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1. Livro de Meditaçõ es e Oraçõ es de Santo Anselmo
2. As Devoçõ es de Santo Anselmo
3. Proslogium; Monó logo; Um apê ndice em nome do tolo
por Gaunilon; e Cur Deus Homo
Livro de Meditaçõ es e Oraçõ es de Santo Anselmo
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1. Introduçã o
2. Primeira Meditaçã o: Da Dignidade e da Ai da Propriedade
do Homem.
3. Segunda Meditaçã o: Do Julgamento Terrı́vel: Para
Despertar o Medo em Si Mesmo.
4. Terceira Meditaçã o: Um lamento de virgindade
tristemente perdida.
5. Quarta Meditaçã o: Ensinando o Pecador a Melhorar a Si
Mesmo pela Emenda de Seus Pecados.
6. Quinta Meditaçã o: [§ 22] Sobre a Vida da Alma e da Carne,
[§ 23] E Da Gló ria da Boa Alma, [§ 24] E A Misé ria Da
Alma Perversa, Em Sua Partida Do Corpo.
7. Sexta Meditaçã o: Concebida para preparar o coraçã o
contra o desespero, pois sem dú vida encontraremos a
verdadeira misericó rdia para todos os nossos pecados se
izermos a verdadeira penitê ncia.
8. Sé tima Meditaçã o
9. Oitava Meditaçã o: O Discurso do Penitente a Deus Seu Pai.
10. Nona Meditaçã o: Da Humanidade de Cristo.
11. Dé cima Meditaçã o: [§ 50.] Da Paixã o de Cristo.
12. Dé cima Primeira Meditaçã o: Da Redençã o da
Humanidade.
13. Dé cima Segunda Meditaçã o: Da Humanidade de Cristo.
14. Dé cima Terceira Meditaçã o: De Cristo.
15. Dé cima Quarta Meditaçã o
16. Dé cima quinta meditaçã o: da memó ria dos benefı́cios
passados de Cristo, da experiê ncia dos benefı́cios
presentes e da esperança do futuro.
17. Dé cima Sexta Meditaçã o: Dos Benefı́cios Presentes de
Deus.
18. Dé cima Sé tima Meditaçã o: Dos Futuros Benefı́cios de
Deus.
19. Dé cima Oitava Meditaçã o: Açã o de Graças pelos
Benefı́cios da Divina Misericó rdia e Oraçã o pela
Assistê ncia Divina.
20. Dé cima nona meditaçã o: da doçura da divina majestade e
de muitas outras coisas.
21. Vigé sima Meditaçã o
22. Vigé sima Primeira Meditaçã o: [§ 103. A Alma do Homem
Incitada a Buscar e Encontrar Seu Deus. A mente
despertada para a contemplaçã o de Deus.]
Livro de Meditaçõ es e Oraçõ es de Santo Anselmo
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T
HE Sé de Canterbury, em um perı́odo de pouco mais de cem
anos, foi ocupada por trê s dos maiores santos da Inglaterra —
St. Anselmo, Sã o Tomá s e Sã o Edmundo. Esses trê s,
maravilhosos em sua perfeiçã o, cada um distinto do outro, e nos dons
que constituı́am essa perfeiçã o, tinham todos uma tarefa, que era
reivindicar a liberdade e a pureza da Igreja pelo sofrimento, pelo exı́lio
e, embora apenas um recebeu a coroa do má rtir, pelo sacrifı́cio da
vontade de um má rtir. No entanto, quã o variadamente o Espı́rito Santo
os amadureceu e os formou! A principal perfeiçã o de Santo Anselmo foi
a iluminaçã o do intelecto especulativo pelos dons da ciê ncia e do
entendimento: a de Sã o Tomá s, a elevaçã o e grandeza da vontade pela
fortaleza e santo temor; a de Sã o Edmundo, a santi icaçã o do intelecto
prá tico pela os dons do conselho e da sabedoria.
Mas por que dizer que você foi criado à Sua Imagem, quando,
como o Apó stolo testi ica, você é de fato Sua Imagem? 'O homem', diz
ele, 'nã o deve cobrir a cabeça, porque ele é a imagem e gló ria de Deus' (
1 Cor. xi. 7 ).
Sim, de fato, você foi criado para isso; louvá -lo e louvá -lo sem im;
que você entã o entenderá mais completamente quando, extasiado pela
visã o abençoada de Si mesmo, você verá que por Sua bondade ú nica e
gratuita você , quando você nã o era, foi criado do nada; tã o abençoado, e
para tal felicidade indescritı́vel criada; criado, chamado, justi icado,
glori icado. Tal contemplaçã o te dará um amor incansá vel de louvá -Lo
sem im; de quem, e por meio de quem, e em quem você se alegrará em
ser abençoado com bê nçã os tã o grandes e tã o imutá veis.
[§ 3.] III. Onde quer que estejamos, vivemos, nos movemos e estamos
Nele; enquanto também O temos dentro de nós . Mas, voltando da bem-
aventurança que há de ser, com os olhos da contemplaçã o considere por
um momento a abundâ ncia de graça com a qual Ele te enriqueceu
mesmo nesta vida fugaz. Ele, o pró prio Deus, cuja morada está no cé u,
cujo trono entre os anjos, aquele a quem o cé u e a terra, com tudo o que
contê m, se inclinam e obedecem, ofereceu-se a ti como tua morada, e
forneceu e preparou a sua presença para ti; pois, como o Apó stolo
ensina, 'Nele vivemos, e nos movemos, e existimos' ( Atos xvii. 28 ).
Entã o, para viver, que doce! Entã o, para se mexer, que adorá vel! Assim
seja, quã o desejá vel! Pois o que é mais doce do que ter vida nAquele
que é a pró pria vida da bem-aventurança? O que há de mais amá vel do
que governar cada movimento de vontade ou ato nosso em direçã o a
Ele e nEle, visto que Ele nos estabelecerá em uma segurança sem im? O
que há de mais desejá vel do que na aspiraçã o e no agir cada vez mais
nEle ser, em quem somente - ou melhor, somente quem - é o verdadeiro
ser, e sem o qual ningué m pode ser corretamente? 'EU SOU QUEM SOU',
Ele diz ( Ex. iii. 14 ); e lindamente dito que é , pois somente Ele é
verdadeiramente, cujo Ser é imutá vel. Ele, portanto, cujo Ser tã o
inacessı́vel está sendo em um sentido tã o transcendente e ú nico que
somente Ele é verdadeiramente; em comparaçã o com quem todo ser
nã o é ser; quando Ele te criou para uma excelê ncia tã o grande que você
nã o poderia sequer compreender o brilho de sua dignidade, o que Ele
estabeleceu como a esfera de seu ser, que lugar de morada Ele forneceu
para você ? Ouça Ele mesmo falando aos Seus no Evangelho,
'Permanecei em Mim, e Eu em vó s' (St. xv. 4 ). O condescendê ncia
inconcebı́vel! O bem-aventurada permanê ncia! O glorioso intercâ mbio!
Que condescendê ncia do Criador, querer que Sua criatura nele tenha
morada! Que inconcebı́vel bem-aventurança da criatura, habitar no
Criador! Quã o grande gló ria de uma criaçã o racional ser, por um
intercâ mbio tã o abençoado, associada ao Criador, como que Ele nela e
ela Nele deveria ter sua morada! Sim, Ele de Sua misericó rdia quis que
nó s, tã o altamente enobrecidos em nossa criaçã o, tivé ssemos a
dignidade de habitar nEle. Ele, governador de todas as coisas, sem
cuidado ou solicitude sobre tudo; Ele, fonte e fundamento de todas as
coisas, sem fadiga sustentando tudo; Ele, superexcelente acima de todas
as coisas, sem vangló ria transcendendo tudo; Ele, abraçando cada coisa
que é , sem extensã o de Si mesmo envolvendo tudo; Ele, a plenitude de
todas as coisas, sem se estreitar, cumprindo tudo – sim, de fato, Ele,
embora Sua Presença nã o falte em nenhum lugar, escolheu para Si um
reino de delı́cias dentro de nó s; o Evangelho dando testemunho onde
diz: 'O Reino de Deus está dentro de você ' (Sã o Lucas xvii. 21 ). E se o
reino de Deus está dentro de nó s, e se Deus habita em Seu reino, aquele
cujo reino está dentro de nó s nã o permanece em nó s? Claramente
assim; pois, da mesma maneira, se Deus é sabedoria, e se a alma do
justo é a morada da sabedoria, aquele que é verdadeiramente justo tem
Deus habitando nele. E o Apó stolo diz: 'O templo de Deus é santo,
templo que sois' ( 1 Cor. iii. 17 ).
[§ 4.] IV. Todos nós que fomos batizados em Cristo nos revestimos de
Cristo . Desperta-te, minha alma; desperte-se, e deixe o fogo de um
amor do cé u brilhar em suas partes mais ı́ntimas, e aprenda
cuidadosamente a dignidade concedida a você por seu Senhor Deus; e
aprendizado, amor; e amoroso, reverencie com os endereços de uma
prá tica sagrada. Aquele que te designou uma habitaçã o em si mesmo, e
se dignou habitar em ti, nã o te veste, te adorna e te adorna consigo
mesmo? 'Todos você s', diz o Apó stolo, 'que foram batizados em Cristo,
se revestiram de Cristo' ( Gá latas iii. 27 ). Que valor digno de louvor,
entã o, e de agradecimento tu dará s Aquele que te investiu de tal graça e
te exaltou a tã o grande dignidade, que com a mais feliz explosã o de
alegria do teu coraçã o você pode muito bem exclamar: 'Ele me vestiu de
as vestes da salvaçã o, e com o manto da justiça Ele me cobriu' ( Is. lxi.
10 )? Para os anjos de Deus, contemplar Cristo é a alegria suprema; e,
eis, de Sua in inita condescendê ncia, Ele se inclinou para ti tã o baixo
que deseja que você seja vestido com Ele. Que tipo de roupa pode ser,
senã o aquela de que o apó stolo se gloria quando diz: 'Cristo . . . é feito
para nó s de Deus sabedoria e justiça e santi icaçã o' ( 1 Cor. i. 30 )? E
com que vestes majestosas Ele poderia ter te enfeitado mais ricamente
do que com o amuleto da sabedoria, a vestimenta da justiça, a bela
cobertura da santi icaçã o?
[§ 6.] VI. Em Cristo somos um, e com Ele somos um Cristo . Mas olhe
mais fundo ainda, e veja em quã o ı́ntima você está unida a Ele. Ouça o
pró prio Senhor suplicando ao Pai pelos Seus: 'Eu quero', diz Ele, 'que
assim como Eu e Tu somos Um, eles també m podem ser Um em Nó s
(Sã o Joã o xvii. 21 ). Eu sou Teu Filho por natureza; que eles pela graça
sejam Teus ilhos e Meus irmã os.' Quã o alto privilé gio é este, que um
cristã o, mero homem como ele é , deve em Cristo ser tã o avançado a
ponto de ser, em certo sentido, chamado de Cristo! Uma verdade
apreendida por aquele iel dispensador da casa eclesiá stica, que disse:
'Todos nó s cristã os somos em Cristo um só Cristo.' E nã o é de admirar;
já que Ele é a Cabeça, nó s o Corpo; e Ele Noivo de uma vez e Noiva;
Esposo em Si mesmo e Esposa nas almas santas que Ele uniu a Si pelo
vı́nculo de um amor imortal. 'Como um Noivo Ele colocou uma mitra
em Minha Cabeça, e Me adornou como uma Noiva com ornamentos' ( Is.
lxi. 10 ).
Aqui, entã o, minha alma, considere bem Seus benefı́cios para ti;
queime da devoçã o a Ele; brilhar com chamas de desejo pela visã o
abençoada de Si mesmo; chama em voz alta, tocada com os ardores
ardentes de um amor ı́ntimo; e, derretida em anseios por Ele, irrompe
no clamor da esposa iel: 'Deixe-o beijar-me com os beijos de sua boca (
Cant. i. 1 ). Longe de minha alma, todo deleite fora Dele; que nenhum
apego, nenhum consolo da vida presente me seduza, enquanto Sua
presença bem-aventurada me for negada. Que Ele me abrace com os
braços de Sua caridade; que Ele me beije com sua boca de doçura
celestial; deixe que Ele fale comigo com aquele discurso inefá vel com o
qual Ele mostra Suas maravilhas secretas aos anjos.' Que este seja o
intercâ mbio de endereços entre o Noivo e a noiva; Eu abro meu coraçã o
para Ele, Ele revela Sua doçura escondida para mim. O minha alma,
vivi icada por re lexõ es como essas, e inspirada com o toque de um
desejo santo, esforça-te para seguir o Esposo; e diga a Ele: 'Desenhe-
me; correremos atrá s de Ti ao doce odor de Teus ungü entos' ( Cant. i. 3
). Entã o diga, e diga ielmente, nã o com um som rá pido de palavras, mas
com desejos que nunca podem esmorecer. Entã o fale para ser ouvido;
tanto desejo de ser atraı́do a Ele para poder seguir em frente.
Pense nessas coisas, ó minha alma; meditar sobre eles; que tua
mente, dia a dia, pratique-se nisso. Atento a eles, deixe-a se livrar das
ansiedades e pensamentos sobre objetos inú teis, e in lamar-se com o
fogo de um santo temor e um amor abençoado, para que ela possa
evitar esses males e garantir os bens eternos.
[§ 11.] XI. Do corpo após a partida da alma . E agora volto a Ti,
dulcı́ssimo Criador e bondoso Redentor, que me izeste e me re-criou; e
com oraçõ es humildes suplico a Tua piedade, para que Tu ensines meu
coraçã o a considerar com medo vivi icante e alarmes salutares, em
quã o repugnante e deplorá vel situaçã o minha carne deve ser entregue
apó s a morte uma presa de vermes e putrefaçã o, desprovida da
respiraçã o que agora a inspira. Onde entã o estará a beleza, se é que ela
tem, da qual se orgulha agora? Onde as delı́cias requintadas se
deleitam? Onde seus membros mimados? A palavra do profeta nã o terá
entã o seu verdadeiro cumprimento: 'Toda carne é erva, e toda a sua
gló ria como a lor do campo'? ( Is. xl. 6. ) Meus olhos serã o fechados,
seus orbes torcidos na ó rbita; olhos de cujas perambulaçõ es vã s e
maliciosas eu muitas vezes extraı́a prazer. Assim eles jazem, cobertos
de terrı́veis trevas; olhos que agora amam beber nas vaidades como
bebem na luz. Meus ouvidos icarã o expostos, logo estarã o cheios de
vermes; ouvidos que agora captam com maldito deleite os discursos
caluniosos e as vã s fofocas do mundo. Minhas mandı́bulas, que a gula
escancarou, estarã o amarradas, miseravelmente travadas. Minhas
narinas, que agora estã o satisfeitas com diversos odores, vã o se
desgastar e apodrecer. Meus lá bios, que sempre gostavam de relaxar
com risadas bobas, vã o sorrir com feia repugnante. Minha lı́ngua, que
tantas vezes pronunciou histó rias vã s, icará entupida de sujeira
pú trida. E, o que agora muitas vezes está farto de vá rios tipos de carne,
garganta e barriga, será sufocado de vermes, farto de vermes! Mas por
que ensaiar em detalhes? Toda a estrutura e estrutura do corpo, para a
saú de, o conforto e o prazer de que quase todos os pensamentos
servem, serã o dissolvidos em putrefaçã o e no verme e, por ú ltimo, em
pó vil. Onde entã o o pescoço orgulhoso? Onde estã o os enfeites, o
vestido, as guloseimas variadas? Eles desapareceram, e se foram como
um sonhador, todos eles, para nunca mais voltar; e eu, seu pobre, pobre
devoto, deixado para trá s.
Entã o, pecador, sua vida, longe de ser quase tudo, está totalmente
mergulhada no pecado e, portanto, digna de condenaçã o; ou entã o é
infrutı́fera e merecedora de desdé m. Mas por que distinguir o
infrutı́fero do condená vel? Pois certamente, se é infrutı́fero, é
condená vel por esse mesmo fato. Pois o que a Verdade falou é tã o
evidente quanto é verdade: 'Toda á rvore que nã o der bom fruto será
cortada e lançada ao fogo' (Sã o Mateus iii. 10 ). Pois se me dedico a
construir algo ú til ou ú til, certamente nã o valorizo o resultado de meu
trabalho ao preço do sustento corporal que consumo enquanto
empregado no trabalho. Quem alimenta um rebanho, ora, que é trazer
menos do que o valor do seu pasto? E, no entanto, Tu, ó Deus, Tu me
alimentas e me alimentas com muita generosidade; e esperas por mim,
verme inú til e pecador imundo que sou. Oh, quã o menos ofensivo é um
cã o morto para os sentidos humanos do que uma alma pecadora é para
Deus; quanto mais repugnante para Deus é isso do que isso é para os
homens! Ah nã o; nã o chame o pecador de homem, mas de opró brio, de
vergonha para a humanidade; mais vil que um bruto, mais odioso que
uma carcaça. Minha alma está cansada da minha vida; tenho vergonha
de viver; tenho medo de morrer.
O que, entã o, resta para você fazer, ó pecador, a nã o ser por toda a
sua vida lamentar toda a sua vida, e de tal maneira que toda a sua vida
possa ser uma lamentaçã o de si mesma?
Aqui re lita sobre o que você fez, e que prê mio você deve receber.
Se muito bem e pouco mal, regozije-se muito; se muito mal e pouco
bem, muito entristeça. O que! O pecador imprestá vel, tuas má s açõ es
nã o sã o su icientes para extorquir um grande e amargo clamor? Nã o
sã o su icientes para destilar teu sangue e tua medula em lá grimas? Ai
da estranha dureza, que martelos tã o pesados sã o leves demais para
quebrar! Oh, torpor insensı́vel, que aguilhõ es tã o a iados nã o sejam
a iados o su iciente para despertar! Ai do sono mortal, que trovõ es tã o
terrı́veis sã o mudos demais para assustar! O pecador sem valor, tudo
isso deve ser su iciente para prolongar uma dor incessante; e
certamente é o su iciente para arrancar lá grimas perpé tuas!
Ai, de que altura caı́ste, em que abismo foste lançado! Fie em cima
de ti; tu desprezaste Um, ó quã o bondoso; e te uniu a um, ó quã o
maligno! O que izeste, ó loucura, ó impudicı́cia muito louca, ó maldade
muito impura? Deixaste teu casto Amante no cé u, e seguiste teu odioso
sedutor até o inferno, e preparaste para ti no poço do inferno um covil
imundo no lugar de tua câ mara nupcial. Assombroso horror, que
perversidade de vontade é esta! Milagre de horror, que perversidade
deliberada é essa! De onde, entã o, ó Deus, devo tirar para mim o
corretivo de tã o profunda depravaçã o? de onde para Ti, ó Deus,
satisfaçã o por tã o negro pecado? Lança-te, miserá vel mortal, no abismo
negro de uma a liçã o nã o medicada, tu que escolheste lançar-te no poço
de uma terrı́vel iniqü idade. Envolva-te, pobre desgraçado, disfarçado de
terrı́vel dor, tu que voluntariamente lançaste-te no lodo da imundı́cie
infernal. E tu, mergulhado no crime, abafas-te com horrı́veis trevas de
inconsolá vel lamento, tu que devassavas voluntariamente no atoleiro de
tã o rastejante indulgê ncia. Mergulha no abismo da amargura, tu que
foste no leito da vergonha.
Nã o; toda a gló ria presente, como de fato você vê que é se você
considerar corretamente o assunto, é como uma bexiga cheia de vento;
que, desde que seja segurado nas mã os com bastante cuidado e apenas
olhado, mostra-se bem e justo o su iciente; mas se por acaso o menor
buraco for feito nele, o vazio - nã o a bondade, apenas o vazio e o vento -
ica em suas mã os.
O que, entã o, devo fazer? Para onde devo me voltar, desolado como
estou, enredado como estou nas malhas de meus pecados? Se eu
resolver voltar-me novamente para Aquele que me fez reto, e assim
suplicar a Sua indescritı́vel misericó rdia para ter piedade de mim, temo
muito que por minha tã o grande temeridade eu o mova a maior ira
contra mim, e que Ele nã o tanto mais severamente por isso vingar-se
daquelas minhas enormidades pelas quais nã o temi provocar sua
bondade.
[§ 32.] III. Aqui o pecador se repreende por sua ingratidão . Ai, ai, ai,
Senhor Deus, é assim que ouso vir, que ouso apresentar-me na presença
de Teus santos; Eu, de todos os homens, o mais miserá vel e o mais
triste; Eu que sou tã o ingrato por tantas e tã o grandes bê nçã os; Eu que
abusei tã o descaradamente e tã o sem graça de Tuas dá divas; Eu que
nã o enrubesci com esses mesmos dons para fazer armas com as quais
lutar contra Ti, e isso com tanta frequê ncia e por tanto tempo; Eu que
nã o enrubesci, tantas vezes e por tanto tempo, embora o destinatá rio
de Tua generosidade, para lutar do lado do diabo contra Ti, meu Rei; Eu
que ousei transformar Teus dons em armas a serviço do diabo; Eu que
presumi tã o infamemente abusar de mim mesmo, e ousei me contratar
como escravo do diabo, e tornar meus membros seus; e nesses mesmos
membros lutam contra Ti, meu Criador, contra Ti, Tu que os izeste e os
deste a mim.
Nã o sou eu, ó Senhor meu Deus, que tantas vezes se colocou como
uma espada a iada nas mã os do demô nio sem graça para devorar as
almas? Oh, quantas vezes eu me coloquei em ordem contra Ti para
cercar a morte do meu pró ximo! E quantas vezes eu apontei as lechas
da depreciaçã o ou da bajulaçã o a outros homens, tantas vezes eu a
transformei em um arco de falsidade. O misericordioso, ó dulcı́ssimo
Pai, nã o posso contar as vezes em que usei infamemente meus
membros corporais, dando armas ao diabo e lutando contra Ti, por
tudo que Tu é s a maior gentileza e bondade.
Eu sou o mais fraco dos ilhos dos homens que se expô s como alvo
para a lecha; pois me propus a ser trespassado pelas lechas do pecado
e dilacerado da cabeça aos pé s com feridas.
Eu sou o mortal que, lançado como um cadá ver para ser dilacerado
e despedaçado por cã es do inferno e todas as aves carniceiras imundas,
expulso de Tua santa cidade, a cidade de Teus santos, Teus amigos, da
santa e alegre sociedade dos espı́ritos bem-aventurados do cé u,
entreguei-me a ser consumido pelos vı́cios como por vermes. Oh, quã o
repugnante eu mostro em Teus olhos santos; manchado e manchado
com a imundı́cie repugnante do luxo, chamuscado com fogo de raiva e
avareza, meus membros infestados com vermes de ó dio e inveja,
in lados e inchados de orgulho, da cabeça aos pé s uma massa de
ú lceras, cicatrizes e feridas, estampadas e marcado com tantos e tã o
grandes pecados, as falas e personagens de diabó licas vilezas. Eu sei, ó
misericordioso Senhor, que Tu podes merecidamente e com muita
justiça dizer que eu nã o sou Teu, e me recusar a admitir tal coisa como
eu sou, eu nã o direi Teu ilho, mas até Tua criaçã o. Pois este horrendo
espetá culo monstruoso de todos os tipos de sujeira nã o é Tua criaçã o e
recriaçã o; esta coisa odiosa nã o é apenas imagem e semelhança de Ti.
Foi uma outra criaçã o que Tu me izeste. Ai eu! Essa semelhança com o
diabo em toda a sua impureza me mostra até agora ter sido um ilho do
diabo, um herdeiro dos tormentos que aguardam os incré dulos. Tal, tal
é a troca e a troca que iz, tolo, tolo, tolo cego que fui, de penhorar a
gló ria e a dignidade de levar Tua semelhança pela mais odiosa e vil
deformidade.
Portanto, que os inimigos de Tua gló ria nã o sejam fortes demais
para mim; mas que iquem ainda mais confusos ao verem que eu,
empenhado em louvar-te e glori icar-te, procuro com todos os melhores
esforços aquela tua paz e gló ria, que eles pretendem diminuir. O Senhor,
nã o permitas, suplico-Te, que seu desı́gnio tã o profano e execrá vel a
meu respeito, nã o, contra mim, seja realizado; mas alarga a minha alma,
ó Senhor, para proclamar o Teu louvor e anunciar a Tua gló ria, para que
eu possa viver inteiramente de acordo com a Tua grande gló ria, e que
toda a minha vida possa Te glori icar; e Tu, pelo meu exemplo, convidas
e incitas muitos dos Teus predestinados a Te glori icar. Que a presença
de Tua luz e a doçura de Tua gló ria, uma gló ria que eles nã o podem
suportar, afastem de mim os espı́ritos vis, imundos e odiosos das trevas.
O, quebre minhas correntes e me tire da prisã o, da prisã o horrı́vel,
negra e sombria, do lago da misé ria e da lama da escó ria, do abismo da
morte e escuridã o; e conduz-me à liberdade e à Tua maravilhosa luz.
Onde entã o, ó cristã o, está a tua jactâ ncia, se nã o for no Nome do
teu Senhor cruci icado, Jesus Cristo; no Nome que está acima de todo
nome, o Nome em que Aquele que é abençoado na terra será abençoado
no cé u? O, glorie-se em Seu santo Nome, ó ilhos da redençã o; Prestai
honra ao vosso Salvador, que fez grandes coisas em nó s, e engrandecei
comigo o Seu Nome, dizendo: Nó s vos adoramos, ó Cristo, Rei de Israel,
Prı́ncipe dos reis da terra, Luz dos gentios, Senhor de hostes, virtude
mais poderosa do Deus onipotente. Nó s Te adoramos, ó preço
inestimá vel de nossa redençã o, nossa oferta de paz, que somente, pela
maravilhosa doçura de Teu odor, inclinaste Teu Pai, que habita no cé u, a
considerar nossa humildade, e somente Tu mesmo O propiciaste. O
Cristo, anunciamos Tuas misericó rdias, contamos, e nã o nos cansamos
de contar, da memó ria de Tua doçura; a Ti, ó Cristo, oferecemos o
sacrifı́cio de louvor pela abundâ ncia que nos mostraste de Tua
bondade, nó s, semente perversa que somos e ilhos sem graça.'
Mas mesmo esta Tua tenra infâ ncia, ó Cristo, nã o estava a salvo das
espadas dos perseguidores. Tu ainda estavas a pendurar uma criança
de peito no peito de tua mã e quando 'um anjo apareceu em sono a José ,
dizendo: Levanta-te, e toma a criança e sua mã e, e voa para o Egito, e
ica lá até que eu te diga; pois acontecerá que Herodes procurará a
criança, para destruı́-la' (Sã o Mateus 2:13 ). Assim mesmo entã o, bom
Jesus, Tu começaste a sofrer. Nã o, nã o apenas suportaste em Tua
pró pria Pessoa aquela perseguiçã o de Tua infâ ncia, mas até a morte na
pessoa de Teus pequeninos, milhares e milhares dos quais foram
massacrados pelo implacá vel Herodes no seio de suas mã es por Tua
causa.
Entã o a tua casa, ó Senhor, foi glori icada de modo a ser como a
companhia dos anjos; entã o, entã o, inalmente, aquela sociedade feliz
estava satisfeita com os goles derramados da palavra divina que é
processada de Tua boca. Pois aquele poluı́do que Tu sabias ser
impró prio para o derramamento daquele lı́mpido e lı́mpido có rrego
havia sido despedido.
E mais uma vez, já que Tu me deste vida duas vezes, uma vez na
criaçã o, e uma vez na redençã o; essa vida, certamente, é o melhor
retorno que eu poderia te pagar. Mas quando penso em Tua preciosa
Alma tã o torturada, nã o sei qual o retorno devido por um mortal jamais
pago a Ti. Pois eu poderia te pagar em troca todo o cé u, toda a terra, e
toda a bravura do cé u e da terra, mas mesmo assim eu nã o deveria
atingir a medida de minha obrigaçã o. Nã o, o pró prio dar a Ti o que
tenho e o que posso, é em si mesmo Teu dom. Devo amar-te, devo amar-
te, Senhor, com todo o meu coraçã o, toda a minha alma, toda a minha
mente, todas as minhas forças, e seguir o melhor que posso os teus
passos, que te dignaste morrer por mim. E como tudo isso será feito em
mim, a menos que Tu o faças? O, que minha alma se apegue a Ti; pois
toda a sua força vem de Ti.
Nem era a ideia de origem medieval; para Sã o Gregó rio, o Grande,
fala da seguinte forma em Job xlii. 11 : 'E cada homem lhe deu uma
ovelha e um brinco de ouro.' 'Pois como dissemos há muito tempo, os
santos recebem um manto cada antes da ressurreiçã o, pois eles só
desfrutam da bem-aventurança da alma; mas no im do mundo eles
receberã o dois mantos cada, pois eles terã o nã o apenas bem-
aventurança mental, mas també m um corpo glori icado.' A passagem a
que ele se refere é esta: 'Antes da ressurreiçã o, dizem que cada um
recebeu um manto, pois ainda desfrutam apenas de bem-aventurança
mental; eles terã o recebido sua dupla investidura quando, juntamente
com a perfeita alegria da alma, forem també m adornados com carne
incorruptı́vel.' E, de fato, a seguinte passagem da Meditaçã o XVII dá
tudo o que é necessá rio a tı́tulo de explicaçã o: 'Expectant ideles donec
impleatur numerus fratrum suorum ut in die survivalis duplici stolâ ,
scilicet corporis et animæ perpetuâ felicitate fruantur.' e nele me deixe
descansar, entrando em Ti no lugar do Teu maravilhoso taberná culo (
Sl. xli. 5 ), e ali me esconde até que Tua indignaçã o passe ( Is. xxvi. 20 ).
Mas ao terceiro dia, dia de fadiga e dia de gló ria ú nica, já passado,
na primeira madrugada da semana que nã o terá im, vivi ica-me e
levanta-me, por mais indigno que eu seja, que na minha carne Eu posso
ver Tua formosura, e ser plenamente preenchido com a alegria de Teu
semblante ( Sl. xv. 11 ), ó meu Salvador e meu Deus. Venha, venha o dia,
ó meu Salvador e meu Deus; acelere, acelere o tempo; para que o que
agora acredito eu possa ver inalmente com olhos desvendados; que o
que agora espero e saú do de longe, eu possa apreender; que o que
agora desejo com todas as minhas forças, eu possa apertar no abraço da
minha alma e saudar com ê xtase; e seja engolido no abismo do Teu
amor, ó meu Salvador e meu Deus! Mas agora, ó minha alma, bendiga
teu Salvador; e engrandecer o Seu Nome, pois é santo e cheio das mais
sagradas delı́cias.
També m a ti, fecunda fonte de todo bem, inestimá vel Luz de graça
sé tupla, a ti, ó Espı́rito misericordioso, imploro que me concedas a
iluminar-me por Tua visitaçã o, onde, por causa de minha fragilidade,
tenho compreendido muito fracamente a verdade de Tua majestade e
grandeza, e tudo o que entendi de Teus preceitos divinos, por
devassidã o carnal, desvalorizei; assim eu possa corrigir o que está
errado e, ajudado por Ti, a quem, navegando sobre o mar de perigos
desta vida, invoquei em meu auxı́lio, possa eu ser guiado sem naufrá gio
para o porto da paz eterna.
Doce na uniã o de Seus Pé s com um prego; pois por isso Ele fala
assim, por assim dizer, para nó s: 'Veja agora, se você pensa que devo
fugir de você , e por isso tarda em vir a Mim, sabendo que sou veloz e
veloz como uma cerva; você vê que Meus Pé s estã o tã o presos um ao
outro com um prego que Eu nã o posso fugir de você , porque Minha
piedade me manté m irmemente preso. Nem posso fugir de você como
seus pecados mereceram, pois Minhas Mã os també m estã o presas com
pregos.'
O meu Senhor, agora toda a minha alma anseia por Teus abraços e
Teus beijos; Nã o busco nada alé m de Ti mesmo, mesmo que nenhuma
recompensa me tenha sido prometida. Que nã o haja inferno, nem
paraı́so, ainda por amor de Tua doce bondade, ainda por amor de Ti
mesmo, eu desejaria me apegar a Ti. Sê Tu minha ú nica meditaçã o
incessante, Tu minha ú nica palavra, Tu minha ú nica obra. Um homem.
Livro de Meditaçõ es e Oraçõ es de Santo Anselmo
D P M
[§ 51. Cur Deus Homo .] Alma cristã , alma ressuscitada da triste morte,
alma redimida da miserá vel escravidã o e libertada pelo Sangue de
Deus, eleva os teus pensamentos; pense em seu reavivamento dos
mortos e pondere bem a histó ria de sua redençã o e sua libertaçã o.
Considere onde está a virtude da tua salvaçã o, e o que é . Empregue-se
em meditar sobre isso, delicie-se em contemplá -lo; sacuda a sua
preguiça, faça violê ncia ao seu coraçã o, incline toda a sua mente para
ele; prova a bondade do teu Redentor, irrompe em chamas de amor ao
teu Salvador. Morda o favo de mel das palavras que falam disso, chupe
seu sabor agradá vel acima do mel, engula sua doçura que dá saú de.
Pense, e assim morda-os; compreendê -los, e assim sugá -los; ame e
regozije-se, e assim os engula. Alegra-te mordendo, exulta chupando,
enche-te de alegria ao engolir. Onde e qual é a virtude e a força da tua
salvaçã o? Cristo, Cristo certamente te ressuscitou; Ele, o bom
samaritano, te curou; Ele, o bom amigo, te redimiu com Sua vida e te
libertou. Cristo, eu digo, Cristo é Ele. E assim a virtude da tua salvaçã o é
a virtude de Cristo. E onde está ; onde está esta Sua virtude? Na verdade,
'chifres estã o em Suas Mã os, há Sua força escondida' ( Hab. iii. 4 ). Sim,
chifres estã o em Suas Mã os, pois essas Mã os estã o presas aos braços da
Cruz. Mas, ó , que força há em tal fraqueza? Que grandeza em tal
humildade? Que tal adorar em tal desprezo? Mas porque na fraqueza,
portanto, é uma coisa oculta; porque na humildade, é velado; porque no
desprezo, é ocultado e encoberto. O força oculta! que o Homem ixado
em uma Cruz deve trans ixar a morte eterna que oprimiu a raça do
homem; que o homem amarrado a uma á rvore pudesse desvincular o
mundo que estava preso pela morte perpé tua! O onipotê ncia velada!
que o homem condenado com ladrõ es deve salvar homens condenados
com demô nios. O virtude oculta e encoberta! que uma Alma entregue
ao tormento deveria libertar inú meras almas do inferno; deve como
homem sofrer a morte do corpo e destruir a morte das almas.
Tu, nosso Deus, é s muito Luz; e as colinas apanham Tua gló ria e a
derramam sobre Teu povo, quando Tu derramas amplamente Teus
tesouros ocultos de sabedoria e conhecimento sobre os olhos dos
Querubins, que ixam seu olhar mais pró ximo em Ti. E deles se
acendem, por sua vez, as lâ mpadas eleitas subordinadas de Teu
maravilhoso taberná culo, que brilham inextinguivelmente diante de
Tua Face, ó Senhor.
Tu, Rei dos reis, grande e terrı́vel Juiz dos juı́zes, sentas-te acima
dos altos Tronos, pois eles nã o tê m altura mais alta do que a Tua acima
deles, Tronos toda vida e felicidade e uniforme profunda calma; atravé s
de Ti esquadrinhando os caminhos da verdade, e em Tua verdade
dando julgamentos justos.
E os benditos Anjos, tã o adorá veis em sua inocê ncia, nã o sã o obra
escolhida de Teus Dedos, ó Sabedoria de Deus? Pois no dia de sua
criaçã o Tu os vestiste com uma vestimenta corruptı́vel para a obra de
Teu santo serviço. Estas sã o as estrelas vivas do cé u superior, os lı́rios
do paraı́so interior, as roseiras plantadas pelas á guas silenciosas de
Siloé , com suas raı́zes ixas em Ti. O Rio de paz, ó Alento do jardim das
luzes, ó Sabedoria ú nica que circunda a fronteira circular do cé u; por Ti
eles brilham, e queimam, e brilham em perfeita sabedoria, em castidade
virginal e nos ardores de um amor imortal. Florescendo em in inita
juventude, eles encontram em nossa fraqueza a esfera de seu serviço
iel; pois eles nos conduzem pela mã o como guias ternos, e dirigem
nossos passos enquanto viajamos por este mundo sombrio, e repelem
os assaltos do inimigo, e sussurram para nó s os segredos de Tua
vontade, e fortalecem nossos coraçõ es fracos para o bem. , e levar o
incenso de nossas oraçõ es ao altar de ouro, e sempre suplicar a face de
nosso Pai misericordioso por nó s.
Assim, Pai misericordioso, Tu realmente cuidas de nó s, embora
por um tempo estejamos longe de casa. E se a dé cima dracma que uma
vez escapou de Teu seio e agora foi recuperada por Tuas labutas e
tristezas tem algum valor, é tudo Teu dom, bom Jesus. Se há algo de
mais doce som neste dé cimo acorde de outrora para o louvor de Deus, é
o toque persuasivo de Tua Soberana Mã o que o evoca, quando no
salté rio de dez cordas Tu cantas a gló ria do Pai. Canta como cantas, ó
Senhor; toca Tua doce mú sica com as modulaçõ es rá pidas e mutá veis
de uma multiplicidade de açõ es de graças. Toque essas nove cordas
celestiais a inadas, que nunca soaram á speras ou tristes. E toque aquela
dé cima, de nota mais baixa, cuja parte superior tensa e sintonizada para
Ti soa alegremente; enquanto sua parte inferior, ainda por algum tempo
ligada à terra, sabe apenas como produzir sons surdos de tristeza e
desajuste.
Deus da minha vida, quã o em vã o meus dias foram gastos, quã o
inú teis eles passaram! dias que me deste para fazer neles a tua vontade,
e nã o a iz. Quantos anos, quantas horas desperdicei, vivendo, mas sem
produzir frutos aos Teus olhos! E como entã o devo icar? Como ousarei
erguer meus olhos e olhar em Tua Face para aquele grande acerto de
contas, se Tu me pedires para prestar contas de todos os meus pecados
ou de todas as minhas oportunidades, e exigires os resultados de todos!
O, que nã o seja assim, muito paciente Pai; nã o, que nã o seja assim, mas
que minhas oportunidades desperdiçadas - ai, quantas! - sejam
enterradas no esquecimento. E se, com a Tua ajuda, eu consegui alguns
deles - seu nú mero é pequeno o su iciente, eu sei - que eles sejam
lembrados para a eternidade; e, Pai de todo amor, que pelo menos este
meu resı́duo de tempo seja frutı́fero e santi icado por Tua graça, para
que possa encontrar um lugar nos dias da eternidade e ser contado em
meu favor em Teu olhar.
Agora, entã o, a partir deste momento, todos os meus desejos,
agitem-se e voem para o seu Senhor Jesus: voem para longe; por que te
demoras? Acelere para o seu objetivo, procure quem você procura.
'Você procura Jesus de Nazaré , que foi cruci icado' (Sã o Marcos xvi. 6 ).
Ele subiu ao cé u; 'Ele nã o está aqui' ( ib. ). Ele nã o está onde estava. Ele
nã o está onde Sua sagrada Cabeça nã o tinha onde descansar; Ele nã o
está onde Ele andou no meio da tribulaçã o, desprezado e escarnecido;
Ele nã o está onde esteve diante de Pilatos para ser julgado; Ele nã o está
onde foi ridicularizado e escarnecido na presença de Herodes; Ele nã o
está onde icou pendurado entre malfeitores, cuspido, ferido, ferido,
encharcado de sangue; Ele nã o está onde jazia, fechado pela pedra e
vigiado pelos guardas gentios. Onde entã o, ó onde, está o Amado do
Senhor? Ele descansa em con iança, e nenhuma praga se aproxima de
Seu taberná culo. Acima da altura do cé u, acima de toda a excelê ncia dos
anjos, Ele ascendeu e subiu em seu pró prio grande poder, e se assenta
no Trono de gló ria singular à direita do Pai, e reina com Ele, coeterno,
consubstancial, revestido com a Luz Divina, coroado com gló ria e honra
como convé m ao Unigê nito, em serenidade imperturbá vel, alegria e
onipotê ncia extrema; Senhor no cé u e Senhor na terra. Lá , todos os
anjos de Deus O adoram, e a vasta multidã o dos cidadã os da Siã o
celestial. Nele, seu ú nico centro, todos os coraçõ es se alegram juntos, e
os olhos de todos os bons festejam em Seu Rosto que todos desejam;
Nele atendem todos os desejos de todos os santos, e toda a cidade
celestial, de todas as maneiras gloriosas em Sua Presença, cantam seu
jubileu, seus aplausos e sua magni icat a Ele.
[§ 63. Os Santos no céu .] 'Alegra-te e louva, ó tu habitaçã o de Siã o;
porque grande é Aquele que está no meio de ti, o Santo de Israel' ( Is.
xii. 6 ).
[§ 69.] IV. Da miséria de uma alma que não ama e que não busca
nosso Senhor Jesus Cristo . Ah, alma miserá vel que nã o busca a Cristo,
nem O ama; jaz esté ril, seca e triste. O Deus, sua pró pria vida é perda de
quem nã o Te ama. Aquele que se preocupa em viver, mas nã o por Ti,
nã o vale nada nem nada. Aquele que se recusa a viver para Ti está
morto. Aquele que nã o é sá bio em Ti é todo imprudente. O Jesus
compassivo, eu me encomendo a Ti. Eu me rendo e me resigno a Ti;
pois em Ti está minha sabedoria, minha vida, meu tudo. Eu con io em
Ti, eu con io em Ti, eu coloco toda a minha esperança em Ti; pois
atravé s de Ti eu ressuscitarei, e viverei, e encontrarei meu descanso. Eu
Vos desejo, Vos amo e Vos adoro; pois contigo habitarei, e reinarei, e
serei feliz para sempre. A alma que nã o Te busca, nem Te ama, ama o
mundo, serve ao pecado e é escrava dos vı́cios; nunca está em repouso e
nunca seguro. O Misericordioso, que minha mente esteja sempre
ocupada em Teu serviço; e durante toda esta minha peregrinaçã o deixe
meu coraçã o arder com os fogos do Teu amor; que meu espı́rito
descanse em Ti, ó meu Deus; deixe-o em todos os seus vô os de fantasia
meditar sobre Ti; que cante Teus louvores com jubilosa alegria, e assim
encontre consolo em seu banimento. Que minha alma voe e
aconchegue-se à sombra de Tuas asas, a salvo das ondas desta vida de
cuidados. Que meu coraçã o, esse mar agitado por grandes ondas,
descanse em Ti e ique calmo. O Tu, que é s rico em todas as iguarias
mais divinas; Tu, Deus e mais generoso dispensador de satisfaçã o
celestial, dá s refrigé rio ao cansado, chama o errante para sua casa,
desamarra o cativo, restaura o coraçã o partido. Rogo-Te, pelas
entranhas dessa Tua misericó rdia, pela qual, como o Oriente do alto nos
visitaste, abre a porta ao pobre miserá vel que bate, e assim o deixa
entrar com passo livre para Ti, e descansar se em Ti, e regala-se em Ti, o
Pã o do cé u; pois Tu é s o Pã o e a Fonte da vida, Tu é s a Luz de brilho
eterno, Tu é s o tudo e a pró pria fonte de ser dos bons que Te amam.
[§ 73.] VIII. Do reino dos céus . O reino dos cé us, ó reino bendito, ó
reino que nã o conhece a morte, ó reino sem im; onde nã o há sucessõ es
de eras por toda a eternidade; onde o dia sem noite perpé tuo nã o
conhece a medida do tempo; onde o guerreiro conquistador, apó s a
labuta terminada, é carregado com presentes indescritı́veis –
[§ 74.] IX. Deus conforta a alma a lita depois de suas grandes dores .
Mas que louvores ou que agradecimentos podemos encontrar em nosso
poder render a Ti nosso Deus, que, no meio das dores tã o amargas que
atormentam nossa mortalidade, nunca deixa de nos consolar com as
maravilhosas visitas de Tua graça ? Eis-me aqui, um pobre miserá vel
cheio de muitas dores; e enquanto aguardo com temor o im desta
minha vida, enquanto reviso meus pecados, enquanto temo Teu
julgamento sobre mim, enquanto penso na hora da morte, enquanto
estremeço com os tormentos do inferno, enquanto nã o sei com que
rigor e escrutı́nio Tu pesas todas as minhas obras e ignoras
profundamente o tipo de im que deve encerrar tudo; enquanto, em
suma, eu giro tudo isso e muito mais no fundo do meu coraçã o; Tu, ó
Senhor Deus, está s perto para me consolar com Tua costumeira
misericó rdia, e em meio a essas minhas queixas, esses meus gemidos e
suspiros excessivos extraı́dos do fundo do meu coraçã o, elevam minha
mente triste e ansiosa acima os cumes dos montes até o jardim das
especiarias, e ali me pô s em um lugar de pastagem junto aos rios de
á guas doces, e preparou diante de mim uma mesa de entretenimento
mú ltiplo para refrescar meu espı́rito cansado e alegrar meu coraçã o
triste; e assim inalmente revivido com essas iguarias e elevado acima
das alturas da terra, eu descanso inalmente em Ti, em Ti, verdadeira
Paz.
Livro de Meditaçõ es e Oraçõ es de Santo Anselmo
D Q M
[§ 75. Sobre os temas da meditação .] [ 6 ] Ningué m se canse de ouvir o
que pode despertar o amor de Deus. Agora lemos no Evangelho que
havia duas irmã s que amavam seu Senhor com uma devoçã o ardente; e
embora cada uma das duas amasse a Deus e ao pró ximo, a ocupaçã o
especial de Marta era atender seus vizinhos, enquanto Maria bebia da
pró pria Fonte de amor.
Com toda devoçã o siga nossa Mã e depois disso até Belé m, e
atenda-a quando ela se desviar para a hospedaria; curva-te
reverentemente enquanto ela dá à luz o seu Filho; e quando o bebê é
colocado na manjedoura, irrompe em gritos de exultaçã o, e canta com
Isaı́as, 'Uma criança nos nasceu: e um ilho nos é dado' ( Is. ix. 7 ), e
abrace aquele querido berço dele. Deixe o amor temperar a timidez e a
devoçã o banir o medo, e assim pressione seus lá bios naqueles pé s mais
sagrados e imprima beijos em seus joelhos. E entã o recorde em
imaginaçã o as vigı́lias dos pastores, e maravilhe-se com as tropas de
anjos, e misture suas oraçõ es com a melodia ensinada pelo cé u,
cantando em seu coraçã o e cantando com seus lá bios, 'Gló ria a Deus nas
alturas!' (Sã o Lucas 2.14 .)
Nem deve você em sua meditaçã o passar por cima dos Magos e
suas oferendas; nem deixá -lo voar para o Egito sem escolta. Deixe o
olho de sua devoçã o observar o Menino Jesus docemente chupando os
seios doces da gloriosa Virgem Mã e, e depois de uma criança nã o
colocar a mã o no seio de sua mã e, e olhando para ela e sorrindo para
ela. Que visã o mais doce? o que mais delicioso? Veja Aquele que E, o
In inito, agarrando-se com pequenos braços ao pescoço de uma mã e; e
dizer, 'O feliz, e mais do que feliz, eu, de ver Quem os reis desejavam ver
e nã o viram!' 'Digno de ser visto é Ele, pois Ele é mais belo do que os
ilhos dos homens' ( Sl. xliv. 3 ).
[§ 78. A fuga para o Egito .] Pense, e pense novamente, com que
pensamentos e meditaçõ es aquela querida Mã e estava extasiada, pois,
toda alegre e cheia de ê xtase, ela O segurou, seu Senhor, ao mesmo
tempo tã o grande e tã o pequena, em seus braços; beijou repetidamente
seu pequeno bebê , enquanto ele brincava em seu colo; ou consolou-o
em suas lá grimas com a cançã o de ninar que podia, embalando-o de
joelhos; ou, ainda, o acalmou com cuidados diligentes, como o amor
maternal a impeliu, de acordo com Suas necessidades mutá veis. Você
pode pensar que é verdade a histó ria que relata que no decorrer de Sua
jornada Ele foi capturado por bandidos e resgatado pela bondade de
um certo jovem. Esse rapaz, segundo a lenda, era ilho do chefe dos
ladrõ es; que, ao receber sua parte do butim, e contemplar o Rosto do
Menino no colo de Sua Mã e, vislumbrou em Seu Rosto amá vel uma
majestade tã o brilhante como aquela, nã o duvidando que Ele fosse mais
do que humano, ele se in lamou com amor por Ele, e abraçando-O,
exclamou: 'O Bebê mais abençoado, se algum dia vier a Ti por ter
piedade de mim, lembre-se de mim entã o, e nã o ique desta vez.' Dizem
que este rapaz foi depois o ladrã o que, pendurado cruci icado à mã o
direita de seu Deus, repreendeu a blasfê mia de seu companheiro com
as palavras: 'Nem tu temes a Deus' (Sã o Lucas xxiii. 40 ); mas voltando-
se para o Senhor, e discernindo nele a mesma majestade que uma vez
brilhou na testa do bebê , e atento ao antigo pacto, disse: 'Senhor,
lembra-te de mim quando entrares em Teu Reino' ( ib. 42 ). Acho que
nã o pode haver indiscriçã o em usar essa lenda piedosa como incentivo
ao amor, sem a irmar temerariamente que é verdade.
[§ 79. O início da vida, batismo, jejum e ministério de nosso Senhor .]
E pense você que nenhum acesso de doçura será seu se você
contemplá -lo um menino com meninos em Nazaré ; ou vê -lo esperando
por sua mã e, ajudando seu pai adotivo? E o que você nã o sentirá se,
quando Ele subir a Jerusalé m com Seus pais aos doze anos de idade, e
icar para trá s enquanto eles voltaram, sem saber que Ele estava na
cidade, você for com Sua Mã e em sua busca de trê s dias? para ele? Oh,
em que chuva cairã o suas lá grimas quando você ouvir a Mã e
repreendendo o Filho com palavras de, por assim dizer, doce
reprovaçã o! 'Filho, por que você fez isso conosco?' (Sã o Lucas 2.48 .)
Agora, entã o, que a mulher que foi apanhada em adulté rio esteja
presente em sua lembrança, e lembre-se do que Jesus fez, o que Ele
disse, quando solicitado a sentenciá -la. Ele lançou Seus olhos para a
terra, para que, ao olhar para a mulher, nã o a envergonhasse demais; e
quando, escrevendo na terra, Ele declarou que seus acusadores eram
terrenos e nã o celestiais, Ele disse: 'Aquele que dentre vó s está sem
pecado seja o primeiro que atire pedra nela' (Sã o Joã o viii. 7 ). O
maravilhosa e inextinguı́vel bondade de Cristo! Ele poderia justamente
tê -la condenado; veja quã o misericordiosamente, e ainda com quanta
prudê ncia, Ele a libertou! Pois quando por essa ú nica frase Ele os
repreendeu e os baniu do templo, pense entã o que olhos
misericordiosos Ele ergueu sobre ela, pense com que voz doce e gentil
Ele pronunciou a sentença de Sua absolviçã o. Imagine Seus suspiros,
imagine para si mesmo Suas lá grimas quando Ele disse: 'Ningué m te
condenou' ( ib. viii. 10 ). o futuro. Pois, ó bom Jesus, quando Tu dizes:
'Nem eu te condenarei' ( ib. 10 ), quem—quem fará isso? Deus é Aquele
que justi ica. Quem é aquele que condenará ? ( Rom. viii. 33, 34. ) No
entanto, mais uma vez deixa a Tua voz ser ouvida, 'Vai, e agora nã o
peques mais' (Sã o Joã o viii. 11 ).
E agora suba com Ele para a grande sala de jantar mobiliada (Sã o
Marcos xiv. 15 ), e encontre sua alegria em estar presente na ceia da
salvaçã o. Deixe o amor vencer a timidez, e a devoçã o exclua o medo,
para que pelo menos Ele possa dar uma esmola ao mendigo das
migalhas que caem da mesa; ou entã o ique à distâ ncia e, como um
mendigo esperando o prazer de um homem rico, estenda a mã o para
receber algo. Quando, no entanto, levantando-se da ceia, Ele se cingiu
com uma toalha e derramou á gua em uma bacia (Sã o Joã o xiii. 4, 5 ),
pense que majestade é , o que pode ser, que está lavando os pé s dos
homens e limpando-os; que condescendê ncia é aquela que toca com
mã os tã o sagradas os pé s do traidor. Olhe, observe, espere, e entã o
ofereça a Ele seus pé s para lavar, pois quem Ele nã o lava nã o terá parte
com Ele (Sã o Joã o 13:8 ).
Mas por que tanta pressa de ir? Fique um momento. Por favor,
você vê quem é que acabou de se reclinar em Seu peito e deitar sua
cabeça em Seu seio? Feliz ele, quem quer que seja!
Mas, eis que o traidor avança com a multidã o ı́mpia atrá s dele;
Judas oferece o beijo; eles impõ em as mã os sobre Jesus; eles mantê m
seu Senhor irmemente preso; eles algemam aquelas mã os queridas
Dele. Quem poderia suportar? A piedade, eu sei, enche todo o seu
coraçã o agora, e o zelo in lama todas as suas partes mais ı́ntimas.
Deixe-o em paz, eu lhe peço; deixe-o sofrer; Ele está sofrendo por você .
Por que você quer uma espada? por que sua raiva queima? por que você
está cheio de indignaçã o? Pois se, como Pedro, você cortar uma orelha
de um deles; se você desembainhar a espada e cortar um pé de seu
membro, Ele restaurará tudo; nã o, se você matar um deles, sem dú vida
Ele o ressuscitará novamente.
Nã o; melhor segui-lo até o palá cio do sumo sacerdote, e aquele seu
rosto mais adorá vel, que eles sujam com cuspe, lave, ó lave-o com suas
lá grimas.
O Senhor, olhe para mim; aqui estou eu, adorando Tua Majestade,
nã o matando Tua Carne; adorando Tua morte, nã o zombando de Teus
sofrimentos; meditando em Tua misericó rdia, nã o desprezando Tua
fraqueza. Que, portanto, Tua doce Humanidade interponha em meu
favor, e Tua indizı́vel compaixã o me encomende a Teu Pai; e tu dizes,
querido Senhor, 'Pai, perdoa-o.'
'Entã o um dos soldados abriu seu lado com uma lança' (Sã o Joã o
xix. 34 ). Oh, apresse-se, nã o demore; come teu favo de mel com teu
mel; bebe o teu vinho com o teu leite ( Ct. v. 1 ). O Sangue de Seu Lado é
feito vinho para ti, para que possas beber à tua plenitude, e a Agua se
transformou em leite para tua nutriçã o; e rios sã o feitos em ti na rocha,
feridas em seus membros, e uma caverna na parede de seu corpo.
Esconde-te nessas brechas e aninha-te nelas como uma pomba; e beijar
repetidamente primeiro um e depois outro; e manchado com Seu
Sangue teus lá bios serã o 'como um laço escarlate, e tua fala será doce' (
Cant. iv. 3 ).
E agora que isso acabou, nã o deixe Maria Madalena, mas corteje
sua companhia, ajude-a a preparar as especiarias e venha com ela
oportunamente ao sepulcro do Senhor. Oh, que você mereça ver com os
olhos da alma, como ela fez com a visã o corporal, agora um anjo
sentado na pedra que ele rolou para longe da porta do monumento; e
agora novamente, dentro do monumento, dois, um à cabeceira e outro
aos pé s, pregando a Ressurreiçã o e suas gló rias; e mais uma vez o
pró prio Jesus, refrescando a triste e chorosa Madalena com olhos tã o
gentis, e dizendo com voz tã o doce, 'Maria'. Com esta palavra, todas as
cataratas de sua alma se desprendem, e lá grimas sã o destiladas de sua
medula, e suspiros e soluços do fundo do coraçã o. 'Mary.' O feliz tu!
Quais eram seus pensamentos, seu coraçã o, sua alma, quando, em
resposta a esta palavra, lançando-se a Seus pé s, e saudando-O em troca,
você disse 'Raboni!' Quais foram as emoçõ es, quais foram os anseios,
quais foram os ardores de tua alma, quando tu disseste 'Raboni'? As
lá grimas impedem mais, a emoçã o sufoca a voz e o excesso de amor
absorve todos os sentidos da mente e do corpo. Mas por que, meu
querido Jesus, me expulsas, amando-te como amo, de teus pé s sagrados
e tã o desejados? 'Nã o me toques,' Tu dizes. Por que, ó Senhor, por quê ?
Por que eu nã o posso tocar aqueles Teus Pé s tã o desejados, que foram
escavados com pregos e encharcados de Sangue? Por que nã o posso
tocá -los e acariciá -los com mil beijos? O que! Ele é menos meu amigo
agora que é mais glorioso? Veja, eu nã o te deixarei ir; nã o te deixarei;
nã o pouparei minhas lá grimas; meu coraçã o se quebrará com suspiros
e soluços a menos que eu te toque. Mas Ele diz: 'Nã o Me toque'. Esta
bê nçã o nã o te será recusada, embora seja adiada; apenas vá e diga a
meus irmã os que eu ressuscitei. Ela correu rapidamente, desejando
voltar rapidamente; ela volta, mas nã o sozinha; há outras mulheres com
ela. E Jesus vai ao encontro deles, e com a mais gentil saudaçã o os
levanta de seu desâ nimo e consola sua tristeza. E veja; o que foi adiado
antes é concedido agora. Pois 'eles subiram, e agarraram Seus pé s, e O
adoraram' (Sã o Mateus xxviii. 9 ). Fique aqui, virgem, o quanto puder, e
nã o deixe que o sono interrompa suas alegrias, nem qualquer distraçã o
exterior o interrompa.
Mas porque nesta vida de dores nã o há nada está vel, nada eterno,
nem o homem jamais permanece no mesmo estado, é necessá rio que
nossa alma, enquanto vivermos na carne, seja alimentada com alguma
variedade de alimento. Passemos, pois, das nossas memó rias do
passado à s nossas experiê ncias do presente, para que també m delas
aprendamos o quanto é digno de servir a Deus o nosso amor.
Livro de Meditaçõ es e Oraçõ es de Santo Anselmo
D S M
[§ 86. A revisão do escritor de sua vida passada, e exortação para sua
irmã .] Eu acho que nã o é pouca bê nçã o que Deus, transformando
nossos pais de mal em bem, nos criou de sua carne, e soprou em nó s o
sopro da vida , distinguindo-nos daqueles que caem prematuramente
do ú tero, ou que, engasgados em suas mã es, parecem ter sido
concebidos para a dor do que para a vida. E que Ele ainda nos deu
membros sã os e saudá veis, de modo a nã o ser uma dor para nó s
mesmos ou um objeto de reprovaçã o para os outros, isso certamente é
uma grande bê nçã o. Mas que Ele cronometrou nosso nascimento como
Ele fez, e quis que nascê ssemos entre pessoas por cuja intervençã o
fomos levados à Sua fé e sacramentos; como devemos estimar essa
bê nçã o e a medida da bondade que a motivou? Pois o que nos
regozijamos em encontrar nos foi concedido, vemos ter sido negado a
homens sem nú mero, cuja sorte como homens é idê ntica à nossa. Eles
foram deixados pela justiça, nó s fomos chamados pela graça.
E agora, minha irmã , veja pelo meu caso que grandes coisas Deus
fez por sua alma. Ele fez uma diferença entre você e eu, como se fosse
entre a luz e as trevas; mantendo você para Ele, e me deixando para
mim mesmo. O meu Deus, para onde eu fui? para onde eu voei? para
onde me bani? Afastado de Tua Face como Caim, vivi na terra como
fugitivo e vagabundo, e quem me encontrasse deveria me matar. Pois o
que um criativo miserá vel deveria fazer, abandonado por seu Criador?
Para onde iria a ovelha perdida, para onde se esconderia, despojada de
seu Pastor? O minha irmã , foi uma fera muito má que devorou teu
irmã o. Veja entã o em mim quã o grande foi Sua bondade em manter-te
ileso por tal animal. Como sou miserá vel, que perdi minha inocê ncia!
quã o feliz você , cuja virgindade foi protegida pela compaixã o divina!
Quantas vezes sua pureza foi tentada e atacada, e ainda assim
preservada ilesa! enquanto eu, mergulhando voluntariamente em toda
sorte de vergonha, amontoei em minha alma o combustı́vel de um fogo
que me queimaria, os elementos de uma corrupçã o que me mataria, os
primó rdios dos vermes que me roeriam. Lembre-se, se quiser, de todas
as minhas torpezas pelas quais você costumava se lamentar e pelas
quais muitas vezes me repreendia, você , menina e mulher, eu, menino e
homem. Mas a Escritura nã o fala mal ao dizer: 'Ningué m pode corrigir a
quem Deus desprezou' ( Ecl. vii. 14 ). Oh, quã o ternamente você deve
amar o Deus que, enquanto Ele me rejeitou, atraiu você para Si mesmo;
e, iguais como eram os estados de nó s dois, ainda assim me desprezou e
te amou! Lembre-se, como eu disse, meus excessos vis, quando a nuvem
de luxú ria se ergueu sobre mim, e a concupiscê ncia devassa me cativou,
e nã o havia ningué m para me arrebatar e me salvar ( Sl. vii. 3 ); pois 'as
palavras dos ı́mpios prevaleceram sobre mim', que no cá lice agradá vel
do amor me deu a beber do veneno da devassidã o. A simpatia natural
com seu encanto e o desejo com sua impureza combinados em um, e em
uma idade ainda fraca, me arrastou pelos caminhos á speros do vı́cio e
depois me mergulhou em um redemoinho de enormidades. A tua ira e a
tua indignaçã o vieram sobre mim, ó Deus, e eu nã o sabia. Tornei-me o
esporte de minhas impurezas, elas me destruı́ram e me subjugaram; e
guardaste silê ncio. Ah, minha irmã , considere cuidadosamente em que
vilezas e em que torpeza eu fui lançado por minha pró pria escolha; e
saiba que você també m caiu em tal, mas que a misericó rdia de Cristo
preservou você .
Nã o quero dizer que Ele nã o me concedeu nenhum tipo de bem o
tempo todo que eu nã o digo nada aqui das bê nçã os que acabei de
contar como concedidas a nó s dois Ele com maravilhosa paciê ncia
suportou minhas iniqü idades. A quem devo que a terra nã o me tragou,
que os raios do cé u nã o me feriram, nem os rios me afogaram? Como
poderia a criaçã o ter sofrido tã o grande dano contra o Criador, mas que
Aquele que a fez, Aquele que nã o quer a morte do ı́mpio, mas sim que o
ı́mpio se desvie de seu caminho e viva (Ez. xxxiii. 11), a restringiu ? E, ó ,
Sua graça para seguir o fugitivo como Ele fez, e para me acalmar em
meu alarme, e, desesperado como eu estava, para me restaurar a
esperança, e, familiarizado como estava com as impurezas, para atrair e
encantar me com suas doçuras, e desfaça os outros laços indissolú veis
de um mau há bito, e me retire do mundo, e gentilmente me receba
como seu! Eu passo em silê ncio sobre Seus muitos tratos, muitos e de
grande misericó rdia, para comigo; para que nada da gló ria, que é toda
dele por direito, pareça ser transferida para mim. Pois a bondade do
Doador e a felicidade do destinatá rio estã o tã o ligadas pela
humanidade, mesmo nas estimativas que formam, que nã o apenas o
Doador é elogiado, que era de fato o ú nico que merece elogios, mas
també m o recebedor. Pois quem tem alguma coisa que nã o recebeu? E
se ele o recebeu de graça, por que elogiá -lo como se ele o tivesse
servido? Louvado seja, portanto, a Ti, meu Deus; gló ria a Ti, açã o de
graças a Ti; mas para mim confusã o de rosto ( Dan. ix. 8 ), por isso
tenho feito tantos males e recebido tantos bens. 'Como pode ser, entã o',
você dirá , 'que você recebeu menos do que eu?' O minha irmã , é pelo
mesmo motivo que ele é o homem mais feliz cuja barca é levada pelas
brisas a salvo para o porto com sua carga de mercadorias e seu
carregamento de tesouros; nã o aquele que foi destruı́do e escapou da
morte com a perda de tudo. Você , quero dizer, tem sua felicidade no
tesouro preservado para você pela graça divina; enquanto o principal
trabalho que me incumbe é consertar o que está quebrado, recuperar o
que está perdido, remendar o que está alugado. Nã o, de fato; Eu
gostaria que você icasse com ciú mes de mim, e achasse que seria
motivo de vergonha se, depois de tantas enormidades em minha vida
passada, eu provasse ser igual a você ; pois embora o brilho da
virgindade seja muitas vezes manchado por algumas falhas menores e
ocasionais, tã o bela é sua natureza, maus caminhos odiosos,
persistentes por muito tempo, e pura força do há bito, estragam as
pró prias caracterı́sticas das virtudes que vê m apó s os vı́cios.
Preste atençã o, agora, à resposta que sua consciê ncia dá ; e diga,
que certeza a tua fé te faz, que promessa te oferece a tua esperança, o
que o teu amor espera e anseia? Se a tua vida é um fardo para ti, o
mundo um cansaço e a carne uma dor, entã o certamente a morte é o teu
desejo; morte que remove este jugo pesado, e acaba com a fadiga, e leva
o corpo com sua dor. Este ú nico evento, eu te digo, transcende todas as
delı́cias, todas as honras e todas as riquezas do mundo; se apenas por
causa de uma consciê ncia sem nuvens, uma fé inabalá vel e uma certa
esperança, você nã o tem medo de morrer; como ele experimentará
melhor cuja alma depois de ter gemido por algum tempo sob a tirania
desse medo da morte, inalmente escapou para um ar mais livre. Pois
esta é uma antecipaçã o salutar de tua futura bem-aventurança;
descobrir, quero dizer, que à medida que a morte avança lentamente,
você pode superar esse horror natural pela fé , temperá -lo pela
esperança, mantê -lo à distâ ncia por uma consciê ncia reconciliada e
pura; e se assim for, entã o a morte torna-se para ti doravante o inı́cio do
repouso, o im dos trabalhos e o im para sempre de todos os males
morais. Pois assim está escrito: 'Bem-aventurados os mortos, que
morrem no Senhor' ( Apoc. xiv. 13 ). Daı́ o profeta, distinguindo entre a
morte dos ré probos e a morte dos justos, diz: 'Todos os reis das naçõ es
todos dormiram em gló ria, cada um em sua casa. Mas tu é s lançado da
tua sepultura, como um ramo inú til, contaminado e embrulhado' ( Is.
xiv. 18, 19 ). Sim, todos eles dormiram na gló ria, cuja morte foi
composta e santi icada por uma boa consciê ncia; pois 'preciosa é aos
olhos do Senhor a morte dos Seus santos' ( Sl. cxv. 15 ). Sim, de fato;
eles adormeceram em gló ria, cujo sono é assistido por anjos, e
apinhados de santos que correram para dar assistê ncia e ministrar
consolo a seus concidadã os; pois eles lutam por ele contra seus
inimigos, repelindo seus ataques e refutando suas acusaçõ es; e assim,
escoltando a santa alma para frente e para o seio de Abraã o, componha-
a em um lugar de descanso e paz. Nã o é assim com os ı́mpios; nã o é
assim que os espı́ritos malditos que arrancam do corpo como se os
arrastassem para fora de algum sepulcro repugnante com instrumentos
forjados no inferno, lançados no poço “contaminados” pela luxú ria,
“embrulhados” na imundı́cie do desejo, para haver queimado em fogos
por toda parte, para ser dilacerado por pá ssaros, para ser sufocado com
um fedor sem im. Verdadeiramente, 'a expectativa dos justos é alegria,
mas a esperança dos ı́mpios perecerá ' ( Prov. x. 28 ). Mas qual será esse
descanso e essa paz, e essa alegria no seio de Abraã o que é assegurada
aos que ali descansam; e qual é a felicidade que eles esperam; nenhuma
pena tem habilidade para explicá -lo, pois nenhum homem vivo
experimentou o que é . Eles esperam, eles esperam com feliz expectativa
que o nú mero de seus irmã os se complete, para que, no dia da
ressurreiçã o, todos possam desfrutar juntos do seu manto duplo, [ 8 ]
isto é , felicidade sem im, tanto de corpo e da alma.
[§ 88. O Dia do Juízo: a mão direita e a esquerda .] Agora examine
os terrores daquele dia em que as virtudes dos cé us serã o movidas,
quando os elementos serã o dissolvidos pelo calor ardente, quando o
inferno será revelado, quando todas as coisas ocultas forem
descobertas. O Juiz irado descerá de cima, Sua fú ria queimando, e Suas
carruagens como uma tempestade ( Jer. iv. 13 ), para conceder puniçã o
em Sua ira e destruiçã o em chamas de fogo. Oh, feliz aquele que está
preparado para encontrá -Lo! E as almas miserá veis, e elas? Quã o
miserá veis entã o todos aqueles que agora nesta vida estã o
contaminados pelo luxo, desordenados pela avareza, inchados pelo
orgulho. 'Os anjos sairã o, e separarã o os ı́mpios dos justos' (St. Matt.
xiii. 49 ), colocando estes à Sua direita, e aqueles à Sua esquerda.
Agora tome sua posiçã o no meio, por assim dizer, sem saber a qual
companhia a sentença do Juiz vai te entregar. O suspense cruel! 'Temor
e tremor vieram sobre mim, e as trevas 'me cobriram' ( Sl. liv. 6 ). Se Ele
se juntar a mim com os que estã o à Sua esquerda, nã o terei nada a
reclamar contra Sua justiça; se Ele me inscreve com os da direita, a Sua
graça devo atribuı́-la, nã o a nenhum mé rito meu. Na verdade, ó Senhor,
minha vida está em Tua vontade. Muito bem, entã o, que sua alma possa
discorrer em Seu amor; pois, embora Ele possa ter pronunciado sobre
você a sentença lançada contra os ı́mpios, Ele escolheu antes uni-lo com
os justos, para que Ele possa salvá -lo.
Imagine, portanto, que você está unido a essa companhia sagrada,
e que você ouve a sentença de Seus lá bios: 'Vinde, benditos de Meu Pai,
possui o reino preparado para você desde a fundaçã o do mundo' (Sã o
Mat. xxv. 34 ). E entã o, os miserá veis ouvindo isto, aquela outra palavra
do Senhor, cheia de ira e fú ria, 'Afastai-vos de mim, malditos, para o fogo
eterno' ( ib. 41 ). 'Estes irã o', Ele nos diz, 'para o castigo eterno; mas o
justo para a vida eterna' ( ib. 46 ). O cruel separaçã o! O miserá vel lote!
Pois, tendo os ı́mpios sido levados para que nã o vejam a gló ria de Deus,
os justos serã o levados, cada um em sua ordem, e colocados em seu
pró prio lugar, de acordo com seu grau e mé rito, entre as ileiras dos
anjos; e entã o a gloriosa procissã o começará , Cristo nosso Cabeça
liderando, e todos os Seus membros seguindo; e o reino será entregue a
Deus Pai, para que reine neles e eles nele, participando daquele reino
que lhes foi preparado desde a fundaçã o do mundo; um reino cujo
estado glorioso nã o pode sequer ser concebido por nó s, muito menos
descrito por escrito ou por palavras. Só isso eu sei, que tudo o que você
deseja ter nã o deve faltar.
[§ 89. As alegrias do céu, e a alegria das alegrias .] Pois nã o há luto,
nem pranto, nem tristeza, nem medo. Nã o há tristeza ali, nem diferença,
nem inveja, nem angú stia, nem tentaçã o, nem mudança e nem
insalubridade do clima; sem suspeita, sem ingimento, sem bajulaçã o,
sem depreciaçã o, sem doença, sem idade, sem morte, sem pobreza, sem
noite, sem melancolia; nã o há necessidade de comer, beber ou dormir; e
sem fadiga. O que há de bom, entã o, lá ? Pois, certamente, onde nã o há
luto, nem choro, nem tristeza, nem tristeza, o que pode haver senã o a
perfeita alegria? Onde nã o há provaçã o, nem angú stia, nem mudança de
estaçõ es, nem insalubridade do clima; nenhum verã o muito violento,
nenhum inverno muito severo; o que, o que pode haver senã o uma
certa temperatura perfeita dos elementos, e verdadeira e absoluta
tranquilidade tanto do corpo quanto da mente? Onde nã o há motivo
para medo, o que pode haver senã o a má xima segurança? Quando nã o
há inveja nem estranhamento, o que senã o o amor real e perfeito? Onde
nã o há falta de beleza, o que é a beleza real e consumada? Onde nã o há
pobreza, o que senã o a plenitude perfeita? Onde nem trabalho nem
exaustã o, o que senã o repouso absoluto e força má xima? Onde nã o há
nada para oprimir ou sobrecarregar, o que pode haver senã o plenitude
de felicidade? E onde a velhice e a doença nunca sã o esperadas, nunca
temidas, o que senã o a mais verdadeira saú de? Onde nã o há noite e nã o
há escuridã o, o que senã o a luz perfeita? Onde a morte e a mortalidade
sã o completamente engolidas, o que há alé m da vida eterna?
Mas, embora sejas grande nas grandes coisas, ainda mostras mais
glorioso ainda no mı́nimo; e mais doce do que nunca, mais abundante
do que nunca, será o teu louvor na boca dos homens, quando, por meio
de mim, que sou tã o pequeno, tiveres dignado fazer grandes coisas pelo
teu rebanho. Envia, pois, em meu socorro o teu santo anjo do cé u, para
que ele, me ajudando em todas as coisas, faça prosperar em minhas
mã os esta tua obra; para que Teu Nome seja glori icado em mim, um
miserá vel pecador. Rico em misericó rdia, abundante em dons, que dá
tudo a todos e nada perde, concede-me ajuda celestial e terrena em
plena su iciê ncia, para que eu possa alimentar e sustentar o Teu
rebanho no corpo e na alma, e acolher sem qualquer hesitaçã o aqueles
que vierem em Teu Nome, e també m ordenar e preparar para o repouso
e bem-estar de meus irmã os todos os lugares con iados à minha
administraçã o, conforme for adequado e como o dever ordena. Tudo
isso te peço, ó Senhor nosso Deus; pois todas as nossas bê nçã os sã o
dá divas de Ti, nem podemos servir e agradar a Ti senã o apenas por Tua
dá diva.
[§ 93.] II. O grau em que o homem pode ser amado pelo homem e a
razão pela qual Deus deve ser mais amado do que qualquer ser humano .
O homem que nesta vida recebe um benefı́cio ou outro de um
semelhante nã o raramente amará seu benfeitor com um apego tã o
fervoroso, e se dedicará a seu serviço com total auto-abandono, a ponto
de nã o hesitar em enfrentar a morte, e que mais de uma vez, em seu
nome, se o interesse desse benfeitor assim o exigir. E, no entanto,
ningué m é tã o desprovido de sentido que nã o esteja su icientemente
ciente de que nada que um homem possa possuir nesta vida, nada que
um homem possa dar a outro, pode ser retido para sempre, mas que o
proprietá rio deve renunciar antes que termine no curso normal das
coisas, ou, se nã o antes, pelo menos quando chegar ao im.
Mas o que Deus nesta vida dá ao homem é tal que ele nunca pode
se separar dele e que ningué m pode tirar dele, ou entã o é tal que,
embora o homem devesse renunciar a isso, era possı́vel para ele, por
meio dele, merecer uma existê ncia por toda a eternidade com seu
Criador em uma vida de bem-aventurança. Nesta vida, poré m, Deus
freqü entemente dá ao homem os meios de viver de acordo com a razã o,
de amar seu Criador como Ele ordena e como é justo, de prestar
obediê ncia persistente e invariá vel aos Seus mandamentos; e ningué m
pode privá -lo desse bem, a menos que ele pró prio o renuncie. Dinheiro,
dinheiro perecı́vel, ele deve renunciar, quer ou nã o; mas, enquanto ele o
tiver, se ele o dispensar como seu Deus ordenou, ele terá mé rito ao fazê -
lo para alcançar a vida eterna.
[§ 94.] III. Deus fez todas as coisas boas, mas só Ele é essencialmente
bom . O carı́ssimo e dulcı́ssimo Senhor Jesus Cristo, que é s o
misericordioso Amante do homem bondoso e compassivo Redentor dos
pecadores, que minha alma Vos adore, que toda a minha vida seja gasta
em Vosso serviço, que todas as minhas partes internas anseiem por Vó s.
Minha pobre alma deseja, ó Senhor, deseja pensar em Ti, esquadrinhar
Tuas maravilhas, e conhecer plenamente como Tu é s bom para os
pecadores, para que nã o, caindo em desespero por causa de meus
pecados, eu, por escolha deliberada, me afaste de mim. da Tua bondade;
mas que, ixando minha mente em Ti, e crendo em Ti, que é s a Verdade,
posso agora inalmente desistir de meus maus caminhos, e rede inir
para fazer o que é certo uma vontade que foi distorcida e dobrada pelos
pecados e atos perversos.
Eu sei, ó Senhor, que do nada izeste todas as coisas que sã o; que
eles nã o eram, e tu os izeste; mas Tu que os izeste sempre existiu, e
nunca houve tempo em que Tu nã o existisse. Tu sempre foste bom,
sempre onipotente; e, portanto, todas as coisas que Tu izeste, Tu as
izeste boas. Tu, portanto, que foste, é s e será s, para sempre; e Quem
nã o se esforça da nã o-existê ncia para o ser; como o Ser sempre foi Teu,
assim també m a bondade e a onipotê ncia sempre foram Tuas. E,
portanto, Tu nã o tens outra lei de ser alé m da bondade e onipotê ncia; e
o que é para Ti a lei do ser é por esse mesmo fato bondade e
onipotê ncia; e assim Tu nã o podes ser senã o bom e onipotente. E assim
de tudo o que pode ser predicado ou acreditado de Ti da mesma
maneira.
