicuristas, céticos, isto é, pelas gnosiologias empirista e sensitista.
Os Séculos XI e XII:
Místicos e Dialéticos
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