[§ 97.] VI. O homem é composto de duas partes; por uma das quais
ele é elevado às coisas mais altas, e pela outra, rebaixado às mais baixas .
Agora o homem é composto de duas partes; um deles na ordem da
alma, o outro na ordem da carne. A tendê ncia natural da alma - pois a
alma é uma substâ ncia espiritual - é pela pró pria lei de seu ser para
objetos acima de si mesma; mas a da carne - visto que a carne passa do
desejo para a regiã o dos apetites carnais - é por uma espé cie de lei
inerente à s coisas de baixo. Entre esses dois componentes naturais do
homem está a vontade, ocupando por assim dizer um lugar
intermediá rio e dotado de livre poder de escolha. E se a vontade, pelo
exercı́cio dessa livre escolha, se unir e se unir à alma, que por uma lei
inerente tende para cima, entã o alma e vontade por sua força unida -
nã o, poré m, sem inspiraçã o da graça divina - elevam o a carne para
cima consigo mesma para uma esfera mais alta, e a aloja lá , para viver
sem im em felicidade eterna – felicidade, de fato; pois agora,
inalmente, nã o há repugnâ ncia entre a carne e a alma, mas eles tê m
sempre um ú nico amor, uma ú nica vontade; e entã o a vontade de Deus,
o Criador, e do homem, a criatura que Ele fez à Sua pró pria imagem e
semelhança, será simplesmente, absolutamente uma; pois Deus será
tudo em todos ( 1 Cor. xv. 28 ). Mas se, pelo contrá rio, a vontade, por
meio desse mesmo livre arbı́trio, se une aos desejos da carne, que por
uma certa tendê ncia inerente se inclinam para as coisas mais baixas,
entã o a vontade, fazendo tã o mal uso de seu livre escolha, e com ela a
carne se une para arrastar para baixo a alma, desprovida de assistê ncia
de cima; e os pecados do homem mergulham o homem inteiro, o ser do
homem - sua alma, a saber, e seu corpo - na destruiçã o, de modo a nã o
possuir nada alé m de doenças e suportar nada alé m de tormento.
[§ 98.] VII. Aqui o homem ora a Deus para não permitir que ele faça
mau uso de seu livre poder de escolha . O meu dulcı́ssimo Senhor e
misericordioso Deus, meu Criador, minha Salvaçã o, minha Vida, minha
Esperança, minha Consolaçã o e meu Refú gio, Tu governas e sustentas
meu poder de livre escolha por Tua graça e por Tua benignidade todo
misericordiosa , para que eu nã o possa por um mau uso ofender a Ti,
meu querido Criador; e sempre que o mal me encanta, ou sempre o
executo em ato, esmague e destrua todo o meu desejo maligno. Preferia
eu, ó querido Pai, ser arrastado mesmo contra minha vontade por Ti, e
jogado algemado e acorrentado em algum canto negligenciado de Tua
casa, e deixado ali deitado, do que ser separado de Ti; e lá , embora eu
nã o possa, por causa de meus pecados, ter permissã o para contemplar
Tua Face misericordiosa, ainda assim seja meu pelo menos ouvir a
alegria e a alegria daqueles que esperam em Ti.
Mas por que nã o temo Teus julgamentos, a menos que seja. que
sou tã o negligente em meditar sobre eles? E, para que eu nã o possa
pensar neles com a frequê ncia que deveria, meus defeitos estã o sempre
em meu caminho, lisonjeando-me e bajulando-me com prazeres e
seduçõ es carregadas de morte. O Senhor, ó Senhor, eis que 'eu sou teu
servo, e ilho de tua serva' ( Sl. cxv. 16 ); pois, embora um pecador, ainda
assim o ilho de Tua santa Igreja. Mas o que eu disse! Como eu poderia
ousar usar as palavras 'Teu servo', quando eu sei muito bem que sou o
servo dos pecados? pois 'todo aquele que comete pecado é servo do
pecado' (Sã o Joã o viii. 34 ); e nã o deixo de pecar incessantemente; Eu
sou o servo, entã o, do pecado; como, entã o, eu poderia ousar dizer 'Teu
servo'? Nã o nã o; Eu nã o teria dito a palavra, nã o fosse isso, presumindo
em Tua indizı́vel compaixã o, eu poderia até mesmo ousar dizê -la; pois
servo, embora eu seja do pecado pela enfermidade que sofro, sou Teu
servo pelo desejo que, regozijo-me em saber, me foi concedido por Tua
adorá vel bondade. Eu sou, entã o, Teu servo, ó Senhor; se nã o em ato e
há bito, pelo menos em afeiçã o e vontade. Mas aqui estou eu em
situaçã o miserá vel e mais deplorá vel; que, embora eu seja o Teu servo,
ainda assim nã o me esforço para Te render a honra devida ao meu
Senhor, como seria bom que eu deveria. Pois se o izesse, nada, nada
jamais poderia me desviar do pensamento de Ti, e do desejo de Te
compreender, ou da doçura bem-aventurada de Teu amor. O meu
Senhor, ó meu Senhor, por que, já que Tu é s meu Senhor, nã o vivo como
servo do Teu deveria viver? Eu Te possuo como meu Deus, e desejo ser
Teu servo; por que eu, entã o, na prá tica, deixo de levar uma vida digna
de Teu servo?
O que, Deus altı́ssimo, o que esse Teu exı́lio distante deve fazer? O
que Teu servo deve fazer, ansioso por Te amar, e de longe banido de Tua
Presença? Ele anseia por Te ver, e Tua Face está muito longe dele; ele
deseja se aproximar de Ti, e Tua morada é inacessı́vel; ele deseja
encontrar-te, mas nã o conhece o lugar do teu descanso; e se esforça
para Te buscar, mas nã o pode dizer como é a Tua Face.
O Senhor, Tu é s meu Deus e meu Senhor, e eu nunca Te vi. Tu me
izeste e re-criou, e todas as bê nçã os que tenho sã o de Tua dá diva; e
ainda nã o te conheço. Fui criado para Te contemplar e ainda nã o atingi
o objetivo de minha criaçã o. O triste estado do homem! pois o homem
renunciou à quilo para que foi criado. O difı́cil, ó cruel! O que,
infelizmente, ele perdeu, e o que ele encontrou? O que foi e o que icou?
Ele perdeu a bem-aventurança para a qual foi criado e encontrou a
misé ria para a qual nunca foi feito; o que se foi sem o qual nã o existe
felicidade, e o que permaneceu o que por si só é mera misé ria. E entã o
comeu o pã o das dores, sem saber.
Triste perda, triste luto, triste tudo! Mas ai de mim, pobre de mim,
um dos outros pobres ilhos de Eva banidos de seu Deus. O que eu me
esforcei, o que consegui? Para onde fui e o que alcancei? A que aspirei, e
onde estou suspirando agora, 'Busquei a paz, e nã o há bem; e para o
tempo da cura, e eis a angú stia'? ( Jer. xiv. 19. )
E aquele que gozar deste bem, o que ele terá , antes, o que ele nã o
terá ? O que quer que ele deseje, ele terá ; e nã o desejar, ele nã o terá . Sim,
ele terá bê nçã os de corpo e de alma, como o ouvido nã o ouviu, o olho
nã o viu e o coraçã o do homem nã o concebeu.
Por que, entã o, você vaga tã o longe, pobre ilho da terra, em sua
busca de bens para o corpo e a alma? Ame o Unico Bem, em quem estã o
todas as coisas boas, e isso basta. Por que, ó minha carne, você ama? O
que desejas, ó minha alma? Tudo o que você ama, tudo o que você
deseja, está lá . Se a beleza te encanta, 'fulgebunt justi sicut sol' (Sã o
Mat. xiii. 43 ) — o justo deve brilhar como o sol. Ou se a agilidade, ou
força, ou lexibilidade do corpo, como nada pode resistir; 'erunt similes
angelis Dei' (Sã o Lucas xx. 36 ) - eles serã o como os anjos de Deus, pois
'é semeado um corpo natural, nascerá um corpo espiritual;' espiritual,
isto é , em capacidade, embora nã o em essê ncia. Se saú de e vida longa
tê m encantos para você , eternidade saudá vel e saú de eterna estã o lá ,
pois 'o justo viverá para sempre' ( Sabedoria v. 16 ), e 'a salvaçã o do
justo vem do Senhor' ( Sl. xxxvi . 39 ). Se abundâ ncia, 'eles serã o
satisfeitos quando a gló ria de Deus aparecer' ( Sl. xvi. 15 ). Se melodia,
ali os anjos cantam juntos sem im a Deus. Se satisfaçã o, 'eles serã o
inebriados com a abundâ ncia de Tua casa' ( Sl. xxxv. 9 ). Se todo e
qualquer prazer puro e imaculado tem atraçã o por você , 'Tu os fará s
beber da torrente do Teu prazer' ( Sl. xxxv. 9 ). Se sabedoria, a
Sabedoria de Deus se mostrará a eles eternamente. Se amizade, eles
amarã o a Deus mais do que a si mesmos, e Deus os amará mais do que
eles amam a si mesmos; porque eles o amarã o, e nele, uns aos outros; e
Ele amará a Si mesmo, e a eles em Si mesmo. Se houver concordâ ncia,
todos terã o uma vontade; pois eles nã o terã o vontade senã o a de Deus.
Se for poder, eles terã o perfeito domı́nio de sua pró pria vontade, como
Deus tem de Sua. Pois, como a vontade de Deus será a medida exata de
Seu poder, nEle seu poder será como sua vontade. Pois, como eles nã o
desejarã o nada à parte dEle, assim mesmo Ele desejará o que eles
quiserem, e o que Ele desejar nã o pode de forma alguma senã o ser. Se
honra e riqueza, Deus colocará Seus servos bons e ié is sobre muitas
coisas; sim, eles serã o chamados ilhos de Deus e deuses; e onde o Filho
está , eles també m estarã o, 'herdeiros de Deus, e co-herdeiros com
Cristo' ( Rom. viii. 17 ). Se houver verdadeira segurança, eles
certamente estarã o certos de que nã o perderã o seu tesouro por
qualquer escolha deles, e que seu amado Senhor nã o o tirará de Seus
amantes; e que nã o há nada mais forte do que Deus, que deve separar
um Deus relutante e Suas criaturas relutantes um do outro.
Mas qual e quã o grande é a alegria ali, onde tal e tã o grande é o
bem! O coraçã o do homem, pobre coraçã o; coraçã o desgastado por
a liçõ es, sim, sobrecarregado por a liçõ es; o que, qual seria a sua alegria
se você tivesse todas essas bê nçã os, e as tivesse em abundâ ncia?
Certamente, se qualquer outra alma a quem você amasse como você
mesmo desfrutasse da mesma felicidade que você , sua alegria seria
dobrada; pois nã o te regozijará s nem um pouco menos por ele do que
por ti mesmo. E da mesma maneira, se dois, ou trê s, ou muitos mais
tivessem a mesma felicidade que você , você se alegraria por cada alma
entre eles como você se alegraria por si mesmo, se seu amor por cada
um deles fosse igual ao seu amor por você mesmo. Nessa caridade
perfeita, portanto, de inú meros anjos bem-aventurados e almas santas,
no lar onde ningué m ama a ningué m menos do que a si mesmo, é
igualmente verdade que cada alma, cada anjo, se alegrará por causa de
cada um. nada menos do que para seu pró prio bem.
Se, entã o, o coraçã o do homem mal pode abranger sua pró pria
alegria, para ser gerado de sua pró pria felicidade tã o grande, como
poderá abranger tantas e tã o grandes alegrias? Pois é verdade que tã o
grande quanto é o amor de qualquer um por outro, tã o grande será sua
alegria pelo bem daquele outro. Mas, ó , nessa felicidade perfeita, cada
um amará seu Deus mais, incomparavelmente mais, do que será seu
amor por si mesmo, e por todos os outros seres consigo mesmo; e,
portanto, ele se alegrará mais, mais alé m de todo poder de contar ou
imaginar; ele se regozijará mais na felicidade de Deus do que em sua
pró pria felicidade e na de todos os outros. Mas e se eles amam a Deus
de todo o coraçã o, de toda a mente, de toda a alma, de modo que todo o
coraçã o, toda a mente, toda a alma nã o seja su iciente para que Seu
valor seja amado, por que, entã o, o justo regozije-se nessa felicidade
suprema com todo o seu coraçã o, toda a sua mente, toda a sua alma,
que todo coraçã o, toda mente, toda alma nã o será su iciente para a
plenitude de sua alegria.
O FIM.
Gênesis 1
1 No princı́pio, Deus criou os cé us e a terra. 2 A terra era sem forma
bom. Deus separou a luz das trevas. 5 Deus chamou a luz de “dia”, e as
trevas ele chamou de “noite”. Houve tarde e houve manhã , o primeiro
dia.
6 Deus disse: “Haja uma expansã o no meio das á guas, e que ela
espé cie, gado, ré pteis e animais da terra conforme a sua espé cie”; e foi
assim. 25 Deus fez os animais da terra conforme a sua espé cie, e o gado
conforme a sua espé cie, e tudo o que rasteja sobre a terra conforme a
sua espé cie. Deus viu que isso era bom.
26 Deus disse: “Façamos o homem à nossa imagem, conforme a
nossa semelhança. Domine sobre os peixes do mar, e sobre as aves do
cé u, e sobre os animais domé sticos, e sobre toda a terra, e sobre todo
ré ptil que rasteja sobre a terra”. 27 Deus criou o homem à sua imagem. A
imagem de Deus ele o criou; macho e fê mea os criou. 28 Deus os
abençoou. Deus lhes disse: “Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a
terra e sujeitai-a. Domine sobre os peixes do mar, sobre as aves do cé u
e sobre todos os animais que se movem sobre a terra”. 29 Deus disse:
“Eis que vos dei toda erva que dá semente, que está sobre a superfı́cie
de toda a terra, e toda á rvore que dá fruto que dá semente. Será sua
comida. 30 A todo animal da terra, e a toda ave do cé u, e a tudo o que
rasteja sobre a terra, em que há vida, dei por mantimento toda erva
verde; e foi assim.
31 Deus viu tudo o que havia feito, e eis que era muito bom. Houve
para melhor, mas para pior. 18 Pois antes de tudo, quando você s se
reú nem na assemblé ia, ouço que existem divisõ es entre você s, e
acredito nisso em parte. 19 Pois també m é necessá rio que haja facçõ es
entre vó s, para que se manifestem entre vó s os aprovados. 20 Portanto,
quando você s se reú nem, nã o é a ceia do Senhor que você s comem. 21
Pois, ao comerem, cada um come primeiro a sua pró pria ceia. Um está
com fome e outro está bê bado. 22 O quê , você nã o tem casas para comer
e beber? Ou você despreza a assemblé ia de Deus e envergonha aqueles
que nã o tê m o su iciente? O que devo dizer a você ? Devo te louvar?
Nisto eu nã o te louvo.
23 Pois recebi do Senhor o que també m vos entreguei: que o Senhor
Jesus, na noite em que foi traı́do, tomou pã o. 24 Depois de dar graças,
partiu-o e disse: “Tome, coma. Este é o meu corpo, que está quebrado
por você . Faça isso em memó ria de mim.” 25 Assim també m tomou o
cá lice, depois da ceia, dizendo: “Este cá lice é a nova aliança no meu
sangue. Faça isso, quantas vezes você beber, em memó ria de mim.” 26
Pois todas as vezes que comerdes este pã o e beberdes este cá lice,
anunciais a morte do Senhor até que ele venha. 27 Portanto, quem
comer este pã o ou beber o cá lice do Senhor de maneira indigna do
Senhor será culpado do corpo e do sangue do Senhor. 28 Mas examine-
se o homem a si mesmo, e assim coma do pã o e beba do cá lice. 29 Pois
quem come e bebe indignamente, come e bebe para julgamento, se nã o
discernir o corpo do Senhor. 30 Por isso, muitos de você s estã o fracos e
doentes, e nã o poucos dormem. 31 Pois se nos discernı́ssemos, nã o
serı́amos julgados. 32 Mas quando somos julgados, somos castigados
pelo Senhor, para que nã o sejamos condenados com o mundo. 33
Portanto, meus irmã os, quando você s se reunirem para comer,
esperem uns pelos outros. 34 Mas, se algué m tiver fome, coma em casa,
para que a vossa reuniã o nã o seja para julgamento. O resto eu porei em
ordem quando vier.
Sirach 47
1E depois dele se levantou Natã
Para profetizar nos dias de Davi.
2 Como é a gordura quando separada da oferta pacı́ ica,
gló ria;
Com todo o coraçã o ele cantou louvores,
E amou aquele que o fez.
9 També m pô s cantores diante do altar,
onde havia uma sinagoga judaica. 2 Paulo, como era seu costume, foi ter
com eles e durante trê s sá bados arrazoou com eles sobre as Escrituras,
3 explicando e demonstrando que o Cristo devia padecer e ressuscitar
saber o que é este novo ensinamento de que você está falando? 20 Pois
você traz certas coisas estranhas aos nossos ouvidos. Queremos saber,
portanto, o que essas coisas signi icam.” 21 Ora, todos os atenienses e
os estrangeiros que ali viviam nã o se ocupavam com outra coisa senã o
para contar ou ouvir alguma coisa nova.
22 Paulo estava no meio do Areó pago e disse: “Homens de Atenas,
que você está é terra santa”. 6 Alé m disso, ele disse: “Eu sou o Deus de
seu pai, o Deus de Abraã o, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó ”.
Moisé s escondeu o rosto porque tinha medo de olhar para Deus.
7 O Senhor disse: “Certamente vi a a liçã o do meu povo que está no
Egito, e ouvi o seu clamor por causa dos seus feitores, pois conheço as
suas dores. 8 Desci para livrá -los das mã os dos egı́pcios e para fazê -los
subir daquela terra para uma terra boa e grande, para uma terra que
mana leite e mel; ao lugar do cananeu, do heteu, do amorreu, do
ferezeu, do heveu e do jebuseu. 9 Agora, eis que o clamor dos ilhos de
Israel chegou a mim. Alé m disso, vi a opressã o com que os egı́pcios os
oprimem. 10 Venha agora, e eu o enviarei a Faraó , para que tire meu
povo, os ilhos de Israel, do Egito”.
11 Moisé s disse a Deus: “Quem sou eu para ir a Faraó e tirar os ilhos
de Israel do Egito?”
12 Ele disse: “Certamente estarei com você s. Este será
o sinal para
você que eu te enviei: quando você tiver tirado o povo do Egito, você
servirá a Deus neste monte”.
13 Moisé s disse a Deus: “Eis que quando eu for aos ilhos de Israel
e lhes disser: 'O Deus de vossos pais me enviou a você s', e eles me
perguntarem: 'Qual é o nome dele?' o que devo dizer a eles?”
14 Deus disse a Moisé s: “EU SOU O QUE SOU”, e ele disse: “Você deve
dizer isto aos ilhos de Israel: 'EU SOU me enviou a você s'. ” 15 Deus
disse ainda a Moisé s: “Você deve dizer isso aos ilhos de Israel:
'Yahweh, o Deus de seus pais, o Deus de Abraã o, o Deus de Isaque e o
Deus de Jacó , me enviou a você s'. Este é o meu nome para sempre, e
este é o meu memorial para todas as geraçõ es. 16 Vá e reú na os anciã os
de Israel e diga-lhes: 'Yahweh, o Deus de seus pais, o Deus de Abraã o, de
Isaque e de Jacó , me apareceu, dizendo: Certamente te visitei e visto o
que vos foi feito no Egito. 17 Eu disse: Eu os farei subir da a liçã o do
Egito para a terra dos cananeus, dos heteus, dos amorreus, dos
ferezeus, dos heveus e dos jebuseus, para uma terra que mana leite e
mel”. ' 18 Eles ouvirã o a sua voz. Você s e os anciã os de Israel virã o ao rei
do Egito, e lhe dirã o: 'Yahweh, o Deus dos hebreus, nos encontrou.
Agora, por favor, deixe-nos ir caminho de trê s dias ao deserto, para que
sacri iquemos ao Senhor, nosso Deus.' 19 Eu sei que o rei do Egito nã o
vai te dar permissã o para ir, nã o, nã o por mã o forte. 20 Estenderei a
mã o e ferirei o Egito com todas as minhas maravilhas que farei no
meio deles, e depois disso ele vos deixará ir. 21 Darei graça a este povo
aos olhos dos egı́pcios, e acontecerá que, quando fores, nã o sairá s de
mã os vazias. 22 Mas toda mulher pedirá ao seu vizinho e à que visita a
sua casa jó ias de prata, jó ias de ouro e roupas. Tu as porá s sobre teus
ilhos e sobre tuas ilhas. Você deve saquear os egı́pcios”.
João 15
1 “Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o agricultor. 2 Cada galho
em mim que nã o dá fruto, ele tira. Todo ramo que dá fruto, ele poda,
para que dê mais fruto. 3 Você já está podado por causa da palavra que
eu falei para você . 4 Permaneça em mim, e eu em você . Assim como o
ramo nã o pode dar fruto por si mesmo, a menos que permaneça na
videira, você també m nã o pode, a menos que permaneça em mim. 5 Eu
sou a videira. Você s sã o os ramos. Aquele que permanece em mim e eu
nele dá muito fruto, pois sem mim nada podeis fazer. 6 Se um homem
nã o permanecer em mim, será lançado fora como um ramo e secará ; e
eles os ajuntam, lançam-nos no fogo, e sã o queimados. 7 Se você
permanecer em mim, e minhas palavras permanecerem em você , você
pedirá o que quiser, e isso será feito por você .
8 “Nisto é
glori icado meu Pai, que deis muito fruto; e assim sereis
meus discı́pulos. 9 Assim como o Pai me amou, eu també m amei você s.
Permaneça no meu amor. 10 Se guardares os meus mandamentos,
permanecerá s no meu amor; assim como tenho guardado os
mandamentos de meu Pai e permaneço em seu amor. 11 Estas coisas
vos tenho falado, para que o meu gozo permaneça em vó s, e o vosso
gozo seja completo.
12 “Este é o meu mandamento, que você s se amem, assim como eu
os amei. 13 Ningué m tem maior amor do que este, de algué m dar a vida
pelos seus amigos. 14 Você s sã o meus amigos, se izerem o que eu
mandar. 15 Já nã o vos chamo servos, porque o servo nã o sabe o que faz
o seu senhor. Mas eu os chamei de amigos, pois tudo o que ouvi de meu
Pai, eu dei a conhecer a você s. 16 Você nã o me escolheu, mas eu te
escolhi e te designei, para que você vá e dê fruto, e seu fruto
permaneça; para que tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome, ele
vo-lo conceda.
17 “Estas coisas vos ordeno, para que vos ameis uns aos outros. 18
medida que iam, eram puri icados. 15 Um deles, quando viu que estava
curado, voltou, glori icando a Deus em alta voz. 16 Prostrou-se com o
rosto em terra aos pé s de Jesus, dando-lhe graças; e ele era um
samaritano. 17 Jesus respondeu: “Nã o foram os dez puri icados? Mas
onde estã o os nove? 18 Nã o se achou ningué m que voltasse para dar
gló ria a Deus, exceto este estrangeiro?” 19 Entã o ele lhe disse: “Levante-
se e vá embora. Sua fé o curou”.
20 Ao ser questionado pelos fariseus sobre quando viria o Reino de
Deus, ele lhes respondeu: “O Reino de Deus nã o vem com observaçã o;
21 nem dirã o: 'Olhe, aqui!' ou, 'Olha, lá !' pois eis que o Reino de Deus
um dos dias do Filho do Homem e nã o verã o. 23 Eles lhe dirã o: 'Olhe,
aqui!' ou 'Olha, lá !' Nã o vá embora ou siga atrá s deles, 24 pois como o
relâ mpago, quando brilha de uma parte debaixo do cé u, brilha para
outra parte debaixo do cé u; assim será o Filho do Homem em seus dias.
25 Mas primeiro, ele deve sofrer muitas coisas e ser rejeitado por esta
geraçã o. 26 Como foi nos dias de Noé , assim també m será nos dias do
Filho do Homem. 27 Eles comeram, beberam, se casaram e foram dados
em casamento até o dia em que Noé entrou no navio, e veio o dilú vio e
destruiu a todos. 28 Da mesma forma, como era nos dias de Ló : comiam,
bebiam, compravam, vendiam, plantavam, construı́am; 29 mas no dia
em que Ló saiu de Sodoma, choveu fogo e enxofre do cé u e os destruiu
a todos. 30 Será da mesma maneira no dia em que o Filho do Homem
for revelado. 31 Naquele dia, quem estiver no eirado e os seus bens em
casa, nã o desça para os levar. Aquele que está no campo també m nã o
volte atrá s. 32 Lembre-se da esposa de Ló ! 33 Quem procura salvar sua
vida a perde, mas quem perde sua vida a preserva. 34 Eu lhe digo,
naquela noite haverá duas pessoas em uma cama. Um será levado e o
outro será deixado. 35 Haverá dois grã os de moagem juntos. Um será
levado e o outro será deixado”. 36
37 Eles, respondendo, perguntaram-lhe: “Onde, Senhor?”
sá bio construtor, e outro edi ica sobre ele. Mas que cada homem tenha
cuidado com a forma como constró i sobre isso. 11 Porque ningué m
pode lançar outro fundamento alé m do que já foi posto, que é Jesus
Cristo. 12 Mas, se algué m edi icar sobre o fundamento com ouro, prata,
pedras preciosas, madeira, feno ou palha, 13 a obra de cada um será
revelada. Pois o Dia o declarará , porque é revelado no fogo; e o pró prio
fogo provará que tipo de trabalho é o trabalho de cada homem. 14 Se
icar a obra de algué m que sobre ela edi icou, receberá galardã o. 15 Se a
obra de algué m se queimar, sofrerá prejuı́zo, mas ele mesmo será salvo,
mas como pelo fogo.
16 Você nã o sabe que você é um templo de Deus, e que o Espı́rito de
Deus vive em você ? 17 Se algué m destruir o templo de Deus, Deus o
destruirá ; pois o templo de Deus é santo, o que você é .
18 Ningué m se engane. Se algué m pensa que é sá bio entre vó s neste
mundo, faça-se louco, para que se torne sá bio. 19 Porque a sabedoria
deste mundo é loucura para Deus. Pois está escrito: “Ele tomou os
sá bios em sua astú cia”. 20 E ainda: “O Senhor conhece o raciocı́nio dos
sá bios, que é inú til”. 21 Portanto, ningué m se glorie nos homens. Porque
tudo é vosso, 22 seja Paulo, seja Apolo, seja Cefas, seja o mundo, seja a
vida, seja a morte, seja o presente, seja o futuro. Todos sã o seus, 23 e
você é de Cristo, e Cristo é de Deus.
2 Coríntios 6
1 Juntos, rogamos també m que nã o recebais em vã o a graça de
nó s. Pois está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado no
madeiro, 14 para que a bê nçã o de Abraã o chegue aos gentios por meio
de Cristo Jesus, para que pela fé recebamos a promessa do Espı́rito.
15 Irmã os, falando de termos humanos, embora seja apenas uma
transgressõ es, até que viesse a descendê ncia a quem a promessa foi
feita. Foi ordenado por meio de anjos pela mã o de um mediador. 20 Ora,
um mediador nã o está entre um, mas Deus é um. 21 A lei é entã o contra
as promessas de Deus? Certamente nã o! Pois se houvesse uma lei dada
que pudesse vivi icar, certamente a justiça teria sido da lei. 22 Mas a
Escritura encerrou todas as coisas sob o pecado, para que a promessa
pela fé em Jesus Cristo fosse dada aos que crê em.
23 Mas antes que viesse a fé , está vamos presos sob a lei, con inados
para a fé que depois haveria de ser revelada. 24 De modo que a lei se
tornou nosso tutor para nos conduzir a Cristo, para que sejamos
justi icados pela fé . 25 Mas agora que veio a fé , nã o estamos mais
debaixo de um tutor. 26 Pois todos você s sã o ilhos de Deus, pela fé em
Cristo Jesus. 27 Pois todos vó s que fostes batizados em Cristo vos
revestistes de Cristo. 28 Nã o há judeu nem grego, nã o há escravo nem
livre, nã o há homem nem mulher; pois todos sois um em Cristo Jesus.
29 Se sois de Cristo, sois descendê ncia de Abraã o e herdeiros conforme
a promessa.
Isaías 61
1 O Espı́rito do Senhor Javé está sobre mim,
porque o Senhor me ungiu para pregar boas novas aos humildes.
Ele me enviou para curar os quebrantados de coraçã o,
proclamar liberdade aos cativos
e solte aos que estã o presos,
2 para proclamar o ano da graça de Yahweh
vos foi dada em Cristo Jesus; 5 que em tudo fostes enriquecidos nele,
em toda palavra e em todo conhecimento; 6 assim como o testemunho
de Cristo foi con irmado em você s: 7 de modo que nenhum dom ica
para trá s; esperando a revelaçã o de nosso Senhor Jesus Cristo; 8 que
també m vos con irmará até ao im, irrepreensı́veis no dia de nosso
Senhor Jesus Cristo. 9 Fiel é Deus, por quem fostes chamados à
comunhã o de seu Filho, Jesus Cristo, nosso Senhor.
10 Rogo-vos, irmã os, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que
todos faleis a mesma coisa, e que nã o haja divisõ es entre vó s, mas que
juntamente sejais aperfeiçoados no mesmo pensamento e no mesmo
juı́zo. . 11 Pois me foi relatado a respeito de você s, meus irmã os, por
aqueles que sã o da casa de Cloe, que há contendas entre você s. 12 Agora
quero dizer isto, que cada um de você s diz: “Sigo Paulo”, “Sigo Apolo”,
“Sigo Cefas” e “Sigo Cristo”. 13 Cristo está dividido? Paulo foi cruci icado
por você ? Ou você foi batizado em nome de Paulo? 14 Dou graças a Deus
por nã o ter batizado nenhum de você s, exceto Crispo e Gaio, 15 para que
ningué m diga que eu os batizei em meu pró prio nome. 16 (També m
batizei a famı́lia de Esté fanas; alé m deles, nã o sei se batizei outros.) 17
Porque Cristo nã o me enviou para batizar, mas para pregar o evangelho,
nã o em sabedoria de palavras, para que o cruz de Cristo nã o seria
anulada. 18 Porque a palavra da cruz é loucura para os que estã o
morrendo, mas para nó s, que somos salvos, é o poder de Deus. 19 Pois
está escrito:
“Destruirei a sabedoria dos sá bios.
Eu reduzirei a nada o discernimento dos que tê m discernimento.”
20 Onde está o sá bio? Onde está o escriba? Onde está o advogado
deste mundo? Deus nã o tornou louca a sabedoria deste mundo? 21 Pois
visto que na sabedoria de Deus o mundo pela sua sabedoria nã o
conheceu a Deus, aprouve a Deus pela loucura da pregaçã o salvar os
que crê em. 22 Porque os judeus pedem sinais, os gregos buscam
sabedoria, 23 mas nó s pregamos a Cristo cruci icado: escâ ndalo para os
judeus e loucura para os gregos, 24 mas para os que sã o chamados,
tanto judeus como gregos, Cristo é o poder de Deus e a sabedoria de
Deus; 25 porque a loucura de Deus é mais sá bia do que os homens, e a
fraqueza de Deus é mais forte do que os homens.
26 Porque vedes a vossa vocaçã o, irmã os, que nem muitos sã o
sá bios segundo a carne, nem muitos poderosos, nem muitos nobres; 27
mas Deus escolheu as coisas loucas deste mundo para envergonhar os
sá bios. Deus escolheu as coisas fracas do mundo para envergonhar as
fortes. 28 Deus escolheu as coisas humildes do mundo, e as
desprezı́veis, e as que nã o existem, para reduzir a nada as que existem,
29 para que nenhuma carne se glorie diante de Deus. 30 Por causa dele
estais em Cristo Jesus, que da parte de Deus nos foi feito sabedoria, e
justiça, e santi icaçã o, e redençã o; 31 isto, como está escrito: Quem se
gloriar, glorie-se no Senhor.
Efésios 5
1 Sede, pois, imitadores de Deus, como ilhos amados. 2 Andai em
amor, como també m Cristo nos amou e se entregou por nó s, como
oferta e sacrifı́cio a Deus em cheiro suave.
3 Mas a imoralidade sexual, e toda impureza ou avareza, nem
sequer seja mencionada entre vó s, como convé m aos santos; 4 nem
torpezas, nem conversas tolas, nem gracejos que nã o convê m, mas
antes açõ es de graças.
5 Saibam com certeza que nenhum imoral, nem impuro, nem
ira de Deus vem sobre os ilhos da desobediê ncia. 7 Portanto, nã o sejas
participante deles. 8 Pois você s antes eram trevas, mas agora sã o luz no
Senhor. Andai como ilhos da luz, 9 porque o fruto do Espı́rito está em
toda a bondade, justiça e verdade, 10 provando o que agrada ao Senhor.
11 Nã o tenhais comunhã o com as obras infrutı́feras das trevas, mas
antes até as repreendais. 12 Pois é até vergonhoso falar das coisas que
eles fazem em segredo. 13 Mas todas as coisas, quando reprovadas, sã o
reveladas pela luz, pois tudo o que revela é luz. 14 Por isso diz: Desperta,
tu que dormes, e levanta-te dentre os mortos, e Cristo resplandecerá
sobre ti.
15 Portanto, observe com cuidado como você anda, nã o como
né scios, mas como sá bios, 16 redimindo o tempo, porque os dias sã o
maus. 17 Portanto, nã o sejam tolos, mas entendam qual é a vontade do
Senhor. 18 Nã o vos embriagueis com vinho, que leva à libertinagem,
mas enchei-vos do Espı́rito, 19 falando uns aos outros com salmos,
hinos e câ nticos espirituais; cantando e entoando melodia em seu
coraçã o ao Senhor; 20 dando sempre graças por todas as coisas em
nome de nosso Senhor Jesus Cristo, a Deus e Pai; 21 sujeitando-vos uns
aos outros no temor de Cristo.
22 Mulheres, sujeitem-se a seus pró prios maridos, como ao Senhor.
23 Porque o marido é a cabeça da mulher, como també m Cristo é a
cabeça da assemblé ia, sendo ele mesmo o salvador do corpo. 24 Mas,
como a assemblé ia está sujeita a Cristo, assim també m as mulheres
estejam em tudo com seus maridos.
25 Maridos, amai vossas mulheres, como també m Cristo amou a
“Pai, chegou a hora. Glori ica teu Filho, para que teu Filho també m te
glori ique; 2 assim como você lhe deu autoridade sobre toda a carne,
assim ele dará a vida eterna a todos os que você lhe deu. 3 Esta é a vida
eterna, que te conheçam, o ú nico Deus verdadeiro, e aquele que
enviaste, Jesus Cristo. 4 Eu te glori iquei na terra. Eu realizei o trabalho
que você me deu para fazer. 5 Agora, Pai, glori ica-me contigo mesmo
com a gló ria que eu tinha contigo antes que o mundo existisse. 6 Eu
revelei seu nome para as pessoas que você me deu do mundo. Eles
eram seus, e você os deu para mim. Eles mantiveram sua palavra. 7
Agora eles sabem que todas as coisas que você me deu sã o de você , 8
porque as palavras que me deste eu lhes dei, e eles as receberam, e
sabiam com certeza que eu vim de você . Eles acreditaram que você me
enviou. 9 Eu rezo por eles. Nã o rogo pelo mundo, mas por aqueles que
me deste, porque sã o teus. 10 Todas as coisas que sã o minhas sã o suas,
e as suas sã o minhas, e eu sou glori icado nelas. 11 Eu nã o estou mais
no mundo, mas estes estã o no mundo, e eu vou para você . Santo Padre,
guarda-os pelo teu nome que me deste, para que sejam um, assim
como nó s. 12 Enquanto eu estava com eles no mundo, eu os guardei em
seu nome. Eu guardei aqueles que você me deu. Nenhum deles está
perdido, exceto o ilho da destruiçã o, para que a Escritura possa ser
cumprida. 13 Mas agora vou ter convosco e digo estas coisas no mundo,
para que eles tenham a minha alegria completa em si mesmos. 14 Eu
lhes dei sua palavra. O mundo os odiou, porque eles nã o sã o do mundo,
assim como eu nã o sou do mundo. 15 Eu oro nã o para que você os tire
do mundo, mas para que você os guarde do maligno. 16 Eles nã o sã o do
mundo assim como eu nã o sou do mundo. 17 Santi ica-os na tua
verdade. Sua palavra é a verdade. 18 Assim como você me enviou ao
mundo, eu també m os enviei ao mundo. 19 Por eles eu me santi ico,
para que també m eles sejam santi icados na verdade. 20 Nã o só por
estes oro, mas també m por aqueles que, pela sua palavra, crerem em
mim, 21 para que todos sejam um; assim como tu, Pai, está s em mim e
eu em ti, para que també m eles sejam um em nó s; para que o mundo
creia que me enviaste. 22 A gló ria que você me deu, eu dei a eles; que
eles possam ser um, assim como nó s somos um; 23 eu neles, e você em
mim, para que sejam aperfeiçoados em um; para que o mundo saiba
que você me enviou e os amou, assim como você me amou. 24 Pai,
desejo que també m aqueles que me deste estejam comigo onde eu
estiver, para que vejam a minha gló ria, que me deste, porque me
amaste antes da fundaçã o do mundo. 25 Justo Pai, o mundo nã o te
conhece, mas eu te conheço; e estes sabiam que me enviaste. 26 Eu lhes
dei a conhecer o teu nome, e o farei conhecer; que o amor com que me
amaste esteja neles e eu neles”.
Cantares de Salomão 1
1 O Câ ntico dos câ nticos, que é de Salomã o.
Amado
2 Beije-me com os beijos de sua boca;
Vamos, depressa.
O rei me trouxe para seus aposentos.
Amigos
Ficaremos felizes e regozijaremos em você .
Vamos louvar o seu amor mais do que o vinho!
Amado
Eles estã o certos em te amar.
5 Sou moreno, mas adorá vel,
Lá zaro, que havia morrido, a quem ressuscitou dos mortos. 2 Entã o eles
izeram uma ceia para ele ali. Marta serviu, mas Lá zaro foi um dos que
se sentaram à mesa com ele. 3 Entã o Maria tomou uma libra de
unguento de nardo puro, muito precioso, e ungiu os pé s de Jesus e os
enxugou com os cabelos. A casa encheu-se da fragrâ ncia do unguento. 4
Entã o Judas Iscariotes, ilho de Simã o, um de seus discı́pulos, que o
havia de trair, disse: 5 “Por que nã o se vendeu este ungü ento por
trezentos dená rios e se deu aos pobres?” 6 Ora, ele disse isso, nã o
porque cuidasse dos pobres, mas porque era ladrã o e, tendo a caixa de
dinheiro, costumava roubar o que nela se colocava. 7 Mas Jesus disse:
“Deixe-a em paz. Ela guardou isso para o dia do meu enterro. 8 Porque
sempre tens os pobres contigo, mas nem sempre tens a mim.”
9 Assim, uma grande multidã o de judeus soube que ele estava ali, e
vieram, nã o somente por causa de Jesus, mas també m para ver Lá zaro,
a quem ele havia ressuscitado dentre os mortos. 10 Mas os principais
sacerdotes conspiraram para matar també m Lá zaro, 11 porque por
causa dele muitos judeus foram e creram em Jesus.
12 No dia seguinte, uma grande multidã o veio à
festa. Quando
souberam que Jesus estava vindo para Jerusalé m, 13 tomaram os ramos
das palmeiras, saı́ram ao seu encontro e clamaram: “Hosana! Bem-
aventurado aquele que vem em nome do Senhor, o Rei de Israel!”
14 Jesus, tendo encontrado um jumentinho, montou nele. Como está
escrito: 15 “Nã o tenha medo, ilha de Siã o. Eis que vem o teu Rei,
montado num jumentinho”. 16 Seus discı́pulos nã o entenderam essas
coisas a princı́pio, mas quando Jesus foi glori icado, entã o eles se
lembraram de que essas coisas foram escritas a respeito dele, e que
eles izeram isso com ele. 17 A multidã o, pois, que estava com ele,
quando chamou Lá zaro do sepulcro e o ressuscitou dentre os mortos,
dava testemunho disso. 18 Por isso també m a multidã o foi ao encontro
dele, porque ouviram que ele havia feito este sinal. 19 Os fariseus,
portanto, disseram entre si: “Vejam como você s nã o realizam nada. Eis
que o mundo foi atrá s dele”.
20 Ora, havia alguns gregos entre os que subiram para adorar na
festa. 21 Estes, pois, foram ter com Filipe, que era de Betsaida da
Galilé ia, e lhe perguntaram, dizendo: Senhor, queremos ver Jesus. 22
Filipe veio e contou a André e, por sua vez, André veio com Filipe, e eles
contaram a Jesus. 23 Jesus lhes respondeu: “Chegou a hora de o Filho do
Homem ser glori icado. 24 Certamente eu lhe digo, a menos que um
grã o de trigo caia na terra e morra, ele permanece sozinho. Mas se
morrer, dará muito fruto. 25 Quem ama a sua vida vai perdê -la. Aquele
que odeia sua vida neste mundo a guardará para a vida eterna. 26 Se
algué m me serve, que me siga. Onde eu estiver, ali estará també m o
meu servo. Se algué m me serve, o Pai o honrará .
27 “Agora minha alma estáperturbada. Oque eu devo dizer? 'Pai, me
salve desta vez?' Mas eu vim para este momento por esta causa. 28 Pai,
glori ique o seu nome!”
Entã o uma voz saiu do cé u, dizendo: “Já o glori iquei e o
glori icarei novamente”.
29 Por isso a multidã o que estava ali e o ouviu disse que havia
No entanto, muitos dos prı́ncipes creram nele, mas por causa dos
fariseus nã o o confessaram, para nã o serem expulsos da sinagoga, 43
porque amavam mais o louvor dos homens do que o louvor de Deus.
44 Jesus gritou e disse: “Quem crê em mim, nã o crê em mim, mas
naquele que me enviou. 45 Quem me vê , vê aquele que me enviou. 46 Eu
vim como luz ao mundo, para que todo aquele que crê em mim nã o
permaneça nas trevas. 47 Se algué m ouve minhas palavras e nã o
acredita, eu nã o o julgo. Pois nã o vim para julgar o mundo, mas para
salvar o mundo. 48 Quem me rejeita e nã o aceita as minhas palavras,
tem quem o julgue. A palavra que eu falei o julgará no ú ltimo dia. 49 Pois
eu nã o falei por mim mesmo, mas pelo Pai que me enviou, ele me deu
um mandamento, o que eu deveria dizer e o que eu deveria falar. 50 Sei
que seu mandamento é a vida eterna. Portanto, as coisas que eu falo,
como o Pai me disse, assim falo”.
Isaías 57
1 Os justos perecem,
feri.
Eu me escondi e iquei com raiva;
e ele continuou se desviando no caminho de seu coraçã o.
18 Eu vi os seus caminhos e o curarei.
Eu o conduzirei també m,
e restaure o conforto a ele e aos seus enlutados.
19 Eu crio o fruto dos lá bios:
Paz, paz, para quem está longe e para quem está perto”.
diz o Senhor; “e eu os curarei”.
20 Mas os ı́mpios sã o como o mar agitado;
“para os ı́mpios”.
Provérbios 3
1 Meu ilho, nã o se esqueça do meu ensino;
mas que o teu coraçã o guarde os meus mandamentos:
2 porque eles vos aumentarã o a duraçã o dos dias,
Nenhuma das coisas que você pode desejar deve ser comparada a
ela.
16 A duraçã o dos dias está na sua mã o direita.
Em sua mã o esquerda há riquezas e honra.
17 Os seus caminhos sã o caminhos de delı́cias.
amanhã eu te darei”,
quando você tem isso por você .
29 Nã o planeje o mal contra o seu pró ximo,
Deus.
Muitos o verã o, e temerã o, e con iarã o no Senhor.
4 Bem-aventurado o homem que con ia em Javé ,
“Ah! Ah!”
16 Alegrem-se e regozijem-se em ti todos os que te procuram.
da minha cabeça.
Aqueles que querem me cortar, sendo meus inimigos
injustamente, sã o poderosos.
Eu tenho que restaurar o que eu nã o tirei.
5 Deus, tu conheces a minha tolice.
Por que nã o desisti do espı́rito quando minha mã e me deu à luz?
12 Por que os joelhos me receberam?
isso: que os justos, e os sá bios, e suas obras, estã o nas mã os de Deus;
se é amor ou ó dio, o homem nã o sabe; tudo está diante deles. 2 Todas
as coisas sã o iguais para todos. Há um evento para o justo e para o
ı́mpio; ao bom, ao puro, ao imundo, ao que sacri ica e ao que nã o
sacri ica. Como é o bem, assim é o pecador; quem jura, como quem
teme um juramento. 3 Isto é um mal em tudo o que se faz debaixo do
sol, que há um evento para todos: sim també m, o coraçã o dos ilhos dos
homens está cheio de maldade, e a loucura está em seu coraçã o
enquanto eles vivem, e depois disso eles vã o para os mortos. 4 Pois para
aquele que se une a todos os viventes há esperança; pois um cã o vivo é
melhor do que um leã o morto. 5 Porque os vivos sabem que hã o de
morrer, mas os mortos nada sabem, nem tampouco tê m recompensa;
pois sua memó ria é esquecida. 6 També m seu amor, seu ó dio e sua
inveja pereceram há muito tempo; nem tê m eles parte para sempre em
qualquer coisa que se faça debaixo do sol.
7 Vai, come com alegria o teu pã o e bebe com alegria o teu vinho;
pois Deus já aceitou suas obras. 8 Sejam sempre brancas as suas vestes,
e nã o falte ó leo à sua cabeça. 9 Viva alegremente com a mulher que você
ama todos os dias da sua vida de vaidade, que ele lhe deu debaixo do
sol, todos os seus dias de vaidade, pois essa é a sua porçã o na vida e no
seu trabalho em que você trabalha sob o sol. 10 O que a sua mã o achar
para fazer, faça-o com toda a sua força; pois nã o há trabalho, nem plano,
nem conhecimento, nem sabedoria, no Sheol, para onde você está indo.
11 Voltei e vi debaixo do sol que nã o é
para os ligeiros a carreira,
nem para os fortes a batalha, nem para os sá bios o pã o, nem para os
entendidos as riquezas, nem para os entendidos o favor; mas o tempo e
o acaso acontecem a todos eles. 12 Pois o homem també m nã o conhece
o seu tempo. Como os peixes que sã o apanhados na rede maligna, e
como as aves que sã o apanhadas no laço, assim os ilhos dos homens
sã o enlaçados no mau tempo, quando de repente cai sobre eles.
13 Assim també m vi sabedoria debaixo do sol, e pareceu-me grande.
14 Havia uma pequena cidade e poucos homens nela; e um grande rei
pavilhã o.
No esconderijo do seu taberná culo, ele me esconderá .
Ele vai me levantar em uma rocha.
6 Agora minha cabeça será erguida acima dos meus inimigos ao
meu redor.
Oferecerei sacrifı́cios de alegria em sua tenda.
Eu cantarei, sim, cantarei louvores ao Senhor.
a lor murcha,
porque o sopro de Yahweh sopra sobre ela.
Certamente as pessoas sã o como grama.
8 A grama murcha,
a lor murcha;
mas a palavra do nosso Deus permanece para sempre”.
e quem o instruiu,
e o ensinou no caminho da justiça,
e lhe ensinou o conhecimento,
e mostrou-lhe o caminho do entendimento?
15 Eis que as naçõ es sã o como uma gota em um balde,
Eles sã o considerados por ele como menos do que nada e vaidade.
sabia que eu colho onde nã o semeei e colho onde nã o espalhei. 27 Você
deveria, portanto, ter depositado meu dinheiro com os banqueiros e,
quando eu chegasse, eu deveria ter recebido de volta o meu com juros.
28 Tira, pois, dele o talento e dá -o ao que tem dez talentos. 29 Porque a
todo aquele que tem será dado e terá em abundâ ncia, mas ao que nã o
tem, até o que tem lhe será tirado. 30 Lança o servo inú til nas trevas
exteriores, onde haverá choro e ranger de dentes.'
31 “Mas quando o Filho do Homem vier em sua gló ria, e todos os
santos anjos com ele, entã o se assentará no trono de sua gló ria. 32
Diante dele serã o reunidas todas as naçõ es, e ele as separará umas das
outras, como o pastor separa as ovelhas dos cabritos. 33 Ele porá as
ovelhas à sua direita, mas os bodes à esquerda. 34 Entã o o Rei dirá aos
que estiverem à sua direita: 'Vinde, benditos de meu Pai, herdai o Reino
que vos está preparado desde a fundaçã o do mundo; 35 pois eu estava
com fome e você me deu de comer. Eu estava com sede e você me deu
de beber. Eu era um estranho e você me acolheu. 36 Eu estava nua e
você me vestiu. Eu estava doente e você me visitou. Eu estava na prisã o
e você veio até mim.
37 “Entã o os justos lhe responderã o, dizendo: 'Senhor, quando foi
porque você s nã o izeram isso com um destes menores, você nã o fez
isso comigo.' 46 Estes irã o para o castigo eterno, mas os justos para a
vida eterna”.
Salmos 84
Para o Músico Chefe. Em um instrumento de Gate. Um Salmo pelos
ilhos de Coré.
1 Quã o formosas sã o as tuas moradas,
Judé ia, dizendo: 2 “Arrependei-vos, porque está pró ximo o reino dos
cé us!” 3 Pois este é aquele de quem falou o profeta Isaı́as, dizendo:
“A voz do que clama no deserto,
prepare o caminho do Senhor!
Faça seus caminhos retos!”
4 O pró prio Joã o usava roupas feitas de pê lo de camelo com um
aquele que vem apó s mim é mais poderoso do que eu, cujas sandá lias
nã o sou digno de levar. Ele te batizará no Espı́rito Santo. 12 A sua
forquilha está na sua mã o, e ele limpará completamente a sua eira. Ele
recolherá seu trigo no celeiro, mas o joio ele queimará com fogo
inextinguı́vel”.
13 Entã o veio Jesus da Galilé ia ao Jordã o ter com Joã o, para ser
batizado por ele. 14 Mas Joã o o teria impedido, dizendo: “Preciso ser
batizado por você , e você vem a mim?”
15 Mas Jesus, respondendo, disse-lhe: “Deixa agora, porque este é o
caminho para cumprirmos toda a justiça”. Entã o ele permitiu.
16 Jesus, sendo batizado, saiu logo da á gua; e eis que se lhe abriram
os cé us. Ele viu o Espı́rito de Deus descendo como uma pomba e vindo
sobre ele. 17 Eis que uma voz do cé u disse: “Este é o meu Filho amado,
em quem me comprazo”.
Salmos 114
1 Quando Israel saiu do Egito,
Pare!
Deixe-me em paz, para que eu possa encontrar um pouco de
conforto,
21 antes de ir para onde nã o voltarei,
da sombra da morte,
sem qualquer ordem,
onde a luz é como a meia-noite.' ”
Salmos 17
Uma Oração de Davi.
1 Ouve, Senhor, a minha justa sú plica.
Dá ouvidos à minha oraçã o que nã o sai de lá bios enganosos.
2 Que a minha sentença saia da tua presença.
Derrube-o.
Livra a minha alma dos ı́mpios pela tua espada,
14 dos homens pela tua mã o, Senhor,
dos homens do mundo, cuja porçã o está nesta vida.
Você enche a barriga de seus entes queridos.
Seus ilhos tê m muito,
e acumulam riquezas para seus ilhos.
15 Quanto a mim, verei a tua face em justiça.
O Senhor os ridicularizará .
5 Entã o ele lhes falará em sua ira,
e os entrega.
8 Provai e vede que o Senhor é bom.
debaixo do meu teto. Basta dizer a palavra, e meu servo será curado. 9
Pois eu també m sou um homem sob autoridade, tendo soldados sob
minhas ordens. Eu digo a este, 'Vá ', e ele vai; e diga a outro: 'Venha', e
ele vem; e diga ao meu servo: 'Faça isso', e ele o faz”.
10 Ao ouvir isso, Jesus se maravilhou e disse aos que o seguiam:
“Em verdade vos digo que nã o encontrei uma fé tã o grande, nem
mesmo em Israel. 11 Eu vos digo que muitos virã o do oriente e do
ocidente, e se sentarã o com Abraã o, Isaque e Jacó no Reino dos Cé us, 12
mas os ilhos do Reino serã o lançados nas trevas exteriores. Haverá
choro e ranger de dentes”. 13 Jesus disse ao centuriã o: “Vá . Que seja
feito para você como você tem crido”. Seu servo foi curado naquela
hora.
14 Quando Jesus entrou na casa de Pedro, viu a mã e de sua mulher
deitada com febre. 15 Ele tocou a mã o dela, e a febre a deixou. Entã o ela
se levantou e o serviu. 16 Ao cair da tarde, trouxeram-lhe muitos
endemoninhados. Ele expulsou os espı́ritos com uma palavra e curou
todos os enfermos, 17 para que se cumprisse o que foi dito pelo profeta
Isaı́as: Ele tomou as nossas enfermidades e carregou as nossas
enfermidades.
18 Ora, quando Jesus viu grandes multidõ es ao seu redor, deu
que fores”.
20 Jesus lhe disse: “As raposas tê m tocas e as aves do cé u tê m
Eles desmoronam.
Eles caem sob sua força.
11 Ele diz em seu coraçã o: “Deus se esqueceu.
12 Levanta-te, Senhor!
toda a Judé ia, começando da Galilé ia até aqui”. 6 Mas, quando Pilatos
ouviu falar da Galilé ia, perguntou se aquele homem era galileu. 7
Quando soube que estava na jurisdiçã o de Herodes, enviou-o a
Herodes, que també m estava em Jerusalé m naqueles dias.
8 Ora, quando Herodes viu Jesus, alegrou-se muito, porque há muito
desejava vê -lo, porque tinha ouvido muitas coisas a seu respeito. Ele
esperava ver algum milagre feito por ele. 9 Ele o interrogou com muitas
palavras, mas ele nã o respondeu. 10 Os principais sacerdotes e os
escribas se levantaram, acusando-o com veemê ncia. 11 Herodes com
seus soldados o humilhou e zombou dele. Vestindo-o com roupas
luxuosas, eles o enviaram de volta a Pilatos. 12 Herodes e Pilatos
icaram amigos naquele mesmo dia, pois antes eram inimigos um do
outro.
13 Pilatos convocou os principais sacerdotes, os prı́ncipes e o povo,
14 e lhes disse: “Você s me trouxeram este homem como perverso do
Mas todos eles gritaram juntos, dizendo: “Fora com este homem! Solta-
nos Barrabá s!” — 19 aquele que foi lançado na prisã o por uma certa
revolta na cidade e por assassinato.
20 Entã o Pilatos falou novamente com eles, querendo soltar Jesus,
21 mas eles gritaram, dizendo: “Cruci ica! Cruci ique-o!”
22 Ele lhes disse pela terceira vez: “Por quê ? Que mal esse homem
fez? Nã o encontrei nele nenhum crime capital. Portanto, vou castigá -lo
e soltá -lo”. 23 Mas eles insistiam com grandes vozes, pedindo que o
cruci icassem. Suas vozes e as vozes dos principais sacerdotes
prevaleceram. 24 Pilatos decretou que se izesse o que eles pediam. 25
Ele soltou aquele que havia sido lançado na prisã o por insurreiçã o e
assassinato, a quem eles pediram, mas ele entregou Jesus à vontade
deles.
26 Quando o levaram, pegaram um Simã o Cireneu, vindo do campo,
paraı́so”.
44 Era jáquase a hora sexta, e as trevas cobriram toda a terra até a
hora nona. 45 O sol escureceu, e o vé u do templo se rasgou em dois. 46
Jesus, clamando em alta voz, disse: “Pai, nas tuas mã os entrego o meu
espı́rito!” Tendo dito isso, ele deu seu ú ltimo suspiro.
47 Quando o centuriã o viu o que havia acontecido, gloriicou a
Deus, dizendo: Certamente este era um homem justo. 48 Todas as
multidõ es que se ajuntaram para ver isso, vendo o que havia
acontecido, voltaram para casa batendo no peito. 49 Todos os seus
conhecidos e as mulheres que o seguiram da Galilé ia icaram à
distâ ncia, observando essas coisas.
50 Eis que um homem chamado José , que era membro do conselho,
homem bom e justo 51 (nã o havia consentido em seu conselho e açã o),
de Arimaté ia, cidade dos judeus, que també m esperava o Reino de Deus
: 52 este homem foi a Pilatos e pediu o corpo de Jesus. 53 Tirou-o,
envolveu-o num pano de linho e o depositou num sepulcro lavrado em
pedra, onde ningué m jamais havia sido sepultado. 54 Era o dia da
Preparaçã o, e o sá bado se aproximava. 55 As mulheres, que tinham
vindo com ele da Galilé ia, seguiram-no e viram o sepulcro, e como foi
sepultado o seu corpo. 56 Eles voltaram e prepararam especiarias e
unguentos. No sá bado, eles descansaram de acordo com o
mandamento.
Jeremias 3
1 “Dizem: 'Se um homem repudiar sua mulher, e ela se afastar dele
e se tornar de outro homem, ele deve voltar para ela?' Essa terra nã o
estaria muito poluı́da? Mas você se prostituiu com muitos amantes;
mas volte novamente para mim”, diz Yahweh.
2 “Levante os olhos para as alturas nuas e veja! Onde você nã o se
deitou? Você icou esperando por eles na estrada, como um á rabe no
deserto. Você poluiu a terra com sua prostituiçã o e com sua maldade. 3
Por isso os aguaceiros foram retidos e nã o houve chuva serô dia; no
entanto, você teve a testa de uma prostituta e se recusou a se
envergonhar. 4 Nã o clamará s a mim a partir de agora: 'Meu Pai, tu é s o
guia da minha juventude!'?
5 “'Ele reterá
sua ira para sempre? Ele vai mantê -lo até o im? Eis
que falaste e izeste coisas má s, e seguiste o teu caminho”.
6 Alé m disso, o Senhor me disse nos dias do rei Josias: “Você viu o
que Israel desviado fez? Ela subiu em todos os montes altos e debaixo
de todas as á rvores verdes, e ali se prostituiu. 7 Eu disse depois que ela
fez todas essas coisas: 'Ela voltará para mim;' mas ela nã o voltou, e sua
traiçoeira irmã Judá viu. 8 Eu vi quando, por isso mesmo, que Israel
apó stata cometeu adulté rio, eu a repudiei e lhe dei uma certidã o de
divó rcio, mas o traiçoeiro Judá , sua irmã , nã o teve medo; mas ela
també m foi e jogou a prostituta. 9 Porque ela se prostituiu com
leviandade, a terra icou poluı́da, e ela cometeu adulté rio com pedras e
madeira. 10 Apesar de tudo isso, sua irmã traiçoeira, Judá , nã o voltou
para mim de todo o coraçã o, mas apenas ingindo”, diz o Senhor.
11 O Senhor me disse: “O rebelde Israel mostrou-se mais justo do
meu coraçã o para buscar e investigar com sabedoria tudo o que é feito
debaixo do cé u. E um fardo pesado que Deus deu aos ilhos dos homens
para serem a ligidos. 14 Tenho visto todas as obras que se fazem
debaixo do sol; e eis que tudo é vaidade e correr atrá s do vento. 15 O
que é torto nã o pode ser endireitado; e o que está faltando nã o pode
ser contado. 16 Eu disse a mim mesmo: “Eis que obtive para mim uma
sabedoria maior do que todos os que foram antes de mim em
Jerusalé m. Sim, meu coraçã o teve uma grande experiê ncia de sabedoria
e conhecimento.” 17 Apliquei meu coraçã o para conhecer a sabedoria, e
conhecer a loucura e a loucura. Percebi que isso també m era correr
atrá s do vento. 18 Pois na muita sabedoria há muito sofrimento; e quem
aumenta o conhecimento aumenta a tristeza.
Tiago 1
1 Tiago, servo de Deus e do Senhor Jesus Cristo, à s doze tribos que
caı́rem em vá rias tentaçõ es, 3 sabendo que a prova da sua fé produz
perseverança. 4 Tenha a perseverança a sua obra perfeita, para que
sejais perfeitos e completos, sem falta de nada.
5 Mas, se algum de vó s tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a
todos dá liberalmente e sem censura, e ser-lhe-á dada. 6 Mas peça com
fé , sem duvidar, pois quem duvida é como uma onda do mar, impelida
pelo vento e agitada. 7 Pois esse homem nã o deve pensar que receberá
alguma coisa do Senhor. 8 Ele é um homem de mente dobre, instá vel em
todos os seus caminhos.
9 Mas que o irmã o em circunstâ ncias humildes glorie-se em sua alta
Deus nã o pode ser tentado pelo mal, e ele mesmo a ningué m tenta. 14
Mas cada um é tentado quando é atraı́do e engodado pela sua pró pria
concupiscê ncia. 15 Entã o a concupiscê ncia, quando concebe, leva o
pecado. O pecado, quando está plenamente desenvolvido, produz a
morte. 16 Nã o se enganem, meus amados irmã os. 17 Toda boa dá diva e
todo dom perfeito vem do alto, descendo do Pai das luzes, em quem
nã o pode haver mudança nem sombra de variaçã o. 18 De sua pró pria
vontade, ele nos gerou pela palavra da verdade, para que fô ssemos uma
espé cie de primı́cias de suas criaturas.
19 Portanto, meus amados irmã os, todo homem seja pronto para
ouvir, tardio para falar e tardio para irar-se; 20 porque a ira do homem
nã o produz a justiça de Deus. 21 Portanto, deixando de lado toda
imundı́cie e transbordamento de maldade, recebam com humildade a
palavra implantada, que é capaz de salvar as vossas almas. 22 Mas sede
cumpridores da palavra e nã o apenas ouvintes, enganando-vos a vó s
mesmos. 23 Porque, se algué m é ouvinte da palavra e nã o cumpridor, é
semelhante a um homem que contempla no espelho o seu rosto
natural; 24 pois ele se vê e vai embora, e logo se esquece de que tipo de
homem era. 25 Mas aquele que atenta para a lei perfeita da liberdade e
persevera, nã o sendo ouvinte que se esquece, mas fazedor da obra,
esse será bem-aventurado no que izer.
26 Se algué m entre você s se considera religioso, sem refrear a
coagulado
em vez da fonte sempre luindo de um rio,
7 para repreender o decreto para matar os bebê s,
misericó rdia,
eles aprenderam como os ı́mpios eram atormentados, sendo
julgados com ira.
10 Pois tu os provaste como um pai que os admoestou;
de zombar.
No inal do que aconteceu, eles se maravilharam,
tendo sede de outra maneira que nã o os justos.
15 Mas em troca das insensatas imaginaçõ es de sua injustiça,
balança,
e como uma gota de orvalho que desce sobre a terra pela manhã .
23 Mas você tem misericó rdia de todos os homens, porque você
Ou aquilo que nã o foi chamado por você , como teria sido
preservado?
26 Mas você poupa todas as coisas, porque sã o suas,
e nã o fale.
Devem ser transportados,
porque eles nã o podem se mover.
Nã o tenha medo deles;
pois nã o podem fazer o mal,
nem está neles fazer o bem.”
6 Nã o há ningué m como você , Senhor.
Você é ó timo,
e seu nome é grande em poder.
7 Quem nã o deve temer você ,
e ouro de Ufaz,
obra do gravador e das mã os do ourives.
Suas roupas sã o azuis e roxas.
Todos eles sã o obra de homens há beis.
10 Mas Javé é o verdadeiro Deus.
com forte clamor e lá grimas à quele que podia salvá -lo da morte, e
tendo sido ouvido por seu temor piedoso, 8 sendo Filho, ainda
aprendeu obediê ncia pelas coisas que sofreu. 9 Aperfeiçoado, tornou-
se, para todos os que lhe obedecem, o autor da salvaçã o eterna, 10
nomeado por Deus sumo sacerdote segundo a ordem de
Melquisedeque.
11 Sobre ele temos muitas palavras a dizer, e difı́ceis de interpretar,
visto que você s icaram surdos de ouvir. 12 Pois, embora a esta altura
você s já devam ser professores, você s novamente precisam que algué m
lhes ensine os rudimentos dos primeiros princı́pios das revelaçõ es de
Deus. Você precisa de leite, e nã o de alimentos só lidos. 13 Pois todo
aquele que vive de leite nã o é experiente na palavra da justiça, pois é
um bebê . 14 Mas o alimento só lido é para os adultos, que pelo uso tê m
os sentidos exercitados para discernir o bem e o mal.
1 Timóteo 6
1 Todos quantos forem servos do jugo considerem seus senhores
dignos de toda honra, para que o nome de Deus e a doutrina nã o sejam
blasfemados. 2 Aqueles que tê m mestres crentes, nã o os desprezem
porque sã o irmã os, mas antes os sirvam, porque aqueles que
participam do benefı́cio sã o crentes e amados. Ensine e exorte essas
coisas.
3 Se algué m ensina outra doutrina e nã o aceita as sã s palavras, as
nenhum homem viu nem pode ver: a quem seja honra e poder eterno.
Um homem.
17 Exorta aos ricos do presente sé culo que nã o sejam arrogantes,
pais pelos profetas, 2 nestes ú ltimos dias nos falou pelo Filho, a quem
constituiu herdeiro de todas as coisas, pelo qual també m fez os
mundos. 3 Seu Filho é o resplendor da sua gló ria, a pró pria imagem da
sua substâ ncia, e sustenta todas as coisas pela palavra do seu poder, o
qual, havendo-nos puri icado por si mesmo dos nossos pecados,
assentou-se à direita da Majestade no alto, 4 tendo-se tornado tã o
melhor que os anjos quanto o nome mais excelente que herdou é
melhor que o deles. 5 Pois a qual dos anjos ele disse em algum
momento,
"Você é meu ilho.
Hoje eu me tornei seu pai?”
e de novo,
“Eu serei para ele um Pai,
e ele será para mim um Filho?”
6 Quando ele traz novamente o primogê nito ao mundo, ele diz:
por isso Deus, teu Deus, te ungiu com ó leo de alegria mais do que a
teus companheiros”.
10 E,
seu nome foi chamado Jesus, que foi dado pelo anjo antes que ele fosse
concebido no ventre.
22 Quando se cumpriram os dias da puri icaçã o deles, segundo a
lei de Moisé s, levaram-no a Jerusalé m, para apresentá -lo ao Senhor 23
(como está escrito na lei do Senhor: Todo homem que abrir a madre
será seja santi icado ao Senhor”), 24 e para oferecer um sacrifı́cio
segundo o que está dito na lei do Senhor: “Um par de rolas ou dois
pombinhos”.
25 Eis que havia em Jerusalé m um homem cujo nome era Simeã o.
acordo com a lei do Senhor, voltaram para a Galilé ia, para sua pró pria
cidade, Nazaré . 40 O menino crescia e se fortalecia em espı́rito,
enchendo-se de sabedoria, e a graça de Deus estava sobre ele. 41 Seus
pais iam todos os anos a Jerusalé m na festa da Pá scoa.
42 Quando ele tinha doze anos, subiram a Jerusalé m, segundo o
viram no oriente ia adiante deles até que veio e parou sobre onde
estava o menino. 10 Quando viram a estrela, exultaram com grande
alegria. 11 Entraram na casa e viram o menino com Maria, sua mã e, e
prostraram-se e o adoraram. Abrindo seus tesouros, eles lhe
ofereceram presentes: ouro, incenso e mirra. 12 Avisados em sonho
para que nã o voltassem a Herodes, voltaram para a sua terra por outro
caminho.
13 Tendo eles partido, eis que um anjo do Senhor apareceu em
sonho a José , dizendo: Levanta-te, toma o menino e sua mã e e foge para
o Egito, e ica lá até que eu te avise, porque Herodes procuram o
menino para destruı́-lo”.
14 Levantou-se, tomou de noite o menino e sua mã e e partiu para o
Egito, 15 e ali icou até a morte de Herodes, para que se cumprisse o que
fora dito da parte do Senhor por intermé dio do profeta: Do Egito saı́ do
Egito liguei para meu ilho”.
16 Entã o Herodes, vendo que os magos zombavam dele, indignou-se
a seu ilho Salomã o, dizendo: 2 “Vou pelo caminho de toda a terra. Seja
forte, portanto, e mostre-se um homem; 3 e guarda a instruçã o do
Senhor teu Deus, para andares nos seus caminhos, guardares os seus
estatutos, os seus mandamentos, as suas ordenanças e os seus
testemunhos, conforme o que está escrito na lei de Moisé s, para que
prosperes em tudo o que você faz, e onde quer que você se vire. 4 Entã o
o Senhor pode con irmar a palavra que falou a meu respeito, dizendo:
Se teus ilhos cuidarem do seu caminho, andando diante de mim com
verdade de todo o coraçã o e de toda a alma, nã o te faltará , disse ele. ,
'um homem no trono de Israel.'
5 “Sabeis també m o que me fez Joabe, ilho de Zeruia, o que fez aos
dois capitã es dos exé rcitos de Israel, a Abner, ilho de Ner, e a Amasa,
ilho de Jeter, que ele matou, e derramou em paz o sangue da guerra, e
pô s o sangue da guerra na faixa que trazia na cintura e nas sandá lias
que trazia nos pé s. 6 Faz, pois, segundo a tua sabedoria, e nã o deixes a
sua cabeça grisalha descer em paz ao Seol. 7 Mas seja benigno para com
os ilhos de Barzilai, o gileadita, e sejam eles entre os que comem à tua
mesa; pois assim vieram a mim quando fugi de Absalã o, teu irmã o.
8 “Eis que estácontigo Simei, ilho de Gera, benjamita, de Baurim,
que me amaldiçoou com grande maldiçã o no dia em que fui a Maanaim;
mas ele desceu ao meu encontro no Jordã o, e jurei-lhe pelo Senhor,
dizendo: Nã o te matarei à espada. 9 Agora, pois, nã o o consideres
inocente, porque tu é s um homem sá bio; e você saberá o que deve fazer
com ele, e fará descer sua cabeça grisalha ao Sheol com sangue.
10 Davi dormiu com seus pais e foi sepultado na cidade de Davi. 11
Os dias em que Davi reinou sobre Israel foram quarenta anos; reinou
sete anos em Hebrom, e reinou trinta e trê s anos em Jerusalé m. 12
Salomã o sentou-se no trono de seu pai Davi; e seu reino foi irmemente
estabelecido.
13 Entã o Adonias,ilho de Hagit, veio a Bate-Seba, mã e de Salomã o.
Ela disse: “Você vem em paz?”
Ele disse: “Paz. 14 Ele disse ainda: Tenho uma coisa para lhe dizer”.
Ela disse: “Diga em frente”.
15 Ele disse: “Você s sabem que o reino era meu, e que todo o Israel
por mulher”.
22 O rei Salomã o respondeu a sua mã e: “Por que você pede Adonias
a Abisague, a sunamita? Pede-lhe també m o reino; pois ele é meu irmã o
mais velho; mesmo para ele, e para Abiatar, o sacerdote, e para Joabe,
ilho de Zeruia”. 23 Entã o o rei Salomã o jurou pelo Senhor, dizendo:
Assim faça Deus comigo, e ainda mais, se Adonias nã o disse esta
palavra contra a sua pró pria vida. 24 Agora, pois, vive o Senhor, que me
irmou e me pô s no trono de Davi, meu pai, e que me fez uma casa,
como prometeu, hoje mesmo Adonias morrerá .
25 O rei Salomã o enviou Benaia,ilho de Joiada; e caiu sobre ele, de
modo que morreu. 26 A Abiatar, o sacerdote, o rei disse: “Vá a Anatote,
aos seus campos; pois você é digno de morte. Mas nã o te matarei agora,
porque levaste a arca do Senhor Jeová diante de Davi, meu pai, e porque
foste a ligido em tudo em que meu pai foi a ligido”. 27 Assim Salomã o
expulsou Abiatar do sacerdó cio do Senhor, para que cumprisse a
palavra do Senhor, que falara acerca da casa de Eli em Siló .
28 Esta notı́cia chegou a Joabe; pois Joabe tinha seguido Adonias,
embora nã o tenha seguido Absalã o. Joabe fugiu para a tenda de Javé e
segurou as pontas do altar. 29 Foi dito ao rei Salomã o: “Joabe fugiu para
a tenda do Senhor, e eis que está junto ao altar”. Entã o Salomã o enviou
Benaia, ilho de Joiada, dizendo: “Vá , caia sobre ele”.
30 Benaia foi à tenda do Senhor e lhe disse: “O rei diz: 'Sai!' ”
Ele disse nã o; mas vou morrer aqui”.
Benaia trouxe novamente a palavra ao rei, dizendo: “Assim disse
Joabe, e assim me respondeu”.
31 O rei lhe disse: “Faça como ele disse, caia sobre ele e sepulte-o;
para que tires de mim e da casa de meu pai o sangue que Joabe
derramou sem causa. 32 O Senhor fará cair o seu sangue sobre a sua
cabeça, porque caiu sobre dois homens mais justos e melhores do que
ele, e os matou à espada, sem que meu pai Davi o soubesse: Abner, ilho
de Ner, capitã o do exé rcito de Israel, e Amasa, ilho de Jeter, capitã o do
exé rcito de Judá . 33 Assim o sangue deles voltará sobre a cabeça de
Joabe e sobre a cabeça de sua descendê ncia para sempre. Mas para
Davi, para a sua descendê ncia, para a sua casa e para o seu trono,
haverá paz para sempre da parte do Senhor”.
34 Entã o Benaia, ilho de Jeoiada, subiu e caiu sobre ele, e o matou; e
foi sepultado em sua pró pria casa no deserto. 35 O rei colocou Benaia,
ilho de Joiada, em seu lugar sobre o exé rcito; e o rei pô s Zadoque, o
sacerdote, no lugar de Abiatar. 36 O rei mandou chamar Simei e lhe
disse: “Construa uma casa em Jerusalé m, e more lá , e nã o vá para outro
lugar. 37 Pois no dia em que você sair e passar pelo ribeiro de Cedrom,
saiba com certeza que você certamente morrerá . Seu sangue estará em
sua pró pria cabeça.”
38 Simei disse ao rei: “O que você diz é bom. Como meu senhor, o
rei, disse, assim fará seu servo”. Simei viveu muitos dias em Jerusalé m.
39 Ao im de trê s anos, dois servos de Simei fugiram para Aquis,
ilho de Maaca, rei de Gate. Eles contaram a Simei, dizendo: “Eis que
teus servos estã o em Gate”.
40 Simei levantou-se, selou o seu jumento e foi a Gate, a Aquis, para
buscar os seus servos; e Simei foi, e trouxe seus escravos de Gate. 41 Foi
dito a Salomã o que Simei tinha ido de Jerusalé m a Gate, e voltou.
42 O rei mandou chamar Simei, e disse-lhe: Nã o te conjurei pelo
Senhor e te avisei, dizendo: Sabe com certeza que no dia em que saires
e andares por qualquer outro lugar, certamente morrer? Você me disse:
'O ditado que ouvi é bom.' 43 Por que, entã o, nã o guardaste o juramento
do Senhor e o mandamento que te ensinei?” 44 O rei disse ainda a
Simei: “Você sabe em seu coraçã o toda a maldade que fez a Davi, meu
pai. Portanto, o Senhor fará recair sobre sua cabeça a sua maldade. 45
Mas o rei Salomã o será abençoado, e o trono de Davi será estabelecido
diante do Senhor para sempre”. 46 Entã o o rei deu ordem a Benaia, ilho
de Jeoiada; e ele saiu, e caiu sobre ele, de modo que morreu. O reino foi
estabelecido nas mã os de Salomã o.
Salmos 26
Por Davi.
1 Julga-me, Senhor, porque tenho andado na minha integridade.
Nenhum deles cai no chã o sem a vontade de seu Pai. 30 Mas os pró prios
cabelos de sua cabeça estã o todos contados. 31 Portanto, nã o tenha
medo. Você tem mais valor do que muitos pardais. 32 Portanto, todo
aquele que me confessar diante dos homens, també m eu o confessarei
diante de meu Pai que está nos cé us. 33 Mas quem me negar diante dos
homens, eu també m o negarei diante de meu Pai que está nos cé us.
34 “Nã o pensem que vim trazer paz à terra. Nã o vim trazer paz, mas
espada. 35 Pois eu vim para pô r em con lito o homem contra seu pai, e a
ilha contra sua mã e, e a nora contra sua sogra. 36 Os inimigos de um
homem serã o os de sua pró pria casa. 37 Quem ama o pai ou a mã e mais
do que a mim nã o é digno de mim; e quem ama ilho ou ilha mais do
que a mim nã o é digno de mim. 38 Quem nã o toma a sua cruz e nã o me
segue nã o é digno de mim. 39 Aquele que busca sua vida a perderá ; e
quem perder a sua vida por minha causa a encontrará .
40 “Quem vos recebe, a mim recebe, e quem me recebe, recebe
ir até você s, e fui impedido até agora, para que eu també m tivesse
algum fruto entre você s, assim como entre os demais gentios. 14 Sou
devedor tanto a gregos como a estrangeiros, tanto a sá bios como a
insensatos. 15 Tanto quanto há em mim, estou ansioso para pregar a
Boa Nova també m a você s que estã o em Roma. 16 Porque nã o me
envergonho da Boa Nova de Cristo, porque é o poder de Deus para a
salvaçã o de todo aquele que crê , primeiro do judeu, e també m do grego.
17 Pois nele é revelada a justiça de Deus de fé em fé . Como está escrito:
“Mas o justo viverá pela fé ”. 18 Porque a ira de Deus se revela do cé u
contra toda impiedade e injustiça dos homens que suprimem a
verdade pela injustiça, 19 porque o que de Deus é conhecido é revelado
neles, porque Deus o revelou a eles. 20 Porque as coisas invisı́veis dele
desde a criaçã o do mundo sã o claramente vistas, sendo percebidas
pelas coisas que sã o feitas, sim, seu poder eterno e divindade, para que
sejam inescusá veis. 21 Porque, conhecendo a Deus, nã o o glori icaram
como Deus, nem deram graças, mas tornaram-se vã os nos seus
raciocı́nios, e o seu coraçã o insensato se obscureceu.
22 Dizendo-se sá bios, tornaram-se loucos, 23 e trocaram a gló ria do
Deus brilha.
3 Nosso Deus vem e nã o se cala.
cobriu. Eis que uma voz saiu da nuvem, dizendo: “Este é o meu Filho
amado, em quem me comprazo. Ouça-o.”
6 Quando os discı́pulos ouviram isso, caı́ram de bruços e icaram
com muito medo. 7 Jesus aproximou-se, tocou neles e disse:
“Levantem-se e nã o tenham medo”. 8 Levantando os olhos, nã o viram
ningué m, a nã o ser somente Jesus.
9 Enquanto desciam do monte, Jesus ordenou-lhes, dizendo: Nã o
eu lhe digo, se você tiver fé como um grã o de mostarda, você dirá a esta
montanha: 'Mova-se daqui para lá ', e ela se moverá ; e nada será
impossı́vel para você . 21 Mas este tipo nã o sai exceto por oraçã o e
jejum.”
22 Enquanto eles estavam na Galilé ia, Jesus lhes disse: “O Filho do
Homem está para ser entregue nas mã os dos homens, 23 e eles o
matarã o, e no terceiro dia ele será levantado”.
Eles estavam extremamente arrependidos.
24 Quando chegaram a Cafarnaum, os que coletavam as moedas da
perguntaram: “Rabi, quem pecou, este ou seus pais, para que nascesse
cego?”
3 Jesus respondeu: “Este homem nã o pecou, nem seus pais; mas,
recuperado a vista, até que chamaram os pais daquele que tinha visto,
19 e lhes perguntaram: “E este o vosso ilho, a quem dizeis nasceu cego?
39 Jesus disse: “Eu vim a este mundo para julgamento, para que os
que nã o veem vejam; e para que os que vê em iquem cegos”.
40 Os fariseus que estavam com ele ouviram essas coisas e lhe
lhe disse: “Senhor, ensina-nos a orar, como també m Joã o ensinou aos
seus discı́pulos”.
2 Ele lhes disse: “Quando você s orarem, digam:
morada, seus bens estã o seguros. 22 Mas quando algué m mais forte o
ataca e o vence, tira dele toda a armadura em que con iava e divide sua
pilhagem.
23 “Quem nã o estácomigo está contra mim. Quem comigo nã o
ajunta, espalha. 24 O espı́rito imundo, quando sai do homem, passa por
lugares á ridos, procurando descanso, e nã o encontrando, diz: 'Voltarei
para minha casa, de onde saı́.' 25 Quando ele volta, ele a encontra
varrida e arrumada. 26 Entã o ele vai, e leva outros sete espı́ritos piores
do que ele, e eles entram e habitam ali. O ú ltimo estado daquele homem
torna-se pior do que o primeiro.”
27 E aconteceu que, enquanto ele dizia essas coisas, certa mulher da
multidã o levantou a voz e lhe disse: “Bem-aventurado o ventre que te
gerou e os seios que te amamentaram!”
28 Mas ele disse: “Pelo contrá rio, bem-aventurados os que ouvem a
“Esta é uma geraçã o má . Ela busca um sinal. Nenhum sinal lhe será
dado a nã o ser o sinal de Jonas, o profeta. 30 Pois assim como Jonas se
tornou um sinal para os ninivitas, o Filho do Homem també m será para
esta geraçã o. 31 A Rainha do Sul se levantará no julgamento com os
homens desta geraçã o, e os condenará : porque ela veio dos con ins da
terra para ouvir a sabedoria de Salomã o; e eis que aqui está um maior
do que Salomã o. 32 Os homens de Nı́nive se levantarã o no juı́zo com
esta geraçã o, e a condenarã o; porque se arrependeram com a pregaçã o
de Jonas, e eis que aqui está um maior do que Jonas.
33 “Ningué m, depois de acender uma candeia, a coloca em um porã o
cegos vê em, os coxos andam, os leprosos sã o puri icados, os surdos
ouvem, os mortos sã o ressuscitados, e os pobres tê m boas novas
pregadas a eles. 6 Bem-aventurado aquele que nã o encontra em mim
ocasiã o para tropeçar”.
7 Enquanto estes iam, Jesus começou a dizer à s multidõ es a
nem há saú de nos meus ossos por causa do meu pecado.
4 Pois as minhas iniqü idades passaram sobre a minha cabeça.
adversá rios,
porque eu sigo o que é bom.
21 Nã o me abandones, Senhor.
29 Nã o te alegres, ó
Filı́stia, todos vó s, porque a vara que vos feriu
está quebrada; pois da raiz da serpente sairá uma vı́bora, e seu fruto
será uma serpente voadora ardente. 30 Os primogê nitos dos pobres
comerã o, e os necessitados se deitarã o seguros; e matarei a tua raiz
com fome, e o teu remanescente será morto.
31 Uivo, portã o! Chora, cidade! Você s estã o derretidos, Filı́stia,
todos você s; pois a fumaça sai do norte, e nã o há desgarrado em suas
ileiras.
32 O que eles responderã o aos mensageiros da naçã o? Que o
3 Até
os chacais oferecem seu peito.
Eles amamentam seus ilhotes.
Mas a ilha do meu povo tornou-se cruel,
como os avestruzes no deserto.
10 As mã os das mulheres miserá veis cozeram seus pró prios ilhos.
Eles foram seu alimento na destruiçã o da ilha do meu povo.
11 Javé
cumpriu a sua ira.
Ele derramou sua raiva feroz.
Ele acendeu um fogo em Siã o,
que devorou seus fundamentos.
15 “Vá
embora!” eles choraram para eles.
"Imundo! Vá embora! Vá embora! Nã o toque!
Quando eles fugiram e vagaram, os homens disseram entre as
naçõ es:
“Eles nã o podem mais viver aqui.”
cé u.
Eles nos perseguiram nas montanhas.
Eles armaram uma emboscada para nó s no deserto.
o ungido do Senhor,
foi levado em suas covas;
de quem dissemos,
à sua sombra viveremos entre as naçõ es.
discı́pulos: 2 “Você s sabem que daqui a dois dias vem a Pá scoa, e o
Filho do Homem será entregue para ser cruci icado”.
3 Entã o os principais sacerdotes, os escribas e os anciã os do povo
se dele uma mulher que trazia um vaso de alabastro com ungü ento
muito caro, e o derramou sobre a cabeça enquanto ele estava sentado à
mesa. 8 Mas, quando seus discı́pulos viram isso, icaram indignados,
dizendo: “Por que esse desperdı́cio? 9 Pois este unguento poderia ter
sido vendido por muito e dado aos pobres”.
10 No entanto, sabendo disso, Jesus lhes disse: “Por que incomodais
a mulher? Ela fez um bom trabalho para mim. 11 Porque sempre tens os
pobres contigo, mas nem sempre tens a mim. 12 Pois ao derramar esta
pomada em meu corpo, ela o fez para me preparar para o enterro. 13
Certamente vos digo que, onde quer que esta Boa Nova seja pregada
em todo o mundo, o que esta mulher fez també m será falado como um
memorial dela”.
14 Entã o um dos doze, chamado Judas Iscariotes, foi ter com os
partiu. Ele deu aos discı́pulos e disse: “Tomem, comam; este é o meu
corpo." 27 Ele tomou o cá lice, deu graças e deu a eles, dizendo: “Bebam
todos, 28 porque isto é o meu sangue da nova aliança, que é derramado
por muitos para remissã o dos pecados. 29 Mas eu vos digo que nã o
beberei deste fruto da vide de agora em diante, até aquele dia em que o
beberei novamente convosco no Reino de meu Pai”.
30 Depois de cantarem um hino, saı́ram para o Monte das Oliveiras.
31 Entã o Jesus lhes disse: “Todos você s tropeçarã o por minha causa
aos seus discı́pulos: “Sentem-se aqui, enquanto eu vou lá orar”. 37 Ele
levou consigo Pedro e os dois ilhos de Zebedeu, e começou a icar
triste e a lito. 38 Entã o ele lhes disse: “Minha alma está muito triste até
a morte. Fique aqui e assista comigo.”
39 Adiantou-se um pouco, prostrou-se com o rosto em terra e orou,
dizendo: Meu Pai, se for possı́vel, passa de mim este cá lice; no entanto,
nã o o que eu desejo, mas o que você deseja”.
40 Ele foi ter com os discı́pulos e os encontrou dormindo, e disse a
Pedro: “O que, você nã o pô de vigiar comigo por uma hora? 41 Vigie e
ore, para que você nã o entre em tentaçã o. O espı́rito, de fato, está
disposto, mas a carne é fraca”.
42 Novamente, ele foi embora pela segunda vez e orou, dizendo:
“Meu Pai, se este cá lice nã o pode passar de mim sem que eu o beba,
seja feito o seu desejo”.
43 Ele voltou e os encontrou dormindo, pois seus olhos estavam
O que é isto que estes testemunham contra ti?” 63 Mas Jesus icou em
silê ncio. O sumo sacerdote lhe respondeu: “Conjuro-te pelo Deus vivo
que nos digas se tu é s o Cristo, o Filho de Deus”.
64 Disse-lhe Jesus: “Tu o disseste. Contudo, digo-vos que, depois
blasfê mia! Por que precisamos de mais testemunhas? Eis que agora
você ouviu sua blasfê mia. 66 O que você acha?”
Eles responderam: “Ele é digno de morte!” 67 Entã o cuspiram em
seu rosto e o espancaram com os punhos, e alguns o esbofetearam, 68
dizendo: “Profetiza para nó s, ó Cristo! Quem bateu em você ?"
69 Ora, Pedro estava sentado do lado de fora no pá tio, e uma criada
estã o falando”.
71 Quando ele saiu para o alpendre, algué m o viu e disse aos que ali
homem”.
73 Pouco depois, vieram os que estavam ali e disseram a Pedro:
homem!”
Imediatamente o galo cantou. 75 Pedro lembrou-se da palavra que
Jesus lhe dissera: “Antes que o galo cante, você me negará trê s vezes”.
Entã o ele saiu e chorou amargamente.
Isaías 53
1 Quem acreditou em nossa mensagem?
“Isto é o meu corpo que é dado por vó s. Faça isso em memó ria de mim.”
20 Da mesma forma, ele tomou o cá lice depois da ceia, dizendo: “Este
cá lice é a nova aliança no meu sangue, que é derramado por você s. 21
Mas eis que a mã o daquele que me trai está comigo sobre a mesa. 22 O
Filho do Homem realmente vai, como está determinado, mas ai
daquele homem por quem ele é traı́do!
23 Eles começaram a questionar entre si qual deles faria isso. 24
Surgiu també m entre eles uma disputa sobre qual deles era
considerado o maior. 25 Ele lhes disse: “Os reis das naçõ es dominam
sobre eles, e aqueles que tê m autoridade sobre eles sã o chamados
'benfeitores'. 26 Mas nã o é assim com você . Mas aquele que é o maior
entre você s, torne-se como o mais jovem, e aquele que governa, como
aquele que serve. 27 Pois quem é maior, quem se senta à mesa ou quem
serve? Nã o é ele que se senta à mesa? Mas estou entre você s como
quem serve. 28 Mas você s sã o aqueles que continuaram comigo em
minhas provaçõ es. 29 Eu vos con io um reino, assim como meu Pai me
conferiu, 30 para que comais e bebais à minha mesa no meu Reino. Você
se sentará em tronos, julgando as doze tribos de Israel”.
31 Disse o Senhor: Simã o, Simã o, eis que Sataná s pediu para vos
possuir a todos, para vos peneirar como trigo, 32 mas eu orei por você ,
para que sua fé nã o falhasse. Você , quando tiver se convertido
novamente, estabeleça seus irmã os”.
33 Ele lhe disse: “Senhor, estou pronto para ir com você tanto para a
prisã o como para a morte!”
34 Ele disse: “Digo-te, Pedro, de modo algum cantará o galo hoje,
até que trê s vezes negues que me conheces”.
35 Ele lhes disse: “Quando os enviei sem bolsa, alforje e sandá lias,
també m uma carteira. Quem nã o tem, venda sua capa e compre uma
espada. 37 Pois eu vos digo que isto que está escrito ainda deve se
cumprir em mim: 'Ele foi contado com os transgressores'. Pois o que
me diz respeito tem um im.”
38 Eles disseram: “Senhor, eis aqui duas espadas”.
Ele lhes disse: “Já basta”.
39 Ele saiu e foi, como era seu costume, ao monte das Oliveiras. Seus
agonia, ele orou com mais fervor. Seu suor tornou-se como grandes
gotas de sangue caindo no chã o.
45 Quando ele se levantou da oraçã o, foi ter com os discı́pulos, e os
poder de Deus”.
70 Todos eles disseram: “Entã o você é o Filho de Deus?”
Ele lhes disse: “Você s o dizem, porque eu sou”.
71 Eles disseram: “Por que precisamos de mais testemunhas? Pois
as quais nenhum trabalho foi feito, entã o icarei fraco e serei como
outro homem”.
12 Entã o Dalila pegou cordas novas e o amarrou com elas, entã o lhe
disse: “Os ilisteus estã o sobre você , Sansã o!” A emboscada estava
esperando na sala interna. Ele os quebrou de seus braços como um io.
13 Dalila disse a Sansã o: “Até
agora você zombou de mim e me
contou mentiras. Diga-me com o que você pode estar vinculado.”
Ele disse a ela: “Se você tecer as sete mechas da minha cabeça com
o tecido no tear”.
14 Ela o prendeu com o al inete e lhe disse: “Os ilisteus estã o
contra você , Sansã o!” Ele acordou de seu sono e arrancou o pino da
viga e o tecido.
15 Ela lhe disse: “Como você pode dizer: 'Eu te amo', quando seu
coraçã o nã o está comigo? Você zombou de mim essas trê s vezes e nã o
me disse onde está sua grande força.”
16 Quando ela o pressionava diariamente com suas palavras e o
exortava, sua alma morria de angú stia. 17 Ele lhe falou de todo o
coraçã o e lhe disse: “Nenhuma navalha passou pela minha cabeça;
porque sou nazireu de Deus desde o ventre de minha mã e. Se eu for
raspado, minha força desaparecerá de mim e me tornarei fraco e serei
como qualquer outro homem”.
18 Quando Dalila viu que ele lhe havia contado todo o seu coraçã o,
ela mandou chamar os chefes dos ilisteus, dizendo: “Subam esta vez,
porque ele me falou de todo o seu coraçã o”. Entã o os senhores dos
ilisteus se aproximaram dela e trouxeram o dinheiro na mã o. 19 Ela o
fez dormir de joelhos; e ela chamou um homem e raspou as sete
mechas de sua cabeça; e ela começou a a ligi-lo, e sua força foi dele. 20
Ela disse: “Os ilisteus estã o sobre você , Sansã o!”
Ele acordou de seu sono e disse: “Vou sair como das outras vezes e
me libertar”. Mas ele nã o sabia que Yahweh havia se afastado dele. 21 Os
ilisteus o agarraram e lhe arrancaram os olhos; e o levaram a Gaza e o
prenderam com grilhõ es de bronze; e ele moeu no moinho da prisã o. 22
No entanto, o cabelo de sua cabeça começou a crescer novamente
depois que ele foi raspado.
23 Os senhores dos ilisteus se reuniram para oferecer um grande
sacrifı́cio a Dagom, seu deus, e se regozijar; pois diziam: Nosso deus
entregou em nossas mã os Sansã o, nosso inimigo. 24 Quando o povo o
viu, eles louvaram seu deus; pois eles disseram: “Nosso deus entregou
nosso inimigo e o destruidor de nosso paı́s, que matou muitos de nó s,
em nossas mã os”.
25 Quando seus coraçõ es se alegraram, eles disseram: “Chamem
Sansã o, para que ele nos entretenha”. Eles chamaram Sansã o da prisã o;
e ele se apresentou diante deles. Eles o colocaram entre os pilares; 26 e
Sansã o disse ao menino que o segurava pela mã o: “Deixe-me sentir as
colunas sobre as quais a casa se apoia, para que eu possa me apoiar
nelas”. 27 Ora, a casa estava cheia de homens e mulheres; e todos os
chefes dos ilisteus estavam ali; e havia no telhado cerca de trê s mil
homens e mulheres, que viram enquanto Sansã o atuava. 28 Sansã o
clamou a Javé e disse: Senhor Javé , lembra-te de mim, por favor, e
fortalece-me, por favor, só esta vez, ó Deus, para que eu seja logo
vingado dos ilisteus por causa dos meus dois olhos. 29 Sansã o segurou
as duas colunas do meio sobre as quais estava a casa e se apoiou nelas,
uma com a mã o direita e a outra com a esquerda. 30 Sansã o disse:
“Deixe-me morrer com os ilisteus!” Ele se curvou com todas as suas
forças; e a casa caiu sobre os senhores e sobre todo o povo que estava
nela. Assim, os mortos que ele matou em sua morte foram mais do que
aqueles que ele matou em sua vida.
31 Entã o seus irmã os e toda a casa de seu pai desceram e o levaram,
humildade e justiça.
Deixe sua mã o direita mostrar feitos impressionantes.
5 Suas lechas sã o a iadas.
Por isso Deus, teu Deus, te ungiu com ó leo de alegria acima dos
teus companheiros.
8 Todas as suas roupas cheiram a mirra, aloé s e cá ssia.
nona. 2 Levava um homem coxo desde o ventre de sua mã e, o qual todos
os dias punham à porta do templo chamada Formosa, para pedir
presentes aos necessitados dos que entravam no templo. 3 Vendo Pedro
e Joã o prestes a entrar no templo, ele pediu para receber presentes
para os necessitados. 4 Pedro, ixando os olhos nele, com Joã o, disse:
“Olhe para nó s”. 5 Ele os ouvia, esperando receber algo deles. 6 Mas
Pedro disse: “Nã o tenho prata nem ouro, mas o que tenho, isso te dou.
Em nome de Jesus Cristo de Nazaré , levante-se e ande!” 7 Ele o tomou
pela mã o direita e o levantou. Imediatamente seus pé s e seus
tornozelos receberam força. 8 Dando um pulo, ele se levantou e
começou a andar. Ele entrou com eles no templo, andando, pulando e
louvando a Deus. 9 Todo o povo o viu andando e louvando a Deus. 10 Eles
o reconheceram, que era ele que costumava mendigar presentes para
os necessitados na Porta Formosa do templo. Eles estavam cheios de
admiraçã o e espanto com o que havia acontecido com ele. 11 Enquanto
o coxo curado segurava Pedro e Joã o, todo o povo correu para eles no
alpendre chamado de Salomã o, muito admirado.
12 Ao ver isso, Pedro respondeu ao povo: “Homens de Israel, por que
você s se maravilham com este homem? Por que você ixa seus olhos
em nó s, como se por nosso pró prio poder ou piedade o tivé ssemos
feito andar? 13 O Deus de Abraã o, de Isaque e de Jacó , o Deus de nossos
pais, glori icou a seu servo Jesus, a quem vó s entregastes e negastes na
presença de Pilatos, quando ele decidiu soltá -lo. 14 Mas vó s negastes o
Santo e o Justo e pedistes que vos fosse concedido um homicida, 15 e
matastes o Prı́ncipe da vida, a quem Deus ressuscitou dentre os
mortos, do que somos testemunhas. 16 Pela fé no seu nome, o seu nome
fortaleceu este homem, a quem vedes e conheceis. Sim, a fé que vem
por meio dele lhe deu esta perfeita saú de na presença de todos você s.
17 “Agora, irmã os, eu sei que você s izeram isso por ignorâ ncia,
assim como seus governantes. 18 Mas o que Deus anunciou pela boca de
todos os seus profetas, para que Cristo padecesse, assim ele cumpriu.
19 “Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que sejam apagados
embora e se enforcou.
6 Os principais sacerdotes pegaram as moedas de prata e disseram:
nada respondeu. 13 Entã o Pilatos lhe disse: “Você nã o ouve quantas
coisas testemunham contra você ?”
14 Ele nã o lhe respondeu, nem mesmo uma palavra, de modo que o
dizer-lhe: “Nã o te envolvas com esse justo, porque hoje sofri muitas
coisas em sonho por causa dele”.
20 Ora, os principais sacerdotes e os anciã os persuadiram as
que uma confusã o estava começando, ele tomou á gua e lavou as mã os
diante da multidã o, dizendo: “Estou inocente do sangue deste justo.
Você cuida disso.”
25 Todo o povo respondeu: “Que o sangue dele caia sobre nó s e
dizendo: “Você que destró i o templo e o reedi ica em trê s dias, salve-se!
Se você é o Filho de Deus, desça da cruz!”
41 Assim també m os principais sacerdotes zombando dos
escribas, fariseus e anciã os, diziam: 42 “Ele salvou os outros, mas nã o
pode salvar a si mesmo. Se ele é o Rei de Israel, desça agora da cruz, e
creremos nele. 43 Ele con ia em Deus. Deixe Deus libertá -lo agora, se ele
o quiser; pois ele disse: 'Eu sou o Filho de Deus.' ” 44 També m os ladrõ es
que foram cruci icados com ele lançaram sobre ele o mesmo vitupé rio.
45 Desde a hora sexta houve trevas sobre toda a terra atéa hora
nona. 46 Por volta da hora nona, Jesus clamou em alta voz, dizendo: “Eli,
Eli, lima sabactani?” Isto é , “Meu Deus, meu Deus, por que me
abandonaste?”
47 Alguns dos que estavam ali, ouvindo isso, disseram: “Este
José , que també m era discı́pulo de Jesus. 58 Este homem foi a Pilatos e
pediu o corpo de Jesus. Entã o Pilatos ordenou que o corpo fosse
entregue. 59 José tomou o corpo e o envolveu em um pano limpo de
linho 60 e o depositou em seu pró prio tú mulo novo, que havia cavado na
rocha. Em seguida, rolou uma grande pedra contra a porta do sepulcro
e partiu. 61 Maria Madalena estava lá , e a outra Maria, sentada em frente
ao tú mulo.
62 No dia seguinte, que era o dia seguinte ao dia da preparaçã o, os
seguro que puder.” 66 Entã o eles foram com a guarda e izeram o tú mulo
seguro, selando a pedra.
João 19
1 Entã o Pilatos pegou Jesus e o açoitou. 2 Os soldados torceram uma
para fora, para que saibais que nã o acho motivo algum para acusar
contra ele”.
5 Jesus, pois, saiu com a coroa de espinhos e o manto de pú rpura.
dizendo: “Se você soltar este homem, você nã o é amigo de Cé sar! Todo
aquele que se faz rei fala contra Cé sar!”
13 Quando Pilatos, portanto, ouviu estas palavras, ele trouxe Jesus
corpos nã o icassem na cruz no sá bado (pois aquele sá bado era
especial), pediram a Pilatos que lhes quebrassem as pernas e ser
levado. 32 Vieram, pois, os soldados e quebraram as pernas do primeiro
e do outro que com ele foi cruci icado; 33 mas quando foram ter com
Jesus e viram que já estava morto, nã o lhe quebraram as pernas. 34 Mas
um dos soldados lhe furou o lado com uma lança, e logo saiu sangue e
á gua. 35 Aquele que viu testi icou, e seu testemunho é verdadeiro. Ele
sabe que diz a verdade, para que você creia. 36 Pois estas coisas
aconteceram para que se cumprisse a Escritura: “Nenhum osso dele
será quebrado”. 37 Outra Escritura diz: “Olharã o para aquele a quem
traspassaram”.
38 Depois destas coisas, José de Arimaté ia, sendo discı́pulo de Jesus,
mas secretamente por medo dos judeus, pediu a Pilatos que tirasse o
corpo de Jesus. Pilatos deu-lhe permissã o. Ele veio, portanto, e levou o
seu corpo. 39 Nicodemos, que primeiro veio a Jesus de noite, també m
veio trazendo uma mistura de mirra e aloé s, cerca de cem libras
romanas. 40 Entã o, tomaram o corpo de Jesus e o envolveram em panos
de linho com as especiarias, como é costume dos judeus sepultá -lo. 41
No lugar onde ele foi cruci icado havia um jardim. No jardim havia uma
tumba nova na qual nenhum homem havia sido colocado. 42 Entã o, por
causa do dia da preparaçã o dos judeus (pois o sepulcro estava
pró ximo), eles puseram Jesus ali.
Marco 15
1 Logo pela manhã , os principais sacerdotes, os anciã os e os
lhe perguntou novamente: “Você nã o tem resposta? Veja quantas coisas
eles testemunham contra você !”
5 Mas Jesus nã o deu mais resposta, de modo que Pilatos icou
maravilhado.
6 Ora, na festa, costumava soltar-lhes um prisioneiro, a quem lhe
entre si com os escribas, diziam: “Ele salvou outros. Ele nã o pode se
salvar. 32 Desça agora da cruz o Cristo, o Rei de Israel, para que
possamos vê -lo e crer nele”. Aqueles que foram cruci icados com ele
també m o insultaram.
33 Chegada a hora sexta, houve trevas sobre toda a terra até a hora
nona. 34 Na hora nona, Jesus clamou em alta voz, dizendo: “Eloi, Eloi,
lamá sabactani?” que é , sendo interpretado: “Meu Deus, meu Deus, por
que me desamparaste?”
35 Alguns dos que estavam ali, ouvindo isso, disseram: “Eis que ele
cana e deu-lhe de beber, dizendo: “Deixa-o. Vamos ver se Elias vem para
derrubá -lo”.
37 Jesus clamou em alta voz e entregou o espı́rito. 38 O vé u do
lhe todos os reinos do mundo e sua gló ria. 9 Ele lhe disse: “Eu te darei
todas essas coisas, se você se prostrar e me adorar”.
10 Entã o Jesus lhe disse: “Para trá s de mim, Sataná s! Pois está
escrito: 'Ao Senhor teu Deus adorará s, e só a ele servirá s'. ”
11 Entã o o diabo o deixou, e eis que anjos vieram e o serviram.
12 Ora, quando Jesus soube que Joã o havia sido entregue, retirou-
chamado Pedro, e André , seu irmã o, lançando a rede ao mar; pois eram
pescadores. 19 Ele lhes disse: “Vinde apó s mim, e eu vos farei
pescadores de homens”.
20 Imediatamente eles deixaram suas redes e o seguiram. 21
Partindo dali, viu outros dois irmã os, Tiago, ilho de Zebedeu, e Joã o,
seu irmã o, no barco com seu pai Zebedeu, consertando as redes. Ele os
chamou. 22 Eles deixaram imediatamente o barco e seu pai e o
seguiram.
23 Jesus percorria toda a Galilé ia, ensinando nas sinagogas,
tirar a vida dele”. 22 Rú ben lhes disse: “Nã o derramem sangue. Lança-o
nesta cova que está no deserto, mas nã o lhe ponhas a mã o” – para que o
livrasse das suas mã os, para o devolver a seu pai. 23 Quando José
chegou a seus irmã os, despojaram-no de sua tú nica, a tú nica de muitas
cores que estava sobre ele; 24 e eles o pegaram e o jogaram na cova. O
poço estava vazio. Nã o havia á gua nele.
25 Eles se sentaram para comer pã o, e levantaram os olhos e
iniqü idade,
em cujo espı́rito nã o há engano.
3 Quando me calei, meus ossos de inharam pelo meu gemido o dia
todo.
4 De dia e de noite a tua mã o pesava sobre mim.
entendimento,
que sã o controlados por freio e freio, ou entã o eles nã o se
aproximarã o de você .
10 Muitas dores vê m para os ı́mpios,
11 “A iem as lechas!
Segure os escudos com irmeza!
O Senhor despertou o espı́rito dos reis dos medos,
porque seu propó sito é contra Babilô nia, para destruı́-la;
porque é a vingança do Senhor,
a vingança de seu templo.
12 Erga um estandarte contra os muros da Babilô nia!
Ele me esmagou.
Ele me fez um vaso vazio.
Ele, como um monstro, me engoliu.
Ele encheu a boca com minhas iguarias.
Ele me expulsou.
35 Que a violê ncia feita a mim e à minha carne esteja sobre
Babilô nia!”
o habitante de Siã o dirá ; e,
“Que meu sangue caia sobre os habitantes da Caldé ia!”
dirá Jerusalé m.
51 “Estamos confusos,
que põ em campo a campo, até que nã o haja mais lugar,
e você é feito para morar sozinho no meio da terra!
9 Aos meus ouvidos, Javé dos Exé rcitos diz: “Certamente muitas
forte,
que icam até tarde da noite, até que o vinho os in lama!
12 A harpa, a lira, o tamborim e a lauta, com vinho, estã o nas suas
festas;
mas nã o respeitam a obra de Yahweh,
nem consideraram a operaçã o de suas mã os.
conhecimento.
Seus homens honrados estã o famintos,
e suas multidõ es estã o secas de sede.
14 Por isso o Sheol ampliou o seu desejo,
a humanidade se humilha,
e os olhos dos arrogantes se humilham;
16 mas o Senhor dos exé rcitos é exaltado em justiça,
a lei que Moisé s nos ordenou como herança para as assemblé ias
de Jacó . 24
25 E ele quem torna abundante a sabedoria, como Pisom,
seres viventes dizer, como que com voz de trovã o: “Venha e veja!” 2
Entã o apareceu um cavalo branco, e o que estava montado nele tinha
um arco. Uma coroa foi dada a ele, e ele saiu vencendo, e para vencer.
3 Quando ele abriu o segundo selo, ouvi o segundo ser vivente
conhecimento?'
por isso pronunciei o que nã o compreendi,
coisas maravilhosas demais para mim, que eu nã o conhecia.
4 Você disse: 'Ouça agora, e eu falarei;
mim,
como eu costumava ir com a multidã o, e os conduzia à casa de
Deus,
com voz de jú bilo e louvor, uma multidã o guardando um dia santo.
5 Por que você está em desespero, minha alma?
mim?
Por que ando de luto por causa da opressã o do inimigo?”
10 Como com uma espada nos meus ossos, meus adversá rios me
afrontam,
enquanto eles continuamente me perguntam: “Onde está o seu
Deus?”
11 Por que você está em desespero, minha alma?
Sim, com meu espı́rito dentro de mim, vou buscá -lo com fervor;
pois quando os vossos juı́zos estã o na terra, os habitantes do
mundo aprendem a justiça.
10 Seja favorecido aos ı́mpios,
sobre nó s,
mas apenas reconheceremos seu nome.
14 Os mortos nã o viverã o.
parto,
está com dor e grita em suas dores,
assim fomos antes de ti, Senhor.
18 Nó s estivemos com criança.
Pai, o declarou.
19 Este é
o testemunho de Joã o, quando os judeus enviaram
sacerdotes e levitas de Jerusalé m para lhe perguntar: “Quem é você ?”
20 Ele declarou, e nã o negou, mas declarou: “Eu nã o sou o Cristo”.
levar de volta à queles que nos enviaram. O que você diz sobre você ?”
23 Ele disse: “Eu sou a voz do que clama no deserto: ‘Endireitai o
entã o você batiza, se você nã o é o Cristo, nem Elias, nem o profeta?”
26 Joã o lhes respondeu: “Eu batizo em á gua, mas entre você s está
um que você s nã o conhecem. 27 Ele é o que vem depois de mim, o que é
preferido antes de mim, cuja sandá lia nã o sou digno de desatar”. 28
Essas coisas foram feitas em Betâ nia, alé m do Jordã o, onde Joã o
batizava.
29 No dia seguinte, ele viu Jesus que vinha para ele e disse: “Eis o
Eles vieram e viram onde ele estava hospedado, e icaram com ele
naquele dia. Era por volta da dé cima hora. 40 Um dos dois que ouviram
Joã o e o seguiram foi André , irmã o de Simã o Pedro. 41 Ele primeiro
encontrou seu pró prio irmã o, Simã o, e lhe disse: “Encontramos o
Messias!” (que é , sendo interpretado, Cristo). 42 Ele o trouxe a Jesus.
Jesus olhou para ele e disse: “Você é Simã o, ilho de Jonas. Você será
chamado Cefas” (que é por interpretaçã o, Pedro). 43 No dia seguinte, ele
estava decidido a sair para a Galilé ia e encontrou Filipe. Jesus lhe disse:
“Segue-me”. 44 Ora, Filipe era de Betsaida, da cidade de André e Pedro.
45 Filipe encontrou Natanael e lhe disse: “Achamos aquele de quem
Nã o recuse.
34 Bem-aventurado o homem que me ouve,
Eles me bateram.
Eles me machucaram.
Os guardas das muralhas tiraram-me o manto.
8 Conjuro-vos, ilhas de Jerusalé m,
Se você encontrar minha amada,
que você diga a ele que estou desmaiado de amor.
Amigos
9 Como o seu amado é melhor do que outro amado,
perfumes.
Seus lá bios sã o como lı́rios, pingando mirra lı́quida.
14 Suas mã os sã o como ané is de ouro engastados com berilo.
pois nã o sabemos orar como convé m. Mas o pró prio Espı́rito intercede
por nó s com gemidos inexprimı́veis. 27 Quem esquadrinha os coraçõ es
sabe o que o Espı́rito pensa, porque segundo Deus intercede pelos
santos.
28 Sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o
bem daqueles que amam a Deus, daqueles que sã o chamados segundo
o seu propó sito. 29 Pois aos quais de antemã o conheceu, també m os
predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, para que ele
seja o primogê nito entre muitos irmã os. 30 A quem predestinou, a esses
també m chamou. A quem chamou, a esses també m justi icou. A quem
justi icou, a quem també m glori icou.
31 Que diremos entã o sobre estas coisas? Se Deus é por nó s, quem
serácontra nó s? 32 Aquele que nã o poupou a seu pró prio Filho, antes o
entregou por todos nó s, como nã o nos dará també m com ele todas as
coisas de graça? 33 Quem poderia acusar os escolhidos de Deus? E Deus
quem justi ica. 34 Quem é aquele que condena? E Cristo que morreu,
sim, que ressuscitou dos mortos, que está à direita de Deus, que
també m intercede por nó s.
35 Quem nos separará do amor de Cristo? Poderia a opressã o, ou
angú stia, ou perseguiçã o, ou fome, ou nudez, ou perigo, ou espada? 36
Como está escrito,
“Por sua causa, somos mortos o dia todo.
Fomos contados como ovelhas para o matadouro”.
37 Nã o, em todas essas coisas somos mais que vencedores por meio
daquele que nos amou. 38 Pois estou certo de que nem a morte, nem a
vida, nem os anjos, nem os principados, nem o presente, nem o porvir,
nem as potestades, 39 nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer
outra criatura poderá separar-nos da presença de Deus. amor que está
em Cristo Jesus nosso Senhor.
2 Timóteo 2
1 Tu, pois, ilho meu, fortalece-te na graça que há em Cristo Jesus. 2
As coisas que de mim ouviste entre muitas testemunhas, transmite as
mesmas coisas a homens ié is, que també m sejam capazes de ensinar a
outros. 3 Portanto, você deve suportar as di iculdades como um bom
soldado de Cristo Jesus. 4 Nenhum soldado de serviço se envolve nos
negó cios da vida, para agradar à quele que o alistou como soldado. 5
Alé m disso, se algué m compete no atletismo, ele nã o é coroado a
menos que tenha competido de acordo com as regras. 6 O agricultor
que trabalha deve ser o primeiro a receber uma parte das colheitas. 7
Considera o que eu digo, e que o Senhor te dê entendimento em todas
as coisas.
8 Lembrai-vos de Jesus Cristo, ressurreto dos mortos, da
que nã o discutam palavras, sem proveito, para subverter os que ouvem.
15 Procura apresentar-te aprovado por Deus, como obreiro que nã o
conhecem”.
33 Os discı́pulos, pois, perguntavam uns aos outros: “Algué m lhe
icasse com eles. Ficou lá dois dias. 41 Muitos mais creram por causa da
sua palavra. 42 Eles disseram à mulher: “Agora cremos, nã o por causa da
tua fala; pois nó s mesmos ouvimos e sabemos que este é realmente o
Cristo, o Salvador do mundo”.
43 Passados dois dias, saiu dali e foi para a Galilé ia. 44 Pois o pró prio
Jesus testemunhou que um profeta nã o tem honra em seu pró prio paı́s.
45 Assim, quando ele chegou à Galilé ia, os galileus o receberam, tendo
visto tudo o que ele fez em Jerusalé m na festa, pois també m eles foram
à festa. 46 Jesus voltou, pois, novamente a Caná da Galilé ia, onde
transformou a á gua em vinho. Havia um certo nobre cujo ilho estava
doente em Cafarnaum. 47 Ao saber que Jesus tinha saı́do da Judé ia para
a Galilé ia, foi ter com ele e rogou-lhe que descesse e curasse seu ilho,
pois estava à beira da morte. 48 Disse-lhe Jesus: Se nã o vires sinais e
prodı́gios, de modo algum acreditará s.
49 O nobre lhe disse: “Senhor, desce antes que meu ilho morra”. 50
Jesus lhe disse: “Vá . Seu ilho vive.” O homem creu na palavra que Jesus
lhe dissera e foi embora. 51 Enquanto ele descia, seus servos o
encontraram e relataram, dizendo: “Seu ilho vive!” 52 Entã o ele
perguntou a eles a hora em que começou a melhorar. Disseram-lhe,
pois: “Ontem, à sé tima hora, a febre o deixou”. 53 Entã o o pai soube que
era naquela hora em que Jesus lhe disse: “Teu ilho vive”. Ele acreditou,
assim como toda a sua casa. 54 Este é novamente o segundo sinal que
Jesus fez, vindo da Judé ia para a Galilé ia.
2 Reis 12
1 Jeoá s começou a reinar no sé timo ano de Jeú , e reinou quarenta
anos em Jerusalé m. O nome de sua mã e era Zibia de Berseba. 2 Jeoá s fez
o que era reto aos olhos do Senhor todos os dias em que o sacerdote
Joiada o instruiu. 3 Mas os altos nã o foram tirados. O povo ainda
sacri icava e queimava incenso nos altos. 4 Jeoá s disse aos sacerdotes:
“Todo o dinheiro das coisas sagradas que se traz à casa de Yahweh, em
dinheiro corrente, o dinheiro do povo pelo qual cada homem é avaliado,
e todo o dinheiro que vier ao coraçã o de qualquer homem para tragam
para a casa do Senhor, 5 os sacerdotes o levem a eles, cada um do seu
doador; e repararã o os danos da casa, onde quer que se encontrem
danos”.
6 Mas aconteceu que, no vigé simo terceiro ano do rei Jeoá s, os
deve ir a quem eu lhe enviar, e você deve dizer tudo o que eu lhe
ordeno. 8 Nã o tenha medo deles, pois estou com você para resgatá -lo”,
diz Javé .
9 Entã o Javé
estendeu a mã o e tocou minha boca. Entã o Yahweh
me disse: “Eis que ponho as minhas palavras na tua boca. 10 Eis que
hoje te coloco sobre as naçõ es e sobre os reinos, para arrancar e
derrubar, para destruir e derrubar, para construir e para plantar”.
11 E veio a mim a palavra do Senhor, dizendo: “Jeremias, o que você
vê ?”
Eu disse: “Eu vejo um galho de uma amendoeira”.
12 Entã o o Senhor me disse: “Você viu bem; pois observo minha
palavra para realizá -la.”
13 A palavra do Senhor veio a mim pela segunda vez, dizendo: “O
maldade,
em que me abandonaram,
e queimaram incenso a outros deuses,
e adoraram as obras de suas pró prias mã os.
17 “Portanto, ponha o cinto na cintura, levante-se e diga a eles tudo
o que eu lhe ordeno. Nã o se assuste com eles, para que eu nã o o
desanime diante deles. 18 Pois eis que hoje te iz cidade forti icada,
coluna de ferro e muros de bronze contra toda a terra, contra os reis de
Judá , contra os seus prı́ncipes, contra os seus sacerdotes e contra o
povo da terra. 19 Eles lutarã o contra você , mas nã o prevalecerã o contra
você ; porque eu estou com você ”, diz Yahweh, “para resgatá -lo”.
Salmos 41
Para o Músico Chefe. Um Salmo de Davi.
1 Bem-aventurado aquele que considera os pobres.
de eternidade a eternidade!
Amé m e amé m.
Mateus 1
1 Livro da genealogia de Jesus Cristo, ilho de Davi, ilho de Abraã o.
2 Abraã o tornou-se pai de Isaque. Isaque se tornou pai de Jacó . Jacó
tornou-se pai de Judá e seus irmã os. 3 Judá gerou Perez e Zerá por
Tamar. Perez tornou-se o pai de Hezrom. Hezron tornou-se o pai de
Ram. 4 Ram gerou a Aminadabe. Aminadabe tornou-se o pai de Nasom.
Nahshon tornou-se o pai de Salmon. 5 Salmon gerou Boaz por Raabe.
Boaz tornou-se o pai de Obede por Rute. Obede tornou-se o pai de
Jessé . 6 Jessé tornou-se pai do rei Davi. Davi tornou-se pai de Salomã o
por aquela que fora esposa de Urias. 7 Salomã o gerou Roboã o. Roboã o
foi pai de Abias. Abias tornou-se pai de Asa. 8 Asa gerou Josafá . Josafá
tornou-se pai de Jorã o. Jorã o tornou-se pai de Uzias. 9 Uzias gerou
Jotã o. Jotã o tornou-se pai de Acaz. Acaz tornou-se pai de Ezequias. 10
Ezequias gerou Manassé s. Manassé s tornou-se pai de Amom. Amon
tornou-se pai de Josias. 11 Josias gerou Jeconias e seus irmã os na é poca
do exı́lio na Babilô nia.
12 Depois do exı́lio na Babilô nia, Jeconias gerou Sealtiel. Salatiel
esculpida.
7 Eles queimaram o seu santuá rio até o chã o.
completamente”.
Eles queimaram todos os lugares da terra onde Deus era adorado.
9 Nã o vemos sinais milagrosos.
direita?
Tire-o do seu peito e consuma-os!
vieram sobre eles. Eles nã o disseram nada a ningué m; pois eles
estavam com medo. 9 Ora, tendo ele ressuscitado de madrugada no
primeiro dia da semana, apareceu primeiro a Maria Madalena, da qual
havia expulsado sete demô nios. 10 Ela foi e contou aos que estavam
com ele, enquanto eles pranteavam e choravam. 11 Quando souberam
que ele estava vivo e que fora visto por ela, nã o acreditaram. 12 Depois
destas coisas, ele foi revelado de outra forma a dois deles, enquanto
caminhavam, a caminho do campo. 13 Eles foram e o contaram aos
demais. Eles també m nã o acreditaram neles.
14 Depois, ele foi revelado aos onze, que estavam sentados à mesa, e
os repreendeu por sua incredulidade e dureza de coraçã o, porque nã o
deram cré dito aos que o viram depois que ele ressuscitou. 15 Ele lhes
disse: “Ide por todo o mundo e pregai a Boa Nova a toda a criatura. 16
Aquele que crer e for batizado será salvo; mas o incré dulo será
condenado. 17 Estes sinais acompanharã o os que crerem: em meu
nome expulsarã o demô nios; falarã o com novas lı́nguas; 18 pegarã o em
serpentes; e se beberem alguma coisa mortı́fera, de modo algum lhes
fará mal; porã o as mã os sobre os enfermos, e eles serã o curados”.
19 Entã o o Senhor, depois de lhes falar, foi recebido no cé u e
coisas do alto, onde Cristo está assentado à direita de Deus. 2 Fixe a sua
mente nas coisas que sã o de cima, nã o nas coisas que sã o da terra. 3
Pois você morreu, e sua vida está escondida com Cristo em Deus. 4
Quando Cristo, nossa vida, for revelado, entã o você s també m serã o
revelados com ele em gló ria.
5 Matai, pois, os vossos membros que estã o na terra: imoralidade
Senhor.
19 Maridos, amem suas esposas e nã o sejam amargos contra elas.
Senhor.
21 Pais, nã o provoquem seus ilhos, para que nã o desanime.
22 Servos, obedecei em tudo aos vossos senhores segundo a carne,
nã o apenas olhando para agradar aos homens, mas com singeleza de
coraçã o, temendo a Deus. 23 E tudo quanto izerdes, fazei-o de todo o
coraçã o, como para o Senhor, e nã o para os homens, 24 sabendo que do
Senhor recebereis o galardã o da herança; pois você serve ao Senhor
Cristo. 25 Mas quem faz o mal receberá de novo pelo mal que fez, e nã o
há parcialidade.
Salmos 62
Para o Músico Chefe. Para Jedutum. Um Salmo de Davi.
1 Minha alma repousa somente em Deus.
Zacarias, da turma sacerdotal de Abias. Ele tinha uma esposa das ilhas
de Arã o, e o nome dela era Isabel. 6 Ambos eram justos diante de Deus,
andando irrepreensivelmente em todos os mandamentos e preceitos
do Senhor. 7 Mas eles nã o tiveram ilhos, porque Isabel era esté ril, e
ambas eram de idade avançada.
8 Ora, enquanto ele exercia o sacerdó cio diante de Deus na ordem
de sua divisã o 9 de acordo com o costume do sacerdó cio, sua sorte era
entrar no templo do Senhor e queimar incenso. 10 Toda a multidã o do
povo orava do lado de fora à hora do incenso.
11 Um anjo do Senhor lhe apareceu, em pé à direita do altar do
incenso. 12 Zacarias icou perturbado quando o viu, e o medo caiu sobre
13
ele. Mas o anjo lhe disse: “Nã o tenha medo, Zacarias, porque seu
pedido foi ouvido. Sua esposa, Elizabeth, lhe dará um ilho, e você deve
chamá -lo pelo nome de John. 14 Você terá alegria e alegria, e muitos se
alegrarã o com o seu nascimento. 15 Porque ele será grande aos olhos do
Senhor, e nã o beberá vinho nem bebida forte. Ele será cheio do Espı́rito
Santo, desde o ventre de sua mã e. 16 Ele converterá muitos dos ilhos de
Israel ao Senhor seu Deus. 17 Ele irá adiante dele no espı́rito e poder de
Elias, 'para converter os coraçõ es dos pais aos ilhos', e os rebeldes à
prudê ncia dos justos; preparar um povo preparado para o Senhor”.
18 Zacarias disse ao anjo: “Como posso ter certeza disso? Pois eu
demorasse no templo. 22 Quando ele saiu, nã o podia falar com eles. Eles
perceberam que ele teve uma visã o no templo. Ele continuou fazendo
sinais para eles e permaneceu mudo. 23 Terminados os dias de seu
serviço, ele foi para sua casa. 24 Depois destes dias, Isabel, sua mulher,
concebeu e escondeu-se por cinco meses, dizendo: 25 Assim me fez o
Senhor nos dias em que olhou para mim, para tirar o meu opró brio
entre os homens.
26 Ora, no sexto mê s, o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma
virgem?”
35 O anjo respondeu-lhe: “Descerá sobre ti o Espı́rito Santo, e o
poder do Altı́ssimo te cobrirá com a sua sombra. Por isso també m o
santo que de ti nasceu será chamado Filho de Deus. 36 Eis que també m
Isabel, tua parenta, concebeu um ilho na sua velhice; e este é o sexto
mê s com aquela que foi chamada esté ril. 37 Pois nada do que Deus diz é
impossı́vel”.
38 Maria disse: “Eis a serva do Senhor; faça-se em mim segundo a
tua palavra”.
Entã o o anjo se afastou dela.
39 Naqueles dias, Maria se levantou e foi à s pressas para a regiã o
temem.
51 Ele mostrou força com o braço.
e exaltou os humildes.
53 Ele encheu os famintos de coisas boas.
misericó rdia,
55 como ele falou a nossos pais,
dizendo:
68 “Bendito seja o Senhor, o Deus de Israel,
Davi
70 (como ele falou pela boca dos seus santos profetas, desde a
antiguidade),
71 salvaçã o dos nossos inimigos e das mã os de todos os que nos
odeiam;
72 para mostrar misericó rdia para com nossos pais,
morte;
guiar nossos pé s no caminho da paz”.
80 O menino crescia e se fortalecia em espı́rito, e icou no deserto
até o dia da sua apariçã o pú blica a Israel.
Isaías 9
1 Mas nã o haverá mais tristeza para aquela que estava angustiada.
Antigamente, ele desprezava a terra de Zebulom e a terra de Naftali;
mas nos ú ltimos tempos ele a tornou gloriosa, pelo caminho do mar,
alé m do Jordã o, Galilé ia das naçõ es.
2 O povo que andava nas trevas viu uma grande luz.
e os ilisteus atrá s;
e eles devorarã o a Israel de boca aberta.
Por tudo isso, sua ira nã o se desviou,
mas sua mã o ainda está estendida.
contra Judá .
Por tudo isso a sua ira nã o se desviou,
mas sua mã o ainda está estendida.
Apocalipse 14
1 Eu vi, e eis o Cordeiro que estava no monte Siã o, e com ele cento e
quarenta e quatro mil, que tinham o seu nome e o nome de seu Pai
escrito nas suas testas. 2 Ouvi um som do cé u, como o som de muitas
á guas, e como o som de um grande trovã o. O som que eu ouvia era
como o de harpistas tocando suas harpas. 3 Eles cantam um câ ntico
novo diante do trono, e diante dos quatro seres viventes e dos anciã os.
Ningué m poderia aprender a cançã o, exceto os cento e quarenta e
quatro mil, aqueles que foram redimidos da terra. 4 Estes sã o os que
nã o se contaminaram com mulheres, porque sã o virgens. Estes sã o os
que seguem o Cordeiro aonde quer que ele vá . Estes foram redimidos
por Jesus dentre os homens, as primı́cias para Deus e para o Cordeiro. 5
Na sua boca nã o se achou mentira, porque sã o irrepreensı́veis.
6 Eu vi um anjo voando no meio do cé u, tendo uma Boa Nova eterna
para proclamar aos que habitam na terra, e a todas as naçõ es, tribos,
lı́nguas e povos. 7 Ele disse em alta voz: “Temei ao Senhor e dai-lhe
gló ria; pois chegou a hora do seu julgamento. Adorai aquele que fez o
cé u, a terra, o mar e as fontes das á guas!”
8 Seguiu-se outro, um segundo anjo, dizendo: Caiu a grande
Babilô nia, que deu a todas as naçõ es a beber do vinho da ira da sua
imoralidade sexual.
9 Outro anjo, um terceiro, os seguiu, dizendo com grande voz: “Se
um, começando pelos mais velhos até os ú ltimos. Jesus icou sozinho
com a mulher onde ela estava, no meio. 10 Jesus, levantando-se, viu-a e
disse: “Mulher, onde estã o os teus acusadores? Ningué m te condenou?”
11 Ela disse: “Ningué m, Senhor”.
mundo. Quem me segue nã o andará nas trevas, mas terá a luz da vida”.
13 Disseram-lhe, pois, os fariseus: “Tu dá s testemunho de ti mesmo.
entã o, disse aos judeus que haviam crido nele: “Se você s
permanecerem na minha palavra, entã o você s sã o verdadeiramente
meus discı́pulos. 32 Você conhecerá a verdade, e a verdade o libertará ”.
33 Responderam-lhe: “Somos descendê ncia de Abraã o e nunca
amariam, porque eu saı́ e vim de Deus. Pois eu nã o vim por mim
mesmo, mas ele me enviou. 43 Por que você nã o entende meu discurso?
Porque você nã o pode ouvir a minha palavra. 44 Você é do seu pai, o
diabo, e quer fazer os desejos do seu pai. Ele foi um assassino desde o
princı́pio, e nã o se manté m na verdade, porque nã o há verdade nele.
Quando ele fala uma mentira, ele fala sozinho; porque é mentiroso e pai
da mentira. 45 Mas porque eu digo a verdade, você nã o acredita em
mim. 46 Qual de você s me convence de pecado? Se eu digo a verdade,
por que você nã o acredita em mim? 47 Aquele que é de Deus ouve as
palavras de Deus. Por isso você nã o ouve, porque você nã o é de Deus”.
48 Entã o os judeus lhe responderam: “Nã o dizemos bem que você é
samaritano e tem um demô nio?”
49 Jesus respondeu: “Nã o tenho demô nio, mas honro meu Pai e
você s me desonram. 50 Mas eu nã o busco minha pró pria gló ria. Há
quem procura e julga. 51 Certamente, eu lhe digo, se uma pessoa
mantiver minha palavra, ela nunca verá a morte.”
52 Entã o os judeus lhe disseram: “Agora sabemos que você tem um
demô nio. Abraã o morreu, assim como os profetas; e você diz: 'Se um
homem mantiver minha palavra, ele nunca provará a morte.' 53 Você é
maior do que nosso pai, Abraã o, que morreu? Os profetas morreram.
Quem você se faz parecer?”
54 Jesus respondeu: “Se eu me glori ico, minha gló ria nã o é nada. E
meu Pai que me glori ica, de quem você s dizem que é nosso Deus. 55
Você nã o o conhece, mas eu o conheço. Se eu dissesse: 'Nã o o conheço',
seria como você , um mentiroso. Mas eu o conheço e mantenho sua
palavra. 56 Seu pai Abraã o se alegrou ao ver meu dia. Ele viu e icou
feliz”.
57 Disseram-lhe, pois, os judeus: Ainda nã o tens cinquenta anos!
seus coraçõ es: 7 “Por que este homem fala blasfê mias assim? Quem
pode perdoar pecados senã o Deus somente?”
8 Imediatamente Jesus, percebendo em seu espı́rito que eles assim
precisam de mé dico, mas sim os doentes. Nã o vim chamar justos, mas
pecadores ao arrependimento”.
18 Os discı́pulos de Joã o e os fariseus estavam jejuando, e vieram e
está com eles? Enquanto eles tiverem o noivo com eles, eles nã o podem
jejuar. 20 Mas dias virã o em que o noivo será tirado deles, e entã o
jejuarã o naquele dia. 21 Ningué m costura um pedaço de pano novo em
uma roupa velha, ou entã o o remendo encolhe e o novo rasga o velho, e
um buraco pior é feito. 22 Ningué m põ e vinho novo em odres velhos; ou
entã o o vinho novo romperá os odres, e o vinho se derramará , e os
odres serã o destruı́dos; mas põ em vinho novo em odres novos”.
23 Ele ia no dia de sá bado pelos campos de trigo; e seus discı́pulos
necessidade e teve fome, ele e os que estavam com ele? 26 Como entrou
na casa de Deus no tempo de Abiatar, o sumo sacerdote, e comeu o pã o
da proposiçã o, que nã o é lı́cito comer senã o aos sacerdotes, e deu
també m aos que estavam com ele?”
27 Ele lhes disse: “O sá bado foi feito para o homem, nã o o homem
para o sá bado. 28 Portanto, o Filho do Homem é senhor até do sá bado”.
Mateus 20
1 “Pois o Reino dos Cé us ésemelhante a um homem, dono de casa,
que saiu de madrugada a contratar trabalhadores para a sua vinha. 2
Quando ele concordou com os trabalhadores por um dená rio por dia,
ele os enviou para a sua vinha. 3 Saiu por volta da hora terceira, e viu
outros ociosos no mercado. 4 Ele lhes disse: 'Você s també m vã o para a
vinha, e tudo o que for certo eu darei a você s'. Entã o eles seguiram seu
caminho. 5 De novo saiu por volta da hora sexta e da nona, e fez o
mesmo. 6 Sobre a undé cima hora ele saiu e encontrou outros ociosos.
Ele lhes disse: 'Por que você s icam aqui o dia todo ociosos?'
7 “Disseram-lhe: 'Porque ningué m nos contratou.'
“Ele lhes disse: 'Você s també m vã o para a vinha e receberã o o que
for certo'.
8 “Ao cair da tarde, o senhor da vinha disse ao seu administrador:
de errado com você . Você nã o concordou comigo por um dená rio? 14
Pegue o que é seu e siga seu caminho. E meu desejo dar a este ú ltimo
tanto quanto a você . 15 Nã o me é lı́cito fazer o que quero com o que
possuo? Ou seu olho é mau, porque eu sou bom?' 16 Assim, os ú ltimos
serã o os primeiros, e os primeiros serã o os ú ltimos. Pois muitos sã o
chamados, mas poucos sã o escolhidos”.
17 Enquanto subia a Jerusalé m, Jesus chamou os doze discı́pulos à
Você pode beber o cá lice que estou para beber e ser batizado com o
batismo com que sou batizado?”
Disseram-lhe: “Podemos”.
23 Ele lhes disse: “De fato bebereis o meu cá lice, e sereis batizados
com o batismo com que eu sou batizado; mas sentar-se à minha direita
e à minha esquerda nã o é meu para dar, mas é para quem foi preparado
por meu Pai”.
24 Quando os dez ouviram isso, icaram indignados com os dois
irmã os.
25 Mas Jesus os chamou e disse: “Você s sabem que os governantes
consciê ncia testi ica comigo no Espı́rito Santo 2 que tenho grande
tristeza e incessante dor em meu coraçã o. 3 Pois eu gostaria de ser
amaldiçoado por Cristo por causa de meus irmã os, meus parentes
segundo a carne 4 que sã o israelitas; de quem é a adoçã o, a gló ria, as
alianças, a entrega da lei, o serviço e as promessas; 5 dos quais sã o os
pais, e de quem é Cristo quanto à carne, o qual é sobre todos, Deus,
bendito eternamente. Um homem.
6 Mas nã o é
como se a palavra de Deus tivesse se reduzido a nada.
Pois nem todos os que sã o de Israel sã o de Israel. 7 Nem, por serem
descendê ncia de Abraã o, sã o todos ilhos. Mas, “sua descendê ncia será
contada como de Isaque”. 8 Ou seja, nã o sã o os ilhos da carne que sã o
ilhos de Deus, mas os ilhos da promessa sã o contados como
herdeiros. 9 Pois esta é uma palavra de promessa: “Virei no tempo
determinado, e Sara terá um ilho”. 10 Nã o só isso, mas també m Rebeca
concebeu de um, de nosso pai Isaque. 11 Por ainda nã o ter nascido, nem
ter feito bem ou mal, para que o propó sito de Deus segundo a eleiçã o
subsista, nã o por obras, mas por aquele que chama, 12 foi-lhe dito: O
maior servirá ao menor .” 13 Como está escrito: “Amei a Jacó , mas odiei
a Esaú ”.
14 O que diremos entã o? Existe injustiça com Deus? Que nunca seja!
15 Pois ele disse a Moisé s: “Terei misericó rdia de quem eu tiver
povo',
lá eles serã o chamados ' ilhos do Deus vivo'. ”
27 Isaı́as clama a respeito de Israel,
“Se o nú mero dos ilhos de Israel for como a areia do mar,
é o remanescente que será salvo;
28 porque ele terminará a obra e a abreviará com justiça,
“A menos que o Senhor dos Exé rcitos nos tenha deixado uma
semente,
nos tornarı́amos como Sodoma,
e teria sido feito como Gomorra.”
30 O que diremos entã o? Que os gentios, que nã o seguiram a
justiça, alcançaram a justiça, sim, a justiça que é pela fé ; 31 mas Israel,
seguindo a lei da justiça, nã o chegou à lei da justiça. 32 Por quê ? Porque
eles nã o o buscaram pela fé , mas como que pelas obras da lei.
Tropeçaram na pedra de tropeço; 33 como está escrito,
“Eis que ponho em Siã o uma pedra de tropeço e uma rocha de
escâ ndalo;
e ningué m que nele crê icará desapontado”.
João 11
1 Estava enfermo um certo Lá zaro, de Betâ nia, da aldeia de Maria e
sua irmã Marta. 2 Foi aquela Maria que ungiu o Senhor com ungü ento e
enxugou os pé s dele com os cabelos, cujo irmã o Lá zaro estava doente.
3As irmã s, entã o, mandaram-lhe dizer: “Senhor, eis que aquele por quem
tens grande afeiçã o está doente”. 4 Mas quando Jesus ouviu isso, disse:
“Esta doença nã o é para morte, mas para gló ria de Deus, para que o
Filho de Deus seja glori icado por ela”. 5 Ora, Jesus amava Marta, e sua
irmã , e Lá zaro. 6 Ouvindo, pois, que estava doente, icou dois dias no
lugar onde estava. 7 Depois disso, disse aos discı́pulos: “Vamos de novo
para a Judé ia”.
8 Os discı́pulos lhe perguntaram: “Rabi, os judeus estavam
icará curado”.
13 Ora, Jesus havia falado de sua morte, mas eles pensavam que ele
Jesus ainda nã o tinha entrado na aldeia, mas estava no lugar onde
Marta o encontrou. 31 Entã o os judeus que estavam com ela na casa e a
consolavam, quando viram Maria, que se levantou rapidamente e saiu,
a seguiram, dizendo: “Ela vai ao sepulcro para chorar ali”. 32 Entã o,
quando Maria chegou onde Jesus estava e o viu, ela se prostrou a seus
pé s, dizendo-lhe: “Senhor, se você estivesse aqui, meu irmã o nã o teria
morrido”.
33 Quando Jesus, pois, a viu chorando, e chorando os judeus que
ele!” 37 Alguns deles diziam: “Nã o poderia este homem, que abriu os
olhos do cego, també m impedir que este homem morresse?”
38 Jesus, pois, novamente gemendo em si mesmo, foi ao sepulcro.
Agora era uma caverna, e uma pedra estava contra ela. 39 Jesus disse:
“Tira a pedra”.
Marta, a irmã do morto, disse-lhe: “Senhor, a esta hora cheira mal,
porque ele está morto há quatro dias”.
40 Disse-lhe Jesus: “Nã o te disse que, se creres, verá s a gló ria de
Deus?”
41 Entã o tiraram a pedra do lugar onde jazia o morto. Jesus levantou
que Jesus fez, creram nele. 46 Mas alguns deles foram ter com os
fariseus e lhes contaram as coisas que Jesus havia feito. 47 Os principais
sacerdotes e os fariseus reuniram-se em conselho e disseram: “O que
estamos fazendo? Pois este homem faz muitos sinais. 48 Se o deixarmos
assim, todos crerã o nele, e os romanos virã o e tirarã o nosso lugar e
nossa naçã o”.
49 Mas um deles, Caifá s, sendo sumo sacerdote naquele ano, disse-
lhes: Nã o sabeis nada, 50 nem julgais ser vantajoso para nó s que um
homem morra pelo povo, e que o naçã o inteira nã o pereça”. 51 Ora, ele
nã o disse isso de si mesmo, mas, sendo sumo sacerdote naquele ano,
profetizou que Jesus morreria pela naçã o, 52 e nã o somente pela naçã o,
mas també m para reunir em um os ilhos de Deus que estã o
espalhados no exterior. 53 Assim, daquele dia em diante, deliberaram
que o matariam. 54 Jesus, pois, nã o andava mais abertamente entre os
judeus, mas partiu dali para uma regiã o pró xima ao deserto, para uma
cidade chamada Efraim. Ele icou lá com seus discı́pulos.
55 Estava pró xima a Pá scoa dos judeus. Muitos subiam do campo a
tiverem fé e nã o duvidarem, nã o farã o apenas o que foi feito à igueira,
mas ainda que dissessem a este monte: ‘Seja levantado e lançado no o
mar', seria feito. 22 Todas as coisas, tudo o que pedirdes em oraçã o,
crendo, recebereis”.
23 Quando ele entrou no templo, os principais sacerdotes e os
sentados comendo, Jesus disse: “Em verdade vos digo que um de vó s
me trairá , aquele que come comigo”.
19 Eles começaram a icar tristes e a perguntar-lhe um a um: “Nã o
sou eu?” E outro disse: “Certamente nã o eu?”
20 Ele lhes respondeu: “Eum dos doze, aquele que mergulha
comigo no prato. 21 Pois o Filho do Homem vai, como está escrito a
respeito dele, mas ai daquele homem por quem o Filho do Homem é
traı́do! Seria melhor para aquele homem se ele nã o tivesse nascido.”
22 Enquanto comiam, Jesus tomou o pã o e, depois de abençoá -lo,
dele. 24 Ele lhes disse: “Isto é o meu sangue da nova aliança, que é
derramado por muitos. 25 Certamente vos digo que nã o beberei mais
do fruto da videira, até aquele dia em que o beberei novamente no
Reino de Deus”. 26 Depois de cantarem um hino, saı́ram para o Monte
das Oliveiras.
27 Jesus lhes disse: “Todos você s tropeçarã o por minha causa esta
farei”.
30 Disse-lhe Jesus: Certamente te digo que hoje, esta noite, antes
fosse possı́vel, a hora passasse dele. 36 Ele disse: “Aba, Pai, todas as
coisas sã o possı́veis para você . Por favor, retire este copo de mim. No
entanto, nã o o que eu desejo, mas o que você deseja.”
37 Ele veio e os encontrou dormindo e disse a Pedro: “Simã o, você
está dormindo? Você nã o pode assistir uma hora? 38 Vigiai e orai, para
que nã o entreis em tentaçã o. O espı́rito, de fato, está disposto, mas a
carne é fraca”.
39 Novamente ele foi embora e orou, dizendo as mesmas palavras.
40 Voltou novamente e os encontrou dormindo, pois seus olhos estavam
muito pesados, e nã o sabiam o que lhe responder. 41 Ele veio pela
terceira vez e lhes disse: “Agora durmam e descansem. E o su iciente. A
hora chegou. Eis que o Filho do Homem é entregue nas mã os dos
pecadores. 42 Surgir! Vamos indo. Eis que está pró ximo aquele que me
trai”.
43 Imediatamente, enquanto ele ainda falava, veio Judas, um dos
doze, e com ele uma multidã o com espadas e paus, dos principais
sacerdotes, escribas e anciã os. 44 Aquele que o traiu deu-lhes um sinal,
dizendo: “Aquele que eu beijar, esse é ele. Agarre-o e leve-o em
segurança.” 45 Quando ele chegou, imediatamente se aproximou dele e
disse: “Rabi! Rabino!" e o beijou. 46 Impuseram-lhe as mã os e o
prenderam. 47 Mas um dos que ali estavam desembainhou a espada,
feriu o servo do sumo sacerdote e cortou-lhe a orelha.
48 Jesus lhes respondeu: “Você s saı́ram, como um ladrã o, com
pano de linho sobre seu corpo nu. Os jovens o agarraram, 52 mas ele
deixou o pano de linho e fugiu deles nu. 53 Levaram Jesus ao sumo
sacerdote. Todos os principais sacerdotes, os anciã os e os escribas se
reuniram com ele.
54 Pedro o seguira de longe, até que chegou ao pá tio do sumo
sacerdote. Ele estava sentado com os o iciais e se aquecendo à luz do
fogo. 55 Ora, os principais sacerdotes e todo o concı́lio buscaram
testemunhas contra Jesus para matá -lo, mas nã o as acharam. 56 Pois
muitos deram falso testemunho contra ele, e seus testemunhos nã o
concordavam entre si. 57 Alguns se levantaram e deram falso
testemunho contra ele, dizendo: 58 “Nó s o ouvimos dizer: 'Destruirei
este templo feito por mã os humanas, e em trê s dias construirei outro
feito sem mã os'. ” 59 Mesmo assim, seus depoimentos nã o
concordavam.
60 O sumo sacerdote levantou-se no meio e perguntou a Jesus:
“Você nã o tem resposta? O que é que estes testemunham contra ti?” 61
Mas ele icou quieto e nada respondeu. Novamente o sumo sacerdote
lhe perguntou: “Você é o Cristo, o Filho do Bem-aventurado?”
62 Jesus disse: “Eu sou. Você
verá o Filho do Homem sentado à
direita do Poder, e vindo com as nuvens do cé u”.
63 O sumo sacerdote rasgou as suas vestes e disse: “Que mais
hora de passar deste mundo para o Pai, tendo amado os seus que
estavam no mundo, amou-os até ao im. 2 Durante a ceia, tendo o diabo
posto já no coraçã o de Judas Iscariotes, ilho de Simã o, que o traı́sse, 3
Jesus, sabendo que o Pai lhe entregara todas as coisas nas mã os, e que
vinha de Deus e ia para Deus , 4 levantou-se da ceia e pô s de lado as
suas vestes. Ele pegou uma toalha e a enrolou na cintura. 5 Depois
despejou á gua na bacia e começou a lavar os pé s dos discı́pulos e a
enxugá -los com a toalha que o envolvia. 6 Entã o ele foi ter com Simã o
Pedro. Ele lhe disse: “Senhor, lavas os meus pé s?”
7 Respondeu-lhe Jesus: “Você nã o sabe o que estou fazendo agora,
mas depois entenderá ”.
8Pedro lhe disse: “Você nunca lavará meus pé s!”
Jesus lhe respondeu: “Se eu nã o te lavar, você nã o tem parte
comigo”.
9 Disse-lhe Simã o Pedro: “Senhor, nã o só os meus pé s, mas també m
as minhas mã os e a minha cabeça!”
10 Disse-lhe Jesus: “Aquele que tomou banho só precisa lavar os pé s,
mas está completamente limpo. Você s estã o limpos, mas nã o todos
você s.” 11 Pois ele conhecia aquele que o trairia, por isso disse: Nem
todos você s estã o limpos. 12 Entã o, depois de lavar os pé s deles, vestir a
roupa de fora e sentar-se novamente, disse-lhes: “Sabeis o que vos iz?
13 Você me chama de 'Mestre' e 'Senhor'. Você diz isso corretamente,
Alguns pensaram, porque Judas tinha a caixa de dinheiro, que Jesus lhe
disse: “Compra o que precisamos para a festa”, ou que ele deveria dar
algo aos pobres. 30 Portanto, tendo recebido aquele bocado, saiu
imediatamente. Era noite.
31 Quando ele saiu, Jesus disse: “Agora o Filho do homem foi
glori icado, e Deus foi glori icado nele. 32 Se Deus foi glori icado nele,
Deus també m o glori icará em si mesmo, e ele o glori icará
imediatamente. 33 Filhinhos, estarei com você s mais um pouco. Você s
me procurarã o, e como eu disse aos judeus: 'Para onde eu vou, você s
nã o podem ir', entã o agora eu lhes digo. 34 Um novo mandamento vos
dou, que vos ameis uns aos outros. Assim como eu os amei, você s
també m se amam. 35 Nisto todos saberã o que sois meus discı́pulos, se
vos amardes uns aos outros”.
36 Disse-lhe Simã o Pedro: “Senhor, para onde vais?”
Jesus respondeu: “Para onde eu vou, você nã o pode seguir agora,
mas você seguirá depois”.
37 Pedro lhe disse: “Senhor, por que nã o posso te seguir agora? Eu
por todos os que nã o viram o meu rosto em carne e osso; 2 para que os
seus coraçõ es sejam consolados, e estejam unidos em amor, e alcancem
todas as riquezas da plena certeza de entendimento, para que
conheçam o misté rio de Deus, tanto do Pai como de Cristo, 3 em quem
todos os tesouros de sabedoria e conhecimento estã o ocultos. 4 Agora
digo isto para que ningué m vos iluda com palavras persuasivas. 5 Pois,
embora eu esteja ausente na carne, estou convosco no espı́rito,
regozijando-me e vendo a vossa ordem e a irmeza da vossa fé em
Cristo.
6 Assim como recebestes a Cristo Jesus, o Senhor, andai nele, 7
Espı́rito Santo; 16 porque ainda nã o havia caı́do sobre nenhum deles.
Eles só haviam sido batizados em nome de Cristo Jesus. 17 Entã o
impuseram as mã os sobre eles, e eles receberam o Espı́rito Santo. 18
Vendo Simã o que o Espı́rito Santo era dado pela imposiçã o das mã os
dos apó stolos, ofereceu-lhes dinheiro, 19 dizendo: Dá -me també m este
poder, para que todo aquele a quem eu impuser as mã os receba o
Espı́rito Santo. 20 Mas Pedro lhe disse: “Que a sua prata pereça com
você , porque você pensou que poderia obter o dom de Deus com
dinheiro! 21 Você nã o tem parte nem sorte neste assunto, pois seu
coraçã o nã o está bem diante de Deus. 22 Arrepende-te, pois, desta tua
maldade, e pergunta a Deus se talvez te seja perdoado o pensamento do
teu coraçã o. 23 Pois vejo que você está no veneno da amargura e na
escravidã o da iniqü idade”.
24 Simã o respondeu: “Roga por mim ao Senhor, para que nenhuma
de grande autoridade sob Candace, rainha dos etı́opes, que era sobre
todos os seus tesouros, que tinha vindo a Jerusalé m para adorar. 28 Ele
estava voltando e sentado em sua carruagem, e estava lendo o profeta
Isaı́as.
29 O Espı́rito disse a Filipe: “Aproxima-te e junta-te a este carro”.
30 Filipe correu para ele e o ouviu ler o profeta Isaı́as e disse: “Você
Filipe, e o eunuco nã o o viu mais, pois ele seguiu seu caminho
regozijando-se. 40 Mas Filipe foi achado em Azoto. De passagem, pregou
a Boa Nova a todas as cidades, até chegar a Cesaré ia.
Cantares de Salomão 4
Amante
1 Eis que você é linda, meu amor.
Eis que você é linda.
Seus olhos sã o como pombas atrá s de seu vé u.
Teu cabelo é como um rebanho de cabras,
que descem do monte Gileade.
2 Seus dentes sã o como um rebanho recé m tosquiado,
comigo do Lı́bano.
Olhe do alto de Amana,
do alto do Senir e do Hermon,
das covas dos leõ es,
das montanhas dos leopardos.
9 Vocêarrebatou meu coraçã o, minha irmã , minha noiva.
Você arrebatou meu coraçã o com um de seus olhos,
com uma corrente de seu pescoço.
10 Como é belo o teu amor, minha irmã , minha noiva!
(sim, eu libertei aquele que sem causa era meu adversá rio),
5 persiga o inimigo a minha alma e a alcance;
Sua violê ncia descerá sobre a coroa de sua pró pria cabeça.
17 Darei graças ao Senhor segundo a sua justiça,
do meu povo Israel, e suplicava perante o Senhor meu Deus pelo santo
monte do meu Deus, 21 sim, enquanto eu orava, o homem Gabriel, que
eu tinha visto na visã o no princı́pio, sendo levado a voar rapidamente,
tocou-me por volta da hora da oferta da tarde. 22 Ele me instruiu e falou
comigo, e disse: “Daniel, eu vim agora para lhe dar sabedoria e
entendimento. 23 No inı́cio das vossas petiçõ es saiu o mandamento, e
eu vim para vos dizer; pois você é muito amado. Portanto, considere o
assunto e entenda a visã o.
24 “Setenta semanas estã o decretadas sobre o teu povo e sobre a
tua cidade santa, para acabar com a desobediê ncia, e para dar im aos
pecados, e para expiar a iniqü idade, e para trazer a justiça eterna, e
para selar a visã o e a profecia, e para ungir o santı́ssimo.
25 “Sabe, pois, e discerne que desde a saı́da do mandamento para
homens, para ser visto por eles, ou entã o você nã o terá recompensa de
seu Pai que está nos cé us. 2 Portanto, quando você izer obras de
misericó rdia, nã o toque a trombeta diante de si mesmo, como fazem os
hipó critas nas sinagogas e nas ruas, para que obtenham gló ria dos
homens. Certamente eu lhe digo, eles receberam sua recompensa. 3
Mas quando você izer obras de misericó rdia, nã o deixe sua mã o
esquerda saber o que sua mã o direita faz, 4 para que as tuas
misericó rdias iquem em segredo, entã o teu Pai, que vê em secreto, te
recompensará publicamente.
5 “Quando orardes, nã o sereis como os hipó critas, porque gostam
de orar em pé nas sinagogas e nas esquinas das ruas, para serem vistos
pelos homens. Certamente, eu lhe digo, eles receberam sua
recompensa. 6 Mas tu, quando orares, entra no teu aposento e,
fechando a tua porta, ora a teu Pai que está em secreto; e teu Pai, que vê
em secreto, te recompensará publicamente. 7 Ao orar, nã o use
repetiçõ es vã s como fazem os gentios; porque pensam que serã o
ouvidos pelo seu muito falar. 8 Portanto, nã o seja como eles, pois seu
Pai sabe das coisas que você precisa antes que você peça a ele. 9 Ore
assim:
“'Pai nosso que está s nos cé us, santi icado seja o teu nome.
10 Que venha o seu Reino.
ao tempo de vida dele? 28 Por que você está preocupado com roupas?
Considere os lı́rios do campo, como eles crescem. Eles nã o trabalham,
nem iam, 29 contudo, digo-vos que nem mesmo Salomã o em toda a sua
gló ria se vestiu como um destes. 30 Mas se Deus assim veste a erva do
campo, que hoje existe e amanhã é lançada no forno, nã o vestirá muito
mais você s, homens de pouca fé ?
31 “Portanto, nã o
ique ansioso, dizendo: 'O que vamos comer?', 'O
que vamos beber?' ou, 'De que seremos vestidos?' 32 Pois os gentios
buscam todas essas coisas; pois seu Pai celestial sabe que você precisa
de todas essas coisas. 33 Mas busque primeiro o Reino de Deus e sua
justiça; e todas estas coisas vos serã o dadas també m. 34 Portanto, nã o
ique ansioso pelo amanhã , pois o amanhã estará ansioso por si
mesmo. O pró prio mal de cada dia é su iciente.
Salmos 116
1 Amo o Senhor, porque ele ouve a minha voz,
Meu coraçã o treme dentro de mim. Nã o posso me calar, porque você
ouviu, ó minha alma, o som da trombeta, o alarme da guerra. 20
Decreta-se destruiçã o sobre destruiçã o, pois toda a terra está assolada.
De repente, minhas tendas sã o destruı́das e minhas cortinas
desaparecem em um momento. 21 Até quando verei o estandarte e
ouvirei o som da trombeta?
22 “Pois o meu povo é tolo. Eles nã o me conhecem. Sã o crianças
tolas e nã o tê m entendimento. Eles sã o há beis em fazer o mal, mas nã o
sabem fazer o bem”. 23 Eu vi a terra, e eis que estava deserta e vazia, e
os cé us, e eles nã o tinham luz. 24 Eu vi os montes, e eis que eles
tremeram, e todos os montes se moveram para frente e para trá s. 25 Eu
vi, e eis que nã o havia homem algum, e todas as aves do cé u haviam
fugido. 26 Eu vi, e eis que o campo fé rtil era um deserto, e todas as suas
cidades foram derrubadas na presença do Senhor, diante do furor da
sua ira. 27 Pois o Senhor diz: “Toda a terra será uma desolaçã o; ainda
nã o vou fazer um inal completo. 28 Por isso a terra se lamentará , e os
cé us em cima icarã o negros, porque eu o disse. Eu planejei isso, e nã o
me arrependi, nem vou voltar atrá s”.
29 Todas as cidades fogem ao barulho dos cavaleiros e dos
arqueiros. Eles entram nas moitas e sobem nas rochas. Toda cidade
está abandonada, e nenhum homem habita nela. 30 Você , quando
estiver desolado, o que fará ? Ainda que você se vista de escarlate, ainda
que se enfeitar com ornamentos de ouro, ainda que você amplie seus
olhos com maquiagem, você se torna bela em vã o. Seus amantes
desprezam você . Eles procuram a sua vida. 31 Pois ouvi uma voz como
de uma mulher de parto, a angú stia de quem dá à luz seu primeiro ilho,
a voz da ilha de Siã o, que respira ofegante, que estende as mã os,
dizendo: “Ai eu, agora! Pois minha alma desfalece diante dos
assassinos.”
Mateus 13
1 Naquele dia, Jesus saiu de casa e sentou-se à beira-mar. 2 Grandes
multidõ es se ajuntaram a ele, de modo que ele entrou num barco e
sentou-se; e toda a multidã o estava na praia. 3 Falou-lhes muitas coisas
por pará bolas, dizendo: “Eis que um lavrador saiu a semear. 4 Enquanto
ele semeava, algumas sementes caı́ram à beira da estrada, e os
pá ssaros vieram e as devoraram. 5 Outras caı́ram em terreno
pedregoso, onde nã o havia muita terra, e logo brotaram, porque nã o
tinham profundidade de terra. 6 Quando o sol nasceu, eles foram
queimados. Por nã o terem raiz, murcharam. 7 Outros caı́ram entre
espinhos. Os espinhos cresceram e os sufocaram. 8 Outras caı́ram em
boa terra e deram frutos: umas cem vezes mais, outras sessenta e
outras trinta. 9 Quem tem ouvidos para ouvir, ouça”.
10 Os discı́pulos aproximaram-se e perguntaram-lhe: “Por que lhes
vossos ouvidos, porque ouvem. 17 Pois certamente vos digo que muitos
profetas e justos desejaram ver as coisas que vedes e nã o as viram; e
ouvir as coisas que você ouve, e nã o as ouviu.
18 “Ouça, entã o, a pará bola do agricultor. 19 Quando algué m ouve a
“Os servos lhe perguntaram: 'Você quer que nó s vamos recolhê -
los?'
29 “Mas ele disse: 'Nã o, para que, talvez, enquanto você
colhe o joio,
você arranca o trigo com ele. 30 Deixe que ambos cresçam juntos até a
colheita, e no tempo da colheita direi aos ceifeiros: “Primeiro, ajuntem
o joio e amarre-o em feixes para queimá -lo; mas ajunta o trigo no meu
celeiro”. '”
31 Propô s-lhes outra pará bola, dizendo: O Reino dos Cé us é
pará bola nã o lhes falava, 35 para que se cumprisse o que fora dito pelo
profeta, que dizia:
“Abrirei a minha boca em pará bolas;
Direi coisas ocultas desde a fundaçã o do mundo”.
36 Entã o Jesus despediu a multidã o e entrou na casa. Seus
Reino dos cé us é como um homem que é chefe de famı́lia, que tira do
seu tesouro coisas novas e velhas”.
53 Quando Jesus terminou estas pará bolas, partiu dali. 54 Entrando
Eu me hospedaria no deserto.”
Selá .
8 “Eu me apressaria para um abrigo contra o vento tempestuoso e
a tempestade.”
9 Confunde-os, Senhor, e confunde a sua linguagem,
Javé me salvará .
17 A tarde, pela manhã e ao meio-dia, clamarei de angú stia.
mim,
embora haja muitos que se opõ em a mim.
19 Deus, que está entronizado para sempre,
os ouvirá e responderá .
Selá .
vem ao Pai, a nã o ser por mim. 7 Se você tivesse me conhecido, você
teria conhecido meu Pai també m. De agora em diante, você o conhece e
o viu”.
8 Disse-lhe Filipe: “Senhor, mostra-nos o Pai, e isso nos basta”.
aquela que me ama. Quem me ama será amado por meu Pai, e eu o
amarei e me revelarei a ele”.
22 Judas (nã o Iscariotes) disse a ele: “Senhor, o que aconteceu para
mas uma sabedoria nã o deste mundo, nem dos governantes deste
mundo que estã o chegando a nada. 7 Mas nó s falamos a sabedoria de
Deus em misté rio, a sabedoria escondida, a qual Deus predestinou
antes dos mundos para nossa gló ria, 8 a qual nenhum dos prı́ncipes
deste mundo conheceu. Pois se eles soubessem, eles nã o teriam
cruci icado o Senhor da gló ria. 9 Mas, como está escrito,
“Coisas que o olho nã o viu, e o ouvido nã o ouviu,
que nã o entrou no coraçã o do homem,
estes Deus preparou para aqueles que o amam”.
10 Mas para nó s, Deus os revelou atravé s do Espı́rito. Pois o Espı́rito
“Quã o formosos sã o os pé s dos que pregam a Boa Nova da paz,
que trazem boas novas de coisas boas!”
16 Mas nem todos ouviram as boas novas. Pois Isaı́as diz: “Senhor,
quem acreditou em nosso relató rio?” 17 Assim a fé vem pelo ouvir, e o
ouvir pela palavra de Deus. 18 Mas eu digo, eles nã o ouviram? Sim, com
certeza,
“O seu som se espalhou por toda a terra,
suas palavras até os con ins do mundo”.
19 Mas eu pergunto, Israel nã o sabia? Primeiro Moisé s diz:
misericó rdia.
Nã o se desvie, para que você nã o caia.
8 Todos os que temem ao Senhor, con iem nele,
Senhor.
Eles glori icarã o o seu nome.
10 Pois você é grande e faz maravilhas.
criou;
E nã o o deixe ir de você , pois você precisa dele.
13 Há um tempo em que em suas pró prias mã os está a questã o
para o bem.
14 Pois també m eles suplicarã o ao Senhor,
seu;
Ontem para mim e hoje para você .
23 Quando o morto descansar, descanse a sua memó ria;
demô nios e para curar doenças. 2 Ele os enviou para pregar o Reino de
Deus e curar os enfermos. 3 Ele lhes disse: “Nã o leveis nada para a
viagem, nem bordõ es, nem alforje, nem pã o, nem dinheiro. Nã o tenha
duas demã os cada. 4 Em qualquer casa em que você entrar, ique lá e
saia de lá . 5 A todos os que nã o vos receberem, quando sairdes daquela
cidade, sacudi até o pó dos vossos pé s em testemunho contra eles”.
6 Partiram e foram pelas aldeias, pregando a Boa Nova e curando
por toda parte. 7 Ora, o tetrarca Herodes soube de tudo o que ele izera;
e ele estava muito perplexo, porque alguns diziam que Joã o havia
ressuscitado dos mortos, 8 e por alguns que Elias havia aparecido, e por
outros que um dos antigos profetas havia ressuscitado. 9 Herodes
disse: “Eu decapitei Joã o, mas quem é este de quem eu ouço essas
coisas?” Ele procurou vê -lo. 10 Os apó stolos, quando voltaram,
contaram-lhe o que haviam feito.
Ele os pegou e se retirou para uma regiã o desé rtica de uma cidade
chamada Betsaida. 11 Mas as multidõ es, percebendo isso, o seguiram.
Ele os acolheu, falou-lhes do Reino de Deus e curou aqueles que
precisavam de cura. 12 O dia começou a passar; E os doze vieram e lhe
disseram: “Manda embora a multidã o, para que eles possam ir à s
aldeias e fazendas vizinhas, e se hospedarem e conseguirem comida,
pois estamos aqui em um lugar deserto”.
13 Mas ele lhes disse: “Dê em-lhes de comer”.
Eles disseram: “Nã o temos mais do que cinco pã es e dois peixes, a
menos que formos comprar comida para toda essa gente”. 14 Pois eram
cerca de cinco mil homens.
Ele disse aos seus discı́pulos: “Faça-os sentar-se em grupos de
cerca de cinqü enta cada”. 15 Assim izeram e izeram todos se sentarem.
16 Tomou os cinco pã es e os dois peixes, e, olhando para o cé u,
mesmo, tome a sua cruz, e siga-me. 24 Pois quem quiser salvar sua vida
a perderá , mas quem perder sua vida por minha causa, a salvará . 25 Pois
que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro e perder ou perder a
si mesmo? 26 Pois quem se envergonhar de mim e das minhas palavras,
dele se envergonhará o Filho do Homem, quando vier na sua gló ria, e na
gló ria do Pai e dos santos anjos. 27 Mas eu lhes digo a verdade: há
alguns dos que estã o aqui que de forma alguma provarã o a morte até
que vejam o Reino de Deus.”
28 Cerca de oito dias depois dessas palavras, ele levou consigo
Pedro, Joã o e Tiago, e subiu ao monte para orar. 29 Enquanto ele orava, a
aparê ncia de seu rosto se alterou, e sua roupa icou branca e
resplandecente. 30 Eis que falavam com ele dois homens, que eram
Moisé s e Elias, 31 os quais apareceram em gló ria e falaram da sua
partida, que estava para cumprir em Jerusalé m.
32 Ora, Pedro e os que estavam com ele estavam pesados de sono,
mas, quando despertaram, viram a sua gló ria e os dois homens que
estavam com ele. 33Ao se despedirem dele, Pedro disse a Jesus: “Mestre,
é bom estarmos aqui. Vamos fazer trê s tendas: uma para você , uma
para Moisé s e outra para Elias”, sem saber o que ele disse.
34 Enquanto ele dizia estas coisas, veio uma nuvem e os cobriu, e
eles icaram com medo quando entraram na nuvem. 35 Uma voz saiu da
nuvem, dizendo: “Este é o meu Filho amado. Ouça-o!” 36 Quando a voz
veio, Jesus foi encontrado sozinho. Eles icaram calados e nã o contaram
a ningué m naqueles dias nada do que tinham visto.
37 No dia seguinte, quando desceram do monte, uma grande
espı́rito você s sã o. 56 Pois o Filho do Homem nã o veio para destruir a
vida dos homens, mas para salvá -los”.
Eles foram para outra aldeia. 57 No caminho, um certo homem lhe
disse: “Quero segui-lo aonde quer que você vá , Senhor”.
58 Disse-lhe Jesus: As raposas tê m covis, e as aves do cé u tê m
Pô ncio Pilatos governador da Judé ia, e Herodes tetrarca da Galilé ia, e
seu irmã o Filipe tetrarca da regiã o da Ituré ia e Traconites, e Lisâ nias
tetrarca de Abilene, 2 no alto sacerdó cio de Aná s e Caifá s, veio a palavra
de Deus a Joã o, ilho de Zacarias, no deserto. 3 Ele percorreu toda a
regiã o ao redor do Jordã o, pregando o batismo de arrependimento para
remissã o dos pecados. 4 Como está escrito no livro das palavras do
profeta Isaı́as,
“A voz do que clama no deserto,
'Preparem o caminho do Senhor.
Faça seus caminhos retos.
5 Todos os vales serã o preenchidos.
7 Disse, pois, à s multidõ es que saı́am a ser batizadas por ele: Raça
11 Ele lhes respondeu: “Quem tem duas tú nicas, dê a quem nã o
tem. Quem tem comida, faça o mesmo”.
12 Vieram també m cobradores de impostos para serem batizados
ordenado”.
14 Os soldados també m lhe perguntaram, dizendo: “E nó s? O que
devemos fazer?”
Ele lhes disse: “Nã o extorqui a ningué m pela violê ncia, nem acuse
a ningué m injustamente. Contente-se com o seu salá rio.”
15 Como o povo estava na expectativa, e todos os homens discutiam
tristeza. 2 Pois, se eu vos a ligir, quem me alegrará senã o aquele que por
mim sofre? 3 E escrevi-vos isto mesmo, para que, quando eu chegasse,
nã o tivesse tristeza daqueles de quem devia alegrar-me; tendo
con iança em todos vó s, que a minha alegria seja partilhada por todos
vó s. 4 Pois com muita tribulaçã o e angú stia de coraçã o vos escrevi com
muitas lá grimas, nã o para que vos entristeçais, mas para que conheçais
o amor que tenho por vó s tã o abundantemente. 5 Mas, se algué m
entristece, també m entristece, nã o a mim, mas em parte (para que eu
nã o pressione demais) a todos vó s. 6 Este castigo que foi in ligido por
muitos é su iciente para tal; 7 para que, ao contrá rio, você o perdoe e o
conforte, para que ele nã o seja engolido por sua excessiva tristeza. 8 Por
isso, peço-te que con irmes o teu amor por ele. 9 Pois para isso també m
escrevi, para saber a prova de você s, se sã o obedientes em todas as
coisas. 10 Agora també m eu perdô o a quem você perdoa alguma coisa.
Pois, se de fato perdoei alguma coisa, perdoei aquele por amor de vó s
na presença de Cristo, 11 para que Sataná s nã o obtenha vantagem
alguma sobre nó s, pois nã o ignoramos as suas ciladas.
12 Ora, quando cheguei a Trô ade para a Boa Nova de Cristo, e
quando uma porta me foi aberta no Senhor, 13 nã o tive alı́vio para o
meu espı́rito, porque nã o encontrei Tito, meu irmã o, mas me
despedindo deles, saı́ para a Macedô nia.
14 Agora, graças a Deus, que sempre nos conduz em triunfo em
Cristo, e por meio de nó s revela em todo lugar o suave aroma do seu
conhecimento. 15 Porque nó s somos um cheiro suave de Cristo para
Deus, nos que sã o salvos e nos que perecem: 16 para uns um cheiro de
morte para morte, para outro um cheiro suave de vida para vida. Quem
é su iciente para essas coisas? 17 Pois nã o somos tantos, mascateando
a palavra de Deus. Mas como de sinceridade, mas como de Deus, diante
de Deus, falamos em Cristo.
Salmos 57
Para o Músico Chefe. Ao som de “Não Destrua”. Um poema de Davi,
quando ele fugiu de Saul, na caverna.
1 Tem misericó rdia de mim, Deus, tem misericó rdia de mim,
sá bios. Julgue o que eu digo. 16 O cá lice de bê nçã o que abençoamos, nã o
é uma partilha do sangue de Cristo? O pã o que partimos nã o é uma
partilha do corpo de Cristo? 17 Porque há um só pã o, nó s, que somos
muitos, somos um só corpo; pois todos participamos de um só pã o. 18
Considere Israel segundo a carne. Aqueles que comem os sacrifı́cios
nã o participam do altar?
19 O que estou dizendo entã o? Que uma coisa sacri icada a ı́dolos é
alguma coisa, ou que um ı́dolo é alguma coisa? 20 Mas eu digo que as
coisas que os gentios sacri icam, eles sacri icam aos demô nios, e nã o a
Deus, e eu nã o desejo que você tenha comunhã o com os demô nios. 21
Você nã o pode beber o cá lice do Senhor e o cá lice dos demô nios. Você
nã o pode participar da mesa do Senhor e da mesa dos demô nios. 22 Ou
provocamos ciú mes no Senhor? Somos mais fortes que ele?
23 “Todas as coisas me sã o lı́citas”, mas nem todas as coisas sã o
Mas eu construı́ para você uma casa e um lar, um lugar para você morar
para sempre”.
3 O rei virou o rosto, e abençoou toda a congregaçã o de Israel; e
boca a Davi, meu pai, e com as mã os o cumpriu, dizendo: 5 Desde o dia
em que tirei o meu povo da terra do Egito , nã o escolhi nenhuma cidade
de todas as tribos de Israel para construir uma casa, para que ali
estivesse o meu nome e nã o escolhi ningué m para ser prı́ncipe sobre o
meu povo Israel; 6 mas agora escolhi Jerusalé m, para que ali esteja o
meu nome; e escolhi Davi para ser o meu povo Israel.' 7 Ora, estava no
coraçã o de meu pai Davi construir uma casa ao nome de Javé , o Deus de
Israel. 8 Mas Yahweh disse a Davi, meu pai: 'Se estava em teu coraçã o
construir uma casa ao meu nome, izeste bem que estivesse em teu
coraçã o; 9 contudo nã o edi icará s a casa; mas teu ilho, que sair do teu
corpo, edi icará a casa ao meu nome.'
10 “Yahweh cumpriu a palavra que falou; porque me levantei em
pai, o que lhe prometeste, dizendo: Nã o te faltará varã o diante de mim
que se assente no trono de Israel, se tã o-somente o teu ilhos cuidem
do seu caminho, andem na minha lei como você s andaram antes de
mim.' 17 Agora, pois, Senhor Deus de Israel, con irme-se a tua palavra,
que falaste ao teu servo Davi.
18 “Mas Deus realmente habitará com os homens na terra? Eis que o
cé u e o cé u dos cé us nã o podem te conter; quanto menos esta casa que
construı́! 19 Mas respeita a oraçã o do teu servo e a sua sú plica, ó Senhor
meu Deus, para ouvires o clamor e a oraçã o que o teu servo izer diante
de ti; 20 para que os teus olhos estejam abertos dia e noite para esta
casa, para o lugar onde disseste que porias o teu nome; para ouvir a
oraçã o que seu servo fará para este lugar. 21 Ouve as petiçõ es do teu
servo e do teu povo Israel, quando orarem neste lugar. Sim, ouça de sua
morada, mesmo do cé u; e quando ouvir, perdoe.
22 “Se um homem pecar contra o seu pró ximo, e for feito juramento
sobre ele para o fazer jurar, e ele vier e jurar perante o teu altar nesta
casa; 23 entã o ouça dos cé us, aja e julgue os seus servos, trazendo
retribuiçã o ao ı́mpio, para trazer o seu caminho sobre a sua cabeça; e
justi icando o justo, para lhe dar segundo a sua justiça.
24 “Se o teu povo Israel for derrotado diante do inimigo por ter
pecaram contra ti; se eles orarem neste lugar, e confessarem seu nome,
e se converterem de seus pecados, quando você os a ligir; 27 entã o ouve
nos cé us, e perdoa o pecado dos teus servos do teu povo Israel, quando
lhes ensinares o bom caminho em que devem andar; e manda chuva
sobre a tua terra, que deste por herança ao teu povo.
28 “Se houver fome na terra, se houver peste, se houver ferrugem ou
abertos e que teus ouvidos estejam atentos à oraçã o que se faz neste
lugar.
41 “Agora, pois, levanta-te, óSenhor Deus, para o teu lugar de
descanso, tu e a arca da tua força. Sejam os vossos sacerdotes, ó Senhor
Deus, vestidos de salvaçã o, e os vossos santos regozijem-se no bem.
42 “Yahweh Deus, nã o desvie o rosto do seu ungido. Lembre-se de
cabeças.
Passamos pelo fogo e pela á gua,
mas você nos trouxe para o lugar da abundâ ncia.
13 Entrarei no seu templo com holocaustos.
Pagarei meus votos a você , 14 que meus lá bios prometeram,
e minha boca falou, quando eu estava angustiado.
15 Oferecerei a você s holocaustos de animais gordos,
dizem alguns de vó s que nã o há ressurreiçã o de mortos? 13 Mas, se nã o
há ressurreiçã o de mortos, també m Cristo nã o ressuscitou. 14 Se Cristo
nã o ressuscitou, é vã a nossa pregaçã o, e vã també m a vossa fé . 15 Sim,
també m nó s fomos achados falsas testemunhas de Deus, porque
demos testemunho de Deus que ressuscitou a Cristo, a quem nã o
ressuscitou, se é para que os mortos nã o ressuscitem. 16 Porque, se os
mortos nã o ressuscitaram, també m Cristo nã o ressuscitou. 17 Se Cristo
nã o ressuscitou, é vã a vossa fé ; você ainda está em seus pecados. 18
Entã o també m os que dormiram em Cristo pereceram. 19 Se esperamos
em Cristo somente nesta vida, somos de todos os homens os mais
miserá veis.
20 Mas agora Cristo ressuscitou dos mortos. Ele se tornou o
primeiro fruto dos que dormem. 21 Pois, como a morte veio por meio
do homem, també m a ressurreiçã o dos mortos veio por meio do
homem. 22 Pois assim como todos morrem em Adã o, assim també m
todos serã o vivi icados em Cristo. 23 Mas cada um por sua ordem:
Cristo as primı́cias, depois os que sã o de Cristo, na sua vinda. 24 Entã o
virá o im, quando ele entregará o Reino a Deus, o Pai, quando ele tiver
abolido todo governo e toda autoridade e poder. 25 Pois ele deve reinar
até que ponha todos os seus inimigos debaixo de seus pé s. 26 O ú ltimo
inimigo que será abolido é a morte. 27 Pois, “Ele pô s todas as coisas em
sujeiçã o debaixo de seus pé s”. Mas quando ele diz: “Todas as coisas
estã o sujeitas”, é evidente que ele é excluı́do que sujeitou todas as
coisas a ele. 28 Quando todas as coisas lhe estiverem sujeitas, entã o
també m o Filho se sujeitará à quele que lhe sujeitou todas as coisas,
para que Deus seja tudo em todos.
29 Ou entã o, o que farã o os que sã o batizados pelos mortos? Se os
mortos nã o ressuscitam, por que entã o sã o batizados pelos mortos? 30
Por que també m corremos perigo a cada hora? 31 A irmo que pela
gló ria que tenho em vó s em Cristo Jesus, nosso Senhor, morro cada dia.
32 Se eu briguei com animais em Efeso para ins humanos, que me
tipo de corpo eles vê m?” 36 Tolo, o que tu mesmo semeias nã o vivi ica
se nã o morrer. 37 Aquilo que você semeia, você nã o semeia o corpo que
será , mas um grã o nu, talvez de trigo, ou de algum outro tipo. 38 Mas
Deus lhe dá um corpo como lhe aprouve, e a cada semente um corpo
pró prio. 39 Nem toda carne é a mesma carne, mas há uma carne de
homens, outra carne de animais, outra de peixes e outra de aves. 40
Existem també m corpos celestes e corpos terrestres; mas a gló ria do
celestial difere da do terrestre. 41 Há uma gló ria do sol, outra gló ria da
lua e outra gló ria das estrelas; pois uma estrela difere de outra estrela
em gló ria. 42 Assim també m é a ressurreiçã o dos mortos. O corpo é
semeado perecı́vel; é elevado imperecı́vel. 43 E semeado em desonra; é
ressuscitado em gló ria. E semeado na fraqueza; é elevado no poder. 44
Semeia-se um corpo natural; é ressuscitado um corpo espiritual. Existe
um corpo natural e també m existe um corpo espiritual.
45 Assim també m está escrito: “O primeiro homem, Adã o, foi feito
alma vivente”. O ú ltimo Adã o tornou-se um espı́rito vivi icante. 46
Entretanto, nã o é primeiro o que é espiritual, mas o que é natural,
depois o que é espiritual. 47 O primeiro homem é da terra, feito de pó . O
segundo homem é o Senhor do cé u. 48 Como é o pó , tais sã o os que
també m sã o pó ; e qual é o celestial, tais també m sã o os celestiais. 49
Assim como trouxemos a imagem dos feitos do pó , levemos també m a
imagem do celestial. 50 Agora eu digo isto, irmã os, que carne e sangue
nã o podem herdar o Reino de Deus; nem o perecı́vel herda o
imperecı́vel.
51 Eis que vos digo um misté rio. Nem todos dormiremos, mas todos
qual, existindo em forma de Deus, nã o teve por apego ser igual a Deus, 7
antes esvaziou-se a si mesmo, assumindo a forma de servo, sendo feito
à semelhança dos homens. 8 E, achado em forma humana, humilhou-se
a si mesmo, tornando-se obediente até a morte, sim, a morte de cruz. 9
Por isso també m Deus o exaltou sobremaneira, e lhe deu o nome que
está acima de todo nome, 10 para que ao nome de Jesus se dobre todo
joelho dos que estã o nos cé us, na terra e debaixo da terra, 11 e toda
lı́ngua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para gló ria de Deus Pai.
12 Portanto, meus amados, assim como você sempre obedeceu, nã o
só na minha presença, mas agora muito mais na minha ausê ncia,
trabalhe a sua pró pria salvaçã o com temor e tremor. 13 Pois é Deus
quem opera em você s tanto o querer como o realizar, para o seu
beneplá cito. 14 Fazei tudo sem queixas nem contendas, 15 para que vos
torneis irrepreensı́veis e inocentes, ilhos de Deus sem defeito no meio
de uma geraçã o corrupta e perversa, na qual sois vistos como luzes no
mundo, 16 sustentando a palavra de vida, para que eu tenha algo de que
me gloriar no dia de Cristo, de que nã o corri em vã o nem trabalhei em
vã o. 17 Sim, e se sou derramado sobre o sacrifı́cio e o serviço da vossa
fé , regozijo-me e regozijo-me com todos vó s. 18 Da mesma forma, você s
també m se alegram e se alegram comigo.
19 Mas espero no Senhor Jesus enviar-vos em breve Timó teo, para
temos um edifı́cio da parte de Deus, uma casa nã o feita por mã os,
eterna, nos cé us. 2 Pois certamente nisto gememos, desejando ser
revestidos da nossa habitaçã o que é do cé u, 3 se de fato, estando
vestidos, nã o seremos achados nus. 4 Pois nó s, que estamos nesta
tenda, gememos, sobrecarregados, nã o por querermos ser despidos,
mas por desejarmos ser vestidos, para que o que é mortal seja tragado
pela vida. 5 Ora, aquele que nos fez para isso mesmo é Deus, que
també m nos deu o penhor do Espı́rito.
6 Portanto, estamos sempre con iantes e sabemos que, enquanto
estamos no corpo, estamos ausentes do Senhor; 7 porque andamos por
fé , nã o por vista. 8 Somos corajosos, digo, e preferimos estar ausentes
do corpo e estar em casa com o Senhor. 9 Por isso també m procuramos,
em casa ou ausente, agradar-lhe bem. 10 Porque todos nó s devemos ser
revelados ante o tribunal de Cristo, para que cada um receba as coisas
por meio do corpo, segundo o que tiver feito, ou bem, ou mal.
11 Conhecendo, pois, o temor do Senhor, persuadimos os homens,
rogasse por nó s: rogamos-vos pela parte de Cristo que vos reconcilieis
com Deus. 21 Pois aquele que nã o conheceu pecado, ele o fez pecado por
nó s; para que nele nos torná ssemos justiça de Deus.
Filipenses 1
1 Paulo e Timó teo, servos de Jesus Cristo;
Cristo, para que, quer eu vá vê -lo ou esteja ausente, eu possa ouvir
sobre seu estado, que você está irme em um espı́rito, com uma alma
lutando pela fé de as boas notı́cias; 28 e em nada atemorizados pelos
adversá rios, o que para eles é prova de destruiçã o, mas para vó s de
salvaçã o, e isto da parte de Deus. 29 Porque vos foi concedido, por causa
de Cristo, nã o só crer nele, mas també m padecer por ele, 30 tendo em
mim o mesmo con lito que vistes em mim e agora ouvis.
Salmos 102
Uma oração do a lito, quando ele está sobrecarregado e despeja
sua queixa diante de Yahweh.
1 Ouve a minha oraçã o, Senhor!
eirado.
8 Meus inimigos me insultam o dia todo.
Aqueles que estã o com raiva de mim usam meu nome como uma
maldiçã o.
9 Pois comi cinza como pã o,
dias.
Seus anos sã o ao longo de todas as geraçõ es.
25 Desde a antiguidade lançaste os fundamentos da terra.
APOSTA
9 Como pode o jovem manter puro o seu caminho?
GIMEL
17 Faça o bem ao seu servo.
tempo todo.
21 Você repreendeu os orgulhosos que sã o amaldiçoados,
e meus conselheiros.
DALED
25 A minha alma jaz no pó .
EI
33 Ensina-me, Senhor, o caminho dos teus estatutos.
WAW
41 Venha també m a mim a tua benignidade, Senhor,
porque eu os amo.
48 Estendo as minhas mã os para os teus mandamentos, que amo.
ZAYIN
49 Lembra-te da tua palavra ao teu servo,
e tenho me consolado.
53 A indignaçã o se apoderou de mim,
CHET
57 Javé
é a minha porçã o.
Prometi obedecer à s suas palavras.
58 Busquei o seu favor de todo o meu coraçã o.
TET
65 Você tratou bem o seu servo,
conforme a tua palavra, Senhor.
66 Ensina-me bom senso e conhecimento,
de ouro e prata.
YUD
73 Tuas mã os me izeram e me formaram.
Dá -me entendimento, para que eu aprenda os teus mandamentos.
74 Os que te temem me verã o e se alegrarã o,
injustamente.
Vou meditar em seus preceitos.
79 Que aqueles que te temem se voltem para mim.
KAF
81 A minha alma desfalece pela tua salvaçã o.
LAMED
89 Yahweh, a tua palavra está irmada no cé u para sempre.
90 A tua idelidade é para todas as geraçõ es.
MEM
97 Como amo a tua lei!
inimigos,
porque os teus mandamentos estã o sempre comigo.
99 Tenho mais entendimento do que todos os meus mestres,
sempre,
mesmo até o im.
SAMEKH
113 Odeio homens de mente dobre,
AYIN
121 Fiz o que éjusto e reto.
Nã o me deixe com meus opressores.
122 Garanta o bem-estar do seu servo.
PEY
129 Seus testemunhos sã o maravilhosos,
como você sempre faz com aqueles que amam seu nome.
133 Firma meus passos em tua palavra.
Nã o deixe que nenhuma iniqü idade tenha domı́nio sobre mim.
134 Redime-me da opressã o do homem,
TZADI
137 Tu é s justo, Yahweh.
KUF
145 Eu chamei de todo o meu coraçã o.
Responda-me, Senhor!
Guardarei seus estatutos.
146 Eu te chamei. Me salve!
RESH
153 Considera a minha a liçã o, e livra-me,
pois nã o me esqueço da tua lei.
154 Defenda minha causa, e me redime!
PECADO E CANELA
161 Prı́ncipes me perseguiram sem causa,
Eu os amo sobremaneira.
168 Tenho obedecido aos teus preceitos e aos teus testemunhos,
TAV
169 Que meu clamor chegue até ti, Yahweh.
Dá -me entendimento segundo a tua palavra.
170 Deixe minha sú plica vir diante de você .
Entregue-me rapidamente.
Seja para mim uma rocha forte,
uma casa de defesa para me salvar.
3 Pois você é minha rocha e minha fortaleza,
homem.
Você os guardará secretamente em uma morada longe da contenda
de lı́nguas.
21 Louvado seja o Senhor,
seus olhos”.
No entanto, você ouviu a voz de minhas petiçõ es quando eu clamei
a você .
23 Amai Yahweh, vó s todos os seus santos!
'Nã o vereis a espada, nem tereis fome; mas eu lhe darei paz garantida
neste lugar.' ”
14 Entã o Javé me disse: “Os profetas profetizam mentiras em meu
nome. Eu nã o os enviei. Eu nã o os ordenei. Eu nã o falei com eles. Eles
profetizam para você uma visã o mentirosa, adivinhaçã o e uma coisa de
nada, e o engano do seu pró prio coraçã o. 15 Por isso o Senhor diz acerca
dos profetas que profetizam em meu nome, mas eu nã o os enviei, mas
dizem: Espada e fome nã o haverá nesta terra. Esses profetas serã o
consumidos pela espada e pela fome. 16 O povo a quem profetizar será
expulso pelas ruas de Jerusalé m por causa da fome e da espada. Eles
nã o terã o ningué m para enterrá -los - eles, suas esposas, seus ilhos ou
suas ilhas, pois derramarei sua maldade sobre eles.
17 “Diga-lhes esta palavra:
chuva?
Ou o cé u pode dar banhos?
Nã o é você , Javé nosso Deus?
Portanto, vamos esperar por você ;
porque tu izeste todas estas coisas.
Salmos 105
1 Agradeçam ao Senhor! Chame o nome dele!
Dê luz aos meus olhos, para que eu nã o durma na morte;
4 para que meu inimigo nã o diga: “Eu prevaleci contra ele”;
pregava a Boa Nova, os sacerdotes e os escribas foram ter com ele com
os anciã os. 2 Eles lhe perguntaram: “Diga-nos: com que autoridade você
faz essas coisas? Ou quem está lhe dando essa autoridade?”
3 Ele lhes respondeu: “Eu també m lhes farei uma pergunta. Diga-
ele dirá : 'Por que você s nã o creram nele?' 6 Mas, se dissermos: 'Dos
homens', todo o povo nos apedrejará , pois está convencido de que Joã o
foi profeta”. 7 Eles responderam que nã o sabiam de onde era.
8 Disse-lhes Jesus: “Nem eu vos direi com que autoridade faço
estas coisas”.
9 Ele começou a contar ao povo esta pará bola. "UMA homem
plantou uma vinha e a alugou a alguns lavradores, e foi para outro paı́s
por muito tempo. 10 Na é poca certa, ele enviou um servo aos lavradores
para recolher sua parte dos frutos da vinha. Mas os fazendeiros o
espancaram e o mandaram embora vazio. 11 Ele enviou outro servo, e
eles també m o espancaram, e o trataram vergonhosamente, e o
despediram vazio. 12 Ele enviou ainda um terceiro, e eles també m o
feriram e o expulsaram. 13 O senhor da vinha disse: 'O que devo fazer?
Vou enviar meu ilho amado. Pode ser que, ao vê -lo, eles o respeitem.'
14 “Mas quando os fazendeiros o viram, eles argumentaram entre si,
dizendo: 'Este é o herdeiro. Venha, vamos matá -lo, para que a herança
seja nossa. 15 Entã o o lançaram para fora da vinha e o mataram. O que,
pois, o senhor da vinha fará com eles? 16 Ele virá e destruirá esses
lavradores e dará a vinha a outros”.
Quando ouviram isso, disseram: “Que isso nunca aconteça!”
17 Mas ele olhou para eles e disse: “Entã o, o que é isto que está
escrito,
'A pedra que os construtores rejeitaram
foi feita a principal pedra angular?'
18 Todo aquele que cair sobre aquela pedra será despedaçado,
naquela mesma hora, mas temiam o povo, pois sabiam que ele havia
falado esta pará bola contra eles. 20 Eles o vigiaram e enviaram espiõ es,
que se ingiam de justos, para que pudessem prendê -lo em algo que ele
dissesse, a im de entregá -lo ao poder e autoridade do governador. 21
Eles lhe perguntaram: “Mestre, sabemos que você diz e ensina o que é
certo, e nã o é parcial com ningué m, mas ensina verdadeiramente o
caminho de Deus. 22 E lı́cito pagar impostos a Cé sar ou nã o?”
23 Mas ele percebeu a astú cia deles e lhes disse: “Por que você s me
O mundo irá com ele para lutar contra seus inimigos frené ticos.
21 raios de relâ mpagos voarã o com pontaria verdadeira.
guerra.
A á gua do mar se indignará contra eles.
Os rios os dominarã o severamente.
23 Uma forte rajada os atingirá .
Sim, embora você procure o lugar dele, ele nã o está lá .
11 Mas os humildes herdarã o a terra,
ı́mpios:
“Nã o há temor de Deus diante de seus olhos.”
2 Pois ele se lisonjeia aos seus pró prios olhos,
isto que ele nos diz: 'Um pouco e nã o me vereis, e de novo um pouco e
me vereis;' e, 'Porque eu vou para o Pai' ?” 18 Responderam, pois: Que é
isto que ele diz: 'Um pouco' ? Nã o sabemos o que ele está dizendo.”
19 Jesus, pois, percebendo que queriam interrogá -lo, disse-lhes:
2.
3.
' Ad hoc enim ipsum paragra is sunt distinctæ ;' dividido em seçõ es por
meio de marcas na margem; ou, dividido em seçõ es por meio de tı́tulos
inseridos. Assim, em uma de suas cartas (i. 20), escrevendo algumas
oraçõ es à Mã e de Deus compostas por ele, ele diz: ' Denique idcirco
volui eas ipsas orationes per sententias parameteris distinguere, ut
antecipando longitudinis fastidium , ubi volueris, possis eas lendá rio
incidente. '
5.
6.
Por outro lado, nã o há qualquer evidê ncia interna, alé m do seu estilo,
que possa justi icar-nos dizer que nã o sã o de Santo Anselmo. E verdade
que seu autor os escreveu para uma ú nica irmã , e que essa irmã era
uma freira. E verdade, també m, que Santo Anselmo veja Epp. iii. 67 no
inal de sua vida nos deu a entender que ele era o ú nico irmã o de sua
irmã casada Richera; mas nã o se segue que ela fosse sua ú nica irmã ;
menos ainda se segue que ele nunca teve outro. Pelo contrá rio, a
probabilidade é que, como ela teve vá rios ilhos (iii. 43), apenas um dos
quais foi deixado para ela, entã o ela teve outros irmã os e irmã s, dos
quais Santo Anselmo foi o ú nico sobrevivente . Em suma, nã o há razã o
alguma para supor, com base em evidê ncias internas, alé m da de estilo,
que Santo Anselmo nã o seja o autor dessas meditaçõ es, a dé cima
quinta, a dé cima sexta e a dé cima sé tima.
7.
8.
9.
10.
11.
Os glires da ciê ncia sã o uma coleçã o muito variada de animais, e diz-se
que compreendem quase um terço dos mamı́feros; mas o tamanduá é o
ú nico dos glires que parece corresponder à descriçã o do texto. Sua
lı́ngua di icilmente poderia ser descrita como uma ' hastula tenacitate
suâ vincens '; pois, é uma arma ofensiva coberta com uma secreçã o
simplesmente irresistı́vel pelos insetos, tamanha é sua tenacidade.
Que ' hastula ' nã o ' glis ' seja o assunto da clá usula confere
probabilidade à emenda; pois, desde que iz a correçã o, aprendi que,
quando empregada na captura de insetos, a arma natural do tamanduá
'enrola e se contorce como se possuı́sse uma vitalidade separada
pró pria; sua forma é a de uma grande minhoca vermelha, daı́ uma certa
adequaçã o na palavra ' hastula '.
Í
1. Introduçã o
4. Meditaçã o I
1. EU
2. II
3. III
4. 4
5. V
6. VI
7. VII
8. VIII
9. IX
10. X
11. XI
12. XII
13. XIII
14. XIV
5. Meditaçã o II
6. Meditaçã o III
7. Meditaçã o IV
T
A vida de Santo Anselmo é bem conhecida. Pertence à histó ria
da Inglaterra. Por natureza um recluso e um pensador, ele foi
chamado a desempenhar um papel ativo na vida polı́tica em
circunstâ ncias de grande di iculdade. Em meio a tudo isso, ele se
portava com uma retidã o conscienciosa, uma dignidade tranquila e uma
persistê ncia na recusa de sacri icar o princı́pio à conveniê ncia que
justi icava aqueles que o chamavam contra sua vontade ao trono de
Cantuá ria: mas seu coraçã o estava em outro lugar, em aquela busca
apaixonada do sentido mais ı́ntimo de sua crença religiosa, da qual a
histó ria da Igreja nã o oferece exemplo mais marcante do que o dele. As
querelas sobre as investiduras, sobre as relaçõ es da Igreja e do Estado,
do Papa e do Rei, que distraı́ram sua vida exterior em seus ú ltimos
anos, nã o deixaram vestı́gios em seus escritos.[ 1 ] uma Biblioteca de
Devoçã o, nã o precisamos nos demorar muito nelas.
C
OME agora, pobre ilho do homem, afaste-se um pouco de seus
negó cios, esconda-se por um pouco de pensamentos inquietos,
jogue fora seus cuidados incô modos, deixe de lado suas
distraçõ es cansativas. Dê a si mesmo um pouco de tempo para
conversar com Deus, e descanse um pouco nEle. Entre na câ mara
secreta do seu coraçã o: deixe tudo fora, exceto Deus e o que pode ajudá -
lo a buscá -lo, e quando você fechar a porta, entã o o busque. Diga agora,
ó meu coraçã o inteiro, diga agora a Deus, busco a Tua face; Teu rosto,
Senhor, eu procuro . (Sal. xxvii. 9) . Vem agora, ó Senhor meu Deus,
ensina ao meu coraçã o quando e como posso te buscar, onde e como
posso te encontrar? O Senhor, se nã o está s aqui, onde mais Te buscarei?
mas se Tu está s em toda parte, por que nã o Te vejo, já que Tu está s aqui
presente? Certamente, de fato, Tu habitas na luz à qual nenhum homem
pode se aproximar. (1 Tim. vi. 16) . Mas onde está essa luz inacessı́vel?
ou como posso me aproximar dela, uma vez que é inacessı́vel? ou quem
me conduzirá e me fará entrar nela para que eu te veja nela? Mais uma
vez, por quais sinais eu Te conhecerei, de que forma eu Te procurarei?
Eu nunca te vi, ó Senhor meu Deus; Eu nã o conheço Tua forma. O que
devo fazer entã o, ó Senhor Altı́ssimo, o que devo fazer, banido como
estou tã o longe de Ti? Que fará o Teu servo que está doente por amor
de Ti e, no entanto, é expulso de Tua presença? (Ps. li.) ii. Ele anseia por
Te ver, e ainda assim Tua presença está muito longe dele. Ele deseja se
aproximar de Ti, e ainda assim Tua morada é inacessı́vel. Ele deseja
encontrar-Te, mas nã o conhece Tua habitaçã o. Ele desejaria Te buscar,
mas nã o conhece Tua face. O Senhor, Tu é s meu Deus, Tu é s meu
Senhor; e eu nunca Te contemplei. Tu me criaste e me criaste de novo, e
todas as coisas boas que eu tenho, Tu me concedeste, e ainda assim eu
nunca Te conheci. Nã o, fui criado para Te contemplar, e ainda assim
nunca até hoje iz isso por causa do qual fui criado. O miserá vel porçã o
de homem, ter perdido aquilo para o qual ele foi criado! O condiçã o
difı́cil e terrı́vel! Ai, o que ele perdeu? o que ele encontrou? o que partiu
dele? o que continuou com ele? Ele perdeu a bem-aventurança para a
qual foi criado, e encontrou a misé ria para a qual nã o foi criado; aquilo
sem o qual nada é feliz partiu dele, e isso continuou com ele, o que por
si só nã o pode deixar de ser miserá vel. Uma vez que o homem comeu a
comida dos anjos, (Sl. lxxviii. 26) . depois do qual ele agora tem fome;
agora come o pã o da a liçã o, que entã o nã o conhecia. Ai da dor comum
do homem, a tristeza universal dos ilhos de Adã o! Nosso primeiro pai
estava cheio de fartura, nó s suspiramos de fome; ele era rico, nó s somos
mendigos. Ele miseravelmente jogou fora aquilo na posse da qual ele
era feliz, e na falta da qual somos miserá veis; apó s o que
lamentavelmente demoramos e ai! permanecer insatisfeito. Por que ele
nã o guardou para nó s, quando ele poderia facilmente ter guardado que
a perda da qual tã o gravemente nos a lige? Por que ele obscureceu
tanto nosso dia e nos mergulhou na escuridã o? Por que ele tirou de nó s
nossa vida e nos trouxe as dores da morte? Miserá veis que somos, de
onde fomos expulsos e para onde? Do nosso paı́s natal ao banimento, da
visã o de Deus à cegueira, da alegria da imortalidade à amargura e
horror da morte. Como é triste a mudança de tã o grande bem para tã o
grande mal! Dolorosa é a perda, penosa a dor, penosa tudo. Mas ai de
mim, um dos miserá veis ilhos de Eva, lançado para longe de Deus! O
que eu comecei? e o que eu consegui? Em que eu visava? e até o que eu
alcancei? A que eu aspirava? e onde estou suspirando agora? Busquei o
bem, e eis o mal. (Jer. xiv. 19) . Mirei em Deus e tropecei em mim
mesmo. Procurei descanso em minha câ mara secreta e encontrei
tribulaçã o e tristeza nas partes mais ı́ntimas. Desejei rir pela alegria do
espı́rito e sou constrangido a rugir pela inquietaçã o do meu coraçã o.
(Sal. xxxviii. 8) . Esperava alegria e eis que aumentava a tristeza. Quanto
tempo, ó Senhor, quanto tempo? Até quando, ó Senhor, nos esquecerá s,
até quando esconderá s de nó s o Teu rosto? (Ps. xiii. 1) . Quando te
voltará s e nos ouvirá s? Quando iluminará s nossos olhos e nos
mostrará s Tua face? Quando restaurará s Tua presença para nó s? Volta-
te e toma sobre nó s, ó Senhor: ouve-nos, ilumina-nos, mostra-nos a Ti
mesmo. Restaura-nos a Tua presença para que nos corra bem; pois sem
Ti vai muito mal para nó s. Tem piedade de nossos trabalhos e esforços
por Ti, pois sem Ti nada podemos fazer. Tu nos chamas; ajude-nos a
obedecer ao chamado. Rogo-te, ó Senhor, que eu nã o me desespere em
meu suspiro, mas possa respirar novamente na esperança. Meu coraçã o
está amargurado por sua desolaçã o; com a tua consolaçã o, suplico-te, ó
Senhor, torna-a doce novamente. Eu Vos suplico, ó Senhor, pois em
minha fome comecei a Vos buscar, nã o permitais que eu me afaste de
Vó s jejuando. Eu vim a Ti desmaiado por falta de comida; nã o me deixe
ir embora vazio. Eu vim a Ti, como o pobre para o rico, como o
miserá vel para o misericordioso, nã o me deixes voltar insatisfeito e
desprezado: e se antes de ser alimentado eu suspiro, concede-me que,
embora depois de ter suspirado, eu pode ser alimentado. O Senhor,
estou inclinado para baixo, nã o posso olhar para cima: levanta-me, para
que eu possa levantar meus olhos para o cé u. Minhas iniqü idades
passaram sobre minha cabeça, elas me oprimiram; eles sã o como um
fardo pesado demais para eu carregar. (Sal. xxxviii. 4) . Livra-me, tira o
meu fardo, para que o poço da minha maldade nã o feche a boca sobre
mim; concede-me que eu possa olhar para a Tua luz, ainda que de
longe, embora das profundezas. Eu Te buscarei, com saudade de Ti. Eu
irei atrá s de Ti ao Te buscar, eu Te encontrarei amando-Te, eu Te amarei
ao Te encontrar. Eu te confesso, ó Senhor, e te dou graças, porque tu
criaste em mim esta tua imagem, para que eu me lembre de ti, pense
em ti, te ame ; a fumaça dos meus pecados que ela nã o pode fazer
aquilo para que foi criada, a menos que Tu a renoves e a cries
novamente. Nã o procuro, ó Senhor, investigar Tua profundidade, mas
desejo, em certa medida, entender Tua verdade, na qual meu coraçã o
acredita e ama. Nem procuro compreender para crer, mas creio para
compreender. Por isso també m acredito que, a menos que primeiro
acredite, nã o entenderei. (Is. vii. 9) , traduzido em nossa versã o, Se você
não acreditar, certamente não será estabelecido ; e na Vulgata, Si non
credideritis, non permanebitis ; mas aqui, como muitas vezes por
escritores medievais, citado de Santo Agostinho na forma Nisi
credideritis, non intelligetis , Se você não acreditar, você não entenderá ,
de acordo com a versã o Septuaginta das palavras.
Proslogion ou endereço a Deus sobre sua existê ncia
C II
T
PORTANTO, ó Senhor, que concedes à fé entendimento,
concede-me que, na medida em que sabes ser conveniente para
mim, eu possa entender que Tu é s, como cremos; e també m que
Tu é s o que acreditamos que Tu sejas. E na verdade acreditamos que Tu
é s algo do que nada maior pode ser concebido . Nã o há entã o nada real
que possa ser assim descrito? porque o tolo disse em seu coraçã o: Deus
não existe . (Ps. liii. 1) . No entanto, certamente mesmo aquele tolo
quando me ouve falar de algo além do qual nada maior pode ser
concebido entende o que ele ouve, e o que ele entende está em seu
entendimento, mesmo que ele nã o entenda que realmente existe. Uma
coisa é uma coisa estar no entendimento, e outra é entender que a coisa
realmente existe. Pois quando um pintor considera o trabalho que deve
fazer, ele o tem de fato em seu entendimento; mas ele ainda nã o
entende que realmente existe o que ele ainda nã o fez. Mas quando ele
pintou seu quadro, entã o ele tem o quadro em seu entendimento, e
també m entende que ele realmente existe. Assim, mesmo o tolo tem
certeza de que existe algo, pelo menos em seu entendimento, do qual
nada maior pode ser concebido ; porque, quando ele ouve isso
mencionado, ele o entende, e tudo o que é entendido existe no
entendimento. E certamente aquilo do qual nada maior pode ser
concebido nã o pode existir apenas no entendimento. Pois se existe de
fato apenas no entendimento, pode-se pensar que existe també m na
realidade; e a existê ncia real é mais do que a existê ncia apenas no
entendimento. Se entã o aquilo do qual nada maior pode ser concebido
existe apenas no entendimento, entã o aquele do qual nada maior pode
ser concebido é algo maior do que o qual pode ser concebido: mas isso é
impossı́vel. Portanto, é certo que algo do qual nada maior pode ser
concebido existe tanto no entendimento quanto na realidade.
Proslogion ou endereço a Deus sobre sua existê ncia
C III
N
O AT apenas faz esse algo do qual nada maior pode ser
concebido existe, mas existe em um sentido tã o verdadeiro
que nã o pode nem mesmo ser concebido como nã o existindo.
Pois é possı́vel formar a concepçã o de um objeto cuja inexistê ncia será
inconcebı́vel; e tal objeto é necessariamente maior do que qualquer
objeto cuja existê ncia seja concebı́vel: portanto, se aquilo do qual nada
maior pode ser concebido pode ser concebido como nã o existindo;
segue-se que aquilo do qual nada maior pode ser concebido não é aquele
do qual nada maior pode ser concebido [pois pode-se pensar um maior
do que ele, a saber, um objeto cuja inexistê ncia seja inconcebı́vel]; e isso
nos leva a uma contradiçã o. E assim está provado que aquela coisa da
qual nada maior pode ser concebido existe em um sentido tã o
verdadeiro, que nem mesmo pode ser concebido como nã o existindo: e
essa coisa é Tu, ó Senhor nosso Deus! E assim Tu, ó Senhor meu Deus,
existes em um sentido tã o verdadeiro que nã o podes sequer ser
concebido para nã o existir. E isso é como é apropriado. Pois se alguma
mente pudesse conceber algo melhor do que Ti, entã o a criatura estaria
ascendendo acima do Criador e julgando o Criador; o que é uma
suposiçã o muito absurda. Tu, portanto, existes em um sentido mais
verdadeiro do que tudo alé m de Ti, e é s mais real do que tudo alé m de
Ti; porque tudo o que existe, existe em um sentido menos verdadeiro
do que Tu e, portanto, é menos real do que Tu. Por que entã o disse o
tolo em seu coraçã o: Não há Deus , quando é tã o claro para uma mente
racional que Tu é s mais real do que qualquer outra coisa? Por que,
exceto que ele é um tolo mesmo?
Proslogion ou endereço a Deus sobre sua existê ncia
C IV
B
UT como veio o tolo dizer em seu coração o que ele nã o podia
conceber? ou como ele pô de nã o conceber o que ainda dizia em
seu coraçã o? Pois pode-se pensar que conceber e dizer no
coração sã o uma e a mesma coisa. Se é verdade - nã o, porque é verdade,
que ele o concebeu, porque ele disse em seu coraçã o; e també m é
verdade que ele nã o disse isso em seu coraçã o porque nã o podia
conceber; segue-se que há dois sentidos em que algo pode ser
entendido como concebido ou dito no coração . Pois, em certo sentido,
dizemos que temos uma concepçã o de alguma coisa, quando temos
uma concepçã o da palavra que a signi ica; e em outro sentido, quando
entendemos o que a coisa realmente é . No primeiro sentido, podemos
dizer que Deus é concebido para nã o existir; mas no ú ltimo, Ele nã o
pode de modo algum ser concebido para nã o existir. Pois nenhum
homem que entende o que fogo e água signi icam pode conceber que
fogo é realmente água ; embora ele possa ter essa concepçã o, até onde
as palavras vã o. Assim, da mesma maneira, nenhum homem que
entende o que Deus é pode conceber que Deus nã o existe; embora ele
possa dizer essas palavras [que Deus nã o existe] sem nenhum
signi icado, ou com algum outro signi icado alé m daquele que elas
carregam adequadamente. Pois Deus é aquilo do qual nada maior pode
ser concebido . Aquele que entende bem o que isso é , certamente
entende que é algo que nã o pode nem mesmo ser concebido para nã o
existir. Portanto, quem entende assim que Deus existe, nã o pode
conceber que ele nã o existe. Graças a Ti, ó bom Senhor, graças a Ti!
porque aquilo que antes eu acreditava por Tua graça, agora por Tua
iluminaçã o assim compreendo, de modo que, mesmo que eu nã o queira
acreditar em Tua existê ncia, nã o posso deixar de entender que Tu
existes.
Proslogion ou endereço a Deus sobre sua existê ncia
C V
C
ENTAO é s Tu, Senhor Deus, do qual nada maior pode ser
concebido? O que, de fato, senã o aquele Bem Supremo que,
sendo o ú nico de todas as coisas auto-existente, fez todas as
outras coisas alé m de Ti do nada? Pois tudo o que nã o é isso é menor do
que pode ser concebido: mas Tu nã o podes ser concebido como sendo
menor do que o mais elevado concebı́vel. Que coisa boa está faltando ao
Bem Supremo, da qual depende o ser de todas as coisas boas ao lado?
Tu, portanto, é s justo, verdadeiro, abençoado e tens todos os atributos
que é melhor ter do que nã o ter; pois é melhor ser justo do que nã o
justo, e abençoado do que nã o abençoado.
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C VI
B
UT porque é melhor ter percepçã o ou onipotê ncia, ser
lamentá vel ou nã o ter paixõ es, do que nã o ter esses atributos;
como tens percepçã o, se nã o é s um corpo? ou onipotê ncia, se
nã o podes fazer tudo? ou como é s ao mesmo tempo lamentá vel e sem
paixõ es? Pois se apenas as coisas corpó reas tê m percepçã o, já que os
sentidos com os quais percebemos pertencem e se ligam ao corpo;
como podes ter percepçã o, visto que nã o é s um corpo, mas o Espı́rito
Supremo, que é mais elevado do que um corpo pode ser? Mas se a
percepçã o é apenas conhecimento ou um meio para o conhecimento;
visto que aquele que percebe, tem conhecimento por meio disso, de
acordo com o cará ter especial dos sentidos, pela visã o das cores, pelo
gosto dos sabores e assim por diante: entã o tudo o que tem
conhecimento de qualquer maneira pode ser dito sem impropriedade
em algum sentido para perceber. Portanto, ó Senhor, embora Tu nã o
sejas um corpo, contudo de verdade Tu tens neste sentido percepçã o no
mais alto grau, uma vez que Tu conheces todas as coisas no mais alto
grau; mas nã o no sentido em que se diz que um animal que tem
conhecimento por meio do sentimento corporal tem percepçã o.
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C VII
B
UT novamente, como Tu podes ser onipotente, se Tu nã o podes
fazer todas as coisas? No entanto, se Tu nã o podes sofrer
corrupçã o, nã o podes mentir, nã o podes fazer o que é
verdadeiro ser falso, ou o que é feito, desfeito, e assim por diante; como
podes fazer todas as coisas? Ou diremos que ser capaz disso nã o seria
poder, mas sim impotê ncia? Pois quem pode fazer isso, pode fazer o que
nã o lhe convé m e o que nã o deve; e quanto mais ele pode fazer o que
nã o é conveniente para ele e o que nã o deve, mais poder tem sobre ele o
mal e a maldade, e menos poder ele tem contra eles. Aquele, portanto,
que pode fazer tais coisas, pode fazê -las em virtude nã o do poder, mas
da impotê ncia. Pois se diz que ele é capaz de fazê -las, nã o porque ele
mesmo tenha poder para fazê -las, mas porque sua impotê ncia dá a
outra coisa poder para operar nele; ou entã o de uma maneira
impró pria de falar, como muitas vezes usamos quando colocamos ser
por não ser , e fazer por não fazer ou não fazer nada . Pois muitas vezes
dizemos a quem diz que uma coisa nã o é tal e tal: É como você diz que é ;
quando pareceria mais apropriado dizer: Não é como você diz que não é
. Novamente dizemos: Este homem se senta, como aquele homem ; ou
Este homem descansa como aquele homem : embora sentar seja uma
espé cie de nã o fazer, e descansar é nã o fazer nada. Assim, quando se diz
que um homem tem o poder de fazer ou sofrer o que nã o lhe convé m ou
o que nã o deve, a palavra poder signi ica impotê ncia; visto que quanto
mais poder desse tipo ele tem, mais poder tem o mal e a maldade
contra ele, e menos ele tem contra eles. Portanto, ó Senhor Deus, Tu é s
tanto mais verdadeiramente onipotente, que nada podes fazer por
impotê ncia, e nada tem poder contra Ti.
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C VIII
O
NCE novamente, como Tu é s ao mesmo tempo lamentá vel e
ainda sem paixõ es? Pois, a menos que tenhas paixõ es, nã o
terá s compaixã o; se Tu nã o tens compaixã o, Teu coraçã o nã o se
compadece pela compaixã o, isto é , pela solidariedade com os tristes; e é
isso que é pena. No entanto, se nã o é s miserá vel, de onde vem o consolo
tã o grande de Ti? Como, entã o, Tu podes ao mesmo tempo ser e nã o ser
miserá vel, ó Senhor, a nã o ser porque Tu é s misericordioso em relaçã o a
nó s, e nã o é s miserá vel em relaçã o a Ti mesmo? Pois Tu é s lamentá vel
para nossa apreensã o, e nã o é s lamentá vel para Teu pró prio. Pois
quando Tu nos respeitas em nossa tristeza, percebemos os efeitos da
piedade; mas Tu nã o sentes a emoçã o disso. E assim Tu é s miserá vel
porque salvas os miserá veis e poupas aqueles que pecam contra Ti; e
mais uma vez Tu nã o é s movido por um sentimento de
companheirismo com nossa misé ria.
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C IX
GANHE, como Tu poupas os ı́mpios, se Tu é s total e
UMA supremamente justo? Pois como Tu, sendo total e
supremamente justo, faz algo que nã o seja justo? E que justiça é
essa, dar vida eterna a quem merece a morte eterna? Donde, pois, ó
bom Deus, bom tanto para o bem como para o mal, de onde salvas o
mal, se salvar o mal nã o é justo, mas nada fazes que nã o seja justo? Ou é
porque Tua bondade é incompreensı́vel que isso está escondido
naquela luz inacessı́vel que é Tua morada? Em verdade, é no mais
profundo e secreto abismo de Tua bondade que se esconde a fonte, de
onde lui o rio de Tua misericó rdia. Pois, embora sejas total e
supremamente justo, també m é s misericordioso para com os ı́mpios,
porque é s total e supremamente bom. Pois serias menos bom, se nã o
fosses misericordioso com o que é mau. Pois melhor é aquele que é
bom tanto para o bem quanto para o mal do que aquele que é bom
apenas para o bem; e melhor é aquele que é bom para o mal tanto em
puni-los quanto em poupá -los, do que aquele que é bom em puni-los
apenas. Portanto, Tu é s lamentá vel porque Tu é s total e supremamente
bom. E embora por acaso suponhamos que vemos a razã o pela qual
recompensas o bem ao bem e o mal ao mal, certamente devemos estar
maravilhados por que Tu, sendo total e supremamente justo e nã o
necessitando de nada, retribui o bem ao mal. e aqueles que pecaram
contra Ti. O profundidade da Tua bondade, ó Deus! Nó s dois vemos de
onde Tu é s misericordioso e ainda o vemos apenas em parte.
Percebemos de onde o rio lui, mas nã o vemos a fonte de onde ele brota.
Pois é da plenitude de Tua bondade que Tu é s bondoso para com
aqueles que pecaram contra Ti; e, no entanto, está escondido nas
profundezas de Tua bondade, por isso é assim. Em verdade, embora
seja em Tua bondade que recompensas o bem ao bem e o mal ao mal;
no entanto, isso parece exigir a regra da justiça. Mas quando Tu
recompensas o bem ao mal, entã o sabemos que o supremo Bem quis
fazer isso, mas admiramos que o supremo Justo pudesse querer. O
misericó rdia de Deus, de quã o abundante é a doçura, de quã o doce é a
abundâ ncia que lui para nó s! O bondade sem limites de Deus, como
nó s pecadores devemos ser movidos pelo amor de Ti! Pois Tu salvas o
justo, consentindo a justiça; mas livra os ı́mpios, quando a justiça os
condena; Tu salvas os justos com a ajuda de seus mé ritos; Tu livras os
ı́mpios dos seus desertos; Tu salvas os justos, reconhecendo neles o
bem que lhes deste; Tu livras os ı́mpios, perdoando o mal que
aborreces. O bondade imensurá vel, que ultrapassa todo o
entendimento, (Philipp. iv. 7) . que essa misericó rdia seja derramada
sobre mim, que procede das grandes riquezas dessa bondade! Deixe
luir em mim aquela misericó rdia que lui dessa bondade. Poupe em
Tua misericó rdia, e nã o te vingues em Tua justiça. Pois embora seja
difı́cil entender como Tua misericó rdia nã o se separa de Tua justiça;
contudo, é necessá rio acreditar que nã o é inimizade com a Tua justiça,
que lui da Tua bondade, que nã o é sem justiça, e na verdade está de
acordo com a Tua justiça. Pois se só é s misericordioso porque é s
sumamente bom, e é s sumamente bom apenas porque é s sumamente
justo, portanto é s verdadeiramente misericordioso porque é s
sumamente justo. Ajuda-me, ó Deus justo e misericordioso, pois busco
Tua luz. Ajuda-me, para que eu possa entender o que digo!
Verdadeiramente entã o Tu é s misericordioso porque Tu é s justo. Entã o
Tua misericó rdia nasce de Tua justiça? Tu, entã o, por justiça poupas os
ı́mpios? Se é assim, ó Senhor, se é assim, ensina-me como é assim. E
porque é justo que Tu sejas tã o bom que nã o possas ser concebido
melhor, e trabalhes tã o poderosamente que nã o possas ser concebido
mais poderoso? Pois o que é mais justo do que isso? No entanto, isso
nã o seria, se Tu fosses bom apenas em punir, nã o em poupar; e se Tu os
izeste bons apenas aqueles que nã o eram apenas bons, e nã o també m
aqueles que eram maus. E assim é justo que Tu deves poupar os ı́mpios,
e fazer com que os ı́mpios sejam bons. Por ú ltimo, o que nã o é feito com
justiça, nã o deve ser feito; e o que nã o deve ser feito, é feito
injustamente. Se, pois, nã o tens misericó rdia dos ı́mpios com justiça,
entã o tens misericó rdia deles injustamente; e como é blasfê mia dizer
isso, é justo acreditar que tens misericó rdia dos ı́mpios com justiça.
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C X
B
UT també m é justo que Tu deves punir os ı́mpios; pois o que é
mais justo do que que os bons recebam coisas boas e os maus,
coisas má s? Como entã o é justo para Ti punir os ı́mpios e
també m poupá -los? Pois quando castigas os ı́mpios, é justo, porque é
agradá vel aos seus merecimentos; mas quando Tu os poupas, é justo
també m, porque embora nã o condiz com seus mé ritos, ainda assim
condiz com Tua bondade. Pois ao poupar os ı́mpios, Tu é s justo em
relaçã o a Ti mesmo, embora nã o em relaçã o a nó s; assim como [ 11 ] Tu
é s lamentá vel em relaçã o a nó s e nã o em relaçã o a ti mesmo; visto que,
ao salvar-nos, a quem Tu poderias destruir com justiça, Tu é s
lamentá vel; nã o que Tu mesmo sejas movido pelo sentimento de
piedade, mas que sentimos o efeito da piedade; e da mesma maneira Tu
é s justo, nã o porque nos deste o que merecı́amos, mas porque fazes o
que te convé m, o supremo Bem. Assim Tu castigas sem contradiçã o com
justiça e justamente poupas.
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C XI
B
UT també m nã o é justo mesmo em relaçã o a Ti mesmo, ó
Senhor, para punir os ı́mpios? Pois é justo que Tu sejas tã o justo
que nenhum homem possa te conceber mais justo; e isso Tu
nã o serias de forma alguma, se Tu apenas tornasses o bem ao bem e
nã o o mal ao mal. Muito mais justo é aquele que recompensa o bem e o
mal de acordo com seus merecimentos e nã o apenas o bem. E assim Tu
é s justo em relaçã o a Ti mesmo, ó Deus justo e gracioso, tanto quando
Tu castigas quanto quando Tu poupas. Em verdade, entã o, todos os
caminhos do Senhor são misericórdia e verdade (Sl. xxv. 9) . e ainda
assim o Senhor é justo ou justo em todos os seus caminhos (Sl. cxlv. 17) . ,
nã o é apenas deve ser condenado. Pois só é justo o que queres, e nã o
justo o que nã o queres. Assim, pois, a Tua misericó rdia nasce da Tua
justiça, porque é justo que Tu sejas tã o bom a ponto de ser bom mesmo
em poupar; e talvez seja por isso que o supremamente justo pode
querer o bem ao mal. Mas se pode ser apreendido por que Tu podes
querer salvar os ı́mpios; certamente nã o se pode de modo algum
compreender por que, entre aqueles igualmente ı́mpios, Tu salvas estes
antes que aqueles por Tua suprema bondade e condenas aqueles antes
que estes por Tua suprema justiça. Assim entã o tens de fato percepçã o
e onipotê ncia, é s lamentá vel e ainda sem paixã o; como Tu tens vida,
sabedoria, bondade, bem-aventurança, eternidade e quaisquer outros
atributos que é melhor ter do que nã o ter.
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C XII
B
UT certamente tudo o que Tu é s, isso Tu é s em razã o de nada
mais fora de Ti mesmo.[ 12 ] Tu, portanto, é s a vida pela qual
Tu vives; e aquela sabedoria pela qual Tu é s sá bio; e essa
mesma bondade, pela qual é s bom tanto para os bons como para os
maus; e assim com o resto de teus atributos.
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C XIII
B
UT tudo o que é de alguma forma compreendido em lugar ou
tempo, é menor do que nenhuma lei de lugar ou tempo
restringe. Desde entã o nã o há nada maior do que Tu, nenhum
lugar ou tempo Te compreende, mas Tu está s em toda parte e sempre: e
somente de Ti pode-se dizer que só Tu és incircunscrito e eterno . Como,
entã o, outros espı́ritos sã o chamados incircunscritos e eternos? Tu, de
fato, é s o ú nico eterno; porque Tu é s o ú nico de todos os seres nem
começas nem deixas de existir. Mas como só Tu é s incircunscrito?
Podemos dizer que o espı́rito criado em comparaçã o a Ti é circunscrito,
embora em comparaçã o ao corpo, incircunscrito? Pois o corpo é
totalmente circunscrito, pois está totalmente em algum lugar certo e
nã o pode estar ao mesmo tempo em nenhum outro; e isso vemos
apenas no que é da natureza do corpo. Isso novamente é incircunscrito,
o que está totalmente em todos os lugares ao mesmo tempo; e isso é
concebido para ser verdade somente para Ti. Mas é ao mesmo tempo
circunscrito e incircunscrito o que estando totalmente em algum lugar
certo, pode estar ao mesmo tempo totalmente em outro lugar; e isso
sabemos ser verdade para os espı́ritos criados. Pois se a alma nã o
estivesse totalmente em cada membro de seu corpo, nã o seria capaz de
sentir totalmente em cada membro . incircunscrito e eterno; e ainda
outros espı́ritos també m sã o incircunscritos e eternos.
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C XIV
H
ENTAO tu encontraste, ó minha alma, aquilo que procuravas?
Você estava procurando a Deus e descobriu que Ele é a coisa
que é suprema entre todas as coisas, do que nada melhor pode
ser concebido, e que isso é a pró pria vida, luz, sabedoria, bondade,
bem-aventurança eterna e eternidade bem-aventurada, e que isso está
em todo lugar e sempre. Pois, se você nã o encontrou o seu Deus, como
Ele pode ser isso que você encontrou, e que você com uma certeza tã o
certa, tã o certa uma certeza entendeu que Ele era? Mas se o
encontraste, por que nã o percebes o que encontraste? Por que minha
alma nã o Te percebe, ó Senhor Deus, se ela Te encontrou? Ela nã o te
encontrou, a quem ela descobriu ser luz e verdade? Ou ela poderia
entender qualquer coisa a respeito de Ti, exceto por Tua luz e verdade?
Se entã o ela viu a luz e a verdade, ela Te viu; se ela nã o te viu, ela nã o
viu nem luz nem verdade. Ou é antes que o que ela viu é de fato verdade
e luz; e ela ainda nã o Te viu porque Te viu apenas em parte, mas nã o Te
viu como Tu é s? (1 Joã o iii. 2) . O Senhor meu Deus, meu Criador e
Renovador, diga à minha alma que anseia por Ti, o que mais Tu é s alé m
do que ela viu, para que ela possa ver claramente o que deseja. Ela se
estende para que possa ver mais, e ainda assim nã o vê nada alé m do
que viu, exceto mera escuridã o. Nã o, ela nã o vê escuridã o, pois em Ti
nã o há escuridã o; (1 Joã o I. 5) . mas ela vê que nã o pode ver mais longe,
por causa da escuridã o que há em si mesma. Por que é isso, ó Senhor,
por que é isso? Seus olhos estã o escurecidos por sua pró pria
enfermidade, ou estã o deslumbrados por Teu esplendor? Certamente
ela está tanto obscurecida em si mesma quanto deslumbrada por Ti.
Assim també m ela é obscurecida por causa de sua pró pria pequenez, e
oprimida por causa de Tua imensurá vel grandeza. Ela é oprimida por
sua pró pria estreiteza e vencida por Tua vastidã o. Pois quã o grande é
aquela Luz, pela qual brilha toda verdade que ilumina a inteligê ncia
racional! Quã o vasta é essa Verdade, na qual está contido tudo o que é
verdadeiro, e fora da qual há apenas nada e falsidade! Quã o
incomensurá vel é aquela Visã o que contempla em um relance todas as
coisas que foram criadas e de onde e por quem e como elas foram
criadas do nada! Que pureza, que simplicidade, que clareza e esplendor
há ![ 14 ] Certamente mais do que pode ser compreendido por qualquer
criatura.
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C XV
T
PORTANTO, ó Senhor, nã o só é s aquilo do qual nada maior pode
ser concebido, mas Tu é s algo maior do que pode ser concebido.
Pois porque pode ser concebido como algo maior do que pode
ser concebido; se Tu nã o é s esse algo, pode ser concebido algo maior do
que Ti; o que é impossı́vel.
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C XVI
V
ERILY, ó Senhor, esta é a luz inacessı́vel, em que Tu habitas; pois
na verdade nã o há nada alé m de Ti que possa entrar nessa luz,
para Te contemplar em Tua plenitude. Em verdade, entã o, nã o
vejo essa luz, pois ela é grande demais para mim; e, no entanto, tudo o
que vejo, vejo por meio dessa luz; assim como um olho fraco vê o que vê
por meio da luz do sol, mas nã o pode ver essa luz como ela é no pró prio
sol. Meu entendimento nã o pode alcançar aquela luz inacessı́vel; é
brilhante demais para isso, nã o a absorve, nem os olhos de minha alma
podem suportar muito tempo para ser direcionados para ela. E
deslumbrado pelo brilho, vencido pela vastidã o, subjugado pela
imensidã o, confundido pela bú ssola.
H
ITHERTO, ó Senhor, Tu está s escondido de minha alma em Tua
pró pria luz e felicidade; e, portanto, ela sobe e desce em sua
escuridã o e misé ria. Pois ela olha em volta e nã o vê a Tua
formosura. Ela ouve, e nã o ouve Tua harmonia. Ela cheira e nã o percebe
Tua doçura. Ela prova, e nã o tem noçã o de Tua bondade. Ela toca e nã o
sente Tua suavidade. Pois Tu tens tudo isso, beleza à vista, harmonia ao
ouvido, doçura ao olfato, bondade ao paladar, suavidade ao toque, tudo
em Ti, ó Senhor Deus, em Teu pró prio caminho inefá vel, pois é Tu quem
concedeste à s coisas sensı́veis tê -las à sua maneira, que nossos sentidos
corporais percebem; mas os sentidos de minha alma estã o endurecidos,
embotados e obstruı́dos pela longa doença do pecado.
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C XVIII
ND mais uma vez eis problema! (Jer. xiv. 19) . Assim, mais uma
UMA vez vem tristeza e tristeza para mim que buscava alegria e
alegria. (Ps. Li. 8) . Minha alma esperava, mas agora para ser
preenchida, e eis que mais uma vez ela está curvada pela necessidade.
Procurei comer e icar satisfeito, e eis que estou com mais fome do que
antes. Esforcei-me para me erguer para a luz de Deus e caı́ de volta nas
minhas pró prias trevas. Nã o, nã o apenas caı́ na escuridã o, mas me
percebo cercado por ela. Eu caı́ nele antes de minha mã e me conceber.
(Ps. Li. 5) . Certamente fui concebido nas trevas e nasci à sua sombra.
Certamente todos nó s caı́mos nele, em quem todos pecamos. (Rom. v.
12) . A Vulgata (como AV marg.) apresenta as ú ltimas palavras deste
versı́culo: em quem todos pecaram . Todos nó s perdemos naquele que
poderia facilmente tê -lo guardado e perdido para sua pró pria tristeza e
nossa, aquilo que quando desejamos buscar, nã o sabemos; quando
buscamos, nã o encontramos; quando encontramos, nã o é o que
procurar. Ajuda-me entã o, segundo a Tua bondade! Senhor, busquei a
Tua face; Tua face, Senhor, buscarei; O, nã o escondas de mim o Teu
rosto. (Ps. xxvii. 9, 10) . Eleva-me de mim mesmo para Ti. Puri ica , cura,
vivi ica, ilumina o olho da minha mente para que possa olhar para Ti.
Concede que minha alma possa reunir suas forças mais uma vez e com
todo o poder de seu entendimento lutar por Ti, ó Senhor. Que é s Tu, ó
Senhor, que é s Tu? Como meu coraçã o entenderá o que Tu é s?
Certamente Tu é s vida e sabedoria e verdade e bondade e bem-
aventurança e eternidade e tudo que é verdadeiramente bom. Estes de
fato sã o muitos; mas meu estreito entendimento nã o pode ver tantas
coisas boas em uma apreensã o ao mesmo tempo, para se deliciar com a
presença de todas ao mesmo tempo. Como entã o, ó Senhor, é s Tu tudo
isso? Eles sã o partes de Ti, ou melhor, cada um deles é inteiramente o
que Tu é s? Pois tudo o que é composto de partes nã o é em todos os
aspectos um, mas em certo aspecto é mú ltiplo e diverso de si mesmo; e
em ato ou em pensamento pode ser dissolvido: mas ser muitos e nã o
um, ou ser capaz de dissoluçã o mesmo em pensamento, está longe de
Tua natureza, pois Tu é s aquilo do que nada melhor pode ser
concebido. Assim, nã o há partes em Ti, ó Senhor, nem Tu é s muitos e
nem um: mas Tu é s um e o mesmo contigo mesmo, de modo que em
nada Tu é s diferente de Ti mesmo, antes, Tu é s a pró pria Unidade,
indivisı́vel por qualquer entendimento. . Portanto, vida e sabedoria e
Teus outros atributos nã o sã o partes de Ti, mas sã o todos um, e cada
um deles é inteiramente o que Tu é s e o que os outros atributos sã o. E
como Tu nã o tens partes, també m nã o é Tua eternidade que é s Tu
mesmo, em qualquer lugar ou tempo uma parte de Ti ou de toda a Tua
eternidade; mas Tu está s totalmente em toda parte e Tua eternidade é
totalmente em todos os tempos.[ 16 ]
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C XIX
B
UT se Tu eras e é s e será s por causa de Tua eternidade; e o ser
passado é diferente do ser presente, e o ser presente é diferente
do ser passado ou futuro: como se pode dizer que Tua
eternidade é totalmente em todos os tempos ? ser, embora uma vez
tenha sido; nem nada por vir, como se ainda nã o fosse? Tu nã o foste
ontem nem será s amanhã ; mas ontem e hoje e amanhã Tu és . Nã o, nem
mesmo és Tu ontem e hoje e amanhã ; mas Tu és , sem qualquer
quali icaçã o, à parte de todos os tempos; pois ontem, hoje e amanhã sã o
distinçõ es no tempo; mas Tu, embora nada seja sem Ti, nã o é s Tu
mesmo nem no lugar nem no tempo, mas todas as coisas estã o em Ti;
nada Te compreende, mas Tu compreendes todas as coisas.
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C XX
T
HOU, portanto, preenche e abraça todas as coisas; Tu está s
antes e alé m de todas as coisas. E de fato Tu é s antes de todas as
coisas; porque antes de serem feitos, Tu é s. (Joã o VIII. 58) . Mas
como é s Tu antes de todas as coisas? Pois de que maneira está s alé m
daquelas coisas que nã o devem ter im?[ 18 ] E porque de modo algum
podem existir sem ti; mas Tu, mesmo que eles devam retornar ao nada,
nã o menos és ? Desta forma entã o Tu está s de certa forma falando alé m
deles. Ou é novamente porque eles podem ser concebidos como tendo
um im, mas Tu nã o podes? Pois assim, de fato, eles tê m em algum
sentido um im; [ 19 ] mas Tu em nenhum sentido. E certamente aquilo
que em nenhum sentido tem um im está alé m daquilo que em qualquer
sentido tem um im. Tu, entã o, també m transcendes todas as coisas,
ainda que sejam eternas, porque a tua eternidade e a deles estã o
presentes a ti em sua totalidade, enquanto eles ainda nã o tê m aquela
parte de sua eternidade que está por vir, pois eles nã o tê m mais aquela
parte que já passou. Assim Tu sempre os transcendes; tanto porque Tu
está s sempre presente para eles, e porque isso está sempre presente
para Ti, onde eles ainda nã o chegaram.
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C XXI
E a isso que chamamos a idade dos tempos ou as eras dos tempos ?
EU Na Bı́blia, todo o curso deste mundo, que continua no tempo, é
representado como destinado a terminar na consumação de todas
as coisas , o que muitas vezes é mencionado como o im dos tempos,
consummatio saeculi ( Mt. xiii. 40) ; xxiv. 3): a era entã o a ser encerrada
é aqui pensada como uma era que abrange os vá rios tempos que terã o
decorrido desde a criaçã o até o ú ltimo dia; pois, segundo Santo
Agostinho, o tempo e o mundo foram criados juntos; o mundo foi criado
nã o in tempore, mas cum tempere . No Apocalipse ( (x. 6) ) um anjo é
representado como proclamando que não haverá mais tempo . O
saeculum que agora é , é contrastado com o saeculum, o mundo ou era
por vir em tais passagens como (Matt. xii. 32) ; (Marque x. 30) ; (Lucas
xviii. 30) . compreende todas as coisas que estã o no tempo, assim Tua
eternidade compreende as pró prias eras dos tempos. E, de fato, é
justamente chamado de idade , porque é uno e indivisı́vel; mas també m
envelhece , por causa de sua imensidã o sem limites. E embora Tu sejas
tã o grande, ó Senhor, que todas as coisas estã o cheias de Ti e estã o em
Ti; contudo Tu é s tal, sem estar no espaço, de modo que em Ti nã o há
meio, nem metade, nem qualquer outra parte.
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C XXII
T
HOU, portanto, sozinho, ó Senhor, é o que Tu é s, e quem Tu é s.
Pois o que é uma coisa no todo e outra nas partes e tem em si
alguma coisa sujeita a mudança, nã o é em todos os aspectos o
que é .[ 21 ] E tudo o que nã o era e começa a ser, pode ser concebido
como nã o sendo; e, a menos que algo diferente de si mesmo o
mantenha em existê ncia, retorna ao nada; e tem um eu passado que nã o
é o que é agora; e um eu futuro que ainda nã o é ; que só se pode dizer
que existe em um sentido secundá rio e relativo. Mas Tu é s o que Tu é s,
porque tudo o que Tu é s em qualquer tempo ou de qualquer maneira,
isso Tu é s total e sempre. E Tu é s quem Tu é s no sentido primá rio e nã o
quali icado das palavras; porque Tu nã o tens um eu passado nem um eu
futuro, mas apenas um eu presente, nem podes ser concebido como nã o
existindo em nenhum momento. Mais ainda, Tu é s a vida e a luz e a
sabedoria e a bem-aventurança e a eternidade e muitas outras coisas
semelhantes, e ainda assim é s apenas o Bem Supremo, em todos os
aspectos su iciente para Ti e nã o necessitando de ningué m alé m de Ti,
enquanto todas as coisas alé m de Ti nã o podem sem Ti. tem ser ou
bem-estar.
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C XXIII
T
SEU Bom é s Tu, ó Deus Pai; este Bem é Tua Palavra, isto é , Teu
Filho. Pois nã o pode haver nada mais na Palavra pelo qual Tu te
pronuncias senã o o que Tu é s, nem nada maior ou menor do
que Tu é s; porque Tua Palavra é tã o verdadeira quanto Tu é s
verdadeiro. E, portanto, Ele é como Tu é s, a pró pria Verdade; nã o outra
Verdade alé m de Ti mesmo: e Tu é s tã o completamente sem
complexidade em Tua natureza que de Ti nã o pode nascer nada que
seja diferente do que Tu mesmo é s. Este mesmo Bem é o ú nico Amor
mú tuo que existe entre Ti e Teu Filho, isto é , o Espı́rito Santo
procedente de ambos. Pois o mesmo Amor nã o é desigual a Ti ou a Teu
Filho, porque Tu amas a Ti mesmo e a Ele, e Ele mesmo e a Ti com um
Amor tã o grande quanto Tu é s e como Ele é ; nem pode ser diferente de
Tu e daquele que nã o é desigual a Ti e a Ele; nem de Tua suprema
simplicidade da natureza pode proceder qualquer coisa que seja
diferente daquilo de que procede. Mas o que cada Pessoa é , que toda a
Trindade, Pai, Filho e Espı́rito Santo, é ao mesmo tempo; porque cada
um por si mesmo nada mais é do que a Unidade supremamente simples
e a Simplicidade supremamente una, que nã o pode ser multiplicada
nem pode ser ora uma coisa e ora outra. Pois há uma coisa necessá ria;
Porro unum est necessarium , Mas uma coisa é necessária , as palavras de
nosso Senhor a Marta em (Lucas x. 41) . Santo Anselmo apodera-se da
palavra, pensando em seu sentido ilosó ico, no qual ela é o oposto de
contingente , e signi ica o que nã o pode ser, por assim dizer, pensado,
mas deve sempre ser suposto existir para dar conta do ser de qualquer
coisa. senã o; e é assim aplicado a Deus, como a Realidade ú ltima por
trá s de tudo. E assim ele interpreta o Evangelho dizendo aqui da
unidade de Deus, o Ser necessá rio. e, sem dú vida, esta é a ú nica coisa
necessá ria, aquela em que tudo é bom, ou melhor, que é tudo bom,
aquele total e unicamente Bom.
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C XXIV
DESPERTA-te, ó minha alma, e desperta o teu entendimento e
UMA considera até onde puderes o que e quã o grande é este Bem.
Pois se as coisas boas particulares sã o deleitosas, considere
seriamente quã o deleitante deve ser aquele Bem que compreende o
prazer de todos os bens particulares; e isso em um prazer nã o como o
que conhecemos por experiê ncia nas coisas criadas, mas superando
isso nã o menos do que o Criador supera a criatura. Pois se a vida que é
criada é boa, quã o boa deve ser a Vida que cria! Se a saú de que é feita é
agradá vel, quã o agradá vel deve ser aquela Saú de que é a causa de toda
saú de! Se é desejá vel a sabedoria que consiste no conhecimento das
coisas criadas, quã o desejá vel deve ser a Sabedoria que fez todas as
coisas do nada. Por im, se há muitos grandes deleites nas coisas
agradá veis, que tipo de deleite e quã o grandes devem ser naquele que
fez essas mesmas coisas que sã o tã o agradá veis.
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C XXV
O
QUEM desfrutará deste Bem! E o que ele terá , e o que lhe
faltará ? Certamente, tudo o que ele deseja ter e tudo o que nã o
deseja, ele icará sem. Porque haverá bens do corpo e da alma,
como os olhos nã o viram, nem os ouvidos ouviram, e nã o subiram ao
coraçã o do homem (1 Corı́ntios 2:9) . conceber. Por que, entã o, pobre
ilho do homem, tu vagueias de um lado para o outro, buscando os bens
de tua alma e de teu corpo? Ama o ú nico Bem em que estã o todos os
bens, e isso te basta. Coloque seus desejos naquele Bem nã o composto
que é todo bom, e isso é su iciente. Pois o que amas, ó minha carne, o
que desejas, ó minha alma? Se a beleza te deleita, os justos brilharão
como o sol ( Mt 13:43 ) . porque é semeado um corpo natural, é
ressuscitado um corpo espiritual , (1 Cor. xv. 44) . espiritual, isto é , em
poderes, nã o em natureza. Se uma vida longa de saú de, há uma
eternidade de saú de; porque os justos vivem para sempre (Sabedoria v.
15) . ea saúde dos justos vem do Senhor . (Ps. xxxvii. 40) . A palavra latina
salus pode signi icar saúde ou salvação . Se houver abundâ ncia, eles
serão satisfeitos quando a glória de Deus aparecer . (Sal. xvii. 16) . (Na
versã o do Livro de Oraçã o em Inglê s Quando eu acordar à tua
semelhança, icarei satisfeito com isso , mas na Vulg. icarei satisfeito
quando a tua glória aparecer ). Se a embriaguez, eles serão embriagados
com a abundância da casa de Deus . (Sal. xxxvi. 8) (de acordo com a
Vulg.). Se for melodia, os coros dos anjos cantarã o juntos a Deus para
todo o sempre. Se houver prazer, entã o seja casto, Tu lhes darás de
beber de Teus prazeres como se saísse do rio . (Sal. xxxvi. 8) . Se
sabedoria, a pró pria Sabedoria de Deus se manifestará a eles.
Provavelmente com referê ncia a (Joã o XIV. 21) . Se amizade, eles devem
amar a Deus acima de si mesmos e uns aos outros como a si mesmos
Veja (Matt. xxii. 37-40) .; e Deus os amará mais do que eles amam a si
mesmos; porque eles o amarã o e uns aos outros nele; e Ele amará a Si
mesmo e a eles em Si mesmo. Se houver concó rdia, todos eles terã o
uma vontade, pois nã o terã o vontade, mas somente a vontade de Deus.
Se for poder, eles serã o onipotentes para fazer suas pró prias vontades,
assim como Deus para fazer a Dele; pois assim como Deus será capaz de
fazer o que Ele quer por Seu pró prio poder, assim eles serã o capazes de
fazer o que quiserem por Seu poder; visto que, como eles nã o querem
nada alé m do que Ele quer, Ele quer tudo o que eles quiserem; e tudo o
que Ele quer nã o pode deixar de ser. Se honra e riquezas, Deus colocará
Seus servos bons e ié is sobre muitas coisas (Mt. xxv. 23) ; sim, eles
serã o chamados ilhos de Deus e deuses (1 Joã o iii. 1, 2) . (Joã o x. 34,
35) .; e onde seu Filho estiver, ali també m estarã o (Joã o XIV. 3) .
herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo. (Rom. viii. 17) . Se a
verdadeira segurança, certamente terã o tanta certeza de que esses
bens, ou melhor, esse Bem, nunca e de modo algum lhes faltarã o, como
terã o a certeza de que nã o a perderã o por sua pró pria vontade e que
Deus, seu amante, nã o tome isso contra suas vontades daqueles que O
amam, e que nada mais poderoso do que Deus separará Deus e eles
contra suas vontades. (Rom. viii. 39) . Mas que tipo de alegria e quã o
grande deve haver alegria, onde há tal e tã o grande bem! O coraçã o
humano, coraçã o faminto, coraçã o familiarizado com a tristeza, ou
melhor, oprimido pela tristeza, como você se alegraria se abundasse em
todos esses bens! Olha para o teu coraçã o e pergunta-lhe se poderia
conter a grandeza da alegria que teria, se possuı́sse tã o grande
felicidade. No entanto, certamente, se outro a quem você ama tanto
quanto a si mesmo, tivesse a mesma felicidade, sua alegria seria
duplicada, pois você se alegraria por ele nã o menos do que por si
mesmo. Mas se dois ou trê s ou muitos mais tivessem a mesma
felicidade, você se alegraria tanto por cada um quanto por si mesmo, se
você amasse cada um como a si mesmo. Portanto, nesse amor mú tuo
perfeito de inumerá veis anjos e homens abençoados, onde ningué m
ama outro menos do que a si mesmo, cada um se regozijará nã o menos
pelo outro do que por si mesmo. Se entã o o coraçã o de um homem mal
pode conter a alegria que ele terá em si mesmo em um gozo de um bem
tã o grande, como será capaz de tantas e tã o grandes alegrias? E uma
vez que todo homem se regozija no bem de qualquer um na proporçã o
em que o ama, como nessa felicidade perfeita todos amarã o a Deus
alé m de toda comparaçã o, mais do que ele ama a si mesmo e a todos os
seus semelhantes; assim ele se regozijará alé m de toda medida mais na
felicidade de Deus do que na sua pró pria e na de todos os seus
companheiros. Mas se eles amam a Deus com todo o seu coraçã o, toda a
sua mente, toda a sua alma (Mateus xxii. 37) . contudo, para que todo o
coraçã o, toda a mente, toda a alma nã o seja su iciente para a excelê ncia
do amor; seguir-se-á que eles se regozijarã o com todo o seu coraçã o,
toda a sua mente, toda a sua alma, que todo o seu coraçã o, toda a sua
mente, toda a sua alma nã o será su iciente para a plenitude de sua
alegria.
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C XXVI
O
MEU Deus e meu Senhor, minha esperança e alegria do meu
coraçã o, dize à minha alma se esta é a alegria que nos dizes por
teu Filho: Pedi e recebereis, para que a vossa alegria seja
completa . (Joã o XVI. 24) . Pois encontrei uma alegria plena e mais do
que plena. Pois quando o coraçã o, a mente, a alma e o homem inteiro
estiverem cheios dessa alegria, a alegria abundará ainda mais alé m da
medida. Portanto, essa alegria nã o entrará totalmente naqueles que
nela se regozijam; mas os que se regozijam entrarã o inteiramente nessa
alegria. Diga, ó Senhor, diga ao Teu servo interiormente em seu coraçã o,
se esta é a alegria na qual Teus servos entrarã o, que entrarão na alegria
de seu Senhor . (Mat. xxv. 21, 23) . Mas certamente aquela alegria em
que os teus eleitos se regozijarã o, nem olhos viram, nem ouvidos
ouviram, nem jamais penetrou em coração humano . (1 Cor. ii. 9) . E por
isso ainda nã o pronunciei nem concebi, ó Senhor, a grandeza da alegria
dos Teus bem-aventurados. Pois sua alegria será tã o grande quanto seu
amor e seu amor quanto seu conhecimento. Quã o grande será seu
conhecimento de Ti, ó Senhor, e quã o grande seu amor por Ti!
Certamente nesta vida olhos não viram, nem ouvidos ouviram, nem
jamais penetrou em coração humano (1 Corı́ntios 2:9) . conceber a
grandeza de seu conhecimento e amor por Ti na vida futura. Eu te rogo,
ó Deus, que eu te conheça e te ame para que eu possa me alegrar em ti.
E se eu nã o puder conhecer-te, amar-te, alegrar-te plenamente em ti
nesta vida, deixe-me seguir em frente dia apó s dia, até que o
conhecimento, amor e alegria inalmente sejam completos. Que o
conhecimento de Ti cresça em mim aqui, e ali seja completado; que o
amor de Ti aumente em mim aqui e ali seja completo; para que minha
alegria aqui seja grande em esperança e ali plena em fruiçã o. O Senhor,
por Teu Filho Tu ordenas, nã o aconselhas-nos a buscar e prometes
aceitar-nos para que nossa alegria seja completa! Eu procuro, ó Senhor,
o que por Teu maravilhoso Conselheiro (Isa. ix. 6) . Tu aconselhas-nos a
procurar; Eu aceitarei o que Tu prometes por Tua Verdade, para que
minha alegria seja completa. O Tu Deus iel, eu procuro; concede que eu
receba para que minha alegria seja completa. Enquanto isso, minha
mente pode meditar sobre isso; que minha lı́ngua fale disso; que meu
coraçã o o ame, minha boca o pronuncie, minha alma tenha fome dele,
minha carne tenha sede dele, toda a minha substâ ncia anseie por isso,
até que eu entre no gozo do meu Senhor, trê s pessoas em um Deus,
bendito para sempre. Um homem.
Anselmo, por sua vez, deixa bem claro que seu argumento se
aplica somente a Deus. Nã o é de modo algum sua intençã o garantir com
seu argumento a realidade de tudo aquilo de que se pode dizer que
temos uma ideia. Seu crı́tico contemporâ neo, Gaunilo, pensava que o
mesmo raciocı́nio garantiria a existê ncia de uma ilha mais perfeita; pois
podemos formar a ideia de que tal ilha realmente existe; e se a ilha nã o
existe, essa ideia nã o seria a ideia da ilha mais perfeita, pois tal ilha,
realmente existente, seria ainda mais perfeita; e podemos enquadrar a
ideia de tal ilha. Mas Anselmo respondeu a Gaunilo que seu raciocı́nio
só era aplicá vel ao que não se pode conceber maior ; pois tal coisa deve
ser concebida como eterna , sem começo nem im; e, portanto, nã o pode
ser possível sem ser real . Nã o faz parte da noçã o de uma ilha, mesmo
das mais perfeitas, que ela nã o tenha começo nem im. Portanto, tudo o
que nosso pensamento da ilha mais perfeita envolve é que ela é
concebível, possível ; que pode existir ou ter existido ou ainda vir a
existir; mas falar de um objeto eterno , que nã o tem começo nem im,
dessa maneira, é absurdo. Nã o pode, se nã o for real agora, ser possı́vel,
no sentido de que pode ter existido no passado ou ainda existir no
futuro; só pode ser possível se realmente existir. Nã o vejo falha nesta
resposta de Anselmo ao seu crı́tico; mas praticamente admite a
insu iciê ncia da declaraçã o original do argumento. Pois, como a irmado
originalmente, o argumento apenas mostra que nossa noçã o de
perfeiçã o é aquela que nã o pode se aplicar a uma mera ideia, mas
apenas ao que é real; nã o prova, poré m, que exista algo real a que se
aplique. A contradiçã o está em pensá -lo como irreal e ainda como
perfeito. Nada é dito no enunciado original da ideia, a princı́pio
provando apenas a possibilidade de seu objeto; e provando a realidade
de seu objeto apenas no caso em que a possibilidade é inconcebı́vel sem
a realidade.
E quando nã o nos contentamos nem com a ciê ncia; quando nos
entregamos à fé de que, apesar das muitas aparê ncias que lhe sã o
contrá rias, o mundo é governado pela providê ncia de um Deus bom,
ainda estamos em nome da harmonia e da consistê ncia negando igual
realidade à s aparê ncias que ainda permanecem, como eles eram antes,
igualmente aparentes : assim como ainda vemos a sala do espelho
quando nã o somos mais crianças, e o sol nascendo quando fomos
ensinados a acreditar no sistema copernicano de astronomia.
T
As meditaçõ es e oraçõ es que aqui se seguem, uma vez que sã o
publicadas para despertar o leitor para o amor ou temor de
Deus ou para o auto-exame, nã o devem ser lidas em meio a
turbulê ncias, mas em quietude, nã o rapidamente, mas lentamente, com
consideraçã o pró xima e sé ria. Nem o leitor deve ter o cuidado de ler o
todo de qualquer um deles, mas tanto quanto ele percebe pode, com a
ajuda de Deus, fazer-lhe bem em acender dentro dele o desejo de
oraçã o, ou tanto quanto pode lhe dar prazer. Nem precisa começar
qualquer um deles sempre no começo, mas onde melhor lhe agradar.
Para este im eles sã o divididos em pará grafos, para que qualquer um
possa começar ou terminar onde quiser; para que a duraçã o de uma
oraçã o ou a repetiçã o frequente de uma coisa nã o se torne cansativa;
mas o leitor pode colher daı́ algum gosto de devoçã o, pois para esse im
eles foram compostos.
Meditaçã o I
EU
Sobre a Dignidade e a Miséria da Natureza Humana .
Ouve entã o diligentemente o que isto signi ica, que foste criado à
imagem e semelhança de Deus . Tu aqui asseguraste a ti maté ria doce
para meditaçã o devota, na qual exercitar teus pensamentos. Note,
portanto, que a semelhança de Deus é uma coisa, a imagem é outra.
Assim, um cavalo, um boi e todas as outras criaturas semelhantes tê m
alguma semelhança com um homem; mas ningué m tem a imagem de
um homem, exceto outro homem. Um homem come, assim como um
cavalo; aqui está uma certa semelhança , isto é , algo em comum entre
naturezas diferentes . Mas a imagem de um homem ningué m pode
expressar, exceto outro homem da mesma natureza daquele cuja
imagem ele é . Assim, a imagem é superior à semelhança .
Mas como podemos ser à Sua imagem ? Ouça. Deus está atento a Si
mesmo, compreende a Si mesmo, ama a Si mesmo.[ 22 ] E tu també m,
se, segundo a tua medida, estiveres atento a Deus, compreenderes a
Deus, amares a Deus, entã o será s à Sua imagem ; pois você estará se
esforçando para fazer o que Deus sempre faz. O homem deve fazer
disso o im de toda a sua vida, estar atento ao Bem Maior, compreendê -
lo e amá -lo; para isso todo pensamento, todo movimento do coraçã o
deve ser dobrado, aguçado, conformado, para que com um amor
incansá vel você se lembre de Deus, compreenda a Deus, ame a Deus, e
assim por sua saú de estabeleça a dignidade de sua criaçã o. , em que
foste criado à imagem de Deus. Mas por que digo que você foi criado à
imagem de Deus, quando, como o apó stolo testemunha, você mesmo é a
imagem de Deus? O homem , diz o Apó stolo, não deve cobrir a cabeça,
porque é imagem e glória de Deus . (1 Cor. xi. 7) .
Meditaçã o I
II
Que o Fim para o qual fomos criados foi glori icar a Deus para sempre .
B
UT deixando aquela felicidade que está para ser, com os olhos
da mente olhe por algum tempo també m para a grandeza do
favor que Ele tem concedido abundantemente a Ti mesmo
nesta vida transitó ria. Aquele que habita no cé u, que reina entre os
anjos, a quem o cé u e a terra e tudo o que neles há , reverencie, ele se
deu a si mesmo para ser sua habitaçã o; Ele preparou para ti Sua
presença como uma morada, pois como o apó stolo Paulo ensina, Nele
vivemos, nos movemos e existimos . (Atos xvii. 28) . A vida é doce, o
movimento é agradá vel, o ser é desejá vel. Pois o que pode ser mais doce
do que ter vida Nele, que é a pró pria Vida Abençoada? que mais
agradá vel do que ordenar todo o curso de nossa vontade e açã o para
Ele e nAquele que nos fortalece com estabilidade eterna? nada mais
desejá vel do que, pela oraçã o e pela conversa, estar continuamente
naquele, em quem somente existe o verdadeiro ser, ou melhor, quem
somente é o verdadeiro ser, sem o qual nada pode ter bem-estar. Eu , diz
Ele, sou o que sou . (Ex. iii. 14) . Este é um ditado excelente. Pois
somente Ele mesmo tem o verdadeiro ser, cujo ser é imutá vel. Assim,
pode-se dizer que Ele, cujo ser é tã o excelente, é em um sentido tã o
especial, que se pode dizer que Ele é o ú nico em verdade; em
comparaçã o com quem estar ao lado Dele nã o é nada; quando Ele, eu
digo, te criou para uma altura tã o grande de dignidade que você nã o
pode sequer compreender a gló ria de sua pró pria dignidade natural,
onde Ele designou sua morada? que morada Ele preparou para ti? Ouça
o que Ele diz aos Seus no Evangelho: Permanecei em Mim, e Eu em vós .
(Joã o xv. 4) . O dignidade inestimá vel, ó bendita morada, ó gloriosa
relaçã o entre Deus e o homem! Quã o grande é a condescendê ncia do
Criador para que seja Sua vontade que Sua criatura habite Nele! Quã o
incompreensı́vel é a bem-aventurança da criatura, que ela deve
permanecer em seu Criador! Quã o grande é a gló ria da criatura racional
de ter comunhã o com seu Criador em uma relaçã o tã o abençoada, que o
pró prio Criador deveria habitar na criatura, a pró pria criatura no
Criador! Tã o excelentemente fomos criados por Sua vontade, tã o
misericordiosamente Ele se agradou de que permanecê ssemos nEle;
mesmo Aquele que está acima de todas as coisas, governando sobre
todas as coisas, mas sem cuidado; que sustenta todas as coisas, como o
fundamento de todas as coisas, mas sem trabalho; supera todas as
coisas em excelê ncia, mas sem orgulho; compreende todas as coisas em
Seu abraço, mas sem distinçã o de partes; preenchendo todas as coisas
com Sua plenitude, mas sem limitaçã o de Si mesmo.
Que louvor, que açã o de graças tu dará s a Ele, que te vestiu de tã o
grande formosura, te exaltou a tã o grande honra, que podes dizer com
todo o gozo do coraçã o: O Senhor me vestiu com as vestes da salvação,
Ele me cobriu com o manto da justiça . (Is. lxi. 10) . E a maior alegria dos
anjos de Deus contemplar a Cristo, e eis que de Sua ilimitada
condescendê ncia Ele se inclina para ti, a ponto de ter o prazer de te
vestir com Si mesmo. Que tipo de roupa é esta senã o aquela de que o
apó stolo se vangloria, dizendo que Cristo de Deus se fez para nós
sabedoria, justiça e santi icação ? (1 Cor. i. 30) . Como Ele te vestiria
mais ricamente do que te tornar glorioso com o manto da sabedoria, o
ornamento da justiça, a beleza da santidade?
Meditaçã o I
V
Que somos o Corpo de Cristo .
Guarda, pois, teu corpo e teus membros com a reverê ncia que
convé m, para que, se os ofenderes, suplicando-lhes levianamente, nã o
sofras um castigo maior por teu mau uso indigno deles, de acordo com
a grandeza da recompensa que teria sido tua. , se você os tivesse usado
corretamente. Teus olhos sã o os olhos de Cristo. Portanto, nã o podes
voltar os olhos de Cristo para contemplar a vaidade, pois Cristo é a
verdade, e toda vaidade é contrá ria à verdade.[ 24 ] Tua boca é a boca
de Cristo. Nã o deves, portanto, abrir, digo nã o apenas com calú nias e
mentiras, mas també m com palavras ociosas, aquela boca que deve ser
aberta apenas para o louvor de Deus e a edi icaçã o do pró ximo. Tenha
esta mente també m em relaçã o aos outros membros de Cristo que
estã o comprometidos com a sua responsabilidade.
Meditaçã o I
VI
Que somos um em Cristo e um Cristo com o próprio Cristo .
C
ONSIDER també m mais profundamente em quã o pró xima uma
uniã o você está unido com Ele. Ouça o que o pró prio Senhor ora
ao Pai por aqueles que sã o Seus: Eu quero , diz Ele, que assim
como Tu e eu somos um, assim também eles sejam um em Nós . (Joã o xvii.
21) , livremente citado. Eu sou (isto é ) Teu Filho por natureza; Eu oro
para que eles sejam Teus ilhos e Meus irmã os pela graça. Quã o grande
é a dignidade para um homem cristã o, crescer em Cristo de modo que
ele mesmo possa ser chamado em certo sentido de Cristo . Isto també m
aquele iel mordomo da casa de Deus percebe a Igreja quando disse:
Todos nós que somos cristãos em Cristo somos um Cristo . A referê ncia é
presumivelmente a (1 Cor. xii. 12) . Nem devemos nos admirar com isso,
quando consideramos que Ele é a cabeça e nó s Seu corpo; Ele o noivo e
Ele també m a noiva; em Si mesmo o esposo, mas a esposa nas almas
santas que Ele ligou a Si mesmo nos laços de um amor eterno. Como um
noivo , diz Ele, Ele colocou uma coroa sobre Mim, e como uma noiva Ele
me adornou com ornamentos . Isto é como (Isa. lxi. 10) , mas nã o é uma
citaçã o. Aqui, entã o, ó minha alma, aqui você considera Seus benefı́cios
para ti, seja in lamada com o amor por Ele, deixe o fogo que está em
você irromper em desejo pela bem-aventurança de contemplá -Lo.
Clame com ousadia nas palavras da noiva iel, Deixe que Ele me beije
com os beijos de sua boca . (Cant. i. 1) . Que todo deleite que nã o está
nEle se afaste de minha mente, que nenhum prazer, nenhum consolo
desta vida presente me console, enquanto Sua presença abençoada me
é negada. Que Ele me abrace com os braços de seu amor, que me beije
com a doçura celestial de sua boca, que me fale com aquela eloquê ncia
inefá vel com que revela seus segredos aos anjos. Que o Noivo e a Noiva
desfrutem de tal intercâ mbio mú tuo de discurso, que eu possa abrir
todo o meu coraçã o a Ele e Ele me revelar os segredos de Sua doçura.
Assim, ó minha alma, revigorada por estas e outras meditaçõ es
semelhantes e cheia da paixã o de um santo desejo, esforça-te por seguir
Teu Esposo e dizer-Lhe: Atrai-me atrás de Ti; correremos atrás do odor
dos teus unguentos . (Cant. i. 3) , de acordo com a Vulgata. Fale com Ele e
fale como um cô njuge leal, nã o com o som de palavras que passam, mas
com um desejo de coraçã o que nã o desfalece; fale assim para ser
ouvido, assim deseje ser atraı́do por Ele para que você possa seguir.
Diga, portanto, ao teu Redentor e Salvador: Desenha-me depois de Ti .
Nã o deixes que a doçura deste mundo, mas que a doçura do Teu bem-
aventurado amor me atraia. Desenhe-me, pois Tu me atraiste até aqui;
segura-me com irmeza, porque tu me agarraste. Tu me atraiste para Ti
ao me redimir; desenhe-me salvando-me. Tu me atraiste com pena de
mim; atrai-me abençoando-me. Tu me agarraste aparecendo entre os
homens, feito homem por nó s; segura-me irme como Tu está s sentado
em Teu trono no cé u, exaltado acima dos anjos. Essa é a Tua palavra,
essa é a Tua promessa. Tu prometeste, dizendo: E eu, quando for
levantado da terra, todos atrairei a Mim . (Joã o XII. 32) . Atrai, portanto,
agora em Tua poderosa exaltaçã o aquele que Tu atraiste para Ti em Tua
misericordiosa humilhaçã o. Tu subiste ao alto; deixe-me acreditar: Tu
reinas sobre todas as coisas; deixe-me reconhecê -lo. Nã o reconheço que
Tu reinas? Certamente eu reconheço isso, e te dou graças. Mas concede
que eu possa reconhecer com o reconhecimento de um amor perfeito o
que eu reconheço por uma fé devota em relaçã o a Ti. Liga os desejos do
meu coraçã o a Ti com os laços indissolú veis do amor, pois as primı́cias
do meu espı́rito já estã o contigo. Garanta que nó s, a quem o Teu amor
ao nos redimir, teceu a Ti, possamos ter comunhã o contigo na unidade
do mesmo amor. Pois Tu me amaste, Tu te entregaste por mim; que meu
coraçã o e minha mente estejam sempre contigo no cé u, e Tua proteçã o
comigo continuamente na terra. Ajuda-o quando ele arde de desejo por
Teu amor, a quem Tu mostraste amor quando ele o desprezou. Dá a ele
quando ele pede, a quem Tu te dá s quando ele nã o te conheceu. Receba-
o quando ele retornar a Ti, ó Tu que o chamaste de volta a Ti quando ele
fugiu de Ti. Eu Te amarei para que eu seja amado por Ti; antes, porque
sou amado por Ti, te amarei cada vez mais para ser mais amado. Que
meus pensamentos sejam unidos a Ti, que meu coraçã o seja totalmente
um com Ti, onde nossa natureza, que Tu em misericó rdia tomaste sobre
Ti, reine Contigo em bem-aventurança. Fazei que eu me apegue a Ti
sem me separar, Te adore sem me cansar, Te sirva sem falhar, Te busque
ielmente, Te encontre feliz, Te possua para sempre.
B
UT quando você considerar para que coisas boas e quã o grande
você foi por Sua graça, lembre-se també m de que coisas boas e
quã o grandes você perdeu por sua culpa, em quã o mau estado
você foi derrubado por seus pecados. Considera com suspiro o mal que
izeste na tua maldade; pensa com gemidos nas coisas boas que tu, por
causa desse mal, perdeste miseravelmente. Pois que coisa boa teu mais
excelente Criador por sua bondade te concedeu? que mal nã o lhe
izeste, tu que foste nutrido em detestá vel injustiça? Ao perder o bem,
você mereceu o mal, nã o, ao rejeitar o bem, você escolheu o mal; e
perdendo, ou melhor, rejeitando a graça de teu Criador, para tua misé ria
aumentaste Sua ira. Nem podes provar-te inocente, quando a multidã o
dos teus pecados, como um poderoso exé rcito, te cercar; aqui lançando
em teus dentes o opró brio de tuas má s açõ es; ali produzindo uma
grande quantidade de palavras ociosas e (que merecem maior
condenaçã o) palavras prejudiciais ditas por ti; lá novamente exibindo a
vasta massa de teus maus pensamentos.
Estas sã o as coisas pelas quais perdeste coisas boas sem preço;
por causa destes suportaste estar sem a graça daquele que te fez. Geme
como você pensa sobre eles, renuncie a eles como você geme, condene-
os como você os renuncia, renuncie a eles mudando sua vida para
melhor. Esforça-te interiormente contigo mesmo, para que logo, nem
por um momento, assente alguma vaidade, seja de coraçã o ou de lı́ngua,
ou o que tem a maior condenaçã o, mesmo em açã o. Que haja em tua
mente uma guerra diá ria, ou melhor, contı́nua, para que nã o mantenhas
qualquer aliança com teus pecados. Examine-se rigorosamente sempre,
procure os segredos do seu coraçã o, e tudo o que você encontrar em si
mesmo que seja ré probo, castigue-o com severas reprovaçõ es, jogue-o
abaixo, esmague-o, arranque-o, expulse-o, destrua-o completamente.
Nã o se poupe, nã o seja gentil consigo mesmo, mas pela manhã (isto é ,
na contemplaçã o do Juı́zo Final, pois o Juı́zo Final segue como a luz da
manhã na noite desta vida presente) destrua todos os ímpios que estão
em a terra (isto é , as ofensas e pecados de uma conversa mundana)
para que você possa extirpar da cidade do Senhor (que você deve
construir dentro de si mesmo) todos os malfeitores (isto é , todas as
sugestõ es do diabo, todas as delı́cias que Deus odeia, todos os
consentimentos mortais, todos os atos perversos). (Ps. ci. 11) . A
Vulgata tem na parte da manhã (AV cedo ) para o breve da versã o Livro
de Oraçã o. De tudo isso tu deves, como uma cidade de Deus, ser
puri icada, para que teu Criador possa encontrar e tomar posse e
continuamente manter uma habitaçã o dentro de ti, onde Ele possa ter
prazer. Nã o seja daqueles cuja obstinaçã o o pró prio Deus parece
lamentar, dizendo: Não há homem que coloque isso no coração e diga: O
que eu iz ? A citaçã o é composta, de (Isa. lvii. 1) e (Jer. . viii. 6) . Se eles
forem rejeitados, porque nã o quiseram se envergonhar do mal que
izeram, e se repreenderem, nã o cuidará s, para que logo chegues ao
nú mero dos eleitos, para prestar contas, julgar a si mesmo, corrigir-se
com severa disciplina? Considera entã o diligentemente em tuas
meditaçõ es os benefı́cios que teu Criador te concedeu, com os quais,
sem nenhum mé rito teu, Ele te exaltou; e lembra-te dos inumerá veis
pensamentos maus, palavras e atos, com os quais a tua injustiça
indignamente recompensou a Sua bondade, e concebendo grande
tristeza em ti mesmo, clama em voz alta: Que iz eu ? Eu aborreci a Deus,
provoquei meu Criador à ira, recompensei Seus inú meros benefı́cios
com inú meros pecados.
T
PORTANTO, para que sejas liberto dali, ouça as misericó rdias de
teu Redentor para contigo.
E eis que teu Redentor ungiu teus olhos cegos com o bá lsamo de
Sua encarnaçã o, para que tu, que nã o podias contemplar Deus em Sua
gló ria no esconderijo de Sua majestade, pudesses contemplar Deus
aparecendo em forma de homem, e vendo-O reconheça-O, e
reconhecendo-O, ame-O, e amando-O, faça o má ximo com todas as suas
forças para chegar à Sua gló ria. Ele foi feito carne para que Ele pudesse
te chamar de volta para as coisas do espı́rito. Ele foi feito participante
de tua mutabilidade para que pudesse fazer de ti participante de Sua
imutabilidade. Ele condescendeu com a tua humildade para que
pudesse exaltar-te à Sua elevada altivez. Ele nasceu de uma virgem pura
para que pudesse curar a corrupçã o de tua natureza pecaminosa. Ele foi
circuncidado para que pudesse ensinar o homem a eliminar de si
mesmo toda a super luidade das concupiscê ncias pecaminosas. Ele foi
apresentado no templo e recebido pela santa viú va, Anna ( (Lucas ii.
37) ). para que Ele pudesse admoestar Seus servos ié is a estarem
continuamente na casa de Deus e se esforçarem pela prá tica de uma
vida santa para serem dignos de recebê -Lo. Ele foi tomado em Seus
braços e glori icado pelo idoso Simeã o, para que pudesse mostrar Seu
amor pela gravidade da vida e maturidade em justiça. Ele foi batizado
para santi icar o sacramento do nosso batismo.[ 25 ] No rio Jordã o,
quando Ele se inclinou para receber o batismo da mã o de Joã o, Ele
ouviu a voz do Pai, e recebeu o Espı́rito Santo vindo sobre Ele em forma
de pomba, para nos ensinar que devemos permanecer com humildade
de espı́rito, e assim sermos honrados pela palavra do Pai que está nos
cé us, vindo a nó s, da qual se diz que se comunica com os simples ( Prov.
.iii.32) , de acordo com a Vulgata. e glori icado pela presença do Espı́rito
Santo, que repousa sobre os humildes. Pois Jordan signi ica humildade ;
visto que, sendo interpretado, o Jordã o é sua descendência .[ 26 ] E ele
foi batizado pela mã o de Joã o, cujo nome signi ica a graça de Deus ,[ 27 ]
para que tudo o que recebemos de Deus, devemos atribuı́-lo a essa
graça e nã o aos nossos pró prios merecimentos. Depois de jejuar
quarenta dias, venceu o diabo e suas tentaçõ es, e foi glori icado pelo
ministé rio dos anjos, ensinando-nos assim em todo o tempo desta vida
presente, recusando as delı́cias das coisas temporais para pisar sob
nossos pé s o mundo com o seu prı́ncipe. , e assim ser escoltado pela
proteçã o dos anjos. Durante o dia Ele morava com o povo pregando o
reino de Deus e edi icando as multidõ es por Suas obras maravilhosas e
por Suas palavras. A noite, ele subiu a uma montanha e se entregou à
oraçã o, ensinando-nos, conforme a estaçã o exige, à s vezes por palavras
e açõ es para mostrar, de acordo com nossa capacidade, aos nossos
vizinhos entre os quais vivemos, o modo de vida; à s vezes, entrando na
quietude de nossa alma e subindo a montanha da virtude, para respirar
o doce ar da contemplaçã o celestial e sem desfalecer para dirigir nossos
pensamentos à s coisas do alto. Ele foi trans igurado no monte diante de
Pedro, Tiago e Joã o, instruindo-nos assim que, se estudarmos como
Pedro, cujo nome é por interpretaçã o reconhecendo , [ 28 ]
humildemente reconhecer nossa fraqueza, suplantar nossa natureza
pecaminosa (pois suplantador é o signi icado de James James = Jacob.
Veja (Gen. xxv. 26) , xxvii. 36. Sã o Jerô nimo, Lib. de Hebr. Nom . ( de
Evang. Matt .).), e na fé para nos submeter à graça de Deus (que é a
signi icaçã o de Joã o [ 29 ]), para nossa felicidade subiremos ao monte
do cé u, para contemplar a gló ria de Jesus, Ele mesmo nosso Rei sendo
també m nosso guia até lá . Em Betânia , que é por interpretaçã o a casa
da obediência ,[ 30 ] Ele ressuscitou Lá zaro dentre os mortos,
mostrando que todos os que pelo esforço sincero de um bem morrerã o
para o mundo e descansarã o no seio da obediê ncia, serã o ressuscitado
por Ele para a vida eterna. Quando Ele entregou Seu corpo e Seu sangue
a Seus discı́pulos na ceia mı́stica, Ele humildemente lavou seus pé s,
ensinando-nos que os sagrados misté rios devem ser celebrados com
atos de pureza e devota humildade de espı́rito. Quando Ele deveria ser
glori icado pelo esplendor de Sua santa ressurreiçã o, Ele suportou a
zombaria dos traidores, a crueldade dos insultos, a vergonha da cruz, a
amargura do fel e, por im, a pró pria morte, admoestando assim Seus
servos que eles que desejam alcançar a gló ria apó s a morte, devem
suportar os problemas e trabalhos desta vida presente e as opressõ es
dos ı́mpios, nã o apenas sem murmurar, mas com amor e desejo e boas-
vindas alegres a tudo o que é difı́cil neste mundo por causa da a
recompensa eterna.
Sobre esses benefı́cios gloriosos e inestimá veis, concedidos a ti
por teu Criador, se meditares dignamente, se os abraçares com devoçã o,
se esforçares com fervorosa caridade para imitá -los, nã o só recuperará s
as coisas boas que teus primeiros pais perderam, mas obterá s coisas
muito maiores para sempre pela graça indescritı́vel de teu Salvador.
Pois o pró prio Deus pelo misté rio da encarnaçã o se tornou teu irmã o; e
que alegria inefá vel isso nã o te causará , quando você contemplar sua
natureza nEle tã o exaltada acima de toda a criaçã o!
Meditaçã o I
IX
Que devemos orar para sermos libertos da cova horrível, da lama e do
barro .
C
O QUE agora resta, mas apó s a devida consideraçã o de todos
esses assuntos, acender na mente o desejo de herdar tã o
grandes bens e, com sú plicas contı́nuas, implorar Aquele que te
criou para possuı́-los, para tirá -lo do poço horrível, do abismo. a lama e
barro , (Ps. xl. 2) . e fazer de ti o possuidor de bem-aventurança tã o
grande? O que é esse poço horrível , senã o o abismo da cobiça
mundana? que lama e barro senã o a imundı́cie do prazer carnal? Pois
nas labutas desses dois, da cobiça e do prazer, é que a raça do homem é
miseravelmente enredada e impedida de alcançar a bendita liberdade
da contemplaçã o celestial. Pois, na verdade, o poço horrível é a cobiça
mundana, que arrasta a mente que está sujeita ao seu domı́nio por
inú meros desejos, como por correntes, nas profundezas do pecado, e
nunca permite que ela descanse. Pois a mente do homem, quando
oprimida pelo jugo da cobiça, é distraı́da pelo amor das coisas visı́veis e
impelida aqui e aqui por diversas paixõ es. E desperdiçado pela labuta
na obtençã o de dinheiro, pelo cuidado em aumentá -lo, pela alegria em
possuı́-lo, pelo medo de perdê -lo, pela dor de perdê -lo, e nada disso é
sofrido para ver o grande perigo que ele representa. é . Este é o poço
horrível , que a cobiça mundana nã o deixa de preencher com todos
esses grandes males. Desta cova, o bem-aventurado Davi regozijou-se
por ser libertado, quando deu graças e disse: Tirou-me da cova horrível,
do lodo e do barro .
O que é a lama e o barro ? O gozo do prazer impuro. Clame com
ousadia entã o com o abençoado Davi, e diga ao teu Criador: Tira-me da
lama, para que eu não afunde . (Sal. lxix. 15) . Puri ique seu coraçã o de
toda a poluiçã o do prazer carnal, exclua pensamentos impuros de sua
mente, se você escapar da imundı́cie desta lama. Mas quando por
arrependimento e con issã o, por chorar por seu pecado e ocupar seu
coraçã o com santas meditaçõ es, você escapou dali, tome cuidado para
nã o cair nele novamente; mas com todo o teu coraçã o, suspira diante de
Deus, suplicando a Sua misericó rdia que Ele possa colocar teus pés
sobre a rocha , (Sl. xl.) i. isto é , para que tua mente se estabeleça sobre o
irme fundamento da justiça, apegando-se constantemente a Cristo, de
quem se diz que Ele é feito para nós de Deus sabedoria, justiça e
santi icação . (1 Cor. i. 30) . Ore alé m disso para que Ele possa ordenar
tuas saídas (Sl. xl. 2) . para que nã o voltem para a maldade, mas
prossigam irmemente no caminho celestial de Seus mandamentos, e
assim se apressem sem se desviar para o abençoado paı́s dos Anjos.
Mas quando Sua direçã o te elevar, tome cuidado para nã o ser
negligente em cantar os louvores do Criador; antes, rogai-Lhe por Sua
misericó rdia que ponha um novo cântico em vossa boca ( Sl. xl. 3) . para
que com a devida devoçã o possas cantar uma ação de graças ao nosso
Deus . (Ibidem) . Convé m que tu, minha alma, tenhas sido trazido à
comunhã o com Deus pela novidade de vida (Rm 6.4) . deve irromper
em um novo cântico em Seu louvor, desprezando as coisas temporais e
ansiando apenas pelas coisas eternas; sendo obedientes à lei de Deus,
nã o por medo do castigo, mas por amor à justiça. Pois isso é cantar um
novo cântico a Deus , morti icar os desejos do velho homem e seguir o
caminho do novo homem, que o Filho de Deus mostrou ao mundo, por
mero desejo da vida eterna. Ele canta uma ação de graças . Com
referê ncia ao versı́culo de (Sl. xl.) citado acima em latim, as palavras
canticum e carmen diferem, assim como canção e açã o de graças , mas
nã o há referê ncia especial a agradecimento na palavra carmen . que
guarda na lembrança de uma mente pura as alegrias de seu paı́s
celestial e, sendo sustentado pela consciê ncia de uma vida santa e
con iando no dom da graça do alto, se esforça para alcançá -la.
Meditaçã o I
X
Uma meditação sobre as misérias desta vida .
T
O Ti, eu agora volto, ó meu mais doce Criador, meu gracioso
Redentor, Tu modelador e remodelador de minha natureza,
humildemente em oraçã o suplicando a Tua bondade que ensine
meu coraçã o a considerar com temor vivi icante e tremor saudá vel o
imundo e triste estado de minha carne depois de minha morte, quando
desprovida daquele espı́rito que atualmente a vivi ica, ela deve ser
entregue para ser consumida pela corrupçã o e pelo verme. Se tem
alguma beleza agora, da qual se orgulha, onde estará entã o? onde a
abundâ ncia de delı́cias mais requintadas? onde os membros delicados?
Nã o se cumprirá entã o de fato aquela palavra do Profeta: Toda carne é
erva, e toda a sua beleza é como a lor do campo ? (Is. xl. 6) . Entã o meus
olhos serã o fechados e voltados para as câ maras internas do cé rebro,
nas vã s e maliciosas imaginaçõ es das quais eu tantas vezes tive prazer.
Agora eles se regozijam em beber em vaidade como a luz do dia; mas
entã o jazerã o cobertos de horrı́veis trevas. Os ouvidos que agora com
maldito deleite entretê m o discurso dos caluniadores e os vã os rumores
do mundo estarã o entã o abertos aos vermes, que logo serã o
preenchidos por eles. Os dentes que agora estã o afrouxados na
alimentaçã o gulosa serã o miseravelmente entupidos e sufocados. As
narinas cheirarã o mal, que agora se deleitam com uma variedade de
odores doces. Os lá bios serã o horrı́veis com a plenitude da corrupçã o,
que tantas vezes se regozijaram ao serem abertos em riso tolo. A
garganta icará entupida e a barriga cheia de vermes, que
repetidamente foram inchados por todos os tipos de carnes.
Mas por que eu deveria falar separadamente de cada membro?
Toda a estrutura do corpo, cuja saú de, conforto e prazer é quase todo o
nosso cuidado, será dissolvida em corrupçã o, em vermes, inalmente no
pó mais vil da terra. Onde está agora teu pescoço orgulhoso, onde tuas
palavras arrogantes, tua rica vestimenta, teus mú ltiplos deleites? Eles
morreram como um sonho, todos eles foram para nunca mais voltar, e
aquele que estava apaixonado por eles eles deixaram à misé ria.
Meditaçã o I
XII
Da Alma após sua Separação do Corpo .
O
BOM Deus, o que é que eu vejo? Eis que vem medo sobre medo,
tristeza sobre tristeza. Depois que ela for separada do corpo, a
alma será assediada por uma multidã o de espı́ritos malignos,
que se apressarã o a encontrá -la e engrandecerã o suas acusaçõ es contra
ela. E a inquisiçã o será feita a respeito de todas as coisas de que a
acusam, até a menor das negligê ncias que ela cometeu. Virá o prı́ncipe
deste mundo com seus companheiros, furioso em fú ria, astuto no
engano, há bil em mentir, maligno em acusar, trazendo contra a alma
tudo o que pode dos males que ela fez, e maquinando falsamente
muitos alé m que ela nã o fez. O hora terrı́vel, ó julgamento severo! Por
um lado será um Juiz mais rigoroso no julgamento; sobre os outros
adversá rios mais arbitrá rios em acusar. A alma icará sozinha sem
ningué m para consolá -la, a menos que ela seja defendida pela
consciê ncia das boas obras. Mas naquela grande severidade de
julgamento, em que todas as coisas serã o expostas, quem se gloriará de
que seu coraçã o é puro? Cp. (Prov. xx. 9) . Se os justos di icilmente serão
salvos, onde aparecerão os ímpios e os pecadores ? (1 Ped. iv. 18) .Entã o a
alegria ociosa partirá , a pompa do lugar será posta em fuga, a busca da
grandeza mundana será provada enganosa.
B
UT quem pode dizer alguma coisa daquela terrı́vel sentença do
Juı́zo Final, pela qual as ovelhas serã o colocadas à direita e os
bodes à esquerda? Quã o grande será o tremor quando os
poderes dos céus forem abalados ? (Mat. xxiv. 29) . Quã o grande a
confusã o, a lamentaçã o, o clamor daqueles que uivam, quando aqueles
que negligenciam fazer o bem serã o recebidos por aquela palavra
terrı́vel: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno . (Mat. xxv. 41)
. Em verdade , aquele dia é um dia de ira, um dia de angústia e angústia,
um dia de desolação e desolação, um dia de escuridão e escuridão, um dia
de nuvens e densas trevas, um dia de trombeta e alarme . (Sf. i. 15, 16) .
Verdadeiramente amarga é a voz do dia do Senhor; o valente será
a ligido nela . (Sf. i. 14) . seg. à Vulgata. Pois aqueles que no orgulho de
seus coraçõ es desprezam a vontade de Deus, agora se gabam de seguir
suas pró prias vontades; mas entã o eles serã o lançados no fogo eterno
que nã o se apagará para sempre, e o verme que nã o morrer se
alimentará deles, Veja (Isa. lxvi. 24) ; (Marque ix. 45) . e a fumaça do seu
tormento subirá para todo o sempre . (Rev. xiv. 11) .
Meditaçã o I
XIV
Uma Meditação sobre a Alegria que será onde as Ovelhas serão colocadas
na Mão Direita .
B
UT enquanto estes estã o em a liçã o, e por angú stia de espı́rito
estã o proferindo os gemidos lamentá veis de seus coraçõ es, o
que você pensa que será a alegria e exultaçã o daqueles bem-
aventurados, que serã o colocados à destra de Deus e ouvirã o o mais
bem-aventurado voz que lhes dirá : Vinde, benditos de meu Pai, herdai o
reino que vos está preparado desde a fundação do mundo . (Mat. xxv. 34)
. Entã o, em verdade , a voz de alegria e saúde habitará nas moradas dos
justos . (Sal. cxviii. 15) . Entã o o Senhor levantará a cabeça dos mansos,
que agora se recusam a ser considerados vis e proscritos por causa
dele. Ele curará os quebrantados de coraçã o e consolará com alegria
eterna os que choram por ansiar por Ele nesta peregrinaçã o terrena.
Entã o se manifestará sua recompensa indescritı́vel, que por amor de
seu Criador se regozija na renú ncia de suas pró prias vontades. Naquele
dia, uma coroa celestial será colocada sobre a cabeça daqueles que O
servem, e a gló ria daqueles que esperam pacientemente por Ele
resplandecerá com esplendor inefá vel. Ali o amor enriquecerá Seus
soldados ié is com a comunhã o dos anjos, e a pureza de coraçã o
abençoará aqueles que O amam com a abençoada visã o de seu Criador .
Veja (Mt. v. 8) . Entã o aquele câ ntico será cantado por todos os eleitos:
Bem-aventurados os que habitam em Tua casa; eles estarão sempre te
louvando . (Ps. lxxxiv. 4) . Em qual câ ntico de louvor Ele pode ousar nos
tornar participantes que com o Pai e o Espı́rito Santo vive e reina Deus,
mundo sem im. Um homem.
As Devoçõ es de Santo Anselmo
M II
C
sobre os Terrores do Dia do Juízo. Um incentivo às lágrimas
Portanto, pecador, quase toda a sua vida - nã o quase toda, mas na
verdade toda a sua vida - está em pecado e merece condenaçã o, ou
infrutı́fera e merece desprezo. Mas por que separo o que é infrutı́fero
do que merece condenaçã o? Pois se for infrutı́fera, deve, portanto, ser
condenada. Pois sabemos que é verdade a palavra que disse Aquele que
é a Verdade: Toda árvore que não produz bons frutos é cortada e lançada
ao fogo . (Mat. iii. 10) .
Nã o, se eu izer qualquer coisa que bene icie, é muito pouco para
recompensar a Deus pela comida e bebida que uso mal. Mas quem
alimenta um rebanhoCp. (1 Cor. ix. 7) . que vale menos do que o custo
dos alimentos que consome? No entanto, Tu, ó Deus, é s mais
misericordioso do que os homens, pois Tu me alimentas e procuras
lucro de mim, Teu verme vil, Teu pecador que apodrece com a
corrupçã o do pecado. Pois mais tolerá vel para um homem é o fedor da
carcaça de um cã o do que para Deus a alma que peca; sim, muito mais
fé tido este fedor nas narinas de Deus do que nas do homem. Ai, eu nã o
sou homem, mas o desprezo dos homens, (Ps. xxii. 6) . mais vil que um
animal, mais vil que uma carcaça morta. Minha alma está cansada da
vida; Tenho vergonha de viver, tenho medo de morrer. O que resta para
ti, pobre pecador, a nã o ser por toda a tua vida lamentar toda a tua vida,
para que ela possa chorar por si mesma, nenhuma parte nã o lamentada,
nenhuma parte nã o lamentada?
Ó voz amarga do dia do Senhor! (Sf. i. 14) , seg. à Vulgata. Por que
você dorme, alma morna, preparada para ser vomitada da boca do
Senhor? (Rev. iii. 16) . Aquele que nã o acorda, que nã o treme diante
desses poderosos trovõ es, nã o está adormecido, mas morto. Arvore
infrutı́fera, onde está o teu fruto? Tu, á rvore digna do machado, á rvore
digna de ser cortada e queimada, quais sã o os teus frutos? Em verdade,
sã o espinhos e pecados amargos; se os espinhos te picassem com
arrependimento para que fossem quebrados, e a amargura dos pecados
se tornasse mais amarga até que eles perecessem completamente!
Porventura pensas algum pecado teu, mas uma coisa pequena; se o
teu severo Juiz considerasse qualquer pecado uma coisinha! Mas,
infelizmente, todo pecado nã o transgride o mandamento de Deus e O
desonra? O que entã o? O pecador ousará chamar seu pecado de coisa
pequena? Quando é pouca coisa desonrar a Deus? O tu, ramo seco e
inú til, digno de fogos eternos, que responderá s naquele dia, quando
Deus exigir um relato da maneira pela qual passaste todo o tempo de
vida que Ele te concedeu, até o menor momento? que passou em um
piscar de olhos? Entã o será condenado tudo o que for encontrado em ti,
em teu trabalho ou em teu jogo, em tua fala ou em teu silê ncio, até o
menor pensamento, ou melhor, teu pró prio viver, entã o tua vida nã o é
ordenada de acordo com a vontade de Deus. Ai de ti! Quantos pecados
se precipitarã o sobre ti de repente, como de uma emboscada, da qual
agora nã o fazes caso! sim, mais pecados e mais graves do que aqueles
dos quais você toma nota. Quantas coisas má s tu fazes, que tu pensas
nã o serem má s! quantos, que agora tu pensas bem, entã o te serã o
revelados como pecados mais negros! Ali receberá s as coisas feitas em
teu corpo, de acordo com o que tens feito (2 Cor. v. 10) . entã o, quando o
tempo da misericó rdia tiver passado; entã o, quando nã o houver mais
espaço para arrependimento, nem qualquer esperança de emenda.
Considere agora o que você fez e o que você deve receber. Se você
fez muito bem e pouco mal, regozije-se muito; se muito mal e pouco
bem, chora muito. O tu, pecador inú til, esses pensamentos nã o sã o
su icientes para te levar a chorar poderosamente? nã o sã o su icientes
para derreter teu sangue e tutano em lá grimas? Ah maravilhosa dureza
de coraçã o, que martelos tã o pesados sã o leves demais para quebrar! O
profunda letargia, cujas picadas tã o agudas sã o demasiado rombas para
despertar! O sono mortal, que trovõ es tã o terrı́veis sã o roucos demais
para perturbar! O pecador inú til, bem que essas coisas sejam
su icientes para tirar de ti um rio de lá grimas; bem que sejam
su icientes para te fazer chorar a fonte de tuas lá grimas.
Mas por que devo dissimular, por que nã o expressar a grandeza e a
gravidade da misé ria que paira sobre mim, por que escondê -la dos
olhos de minha alma? é que os ais podem vir sobre mim
desprevenidos? que a intolerá vel tempestade da ira de repente irrompe
sobre mim? Nã o, isso nã o era conveniente para um pecador.
O que, ah, o que será entã o de mim? Quem me livrará das mã os de
Deus? onde devo procurar conselho? onde para a salvaçã o? Quem é
Aquele que é chamado de Anjo do Grande Conselho? Este tı́tulo de
Cristo é tirado da LXX. versã o de (Isa. ix. 6) , que Sã o Jerô nimo citou em
seu comentá rio sobre o verso. També m foi empregado em um dos
introits de Natal. e o Salvador para que eu possa invocar Seu nome? Nã o
é outro senã o Ele, o pró prio Jesus, o Juiz em cujas mã os tremo.
T
o encorajar o espírito a não cair em desespero, pois se nos
arrependermos verdadeiramente, sem dúvida encontraremos
misericórdia por todos os nossos pecados
Muitas vezes, pois, enviou o seu anjo a ele, e aos que dele
nasceram, advertindo-os para que voltassem a ele e se arrependessem
de suas iniqü idades, para que ainda com alegria os receberia, se de todo
o coraçã o eles se arrependeria de seus pecados. Mas eles ainda,
continuando em seus pecados e desprezando Suas admoestaçõ es,
acrescentaram pecado a pecado, e se tornaram como que fora de si e
abominá veis em sua maldade, pois, sendo feitos em honra à semelhança
de Deus, começaram a viver contra a natureza. à maneira de bestas
brutas. Enviou ainda patriarcas, enviou profetas, mas nem assim
deixaram seus caminhos tortuosos e perversos; mas alguns deles que
lhes falaram advertê ncias saudá veis, eles mataram; outros eles
atormentaram com mú ltiplos e estranhos tormentos. No entanto, Ele os
castigava de tempos em tempos, como um Pai misericordioso, nã o para
que Ele, sendo provocado por suas má s açõ es, pudesse se vingar deles
por desprezá -Lo, mas para que, sendo corrigidos, voltassem à Sua
misericó rdia, que por de modo algum deseja a destruiçã o daqueles que
em Sua bondade Ele criou.
E assim, quando olho para trá s, para as má s açõ es que pratiquei, se
Tu queres que eu me julgue por meus mé ritos, tenho certeza de minha
perdiçã o; mas quando respeito a Tua morte, que sofreste pela redençã o
dos pecadores, nã o desespero de Tua misericó rdia. Aquele ladrã o, que
por seus pecados foi cruci icado Contigo, esteve sempre em pecado até
o momento de sua partida desta vida, ainda assim, porque na hora em
que ele entregou o espı́rito, ele confessou seu pecado e clamou sobre
seu culpa, ele encontrou misericó rdia e estava naquele dia Contigo no
Paraı́so. (Lucas xxiii. 43) . Portanto, vendo-Te morto para a redençã o
dos pecadores, Tuas mã os e pé s perfurados com pregos, Teu lado
aberto pela lança do soldado, a corrente de sangue e á gua saindo
daquele lado do Teu, (Joã o xix. 34) . devo me desesperar? Há apenas
uma coisa que Tu terá s, sem a qual nenhum pecador pode ser salvo, a
saber, que nos arrependamos de nossos pecados e, na medida do
possı́vel, nos esforcemos para corrigir nossas vidas. Se izermos isso,
temos a certeza de que, se apenas o nosso ú ltimo dia nos encontrar
fazendo isso (já que temos o exemplo do ladrã o, que mesmo assim
ganhou a salvaçã o em sua ú ltima hora), podemos, con iando na
indizı́vel bondade de nosso Senhor Jesus Cristo, tema as acusaçõ es de
nosso inimigo, mas pouco ou nada. Tendo, portanto, diante de nossos
olhos o preço de nossa redençã o, isto é , a morte e o sangue de nosso
Redentor, que foi derramado para a remissã o de nossos pecados; tendo
també m o exemplo do ladrã o, e de muitos cercados de muitos e grandes
pecados, a quem a Fonte da Piedade, Jesus Cristo, em sua misericó rdia
libertou deles, nã o nos desesperemos, mas corramos para a pró pria
Fonte da Piedade, em esperança certa e certa de obter o perdã o de
nossos pecados lá , onde vemos e reconhecemos que tantos e tã o
grandes pecadores foram lavados, e asseguremo-nos de que nó s
també m podemos ser lavados pela mesma Fonte de Misericó rdia , se
nos abstivermos de nossos pecados e maldades e, tanto quanto
pudermos, nos esforçarmos para fazer o bem. Mas, para nos abster do
mal e fazer o bem, nã o somos capazes por nosso pró prio poder sem Sua
ajuda. Imploremos, portanto, à Sua indizı́vel misericó rdia, que se
agradou de nos fazer quando ainda nã o é ramos, que nos conceda nesta
vida, antes de partirmos, emendar nossas vidas e puri icá -las com
sincera tristeza, que esta vida terminado, possamos chegar a Ele por
um caminho reto, sem que ningué m nos impeça, para estar com Ele na
gló ria eterna com os coros dos anjos e de todos os santos, que já
desfrutam dessa gló ria em gozo sem im.
As Devoçõ es de Santo Anselmo
M IV
C
sobre a Redenção da Humanidade
Por que, ó bom Senhor, ó gracioso Redentor, por que ocultaste tã o
grande poder em tã o grande humildade? Foi para enganar assim o
diabo, que enganando o homem o expulsou do paraı́so? Mas com
certeza a Verdade nã o engana ningué m. Aquele que nã o conhece, que
nã o crê na verdade, engana-se a si mesmo; e quem vê a verdade e a
odeia ou despreza, engana-se a si mesmo; a verdade nã o engana
ningué m. Seria, portanto, para que o diabo pudesse enganar a si
mesmo? Mas, como a verdade nã o engana ningué m, també m nã o faz
com que ningué m se engane, embora, quando o permite, diz-se que o
faz. Pois Tu nã o tomaste sobre Ti a natureza do homem, para Te
esconderes daqueles que Te conheciam, mas para Te revelares à queles
que nã o Te conheciam. Tu te chamaste verdadeiro Deus e verdadeiro
homem, e assim te mostraste por tuas obras. A coisa era secreta por sua
pró pria natureza, nã o era de tal propó sito feito segredo: nã o foi feito
para ser escondido, mas para ser realizado no devido tempo; nã o para
enganar a ningué m, mas para ser feito como deve ser feito. E se for
chamado secreto, isso signi icava! nã o mais do que isso nã o foi revelado
a todos. Pois embora a Verdade nã o se revele a todos, a ningué m se
nega. Portanto, ó Senhor, assim izeste, nã o para enganar a ningué m,
nem para fazer com que algué m se engane, mas, para fazer como devia
ser feito, permaneceste na verdade. Portanto, aquele que se engana em
Tua verdade, nã o se queixe de Ti, mas de sua pró pria in idelidade à
verdade.
Dá -te graças e louvores, ó meu Deus, minha Misericó rdia, que me
EU dignaste conduzir-me à tua concepçã o, e pela lavagem do santo
baptismo, contar-me entre os Teus ilhos por adoçã o. Dou-te
graças e louvores, porque tens paciê ncia comigo em tua in inita
bondade, esperando a correçã o da vida em mim, que abundou em
pecados desde minha infâ ncia até esta hora. A ti eu louvo , a ti eu
glori ico, que pelo braço de teu poder muitas vezes me livrou de muitas
angú stias calamidades e misé rias, e até agora me poupou dores eternas
e tormentos corporais. Tu concedeste-me saú de fı́sica, uma vida
tranquila, o amor, afeiçã o e caridade de Teus servos para comigo, pois
todas essas coisas sã o dá divas de Tua bondade. Santo dos santos, que
santi icas todas as coisas, eu te bendigo, eu te glori ico, eu te adoro, eu
te dou graças.[ 40 ] Que todas as tuas criaturas te abençoem, que todos
os teus anjos e santos te abençoem. Deixe-me te abençoar em todas as
açõ es da minha vida. Que toda a minha estrutura, por fora e por dentro,
glori ique e abençoe a Ti. Minha salvaçã o, minha luz, minha gló ria, que
meus olhos Te vejam, que Tu criaste e preparaste para contemplar a
beleza de Tua excelê ncia. Minha mú sica, meu deleite, que meus ouvidos
Te abençoem, que Tu criaste e preparaste para ouvir a voz de Tua
alegre salvaçã o. Minha doçura, meu refrigé rio, que minhas narinas te
abençoem, que Tu izeste viver e ter prazer no doce odor de teus
unguentos, Veja (Cant. 1. 3) . Meu louvor, minha nova cançã o, Veja (Sl. xl.
3) ; (Apoc. xiv. 3) , etc. meu regozijo, permita que minha lı́ngua Te
abençoe e engrandeça, que Tu criaste e preparaste para anunciar Tuas
maravilhosas obras. Minha sabedoria, minha meditaçã o, meu conselho,
que meu coraçã o Te adore e abençoe para sempre, que Tu me
preparaste e me deste para discernir Tuas inefá veis misericó rdias.
Minha vida, minha felicidade, que minha alma, por mais pecaminosa
que seja, abençoe a Ti, que Tu criaste e preparaste para desfrutar de
Tua bondade.
Mas o que é isso? Ai, meu Senhor, ai, minha alma! Tu levantas as
tuas mã os. Veja (Lucas xxiv. 50) . Eis que segues o Teu caminho. Os cé us
Te encontram, os cé us se curvam sob Ti, uma nuvem está preparada
para Te receber em Tua ascensã o . Veja (Atos 1.9) . Agora minhas
lágrimas serão minha comida dia e noite . (Ps. xlii. 3) . Alimentar-me-ei
das minhas dores, darei a minha alma a beber das minhas dores. A
minha vida envelhecerá de tristeza, e os meus anos de luto . (Ps. xxxi. 11)
. A quem tenho no céu senão a Ti; e não há ninguém na terra que eu
deseje em comparação a Ti ? (Sal. lxxiii. 24) . Com minha alma eu Te
desejo à noite: sim, com meu espírito dentro de mim, Te buscarei cedo .
(Is. xxvi. 9) . Contudo, entretanto, virá s a nó s, ó Senhor, porque é s
misericordioso e nã o tardarás (Heb. x. 37) . porque Tu é s bom. A Ti seja
a gló ria, mundo sem im. Um homem.
Oraçõ es de Santo Anselmo
II
Uma Oração ao Espírito Santo .[ 41 ]
N
Ai, ó Tu Amor que é s o vı́nculo da Divindade, Tu que é s o Santo
Amor que está entre o Pai Todo-Poderoso e Seu Filho mais
abençoado, Tu Espı́rito Todo-Poderoso, o Consolador, o mais
misericordioso consolador dos que choram, Tu entras por Teu grande
poder no santuá rio mais ı́ntimo de meu coraçã o, e de Tua bondade
habita nele, alegrando com o brilho de Tua gloriosa luz os cantos
negligenciados, e tornando frutı́feros pela visitaçã o de Teu abundante
orvalho os campos secos e esté reis com seca prolongada. Perfure com
as lechas do Teu amor as câ maras secretas do homem interior. Que a
entrada de Tuas chamas saudá veis acenda o coraçã o preguiçoso, e o
fogo ardente de Tua inspiraçã o sagrada o ilumine e consuma tudo o que
está dentro de mim, tanto da mente quanto do corpo. Dá-me de beber
dos teus prazeres como se saísse do rio (Sl. xxxvi. 8) .; para que eu nã o
tenha prazer no futuro na doçura venenosa das delı́cias mundanas. Dê
sentença comigo, Deus, e defenda minha causa contra o povo ímpio . (Ps.
xliii. 1) . Ensina-me a fazer o que Te agrada, pois Tu és meu Deus . (Ps.
cxliii. 10) . Creio que em quem habitares, ali fará s morada para o Pai e
para o Filho. Bem-aventurado aquele que for considerado digno de Te
entreter; porque por ti o Pai e o Filho farã o nele morada. (Joã o XIV. 23) .
O
DOCE e gracioso Senhor Jesus Cristo, que nos mostrou um
amor tã o caridoso que nenhum homem tem maior, nem
qualquer homem pode ter tã o grande; Tu que nã o merecias
morrer, [ 44 ] e ainda assim entregaste a Tua vida em Tua bondade por
Teus servos, e oraste mesmo por Teus assassinos, (Lucas 23.34) . para
que possas torná -los Teus irmã os e participantes de Tua justiça, e
reconciliá -los com Teu misericordioso Pai e contigo mesmo; Tu, ó
Senhor, que mostraste esta grande caridade para com Teus inimigos,
també m ordenaste a Teus amigos que mostrassem o mesmo. O bom
Deus, com que afeiçã o lembrarei de Tua inestimá vel caridade? Que
recompensa devo dar (Sl. cxvi. 11) . para Teu benefı́cio indescritı́vel?
Pois a doçura de Tua graça excede toda afeiçã o, e a grandeza de Teu
benefı́cio supera toda recompensa. Que recompensa darei entã o Aquele
que me criou e me criou de novo? Que recompensa darei à quele que
teve misericó rdia de mim e me redimiu? O Senhor, Tu és meu Deus,
meus bens não são nada para Ti . (Sal. xvi. 2) . O mundo inteiro é Teu e
tudo o que há nele . (Sal. l. 12) . Que recompensa devo eu, que sou pobre
e necessitado , (Sl. xl. 20) . que sou um verme , (Sl. xxii. 6) . que sou pó e
cinzas , (Gen. xviii. 27) . darei ao meu Deus, exceto para obedecer ao Seu
mandamento de coraçã o. E este é o Teu mandamento. Que amamos outro
. (Joã o xv. 12) .
Por isso, rogo a Ti, ó bom e misericordioso Deus, por aqueles que
me amam por amor de Ti, e a quem eu amo em Ti; e para aqueles mais
fervorosos, em cujo amor por mim e em meu amor por quem Tu sabes
ser a mais sincera. E eu faço isso, ó meu Senhor, nã o como um homem
justo, sem temer pelos pró prios pecados, mas como quem teme por sua
pobre caridade pelos pecados dos outros. Portanto, seja amoroso para
com eles, ó Fonte de amor, que me ordenas a amá -los e me dá s amor
por eles. E se minha oraçã o nã o for digna de bene iciá -los, porque é
oferecida a Ti por um pecador, que ela ainda prevaleça em favor deles,
porque é feita por instâ ncia de Teu mandamento. Portanto, por amor de
ti mesmo, ó autor e doador de amor, por amor de ti mesmo, nã o por
mim, mostras amor para com eles; e faça com que eles te amem com
todo o seu coraçã o, com toda a sua mente, com toda a sua alma; para
que queiram, falem e façam apenas as coisas que Te agradam e que sã o
convenientes para eles. Muito morna, ó meu Senhor, muito morna é
minha oraçã o, porque meu amor é muito pouco fervoroso. No entanto,
nã o conceda Teus benefı́cios sobre eles, ó Tu que é s rico em
misericó rdias, de acordo com a medida de minha devoçã o preguiçosa;
mas, como Tua bondade excede todo o amor do homem, Tua resposta
pode exceder a afeiçã o de minha sú plica. Faz a eles e a respeito deles, ó
Senhor, o que for conveniente para eles de acordo com a Tua vontade,
para que possam ser guiados e protegidos por Ti em todos os
momentos e em todos os lugares, para chegarem inalmente a uma
segurança gloriosa e eterna. Quem vive e reina, com o Pai e o Espı́rito
Santo, mundo sem im. Um homem.
Oraçõ es de Santo Anselmo
4
Uma Oração a Cristo por meus Inimigos .[ 47 ]
T
Embora Anselmo tenha tido grande reputaçã o em seu tempo
como guia espiritual, sua correspondê ncia nã o oferece muitos
exemplos de conselhos espirituais que possam ser bem
selecionados para os propó sitos deste volume; embora nã o poucas
cartas de calorosa afeiçã o para aqueles que, quando jovens, se
apegaram a ele como seu mestre em religiã o, testemunham
abundantemente a profundidade e a força das amizades assim
iniciadas. Traduzi aqui cinco cartas: duas para irmã os monges, uma
para sua ú nica irmã , uma para um rei e uma para um grupo de
mulheres devotas que parecem ter se formado em uma pequena
comunidade sob a orientaçã o de um certo Roberto, talvez seu pá roco,
por seguir uma vida de piedade regulamentada, embora, ao que parece,
nã o sob uma regra moná stica; e quem talvez possa nos lembrar da casa
de Nicholas Ferrar em Little Gidding no sé culo XVII.
Cartas de Aconselhamento Espiritual
EU
Para Ralph .[ 48 ]
B
ROTHER Anselmo ao seu querido irmã o Ralph. Embora você
tenha me proibido em suas cartas de me dirigir a você no inı́cio
como Dom Ralph , ainda assim meus sentimentos em relaçã o a
você me constrangem a me mostrar no resto de minhas cartas seu servo
obediente . Pois estou pronto para ser o servo obediente de Dom Ralph
no mesmo espı́rito de amor com que o amo como irmã o, nã o de minha
carne, mas de minha alma. E assim, se você me pedir para nã o chamá -lo
do que, apesar de tudo, em virtude de sua superioridade de cará ter
você realmente é (se eu falar minha mente com franqueza) para mim,
deixe-me pelo menos seguir meu desejo original de me chamar do que
realmente sou para tu. Eu, entã o, nã o vou mais me dirigir a você como
Dom Ralph e assinar como Irmão Anselmo , mas vou me dirigir a você
como Irmão Ralph e assinar como seu servo obediente, Anselmo .[ 49 ]
Quanto à sua queixa de ser impedido por seus negó cios de prestar
atençã o à leitura ou à oraçã o, que seja um grande consolo para você que
a caridade cubra a multidão de pecados . (1 Pet iv. 8) . Pois por você ser
atraı́do de volta, outro é atraı́do; por você carregar o fardo, outro é
aliviado; por você estar sobrecarregado, outro é carregado em seu
caminho. E lembre-se que o servo que volta com as mã os vazias corre
mais rá pido; mas é o servo que volta para casa carregado que toda a
casa encontra com maior alegria.
Mas porque minha carta já é muito longa, e seus outros assuntos
serã o melhor discutidos de boca em boca do que por escrito; para
conselhos escritos você encontrará em abundâ ncia nas Sagradas
Escrituras; por enquanto os entregaremos em con iança a Deus e
oraremos fervorosamente a respeito deles, ansiosos para nos
encontrarmos e concordando em encerrar nossa correspondê ncia aqui.
Cartas de Aconselhamento Espiritual
II
Para Herlivin , [ 50 ] Gondulf [ 51 ] e Maurice , [ 52 ] Monges de Bec
peregrinando em Christ Church, Canterbury .[ 53 ]
T
O seus irmã os e queridos amigos, Dom Herlwin, Dom Gondulf e
Dom Maurice, Irmã o Anselmo, com a esperança de que vá de
força em força (Sl. lxxxiv. 7) . eles podem alcançar a Cristo que é
a força suprema de Deus.
Já que todos você s tê m um propó sito e eu tenho um desejo para
todos você s, eu os uno e me dirijo a todos de uma vez na mesma carta.
Se sua bondade lembra que tipo de homem eu sempre desejo ver você
quando você está comigo, você sabe muito bem que tipo de homem eu
constantemente desejo ouvir você ser quando você está longe de mim.
Pois visto que, como testemunha minha consciê ncia, de coraçã o, nã o
digo, gastei, mas quis gastar em todos você s o amor de um irmã o e em
um de você s o cuidado de um pai, nã o intervalo de terra ou mar foi
capaz de romper esta minha afetuosa consideraçã o por você . E assim,
embora você tenha incentivos su icientes para progredir devidamente
no bom curso em que entrou; pois você tem o conselho e conselho de
nosso reverendo Senhor e Padre o Arcebispo [ 55 ] à mã o, você tem
esse costume constante de meditaçã o privada que sua pro issã o
moná stica impõ e a cada um de você s, você tem a frequente excitaçã o do
zelo pela mú tua conversa religiosa; no entanto, meu amor incessante
por você me faz nã o querer que você també m perca minhas pobres
exortaçõ es, embora você esteja ausente de mim e nã o precise delas. E
assim eu aconselho e imploro a você s, meus queridos amigos, que nada
possa distrair a mente da vigilâ ncia sobre o eu. Deixe-o considerar
ansiosamente o ganho e o progresso que faz todos os dias - para que
Deus nã o o proı́ba! - ele perde e retrocede. Pois na prá tica da virtude,
assim como é mais difı́cil obter algo novo por esforço do que perder
algo velho por preguiça, é mais difı́cil recuperar o que se perde por
negligê ncia do que adquirir o que ainda nã o se observou possuir.
Portanto, meus amados amigos, sempre considerem o passado como
nada, mas sem se envergonharem de manter o que já alcançaram; e
embora por enfermidade você deixe de acrescentar nada de novo a isso,
mas sempre se esforce para fazê -lo, sem ceder . somos assegurados pela
pró pria palavra da Verdade; mas todos ignoramos quã o poucos sã o os
escolhidos, pois a respeito disso essa mesma Verdade icou em silê ncio.
E assim, quem ainda nã o vive como vivem os poucos escolhidos, ou
deve mudar sua vida, para se colocar entre os poucos; ou entã o tem um
certo e certo medo da reprovaçã o: mas se um homem pensa que já é um
dos poucos, nã o deve imediatamente con iar que é escolhido. Pois,
como nenhum de nó s sabe quã o poucos os eleitos podem ser, nenhum
homem pode saber que já é um dos poucos eleitos, embora já seja como
os poucos entre os muitos chamados. E assim ningué m deve olhar para
trá s e pensar quantos nã o estã o tã o avançados quanto ele no caminho
para o paı́s celestial; mas deve-se olhar irmemente para a frente e
perguntar-se ansiosamente se ele está andando tã o bem quanto
aqueles de cuja eleiçã o ningué m duvida. Vejam entã o, meus queridos
amigos, que nada esfrie o temor de Deus que você concebeu; mas
cresça cada vez mais fervoroso de dia para dia, como se o fogo em você
fosse atiçado por seu zelo incansá vel, até que ele se transformasse para
você na luz inabalá vel da segurança eterna.
Adeus, meus amigos mais queridos; e rogo-te, pelo amor fraternal
que me deves, reza com especial fervor para que eu, que te exorto a
melhorar, nã o termine eu mesmo aquele miserá vel curso de fracasso
que comecei há muito tempo, e agora quase terminei.[ 56 ]
Cartas de Aconselhamento Espiritual
III
A Burgundus e sua esposa Richera ,[ 57 ] na partida de Burgundius como
peregrino a Jerusalém .
T
O Alexandre, pela graça de Deus Rei dos Escoceses, Anselmo
servo da Igreja de Cantuá ria deseja saú de e promete suas
oraçõ es ié is e envia-lhe a bê nçã o de Deus e, pelo que vale, a sua
també m.
Sei que Vossa Alteza ama e deseja meu conselho. E assim, primeiro
orando a Deus para que Ele mesmo possa guiá -lo pela graça de Seu
Espı́rito Santo e dar-lhe Seu conselho em todos os seus atos, para que
Ele possa levá -lo depois desta vida ao Seu reino celestial, aconselho-o
sinceramente a preservar por Sua ajuda, de quem você os recebeu, esse
temor de Deus e esses há bitos bons e piedosos, que você começou a ter
na juventude e até na infâ ncia. Pois os reis reinam bem quando vivem
de acordo com a vontade de Deus e O servem com temor; e quando
reinam sobre si mesmos e nã o se tornam servos de seus pró prios
vı́cios, mas dominam a impetuosidade deles por corajosa constâ ncia.
Pois nã o há inconsistê ncia entre constâ ncia na virtude e coragem real
em um rei. Pois alguns reis, como Davi, ao mesmo tempo viviam uma
vida santa e també m governavam o povo comprometido a seu cargo
com justiça vigorosa e bondade gentil, de acordo com o assunto em
questã o. Você se mostra de tal forma que os ı́mpios possam temê -lo e os
bons amá -lo; e, para que sua vida seja sempre agradá vel a Deus, que sua
mente sempre se lembre do castigo dos ı́mpios e da recompensa do
bem que haverá apó s esta vida. Que Deus Todo-Poderoso con ie você e
todas as suas açõ es a ningué m menos que ao Seu pró prio governo
gracioso.
Quanto a nossos irmã os, [ 61 ] que enviamos à Escó cia por desejo
de seu irmã o, que partiu, como con iamos, dos trabalhos desta vida
para seu descanso, nã o achamos necessá rio pedir sua bondade para
eles, porque conhecemos bem a sua boa vontade para com eles.
Cartas de Aconselhamento Espiritual
V
Para Robert [ 62 ] e as mulheres devotas sob seus cuidados .
com os obreiros da iniqü idade que falam de paz com seus vizinhos,
mas o mal está em seus coraçõ es.
4 Dá -lhes segundo as suas obras e segundo a maldade das suas
obras.
Dê -lhes de acordo com a operaçã o de suas mã os.
Traga de volta para eles o que eles merecem.
5 Porque nã o respeitam as obras do Senhor,
dignos de toda honra, para que o nome de Deus e a doutrina nã o sejam
blasfemados. 2 Aqueles que tê m mestres crentes, nã o os desprezem
porque sã o irmã os, mas sirvam-nos, porque os que participam do
benefı́cio sã o crentes e amados. Ensine e exorte essas coisas.
3 Se algué m ensina outra doutrina e nã o aceita as sã s palavras, as
nenhum homem viu nem pode ver: a quem seja honra e poder eterno.
Um homem.
17 Exorta aos ricos do presente sé culo que nã o sejam arrogantes,
e ri dele, dizendo:
7 “Eis que este é o homem que nã o fez de Deus a sua força,
Deus.
Eu con io na bondade amorosa de Deus para todo o sempre.
9 Eu te darei graças para sempre, porque você fez isso.
do cé u,
a carne dos vossos santos aos animais da terra.
3 Derramaram seu sangue como á gua ao redor de Jerusalé m.
uma zombaria e escá rnio para aqueles que estã o ao nosso redor.
5 Até quando, Senhor?
'Nã o vereis a espada, nem tereis fome; mas eu lhe darei paz garantida
neste lugar.' ”
14 Entã o Javé me disse: “Os profetas profetizam mentiras em meu
nome. Eu nã o os enviei. Eu nã o os ordenei. Eu nã o falei com eles. Eles
profetizam para você uma visã o mentirosa, adivinhaçã o e uma coisa de
nada, e o engano do seu pró prio coraçã o. 15 Por isso o Senhor diz acerca
dos profetas que profetizam em meu nome, mas eu nã o os enviei, mas
dizem: Espada e fome nã o haverá nesta terra. Esses profetas serã o
consumidos pela espada e pela fome. 16 O povo a quem profetizar será
expulso pelas ruas de Jerusalé m por causa da fome e da espada. Eles
nã o terã o ningué m para enterrá -los - eles, suas esposas, seus ilhos ou
suas ilhas, pois derramarei sua maldade sobre eles.
17 “Diga-lhes esta palavra:
chuva?
Ou o cé u pode dar banhos?
Nã o é você , Javé nosso Deus?
Portanto, vamos esperar por você ;
porque tu izeste todas estas coisas.
Salmos 39
Para o Músico Chefe. Para Jedutum. Um Salmo de Davi.
1 Eu disse: “Vou vigiar os meus caminhos, para nã o pecar com a
minha lı́ngua.
Manterei a minha boca com freio enquanto o ı́mpio estiver diante
de mim”.
2 Fiquei mudo com o silê ncio.
iniqü idade,
que comem o meu povo como comem o pã o,
e nã o invocar o Senhor?
5 Ali icaram com muito medo,
13 Ele disse: “Ouçam agora, casa de Davi. Nã o ésu iciente para você
provar a paciê ncia dos homens, para que você tente també m a
paciê ncia do meu Deus? 14 Portanto, o pró prio Senhor vos dará um
sinal. Eis que a virgem conceberá e dará à luz um ilho, e chamará o seu
nome Emanuel. 15 Ele comerá manteiga e mel quando souber rejeitar o
mal e escolher o bem. 16 Pois antes que a criança saiba rejeitar o mal e
escolher o bem, a terra cujos dois reis você abomina será abandonada.
17 O Senhor trará sobre ti, sobre o teu povo e sobre a casa de teu pai,
dias que nã o vieram, desde o dia em que Efraim saiu de Judá , o rei da
Assı́ria.
18 Acontecerá naquele dia que o Senhor assobiará para a mosca que
está na extremidade dos rios do Egito, e para a abelha que está na terra
da Assı́ria. 19 Eles virã o, e todos descansarã o nos vales desertos, nas
fendas das rochas, em todas as cercas de espinheiros e em todas as
pastagens.
20 Naquele dia o Senhor rapará com uma navalha alugada nas
partes alé m do Rio, mesmo com o rei da Assı́ria, a cabeça e os cabelos
dos pé s; e també m consumirá a barba.
21 Aconteceránaquele dia que um homem manterá vivo uma
novilha e duas ovelhas. 22 Acontecerá que, por causa da abundâ ncia de
leite que derem, comerá manteiga; pois todos comerã o a manteiga e o
mel que sobrarem na terra.
23 Acontecerá naquele dia que todo lugar onde havia mil vides a
mil siclos de prata será para sarças e espinheiros. 24 As pessoas irã o
para lá com lechas e com arco, porque toda a terra será de sarças e
espinheiros. 25 Todas as colinas que foram cultivadas com a enxada,
você nã o deve entrar lá por medo de sarças e espinheiros; mas será
para mandar bois e para pisar ovelhas”.
Salmos 54
Para o Músico Chefe. Em instrumentos de cordas. Uma
contemplação de Davi, quando os zifeus vieram e disseram a Saul:
“Não está Davi se escondendo entre nós?”
1 Salva-me, Deus, pelo teu nome.
comigo vos saú dam. 22 Todos os santos vos saú dam, especialmente os
da casa de Cé sar.
23 A graça do Senhor Jesus Cristo esteja com todos você s. Um
homem.
Salmos 26
Por Davi.
1 Julga-me, Senhor, porque tenho andado na minha integridade.
ilhos de Deus! Por isso o mundo nã o nos conhece, porque nã o o
conheceu. 2 Amados, agora somos ilhos de Deus. Ainda nã o está
revelado o que seremos; mas sabemos que quando ele for revelado,
seremos como ele; pois o veremos como ele é . 3 Todo aquele que tem
esta esperança nele se puri ica, assim como ele é puro. 4 Todo aquele
que peca també m comete iniqü idade. O pecado é a ilegalidade. 5 Você
sabe que ele foi revelado para tirar os nossos pecados, e nã o há pecado
nele. 6 Quem permanece nele nã o peca. Quem peca nã o o viu e nã o o
conhece.
7 Filhinhos, ningué m os engane. Aquele que pratica a justiça é justo,
assim como ele é justo. 8 Quem peca é do diabo, porque o diabo peca
desde o princı́pio. Para isso foi revelado o Filho de Deus: para destruir
as obras do diabo. 9 Quem é nascido de Deus nã o comete pecado,
porque a sua semente permanece nele, e nã o pode pecar, porque é
nascido de Deus. 10 Nisto sã o revelados os ilhos de Deus e os ilhos do
diabo. Quem nã o pratica a justiça nã o é de Deus, nem quem nã o ama
seu irmã o. 11 Porque esta é a mensagem que ouvistes desde o
princı́pio: que nos amemos uns aos outros; 12 ao contrá rio de Caim, que
era do maligno, e matou seu irmã o. Por que ele o matou? Porque suas
açõ es eram má s, e as de seu irmã o justas.
13 Nã o se surpreenda, meus irmã os, se o mundo os odeia. 14
devemos dar nossas vidas pelos irmã os. 17 Mas quem tem bens do
mundo e vê o seu irmã o necessitado, fecha-lhe o seu coraçã o
compassivo, como permanece nele o amor de Deus? 18 Meus ilhinhos,
nã o amemos só de palavra, nem só de lı́ngua, mas em obras e em
verdade. 19 E nisto conhecemos que somos da verdade, e diante dele
persuadimos o nosso coraçã o, 20 porque, se o nosso coraçã o nos
condena, maior é Deus do que o nosso coraçã o e conhece todas as
coisas. 21 Amados, se o nosso coraçã o nã o nos condena, temos ousadia
para com Deus; 22 assim, tudo o que pedimos, dele recebemos, porque
guardamos os seus mandamentos e fazemos o que é agradá vel aos seus
olhos. 23 Este é o seu mandamento, que creiamos no nome de seu Filho,
Jesus Cristo, e nos amemos uns aos outros, como ele ordenou. 24 Quem
guarda os seus mandamentos permanece nele, e ele nele. Nisto
conhecemos que ele permanece em nó s, pelo Espı́rito que nos deu.
1 João 1
1 O que era desde o princı́pio, o que ouvimos, o que vimos com os
vida eterna, que estava com o Pai, e nos foi revelada); 3 o que vimos e
ouvimos vos anunciamos, para que també m vó s tenhais comunhã o
conosco. Sim, e nossa comunhã o é com o Pai e com seu Filho, Jesus
Cristo. 4 E estas coisas vos escrevemos, para que se cumpra a nossa
alegria.
5 Esta é a mensagem que dele ouvimos e vos anunciamos, que Deus
é luz, e nele nã o há treva nenhuma. 6 Se dissermos que temos
comunhã o com ele e andarmos nas trevas, mentimos e nã o dizemos a
verdade. 7 Mas, se andarmos na luz, como ele na luz está , temos
comunhã o uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos
puri ica de todo pecado. 8 Se dissermos que nã o temos pecado,
enganamo-nos a nó s mesmos, e a verdade nã o está em nó s. 9 Se
confessarmos os nossos pecados, ele é iel e justo para nos perdoar os
pecados e nos puri icar de toda injustiça. 10 Se dissermos que nã o
pecamos, fazemo-lo mentiroso, e a sua palavra nã o está em nó s.
Atos 17
1 Tendo passado por Anfı́polis e Apolô nia, chegaram a Tessalô nica,
onde havia uma sinagoga judaica. 2 Paulo, como era seu costume, foi ter
com eles e durante trê s sá bados arrazoou com eles sobre as Escrituras,
3 explicando e demonstrando que o Cristo devia padecer e ressuscitar
saber o que é este novo ensinamento de que você está falando? 20 Pois
você traz certas coisas estranhas aos nossos ouvidos. Queremos saber,
portanto, o que essas coisas signi icam.” 21 Ora, todos os atenienses e
os estrangeiros que ali viviam nã o se ocupavam com outra coisa senã o
para contar ou ouvir alguma coisa nova.
22 Paulo estava no meio do Areó pago e disse: “Homens de Atenas,
um, começando pelos mais velhos até os ú ltimos. Jesus icou sozinho
com a mulher onde ela estava, no meio. 10 Jesus, levantando-se, viu-a e
disse: “Mulher, onde estã o os teus acusadores? Ningué m te condenou?”
11 Ela disse: “Ningué m, Senhor”.
mundo. Quem me segue nã o andará nas trevas, mas terá a luz da vida”.
13 Disseram-lhe, pois, os fariseus: “Tu dá s testemunho de ti mesmo.
entã o, disse aos judeus que haviam crido nele: “Se você s
permanecerem na minha palavra, entã o você s sã o verdadeiramente
meus discı́pulos. 32 Você conhecerá a verdade, e a verdade o libertará ”.
33 Responderam-lhe: “Somos descendê ncia de Abraã o e nunca
amariam, porque eu saı́ e vim de Deus. Pois eu nã o vim por mim
mesmo, mas ele me enviou. 43 Por que você nã o entende meu discurso?
Porque você nã o pode ouvir a minha palavra. 44 Você é do seu pai, o
diabo, e quer fazer os desejos do seu pai. Ele foi um assassino desde o
princı́pio, e nã o se manté m na verdade, porque nã o há verdade nele.
Quando ele fala uma mentira, ele fala sozinho; porque é mentiroso e pai
da mentira. 45 Mas porque eu digo a verdade, você nã o acredita em
mim. 46 Qual de você s me convence de pecado? Se eu digo a verdade,
por que você nã o acredita em mim? 47 Aquele que é de Deus ouve as
palavras de Deus. Por isso você nã o ouve, porque você nã o é de Deus”.
48 Entã o os judeus lhe responderam: “Nã o dizemos bem que você é
samaritano e tem um demô nio?”
49 Jesus respondeu: “Nã o tenho demô nio, mas honro meu Pai e
você s me desonram. 50 Mas eu nã o busco minha pró pria gló ria. Há
quem procura e julga. 51 Certamente, eu lhe digo, se uma pessoa
mantiver minha palavra, ela nunca verá a morte.”
52 Entã o os judeus lhe disseram: “Agora sabemos que você tem um
demô nio. Abraã o morreu, assim como os profetas; e você diz: 'Se um
homem mantiver minha palavra, ele nunca provará a morte.' 53 Você é
maior do que nosso pai, Abraã o, que morreu? Os profetas morreram.
Quem você se faz parecer?”
54 Jesus respondeu: “Se eu me glori ico, minha gló ria nã o é nada. E
meu Pai que me glori ica, de quem você s dizem que é nosso Deus. 55
Você nã o o conhece, mas eu o conheço. Se eu dissesse: 'Nã o o conheço',
seria como você , um mentiroso. Mas eu o conheço e mantenho sua
palavra. 56 Seu pai Abraã o se alegrou ao ver meu dia. Ele viu e icou
feliz”.
57 Disseram-lhe, pois, os judeus: Ainda nã o tens cinquenta anos!
vossos ouvidos, porque ouvem. 17 Pois certamente vos digo que muitos
profetas e justos desejaram ver as coisas que vedes e nã o as viram; e
ouvir as coisas que você ouve, e nã o as ouviu.
18 “Ouça, entã o, a pará bola do agricultor. 19 Quando algué m ouve a
“Os servos lhe perguntaram: 'Você quer que nó s vamos recolhê -
los?'
29 “Mas ele disse: 'Nã o, para que, talvez, enquanto você
colhe o joio,
você arranca o trigo com ele. 30 Deixe que ambos cresçam juntos até a
colheita, e no tempo da colheita direi aos ceifeiros: “Primeiro, ajuntem
o joio e amarre-o em feixes para queimá -lo; mas ajunta o trigo no meu
celeiro”. '”
31 Propô s-lhes outra pará bola, dizendo: O Reino dos Cé us é
pará bola nã o lhes falava, 35 para que se cumprisse o que fora dito pelo
profeta, que dizia:
“Abrirei a minha boca em pará bolas;
Direi coisas ocultas desde a fundaçã o do mundo”.
36 Entã o Jesus despediu a multidã o e entrou na casa. Seus
Reino dos cé us é como um homem que é chefe de famı́lia, que tira do
seu tesouro coisas novas e velhas”.
53 Quando Jesus terminou estas pará bolas, partiu dali. 54 Entrando
arco-ı́ris estava em sua cabeça. Seu rosto era como o sol, e seus pé s
como colunas de fogo. 2 Ele tinha na mã o um livrinho aberto. Ele pô s o
pé direito no mar e o esquerdo na terra. 3 Clamou em alta voz, como
ruge o leã o. Quando ele chorou, os sete trovõ es emitiram suas vozes. 4
Quando os sete trovõ es soaram, eu estava prestes a escrever; mas ouvi
uma voz do cé u que dizia: Sela as coisas que os sete trovõ es disseram e
nã o as escrevas.
5 O anjo que vi em pé sobre o mar e sobre a terra levantou a mã o
direita para o cé u, 6 e jurou por aquele que vive para todo o sempre, o
qual criou o cé u e o que nele há , a terra e as coisas que nela há , e o mar
e tudo o que nele há , para que nã o tardará mais, 7 mas nos dias da voz
do sé timo anjo, quando estiver para soar a trombeta, entã o o misté rio
de Deus será terminou, como ele declarou aos seus servos, os profetas.
8 A voz que ouvi do cé u, falando novamente comigo, disse: “Vá , pegue o
livro que está aberto na mã o do anjo que está sobre o mar e sobre a
terra”.
9 Fui até o anjo, dizendo-lhe que me entregasse o livrinho.
Ele me disse: “Pegue e coma. Isso tornará seu estô mago amargo,
mas em sua boca será doce como o mel”.
10 Tirei o livrinho da mã o do anjo e comi. Era doce como mel na
minha boca. Quando eu comi, meu estô mago icou amargo. 11 Eles me
disseram: “Você deve profetizar novamente sobre muitos povos,
naçõ es, lı́nguas e reis”.
Mateus 12
1 Naquele tempo, Jesus passou no sá bado pelos campos de trigo.
mesmo assunto. 11 Ele lhes disse: “Quem repudiar sua mulher e casar
com outra comete adulté rio contra ela. 12 Se uma mulher se divorciar
de seu marido e se casar com outro, ela comete adulté rio”.
13 Traziam-lhe criancinhas para que as tocasse, mas os discı́pulos
repreendiam aos que as traziam. 14 Mas, quando Jesus viu isso, icou
indignado e disse-lhes: “Deixai vir a mim as criancinhas! Nã o os proı́ba,
pois o Reino de Deus pertence a tais como estes. 15 Certamente vos
digo que quem nã o receber o Reino de Deus como uma criancinha, de
modo algum entrará nele.” 16 Ele os tomou nos braços e os abençoou,
impondo-lhes as mã os.
17 Ao sair pelo caminho, algué m correu até
ele, ajoelhou-se diante
dele e lhe perguntou: “Bom Mestre, que farei para herdar a vida
eterna?”
18 Jesus lhe disse: “Por que você
me chama de bom? Ningué m é
bom, exceto um – Deus. 19 Você conhece os mandamentos: 'Nã o mate',
'Nã o cometa adulté rio', 'Nã o roube', 'Nã o dê falso testemunho', 'Nã o
defraude', 'Honre seu pai e sua mã e'. ”
20 Ele lhe disse: “Mestre, tenho observado todas essas coisas desde
a minha juventude”.
21 Jesus, olhando para ele, o amou e disse-lhe: “Falta-te uma coisa.
Vai, vende tudo o que tens e dá aos pobres, e terá s um tesouro no cé u; e
vem, segue-me, tomando a cruz”.
22 Mas seu rosto se abalou com essa palavra, e ele foi embora triste,
porque era um dos que possuı́am grandes bens. 23 Jesus olhou ao redor
e disse aos seus discı́pulos: “Como é difı́cil para aqueles que tê m
riquezas entrar no Reino de Deus!”
24 Os discı́pulos
icaram maravilhados com suas palavras. Mas Jesus
respondeu novamente: “Filhos, como é difı́cil para quem con ia nas
riquezas entrar no Reino de Deus! 25 E mais fá cil um camelo passar
pelo fundo de uma agulha do que um rico entrar no Reino de Deus.”
26 Eles icaram muito surpresos, dizendo-lhe: “Entã o, quem pode
ser salvo?”
27Jesus , olhando para eles, disse: “Para os homens é impossı́vel, mas
nã o para Deus, pois para Deus tudo é possı́vel”.
28Pedro começou a dizer-lhe: “Eis que deixamos tudo e te seguimos”.
29 Jesus disse: “Em verdade vos digo que nã o há ningué m que tenha
deixado casa, ou irmã os, ou irmã s, ou pai, ou mã e, ou mulher, ou ilhos,
ou terra, por minha causa e por causa de as boas notı́cias, 30 mas ele
receberá cem vezes mais agora neste tempo: casas, irmã os, irmã s,
mã es, ilhos e terras, com perseguiçõ es; e na era vindoura a vida eterna.
31 Mas muitos que sã o os primeiros serã o os ú ltimos; e o ú ltimo
primeiro.”
32 Estavam a caminho, subindo para Jerusalé m; e Jesus ia na frente
Você pode beber o cá lice que eu bebo e ser batizado com o batismo
com que eu sou batizado?”
39 Responderam-lhe: “Podemos”.
Jesus disse-lhes: “De fato bebereis o cá lice que eu bebo, e sereis
batizados com o batismo com que eu sou batizado; 40 mas sentar-se à
minha direita e à minha esquerda nã o é meu para dar, mas para quem
foi preparado”.
41 Quando os dez ouviram isso, começaram a icar indignados com
Tiago e Joã o.
42 Jesus os chamou e lhes disse: “Você s sabem que aqueles que sã o
51 Jesus lhe perguntou: “O que você quer que eu faça por você ?”
O cego lhe disse: “Raboni, para que eu veja novamente”.
52 Jesus lhe disse: “Vai. Sua fé
o curou”. Imediatamente ele
recuperou a visã o e seguiu Jesus pelo caminho.
Lucas 18
1 Contou-lhes també m uma pará bola para que orassem sempre e
seus escolhidos que clamam a ele dia e noite, e ainda assim exerce
paciê ncia com eles? 8 Eu lhe digo que ele os vingará rapidamente. No
entanto, quando o Filho do Homem vier, encontrará fé na terra?”
9 Ele també m contou esta pará bola a certas pessoas que estavam
juventude”.
22 Quando Jesus ouviu essas coisas, disse-lhe: “Ainda te falta uma
coisa. Venda tudo o que você tem e distribua aos pobres. Entã o você
terá um tesouro no cé u; entã o venha, siga-me.”
23 Mas, ao ouvir essas coisas, icou muito triste, porque era muito
rico.
24 Jesus, vendo que estava muito triste, disse: “Como é
difı́cil para
os ricos entrar no Reino de Deus! 25 Pois é
mais fá cil um camelo entrar
pelo fundo de uma agulha do que um rico entrar no Reino de Deus.”
26 Os que ouviram disseram: “Entã o, quem pode ser salvo?”
27 Mas ele disse: “As coisas que sã o impossı́veis aos homens sã o
possı́veis a Deus”.
28Pedro disse: “Eis que deixamos tudo e te seguimos”.
29 Ele lhes disse: “Em verdade vos digo que ningué m há
que tenha
deixado casa, ou mulher, ou irmã os, ou pais, ou ilhos, por amor do
Reino de Deus, 30 que nã o receberá muitas vezes mais neste tempo e no
mundo vindouro, a vida eterna”.
31 Ele chamou os doze à parte e lhes disse : “Eis que estamos
subindo para Jerusalé m, e todas as coisas que foram escritas pelos
profetas a respeito do Filho do Homem serã o cumpridas. 32 Pois ele
será entregue aos gentios, será escarnecido, tratado com vergonha e
cuspido. 33 Eles vã o açoitá -lo e matá -lo. No terceiro dia, ele
ressuscitará ”.
34 Eles nã o entendiam nada dessas coisas. Este ditado foi
os enviou dois a dois adiante dele a todas as cidades e lugares onde ele
havia de vir. 2 Entã o ele lhes disse: “A colheita é grande, mas os
trabalhadores sã o poucos. Rogai, pois, ao Senhor da messe, para que
envie trabalhadores para a sua messe. 3 Siga seus caminhos. Eis que
vos envio como cordeiros entre lobos. 4 Nã o leve bolsa, nem carteira,
nem sandá lias. Nã o cumprimente ningué m no caminho. 5 Em qualquer
casa que você entrar, primeiro diga: 'Paz seja com esta casa.' 6 Se
houver um ilho da paz, a vossa paz repousará sobre ele; mas se nã o, ele
retornará para você . 7 Permaneçam nessa mesma casa, comendo e
bebendo das coisas que dã o, pois o trabalhador é digno de seu salá rio.
Nã o vá de casa em casa. 8 Em qualquer cidade que você entrar, e eles te
receberem, coma as coisas que estã o diante de você . 9 Cure os
enfermos que estã o ali e diga-lhes: 'O Reino de Deus se aproximou de
você s'. 10 Mas, em qualquer cidade em que entrares e nã o te receberem,
sai pelas suas ruas e dize: 11 'Até a poeira da sua cidade que se apega a
nó s, nó s limpamos contra você . No entanto, saiba disso, que o Reino de
Deus se aproximou de você .' 12 Eu lhe digo, será mais tolerá vel naquele
dia para Sodoma do que para aquela cidade.
13 “Ai de você , Corazim! Ai de ti, Betsaida! Pois, se em Tiro e Sidom
tivessem sido feitos os milagres que foram feitos em você , eles teriam
se arrependido há muito tempo, sentados em pano de saco e cinza. 14
Mas será mais tolerá vel para Tiro e Sı́don no julgamento do que para
você . 15 Tu, Cafarnaum, que é s elevada ao cé u, será s rebaixada ao
Hades. 16 Quem te ouve, a mim ouve, e quem te rejeita, a mim rejeita.
Quem me rejeita, rejeita aquele que me enviou”.
17 Os setenta voltaram com alegria, dizendo: “Senhor, até os
demô nios estã o sujeitos a nó s em teu nome!”
18 Ele lhes disse: “Eu vi Sataná s caindo do cé u como um relâ mpago.
19 Eis que vos dou autoridade para pisardes serpentes e escorpiõ es, e
a você , mas regozije-se porque seus nomes estã o escritos no cé u”.
21 Naquela mesma hora, Jesus se alegrou no Espı́rito Santo e disse:
entregues por meu Pai. Ningué m sabe quem é o Filho, exceto o Pai, e
quem é o Pai, exceto o Filho, e aquele a quem o Filho quiser revelá -lo”.
23 Voltando-se para os discı́pulos, disse em particular: “Bem-
aventurados os olhos que vê em o que vedes, 24 porque eu vos digo que
muitos profetas e reis desejaram ver o que vedes, e nã o o viram, e ouvir
o que ouvis, e nã o o ouviram”.
25 Eis que um certo doutor da lei se levantou e o testou, dizendo:
Marta o recebeu em sua casa. 39 Ela tinha uma irmã chamada Maria,
que també m estava sentada aos pé s de Jesus e ouviu a sua palavra. 40
Mas Marta estava distraı́da com muito serviço, e ela se aproximou dele
e disse: “Senhor, você nã o se importa que minha irmã me deixou para
servir sozinha? Peça-lhe, portanto, que me ajude.”
41 Jesus respondeu: “Marta, Marta, vocêestá ansiosa e preocupada
com muitas coisas, 42 mas uma coisa é necessá ria. Maria escolheu a
parte boa, que nã o lhe será tirada”.
1 Coríntios 2
1 Quando fui ter convosco, irmã os, nã o vim com excelê ncia de
mas uma sabedoria nã o deste mundo, nem dos governantes deste
mundo que estã o chegando a nada. 7 Mas nó s falamos a sabedoria de
Deus em misté rio, a sabedoria escondida, a qual Deus predestinou
antes dos mundos para nossa gló ria, 8 a qual nenhum dos prı́ncipes
deste mundo conheceu. Pois se eles soubessem, eles nã o teriam
cruci icado o Senhor da gló ria. 9 Mas, como está escrito,
“Coisas que o olho nã o viu, e o ouvido nã o ouviu,
que nã o entrou no coraçã o do homem,
estes Deus preparou para aqueles que o amam”.
10 Mas para nó s, Deus os revelou atravé s do Espı́rito. Pois o Espı́rito
homem que nã o estava vestido com roupas de casamento, 12 e ele lhe
disse: 'Amigo, como você entrou aqui sem roupa de casamento?' Ele
icou sem palavras. 13 Entã o o rei disse aos servos: 'Amarrem-no de pé s
e mã os, levem-no e joguem-no nas trevas exteriores. E aı́ que haverá
choro e ranger de dentes.' 14 Pois muitos sã o chamados, mas poucos
escolhidos.”
15 Entã o os fariseus foram e deliberaram sobre como poderiam
Entã o lhes disse: “Dai, pois, a Cé sar o que é de Cé sar, e a Deus o
que é de Deus”.
22 Ao ouvirem isso, maravilharam-se, deixaram-no e foram embora.
23 Naquele dia, os saduceus (os que dizem que nã o há ressurreiçã o)
vieram a ele. Perguntaram-lhe, 24 dizendo: “Mestre, Moisé s disse: 'Se
um homem morrer, nã o tendo ilhos, seu irmã o se casará com sua
mulher e dará descendê ncia a seu irmã o'. 25 Ora, havia conosco sete
irmã os. O primeiro casou-se e morreu, e sem descendê ncia deixou a
mulher ao irmã o. 26 Assim també m o segundo, e o terceiro até o sé timo.
27 Depois de todos eles, a mulher morreu. 28 Portanto, na ressurreiçã o,
de quem ela será esposa dos sete? Pois todos eles a tiveram.”
29 Mas Jesus lhes respondeu: “Você s estã o enganados, nã o
dizendo:
44 'O Senhor disse ao meu Senhor,
dizem alguns de vó s que nã o há ressurreiçã o de mortos? 13 Mas, se nã o
há ressurreiçã o de mortos, també m Cristo nã o ressuscitou. 14 Se Cristo
nã o ressuscitou, é vã a nossa pregaçã o, e vã també m a vossa fé . 15 Sim,
també m nó s fomos achados falsas testemunhas de Deus, porque
demos testemunho de Deus que ressuscitou a Cristo, a quem nã o
ressuscitou, se é para que os mortos nã o ressuscitem. 16 Porque, se os
mortos nã o ressuscitaram, també m Cristo nã o ressuscitou. 17 Se Cristo
nã o ressuscitou, é vã a vossa fé ; você ainda está em seus pecados. 18
Entã o també m os que dormiram em Cristo pereceram. 19 Se esperamos
em Cristo somente nesta vida, somos de todos os homens os mais
miserá veis.
20 Mas agora Cristo ressuscitou dos mortos. Ele se tornou o
primeiro fruto dos que dormem. 21 Pois, como a morte veio por meio
do homem, també m a ressurreiçã o dos mortos veio por meio do
homem. 22 Pois assim como todos morrem em Adã o, assim també m
todos serã o vivi icados em Cristo. 23 Mas cada um por sua ordem:
Cristo as primı́cias, depois os que sã o de Cristo, na sua vinda. 24 Entã o
virá o im, quando ele entregará o Reino a Deus, o Pai, quando ele tiver
abolido todo governo e toda autoridade e poder. 25 Pois ele deve reinar
até que ponha todos os seus inimigos debaixo de seus pé s. 26 O ú ltimo
inimigo que será abolido é a morte. 27 Pois, “Ele pô s todas as coisas em
sujeiçã o debaixo de seus pé s”. Mas quando ele diz: “Todas as coisas
estã o sujeitas”, é evidente que ele é excluı́do que sujeitou todas as
coisas a ele. 28 Quando todas as coisas lhe estiverem sujeitas, entã o
també m o Filho se sujeitará à quele que lhe sujeitou todas as coisas,
para que Deus seja tudo em todos.
29 Ou entã o, o que farã o os que sã o batizados pelos mortos? Se os
mortos nã o ressuscitam, por que entã o sã o batizados pelos mortos? 30
Por que també m corremos perigo a cada hora? 31 A irmo que pela
gló ria que tenho em vó s em Cristo Jesus, nosso Senhor, morro cada dia.
32 Se eu briguei com animais em Efeso para ins humanos, que me
tipo de corpo eles vê m?” 36 Tolo, o que tu mesmo semeias nã o vivi ica
se nã o morrer. 37 Aquilo que você semeia, você nã o semeia o corpo que
será , mas um grã o nu, talvez de trigo, ou de algum outro tipo. 38 Mas
Deus lhe dá um corpo como lhe aprouve, e a cada semente um corpo
pró prio. 39 Nem toda carne é a mesma carne, mas há uma carne de
homens, outra carne de animais, outra de peixes e outra de aves. 40
Existem també m corpos celestes e corpos terrestres; mas a gló ria do
celestial difere da do terrestre. 41 Há uma gló ria do sol, outra gló ria da
lua e outra gló ria das estrelas; pois uma estrela difere de outra estrela
em gló ria. 42 Assim també m é a ressurreiçã o dos mortos. O corpo é
semeado perecı́vel; é elevado imperecı́vel. 43 E semeado em desonra; é
ressuscitado em gló ria. E semeado na fraqueza; é elevado no poder. 44
Semeia-se um corpo natural; é ressuscitado um corpo espiritual. Existe
um corpo natural e també m existe um corpo espiritual.
45 Assim també m está escrito: “O primeiro homem, Adã o, foi feito
alma vivente”. O ú ltimo Adã o tornou-se um espı́rito vivi icante. 46
Entretanto, nã o é primeiro o que é espiritual, mas o que é natural,
depois o que é espiritual. 47 O primeiro homem é da terra, feito de pó . O
segundo homem é o Senhor do cé u. 48 Como é o pó , tais sã o os que
també m sã o pó ; e qual é o celestial, tais també m sã o os celestiais. 49
Assim como trouxemos a imagem dos feitos do pó , levemos també m a
imagem do celestial. 50 Agora eu digo isto, irmã os, que carne e sangue
nã o podem herdar o Reino de Deus; nem o perecı́vel herda o
imperecı́vel.
51 Eis que vos digo um misté rio. Nem todos dormiremos, mas todos
O mundo irá com ele para lutar contra seus inimigos frené ticos.
21 raios de relâ mpagos voarã o com pontaria verdadeira.
guerra.
A á gua do mar se indignará contra eles.
Os rios os dominarã o severamente.
23 Uma forte rajada os atingirá .
nem há saú de nos meus ossos por causa do meu pecado.
4 Pois as minhas iniqü idades passaram sobre a minha cabeça.
adversá rios,
porque eu sigo o que é bom.
21 Nã o me abandones, Senhor.
Ele levou-me.
Ele me tirou de muitas á guas.
17 Ele me livrou do meu forte inimigo,
Sim, embora você procure o lugar dele, ele nã o está lá .
11 Mas os humildes herdarã o a terra,
vem ao Pai, a nã o ser por mim. 7 Se você tivesse me conhecido, você
teria conhecido meu Pai també m. De agora em diante, você o conhece e
o viu”.
8 Disse-lhe Filipe: “Senhor, mostra-nos o Pai, e isso nos basta”.
aquela que me ama. Quem me ama será amado por meu Pai, e eu o
amarei e me revelarei a ele”.
22 Judas (nã o Iscariotes) disse a ele: “Senhor, o que aconteceu para
sabia que eu colho onde nã o semeei e colho onde nã o espalhei. 27 Você
deveria, portanto, ter depositado meu dinheiro com os banqueiros e,
quando eu chegasse, eu deveria ter recebido de volta o meu com juros.
28 Tira, pois, dele o talento e dá -o ao que tem dez talentos. 29 Porque a
todo aquele que tem será dado e terá em abundâ ncia, mas ao que nã o
tem, até o que tem lhe será tirado. 30 Lança o servo inú til nas trevas
exteriores, onde haverá choro e ranger de dentes.'
31 “Mas quando o Filho do Homem vier em sua gló ria, e todos os
santos anjos com ele, entã o se assentará no trono de sua gló ria. 32
Diante dele serã o reunidas todas as naçõ es, e ele as separará umas das
outras, como o pastor separa as ovelhas dos cabritos. 33 Ele porá as
ovelhas à sua direita, mas os bodes à esquerda. 34 Entã o o Rei dirá aos
que estiverem à sua direita: 'Vinde, benditos de meu Pai, herdai o Reino
que vos está preparado desde a fundaçã o do mundo; 35 pois eu estava
com fome e você me deu de comer. Eu estava com sede e você me deu
de beber. Eu era um estranho e você me acolheu. 36 Eu estava nua e
você me vestiu. Eu estava doente e você me visitou. Eu estava na prisã o
e você veio até mim.
37 “Entã o os justos lhe responderã o, dizendo: 'Senhor, quando foi
porque você s nã o izeram isso com um destes menores, você nã o fez
isso comigo.' 46 Estes irã o para o castigo eterno, mas os justos para a
vida eterna”.
João 10
1 “Certamente, eu lhe digo, aquele que nã o entra pela porta no
aprisco das ovelhas, mas sobe por outra parte, é ladrã o e salteador. 2
Mas quem entra pela porta é o pastor das ovelhas. 3 O porteiro abre a
porta para ele, e as ovelhas ouvem a sua voz. Ele chama suas ovelhas
pelo nome e as conduz para fora. 4 Sempre que ele traz suas pró prias
ovelhas, ele vai adiante delas, e as ovelhas o seguem, pois elas
conhecem sua voz. 5 Eles de modo algum seguirã o um estranho, mas
fugirã o dele; porque nã o conhecem a voz dos estranhos.” 6 Jesus
contou-lhes esta pará bola, mas eles nã o entenderam o que ele lhes
dizia.
7 Disse-lhes, pois, Jesus outra vez: Em verdade vos digo que sou a
porta das ovelhas. 8 Todos os que vieram antes de mim sã o ladrõ es e
salteadores, mas as ovelhas nã o os ouviram. 9 Eu sou a porta. Se algué m
entrar por mim, será salvo, e entrará e sairá , e achará pastagem. 10 O
ladrã o só vem para roubar, matar e destruir. Eu vim para que tenham
vida, e a tenham em abundâ ncia. 11 Eu sou o bom pastor. O bom pastor
dá a vida pelas ovelhas. 12 Aquele que é mercená rio, e nã o pastor, que
nã o é dono das ovelhas, vê o lobo vindo, deixa as ovelhas e foge. O lobo
arrebata as ovelhas e as dispersa. 13 O mercená rio foge porque é
mercená rio e nã o cuida das ovelhas. 14 Eu sou o bom pastor. Conheço
os meus, e sou conhecido pelos meus; 15 assim como o Pai me conhece,
e eu conheço o Pai. Eu dou minha vida pelas ovelhas. 16 Tenho outras
ovelhas, que nã o sã o deste aprisco. Devo trazê -los també m, e eles
ouvirã o minha voz. Eles se tornarã o um rebanho com um pastor. 17 Por
isso o Pai me ama, porque dou a minha vida, que eu possa tomá -lo
novamente. 18 Ningué m a tira de mim, mas eu a coloco sozinha. Eu
tenho poder para entregá -lo, e tenho poder para tomá -lo novamente.
Recebi este mandamento de meu Pai”.
19 Por isso, surgiu novamente uma divisã o entre os judeus por
causa dessas palavras. 20 Muitos deles diziam: “Ele tem um demô nio e é
louco! Por que você o ouve?” 21 Outros diziam: “Estas nã o sã o as
palavras de algué m possuı́do por um demô nio. Nã o é possı́vel para um
demô nio abrir os olhos de um cego, é ?
22 Era a Festa da Dedicaçã o em Jerusalé m. 23 Era inverno, e Jesus
lo. 32 Jesus lhes respondeu: “Tenho mostrado a você s muitas boas obras
da parte de meu Pai. Por qual dessas obras você me apedreja?”
33 Responderam-lhe os judeus: Nã o te apedrejamos por uma boa
obra, mas por uma blasfê mia: porque tu, sendo homem, te fazes Deus.
34 Jesus lhes respondeu: “Nã o está escrito em sua lei: 'Eu disse que
você s sã o deuses?' 35 Se ele os chamou de deuses, a quem a palavra de
Deus veio (e a Escritura nã o pode ser quebrada), 36 você diz daquele a
quem o Pai santi icou e enviou ao mundo: 'Blasfemas', porque eu disse:
'Eu sou o Filho de Deus?' 37 Se eu nã o izer as obras de meu Pai, nã o
acredite em mim. 38 Mas se eu as faço, ainda que nã o acrediteis em
mim, crede nas obras, para que saibais e creiais que o Pai está em mim,
e eu no Pai”.
39 Eles procuraram novamente prendê -lo, e ele saiu de suas mã os.
40 Voltou para alé m do Jordã o, para o lugar onde Joã o batizava a
pois nã o sabemos orar como convé m. Mas o pró prio Espı́rito intercede
por nó s com gemidos inexprimı́veis. 27 Quem esquadrinha os coraçõ es
sabe o que o Espı́rito pensa, porque segundo Deus intercede pelos
santos.
28 Sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o
bem daqueles que amam a Deus, daqueles que sã o chamados segundo
o seu propó sito. 29 Pois aos quais de antemã o conheceu, també m os
predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, para que ele
seja o primogê nito entre muitos irmã os. 30 A quem predestinou, a esses
també m chamou. A quem chamou, a esses també m justi icou. A quem
justi icou, a quem també m glori icou.
31 Que diremos entã o sobre estas coisas? Se Deus é por nó s, quem
serácontra nó s? 32 Aquele que nã o poupou a seu pró prio Filho, antes o
entregou por todos nó s, como nã o nos dará també m com ele todas as
coisas de graça? 33 Quem poderia acusar os escolhidos de Deus? E Deus
quem justi ica. 34 Quem é aquele que condena? E Cristo que morreu,
sim, que ressuscitou dos mortos, que está à direita de Deus, que
també m intercede por nó s.
35 Quem nos separará do amor de Cristo? Poderia a opressã o, ou
angú stia, ou perseguiçã o, ou fome, ou nudez, ou perigo, ou espada? 36
Como está escrito,
“Por sua causa, somos mortos o dia todo.
Fomos contados como ovelhas para o matadouro”.
37 Nã o, em todas essas coisas somos mais que vencedores por meio
daquele que nos amou. 38 Pois estou certo de que nem a morte, nem a
vida, nem os anjos, nem os principados, nem o presente, nem o porvir,
nem as potestades, 39 nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer
outra criatura poderá separar-nos da presença de Deus. amor que está
em Cristo Jesus nosso Senhor.
João 16
1 “Eu lhes disse essas coisas para que você s nã o tropeçassem. 2 Eles
isto que ele nos diz: 'Um pouco e nã o me vereis, e de novo um pouco e
me vereis;' e, 'Porque eu vou para o Pai' ?” 18 Responderam, pois: Que é
isto que ele diz: 'Um pouco' ? Nã o sabemos o que ele está dizendo.”
19 Jesus, pois, percebendo que queriam interrogá -lo, disse-lhes:
e os ilisteus atrá s;
e eles devorarã o a Israel de boca aberta.
Por tudo isso, sua ira nã o se desviou,
mas sua mã o ainda está estendida.
contra Judá .
Por tudo isso a sua ira nã o se desviou,
mas sua mã o ainda está estendida.
Gênesis 1
1 No princı́pio, Deus criou os cé us e a terra. 2 A terra era sem forma
bom. Deus separou a luz das trevas. 5 Deus chamou a luz de “dia”, e as
trevas ele chamou de “noite”. Houve tarde e houve manhã , o primeiro
dia.
6 Deus disse: “Haja uma expansã o no meio das á guas, e que ela
espé cie, gado, ré pteis e animais da terra conforme a sua espé cie”; e foi
assim. 25 Deus fez os animais da terra conforme a sua espé cie, e o gado
conforme a sua espé cie, e tudo o que rasteja sobre a terra conforme a
sua espé cie. Deus viu que isso era bom.
26 Deus disse: “Façamos o homem à nossa imagem, conforme a
nossa semelhança. Domine sobre os peixes do mar, e sobre as aves do
cé u, e sobre os animais domé sticos, e sobre toda a terra, e sobre todo
ré ptil que rasteja sobre a terra”. 27 Deus criou o homem à sua imagem. A
imagem de Deus ele o criou; macho e fê mea os criou. 28 Deus os
abençoou. Deus lhes disse: “Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a
terra e sujeitai-a. Domine sobre os peixes do mar, sobre as aves do cé u
e sobre todos os animais que se movem sobre a terra”. 29 Deus disse:
“Eis que vos dei toda erva que dá semente, que está sobre a superfı́cie
de toda a terra, e toda á rvore que dá fruto que dá semente. Será sua
comida. 30 A todo animal da terra, e a toda ave do cé u, e a tudo o que
rasteja sobre a terra, em que há vida, dei por mantimento toda erva
verde; e foi assim.
31 Deus viu tudo o que havia feito, e eis que era muito bom. Houve
para melhor, mas para pior. 18 Pois antes de tudo, quando você s se
reú nem na assemblé ia, ouço que existem divisõ es entre você s, e
acredito nisso em parte. 19 Pois també m é necessá rio que haja facçõ es
entre vó s, para que se manifestem entre vó s os aprovados. 20 Portanto,
quando você s se reú nem, nã o é a ceia do Senhor que você s comem. 21
Pois, ao comerem, cada um come primeiro a sua pró pria ceia. Um está
com fome e outro está bê bado. 22 O quê , você nã o tem casas para comer
e beber? Ou você despreza a assemblé ia de Deus e envergonha aqueles
que nã o tê m o su iciente? O que devo dizer a você ? Devo te louvar?
Nisto eu nã o te louvo.
23 Pois recebi do Senhor o que també m vos entreguei: que o Senhor
Jesus, na noite em que foi traı́do, tomou pã o. 24 Depois de dar graças,
partiu-o e disse: “Tome, coma. Este é o meu corpo, que está quebrado
por você . Faça isso em memó ria de mim.” 25 Assim també m tomou o
cá lice, depois da ceia, dizendo: “Este cá lice é a nova aliança no meu
sangue. Faça isso, quantas vezes você beber, em memó ria de mim.” 26
Pois todas as vezes que comerdes este pã o e beberdes este cá lice,
anunciais a morte do Senhor até que ele venha. 27 Portanto, quem
comer este pã o ou beber o cá lice do Senhor de maneira indigna do
Senhor será culpado do corpo e do sangue do Senhor. 28 Mas examine-
se o homem a si mesmo, e assim coma do pã o e beba do cá lice. 29 Pois
quem come e bebe indignamente, come e bebe para julgamento, se nã o
discernir o corpo do Senhor. 30 Por isso, muitos de você s estã o fracos e
doentes, e nã o poucos dormem. 31 Pois se nos discernı́ssemos, nã o
serı́amos julgados. 32 Mas quando somos julgados, somos castigados
pelo Senhor, para que nã o sejamos condenados com o mundo. 33
Portanto, meus irmã os, quando você s se reunirem para comer,
esperem uns pelos outros. 34 Mas, se algué m tiver fome, coma em casa,
para que a vossa reuniã o nã o seja para julgamento. O resto eu porei em
ordem quando vier.
Sirach 17
1 O Senhor criou o homem da terra,
que você está é terra santa”. 6 Alé m disso, ele disse: “Eu sou o Deus de
seu pai, o Deus de Abraã o, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó ”.
Moisé s escondeu o rosto porque tinha medo de olhar para Deus.
7 O Senhor disse: “Certamente vi a a liçã o do meu povo que está no
Egito, e ouvi o seu clamor por causa dos seus feitores, pois conheço as
suas dores. 8 Desci para livrá -los das mã os dos egı́pcios, e para fazê -los
subir daquela terra para uma terra boa e grande, para uma terra que
mana leite e mel; ao lugar do cananeu, do heteu, do amorreu, do
ferezeu, do heveu e do jebuseu. 9 Agora, eis que o clamor dos ilhos de
Israel chegou a mim. Alé m disso, vi a opressã o com que os egı́pcios os
oprimem. 10 Venha agora, e eu o enviarei a Faraó , para que tire meu
povo, os ilhos de Israel, do Egito”.
11 Moisé s disse a Deus: “Quem sou eu para ir a Faraó e tirar os ilhos
de Israel do Egito?”
12 Ele disse: “Certamente estarei com você s. Este será
o sinal para
você que eu te enviei: quando você tiver tirado o povo do Egito, você
servirá a Deus neste monte”.
13 Moisé s disse a Deus: “Eis que quando eu for aos ilhos de Israel
e lhes disser: 'O Deus de vossos pais me enviou a você s', e eles me
perguntarem: 'Qual é o nome dele?' o que devo dizer a eles?”
14 Deus disse a Moisé s: “EU SOU O QUE SOU”, e ele disse: “Você deve
dizer isto aos ilhos de Israel: 'EU SOU me enviou a você s'. ” 15 Deus
disse ainda a Moisé s: “Você deve dizer isso aos ilhos de Israel:
'Yahweh, o Deus de seus pais, o Deus de Abraã o, o Deus de Isaque e o
Deus de Jacó , me enviou a você s'. Este é o meu nome para sempre, e
este é o meu memorial para todas as geraçõ es. 16 Vá e reú na os anciã os
de Israel e diga-lhes: 'Yahweh, o Deus de seus pais, o Deus de Abraã o, de
Isaque e de Jacó , me apareceu, dizendo: Certamente te visitei e visto o
que vos foi feito no Egito. 17 Eu disse: Eu os farei subir da a liçã o do
Egito para a terra do cananeu, do heteu, do amorreu, do ferezeu, do
heveu e do jebuseu, para uma terra que mana leite e mel”. ' 18 Eles
ouvirã o a sua voz. Você s e os anciã os de Israel virã o ao rei do Egito, e
lhe dirã o: 'Yahweh, o Deus dos hebreus, nos encontrou. Agora, por favor,
deixe-nos ir caminho de trê s dias ao deserto, para que sacri iquemos
ao Senhor, nosso Deus.' 19 Eu sei que o rei do Egito nã o vai te dar
permissã o para ir, nã o, nã o por mã o forte. 20 Estenderei a mã o e ferirei
o Egito com todas as minhas maravilhas que farei no meio deles, e
depois disso ele vos deixará ir. 21 Darei graça a este povo aos olhos dos
egı́pcios, e acontecerá que, quando fores, nã o sairá s de mã os vazias. 22
Mas toda mulher pedirá ao seu vizinho e à que visita a sua casa jó ias de
prata, jó ias de ouro e roupas. Tu as porá s sobre teus ilhos e sobre tuas
ilhas. Você deve saquear os egı́pcios”.
João 15
1 “Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o agricultor. 2 Cada galho
em mim que nã o dá fruto, ele tira. Todo ramo que dá fruto, ele poda,
para que dê mais fruto. 3 Você já está podado por causa da palavra que
eu falei para você . 4 Permaneça em mim, e eu em você . Assim como o
ramo nã o pode dar fruto por si mesmo, a menos que permaneça na
videira, você també m nã o pode, a menos que permaneça em mim. 5 Eu
sou a videira. Você s sã o os ramos. Aquele que permanece em mim e eu
nele dá muito fruto, pois sem mim nada podeis fazer. 6 Se um homem
nã o permanecer em mim, será lançado fora como um ramo e secará ; e
eles os ajuntam, lançam-nos no fogo, e sã o queimados. 7 Se você
permanecer em mim, e minhas palavras permanecerem em você , você
pedirá o que quiser, e isso será feito por você .
8 “Nisto é
glori icado meu Pai, que deis muito fruto; e assim sereis
meus discı́pulos. 9 Assim como o Pai me amou, eu també m amei você s.
Permaneça no meu amor. 10 Se guardares os meus mandamentos,
permanecerá s no meu amor; assim como tenho guardado os
mandamentos de meu Pai e permaneço em seu amor. 11 Estas coisas
vos tenho falado, para que o meu gozo permaneça em vó s, e o vosso
gozo seja completo.
12 “Este é o meu mandamento, que você s se amem, assim como eu
os amei. 13 Ningué m tem maior amor do que este, de algué m dar a vida
pelos seus amigos. 14 Você s sã o meus amigos, se izerem o que eu
mandar. 15 Já nã o vos chamo servos, porque o servo nã o sabe o que faz
o seu senhor. Mas eu os chamei de amigos, pois tudo o que ouvi de meu
Pai, eu dei a conhecer a você s. 16 Você nã o me escolheu, mas eu te
escolhi e te designei, para que você vá e dê fruto, e seu fruto
permaneça; para que tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome, ele
vo-lo conceda.
17 “Estas coisas vos ordeno, para que vos ameis uns aos outros. 18
medida que iam, eram puri icados. 15 Um deles, quando viu que estava
curado, voltou, glori icando a Deus em alta voz. 16 Prostrou-se com o
rosto em terra aos pé s de Jesus, dando-lhe graças; e ele era um
samaritano. 17 Jesus respondeu: “Nã o foram os dez puri icados? Mas
onde estã o os nove? 18 Nã o se achou ningué m que voltasse para dar
gló ria a Deus, exceto este estrangeiro?” 19 Entã o ele lhe disse: “Levante-
se e vá embora. Sua fé o curou”.
20 Ao ser questionado pelos fariseus sobre quando viria o Reino de
Deus, ele lhes respondeu: “O Reino de Deus nã o vem com observaçã o;
21 nem dirã o: 'Olhe, aqui!' ou, 'Olha, lá !' pois eis que o Reino de Deus
um dos dias do Filho do Homem e nã o verã o. 23 Eles lhe dirã o: 'Olhe,
aqui!' ou 'Olha, lá !' Nã o vá embora ou siga atrá s deles, 24 pois como o
relâ mpago, quando brilha de uma parte debaixo do cé u, brilha para
outra parte debaixo do cé u; assim será o Filho do Homem em seus dias.
25 Mas primeiro, ele deve sofrer muitas coisas e ser rejeitado por esta
geraçã o. 26 Como foi nos dias de Noé , assim també m será nos dias do
Filho do Homem. 27 Eles comeram, beberam, se casaram e foram dados
em casamento até o dia em que Noé entrou no navio, e veio o dilú vio e
destruiu a todos. 28 Da mesma forma, como era nos dias de Ló : comiam,
bebiam, compravam, vendiam, plantavam, construı́am; 29 mas no dia
em que Ló saiu de Sodoma, choveu fogo e enxofre do cé u e os destruiu
a todos. 30 Será da mesma maneira no dia em que o Filho do Homem
for revelado. 31 Naquele dia, quem estiver no eirado e os seus bens em
casa, nã o desça para os levar. Aquele que está no campo també m nã o
volte atrá s. 32 Lembre-se da esposa de Ló ! 33 Quem procura salvar sua
vida a perde, mas quem perde sua vida a preserva. 34 Eu lhe digo,
naquela noite haverá duas pessoas em uma cama. Um será levado e o
outro será deixado. 35 Haverá dois grã os de moagem juntos. Um será
levado e o outro será deixado”. 36
37 Eles, respondendo, perguntaram-lhe: “Onde, Senhor?”
sá bio construtor, e outro edi ica sobre ele. Mas que cada homem tenha
cuidado com a forma como constró i sobre isso. 11 Porque ningué m
pode lançar outro fundamento alé m do que já foi posto, que é Jesus
Cristo. 12 Mas, se algué m edi icar sobre o fundamento com ouro, prata,
pedras preciosas, madeira, feno ou palha, 13 a obra de cada um será
revelada. Pois o Dia o declarará , porque é revelado no fogo; e o pró prio
fogo provará que tipo de trabalho é o trabalho de cada homem. 14 Se
icar a obra de algué m que sobre ela edi icou, receberá galardã o. 15 Se a
obra de algué m se queimar, sofrerá prejuı́zo, mas ele mesmo será salvo,
mas como pelo fogo.
16 Você nã o sabe que você é um templo de Deus, e que o Espı́rito de
Deus vive em você ? 17 Se algué m destruir o templo de Deus, Deus o
destruirá ; pois o templo de Deus é santo, o que você é .
18 Ningué m se engane. Se algué m pensa que é sá bio entre vó s neste
mundo, faça-se louco, para que se torne sá bio. 19 Porque a sabedoria
deste mundo é loucura para Deus. Pois está escrito: “Ele tomou os
sá bios em sua astú cia”. 20 E ainda: “O Senhor conhece o raciocı́nio dos
sá bios, que é inú til”. 21 Portanto, ningué m se glorie nos homens. Porque
tudo é vosso, 22 seja Paulo, seja Apolo, seja Cefas, seja o mundo, seja a
vida, seja a morte, seja o presente, seja o futuro. Todos sã o seus, 23 e
você é de Cristo, e Cristo é de Deus.
2 Coríntios 6
1 Juntos, rogamos també m que nã o recebais em vã o a graça de
nó s. Pois está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado no
madeiro, 14 para que a bê nçã o de Abraã o chegue aos gentios por meio
de Cristo Jesus, para que pela fé recebamos a promessa do Espı́rito.
15 Irmã os, falando de termos humanos, embora seja apenas uma
transgressõ es, até que viesse a descendê ncia a quem a promessa foi
feita. Foi ordenado por meio de anjos pela mã o de um mediador. 20 Ora,
um mediador nã o está entre um, mas Deus é um. 21 A lei é entã o contra
as promessas de Deus? Certamente nã o! Pois se houvesse uma lei dada
que pudesse vivi icar, certamente a justiça teria sido da lei. 22 Mas a
Escritura encerrou todas as coisas sob o pecado, para que a promessa
pela fé em Jesus Cristo fosse dada aos que crê em.
23 Mas antes que viesse a fé , está vamos presos sob a lei, con inados
para a fé que depois haveria de ser revelada. 24 De modo que a lei se
tornou nosso tutor para nos conduzir a Cristo, para que sejamos
justi icados pela fé . 25 Mas agora que veio a fé , nã o estamos mais
debaixo de um tutor. 26 Pois todos você s sã o ilhos de Deus, pela fé em
Cristo Jesus. 27 Pois todos vó s que fostes batizados em Cristo vos
revestistes de Cristo. 28 Nã o há judeu nem grego, nã o há escravo nem
livre, nã o há homem nem mulher; pois todos sois um em Cristo Jesus.
29 Se sois de Cristo, sois descendê ncia de Abraã o e herdeiros conforme
a promessa.
Isaías 61
1 O Espı́rito do Senhor Javé está sobre mim,
porque o Senhor me ungiu para pregar boas novas aos humildes.
Ele me enviou para curar os quebrantados de coraçã o,
proclamar liberdade aos cativos
e solte aos que estã o presos,
2 para proclamar o ano da graça de Yahweh
vos foi dada em Cristo Jesus; 5 que em tudo fostes enriquecidos nele,
em toda palavra e em todo conhecimento; 6 assim como o testemunho
de Cristo foi con irmado em você s: 7 de modo que nenhum dom ica
para trá s; esperando a revelaçã o de nosso Senhor Jesus Cristo; 8 que
també m vos con irmará até ao im, irrepreensı́veis no dia de nosso
Senhor Jesus Cristo. 9 Fiel é Deus, por quem fostes chamados à
comunhã o de seu Filho, Jesus Cristo, nosso Senhor.
10 Rogo-vos, irmã os, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que
todos faleis a mesma coisa, e que nã o haja divisõ es entre vó s, mas que
juntamente sejais aperfeiçoados na mesma mente e no mesmo juı́zo. .
11 Pois me foi relatado a respeito de você s, meus irmã os, por aqueles
que sã o da casa de Cloe, que há contendas entre você s. 12 Agora quero
dizer isto, que cada um de você s diz: “Sigo Paulo”, “Sigo Apolo”, “Sigo
Cefas” e “Sigo Cristo”. 13 Cristo está dividido? Paulo foi cruci icado por
você ? Ou você foi batizado em nome de Paulo? 14 Dou graças a Deus por
nã o ter batizado nenhum de você s, exceto Crispo e Gaio, 15 para que
ningué m diga que eu os batizei em meu pró prio nome. 16 (També m
batizei a casa de Esté fanas; alé m deles, nã o sei se batizei algum outro.)
17 Porque Cristo nã o me enviou para batizar, mas para pregar a Boa
Nova, nã o em sabedoria de palavras, para que o cruz de Cristo nã o seria
anulada. 18 Porque a palavra da cruz é loucura para os que estã o
morrendo, mas para nó s, que somos salvos, é o poder de Deus. 19 Pois
está escrito:
“Destruirei a sabedoria dos sá bios.
Eu reduzirei a nada o discernimento dos que tê m discernimento.”
20 Onde está o sá bio? Onde está o escriba? Onde está o advogado
deste mundo? Deus nã o tornou louca a sabedoria deste mundo? 21 Pois
visto que na sabedoria de Deus o mundo pela sua sabedoria nã o
conheceu a Deus, aprouve a Deus pela loucura da pregaçã o salvar os
que crê em. 22 Porque os judeus pedem sinais, os gregos buscam
sabedoria, 23 mas nó s pregamos a Cristo cruci icado: escâ ndalo para os
judeus e loucura para os gregos, 24 mas para os chamados, tanto judeus
como gregos, Cristo é o poder de Deus e a sabedoria de Deus; 25 porque
a loucura de Deus é mais sá bia do que os homens, e a fraqueza de Deus
é mais forte do que os homens.
26 Porque vedes a vossa vocaçã o, irmã os, que nem muitos sã o
sá bios segundo a carne, nem muitos poderosos, nem muitos nobres; 27
mas Deus escolheu as coisas loucas deste mundo para envergonhar os
sá bios. Deus escolheu as coisas fracas do mundo para envergonhar as
fortes. 28 Deus escolheu as coisas humildes do mundo, e as
desprezı́veis, e as que nã o existem, para reduzir a nada as que existem,
29 para que nenhuma carne se glorie diante de Deus. 30 Por causa dele
estais em Cristo Jesus, que da parte de Deus nos foi feito sabedoria, e
justiça, e santi icaçã o, e redençã o; 31 isto, como está escrito: Quem se
gloriar, glorie-se no Senhor.
Efésios 5
1 Sede, pois, imitadores de Deus, como ilhos amados. 2 Andai em
amor, como també m Cristo nos amou e se entregou por nó s, como
oferta e sacrifı́cio a Deus em cheiro suave.
3 Mas a imoralidade sexual, e toda impureza ou avareza, nem
sequer seja mencionada entre vó s, como convé m aos santos; 4 nem
torpezas, nem conversas tolas, nem gracejos que nã o convê m, mas
antes açõ es de graças.
5 Saibam com certeza que nenhum imoral, nem impuro, nem
ira de Deus vem sobre os ilhos da desobediê ncia. 7 Portanto, nã o sejas
participante deles. 8 Pois você s antes eram trevas, mas agora sã o luz no
Senhor. Andai como ilhos da luz, 9 porque o fruto do Espı́rito está em
toda a bondade, justiça e verdade, 10 provando o que agrada ao Senhor.
11 Nã o tenhais comunhã o com as obras infrutı́feras das trevas, mas
antes até as repreendais. 12 Pois é até vergonhoso falar das coisas que
eles fazem em segredo. 13 Mas todas as coisas, quando reprovadas, sã o
reveladas pela luz, pois tudo o que revela é luz. 14 Por isso diz: Desperta,
tu que dormes, e levanta-te dentre os mortos, e Cristo resplandecerá
sobre ti.
15 Portanto, observe com cuidado como você anda, nã o como
né scios, mas como sá bios, 16 redimindo o tempo, porque os dias sã o
maus. 17 Portanto, nã o sejam tolos, mas entendam qual é a vontade do
Senhor. 18 Nã o vos embriagueis com vinho, que leva à libertinagem,
mas enchei-vos do Espı́rito, 19 falando uns aos outros com salmos,
hinos e câ nticos espirituais; cantando e entoando melodia em seu
coraçã o ao Senhor; 20 dando sempre graças por todas as coisas em
nome de nosso Senhor Jesus Cristo, a Deus e Pai; 21 sujeitando-vos uns
aos outros no temor de Cristo.
22 Mulheres, sujeitem-se a seus pró prios maridos, como ao Senhor.
23 Porque o marido é a cabeça da mulher, como també m Cristo é a
cabeça da assemblé ia, sendo ele mesmo o salvador do corpo. 24 Mas,
como a assemblé ia está sujeita a Cristo, assim també m as mulheres
estejam em tudo com seus maridos.
25 Maridos, amai vossas mulheres, como també m Cristo amou a
sejam ignorantes. 2 Você sabe que quando você era pagã o, você foi
levado para aqueles ı́dolos mudos, por mais que você fosse conduzido.
3 Por isso vos faço saber que nenhum homem que fala pelo Espı́rito de
Deus diz: “Jesus é aná tema”. Ningué m pode dizer: “Jesus é o Senhor”,
senã o pelo Espı́rito Santo.
4 Agora há vá rios tipos de dons, mas o mesmo Espı́rito. 5 Existem
vá rios tipos de serviço, e o mesmo Senhor. 6 Há vá rios tipos de obras,
mas o mesmo Deus, que opera todas as coisas em todos. 7 Mas a cada
um é dada a manifestaçã o do Espı́rito para o proveito de todos. 8
Porque a um é dada pelo Espı́rito a palavra de sabedoria, e a outro a
palavra de conhecimento, segundo o mesmo Espı́rito; 9 a outra fé , pelo
mesmo Espı́rito; e a outros dons de curas, pelo mesmo Espı́rito; 10 e a
outras operaçõ es de milagres; e para outra profecia; e a outro
discernimento de espı́ritos; para outros tipos diferentes de lı́nguas; e a
outro a interpretaçã o de lı́nguas. 11 Mas o mesmo Espı́rito produz tudo
isso, distribuindo a cada um separadamente como deseja.
12 Porque, como o corpo é um e tem muitos membros, e todos os
membros do corpo, sendo muitos, formam um só corpo; assim també m
é Cristo. 13 Pois todos nó s fomos batizados em um Espı́rito formando
um corpo, quer judeus, quer gregos, quer escravos, quer livres; e todos
foram dados a beber em um Espı́rito. 14 Pois o corpo nã o é um só
membro, mas muitos. 15 Se o pé dissesse: “Porque nã o sou a mã o, nã o
faço parte do corpo”, nã o é , portanto, nã o parte do corpo. 16 Se o ouvido
dissesse: “Porque nã o sou olho, nã o faço parte do corpo”, nã o é ,
portanto, nã o parte do corpo. 17 Se todo o corpo fosse olho, onde
estaria o ouvido? Se o todo fosse ouvido, onde estaria o olfato? 18 Mas
agora Deus colocou os membros, cada um deles, no corpo, como quis.
19 Se todos fossem um só membro, onde estaria o corpo? 20 Mas agora
sã o muitos membros, mas um só corpo. 21 O olho nã o pode dizer à mã o:
“Nã o preciso de você ”, ou ainda a cabeça aos pé s: “Nã o preciso de você ”.
22 Nã o, antes, os membros do corpo que parecem mais fracos sã o
necessá rios. 23 As partes do corpo que julgamos serem menos
honrosas, à s quais concedemos maior honra; e nossas partes nã o
apresentá veis tê m propriedade mais abundante; 24 enquanto nossas
partes apresentá veis nã o tê m essa necessidade. Mas Deus compô s o
corpo juntamente, dando maior honra à parte inferior, 25 para que nã o
houvesse divisã o no corpo, mas para que os membros tivessem o
mesmo cuidado uns dos outros. 26 Quando um membro sofre, todos os
membros sofrem com ele. Quando um membro é homenageado, todos
os membros se regozijam com isso.
27 Agora você s sã o o corpo de Cristo e membros individualmente. 28
“Pai, chegou a hora. Glori ica teu Filho, para que teu Filho també m te
glori ique; 2 assim como você lhe deu autoridade sobre toda a carne,
assim ele dará a vida eterna a todos os que você lhe deu. 3 Esta é a vida
eterna, que te conheçam, o ú nico Deus verdadeiro, e aquele que
enviaste, Jesus Cristo. 4 Eu te glori iquei na terra. Eu realizei o trabalho
que você me deu para fazer. 5 Agora, Pai, glori ica-me contigo mesmo
com a gló ria que eu tinha contigo antes que o mundo existisse. 6 Eu
revelei seu nome para as pessoas que você me deu do mundo. Eles
eram seus, e você os deu para mim. Eles mantiveram sua palavra. 7
Agora eles sabem que todas as coisas que você me deu sã o de você , 8
porque as palavras que me deste eu lhes dei, e eles as receberam, e
sabiam com certeza que eu vim de você . Eles acreditaram que você me
enviou. 9 Eu rezo por eles. Nã o rogo pelo mundo, mas por aqueles que
me deste, porque sã o teus. 10 Todas as coisas que sã o minhas sã o suas,
e as suas sã o minhas, e eu sou glori icado nelas. 11 Eu nã o estou mais
no mundo, mas estes estã o no mundo, e eu vou para você . Santo Padre,
guarda-os pelo teu nome que me deste, para que sejam um, assim
como nó s. 12 Enquanto eu estava com eles no mundo, eu os guardei em
seu nome. Eu guardei aqueles que você me deu. Nenhum deles está
perdido, exceto o ilho da destruiçã o, para que a Escritura possa ser
cumprida. 13 Mas agora vou ter convosco e digo estas coisas no mundo,
para que eles tenham a minha alegria completa em si mesmos. 14 Eu
lhes dei sua palavra. O mundo os odiou, porque eles nã o sã o do mundo,
assim como eu nã o sou do mundo. 15 Eu oro nã o para que você os tire
do mundo, mas para que você os guarde do maligno. 16 Eles nã o sã o do
mundo assim como eu nã o sou do mundo. 17 Santi ica-os na tua
verdade. Sua palavra é a verdade. 18 Assim como você me enviou ao
mundo, eu també m os enviei ao mundo. 19 Por eles eu me santi ico,
para que també m eles sejam santi icados na verdade. 20 Nã o só por
estes oro, mas també m por aqueles que, pela sua palavra, crerem em
mim, 21 para que todos sejam um; assim como tu, Pai, está s em mim e
eu em ti, para que també m eles sejam um em nó s; para que o mundo
creia que me enviaste. 22 A gló ria que você me deu, eu dei a eles; que
eles possam ser um, assim como nó s somos um; 23 eu neles, e você em
mim, para que sejam aperfeiçoados em um; para que o mundo saiba
que você me enviou e os amou, assim como você me amou. 24 Pai,
desejo que també m aqueles que me deste estejam comigo onde eu
estiver, para que vejam a minha gló ria, que me deste, porque me
amaste antes da fundaçã o do mundo. 25 Justo Pai, o mundo nã o te
conhece, mas eu te conheço; e estes sabiam que me enviaste. 26 Eu lhes
dei a conhecer o teu nome, e o farei conhecer; que o amor com que me
amaste esteja neles e eu neles”.
Cantares de Salomão 1
1 O Câ ntico dos câ nticos, que é de Salomã o.
Amado
2 Beije-me com os beijos de sua boca;
Vamos, depressa.
O rei me trouxe para seus aposentos.
Amigos
Ficaremos felizes e regozijaremos em você .
Vamos louvar o seu amor mais do que o vinho!
Amado
Eles estã o certos em te amar.
5 Sou moreno, mas adorá vel,
Lá zaro, que havia morrido, a quem ressuscitou dos mortos. 2 Entã o eles
izeram uma ceia para ele ali. Marta serviu, mas Lá zaro foi um dos que
se sentaram à mesa com ele. 3 Entã o Maria tomou uma libra de
unguento de nardo puro, muito precioso, e ungiu os pé s de Jesus e os
enxugou com os cabelos. A casa encheu-se da fragrâ ncia do unguento. 4
Entã o Judas Iscariotes, ilho de Simã o, um de seus discı́pulos, que o
havia de trair, disse: 5 “Por que nã o se vendeu este ungü ento por
trezentos dená rios e se deu aos pobres?” 6 Ora, ele disse isso, nã o
porque cuidasse dos pobres, mas porque era ladrã o e, tendo a caixa de
dinheiro, costumava roubar o que nela se colocava. 7 Mas Jesus disse:
“Deixe-a em paz. Ela guardou isso para o dia do meu enterro. 8 Porque
sempre tens os pobres contigo, mas nem sempre tens a mim.”
9 Assim, uma grande multidã o de judeus soube que ele estava ali, e
vieram, nã o somente por causa de Jesus, mas també m para ver Lá zaro,
a quem ele havia ressuscitado dentre os mortos. 10 Mas os principais
sacerdotes conspiraram para matar també m Lá zaro, 11 porque por
causa dele muitos judeus foram e creram em Jesus.
12 No dia seguinte, uma grande multidã o veio à
festa. Quando
souberam que Jesus estava vindo para Jerusalé m, 13 tomaram os ramos
das palmeiras, saı́ram ao seu encontro e clamaram: “Hosana! Bem-
aventurado aquele que vem em nome do Senhor, o Rei de Israel!”
14 Jesus, tendo encontrado um jumentinho, montou nele. Como está
escrito: 15 “Nã o tenha medo, ilha de Siã o. Eis que vem o teu Rei,
montado num jumentinho”. 16 Seus discı́pulos nã o entenderam essas
coisas a princı́pio, mas quando Jesus foi glori icado, entã o eles se
lembraram de que essas coisas foram escritas a respeito dele, e que
eles izeram isso com ele. 17 A multidã o, pois, que estava com ele,
quando chamou Lá zaro do sepulcro e o ressuscitou dentre os mortos,
dava testemunho disso. 18 Por isso també m a multidã o foi ao encontro
dele, porque ouviram que ele havia feito este sinal. 19 Os fariseus,
portanto, disseram entre si: “Vejam como você s nã o realizam nada. Eis
que o mundo foi atrá s dele”.
20 Ora, havia alguns gregos entre os que subiram para adorar na
festa. 21 Estes, pois, foram ter com Filipe, que era de Betsaida da
Galilé ia, e lhe perguntaram, dizendo: Senhor, queremos ver Jesus. 22
Filipe veio e contou a André e, por sua vez, André veio com Filipe, e eles
contaram a Jesus. 23 Jesus lhes respondeu: “Chegou a hora de o Filho do
Homem ser glori icado. 24 Certamente eu lhe digo, a menos que um
grã o de trigo caia na terra e morra, ele permanece sozinho. Mas se
morrer, dará muito fruto. 25 Quem ama a sua vida vai perdê -la. Aquele
que odeia sua vida neste mundo a guardará para a vida eterna. 26 Se
algué m me serve, que me siga. Onde eu estiver, ali estará també m o
meu servo. Se algué m me serve, o Pai o honrará .
27 “Agora minha alma estáperturbada. Oque eu devo dizer? 'Pai, me
salve desta vez?' Mas eu vim para este momento por esta causa. 28 Pai,
glori ique o seu nome!”
Entã o uma voz saiu do cé u, dizendo: “Já o glori iquei e o
glori icarei novamente”.
29 Por isso a multidã o que estava ali e o ouviu disse que havia
No entanto, muitos dos prı́ncipes creram nele, mas por causa dos
fariseus nã o o confessaram, para nã o serem expulsos da sinagoga, 43
porque amavam mais o louvor dos homens do que o louvor de Deus.
44 Jesus gritou e disse: “Quem crê em mim, nã o crê em mim, mas
naquele que me enviou. 45 Quem me vê , vê aquele que me enviou. 46 Eu
vim como luz ao mundo, para que todo aquele que crê em mim nã o
permaneça nas trevas. 47 Se algué m ouve minhas palavras e nã o
acredita, eu nã o o julgo. Pois nã o vim para julgar o mundo, mas para
salvar o mundo. 48 Quem me rejeita e nã o aceita as minhas palavras,
tem quem o julgue. A palavra que eu falei o julgará no ú ltimo dia. 49 Pois
eu nã o falei por mim mesmo, mas pelo Pai que me enviou, ele me deu
um mandamento, o que eu deveria dizer e o que eu deveria falar. 50 Sei
que seu mandamento é a vida eterna. Portanto, as coisas que eu falo,
como o Pai me disse, assim falo”.
Salmos 1
1 Bem-aventurado o homem que nã o anda no conselho dos ı́mpios,
feri.
Eu me escondi e iquei com raiva;
e ele continuou se desviando no caminho de seu coraçã o.
18 Eu vi os seus caminhos e o curarei.
Eu o conduzirei també m,
e restaure o conforto a ele e aos seus enlutados.
19 Eu crio o fruto dos lá bios:
Paz, paz, para quem está longe e para quem está perto”.
diz o Senhor; “e eu os curarei”.
20 Mas os ı́mpios sã o como o mar agitado;
“para os ı́mpios”.
Jeremias 8
1 “Naquele tempo”, diz o Senhor, “trarã o os ossos dos reis de Judá ,
apostasia?
Eles se apegam ao engano.
Eles se recusam a voltar.
6 Eu escutei e ouvi, mas eles nã o disseram o que é certo.
8 “‘Como você diz: “Somos sá bios, e a lei de Yahweh está conosco?”
Mas eis que a pena falsa dos escribas fez disso uma mentira.
9 Os sá bios estã o desapontados.
distante:
“O Senhor nã o está em Siã o?
O Rei dela nã o está nela?”
20 “A colheita já
passou.
O verã o acabou,
e nã o somos salvos”.
seu nome foi chamado Jesus, que foi dado pelo anjo antes que ele fosse
concebido no ventre.
22 Quando se cumpriram os dias da puri icaçã o deles, segundo a
lei de Moisé s, levaram-no a Jerusalé m, para apresentá -lo ao Senhor 23
(como está escrito na lei do Senhor: Todo homem que abrir a madre
será seja santi icado ao Senhor”), 24 e para oferecer um sacrifı́cio
segundo o que está dito na lei do Senhor: “Um par de rolas ou dois
pombinhos”.
25 Eis que havia em Jerusalé m um homem cujo nome era Simeã o.
acordo com a lei do Senhor, voltaram para a Galilé ia, para sua pró pria
cidade, Nazaré . 40 O menino crescia e se fortalecia em espı́rito,
enchendo-se de sabedoria, e a graça de Deus estava sobre ele. 41 Seus
pais iam todos os anos a Jerusalé m na festa da Pá scoa.
42 Quando ele tinha doze anos, subiram a Jerusalé m, segundo o
Nenhuma das coisas que você pode desejar deve ser comparada a
ela.
16 A duraçã o dos dias está na sua mã o direita.
Em sua mã o esquerda há riquezas e honra.
17 Os seus caminhos sã o caminhos de delı́cias.
amanhã eu te darei”,
quando você tem isso por você .
29 Nã o planeje o mal contra o seu pró ximo,
luz Zimran, Jokshan, Medan, Midian, Ishbak e Shuah. 3 Jocsã gerou Sabá
e Dedã . Os ilhos de Dedã foram Assurim, Letusim e Leumim. 4 Os ilhos
de Midiã foram Efa, Efer, Hanoch, Abida e Eldaah. Todos estes eram
ilhos de Quetura. 5 Abraã o deu tudo o que tinha a Isaque, 6 mas Abraã o
deu presentes aos ilhos das concubinas de Abraã o. Enquanto ele ainda
vivia, ele os enviou para longe de Isaac, seu ilho, para o leste, para o
paı́s do leste. 7 Estes sã o os dias dos anos da vida de Abraã o que viveu:
cento e setenta e cinco anos. 8Abraã o entregou o seu espı́rito, e morreu
em boa velhice, velho e cheio de anos, e foi reunido ao seu povo. 9
Isaque e Ismael, seus ilhos, o sepultaram na caverna de Macpela, no
campo de Efrom, ilho de Zoar, o heteu, que está perto de Manre, 10 o
campo que Abraã o comprou dos ilhos de Hete. Abraã o foi sepultado ali
com Sara, sua esposa. 11 Depois da morte de Abraã o, Deus abençoou
Isaque, seu ilho. Isaac viveu por Beer Lahai Roi.
12 Ora, esta éa histó ria das geraçõ es de Ismael, ilho de Abraã o, que
Agar, a egı́pcia, serva de Sara, deu à luz a Abraã o. 13 Estes sã o os nomes
dos ilhos de Ismael, por seus nomes, segundo a ordem de nascimento:
o primogê nito de Ismael, Nebaiote, depois Quedar, Adbeel, Mibsam, 14
Misma, Dumá , Massa, 15 Hadad, Tema, Jetur , Na is e Quedemá . 16 Estes
sã o os ilhos de Ismael, e estes sã o os seus nomes, pelas suas aldeias e
pelos seus acampamentos: doze prı́ncipes, segundo as suas naçõ es. 17
Estes sã o os anos da vida de Ismael: cento e trinta e sete anos. Ele
entregou seu espı́rito e morreu, e foi reunido ao seu povo. 18 Eles
habitaram desde Havilá até Sur, que está defronte do Egito, enquanto
você vai para a Assı́ria. Ele morava em frente a todos os seus parentes.
19 Esta é a histó ria das geraçõ es de Isaque, ilho de Abraã o. Abraã o
tornou-se pai de Isaque. 20 Isaac tinha quarenta anos quando tomou
por mulher a Rebeca, ilha de Betuel, o sı́rio, de Paddan-Aram, irmã de
Labã o, o sı́rio. 21 Isaque suplicou ao Senhor por sua mulher, porque ela
era esté ril. Javé foi suplicado por ele, e Rebeca, sua mulher, concebeu. 22
As crianças lutavam juntas dentro dela. Ela disse: “Se é assim, por que
eu vivo?” Ela foi consultar o Senhor. 23 Javé lhe disse:
“Duas naçõ es estã o em seu ventre.
Dois povos serã o separados de seu corpo.
Um povo será mais forte que os outros.
O mais velho servirá ao mais novo.”
24 Quando se cumpriram os seus dias para dar à luz, eis que havia
gê meos em seu ventre. 25 A primeira saiu toda vermelha, como uma
roupa peluda. Deram-lhe o nome de Esaú . 26 Depois disso, seu irmã o
saiu, e sua mã o segurou o calcanhar de Esaú . Ele foi nomeado Jacó .
Isaac tinha sessenta anos quando ela os deu à luz.
27 Os meninos cresceram. Esaú era um caçador habilidoso, um
homem do campo. Jacó era um homem quieto, morando em tendas. 28
Ora, Isaque amava Esaú , porque ele comia sua caça. Rebeca amava Jacó .
29 Jacó guisado cozido. Esaú veio do campo e estava faminto. 30 Esaú
disse a Jacó : “Por favor, dê -me um pouco desse guisado vermelho, pois
estou faminto”. Por isso seu nome foi chamado Edom.
31 Jacó disse: “Primeiro, venda-me sua primogenitura”.
32 Esaúdisse: “Eis que estou para morrer. De que me serve o
direito de primogenitura?”
33 Jacó disse: “Jure-me primeiro”.
Ele jurou a ele. Ele vendeu sua primogenitura a Jacó . 34 Jacó deu a
Esaú pã o e guisado de lentilhas. Ele comeu e bebeu, levantou-se e
seguiu seu caminho. Entã o Esaú desprezou sua primogenitura.
Salmos 41
Para o Músico Chefe. Um Salmo de Davi.
1 Bem-aventurado aquele que considera os pobres.
de eternidade a eternidade!
Amé m e amé m.
Salmos 70
Para o Músico Chefe. Por Davi. Um lembrete.
1 Apresse-se, Deus, para me livrar.
abunde? 2 Que nunca seja! Nó s que morremos para o pecado, como
poderı́amos viver nele por mais tempo? 3 Ou nã o sabeis que todos nó s
que fomos batizados em Cristo Jesus fomos batizados na sua morte? 4
Fomos, pois, sepultados com ele pelo batismo na morte, para que,
assim como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela gló ria do Pai,
assim també m andemos nó s em novidade de vida. 5 Pois, se nos
unimos a ele na semelhança de sua morte, també m seremos parte de
sua ressurreiçã o; 6 sabendo isto, que o nosso homem velho foi
cruci icado com ele, para que o corpo do pecado seja desfeito, para que
nã o mais sejamos escravos do pecado. 7 Pois aquele que morreu está
livre do pecado. 8 Mas, se morremos com Cristo, cremos que també m
com ele viveremos; 9 sabendo que Cristo, ressuscitado dos mortos, nã o
morre mais. A morte nã o tem mais domı́nio sobre ele! 10 Pela morte
que ele morreu, uma vez morreu para o pecado; mas a vida que ele vive,
ele vive para Deus. 11 Assim, considerai-vos també m mortos para o
pecado, mas vivos para Deus em Cristo Jesus nosso Senhor.
12 Portanto, nã o reine o pecado em seu corpo mortal, para que você
justiça. 21 Que fruto, entã o, você teve naquele tempo nas coisas de que
agora você se envergonha? Pois o im dessas coisas é a morte. 22 Mas
agora, libertos do pecado e feitos servos de Deus, você s tê m o seu fruto
de santi icaçã o e o resultado da vida eterna. 23 Porque o salá rio do
pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo
Jesus nosso Senhor.
Trabalho 3
1 Depois disso, Jó abriu a boca e amaldiçoou o dia de seu
nascimento. 2 Jó respondeu:
3 “Pereça o dia em que nasci,
Por que nã o desisti do espı́rito quando minha mã e me deu à luz?
12 Por que os joelhos me receberam?
isso: que os justos, e os sá bios, e suas obras, estã o nas mã os de Deus;
se é amor ou ó dio, o homem nã o sabe; tudo está diante deles. 2 Todas
as coisas sã o iguais para todos. Há um evento para o justo e para o
ı́mpio; ao bom, ao puro, ao imundo, ao que sacri ica e ao que nã o
sacri ica. Como é o bem, assim é o pecador; quem jura, como quem
teme um juramento. 3 Isto é um mal em tudo o que se faz debaixo do
sol, que há um evento para todos: sim també m, o coraçã o dos ilhos dos
homens está cheio de maldade, e a loucura está em seu coraçã o
enquanto vivem, e depois disso eles vã o para os mortos. 4 Pois para
aquele que se une a todos os viventes há esperança; pois um cã o vivo é
melhor do que um leã o morto. 5 Porque os vivos sabem que hã o de
morrer, mas os mortos nada sabem, nem tampouco tê m recompensa;
pois sua memó ria é esquecida. 6 També m seu amor, seu ó dio e sua
inveja pereceram há muito tempo; nem tê m eles parte para sempre em
qualquer coisa que se faça debaixo do sol.
7 Vai, come com alegria o teu pã o e bebe com alegria o teu vinho;
pois Deus já aceitou suas obras. 8 Sejam sempre brancas as suas vestes,
e nã o falte ó leo à sua cabeça. 9 Viva alegremente com a mulher a quem
você ama todos os dias da sua vida de vaidade, que ele lhe deu debaixo
do sol, todos os seus dias de vaidade, pois essa é a sua porçã o na vida e
no seu trabalho em que você trabalha sob o sol. 10 O que a sua mã o
achar para fazer, faça-o com toda a sua força; pois nã o há trabalho, nem
plano, nem conhecimento, nem sabedoria, no Sheol, para onde você
está indo.
11 Voltei e vi debaixo do sol que nã o é
dos ligeiros a carreira, nem
dos fortes a batalha, nem dos sá bios o pã o, nem dos entendidos as
riquezas, nem dos entendidos o favor; mas o tempo e o acaso
acontecem a todos eles. 12 Pois o homem també m nã o conhece o seu
tempo. Como os peixes que sã o apanhados na rede maligna, e como as
aves que sã o apanhadas no laço, assim os ilhos dos homens sã o
enlaçados no mau tempo, quando de repente cai sobre eles.
13 Assim també m vi sabedoria debaixo do sol, e pareceu-me grande.
14 Havia uma pequena cidade e poucos homens nela; e um grande rei
a lor murcha,
porque o sopro de Yahweh sopra sobre ela.
Certamente as pessoas sã o como grama.
8 A grama murcha,
a lor murcha;
mas a palavra do nosso Deus permanece para sempre”.
e quem o instruiu,
e o ensinou no caminho da justiça,
e lhe ensinou o conhecimento,
e mostrou-lhe o caminho do entendimento?
15 Eis que as naçõ es sã o como uma gota em um balde,
Eles sã o considerados por ele como menos do que nada e vaidade.
precipitada,
entã o mais tarde para considerar seus votos.
26 O rei sá bio peneira os ı́mpios,
você para testá -lo, como se algo estranho lhe acontecesse. 13 Mas,
porque sois participantes dos sofrimentos de Cristo, regozijai-vos, para
que na revelaçã o da sua gló ria també m vos regozijeis com grande
alegria. 14 Se você é insultado pelo nome de Cristo, você é bem-
aventurado; porque sobre vó s repousa o Espı́rito da gló ria e de Deus.
Da parte deles ele é blasfemado, mas da sua parte ele é glori icado. 15
Pois nenhum de vó s sofra como homicida, ou ladrã o, ou malfeitor, ou
mesquinho nos negó cios dos outros. 16 Mas, se algum de vó s sofre por
ser cristã o, nã o se envergonhe; mas que ele glori ique a Deus neste
assunto. 17 Porque chegou a hora de começar o julgamento pela casa de
Deus. Se começar primeiro conosco, o que acontecerá com aqueles que
nã o obedecem à s Boas Novas de Deus? 18 “Se é difı́cil para o justo ser
salvo, o que acontecerá com o ı́mpio e o pecador?” 19 Portanto, també m
aqueles que sofrem segundo a vontade de Deus fazendo o bem, con iem
a ele as suas almas, como a um iel Criador.
Mateus 24
1 Jesus saiu do templo e ia embora. Seus discı́pulos aproximaram-
cé u, mas somente meu Pai. 37 Como foram os dias de Noé , assim será a
vinda do Filho do Homem. 38 Porque, como nos dias anteriores ao
dilú vio, comiam e bebiam, casavam e davam-se em casamento, até ao
dia em que Noé entrou no barco, 39 e eles nã o sabiam até que veio o
dilú vio e os levou a todos, assim será a vinda do Filho do Homem. 40
Entã o dois homens estarã o no campo: um será levado e outro será
deixado. 41 Duas mulheres estarã o moendo no moinho: uma será
levada e outra será deixada. 42 Vigiai, pois, porque nã o sabeis em que
hora virá o vosso Senhor. 43 Mas saiba disso, que se o dono da casa
soubesse em que vigı́lia da noite o ladrã o viria, ele teria vigiado e nã o
teria permitido que sua casa fosse arrombada. 44 Portanto, esteja
també m pronto, pois em uma hora que você nã o espera, o Filho do
Homem virá .
45 “Quem é , pois, o servoiel e prudente, que o seu senhor pô s sobre
a sua casa, para lhes dar o sustento a seu tempo? 46 Bem-aventurado
aquele servo que o seu senhor encontrar fazendo assim quando vier. 47
Certamente eu lhe digo que ele o colocará acima de tudo o que ele tem.
48 Mas se aquele mau servo disser em seu coraçã o: 'Meu senhor tarda
“Devo fechar o ventre eu que faço dar à luz?” diz o seu Deus.
amais.
Alegrem-se com ela, todos os que choram por ela;
11 para que amamentares e te fartares dos peitos consoladores;
12 Pois o Senhor diz: “Eis que lhe estenderei a paz como um rio,
naçõ es, a Tá rsis, Pul e Lude, que puxam o arco, a Tubal e Javã , à s ilhas
longı́nquas, que nã o ouviu a minha fama, nem viu a minha gló ria; e eles
proclamarã o a minha gló ria entre as naçõ es. 20 Todos os vossos irmã os
de todas as naçõ es trarã o em oferta ao Senhor, em cavalos, carros,
liteiras, mulas e camelos, ao meu santo monte Jerusalé m, diz o Senhor,
como os ilhos de Israel trazem os seus oferta em vaso limpo na casa do
Senhor. 21 Deles també m escolherei sacerdotes e levitas”, diz Javé .
22 “Pois, assim como os novos cé us e a nova terra que farei
icou como um morto, tanto que a maioria deles dizia: “Ele está morto”.
27 Mas Jesus o tomou pela mã o e o levantou; e ele se levantou.
a ele.
33 Ele chegou a Cafarnaum e, estando em casa, perguntou-lhes: “O
expulsando demô nios em seu nome; e nó s o proibimos, porque ele nã o
nos segue”.
39 Mas Jesus disse: “Nã o o proibais, porque ningué m há que faça um
milagre em meu nome e possa logo falar mal de mim. 40 Pois quem nã o
está contra nó s está do nosso lado. 41 Pois quem vos der um copo
d'á gua para beber em meu nome, porque sois de Cristo, certamente vos
digo, de modo algum perderá o seu galardã o. 42 Quem izer tropeçar a
um destes pequeninos que crê em em mim, melhor lhe seria que fosse
atirado ao mar com uma pedra de moinho pendurada no pescoço. 43 Se
sua mã o faz você tropeçar, corte-a. E melhor você entrar na vida
aleijado, do que ter as duas mã os para entrar na Geena, no fogo
inextinguı́vel, 44 'onde seu verme nã o morre, e o fogo nã o se apaga.' 45
Se o seu pé o izer tropeçar, corte-o. E melhor você entrar na vida coxo,
do que ter os dois pé s lançados na Geena, no fogo que nunca se apagará
— 46 'onde seu verme nã o morre, e o fogo nã o se apaga.' 47 Se o teu olho
te faz tropeçar, lança-o fora. E melhor você entrar no Reino de Deus com
um olho, do que ter dois olhos para ser lançado na Geena de fogo, 48
'onde seu verme nã o morre, e o fogo nã o se apaga.' 49 Pois todos serã o
salgados com fogo, e todos os sacrifı́cios serã o temperados com sal. 50
O sal é bom, mas se o sal perdeu a salinidade, com o que você vai
temperá -lo? Tende sal em vó s mesmos e tende paz uns com os outros”.
Apocalipse 14
1 Eu vi, e eis o Cordeiro que estava no monte Siã o, e com ele cento e
quarenta e quatro mil, que tinham o seu nome e o nome de seu Pai
escrito nas suas testas. 2 Ouvi um som do cé u, como o som de muitas
á guas, e como o som de um grande trovã o. O som que eu ouvia era
como o de harpistas tocando suas harpas. 3 Eles cantam um câ ntico
novo diante do trono, e diante dos quatro seres viventes e dos anciã os.
Ningué m poderia aprender a cançã o, exceto os cento e quarenta e
quatro mil, aqueles que foram redimidos da terra. 4 Estes sã o os que
nã o se contaminaram com mulheres, porque sã o virgens. Estes sã o os
que seguem o Cordeiro aonde quer que ele vá . Estes foram redimidos
por Jesus dentre os homens, as primı́cias para Deus e para o Cordeiro. 5
Na sua boca nã o se achou mentira, porque sã o irrepreensı́veis.
6 Eu vi um anjo voando no meio do cé u, tendo uma Boa Nova eterna
para proclamar aos que habitam na terra, e a todas as naçõ es, tribos,
lı́nguas e povos. 7 Ele disse em alta voz: “Temei ao Senhor e dai-lhe
gló ria; pois chegou a hora do seu julgamento. Adorai aquele que fez o
cé u, a terra, o mar e as fontes das á guas!”
8 Seguiu-se outro, um segundo anjo, dizendo: Caiu a grande
Babilô nia, que deu a todas as naçõ es a beber do vinho da ira da sua
imoralidade sexual.
9 Outro anjo, um terceiro, os seguiu, dizendo com grande voz: “Se
destruir, mas para cumprir. 18 Com toda a certeza, digo-vos, até que o
cé u e a terra passem, nem uma letra ou um pequeno traço de caneta de
algum modo se afastará da lei, até que todas as coisas sejam
cumpridas. 19 Portanto, quem quebrar um destes menores
mandamentos e ensinar outros a fazê -lo, será chamado o menor no
Reino dos Cé us; mas quem os praticar e ensinar será chamado grande
no reino dos cé us. 20 Pois eu vos digo que, a menos que a vossa justiça
exceda a dos escribas e fariseus, nã o há como entrardes no Reino dos
Cé us.
21 “Você s ouviram que foi dito aos antigos: 'Nã o matará s;' e 'Quem
o teu irmã o tem alguma coisa contra ti, 24 deixe seu presente ali diante
do altar e siga seu caminho. Primeiro reconcilie-se com seu irmã o e
depois venha e ofereça seu presente. 25 Concorde rapidamente com seu
adversá rio enquanto estiver com ele no caminho; para que o promotor
nã o o entregue ao juiz, e o juiz o entregue ao o icial, e você seja lançado
na prisã o. 26 Certamente eu lhe digo, você nã o deve sair de lá até que
você tenha pago o ú ltimo centavo.
27 “Você s ouviram que foi dito, 'Nã o cometerá s adulté rio;' 28 mas eu
vos digo que todo aquele que olhar para uma mulher para a cobiçar, já
cometeu adulté rio com ela em seu coraçã o. 29 Se o teu olho direito te
faz tropeçar, arranca-o e lança-o para longe de ti. Pois é mais proveitoso
para você que um dos seus membros se perca do que todo o seu corpo
ser lançado na Geena. 30 Se a tua mã o direita te faz tropeçar, corta-a e
lança-a para longe de ti. Pois é mais proveitoso para você que um dos
seus membros se perca, do que todo o seu corpo ser lançado na Geena.
31 “També m foi dito: 'Quem repudiar sua mulher, dê -lhe carta de
divó rcio', 32 mas eu vos digo que qualquer que repudiar sua mulher,
exceto por causa de imoralidade sexual, a torna adú ltera; e quem casar
com ela quando ela for repudiada comete adulté rio.
33 “Mais uma vez ouvistes o que foi dito aos antigos: 'Nã o fará s
Mas eu lhe digo, nã o resista à quele que é mau; mas quem te ferir na
face direita, oferece-lhe també m a outra. 40 Se algué m te pedir para te
tirares a tú nica, que ique com a tua capa també m. 41 Quem te obriga a
andar uma milha, vai com ele duas. 42 Dá a quem te pede, e nã o rejeites
quem te pede emprestado.
43 “Você s ouviram o que foi dito: 'Amará s o teu pró ximo e odeie seu
Judé ia, dizendo: 2 “Arrependei-vos, porque está pró ximo o reino dos
cé us!” 3 Pois este é aquele de quem falou o profeta Isaı́as, dizendo:
“A voz do que clama no deserto,
prepare o caminho do Senhor!
Faça seus caminhos retos!”
4 O pró prio Joã o usava roupas feitas de pê lo de camelo com um
aquele que vem apó s mim é mais poderoso do que eu, cujas sandá lias
nã o sou digno de levar. Ele te batizará no Espı́rito Santo. 12 A sua
forquilha está na sua mã o, e ele limpará completamente a sua eira. Ele
recolherá seu trigo no celeiro, mas o joio ele queimará com fogo
inextinguı́vel”.
13 Entã o veio Jesus da Galilé ia ao Jordã o ter com Joã o, para ser
batizado por ele. 14 Mas Joã o o teria impedido, dizendo: “Preciso ser
batizado por você , e você vem a mim?”
15 Mas Jesus, respondendo, disse-lhe: “Deixa agora, porque este é o
caminho para cumprirmos toda a justiça”. Entã o ele permitiu.
16 Jesus, sendo batizado, saiu logo da á gua; e eis que se lhe abriram
os cé us. Ele viu o Espı́rito de Deus descendo como uma pomba e vindo
sobre ele. 17 Eis que uma voz do cé u disse: “Este é o meu Filho amado,
em quem me comprazo”.
1 Coríntios 9
1 Nã o sou livre? Nã o sou um apó stolo? Nã o vi Jesus Cristo, nosso
nada me faltará .
2 Ele me faz deitar em pastos verdes.
temos um edifı́cio da parte de Deus, uma casa nã o feita por mã os,
eterna, nos cé us. 2 Pois certamente nisto gememos, desejando ser
revestidos da nossa habitaçã o que é do cé u, 3 se de fato, estando
vestidos, nã o seremos achados nus. 4 Pois nó s, que estamos nesta
tenda, gememos, sobrecarregados, nã o por querermos ser despidos,
mas por querermos ser vestidos, para que o que é mortal seja engolido
pela vida. 5 Ora, aquele que nos fez para isso mesmo é Deus, que
també m nos deu o penhor do Espı́rito.
6 Portanto, estamos sempre con iantes e sabemos que, enquanto
estamos no corpo, estamos ausentes do Senhor; 7 porque andamos por
fé , nã o por vista. 8 Somos corajosos, digo, e preferimos estar ausentes
do corpo e estar em casa com o Senhor. 9 Por isso també m procuramos,
em casa ou ausente, agradar-lhe bem. 10 Porque todos nó s devemos ser
revelados ante o tribunal de Cristo, para que cada um receba as coisas
por meio do corpo, segundo o que tiver feito, ou bem, ou mal.
11 Conhecendo, pois, o temor do Senhor, persuadimos os homens,
rogasse por nó s: rogamos-vos pela parte de Cristo que vos reconcilieis
com Deus. 21 Pois aquele que nã o conheceu pecado, ele o fez pecado por
nó s; para que nele nos torná ssemos justiça de Deus.
Mateus 1
1 Livro da genealogia de Jesus Cristo, ilho de Davi, ilho de Abraã o.
2 Abraã o tornou-se pai de Isaque. Isaque se tornou pai de Jacó . Jacó
tornou-se pai de Judá e seus irmã os. 3 Judá gerou Perez e Zerá por
Tamar. Perez tornou-se o pai de Hezrom. Hezron tornou-se o pai de
Ram. 4 Ram gerou a Aminadabe. Aminadabe tornou-se o pai de Nasom.
Nahshon tornou-se o pai de Salmon. 5 Salmon gerou Boaz por Raabe.
Boaz tornou-se o pai de Obede por Rute. Obede tornou-se o pai de
Jessé . 6 Jessé tornou-se pai do rei Davi. Davi tornou-se pai de Salomã o
por aquela que fora esposa de Urias. 7 Salomã o gerou Roboã o. Roboã o
foi pai de Abias. Abias tornou-se pai de Asa. 8 Asa gerou Josafá . Josafá
tornou-se pai de Jorã o. Jorã o tornou-se pai de Uzias. 9 Uzias gerou
Jotã o. Jotã o tornou-se pai de Acaz. Acaz tornou-se pai de Ezequias. 10
Ezequias gerou Manassé s. Manassé s tornou-se pai de Amom. Amon
tornou-se pai de Josias. 11 Josias gerou Jeconias e seus irmã os na é poca
do exı́lio na Babilô nia.
12 Depois do exı́lio na Babilô nia, Jeconias gerou Sealtiel. Salatiel
Entregue-me rapidamente.
Seja para mim uma rocha forte,
uma casa de defesa para me salvar.
3 Pois você é minha rocha e minha fortaleza,
homem.
Você os guardará secretamente em uma morada longe da contenda
de lı́nguas.
21 Louvado seja o Senhor,
seus olhos”.
No entanto, você ouviu a voz de minhas petiçõ es quando eu clamei
a você .
23 Amai Yahweh, vó s todos os seus santos!
em tua casa.
Eu me curvarei em direçã o ao seu santo templo em reverê ncia a
você .
8 Guia-me, Senhor, na tua justiça por causa dos meus inimigos.
toda a Judé ia, começando da Galilé ia até aqui”. 6 Mas, quando Pilatos
ouviu falar da Galilé ia, perguntou se aquele homem era galileu. 7
Quando soube que estava na jurisdiçã o de Herodes, enviou-o a
Herodes, que també m estava em Jerusalé m naqueles dias.
8 Ora, quando Herodes viu Jesus, alegrou-se muito, porque há muito
desejava vê -lo, porque tinha ouvido muitas coisas a seu respeito. Ele
esperava ver algum milagre feito por ele. 9 Ele o interrogou com muitas
palavras, mas ele nã o respondeu. 10 Os principais sacerdotes e os
escribas se levantaram, acusando-o com veemê ncia. 11 Herodes com
seus soldados o humilhou e zombou dele. Vestindo-o com roupas
luxuosas, eles o enviaram de volta a Pilatos. 12 Herodes e Pilatos
icaram amigos naquele mesmo dia, pois antes eram inimigos um do
outro.
13 Pilatos convocou os principais sacerdotes, os prı́ncipes e o povo,
14 e lhes disse: “Você s me trouxeram este homem como perverso do
Mas todos eles gritaram juntos, dizendo: “Fora com este homem! Solta-
nos Barrabá s!” — 19 aquele que foi lançado na prisã o por uma certa
revolta na cidade e por assassinato.
20 Entã o Pilatos falou novamente com eles, querendo soltar Jesus,
21 mas eles gritaram, dizendo: “Cruci ica! Cruci ique-o!”
22 Ele lhes disse pela terceira vez: “Por quê ? Que mal esse homem
fez? Nã o encontrei nele nenhum crime capital. Portanto, vou castigá -lo
e soltá -lo”. 23 Mas eles insistiam com grandes vozes, pedindo que o
cruci icassem. Suas vozes e as vozes dos principais sacerdotes
prevaleceram. 24 Pilatos decretou que se izesse o que eles pediam. 25
Ele soltou aquele que havia sido lançado na prisã o por insurreiçã o e
assassinato, a quem eles pediram, mas ele entregou Jesus à vontade
deles.
26 Quando o levaram, pegaram um Simã o Cireneu, vindo do campo,
paraı́so”.
44 Era jáquase a hora sexta, e as trevas cobriram toda a terra até a
hora nona. 45 O sol escureceu, e o vé u do templo se rasgou em dois. 46
Jesus, clamando em alta voz, disse: “Pai, nas tuas mã os entrego o meu
espı́rito!” Tendo dito isso, ele deu seu ú ltimo suspiro.
47 Quando o centuriã o viu o que havia acontecido, gloriicou a
Deus, dizendo: Certamente este era um homem justo. 48 Todas as
multidõ es que se ajuntaram para ver isso, vendo o que havia
acontecido, voltaram para casa batendo no peito. 49 Todos os seus
conhecidos e as mulheres que o seguiram da Galilé ia icaram à
distâ ncia, observando essas coisas.
50 Eis que um homem chamado José , que era membro do conselho,
homem bom e justo 51 (nã o havia consentido em seu conselho e açã o),
de Arimaté ia, cidade dos judeus, que també m esperava o Reino de Deus
: 52 este homem foi a Pilatos e pediu o corpo de Jesus. 53 Tirou-o,
envolveu-o num pano de linho e o depositou num sepulcro lavrado em
pedra, onde ningué m jamais havia sido sepultado. 54 Era o dia da
Preparaçã o, e o sá bado se aproximava. 55 As mulheres, que tinham
vindo com ele da Galilé ia, seguiram-no e viram o sepulcro, e como foi
sepultado o seu corpo. 56 Eles voltaram e prepararam especiarias e
unguentos. No sá bado, eles descansaram de acordo com o
mandamento.
Ezequiel 33
1 Veio a mim a palavra do Senhor, dizendo: 2 “Filho do homem, fala
você nã o falar para advertir o ı́mpio do seu caminho, esse ı́mpio
morrerá na sua iniqü idade, mas eu exigirei o seu sangue das suas mã os
. 9 No entanto, se você advertir o ı́mpio do seu caminho para se desviar
dele, e ele nã o se desviar do seu caminho; ele morrerá na sua
iniqü idade, mas tu livraste a tua alma.
10 “Você ,
ilho do homem, diga à casa de Israel: 'Você diz isso:
“Nossas transgressõ es e nossos pecados estã o sobre nó s, e nó s
de inhá mos neles. Como entã o podemos viver?” ' 11 Diga-lhes: ' Vivo eu,
diz o Senhor Deus, que nã o tenho prazer na morte do ı́mpio; mas que o
ı́mpio se desvie do seu caminho e viva. Vire, vire de seus maus
caminhos! Por que morrereis, casa de Israel?” '
12 “Você , ilho do homem, diga aos ilhos do seu povo: 'A justiça do
justo nã o o livrará no dia da sua desobediê ncia. E quanto à maldade do
ı́mpio, nã o cairá por ela no dia em que se converter da sua maldade;
nem o justo poderá viver por ela no dia em que pecar. 13 Quando eu
disser ao justo que ele certamente viverá ; se ele con ia em sua justiça e
comete iniqü idade, nenhuma de suas açõ es justas será lembrada; mas
ele morrerá na iniqü idade que cometeu. 14 Mais uma vez, quando eu
disser aos ı́mpios: “Certamente morrereis”; se ele se desviar de seu
pecado e izer o que é lı́cito e correto; 15 se o ı́mpio restituir o penhor,
restituir o que havia roubado, andando nos estatutos da vida, nã o
cometendo iniqü idade; ele certamente viverá . Ele nã o vai morrer. 16
Nenhum dos pecados que cometeu será lembrado contra ele. Ele fez o
que é lı́cito e certo. Ele certamente viverá .
17 “Mas os ilhos do teu povo dizem: “O caminho do Senhor nã o é
justo”; mas quanto a eles, seu caminho nã o é justo. 18 Quando o justo se
desviar da sua justiça e cometer iniqü idade, morrerá nela. 19 Quando o
ı́mpio se converter da sua maldade, e izer o que é lı́cito e justo, viverá
por ela. 20 No entanto, você s dizem: “O caminho do Senhor nã o é justo”.
Casa de Israel, julgarei cada um de você s segundo os seus caminhos.' ”
quer dizer com este prové rbio sobre a terra de Israel, dizendo:
'Os pais comeram uvas verdes,
e os dentes das crianças estã o no limite'?
3 Vivo eu, diz o Senhor Javé , você
nã o usará mais este prové rbio
em Israel. 4 Eis que todas as almas sã o minhas; como a alma do pai,
assim també m a alma do ilho é minha. A alma que pecar, essa morrerá .
10 “Se ele gerar um ilho ladrã o que derrama sangue e faz uma
dessas coisas, 11 ou que nã o faz nenhuma dessas coisas,
mas até comeu nos santuá rios da montanha,
e contaminou a mulher do seu pró ximo,
12 prejudicou o pobre e o necessitado,
e se tornar de outro homem, ele deve voltar para ela?' Essa terra nã o
estaria muito poluı́da? Mas você se prostituiu com muitos amantes;
mas volte novamente para mim”, diz Yahweh.
2 “Levante os olhos para as alturas nuas e veja! Onde você nã o se
deitou? Você icou esperando por eles na estrada, como um á rabe no
deserto. Você poluiu a terra com sua prostituiçã o e com sua maldade. 3
Por isso os aguaceiros foram retidos e nã o houve chuva serô dia; no
entanto, você teve a testa de uma prostituta e se recusou a se
envergonhar. 4 Nã o clamará s a mim a partir de agora: 'Meu Pai, tu é s o
guia da minha juventude!'?
5 “'Ele reterá
sua ira para sempre? Ele vai mantê -lo até o im? Eis
que falaste e izeste coisas má s, e seguiste o teu caminho”.
6 Alé m disso, o Senhor me disse nos dias do rei Josias: “Você viu o
que Israel desviado fez? Ela subiu em todos os montes altos e debaixo
de todas as á rvores verdes, e ali se prostituiu. 7 Eu disse depois que ela
fez todas essas coisas: 'Ela voltará para mim;' mas ela nã o voltou, e sua
traiçoeira irmã Judá viu. 8 Eu vi quando, por isso mesmo, que Israel
apó stata cometeu adulté rio, eu a repudiei e lhe dei uma certidã o de
divó rcio, mas o traiçoeiro Judá , sua irmã , nã o teve medo; mas ela
també m foi e jogou a prostituta. 9 Porque ela se prostituiu com
leviandade, a terra icou poluı́da, e ela cometeu adulté rio com pedras e
madeira. 10 Apesar de tudo isso, sua irmã traiçoeira, Judá , nã o voltou
para mim de todo o coraçã o, mas apenas ingindo”, diz o Senhor.
11 O Senhor me disse: “O rebelde Israel mostrou-se mais justo do
para fora, para que saibais que nã o acho motivo algum para acusar
contra ele”.
5 Jesus, pois, saiu com a coroa de espinhos e o manto de pú rpura.
dizendo: “Se você soltar este homem, você nã o é amigo de Cé sar! Todo
aquele que se faz rei fala contra Cé sar!”
13 Quando Pilatos, portanto, ouviu estas palavras, ele trouxe Jesus
corpos nã o icassem na cruz no sá bado (pois aquele sá bado era
especial), pediram a Pilatos que lhes quebrassem as pernas e ser
levado. 32 Vieram, pois, os soldados e quebraram as pernas do primeiro
e do outro que com ele foi cruci icado; 33 mas quando foram ter com
Jesus e viram que já estava morto, nã o lhe quebraram as pernas. 34 Mas
um dos soldados lhe furou o lado com uma lança, e logo saiu sangue e
á gua. 35 Aquele que viu testi icou, e seu testemunho é verdadeiro. Ele
sabe que diz a verdade, para que você creia. 36 Pois estas coisas
aconteceram para que se cumprisse a Escritura: “Nenhum osso dele
será quebrado”. 37 Outra Escritura diz: “Olharã o para aquele a quem
traspassaram”.
38 Depois destas coisas, José de Arimaté ia, sendo discı́pulo de Jesus,
mas secretamente por medo dos judeus, pediu a Pilatos que tirasse o
corpo de Jesus. Pilatos deu-lhe permissã o. Ele veio, portanto, e levou o
seu corpo. 39 Nicodemos, que primeiro veio a Jesus de noite, també m
veio trazendo uma mistura de mirra e aloé s, cerca de cem libras
romanas. 40 Entã o, tomaram o corpo de Jesus e o envolveram em panos
de linho com as especiarias, como é costume dos judeus sepultá -lo. 41
No lugar onde ele foi cruci icado havia um jardim. No jardim havia uma
tumba nova na qual nenhum homem havia sido colocado. 42 Entã o, por
causa do dia da preparaçã o dos judeus (pois o sepulcro estava
pró ximo), eles puseram Jesus ali.
Salmos 20
Para o Músico Chefe. Um Salmo de Davi.
1 Que Javé te responda no dia da angú stia.
disse: “Se agora tenho achado graça aos teus olhos, Senhor, deixa o
Senhor ir entre nó s, ainda que este seja um povo de dura cerviz; perdoa
a nossa iniqü idade e o nosso pecado, e toma-nos por tua herança”.
10 Ele disse: “Eis que faço uma aliança: diante de todo o teu povo
prostituam segundo os seus deuses, e nã o sacri iquem aos seus deuses,
e algué m vos chame e comais do seu sacrifı́cio; 16 e levas de suas ilhas
para teus ilhos, e suas ilhas se prostituem segundo seus deuses, e
fazes com que teus ilhos se prostituam segundo seus deuses.
17 “Nã o fareis para vó s ı́dolos de fundiçã o.
comeu pã o nem bebeu á gua. Ele escreveu nas tá buas as palavras da
aliança, os dez mandamentos.
29 Quando Moisé s desceu do monte Sinai com as duas tá buas da
qual, existindo em forma de Deus, nã o teve por apego ser igual a Deus, 7
antes esvaziou-se a si mesmo, assumindo a forma de servo, sendo feito
à semelhança dos homens. 8 E, achado em forma humana, humilhou-se
a si mesmo, tornando-se obediente até a morte, sim, a morte de cruz. 9
Por isso també m Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu o nome que
está acima de todo nome, 10 para que ao nome de Jesus se dobre todo
joelho, dos que estã o nos cé us, na terra e debaixo da terra, 11 e toda
lı́ngua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para gló ria de Deus Pai.
12 Portanto, meus amados, assim como você sempre obedeceu, nã o
apenas na minha presença, mas agora muito mais na minha ausê ncia,
trabalhe a sua pró pria salvaçã o com temor e tremor. 13 Pois é Deus
quem opera em você s tanto o querer como o realizar, para o seu
beneplá cito. 14 Fazei tudo sem queixas nem contendas, 15 para que vos
torneis irrepreensı́veis e inocentes, ilhos de Deus sem defeito no meio
de uma geraçã o corrupta e perversa, na qual sois vistos como luzes no
mundo, 16 sustentando a palavra de vida, para que eu tenha algo de que
me gloriar no dia de Cristo, de que nã o corri em vã o nem trabalhei em
vã o. 17 Sim, e se sou derramado sobre o sacrifı́cio e o serviço da vossa
fé , regozijo-me e regozijo-me com todos vó s. 18 Da mesma forma, você s
també m se alegram e se alegram comigo.
19 Mas espero no Senhor Jesus enviar-vos em breve Timó teo, para
procurando?”
Eles disseram: “Jesus de Nazaré ”.
8 Jesus respondeu: “Eu disse a você s que eu sou ele. Se, portanto,
você me procura, deixe que estes sigam seu caminho”, 9 para que se
cumprisse a palavra que ele falou: Dos que me deste, nenhum perdi.
10 Simã o Pedro, pois, tendo uma espada, puxou-a, feriu o servo do
28 Levaram, pois, Jesus de Caifá s para o Pretó rio. Era cedo, e eles
meu Pai; mas vá ter com meus irmã os e diga-lhes: 'Subo para meu Pai e
vosso Pai, meu Deus e vosso Deus'. ”
18 Maria Madalena veio e disse aos discı́pulos que ela tinha visto o
Senhor, e que ele havia dito essas coisas para ela. 19 Quando, pois, já era
tarde daquele dia, primeiro da semana, e fechadas as portas onde os
discı́pulos estavam reunidos, por medo dos judeus, veio Jesus, pô s-se
no meio e disse-lhes: Paz seja para você .”
20 Tendo dito isso, mostrou-lhes as mã os e o lado. Os discı́pulos,
e Tomé estava com eles. Jesus veio, estando as portas trancadas, e pô s-
se no meio, e disse: “Paz seja convosco”. 27 Entã o ele disse a Tomé : “Põ e
aqui o teu dedo e vê as minhas mã os. Alcance aqui sua mã o, e coloque-a
no meu lado. Nã o seja incré dulo, mas crente.”
28 Tomé respondeu: “Meu Senhor e meu Deus!”
29 Disse-lhe Jesus: “Porque me viste, você tem acreditado. Bem-
aventurados os que nã o viram e creram”.
30 Por isso Jesus fez muitos outros sinais na presença de seus
discı́pulos, que nã o estã o escritos neste livro; 31 mas estes estã o
escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para
que, crendo, tenhais vida em seu nome.
Cantares de Salomão 5
Amante
1 Cheguei ao meu jardim, minha irmã , minha noiva.
Eles me bateram.
Eles me machucaram.
Os guardas das muralhas tiraram-me o manto.
8 Conjuro-vos, ilhas de Jerusalé m,
Se você encontrar minha amada,
que você diga a ele que estou desmaiado de amor.
Amigos
9 Como o seu amado é melhor do que outro amado,
perfumes.
Seus lá bios sã o como lı́rios, pingando mirra lı́quida.
14 Suas mã os sã o como ané is de ouro engastados com berilo.
e os louvores do Senhor,
conforme tudo o que o Senhor nos deu,
e a grande bondade para com a casa de Israel,
que ele lhes deu segundo as suas misericó rdias,
e segundo a multidã o das suas benignidades.
8 Pois ele disse: Certamente, eles sã o o meu povo,
Moisé s?
Quem dividiu as á guas diante deles, para se tornar um nome
eterno?
13 Quem os conduziu pelas profundezas,
governou,
como aqueles que nã o foram chamados pelo seu nome.
Gênesis 49
1 Jacóchamou seus ilhos e disse: “Reú nam-se, para que eu possa
contar a você s o que acontecerá com você s nos pró ximos dias.
2 Reú nam-se e ouçam, ilhos de Jacó .
14 “Issacar é
jumento forte,
deitado entre os alforjes.
15 Ele viu um lugar de descanso, que era bom,
um somador no caminho,
que morde os calcanhares do cavalo,
para que seu cavaleiro caia para trá s.
18 Esperei a tua salvaçã o, Senhor.
antepassados,
acima dos limites das antigas colinas.
Eles estarã o sobre a cabeça de José ,
no alto da cabeça daquele que está separado de seus irmã os.
em tudo o que os profetas falaram! 26 O Cristo nã o teve que sofrer essas
coisas e entrar em sua gló ria?” 27 Começando por Moisé s e por todos os
profetas, explicou-lhes em todas as Escrituras as coisas a seu respeito.
28 Aproximaram-se da aldeia para onde iam, e ele agiu como se fosse
mais longe.
29 Eles insistiram com ele, dizendo: “Fica conosco, porque é quase
tarde e o dia está quase acabando”.
Ele entrou para icar com eles. 30 Depois de se sentar à mesa com
eles, tomou o pã o e deu graças. Quebrando-o, ele deu a eles. 31 Seus
olhos se abriram e eles o reconheceram, entã o ele desapareceu da vista
deles. 32 Diziam uns aos outros: Nã o ardia em nó s o nosso coraçã o,
enquanto ele nos falava pelo caminho e nos abria as Escrituras? 33
Levantaram-se naquela mesma hora, voltaram para Jerusalé m e
encontraram reunidos os onze e os que estavam com eles, 34 dizendo:
Verdadeiramente o Senhor ressuscitou e apareceu a Simã o! 35 Eles
contaram as coisas que aconteceram no caminho, e como ele foi
reconhecido por eles no partir do pã o.
36 Enquanto eles diziam essas coisas, o pró prio Jesus estava no
surgem dú vidas em seus coraçõ es? 39 Veja minhas mã os e meus pé s,
que sou verdadeiramente eu. Toque-me e veja, pois um espı́rito nã o
tem carne nem ossos, como você vê que eu tenho”. 40 Tendo dito isso,
mostrou-lhes as mã os e os pé s. 41 Enquanto eles ainda nã o creram de
alegria, e admirados, ele lhes disse: “Você s tê m alguma coisa aqui para
comer?”
42 Deram-lhe um pedaço de peixe assado e um favo de mel. 43 Ele os
pegou e comeu na frente deles. 44 Ele lhes disse: “Isto é o que eu lhes
disse, estando ainda com você s, que todas as coisas que estã o escritas
na lei de Moisé s, nos profetas e nos salmos, a meu respeito, devem ser
cumpridas”.
45 Entã o lhes abriu a mente para que entendessem as Escrituras. 46
Ele lhes disse: “Assim está escrito, e assim era necessá rio que o Cristo
padecesse e ressuscitasse dos mortos ao terceiro dia, 47 e que o
arrependimento e a remissã o dos pecados sejam pregados em seu
nome a todas as naçõ es, começando por Jerusalé m. 48 Você s sã o
testemunhas dessas coisas. 49 Eis que sobre vó s envio a promessa de
meu Pai. Mas esperem na cidade de Jerusalé m até serem revestidos de
poder do alto”.
50 Ele os conduziu até
Betâ nia, levantou as mã os e os abençoou. 51
Enquanto os abençoava, afastou-se deles e foi elevado ao cé u. 52 Eles o
adoraram e voltaram para Jerusalé m com grande alegria, 53 e estavam
continuamente no templo, louvando e bendizendo a Deus. Um homem.
Salmos 68
Para o Músico Chefe. Um Salmo de Davi. Uma canção.
1 Deixe Deus surgir!
entã o afaste-os.
Como a cera derrete diante do fogo,
assim que os ı́mpios pereçam na presença de Deus.
3 Mas alegrem-se os justos.
nevou em Zalmon.
15 As montanhas de Basã sã o montanhas majestosas.
milhares.
O Senhor está entre eles, desde o Sinai, até o santuá rio.
18 Você ascendeu ao alto.
para que a lı́ngua dos teus cã es tenha o seu quinhã o dos teus
inimigos”.
24 Eles viram as tuas procissõ es, Deus,
antiguidade;
eis que ele emite a sua voz, uma voz poderosa.
34 Atribua força a Deus!
que o Pai estabeleceu dentro de sua pró pria autoridade. 8 Mas você
receberá poder quando o Espı́rito Santo descer sobre você . Você s serã o
minhas testemunhas em Jerusalé m, em toda a Judé ia e Samaria, e até
os con ins da terra”.
9 Tendo ele dito estas coisas, enquanto eles olhavam, foi arrebatado,
que o Senhor Jesus entrou e saiu entre nó s, 22 começando pelo batismo
de Joã o, até o dia em que de nó s foi recebido, destes convé m tornar-se
testemunha conosco de sua ressurreiçã o”.
23 Apresentaram dois, José , chamado Barsabá s, també m chamado
iniqü idade,
em cujo espı́rito nã o há engano.
3 Quando me calei, meus ossos de inharam pelo meu gemido o dia
todo.
4 De dia e de noite a tua mã o pesava sobre mim.
entendimento,
que sã o controlados por freio e freio, ou entã o eles nã o se
aproximarã o de você .
10 Muitas dores vê m para os ı́mpios,
esculpida.
7 Eles queimaram o seu santuá rio até o chã o.
completamente”.
Eles queimaram todos os lugares da terra onde Deus era adorado.
9 Nã o vemos sinais milagrosos.
direita?
Tire-o do seu peito e consuma-os!
Sim, com meu espı́rito dentro de mim, vou buscá -lo com fervor;
pois quando os vossos juı́zos estã o na terra, os habitantes do
mundo aprendem a justiça.
10 Seja favorecido aos ı́mpios,
sobre nó s,
mas apenas reconheceremos seu nome.
14 Os mortos nã o viverã o.
parto,
está com dor e grita em suas dores,
assim fomos antes de ti, Senhor.
18 Nó s estivemos com criança.
mim)
para fazer a tua vontade, ó Deus.' ”
8 Antes dizendo: “Sacrifı́cios e ofertas e holocaustos e sacrifı́cios
pelo pecado que nã o quiseste, nem neles teve prazer” (aqueles que sã o
oferecidos segundo a lei), 9 entã o ele disse: “Eis que tenho vem fazer a
tua vontade”. Ele tira o primeiro, para estabelecer o segundo, 10 pelo
qual teremos sido santi icados pela oferta do corpo de Jesus Cristo,
feita uma vez por todas. 11 Todo sacerdote está de pé , dia apó s dia,
servindo e oferecendo muitas vezes os mesmos sacrifı́cios que nunca
podem tirar os pecados, 12 mas ele, havendo oferecido um só sacrifı́cio
pelos pecados para sempre, assentou-se à direita de Deus, 13 desde
entã o esperando até que seus inimigos sejam postos por escabelo de
seus pé s. 14 Pois com uma só oferta aperfeiçoou para sempre os que
estã o sendo santi icados. 15 O Espı́rito Santo també m nos dá
testemunho, pois depois de dizer:
16 “Esta é a aliança que farei com eles:
iniqü idades”.
18 Ora, onde há remissã o destes, nã o há mais oferta pelo pecado.
19 Tendo, pois, irmã os, ousadia para entrar no santuá rio pelo
sangue de Jesus, 20 pelo caminho que ele nos consagrou, caminho novo
e vivo, pelo vé u, isto é , pela sua carne, 21 e tendo grande sacerdote da
casa de Deus, 22 aproximemo-nos com verdadeiro coraçã o, em
plenitude de fé , tendo o coraçã o puri icado da má consciê ncia e lavado
o corpo com á gua pura, 23 retenhamos irmes a con issã o da nossa
esperança, sem vacilar; porque aquele que prometeu é iel.
24 Pensemos em como nos provocarmos uns aos outros ao amor e
nossos pais nos contaram o trabalho que você fez em seus dias,
nos dias de antigamente.
2 Tu expulsaste as naçõ es com a tua mã o,
A pró pria memó ria das cidades que você derrubou pereceu.
7 Mas o Senhor reina para sempre.
da minha cabeça.
Aqueles que querem me cortar, sendo meus inimigos
injustamente, sã o poderosos.
Eu tenho que restaurar o que eu nã o tirei.
5 Deus, tu conheces a minha tolice.
Dá ouvidos à minha oraçã o que nã o sai de lá bios enganosos.
2 Que a minha sentença saia da tua presença.
Derrube-o.
Livra a minha alma dos ı́mpios pela tua espada,
14 dos homens pela tua mã o, Senhor,
dos homens do mundo, cuja porçã o está nesta vida.
Você enche a barriga de seus entes queridos.
Seus ilhos tê m muito,
e acumulam riquezas para seus ilhos.
15 Quanto a mim, verei a tua face em justiça.
no ano que vem; e eis que Sara, tua mulher, terá um ilho”.
Sarah ouviu na porta da barraca, que estava atrá s dele. 11 Ora,
Abraã o e Sara eram velhos, bem avançados em idade. Sarah tinha
passado da idade de ter ilhos. 12 Sara riu consigo mesma, dizendo:
“Depois que eu envelhecer, terei prazer, pois meu senhor també m está
velho?”
13 O Senhor disse a Abraã o: “Por que Sara riu, dizendo: 'Será
que
eu realmente terei um ilho quando for velha?' 14 Há alguma coisa difı́cil
demais para Javé ? Na hora marcada eu voltarei para você , quando a
estaçã o chegar, e Sara terá um ilho”.
15 Entã o Sara negou, dizendo: “Eu nã o ri”, porque ela estava com
medo.
Ele disse: “Nã o, mas você riu”.
16 Os homens se levantaram dali e olharam para Sodoma. Abraã o foi
com eles para vê -los em seu caminho. 17 O Senhor disse: “Ocultarei de
Abraã o o que faço, 18 visto que Abraã o certamente se tornará uma
grande e poderosa naçã o, e nele serã o benditas todas as naçõ es da
terra? 19 Porque eu o conheço, para que ordene a seus ilhos e à sua
casa depois dele, para que guardem o caminho do Senhor, fazendo
justiça e juı́zo; para que o Senhor faça acontecer a Abraã o o que dele
falou”. 20 Javé disse: “Por ser grande o clamor de Sodoma e Gomorra, e
porque o pecado deles é muito grave, 21 eu descerei agora e verei se
suas açõ es sã o tã o ruins quanto as notı́cias que chegaram até mim. Se
nã o, eu vou saber.”
22 Os homens voltaram dali e foram para Sodoma, mas Abraã o
(sim, eu libertei aquele que sem causa era meu adversá rio),
5 persiga o inimigo a minha alma e a alcance;
Sua violê ncia descerá sobre a coroa de sua pró pria cabeça.
17 Darei graças ao Senhor segundo a sua justiça,
Aquele que fala falsidade nã o será estabelecido diante dos meus
olhos.
8 Manhã apó s manhã , destruirei todos os ı́mpios da terra,
Pai, o declarou.
19 Este é
o testemunho de Joã o, quando os judeus enviaram
sacerdotes e levitas de Jerusalé m para lhe perguntar: “Quem é você ?”
20 Ele declarou, e nã o negou, mas declarou: “Eu nã o sou o Cristo”.
levar de volta à queles que nos enviaram. O que você diz sobre você ?”
23 Ele disse: “Eu sou a voz do que clama no deserto: ‘Endireitai o
entã o você batiza, se você nã o é o Cristo, nem Elias, nem o profeta?”
26 Joã o lhes respondeu: “Eu batizo em á gua, mas entre você s está
um que você s nã o conhecem. 27 Ele é o que vem depois de mim, o que é
preferido antes de mim, cuja sandá lia nã o sou digno de desatar”. 28
Essas coisas foram feitas em Betâ nia, alé m do Jordã o, onde Joã o
batizava.
29 No dia seguinte, ele viu Jesus que vinha para ele e disse: “Eis o
Eles vieram e viram onde ele estava hospedado, e icaram com ele
naquele dia. Era por volta da dé cima hora. 40 Um dos dois que ouviram
Joã o e o seguiram foi André , irmã o de Simã o Pedro. 41 Ele primeiro
encontrou seu pró prio irmã o, Simã o, e lhe disse: “Encontramos o
Messias!” (que é , sendo interpretado, Cristo). 42 Ele o trouxe a Jesus.
Jesus olhou para ele e disse: “Você é Simã o, ilho de Jonas. Você será
chamado Cefas” (que é por interpretaçã o, Pedro). 43 No dia seguinte, ele
estava decidido a sair para a Galilé ia e encontrou Filipe. Jesus lhe disse:
“Segue-me”. 44 Ora, Filipe era de Betsaida, da cidade de André e Pedro.
45 Filipe encontrou Natanael e lhe disse: “Achamos aquele de quem
inveja e toda maledicê ncia, 2 como recé m-nascidos, anseie pelo leite
puro da Palavra, para que com ele cresça, 3 se de fato você provou que o
Senhor é misericordioso: 4 vindo para ele, uma pedra viva, rejeitada na
verdade pelos homens, mas escolhida por Deus, preciosa. 5 També m
vó s, como pedras vivas, sois edi icados casa espiritual, sacerdó cio
santo, para oferecer sacrifı́cios espirituais agradá veis a Deus por Jesus
Cristo. 6 Por estar contido nas Escrituras,
“Eis que ponho em Siã o uma pedra angular, escolhida e preciosa:
Quem nele crê nã o icará desapontado”.
7 Portanto, para vó s que credes é a honra, mas para os
desobedientes,
“A pedra que os construtores rejeitaram
tornou-se a principal pedra angular”,
8 e,
falarem contra vó s como malfeitores, pelas vossas boas obras que
virem, glori iquem a Deus no dia da visitaçã o.
13 Sujeitai-vos, pois, a toda ordenança humana por amor do
o rei.
18 Servos, sujeitem-se com todo o respeito aos seus senhores: nã o
só aos bons e gentis, mas també m aos ı́mpios. 19 Porque é louvá vel que
algué m suporte dores, sofrendo injustamente, por causa da consciê ncia
para com Deus. 20 Pois que gló ria há se, ao pecar, você suporta com
paciê ncia o espancamento? Mas se, quando você faz o bem, você
suporta pacientemente o sofrimento, isso é louvá vel para Deus. 21 Pois
para isso fostes chamados, porque també m Cristo sofreu por nó s,
deixando-vos exemplo, para que sigais os seus passos, 22 que nã o
pecou, “nem se achou engano na sua boca”. 23 Quando ele foi
amaldiçoado, ele nã o amaldiçoou de volta. Quando sofria, nã o
ameaçava, mas entregava-se à quele que julga com justiça. 24 Ele mesmo
levou em seu corpo os nossos pecados sobre o madeiro, para que,
mortos para os pecados, pudé ssemos viver para a justiça. Você foi
curado por suas feridas. 25 Pois você s andavam desgarrados como
ovelhas; mas agora você s voltaram para o Pastor e Supervisor de suas
almas.
Mateus 6
1 “Tenha cuidado para nã o fazer sua doaçã o de caridade diante dos
homens, para ser visto por eles, ou entã o você nã o terá recompensa de
seu Pai que está nos cé us. 2 Portanto, quando você izer obras de
misericó rdia, nã o toque a trombeta diante de si mesmo, como fazem os
hipó critas nas sinagogas e nas ruas, para que obtenham gló ria dos
homens. Certamente eu lhe digo, eles receberam sua recompensa. 3
Mas quando você izer obras de misericó rdia, nã o deixe sua mã o
esquerda saber o que sua mã o direita faz, 4 para que as tuas
misericó rdias iquem em segredo, entã o teu Pai, que vê em secreto, te
recompensará publicamente.
5 “Quando orardes, nã o sereis como os hipó critas, porque gostam
de orar em pé nas sinagogas e nas esquinas das ruas, para serem vistos
pelos homens. Certamente, eu lhe digo, eles receberam sua
recompensa. 6 Mas tu, quando orares, entra no teu aposento e,
fechando a tua porta, ora a teu Pai que está em secreto; e teu Pai, que vê
em secreto, te recompensará publicamente. 7 Ao orar, nã o use
repetiçõ es vã s como fazem os gentios; porque pensam que serã o
ouvidos pelo seu muito falar. 8 Portanto, nã o seja como eles, pois seu
Pai sabe das coisas que você precisa antes que você peça a ele. 9 Ore
assim:
“'Pai nosso que está s nos cé us, santi icado seja o teu nome.
10 Que venha o seu Reino.
ao tempo de vida dele? 28 Por que você está preocupado com roupas?
Considere os lı́rios do campo, como eles crescem. Eles nã o trabalham,
nem iam, 29 contudo, digo-vos que nem mesmo Salomã o em toda a sua
gló ria se vestiu como um destes. 30 Mas se Deus assim veste a erva do
campo, que hoje existe e amanhã é lançada no forno, nã o vestirá muito
mais você s, homens de pouca fé ?
31 “Portanto, nã o
ique ansioso, dizendo: 'O que vamos comer?', 'O
que vamos beber?' ou, 'De que seremos vestidos?' 32 Pois os gentios
buscam todas essas coisas; pois seu Pai celestial sabe que você precisa
de todas essas coisas. 33 Mas busque primeiro o Reino de Deus e sua
justiça; e todas estas coisas vos serã o dadas també m. 34 Portanto, nã o
ique ansioso pelo amanhã , pois o amanhã estará ansioso por si
mesmo. O pró prio mal de cada dia é su iciente.
Romanos 14
1 Agora aceita aquele que é fraco na fé , mas nã o para disputas de
opiniã o. 2 Um homem tem fé para comer todas as coisas, mas aquele
que é fraco come apenas vegetais. 3 Nã o permita que aquele que come
despreze aquele que nã o come. Nã o deixe que quem nã o come julgue
quem come, pois Deus o aceitou. 4 Quem sã o você s que julgam o servo
alheio? Para seu pró prio senhor ele se levanta ou cai. Sim, ele será
posto de pé , pois Deus tem poder para fazê -lo icar de pé .
5 Um homem considera um dia mais importante. Outro estima
“Ele lhes disse: 'Você s també m vã o para a vinha e receberã o o que
for certo'.
8 “Ao cair da tarde, o senhor da vinha disse ao seu administrador:
de errado com você . Você nã o concordou comigo por um dená rio? 14
Pegue o que é seu e siga seu caminho. E meu desejo dar a este ú ltimo
tanto quanto a você . 15 Nã o me é lı́cito fazer o que quero com o que
possuo? Ou seu olho é mau, porque eu sou bom?' 16 Assim, os ú ltimos
serã o os primeiros, e os primeiros serã o os ú ltimos. Pois muitos sã o
chamados, mas poucos sã o escolhidos”.
17 Enquanto subia a Jerusalé m, Jesus chamou os doze discı́pulos à
Você pode beber o cá lice que estou para beber e ser batizado com o
batismo com que sou batizado?”
Disseram-lhe: “Podemos”.
23 Ele lhes disse: “De fato bebereis o meu cá lice, e sereis batizados
com o batismo com que eu sou batizado; mas sentar-se à minha direita
e à minha esquerda nã o é meu para dar, mas é para quem foi preparado
por meu Pai”.
24 Quando os dez ouviram isso, icaram indignados com os dois
irmã os.
25 Mas Jesus os chamou e disse: “Você s sabem que os governantes
de nada vos aproveitará . 3 Sim, novamente testi ico a todo homem que
recebe a circuncisã o que é devedor de cumprir toda a lei. 4 Você s estã o
alienados de Cristo, você s que desejam ser justi icados pela lei. Você
caiu da graça. 5 Pois nó s, pelo Espı́rito, pela fé esperamos a esperança
da justiça. 6 Pois em Cristo Jesus nem a circuncisã o vale nada, nem a
incircuncisã o, mas a fé que atua pelo amor. 7 Você estava correndo bem!
Quem interferiu em você para que você nã o obedecesse à verdade? 8
Essa persuasã o nã o vem daquele que te chama. 9 Um pouco de
fermento cresce em toda a massa. 10 Eu con io em você s no Senhor que
você s nã o pensarã o de outra maneira. Mas aquele que te perturba será
julgado, seja ele quem for.
11 Mas eu, irmã os, se ainda prego a circuncisã o, por que ainda sou
Í
1. Introduçã o
T
O presente volume dos mais importantes escritos ilosó icos e
teoló gicos de Santo Anselmo conté m: (1) O Proslogium (2) o
Monologium , (3) o Cur Deus Homo e (4) a tı́tulo de
complemento histó rico, um Apê ndice ao Monologium intitulado Em
nome do tolo por Gaunilon, um monge de Marmoutiers. O Proslogium
(que, embora posterior ao Monologium , é aqui colocado em primeiro
lugar, pois conté m o famoso argumento ontoló gico), o Monologium e o
Apê ndice foram traduzidos pelo Sr. Sidney Norton Deane, de New
Haven, Connecticut; o Cur Deus Homo foi feito por James Gardiner Vose,
anteriormente de Milton, Connecticut, e mais tarde de Providence, RI, e
publicado em 1854 e 1855 na Bibliotheca Sacra, entã o publicado em
Andover, Massachusetts, por Warren F. Draper. Os agradecimentos do
pú blico leitor sã o devidos a todos esses senhores por seus trabalhos
gratuitos em prol da iloso ia.
(APOS WEBER.[ 1 ])
“Tudo o que existe, diz ele, tem sua causa, e essa causa pode ser
uma ou muitas. Se for um, entã o temos o que procuramos: Deus, o ser
unitá rio a quem todos os outros seres devem sua origem. Se for
mú ltiplo, há trê s possibilidades: (1) O mú ltiplo pode depender da
unidade como sua causa; ou (2) Cada coisa que compõ e o manifold
pode ser auto-causada; ou (3) Cada coisa pode dever sua existê ncia a
todas as outras coisas. O primeiro caso é idê ntico à hipó tese de que
tudo procede de uma ú nica causa; pois depender de vá rias causas,
todas as quais dependem de uma ú nica causa, signi ica depender dessa
ú nica causa. No segundo caso, devemos supor que existe um poder,
força ou faculdade de auto-existê ncia comum a todas as causas
particulares assumidas pela hipó tese; um poder no qual todos
participam e estã o incluı́dos. Mas isso nos daria o que tı́nhamos no
primeiro caso, uma causa unitá ria absoluta. A terceira suposiçã o, que
faz com que cada uma das "causas primeiras" dependa de todas as
demais, é absurda; pois nã o podemos sustentar que uma coisa tenha
por causa e condiçã o de existê ncia uma coisa da qual ela mesma seja
causa e condiçã o. Por isso somos compelidos a acreditar em um ser que
é a causa de tudo o que existe, sem ser causado por nada mesmo, e que
por isso mesmo é in initamente mais perfeito do que qualquer outra
coisa: é o mais real ( ens realissimum ), o mais poderoso e melhor ser.
Como nã o depende de nenhum ser ou de qualquer condiçã o de
existê ncia que nã o seja ela mesma, é um se e por si; existe, nã o porque
outra coisa existe, mas existe porque existe; isto é , existe
necessariamente, é necessá rio ser.
DESCARTES [ 2 ]
“Mas agora, se do simples fato de que posso extrair de meu
pensamento a ideia de qualquer coisa se segue que tudo o que
reconheço clara e distintamente pertencer a essa coisa pertence a ela
na realidade, nã o posso tirar disso um argumento e uma demonstraçã o
da existê ncia de Deus? E certo que nã o encontro em mim menos a idé ia
dele, isto é , de um ser supremamente perfeito, do que a de qualquer
igura ou de qualquer nú mero; e nã o sei menos clara e distintamente
que uma existê ncia real e eterna pertence à sua natureza do que sei que
tudo o que posso demonstrar de qualquer igura ou de qualquer
nú mero pertence verdadeiramente à natureza dessa igura ou desse
nú mero: e, portanto, embora tudo o que concluı́ nas meditaçõ es
anteriores possa nã o se revelar verdadeiro, a existê ncia de Deus deve
passar em minha mente como sendo pelo menos tã o certa quanto
considerei até agora as verdades da matemá tica, o que tê m a ver apenas
com nú meros e iguras: embora, de fato, isso possa nã o parecer à
primeira vista perfeitamente evidente, mas pode parecer ter alguma
aparê ncia de so isma. Por estar acostumado em todas as outras coisas a
distinguir entre existê ncia e essê ncia, facilmente me convenço de que a
existê ncia pode ser separada da essê ncia de Deus, e assim Deus pode
ser concebido como nã o existente em ato. Mas, no entanto, quando
penso com mais atençã o, descubro que a existê ncia nã o pode ser
separada da essê ncia de Deus, assim como da essê ncia de um triâ ngulo
retilı́neo nã o pode ser separada a igualdade de seus trê s â ngulos a dois
â ngulos retos, ou, de fato, se por favor, da ideia de uma montanha a
ideia de um vale; para que nã o houvesse menos contradiçã o em
conceber um Deus, isto é , um ser supremamente perfeito, a quem
faltava a existê ncia, isto é , a quem faltava qualquer perfeiçã o, do que
conceber uma montanha que nenhum vale.
SPINOZA [ 3 ]
“ Outra Prova .—De tudo, seja qual for, uma causa ou razã o deve
ser atribuı́da, seja por sua existê ncia, ou por sua nã o-existê ncia – por
exemplo, se existe um triâ ngulo, uma razã o ou causa deve ser
concedida para sua existê ncia; se, pelo contrá rio, nã o existir, deve
també m ser concedida uma causa que o impeça de existir, ou anule a
sua existê ncia. Essa razã o ou causa deve estar contida na natureza da
coisa em questã o ou ser externa a ela. Por exemplo, a razã o da
inexistê ncia de um cı́rculo quadrado é indicada em sua natureza, a
saber, porque envolveria uma contradiçã o. Por outro lado, a existê ncia
da substâ ncia decorre també m unicamente de sua natureza, na medida
em que sua natureza envolve a existê ncia. (Ver Prop. vii.)
“Se, entã o, nenhuma causa ou razã o pode ser dada, que impeça a
existê ncia de Deus, ou que destrua sua existê ncia, devemos certamente
concluir que ele necessariamente existe. Se tal razã o ou causa deve ser
dada, deve ser extraı́da da pró pria natureza de Deus ou ser externa a
ele – isto é , extraı́da de outra substâ ncia de outra natureza. Pois se fosse
da mesma natureza, Deus, por esse mesmo fato, seria admitido a existir.
Mas a substâ ncia de outra natureza nã o poderia ter nada em comum
com Deus (pela prop. ii.) e, portanto, seria incapaz de causar ou
destruir sua existê ncia.
“Como, entã o, uma razã o ou causa que anularia a existê ncia divina
nã o pode ser extraı́da de nada externo à natureza divina, tal causa deve
forçosamente, se Deus nã o existir, ser extraı́da da pró pria natureza de
Deus, o que envolveria uma contradiçã o. Fazer tal a irmaçã o sobre um
ser absolutamente in inito e supremamente perfeito é absurdo;
portanto, nem na natureza de Deus, nem externamente à sua natureza,
pode ser atribuı́da uma causa ou razã o que anule sua existê ncia.
Portanto, Deus necessariamente existe. QED
“No entanto, para acabar com esse equı́voco, nã o preciso mostrar
aqui a medida da verdade no prové rbio 'o que vem rapidamente, passa
rapidamente', nem discutir se, do ponto de vista da natureza universal,
todas as coisas sã o igualmente fá ceis. , ou de outra forma: preciso
apenas observar que nã o estou falando aqui de coisas que passam por
causas externas a elas mesmas, mas apenas de substâ ncias que (pela
prop. vi.) nã o podem ser produzidas por nenhuma causa externa. As
coisas que sã o produzidas por causas externas, sejam elas constituı́das
de muitas ou poucas partes, devem qualquer perfeiçã o ou realidade que
possuam unicamente à e icá cia de sua causa externa e, portanto, sua
existê ncia surge apenas da perfeiçã o de sua causa externa, nã o de sua
ter. Ao contrá rio, qualquer perfeiçã o possuı́da pela substâ ncia nã o se
deve a nenhuma causa externa; portanto, a existê ncia da substâ ncia
deve surgir unicamente de sua pró pria natureza, que nada mais é do
que sua essê ncia. Assim, a perfeiçã o de uma coisa nã o anula sua
existê ncia, mas, ao contrá rio, a a irma. A imperfeiçã o, por outro lado,
anula-a; portanto, nã o podemos estar mais certos da existê ncia de
qualquer coisa do que da existê ncia de um ser absolutamente in inito
ou perfeito, isto é , de Deus. Pois como sua essê ncia exclui toda
imperfeiçã o e envolve a perfeiçã o absoluta, toda causa de dú vida sobre
sua existê ncia é eliminada, e a má xima certeza sobre a questã o é dada.
Isso, eu acho, será evidente para todo leitor moderadamente atento.”
BLOQUEIO [ 4 ]
LEIBNITZ [ 5 ]
KANT [ 6 ]
HEGEL [ 7 ]
“Esta prova foi incluı́da entre as vá rias provas até o tempo de Kant,
e – por alguns que ainda nã o chegaram ao ponto de vista kantiano –
está incluı́da até os dias atuais. E diferente do que encontramos e lemos
entre os antigos. Pois foi dito que Deus é pensamento absoluto como
objetivo; pois porque as coisas no mundo sã o contingentes, elas nã o sã o
a verdade em si e para si - mas isso se encontra no in inito. Os
escolá sticos també m conheciam bem da iloso ia aristoté lica a
proposiçã o metafı́sica de que a potencialidade nã o é nada por si
mesma, mas é claramente uma com a atualidade. Mais tarde, por outro
lado, a oposiçã o entre o pró prio pensamento e o Ser começou a
aparecer com Anselmo. E digno de nota que só agora, pela primeira vez,
na Idade Mé dia e no cristianismo, a noçã o e o ser universais, como é
para a concepçã o ordiná ria, se estabeleceram nessa pura abstraçã o
como esses extremos in initos; e assim a lei suprema veio à consciê ncia.
Mas alcançamos nossas profundezas mais profundas ao trazer a mais
alta oposiçã o à consciê ncia. Apenas nenhum avanço foi feito alé m da
divisã o como tal, embora Anselmo també m tentasse encontrar a
conexã o entre os lados. Mas enquanto até agora Deus aparecia como o
existente absoluto, e o universal era atribuı́do a Ele como predicado,
uma ordem oposta começa com Anselmo – o Ser torna-se predicado, e a
Ideia absoluta é primeiramente estabelecida como sujeito, mas sujeito
do pensamento. Assim, se a existê ncia de Deus é uma vez abandonada
como primeira hipó tese e estabelecida como resultado do pensamento,
a autoconsciê ncia está a caminho de voltar para dentro de si mesma.
Entã o temos a pergunta chegando, Deus existe? enquanto do outro lado
a questã o de maior importâ ncia era: O que é Deus?
“A prova ontoló gica, que é a primeira prova propriamente
metafı́sica da existê ncia de Deus, passou, portanto, a signi icar que
Deus, como Ideia de existê ncia que une em si toda a realidade, tem
també m em si a realidade da existê ncia; esta prova segue assim da
noçã o de Deus, que Ele é a essê ncia universal de toda essê ncia. A deriva
desse raciocı́nio é , segundo Anselmo ( Proslogium, C. 2), a seguinte:
'Uma coisa é dizer que uma coisa está no entendimento, e outra é
perceber que ela existe. Mesmo uma pessoa ignorante ( insipiens )
estará assim bastante convencida de que no pensamento há algo alé m
do qual nada maior pode ser pensado; pois quando ele ouve isso, ele
entende, e tudo o que é entendido está no entendimento. Mas aquilo
alé m do qual nada maior pode ser pensado certamente nã o pode estar
apenas no entendimento. Pois se for aceito apenas como pensamento,
podemos ir mais longe para aceitá -lo como existente; que, no entanto, é
algo maior do que o que é meramente pensado. 'Assim, se alé m do qual
nada maior pode ser pensado meramente no entendimento, aquilo
alé m do qual nada maior pode ser pensado seria algo alé m do qual algo
maior pode ser pensado. Mas isso é realmente impossı́vel; existe,
portanto, sem dú vida, tanto no entendimento quanto na realidade, algo
alé m do qual nada maior pode ser pensado.' A concepçã o mais elevada
nã o pode estar apenas no entendimento; é essencial que ela exista.
Assim ica claro que o Ser está subsumido de maneira super icial no
universal da realidade, que nessa medida o Ser nã o entra em oposiçã o
com o Conceito. Isso está certo; apenas a transiçã o nã o é demonstrada –
que o entendimento subjetivo se anula. Esta, no entanto, é apenas a
questã o que dá todo o interesse ao assunto. Quando a realidade ou a
completude se expressa de tal maneira que ainda nã o é posta como
existente, é algo pensado, e antes oposto ao ser do que subsumido a ele.
JA DORNER [ 8 ]
LOTE [ 9 ]
BIBLIOGRAFIA.
O miserá vel sina do homem, quando ele perdeu aquilo para o qual
foi feito! O duro e terrı́vel destino! Infelizmente, o que ele perdeu e o
que ele encontrou? O que partiu e o que resta? Ele perdeu a bem-
aventurança para a qual foi feito e encontrou a misé ria para a qual nã o
foi feito. O que se foi sem o qual nada é feliz, e o que permanece o que,
em si mesmo, é apenas miserá vel. O homem uma vez comeu o pã o dos
anjos, pelo qual ele tem fome agora; ele come agora o pã o das dores,
das quais ele nã o sabia entã o. Infelizmente! para o luto de toda a
humanidade, para a lamentaçã o universal dos ilhos de Hades! Ele
engasgou de saciedade, nó s suspiramos de fome. Ele abundava, nó s
imploramos. Ele possuı́a em felicidade, e miseravelmente abandonou
sua posse; sofremos carê ncia na infelicidade e sentimos um desejo
miserá vel, e ai! continuamos vazios.
Por que ele nã o guardou para nó s, quando podia com tanta
facilidade, aquela cuja falta deverı́amos sentir tã o fortemente? Por que
ele nos afastou da luz e nos cobriu com as trevas? Com que propó sito
ele nos roubou a vida e nos in ligiu a morte? Desgraçados que somos,
de onde fomos expulsos; para onde somos conduzidos? De onde
arremessado? Para onde consignado à ruı́na? De um paı́s natal ao exı́lio,
da visã o de Deus à nossa cegueira atual, da alegria da imortalidade à
amargura e horror da morte. Troca miserá vel de quã o grande é um
bem, por quã o grande é um mal! Perda pesada, tristeza pesada, pesado
todo o nosso destino!
Seja meu olhar para a tua luz, mesmo de longe, mesmo das
profundezas. Ensina-me a te buscar, e revela-te a mim, quando te
procuro, pois nã o posso te buscar, a menos que me ensines, nem te
encontrar, a menos que te reveles. Deixe-me buscar-te no desejo, deixe-
me ansiar por ti na busca; deixe-me encontrar-te no amor, e amar-te ao
encontrar. Senhor, reconheço e agradeço-te que me criaste a esta tua
imagem, para que eu me lembre de ti, te conceba e te ame; mas essa
imagem foi tã o consumida e desperdiçada por vı́cios, e obscurecida
pela fumaça do mal, que nã o pode alcançar aquilo para o qual foi feita, a
menos que você a renove e a crie de novo. Eu nã o me esforço, ó Senhor,
para penetrar em tua sublimidade, pois de modo algum comparo meu
entendimento com isso; mas desejo compreender em algum grau a tua
verdade, na qual meu coraçã o acredita e ama. Pois nã o procuro
compreender para crer, mas creio para compreender. Por isso també m
acredito: que, a menos que cresse, nã o entenderia.
Proslogium - ou discurso sobre a existê ncia de Deus
CAPÍTULO II
V D ,
: N D .
B
UT como o tolo disse em seu coraçã o o que ele nã o podia
conceber; ou como é que ele nã o podia conceber o que disse em
seu coraçã o? pois é o mesmo dizer no coraçã o e conceber.
C
O QUE é s tu, entã o, Senhor Deus, do qual nada maior pode ser
concebido? Mas o que é s tu, senã o aquele que, como o mais
elevado de todos os seres, só existe por si mesmo e cria todas as
outras coisas do nada? Pois, tudo o que nã o é isso é menos do que uma
coisa que pode ser concebida. Mas isso nã o pode ser concebido de ti.
Que bem, portanto, falta ao Bem supremo, pelo qual todo bem é ?
Portanto, tu é s justo, verdadeiro, bem-aventurado e tudo o que é
melhor ser do que nã o ser. Pois é melhor ser justo do que nã o justo;
melhor ser abençoado do que nã o abençoado.
Proslogium - ou discurso sobre a existê ncia de Deus
CAPÍTULO VI
C D ( ),
. — D , , ,
; . A
,
.
B
UT, embora seja melhor para ti ser sensato, onipotente,
compassivo, sem paixã o, do que nã o ser essas coisas; como é s
sensato, se nã o é s um corpo; ou onipotente, se você nã o tem
todos os poderes; ou ao mesmo tempo compassivo e sem paixã o? Pois,
se apenas as coisas corpó reas sã o sensı́veis, visto que os sentidos
abrangem um corpo e estã o em um corpo, como você é sensı́vel,
embora nã o seja um corpo, mas um Espı́rito supremo, que é superior ao
corpo? Mas, se o sentimento é apenas conhecimento, ou pelo
conhecimento, – pois aquele que sente obté m conhecimento de acordo
com as funçõ es pró prias de seus sentidos; como atravé s da visã o, das
cores; atravé s do paladar, dos sabores, - tudo o que de alguma forma
conhece nã o é inadequadamente dito, de alguma forma, sentir.
B
UT como você é onipotente, se você nã o é capaz de todas as
coisas? Ou, se você nã o pode ser corrompido, e nã o pode
mentir, nem fazer o que é verdadeiro, falso – como, por
exemplo, se você deve fazer o que foi feito nã o ter sido feito, e coisas do
gê nero – como você é capaz? de todas as coisas? Ou entã o ser capaz
dessas coisas nã o é poder, mas impotê ncia. Pois quem é capaz dessas
coisas é capaz do que nã o é para seu bem e do que nã o deve fazer; e
quanto mais capaz deles ele for, mais poder terá contra ele a
adversidade e a perversidade; e menos ele pró prio tem contra estes.
Aquele, entã o, que é assim capaz nã o o é por poder, mas por
impotê ncia. Pois, nã o se diz que ele é capaz porque é capaz por si
mesmo, mas porque sua impotê ncia dá a outra coisa poder sobre ele.
Ou, por uma igura de linguagem, tantas palavras sã o inadequadamente
aplicadas, como quando usamos “to be” para “nã o ser” e “to do” para o
que realmente é nã o fazer, “ou nã o fazer nada”. ” Pois, muitas vezes
dizemos a um homem que nega a existê ncia de algo: “E como você diz
que é ”, embora possa parecer mais apropriado dizer: “Nã o é , como você
diz que nã o é ”. Da mesma forma, dizemos: “Este homem senta-se
exatamente como aquele homem”, ou “Este homem descansa
exatamente como aquele homem”; embora sentar nã o seja fazer nada, e
descansar é nã o fazer nada.
Assim, entã o, quando se diz que algué m tem o poder de fazer ou
experimentar o que nã o é para seu bem, ou o que nã o deve fazer, a
impotê ncia é entendida na palavra poder. Pois, quanto mais ele possui
esse poder, mais poderosas sã o as adversidades e perversidades contra
ele, e mais impotente ele é contra elas.
B
UT como você é compassivo e, ao mesmo tempo, sem paixã o?
Pois, se você é desapaixonado, você nã o sente simpatia; e se
você nã o sente simpatia, seu coraçã o nã o é miserá vel de
simpatia pelos miserá veis; mas isso é ser compassivo. Mas se você nã o é
compassivo, de onde vem tã o grande consolaçã o para os miserá veis?
Como, entã o, é s compassivo e nã o compassivo, ó Senhor, a menos que
sejas compassivo em termos de nossa experiê ncia, e nã o compassivo
em termos de teu ser.
B
UT como tu poupas os ı́mpios, se tu é s todo justo e
supremamente justo? Pois como, sendo todo justo e
supremamente justo, tu fazes algo que nã o seja justo? Ou, que
justiça é essa para dar a quem merece a morte eterna a vida eterna?
Como, entã o, misericordioso Senhor, bom para o justo e o ı́mpio, podes
salvar o ı́mpio, se isso nã o é justo, e tu nã o fazes nada que nã o seja
justo? Ou, uma vez que tua bondade é incompreensı́vel, isso está
escondido na luz inacessı́vel em que tu habitas? Verdadeiramente, nas
partes mais profundas e secretas de tua bondade está escondida a fonte
de onde lui o luxo de tua compaixã o.
B
UT també m é justo que tu deves punir os ı́mpios. Pois o que é
mais justo do que o bem receber bens, e o mal, males? Como,
entã o, é justo punir os ı́mpios e, ao mesmo tempo, poupar os
ı́mpios? Ou, de uma maneira, você pune com justiça e, de outra,
justamente os poupa? Pois, quando você pune os ı́mpios, é justo, porque
é consistente com seus merecimentos; e quando, por outro lado, você
poupa os ı́mpios, é justo, nã o porque é compatı́vel com seus mé ritos,
mas porque é compatı́vel com sua bondade.
B
UT, há alguma razã o pela qual també m nã o é justo, de acordo
com a tua natureza, ó Senhor, que tu castigues os ı́mpios?
Certamente é justo que você seja tã o justo que nã o possa ser
concebido mais justo; e isso você nã o seria de modo algum se apenas
desse bens aos bons, e nã o males aos maus. Pois, aquele que retribui o
bem e o mal de acordo com seus mé ritos é mais justo do que aquele que
retribui apenas o bem. E, portanto, justo, de acordo com a tua natureza,
ó Deus justo e gracioso, tanto quando castigas quanto quando poupas.
Pois é justo que sejas tã o bom que també m sejas bom em poupar;
e esta pode ser a razã o pela qual o supremo Justo pode querer bens
para o mal. Mas se pode ser compreendido de alguma forma por que
você pode querer salvar os ı́mpios, ainda assim, por nenhuma
consideraçã o podemos compreender por que, daqueles que sã o
igualmente ı́mpios, você salva alguns em vez de outros, atravé s da
suprema bondade; e por que condenas o ú ltimo em vez do primeiro,
atravé s da suprema justiça.
B
UT indubitavelmente, o que quer que você seja, você nã o é nada
mais do que você mesmo. Portanto, tu é s a pró pria vida pela
qual vives; e a sabedoria com que tu é s sá bio; e a pró pria
bondade pela qual é s bom para com os justos e os ı́mpios; e assim de
outros atributos semelhantes.
Proslogium - ou discurso sobre a existê ncia de Deus
CAPÍTULO XIII
C ,
. — N
D . M
. E
, .
B
UT tudo o que é de alguma forma limitado por lugar ou tempo é
menor do que nenhuma lei de lugar ou tempo limita. Visto que,
entã o, nada é maior do que tu, nenhum lugar ou tempo te
conté m; mas tu está s em toda parte e sempre. E como isso só pode ser
dito de ti, só tu é s incircunscrito e eterno. Como é , entã o, que outros
espı́ritos també m sã o ditos incircunscritos e eternos?
H
ASSIM encontraste o que procuravas, minha alma? Tu buscaste
a Deus. Tu descobriste que ele é um ser que é o mais elevado
de todos os seres, um ser do qual nada melhor pode ser
concebido; que este ser é a pró pria vida, luz, sabedoria, bondade, bem-
aventurança eterna e eternidade abençoada; e que está em todos os
lugares e sempre.
Portanto, se ela viu a luz e a verdade, ela te viu; se nã o te viu, nã o
viu a luz e a verdade. Ou, é o que viu tanto a luz quanto a verdade; e
ainda nã o te viu, porque te viu apenas em parte, mas nã o te viu como
é s? Senhor meu Deus, meu criador e renovador, fala ao desejo de minha
alma, o que tu é s diferente do que ela viu, para que ela veja claramente
o que deseja. Esforça-se para te ver mais; e nã o vê nada alé m do que
viu, exceto a escuridã o. Nã o, ele nã o vê a escuridã o, da qual nã o há
nenhuma em ti; mas vê que nã o pode ver mais longe, por causa de sua
pró pria escuridã o.
Por que isso, Senhor, por que isso? O olho da alma está
obscurecido por sua enfermidade, ou ofuscado por tua gló ria?
Certamente é tanto escurecido em si mesmo, quanto deslumbrado por
ti. Sem dú vida, é obscurecido por sua pró pria insigni icâ ncia e
esmagado por tua in inidade. Verdadeiramente, é contraı́do por sua
pró pria estreiteza e superado por tua grandeza.
Pois quã o grande é aquela luz da qual brilha toda verdade que
ilumina a mente racional? Quã o grande é aquela verdade na qual está
tudo o que é verdadeiro, e fora da qual é apenas o nada e o falso? Quã o
ilimitada é a verdade que vê de relance tudo o que foi feito, e por quem,
e atravé s de quem, e como foi feito do nada? Que pureza, que certeza,
que esplendor onde está ? Seguramente mais do que uma criatura pode
conceber.
Proslogium - ou discurso sobre a existê ncia de Deus
CAPÍTULO XV
E .
T
PORTANTO, ó Senhor, tu nã o é s apenas aquilo do qual algo
maior nã o pode ser concebido, mas tu é s um ser maior do que
pode ser concebido. Pois, uma vez que se pode conceber que
existe tal ser, se você nã o é esse mesmo ser, um maior do que você pode
ser concebido. Mas isso é impossı́vel.
Proslogium - ou discurso sobre a existê ncia de Deus
CAPÍTULO XVI
E .
T
DIREITA, ó Senhor, esta é a luz inacessı́vel na qual tu habitas;
pois realmente nã o há mais nada que possa penetrar nesta luz,
para que ela possa te ver lá . Na verdade, nã o vejo, porque é
muito brilhante para mim. E, no entanto, tudo o que vejo, vejo atravé s
dele, como o olho fraco vê o que vê atravé s da luz do sol, que no pró prio
sol ele nã o pode ver. Meu entendimento nã o pode alcançar essa luz,
pois ela brilha muito. Ela nã o a compreende, nem os olhos de minha
alma suportam contemplá -la por muito tempo. Deslumbra-se com o
brilho, é superado pela grandeza, é oprimido pelo in inito, é
deslumbrado pela grandeza, da luz.
S
ATE que estejas escondido, ó Senhor, de minha alma em tua luz e
tua bem-aventurança; e, portanto, minha alma ainda caminha em
suas trevas e misé ria. Pois olha, e nã o vê tua formosura. Ele ouve,
e nã o ouve tua harmonia. Cheira, e nã o percebe tua fragrâ ncia. Tem
gosto e nã o reconhece tua doçura. Toca e nã o sente tua graça. Pois tu
tens esses atributos em ti mesmo, Senhor Deus, segundo tua maneira
inefá vel, que os deu a objetos criados por ti, segundo sua maneira
sensata; mas os sentidos pecaminosos de minha alma tornaram-se
rı́gidos e embotados, e foram obstruı́dos por sua longa apatia.
Proslogium - ou discurso sobre a existê ncia de Deus
CAPÍTULO XVIII
D , ,
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ND lo, novamente confusã o; eis que novamente a tristeza e o
UMA luto encontram aquele que busca alegria e alegria. Minha alma
agora esperava satisfaçã o; e eis que novamente está
sobrecarregado com a necessidade. Eu desejava agora festejar, e eis que
tenho mais fome. Tentei subir para a luz de Deus, e caı́ de volta na
minha escuridã o. Nã o, nã o apenas caı́ nele, mas sinto que estou
envolvido nele. Eu caı́ antes de minha mã e me conceber.
Verdadeiramente, nas trevas fui concebido, e no manto das trevas nasci.
Verdadeiramente, nele todos caı́mos, em quem todos pecamos. Nele
todos nó s perdemos, que manteve fá cil e perversamente perdido para si
mesmo e para nó s o que quando desejamos procurá -lo, nã o sabemos;
quando a procuramos, nã o a encontramos; quando encontramos, nã o é
o que buscamos.
Mas essas coisas sã o estranhas para ti, do que nada melhor pode
ser concebido. Portanto, nã o há partes em ti, Senhor, nem é s mais do
que uma. Mas tu é s tã o verdadeiramente um ser unitá rio, e tã o idê ntico
a ti mesmo, que em nenhum aspecto tu é s diferente de ti mesmo; antes,
tu é s a pró pria unidade, indivisı́vel por qualquer concepçã o. Portanto, a
vida e a sabedoria e o resto nã o sã o partes de ti, mas todos sã o um; e
cada um destes é o todo, que tu é s, e que todos os outros sã o.
Desta forma, entã o, parece que você nã o tem partes, e que sua
eternidade, que você é , nã o está em lugar algum e nunca faz parte de
você ou de sua eternidade. Mas em todos os lugares tu está s como um
todo, e tua eternidade existe como um todo para sempre.
Proslogium - ou discurso sobre a existê ncia de Deus
CAPÍTULO XIX
E ,
.
B
UT se por tua eternidade tu tens sido, e é s, e será s; e ter sido
nã o é estar destinado a ser; e ser nã o é ter sido ou estar
destinado a ser; como a tua eternidade existe como um todo
para sempre? Ou é verdade que nada da tua eternidade passa, de modo
que nã o é agora; e que nada disso está destinado a ser, como se ainda
nã o fosse?
Você nã o era, entã o, ontem, nem será amanhã ; mas ontem e hoje e
amanhã tu é s; ou melhor, nem ontem nem hoje nem amanhã tu é s; mas
simplesmente, tu está s, fora de todos os tempos. Pois ontem, hoje e
amanhã nã o existem, exceto no tempo; mas tu, embora nada exista sem
ti, no entanto nã o existes no espaço ou no tempo, mas todas as coisas
existem em ti. Pois nada te conté m, mas tu conté m tudo.
Proslogium - ou discurso sobre a existê ncia de Deus
CAPÍTULO XX
E
, . — A
D ;
,
.
H
ENCE, tu permeias e abraças todas as coisas. Tu é s antes de
tudo, e transcendes tudo. E, com certeza, você está antes de
tudo; pois antes de serem feitos, tu é s. Mas como você
transcende tudo? De que maneira tu transcendes aqueles seres que nã o
terã o im? E porque eles nã o podem existir sem ti; enquanto tu nã o é s
menos, se eles retornarem ao nada? Pois assim, em certo sentido, tu os
transcendes. Ou é també m porque eles podem ser concebidos para ter
um im; mas tu de modo algum? Pois assim eles realmente tê m um im,
em certo sentido; mas tu, em nenhum sentido. E certamente, o que em
nenhum sentido tem um im transcende o que é terminado em
qualquer sentido. Ou, assim, també m tu transcendes todas as coisas,
mesmo as eternas, porque a tua eternidade e a deles estã o presentes
como um todo contigo; enquanto eles ainda nã o tê m aquela parte de
sua eternidade que está por vir, assim como eles nã o tê m mais aquela
parte que passou? Pois assim tu sempre os transcendes, pois está s
sempre presente contigo mesmo, e porque aquilo a que eles ainda nã o
chegaram está sempre presente contigo.
Proslogium - ou discurso sobre a existê ncia de Deus
CAPÍTULO XXI
É ? — A
D ,
.
é esta, entã o, a era da era, ou eras das eras? Pois, como uma era de
EU tempo conté m todas as coisas temporais, assim tua eternidade
conté m até as pró prias eras de tempo. E estes sã o de fato uma era,
por causa de sua unidade indivisı́vel; mas idades, por causa de sua
imensurabilidade in inita. E, embora sejas tã o grande, ó Senhor, que
todas as coisas estã o cheias de ti e existem em ti; mas tu é s tã o sem
espaço, que nem meio, nem metade, nem parte alguma está em ti.
Proslogium - ou discurso sobre a existê ncia de Deus
CAPÍTULO XXII
S . — T
D - .
T
PORTANTO, somente tu, ó Senhor, é s o que tu é s; e tu é s quem
tu é s. Pois, o que é uma coisa no todo e outra nas partes, e no
qual há algum elemento mutá vel, nã o é totalmente o que é . E o
que começa da nã o-existê ncia, e pode ser concebido como nã o
existindo, e a menos que subsista por outra coisa, retorna à nã o-
existê ncia; e o que tem uma existê ncia passada, que nã o é mais, ou uma
existê ncia futura, que ainda nã o é , isso nã o existe propriamente e
absolutamente.
T
Seu bom é s, tu, Deus Pai; esta é tua Palavra, isto é , teu Filho.
Pois nada, alé m do que você é , ou maior ou menor do que você ,
pode estar na Palavra pela qual você se expressa; pois tua
Palavra é verdadeira, como tu é s veraz. E, portanto, é a pró pria verdade,
assim como tu é s; nenhuma outra verdade alé m de você ; e tu é s de uma
natureza tã o simples, que de ti nada pode nascer alé m do que tu é s.
Este muito bom é o ú nico amor comum a ti e ao teu Filho, isto é , o
Espı́rito Santo procedente de ambos. Pois este amor nã o é diferente de
ti ou de teu Filho; vendo que você ama a si mesmo e a ele, e a ele, a você
e a si mesmo, em toda a extensã o de seu ser e dele. Nem há mais nada
procedente de ti e dele, que nã o seja diferente de ti e dele. Tampouco
pode proceder da suprema simplicidade, senã o o que é isto de que
procede.
C
HO deve desfrutar deste bem? E o que deve pertencer a ele e o
que nã o deve pertencer a ele? De qualquer forma, tudo o que ele
desejar será dele, e tudo o que ele nã o desejar nã o será dele.
Pois, esses bens do corpo e da alma serã o como os olhos nã o viram,
nem os ouvidos ouviram, nem o coraçã o do homem concebeu ( Isaı́as
lxiv. 4; I Corı́ntios ii. 9 ).
Por que, entã o, você vagueia por aı́, homem insigni icante, em sua
busca pelos bens de sua alma e de seu corpo? Ame o ú nico bem no qual
estã o todos os bens, e isso basta. Deseje o bem simples que é todo bem,
e isso basta. Pois, o que você ama, minha carne? O que desejas, minha
alma? Lá está o que você ama, o que você deseja.
Se for poder, eles terã o todo o poder para cumprir sua vontade,
como Deus para cumprir a sua. Pois, assim como Deus terá poder para
fazer o que quiser, por meio de si mesmo, eles terã o poder, por meio
dele, para fazer o que quiserem. Pois, como eles nã o desejarã o nada
alé m dele, ele desejará o que eles quiserem; e o que ele quiser nã o pode
deixar de ser. Se honra e riquezas, Deus fará seus servos bons e ié is
governantes sobre muitas coisas (Lucas xii. 42) ; nã o, eles serã o
chamados ilhos de Deus e deuses; e onde seu Filho estiver, lá estarã o
eles també m, herdeiros de fato de Deus, e co-herdeiros com Cristo (
Romanos viii. 17 ).
Se, entã o, o coraçã o do homem mal conterá sua alegria por seu
pró prio bem tã o grande, como conterá tantas e tã o grandes alegrias? E,
sem dú vida, visto que cada um ama o outro na medida em que se alegra
com o bem do outro, e que, nessa felicidade perfeita, cada um deve
amar a Deus sem comparaçã o, mais do que a si mesmo e todos os
outros com ele; assim ele se regozijará alé m da conta na felicidade de
Deus, mais do que na sua pró pria e na de todos os outros com ele.
Mas se eles amarem a Deus com todo o seu coraçã o, e toda a sua
mente, e toda a sua alma, que ainda todo o coraçã o, e toda a mente, e
toda a alma nã o serã o su icientes para a dignidade deste amor; sem
dú vida, eles se regozijarã o de todo o coraçã o, e toda a mente, e toda a
alma, que todo o coraçã o, toda a mente e toda a alma nã o serã o
su icientes para a plenitude de sua alegria.
Proslogium - ou discurso sobre a existê ncia de Deus
CAPÍTULO XXVI
S S ?
— O -
; .
M
ó Deus e meu Senhor, minha esperança e alegria do meu
coraçã o, fala à minha alma e dize-me se esta é a alegria que
nos dizes por meio de teu Filho: Pedi e recebereis, para que a
vossa alegria seja completa ( Joã o xvi. 24 ). Pois eu encontrei uma
alegria que é plena, e mais do que plena. Pois quando o coraçã o, a
mente, a alma e todo o homem estiverem cheios dessa alegria, a alegria
alé m da medida ainda permanecerá . Portanto, nem toda essa alegria
entrará naqueles que se regozijam; mas os que se regozijam entrarã o
inteiramente nessa alegria.
C
ERTAIN irmã os me pediram muitas vezes e sinceramente que eu
escrevesse alguns pensamentos que eu lhes havia oferecido em
conversas familiares, sobre a meditaçã o sobre o Ser de Deus e
sobre alguns outros tó picos relacionados a esse assunto, sob a forma de
uma meditaçã o sobre esses temas. . E de acordo com o desejo deles, e
nã o com minha habilidade, que eles prescreveram tal forma para a
escrita desta meditaçã o; a im de que nada nas Escrituras deva ser
instado com base na autoridade das pró prias Escrituras, mas que
qualquer que seja a conclusã o da investigaçã o independente deva
declarar ser verdadeira, deve, em um estilo sem adornos, com provas
comuns e com um argumento simples, ser brevemente reforçada por a
cogê ncia da razã o, e claramente exposta à luz da verdade. Era desejo
deles també m que eu nã o desprezasse as objeçõ es tã o simples e quase
tolas que me ocorrem.
O que quer que eu tenha dito sobre esse ponto, poré m, é colocado
na boca de quem debate e investiga em re lexã o solitá ria, questõ es à s
quais ele nã o havia dado atençã o antes. E este mé todo eu sabia estar de
acordo com o desejo daqueles cujo pedido eu estava me esforçando
para cumprir. Mas é minha oraçã o e fervorosa sú plica que, se algué m
desejar copiar esta obra, tenha o cuidado de colocar este prefá cio no
inı́cio do livro, antes do corpo da pró pria meditaçã o. Pois acredito que
será muito ú til compreender o assunto deste livro, se tomar nota da
intençã o e do mé todo segundo o qual é discutido. E minha opiniã o,
també m, que aquele que primeiro viu este prefá cio nã o pronunciará um
julgamento precipitado, se encontrar aqui oferecido qualquer
pensamento que seja contrá rio à sua pró pria crença.
Monó logo - Sobre o Ser de Deus
CAPÍTULO I
E ,
.
E fá cil, entã o, algué m dizer a si mesmo: uma vez que existem bens
tã o inumerá veis, cuja grande diversidade experimentamos pelos
sentidos do corpo e discernimos por nossas faculdades mentais, nã o
devemos acreditar que existe algo atravé s do qual todos os bens que
sã o bons? Ou eles sã o bons um por uma coisa e outro por outra?
Certamente, é muito certo e claro, para todos os que desejam ver, que
tudo o que se diz possuir algum atributo de tal maneira que, em
comparaçã o mú tua, pode-se dizer que o possui em maior, ou menor, ou
igual grau, dizem que a possuem em virtude de algum fato, que nã o é
entendido como uma coisa em um caso e outra em outro, mas como
sendo o mesmo em casos diferentes, se é considerado como existindo
nesses casos em igual grau. ou grau desigual. Pois, tudo o que se diz
justo, quando comparado um com o outro, seja igual, ou mais, ou
menos, nã o pode ser entendido como justo, exceto pela qualidade da
justiça, que nã o é uma coisa em um caso e outra em outro. outro.
Segue-se, portanto, que todos os outros bens sã o bons por outro
ser que nã o aquele que eles mesmos sã o, e só esse ser é bom por si
mesmo. Portanto, só isso é sumamente bom, o ú nico que é bom por si
mesmo. Pois é supremo, na medida em que supera os outros seres, de
modo que nã o é igualado nem superado. Mas o que é supremamente
bom també m é supremamente grande. Existe, portanto, algum ser que é
supremamente bom e supremamente grande, isto é , o mais elevado de
todos os seres existentes.
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CAPÍTULO II
O .
B
UT, assim como foi provado que existe um ser que é
supremamente bom, pois todos os bens sã o bons por um ú nico
ser, que é bom por si mesmo; portanto, é necessá rio inferir que
há algo supremamente grande, que é grande por si mesmo. Mas, nã o me
re iro isicamente grande, como um objeto material é grande, mas
aquilo que, quanto maior, é melhor ou mais digno – a sabedoria, por
exemplo. E como nã o pode haver nada supremamente grande, exceto o
que é supremamente bom, deve haver um ser que seja o maior e o
melhor, isto é , o mais elevado de todos os seres existentes.
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CAPÍTULO III
H N
, ,
.
T
PORTANTO, nã o apenas todas as coisas boas sã o tais por algo
que é um e o mesmo, e todas as grandes coisas por algo que é
um e o mesmo; mas o que quer que seja, aparentemente existe
atravé s de algo que é um e o mesmo. Pois, tudo o que é , existe ou
atravé s de algo, ou atravé s do nada. Mas nada existe atravé s do nada.
Pois é totalmente inconcebı́vel que algo nã o exista em virtude de algo.
O que quer que seja, entã o, nã o existe a nã o ser por meio de algo.
Como isso é verdade, ou há um ser, ou há mais de um, atravé s do qual
todas as coisas existem. Mas, se houver mais de um, ou estes devem ser
referidos a algum ser, pelo qual existem, ou existem separadamente,
cada um por si, ou existem mutuamente um pelo outro.
Mas, se esses seres existem por um ser, entã o todas as coisas nã o
existem por mais de um, mas sim por aquele ser pelo qual eles existem.
Existe, entã o, algum ser que existe sozinho no maior e mais alto
grau de todos. Mas o que é o maior de todos, e atravé s do qual existe
tudo o que é bom ou grande, e, em suma, tudo o que tem alguma
existê ncia, deve ser supremamente bom, supremamente grande e o
mais alto de todos os seres existentes.
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CAPÍTULO IV
O .
F
AINDA, se algué m observa a natureza das coisas que percebe,
quer queira ou nã o, que nem todas sã o abrangidas em um ú nico
grau de dignidade; mas que alguns deles se distinguem pela
desigualdade de grau. Pois, quem duvida que o cavalo seja superior em
sua natureza à madeira, e o homem mais excelente que o cavalo,
certamente nã o merece o nome de homem. Portanto, embora nã o se
possa negar que algumas naturezas sã o superiores a outras, a razã o nos
convence de que alguma natureza é tã o proeminente entre estas que
nã o tem superior. Pois, se a distinçã o dos graus é in inita, de modo que
nã o há entre eles nenhum grau alé m do qual nenhum superior possa
ser encontrado, nosso curso de raciocı́nio chega a esta conclusã o: que a
pró pria multidã o de naturezas nã o é limitada por nenhum limite. Mas
apenas um homem absurdamente tolo pode deixar de considerar tal
conclusã o como absurdamente tola. Há , entã o, necessariamente alguma
natureza que é tã o superior a alguma natureza ou naturezas, que nã o
há nenhuma em comparaçã o com a qual seja classi icada como inferior.
Mas, se eles sã o mais de um e iguais, uma vez que nã o podem ser
iguais por causas diversas, mas apenas por alguma causa que é uma e a
mesma, aquela causa pela qual eles sã o igualmente tã o grandes, ou é ela
mesma o que eles sã o, isto é , a pró pria essê ncia dessas naturezas; ou
entã o é diferente do que eles sã o.
Mas se nada mais é do que sua pró pria essê ncia, assim como eles
nã o tê m mais de uma essê ncia, mas uma ú nica essê ncia, entã o eles nã o
tê m mais de uma natureza, mas uma ú nica natureza. Pois aqui entendo
a natureza como idê ntica à essência.
Se, no entanto, aquilo pelo qual essas naturezas sã o tã o grandes é
diferente daquilo que elas sã o, entã o, certamente, elas sã o menores do
que aquilo pelo qual elas sã o tã o grandes. Pois, o que é grande por outra
coisa é menor do que aquilo por que é grande. Portanto, eles nã o sã o
tã o grandes que nã o haja nada maior do que eles.
Mas se, nem pelo que sã o, nem por outra coisa que nã o elas
mesmas, pode haver mais naturezas do que uma, do que nenhuma
outra será mais excelente, entã o de modo algum pode haver mais de
uma natureza desse tipo. Concluı́mos, entã o, que há uma natureza que é
una e ú nica, e que é tã o superior à s outras que nã o é inferior a
nenhuma. Mas o que é tal é o maior e o melhor de todos os seres
existentes. Portanto, há uma certa natureza que é a mais elevada de
todos os seres existentes. Isso, poré m, nã o pode ser, a menos que seja o
que é por si mesmo, e todos os seres existentes sã o o que sã o por ele.
Pois, como nosso raciocı́nio nos mostrou há pouco tempo, o que
existe por si mesmo, e atravé s do qual todas as outras coisas existem, é
o mais alto de todos os seres existentes; ou inversamente, o que é o
mais elevado existe por si mesmo, e todos os outros por ele; ou, haverá
mais de um ser supremo. Mas é manifesto que nã o pode haver mais de
um ser supremo. Há , portanto, uma certa Natureza, ou Substâ ncia, ou
Essê ncia, que é por si mesma boa e grande, e por si mesma é o que é ; e
atravé s do qual existe tudo o que é verdadeiramente bom, ou grande, ou
tem alguma existê ncia; e que é o supremo ser bom, o supremo grande
ser, sendo ou subsistindo como supremo, isto é , o mais elevado de todos
os seres existentes.
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CAPÍTULO V
A N ,
, ,
.
S
VISTO, pois, que a verdade já descoberta foi satisfatoriamente
demonstrada, é ú til examinar se esta Natureza e todas as coisas
que tê m existê ncia nã o derivam a existê ncia de outra fonte senã o
ela, assim como nã o existem senã o por ela.
Mas é claro que se pode dizer que o que deriva a existê ncia de
alguma coisa existe pela mesma coisa; e o que existe por meio de algo
també m dele deriva existê ncia. Por exemplo, o que deriva a existê ncia
da maté ria e existe atravé s do artı́ ice, pode-se dizer també m que existe
pela maté ria e deriva a existê ncia do artı́ ice, pois existe por ambas e
deriva a existê ncia de ambas. Ou seja, é dotado de existê ncia por ambos,
embora exista atravé s da maté ria e do artı́ ice num sentido diferente
daquele em que existe atravé s e do artı́ ice.
S
Visto que o mesmo signi icado nem sempre está ligado à frase
“existê ncia atravé s” de algo, ou, à frase, “existê ncia derivada de”
algo, deve ser feita uma investigaçã o muito diligente, de que
maneira todos os seres existentes existem atravé s da natureza
suprema, ou derivar a existê ncia dele. Pois, o que existe por si mesmo e
o que existe por outro nã o admitem o mesmo fundamento de
existê ncia. Consideremos primeiro, separadamente, esta Natureza
suprema, que existe por meio de si mesmo; entã o esses seres que
existem atravé s de outro.
O que deve ser inferido? Pois aquilo que nã o pode ter surgido por
nenhum agente criador, ou de qualquer maté ria, ou com quaisquer
ajudas externas, parece ser nada, ou, se tem alguma existê ncia, existir
atravé s do nada, e derivar existê ncia do nada. E embora, de acordo com
as observaçõ es que já iz, à luz da razã o, sobre a Substâ ncia suprema, eu
deveria pensar que tais proposiçõ es nã o poderiam de modo algum ser
verdadeiras no caso da Substâ ncia suprema; ainda assim, eu nã o
deixaria de dar uma demonstraçã o relacionada deste assunto.
Mas nada pode, por si mesmo, derivar a existê ncia do nada, porque
se alguma coisa deriva a existê ncia do nada, atravé s de algo, entã o
aquilo pelo qual ela existe deve existir antes dela. Visto que esse Ser,
entã o, nã o existe antes de si mesmo, de modo algum deriva a existê ncia
de si mesmo.
T
AQUI agora permanece a discussã o de toda essa classe de seres
que existem atravé s de outro, sobre como eles existem atravé s
da Substâ ncia suprema, seja porque esta Substâ ncia criou todos
eles, ou porque foi o material de todos. Pois, nã o há necessidade de
indagar se tudo existe por meio dela, por esta razã o, a saber, que
havendo outro agente criador, ou outro material existente, essa
Substâ ncia suprema apenas ajudou a realizar a existê ncia de todas as
coisas: uma vez que é inconsistente com o que já foi mostrado, que tudo
o que as coisas sã o devem existir secundariamente, e nã o
principalmente, por meio dela.
De sua pró pria natureza, o universo nã o pode derivar existê ncia,
pois, se assim fosse, ele existiria de alguma forma por si mesmo e,
portanto, por outro que nã o aquele pelo qual todas as coisas existem.
Mas todas essas suposiçõ es sã o falsas.
Alé m disso: sem dú vida, nã o é de modo algum um bem, pelo qual o
bem supremo está sujeito à mudança ou corrupçã o. Mas, se alguma
natureza menor deriva a existê ncia da maté ria do bem supremo, visto
que nada existe de onde, exceto pelo Ser supremo, o bem supremo está
sujeito à mudança e corrupçã o pelo pró prio Ser supremo. Portanto, o
Ser supremo, que é ele mesmo o bem supremo, de modo algum é bom;
o que é uma contradiçã o. Nã o há , portanto, natureza menor que deriva
a existê ncia de uma maneira material da Natureza suprema.
Como, pois, é evidente que a essê ncia das coisas que existem por
outro nã o deriva a existê ncia como que materialmente, da Essê ncia
suprema, nem de si mesma, nem de outro, é manifesto que nã o deriva a
existê ncia de nenhum material. Portanto, visto que tudo o que é existe
pelo Ser supremo, e nada mais pode existir por meio desse Ser, exceto
por sua criaçã o, ou por sua existê ncia como material, segue-se,
necessariamente, que nada alé m dele existe, exceto por sua criaçã o. E,
como nada mais é ou foi, exceto aquele Ser supremo e os seres criados
por ele, ele nã o poderia criar nada atravé s de qualquer outro
instrumento ou auxı́lio que nã o ele mesmo. Mas tudo o que ele criou,
sem dú vida o criou de alguma coisa, como do material, ou do nada.
Uma vez que, entã o, é mais evidente que a essê ncia de todos os
seres, exceto a Essê ncia suprema, foi criada por essa Essê ncia suprema
e nã o deriva existê ncia de nenhum material, sem dú vida nada pode ser
mais claro do que essa Essê ncia suprema, no entanto, produzida do
nada, sozinho e por si mesmo, o mundo das coisas materiais, uma
multidã o tã o numerosa, formada em tal beleza, variada em tal ordem,
tã o adequadamente diversi icada.
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CAPÍTULO VIII
C N
.
B
UT somos confrontados com uma dú vida em relaçã o a este
termo nada. Pois, seja qual for a fonte que alguma coisa é
criada, essa fonte é a causa do que é criado a partir dela e,
necessariamente, toda causa fornece alguma ajuda ao ser do que ela
efetua. Isso é tã o irmemente acreditado, como resultado da
experiê ncia, por todos, que a crença nã o pode ser arrancada de
ningué m por argumentos, e di icilmente pode ser roubada por
so ismas.
Assim, se algo foi criado do nada, esse mesmo nada foi a causa do
que foi criado a partir dele. Mas como poderia aquilo que nã o existia,
ajudar alguma coisa a vir à existê ncia? Se, no entanto, nenhuma ajuda à
existê ncia de qualquer coisa teve sua fonte em nada, quem pode estar
convencido, e como, de que alguma coisa é criada do nada?
Alé m disso, nada quer dizer alguma coisa, ou nã o signi ica alguma
coisa. Mas se nada é alguma coisa, tudo o que foi criado do nada foi
criado de alguma coisa. Se, poré m, nada nã o é alguma coisa; já que é
inconcebı́vel que algo seja criado do que nã o existe, nada é criado do
nada; assim como todos concordam que nada vem do nada. Daı́,
evidentemente, segue-se que tudo o que é criado é criado a partir de
algo; pois é criado de alguma coisa ou do nada. Se, entã o, nada é alguma
coisa, ou nada nã o é alguma coisa, aparentemente segue-se que tudo o
que foi criado foi criado a partir de alguma coisa.
Mas, se isso é posto como uma verdade, entã o é assim posto em
oposiçã o a todo o argumento proposto no capı́tulo anterior. Portanto,
como o que nã o era nada será assim algo, o que foi algo no mais alto
grau nã o será nada. Pois, da descoberta de uma certa Substâ ncia
existente no maior grau de todos os seres existentes, meu raciocı́nio me
levou a esta conclusã o, que todos os outros seres foram criados por
essa Substâ ncia, que aquilo de que foram criados nã o era nada.
Portanto, se aquilo de que foram criados, que eu supunha ser nada, é
alguma coisa, o que quer que eu suponha ter sido apurado sobre o Ser
supremo, nã o é nada.
B
Parece que vejo uma verdade que me compele a distinguir
cuidadosamente em que sentido se pode dizer que as coisas
que foram criadas nã o eram nada antes de sua criaçã o. Pois, de
modo algum algo pode ser concebivelmente criado por algué m, a
menos que haja, na mente do agente criador, algum exemplo, por assim
dizer, ou (como é mais apropriado supor) algum modelo, semelhança
ou regra. E evidente, entã o, que antes que o mundo fosse criado, estava
no pensamento da Natureza suprema, o que, e de que tipo e como
deveria ser. Portanto, embora seja claro que os seres que foram criados
nã o eram nada antes de sua criaçã o, na medida em que nã o eram o que
sã o agora, nem havia nada de onde deveriam ser criados, eles nã o eram
nada, na medida em que o pensamento do criador está em causa,
atravé s do qual, e segundo o qual, eles foram criados.
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CAPÍTULO X
E
( ),
.
B
UT este modelo de coisas, que precedeu sua criaçã o no
pensamento do criador, o que mais é que uma espé cie de
expressã o dessas coisas em seu pró prio pensamento; assim
como quando um artesã o está prestes a fazer algo à maneira de seu
ofı́cio, ele primeiro o expressa para si mesmo atravé s de um conceito?
Mas por expressão da mente ou razã o quero dizer, aqui, nã o a
concepçã o de palavras que signi icam os objetos, mas a visã o geral na
mente, pela visã o da concepçã o, dos pró prios objetos, sejam eles
destinados a ser, ou já existentes. .
Pois, sem absurdo, també m se pode dizer que sã o tanto mais
verdadeiras quanto mais se assemelham aos objetos aos quais
correspondem e mais expressivamente signi icam esses objetos. Pois,
com exceçã o daqueles objetos, que empregamos como seus pró prios
nomes, para signi icá -los, como certos sons, a vogal a por exemplo –
com exceçã o destes, digo, nenhuma outra palavra parece tã o
semelhante ao objeto ao qual se aplica, ou o expressa como aquela
semelhança que é expressa pela visã o da mente pensando no pró prio
objeto.
B
UT, embora seja mais certo que a Substâ ncia suprema exprimiu,
por assim dizer, dentro de si todo o mundo criado, que
estabeleceu de acordo e por meio dessa mesma expressã o mais
profunda, assim como um artesã o concebe primeiro em sua mente o
que ele depois realmente executa de acordo com seu conceito mental,
mas vejo que essa analogia é muito incompleta.
B
UT uma vez que, como mostra nosso raciocı́nio, é igualmente
certo que tudo o que a Substâ ncia suprema criou, ela criou por
nada alé m de si mesma; e tudo o que criou, criou atravé s de sua
pró pria expressã o mais ı́ntima, seja separadamente, pela emissã o de
palavras separadas, ou de uma só vez, pela emissã o de uma palavra;
que conclusã o pode ser mais evidentemente necessá ria do que esta
expressã o do Ser supremo nã o é outra coisa senã o o Ser supremo?
Portanto, a consideraçã o desta expressã o nã o deve, em minha opiniã o,
ser preterida descuidadamente. Mas antes que isso possa ser discutido,
acho que algumas das propriedades dessa Substâ ncia suprema devem
ser investigadas com diligê ncia e seriedade.
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CAPÍTULO XIII
A
S , .
E certo, entã o, que pela natureza suprema foi criado tudo o que
EU nã o é idê ntico a ela. Mas nenhuma mente racional pode duvidar
que todas as criaturas vivam e continuem a existir, enquanto
existirem, pelo sustento proporcionado por aquele pró prio Ser atravé s
de cujo ato criativo elas sã o dotadas da existê ncia que tê m. Pois, por um
raciocı́nio semelhante à quele pelo qual se concluiu que todos os seres
existentes existem por um ser, portanto, somente o ser existe por si
mesmo e outros por outro que nã o eles mesmos - por um raciocı́nio
semelhante, digo , pode-se provar que tudo o que vive, vive atravé s de
algum ser; daı́ que o ser só vive por si mesmo, e os outros por outro que
nã o eles mesmos.
Mas, como nã o pode deixar de ser que as coisas que foram criadas
vivam por outro, e aquilo pelo qual foram criadas viva por si mesmo,
necessariamente, assim como nada foi criado senã o pelo Ser criador
presente, assim també m nada vive senã o atravé s de sua presença
preservadora.
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CAPÍTULO XIV
E S ;
.
B
UT se isso é verdade – antes, já que isso deve ser verdade,
segue-se que, onde esse Ser nã o está , nada está . E, entã o, em
todos os lugares, em todas as coisas e em todos. Mas, visto que
é manifestamente absurdo que, como qualquer ser criado nã o pode de
modo algum exceder a imensurabilidade do que o cria e o nutre, o Ser
criador e acariciante nã o pode, de forma alguma, exceder a soma das
coisas que criou; é claro que este pró prio Ser, é o que sustenta e supera,
inclui e permeia todas as outras coisas. Se unirmos esta verdade com as
verdades já descobertas, descobriremos que é este mesmo Ser que está
em tudo e atravé s de tudo, e do qual, e atravé s do qual, e no qual tudo
existe.
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CAPÍTULO XV
O
S .
N
AT, sem razã o, sou agora fortemente impelido a indagar com a
maior seriedade possı́vel, qual de todas as a irmaçõ es que
podem ser feitas a respeito de qualquer coisa é
substancialmente aplicá vel a esta natureza tã o maravilhosa. Pois,
embora eu icasse surpreso se, entre os nomes ou palavras com que
designamos as coisas criadas do nada, se encontrasse algum que
pudesse ser aplicado dignamente à Substâ ncia que é a criadora de tudo;
no entanto, devemos tentar ver até que ponto a razã o conduzirá esta
investigaçã o.
Uma vez que, entã o, é verdade de qualquer outra coisa que, se for
tomada independentemente, ser é melhor do que não ser ; como é ı́mpio
supor que a substâ ncia da natureza suprema é qualquer coisa, do que o
que nã o é de alguma forma melhor, deve ser verdade que essa
substâ ncia é tudo o que é , em geral, melhor do que o que nã o é . Pois só
é isso, do que nã o há nada melhor, e que é melhor do que todas as
coisas, que nã o sã o o que é .
Portanto, este Ser deve ser vivo, sá bio, poderoso e todo-poderoso,
verdadeiro, justo, abençoado, eterno, e tudo o que, da mesma maneira,
é absolutamente melhor do que o que nã o é . Por que, entã o, deverı́amos
fazer qualquer investigaçã o adicional sobre o que é essa natureza
suprema, se é manifesto qual de todas as coisas é e qual nã o é ?
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CAPÍTULO XVI
P S ;
:
, , S .
B
UT talvez, quando este Ser é chamado justo, ou grande, ou
qualquer coisa assim, nã o se mostra o que é , mas de que
cará ter, ou quã o grande é . Pois cada termo parece ser usado
com referê ncia à quantidade ou magnitude; porque tudo o que é justo o
é por justiça, e assim com outros casos semelhantes, da mesma
maneira. Portanto, a pró pria Natureza suprema nã o é justa, exceto pela
justiça.
Mas é ó bvio que qualquer coisa boa que seja a Natureza suprema,
é no mais alto grau. E, portanto, Ser supremo, Justiça suprema,
Sabedoria suprema, Verdade suprema, Bondade suprema, Grandeza
suprema, Beleza suprema, Imortalidade suprema, Incorruptibilidade
suprema, Imutabilidade suprema, Bem-aventurança suprema,
Eternidade suprema, Poder supremo, Unidade suprema; que nada mais
é do que supremamente ser, supremamente viver, etc.
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CAPÍTULO XVII
É
:
.
Esse Ser supremo, poré m, nã o é de modo algum algo que nã o seja
esta mesma coisa, segundo outro modo, ou outra consideraçã o; porque,
seja o que for essencialmente de alguma forma, isso é tudo o que é .
Portanto, nada do que é verdadeiramente dito do Ser supremo é aceito
em termos de qualidade ou quantidade, mas apenas em termos do que
é . Pois, o que quer que seja em termos de qualidade ou quantidade,
constituiria ainda outro elemento, em termos do que é ; portanto, nã o
seria simples, mas composto.
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CAPÍTULO XVIII
É .
F
ROM que tempo, entã o, existiu esta Natureza tã o simples que
cria e anima todas as coisas, ou até que tempo existe? Ou melhor,
nã o perguntemos de que tempo, nem de que tempo, ela existe;
mas é sem começo e sem im? Pois, se tem um começo, ele o tem ou de
ou por si mesmo, ou de ou por outro, ou de ou por nada.
Alé m disso, ele nã o pode ter inı́cio de ou por si mesmo, embora
exista de e por si mesmo. Pois ela existe de tal maneira e por si mesma,
que de modo algum existe uma essê ncia que existe de e por si mesma, e
outra pela qual e pela qual ela existe. Mas, o que quer que comece a
existir de ou atravé s de algo, nã o é de modo algum idê ntico à quele de
ou atravé s do qual ele começa a existir. Portanto, a Natureza suprema
nã o começa por ou de si mesma.
Visto, pois, que nã o tem começo nem por si nem por si mesmo,
nem por nem por nada, certamente nã o tem começo nenhum. Mas
també m nã o terá um im. Pois, para ter im, nã o é supremamente
imortal e supremamente incorruptı́vel. Mas provamos que é
supremamente imortal e supremamente incorruptı́vel. Portanto, nã o
terá um im.
Alé m disso, se for para ter um im, perecerá voluntariamente ou
contra sua vontade. Mas certamente esse nã o é um bem simples, sem
mistura, por cuja vontade o bem supremo perece. Mas este Ser é ele
mesmo o bem verdadeiro e simples, sem mistura. Portanto, esse mesmo
Ser, que é certamente o bem supremo, nã o morrerá por sua pró pria
vontade. Se, no entanto, deve perecer contra sua vontade, nã o é
supremamente poderoso, ou todo-poderoso. Mas o raciocı́nio
convincente a irmou que ele é poderoso e todo-poderoso. Portanto, nã o
morrerá contra sua vontade. Portanto, se nem a favor nem contra a sua
vontade a natureza suprema deve ter um im, de modo algum ela terá
um im.
B
UT aqui somos novamente confrontados com o termo nada , e
qualquer que seja o nosso raciocı́nio até agora, com o atestado
concordante de verdade e necessidade, nã o concluiu nada ser.
Pois, se as proposiçõ es devidamente expostas acima foram con irmadas
pela forti icaçã o da verdade logicamente necessá ria, nada existia antes
do Ser supremo, nem existirá nada depois dele. Portanto, nada existia
antes, e nada existirá depois dele. Pois, ou algo ou nada deve tê -lo
precedido; e algo ou nada deve estar destinado a segui-lo.
Mas, aquele que diz que nada existia antes dele parece fazer esta
a irmaçã o, “que houve antes dele um tempo em que nada existia, e que
haverá depois dele um tempo em que nada existirá ”. Portanto, quando
nada existia, esse Ser nã o existia, e quando nada existiria, esse Ser nã o
existiria. Como é , entã o, que ele nã o nasce do nada ou como é que nã o
chegará ao nada? - se esse Ser ainda nã o existia, quando nada já existia;
e o mesmo Ser nã o existirá mais, quando nada existirá ainda. De que
serve uma massa de argumentos tã o pesada, se esse nada destró i tã o
facilmente sua estrutura? Pois, se for estabelecido que o Ser supremo
nã o sucede a nada que o precede e nã o cede seu lugar a nada que o
segue, tudo o que foi posto como verdadeiro acima é necessariamente
perturbado pelo nada vazio.
Mas, antes, isso não deve ser resistido, para que tantas estruturas
de raciocı́nio convincente nã o sejam atacadas por nada ; e o bem
supremo, que foi buscado e encontrado pela luz da verdade, por nada se
perca . Que se declare, entã o, que nada nã o existia antes do Ser
supremo, e que nada nã o existirá depois dele, do que, quando um lugar
é dado antes ou depois dele ao nada, aquele Ser que por si mesmo
trouxe ao existê ncia o que nã o era nada, deve ser reduzido do nada ao
nada.
Portanto, a a irmaçã o de que nada existia antes desse Ser deve ser
recebida no ú ltimo sentido. Nem deve ser assim explicado, para que se
entenda que houve algum tempo em que esse Ser nã o existiu, e nada
existiu; mas, para que se entenda que, antes desse Ser, nã o havia nada.
O mesmo tipo de dupla signi icaçã o é encontrado na a irmaçã o de que
nada existirá depois desse Ser.
Se, entã o, esta interpretaçã o do termo nada , que foi dado, for
cuidadosamente analisada, mais verdadeiramente nem algo nem nada
precedeu ou seguirá o Ser supremo, e se chega à conclusã o de que nada
existia antes ou existirá depois dele. No entanto, a solidez das verdades
já estabelecidas nã o é de modo algum prejudicada pelo vazio do nada .
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CAPÍTULO XX
E .
B
UT, embora tenha sido concluı́do acima que esta Natureza
criadora existe em todos os lugares, e em todas as coisas, e
atravé s de tudo; e do fato de que nã o começou nem deixará de
ser, segue-se que sempre foi, é e será ; no entanto, percebo um certo
murmú rio secreto de contradiçã o que me compele a indagar com mais
cuidado onde e quando essa Natureza existe.
Mas o que pode ser mais obviamente contraditó rio do que o que
existe mais real e supremamente nã o existe em lugar algum e nunca? E,
portanto, falso que nã o exista em nenhum lugar e nunca. Novamente,
visto que nã o há bem, nem nada sem ele; se esse Ser em si nã o existe
em nenhum lugar ou nunca, entã o em nenhum lugar ou nunca existe
algum bem, e em nenhum lugar e nunca existe nada. Mas nã o há
necessidade de a irmar que isso é falso. Portanto, a primeira proposiçã o
també m é falsa, que esse Ser nã o existe em nenhum lugar e nunca.
B
UT, se isso for verdade, ou existe em todos os lugares e em
todos os tempos, ou entã o apenas uma parte dela existe, a outra
parte transcendendo todos os lugares e tempos.
Mas sua eternidade nada mais é do que ela mesma. O Ser supremo,
entã o, será dividido em partes, de acordo com as divisõ es do tempo.
Pois, se sua idade se prolonga por perı́odos de tempo, tem com este
tempo presente, passado e futuro. Mas o que mais é sua idade do que
sua duraçã o de existê ncia, do que sua eternidade? Desde entã o, sua
eternidade nada mais é do que sua essê ncia, como as consideraçõ es
acima expostas provam irrefutavelmente; se sua eternidade tem
passado, presente e futuro, sua essê ncia també m tem, por conseguinte,
passado, presente e futuro.
Se, entã o, como nossa discussã o provou, ele nã o existe, como um
todo, em todos os lugares ou tempos que existe, como um todo, de uma
vez em todos, ou por partes em lugares e tempos individuais; nem para
que exista, como um todo, em tempos e lugares individuais, é manifesto
que nã o existe de forma alguma, como um todo, em todos os tempos ou
lugares.
H
OW, entã o, essas preposiçõ es, que sã o tã o necessá rias de
acordo com nossa exposiçã o, e tã o necessá rias de acordo com
nossa prova, devem ser reconciliadas? Talvez a Natureza
suprema exista no lugar e no tempo de alguma maneira, que nã o seja
impedida de existir simultaneamente, como um todo, em lugares ou
tempos diferentes, de modo que nã o haja mais totalidades do que uma;
e que sua idade, que nã o existe, exceto como verdadeira eternidade, nã o
é distribuı́da entre passado, presente e futuro.
Pois, a essa lei de espaço e tempo, nada parece estar sujeito, exceto
os seres que existem no espaço ou no tempo de tal forma que nã o
transcendem a extensã o do espaço ou a duraçã o do tempo. Por isso,
embora de seres desta classe é com toda a verdade a irmado que um e o
mesmo todo nã o pode existir simultaneamente, como um todo, em
diferentes lugares ou tempos; no caso daqueles seres que nã o sã o desta
classe, tal conclusã o nã o é necessariamente alcançada.
Pois parece ser correto dizer que esse lugar só é predicá vel de
objetos cuja magnitude lugar conté m ao incluı́-lo e inclui ao contê -lo; e
esse tempo só é previsı́vel de objetos cujo tempo de duraçã o termina
medindo-o e mede terminando-o. Assim, a qualquer ser, a cuja extensã o
espacial ou duraçã o nenhum limite pode ser ixado, seja pelo espaço ou
pelo tempo, nenhum lugar ou tempo é devidamente atribuı́do. Pois,
visto que aquele lugar nã o age sobre ele como lugar, nem o tempo como
tempo, nã o é irracional dizer que nenhum lugar é seu lugar, e nenhum
tempo é seu tempo.
Pois, de modo algum esse Ser é compelido ou proibido por uma lei
de espaço ou tempo a existir, ou nã o existir, em qualquer lugar ou
tempo – o Ser que, de modo algum, inclui sua pró pria existê ncia no
espaço ou no tempo. Pois, quando se diz que o Ser supremo existe no
espaço ou no tempo, embora a forma de expressã o em relaçã o a ele e
em relaçã o à s naturezas local e temporal seja a mesma, por causa do
uso da linguagem, mas o sentido é diferente, por causa da
dessemelhança dos objetos de discussã o. Pois neste ú ltimo caso a
mesma expressã o tem dois signi icados, a saber: (1) que esses objetos
estã o presentes naqueles lugares e tempos em que se diz que estã o, e
(2) que eles estã o contidos nesses pró prios lugares e tempos.
B
UT, uma vez que é claro que esta natureza suprema nã o está
mais verdadeiramente em todos os lugares do que em todas as
coisas existentes, nã o como se estivesse contida por elas, mas
como contendo tudo, permeando tudo, por que nã o se deve dizer que
está em toda parte? , nesse sentido, para que se entenda antes estar em
todas as coisas existentes, do que apenas em todos os lugares, uma vez
que esse sentido é sustentado pela verdade do fato e nã o é proibido
pela signi icaçã o pró pria da palavra de lugar?
Portanto, se se diz que este Ser existe sempre; já que, para ela, é o
mesmo existir e viver, nã o há sentido melhor para essa a irmaçã o do
que ela existe ou vive eternamente, isto é , possui vida interminá vel,
como um todo perfeito ao mesmo tempo. Pois sua eternidade
aparentemente é uma vida interminá vel, existindo ao mesmo tempo
como um todo perfeito.
Pois, uma vez que já foi demonstrado que esta substâ ncia nada
mais é do que sua pró pria vida e sua pró pria eternidade, nã o é de modo
algum terminá vel, e nã o existe, exceto como uma vez e perfeitamente
inteira, o que mais é a verdadeira eternidade, que é consistente com a
natureza dessa Substâ ncia sozinha, do que uma vida interminá vel,
existindo ao mesmo tempo e perfeitamente inteira?
Pois esta verdade é , de qualquer forma, claramente percebida pelo
simples fato de que a verdadeira eternidade pertence apenas à quela
substâ ncia que, como provamos, sozinha, como provamos, nã o foi
criada, mas é o criador, uma vez que a verdadeira eternidade é
concebida como livre da limitaçõ es de inı́cio e im; e isso é provado ser
consistente com a natureza de nenhum ser criado, pelo pró prio fato de
que todos eles foram criados do nada.
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CAPÍTULO XXV
N [ 12 ]
B
UT nã o existe este Ser, que foi mostrado como sendo
substancialmente idê ntico a si mesmo, à s vezes como diferente
de si mesmo, pelo menos acidentalmente? Mas como é
supremamente imutá vel, se pode, nã o direi, ser , mas, ser concebido,
como variá vel em virtude de acidentes? E, por outro lado, ela nã o
participa do acidente, já que até mesmo esse fato de ser maior que
todas as outras naturezas e de ser diferente delas parece ser um
acidente em seu caso ( ili accidere )? Mas qual é a inconsistê ncia entre a
suscetibilidade a certos fatos, chamados acidentes , e a imutabilidade
natural, se a partir da ocorrê ncia desses acidentes a substâ ncia nã o
sofre nenhuma mudança?
B
UT, se o que veri icamos sobre a simplicidade desta Natureza é
estabelecido, como é que é substâ ncia? Pois, embora toda
substâ ncia seja suscetı́vel de mistura de diferença, ou, de
qualquer forma, suscetı́vel de mutaçã o por acidente, a pureza imutá vel
desse Ser é inacessı́vel à mistura ou mutaçã o, sob qualquer forma.
No entanto, visto que nã o apenas existe com certeza, mas existe no
mais alto grau de todas as coisas; e uma vez que a essê ncia de qualquer
coisa é usualmente chamada de sua substâ ncia, sem dú vida, se algum
nome digno pode ser dado a ela, nã o há objeçã o a chamá -la de
substância .
Pois, pela atençã o diligente, será visto que somente esse Espı́rito
existe de maneira simples, perfeita e absoluta; enquanto todos os
outros seres sã o quase inexistentes, e quase nã o existem. Pois, visto que
deste Espı́rito, por causa de sua eternidade imutá vel, nã o se pode dizer,
em termos de qualquer alteraçã o, que foi ou será , mas simplesmente
que é ; nã o é agora, por mutaçã o, qualquer coisa que nã o foi em
nenhum momento, ou nã o será no futuro. Nem deixa de ser agora o que
era, ou será , a qualquer momento; mas, seja o que for, é , de uma vez por
todas, simultaneamente e interminavelmente. Vendo, eu digo, que sua
existê ncia é desse cará ter, é justamente dito que ela existe
simplesmente, e absolutamente, e perfeitamente.
Mas como, por outro lado, todos os outros seres, de acordo com
alguma causa, em algum momento foram ou serã o, por mutaçã o, o que
nã o sã o agora; ou, sã o o que nã o foram, ou nã o serã o, em algum
momento; e, uma vez que essa existê ncia anterior deles nã o é mais um
fato; e essa existê ncia futura ainda nã o é um fato; e sua existê ncia em
um presente transitó rio e muito breve, e di icilmente existente,
di icilmente é um fato – uma vez que, entã o, eles existem em tal
mutabilidade, nã o é injusti icadamente negado que eles existam de
forma simples, perfeita e absoluta; e a irma-se que eles sã o quase
inexistentes, que mal existem.
Mais uma vez, visto que todos os seres, que nã o sã o este pró prio
Espı́rito, vieram da inexistê ncia para a existê ncia, nã o por si mesmos,
mas por outro; e, uma vez que eles retornam da existê ncia para a nã o-
existê ncia, no que diz respeito ao seu pró prio poder, a menos que sejam
sustentados por outro ser, é compatı́vel com sua natureza existir
simplesmente, ou perfeitamente, ou absolutamente, e nã o ser quase
inexistente.
E uma vez que a existê ncia deste Espı́rito inefá vel por si só nã o
pode de modo algum ser concebida como tendo origem na inexistê ncia,
ou como capaz de sustentar qualquer de iciê ncia que surja do que está
na inexistê ncia; e visto que, seja o que for ele mesmo, ele nã o é por
outro que nã o ele mesmo, isto é , pelo que ele mesmo é , nã o deveria sua
existê ncia por si só ser concebida como simples, perfeita e absoluta?
B
UT agora, tendo considerado essas questõ es sobre as
propriedades da natureza suprema, que me ocorreram
seguindo a orientaçã o da razã o até o presente ponto, acho
razoá vel examinar a expressã o desse Espı́rito ( locutio ), atravé s do qual
todas as coisas foram criadas .
Pois, embora tudo o que foi apurado sobre essa expressã o acima
tenha a força in lexı́vel da razã o, sou especialmente compelido a uma
discussã o mais cuidadosa dessa expressã o pelo fato de que ela é
comprovadamente idê ntica ao pró prio Espı́rito supremo. Pois, se esse
Espı́rito nada criou senã o por si mesmo, e tudo o que foi criado por ele
foi criado por essa expressã o, como essa expressã o pode ser outra coisa
senã o o que o pró prio Espı́rito é ?
C
HY, entã o, devo ter mais alguma dú vida em relaçã o à questã o
que rejeitei acima como duvidosa, a saber, se essa expressã o
consiste em mais de uma palavra ou em uma? Pois, se é tã o
consubstancial à natureza suprema que nã o sã o dois espı́ritos, mas um;
seguramente, assim como o ú ltimo é sumamente simples, o primeiro
també m o é . Portanto, nã o consiste em mais de uma palavra, mas é uma
Palavra, pela qual todas as coisas foram criadas.
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CAPÍTULO XXXI
E V ,
,
. — Q
.
B
UT aqui, parece-me, surge uma questã o que nã o é fá cil de
responder, e ainda assim nã o deve ser deixada em qualquer
ambiguidade. Pois todas as palavras desse tipo pelas quais
expressamos quaisquer objetos em nossa mente, isto é , os concebemos,
sã o semelhanças e imagens dos objetos aos quais correspondem; e toda
semelhança ou imagem é mais ou menos verdadeira, conforme imita
mais ou menos de perto o objeto de que é a semelhança.
Qual, entã o, deve ser nossa posiçã o em relaçã o à Palavra pela qual
todas as coisas sã o expressas e por meio da qual todas foram criadas?
Será ou nã o será a semelhança das coisas que foram criadas por ela
mesma? Pois, se ele pró prio é a verdadeira semelhança das coisas
mutá veis, nã o é consubstancial à suprema imutabilidade; que é falso.
Mas, se nã o é totalmente verdade, e é apenas uma espé cie de
semelhança de coisas mutá veis, entã o a Palavra da Verdade suprema
nã o é totalmente verdadeira; o que é um absurdo. Mas se nã o tem
semelhança com coisas mutá veis, como elas foram criadas segundo seu
exemplo?
Por isso, talvez – nã o, talvez nã o, mas certamente – toda mente
julga as naturezas de alguma forma vivas para superar aquelas que nã o
estã o vivas, o senciente para superar o nã o senciente, o racional o
irracional. Pois, como a natureza suprema, de uma maneira ú nica e
pró pria, nã o apenas existe, mas vive, e é senciente e racional, é claro
que, de todos os seres existentes, o que está de alguma forma vivo é
mais assim. Natureza suprema, do que aquilo que nã o está vivo; e o que,
de alguma forma, mesmo por um sentido corpó reo, conhece alguma
coisa, é mais semelhante a esta Natureza do que o que nã o é senciente;
e o que é racional, mais do que o incapaz de raciocinar.
E evidente, entã o, que uma substâ ncia viva existe em maior grau
do que uma que nã o é viva, um senciente do que um nã o senciente, e
um racional do que um nã o-racional. Assim, nã o há dú vida de que toda
substâ ncia existe em maior grau, e é mais excelente, conforme é mais
semelhante à quela substâ ncia que existe supremamente e é
supremamente excelente.
B
UT, uma vez que isso é verdade, como pode o que é simples
Verdade ser a Palavra correspondente a esses objetos, dos
quais nã o é a semelhança? Uma vez que cada palavra pela qual
um objeto é assim expresso mentalmente é a semelhança desse objeto,
se esta nã o é a palavra correspondente aos objetos que foram criados
por meio dela, como podemos ter certeza de que é a Palavra? Pois cada
palavra é uma palavra correspondente a algum objeto. Portanto, se nã o
houvesse criatura, nã o haveria palavra.
B
UT aqui, em minha investigaçã o sobre a Palavra, pela qual o
Criador expressa tudo o que ele cria, é sugerida a palavra pela
qual ele, que cria tudo, se expressa. Ele se expressa, entã o, por
uma palavra, e o que ele cria por outra; ou ele expressa tudo o que ele
cria pela mesma palavra pela qual ele se expressa?
Pois també m esta Palavra, pela qual ele se expressa, deve ser
idê ntica a si mesmo, como é evidentemente verdade da Palavra pela
qual ele expressa suas criaturas. Pois como, mesmo que nada alé m
desse Espı́rito supremo jamais existisse, a razã o urgente ainda exigiria
a existê ncia dessa palavra pela qual ele se expressa, o que é mais
verdadeiro do que que sua palavra nada mais é do que ele mesmo?
Portanto, se ele se expressa e o que cria, por uma Palavra
consubstancial a si mesmo, é manifesto que da Palavra pela qual se
expressa e da Palavra pela qual expressa o mundo criado, a substâ ncia é
uma.
B
Mas como objetos tã o diferentes como o criador e o ser criado
podem ser expressos por uma Palavra, especialmente porque
essa mesma Palavra é coeterna com aquele que os expressa,
enquanto o mundo criado nã o é coeterno com ele? Talvez, porque ele
mesmo é a suprema Sabedoria e a suprema Razã o, na qual estã o todas
as coisas que foram criadas; assim como uma obra que é feita segundo
uma das artes, nã o apenas quando é feita, mas antes de ser feita e
depois de ser destruı́da, é sempre em relaçã o à pró pria arte nada mais
do que aquela arte.
B
UT, uma vez que está estabelecido que sua palavra é
consubstancial a ele, e perfeitamente semelhante a ele, segue-
se necessariamente que todas as coisas que existem nele
existem també m, e da mesma maneira, em sua palavra. O que quer que
tenha sido criado, entã o, vivo ou nã o vivo, ou como quer que exista em
si mesmo, é a pró pria vida e verdade nele.
H
ENCE, pode ser mais claramente compreendido que como este
Espı́rito se expressa, ou como ele conhece o mundo criado,
nã o pode ser compreendido pelo conhecimento humano. Pois
ningué m pode duvidar de que as substâ ncias criadas existem de
maneira muito diferente em si mesmas do que em nosso conhecimento.
Pois, em si mesmos eles existem em virtude de seu pró prio ser;
enquanto em nosso conhecimento nã o é o seu ser, mas a sua
semelhança.
B
UT, uma vez que já foi claramente demonstrado que o Espı́rito
supremo criou todas as coisas por meio de sua Palavra, a
pró pria Palavra també m nã o criou todas as coisas? Pois, sendo
consubstancial a ele, deve ser a essê ncia suprema daquilo de que é o
Verbo. Mas nã o há Essê ncia suprema, exceto uma, que é o ú nico criador
e o ú nico começo de todas as coisas que foram criadas. Pois esta
Essê ncia, somente por si mesma, criou todas as coisas do nada.
Portanto, tudo o que o Espı́rito supremo cria, o mesmo a sua Palavra
també m cria, e da mesma maneira.
O
Nossa atençã o cuidadosa é , portanto, exigida por uma
peculiaridade que, embora muito incomum em outros seres,
parece pertencer ao Espı́rito supremo e sua Palavra. Pois, é
certo que em cada um deles separadamente e em ambos
simultaneamente, o que quer que sejam, existe de modo que se
aperfeiçoa separadamente em ambos, e ainda assim nã o admite
pluralidade nos dois. Pois embora, tomado separadamente, ele seja a
Verdade e o Criador perfeitamente supremos, e sua Palavra é a Verdade
e o Criador supremos; no entanto, ambas ao mesmo tempo nã o sã o
duas verdades ou dois criadores.
Pois o Verbo, pelo fato de ser palavra ou imagem, tem relaçã o com
o outro, porque só é Verbo e imagem como é Verbo e imagem de alguma
coisa; e tã o peculiares sã o esses atributos a um que nã o sã o de forma
alguma previsı́veis do outro. Pois aquele que é o Verbo e a imagem, nã o
é nem imagem nem Verbo. E, portanto, evidente que nã o se pode
explicar por que eles sã o dois, o Espı́rito supremo e o Verbo, embora
por certas propriedades de cada um deles devam ser dois. Pois é
propriedade de um derivar existê ncia do outro, e propriedade desse
outro que o primeiro deriva existê ncia dele.
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CAPÍTULO XXXIX
E P E
.
Pois, sem hesitaçã o, diz-se que inú meros objetos nascem daquelas
coisas das quais derivam a existê ncia, embora nã o possuam tal
semelhança com as coisas das quais se diz que nasceram, como ilhos
de um pai. que o cabelo nasce da cabeça, ou o fruto da á rvore, embora o
cabelo nã o se assemelhe à cabeça, nem o fruto à á rvore.
Se, entã o, muitos objetos desse tipo sã o ditos sem absurdo como
nascidos, tanto mais apropriadamente se pode dizer que o Verbo do
Espı́rito supremo deriva dele existê ncia por nascimento, quanto mais
perfeita é a semelhança que ele tem com ele, como de uma criança para
seu pai, derivando a existê ncia dele.
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CAPÍTULO XL
E , P
.
B
UT se é mais apropriadamente dito que nasceu, e é tã o parecido
com aquele de quem nasceu, por que deveria ser estimado
como , como uma criança é como seu pai? por que nã o deveria
antes ser declarado que o Espı́rito é mais verdadeiramente um pai, e o
Verbo sua descendê ncia, quanto mais ele sozinho é su iciente para
efetuar este nascimento, e quanto mais o que nasce expressa sua
semelhança? Pois, entre outros seres que sabemos ter as relaçõ es de
pai e ilho, nenhum gera a ponto de ser ú nico e sem acessó rio,
su iciente para a geraçã o da prole; e nenhum é tã o gerado que, sem
qualquer mistura de dessemelhança, mostre completa semelhança com
seu pai.
B
UT será impossı́vel estabelecer esta proposiçã o, a menos que,
em igual grau, ele gere mais verdadeiramente, e seja mais
verdadeiramente gerado. Como a primeira suposiçã o é
evidentemente verdadeira, a segunda é necessariamente mais certa.
Portanto, ao Espı́rito supremo pertence mais verdadeiramente gerar, e
à sua Palavra ser verdadeiramente gerado.
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CAPÍTULO XLII
É
P , F .
N
Como se descobriram tantas e tã o importantes propriedades
de cada uma delas, por meio das quais se prova que uma
estranha pluralidade, tã o inefá vel quanto inevitá vel, existe na
suprema unidade, julgo mais interessante re letir, repetidas vezes,
sobre tã o insondá vel um misté rio.
Pois observe: embora seja tã o impossı́vel que aquele que gera e
aquele que é gerado sejam o mesmo, e que o pai e a prole sejam os
mesmos – tã o impossı́vel que necessariamente um deve ser o
progenitor e o outro o gerado, e um o Pai, o outro o Filho; no entanto,
aqui é tã o necessá rio que aquele que gera e aquele que é gerado seja o
mesmo, e també m que o pai e a prole sejam os mesmos, que o
progenitor nã o pode ser outro senã o o que é o gerado, nem o Pai
qualquer outro do que o Filho.
Pois, como nã o há dois pais ou dois ilhos, mas um Pai e um Filho,
visto que propriedades separadas pertencem a seres separados, assim
nã o há dois espı́ritos, mas um Espı́rito; embora pertença tanto ao Pai,
tomado separadamente, quanto ao Filho, tomado separadamente, ser o
Espı́rito perfeito. Pois suas relaçõ es sã o tã o opostas que uma nunca
assume a propriedade da outra; tã o harmoniosos sã o eles na natureza,
que um conté m sempre a essê ncia do outro. Pois eles sã o tã o diversos
em virtude do fato de que um é o Pai e o outro o Filho, que o Pai nunca é
chamado de Filho, nem o Filho de Pai; e eles sã o tã o idê nticos, em
virtude de sua substâ ncia, que a essê ncia do Filho está sempre no Pai, e
a essê ncia do Pai no Filho.
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CAPÍTULO XLIV
C .
H
ENCE, mesmo que um seja chamado a essê ncia do outro, nã o
há afastamento da verdade; mas a suprema simplicidade e
unidade de sua natureza comum é assim honrada. Pois, nã o
como se concebe a sabedoria de um homem, pela qual o homem é
sá bio, embora nã o possa ser sá bio por si mesmo, podemos assim
entender a a irmaçã o de que o Pai é a essê ncia do Filho e o Filho a
essê ncia do Pai. Nã o podemos compreender que o Filho existe pelo Pai,
e o Pai pelo Filho, como se um nã o pudesse existir senã o pelo outro,
assim como um homem nã o pode ser sá bio senã o pela sabedoria.
Pois, nã o há inconsistê ncia entre a subsistê ncia do Filho por si
mesmo e sua existê ncia derivada de seu Pai. Pois, como o Pai tem
essê ncia, sabedoria e vida em si mesmo; de modo que nã o pela essê ncia
alheia, mas pela sua pró pria essê ncia ele existe; por sua pró pria
sabedoria ele é sá bio; atravé s de sua pró pria vida ele vive; assim, por
geraçã o, ele concede a seu Filho a posse de essê ncia, sabedoria e vida
em si mesmo, de modo que nã o por uma essê ncia, sabedoria e vida
estranhas, mas por sua pró pria, ele subsiste, é sá bio e vive; caso
contrá rio, a existê ncia de Pai e Filho nã o será a mesma, nem o Filho
será igual ao Pai. Mas já foi claramente provado quã o falsa é essa
suposiçã o.
Portanto, nã o há incoerê ncia entre a subsistê ncia do Filho por si
mesmo e sua existê ncia derivada do Pai, pois ele deve ter do Pai esse
mesmo poder de subsistir por si mesmo. Pois, se um homem sá bio me
ensinasse sua sabedoria, que antes me faltava, ele poderia, sem
impropriedade, ser dito que me ensinou por essa mesma sabedoria
dele. Mas, embora minha sabedoria derivasse sua existê ncia e o fato de
ser de sua sabedoria, ainda assim, quando minha sabedoria existisse,
nã o seria outra essê ncia senã o a sua pró pria, nem seria sá bia senã o por
si mesma.
Muito mais, entã o, o Filho eterno do Pai eterno, que tanto deriva a
existê ncia do Pai que nã o sã o duas essê ncias, subsiste, é sá bio e vive
por si mesmo. Portanto, é inconcebı́vel que o Pai seja a essê ncia do
Filho, ou o Filho a essê ncia do Pai, porque um nã o pode subsistir por si
mesmo, mas deve subsistir pelo outro. Mas para indicar como eles
compartilham de uma essê ncia supremamente simples e
supremamente una, pode-se dizer e conceber consistentemente que um
é tã o idê ntico ao outro que um possui a essê ncia do outro.
Com base nisso, pois, como evidentemente nã o há diferença entre
possuir uma essê ncia e ser uma essê ncia, assim como um possui a
essê ncia do outro, um é a essê ncia do outro, isto é , um possui a mesma
existê ncia com o outro.
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CAPÍTULO XLV
O F
P , P F :
F , , .,
P .
ND embora, pelas razõ es que observamos, isso seja verdade, é
UMA muito mais apropriado chamar o Filho de essê ncia do Pai do
que o Pai de essê ncia do Filho. Pois, como o Pai tem seu ser de
ningué m menos que ele mesmo, nã o é totalmente apropriado dizer que
ele tem o ser de outro que nã o ele mesmo; enquanto, como o Filho tem
seu ser do Pai e tem a mesma essê ncia com seu Pai, pode-se dizer mais
apropriadamente que ele tem a essê ncia de seu Pai.
Por isso, visto que nenhum deles tem essê ncia, exceto por ser
essê ncia; como o Filho é mais apropriadamente concebido para ter a
essê ncia do Pai do que o Pai para ter a essê ncia do Filho, assim o Filho
pode ser mais apropriadamente chamado a essê ncia do Pai do que o Pai
a essê ncia do ilho. Pois esta ú nica explicaçã o prova, com brevidade
su icientemente enfá tica, que o Filho nã o apenas tem a mesma essê ncia
com o Pai, mas tem essa mesma essê ncia do Pai; de modo que, a irmar
que o Filho é a essê ncia do Pai é o mesmo que a irmar que o Filho nã o é
uma essê ncia diferente da essê ncia do Pai, ou melhor, da essê ncia do
Pai.
S
ET, algumas dessas verdades, que podem ser assim expostas e
concebidas, sã o aparentemente passı́veis de outra interpretaçã o
també m, nã o inconsistente com essa mesma a irmaçã o. Pois está
provado que o Filho é a verdadeira Palavra, isto é , a inteligê ncia
perfeita, concebendo toda a substâ ncia do Pai, ou conhecimento
perfeito dessa substâ ncia, e conhecimento dela, e sabedoria a respeito
dela; isto é , ele entende e concebe a pró pria essê ncia do Pai, e a
conhece, e a conhece, e é sá bia ( sapit ) em relaçã o a ela.
B
UT se a pró pria substâ ncia do Pai é inteligê ncia, e
conhecimento, e sabedoria, e verdade, é conseqü entemente
inferido que como o Filho é a inteligê ncia, e conhecimento, e
sabedoria, e verdade, da substâ ncia paterna, entã o ele é o inteligê ncia
da inteligê ncia, o conhecimento do conhecimento, a sabedoria da
sabedoria e a verdade da verdade.
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CAPÍTULO XLVIII
C F
P .
B
Mas qual deve ser nossa noçã o de memó ria? O Filho deve ser
considerado como a inteligê ncia que concebe a memó ria, ou
como a memó ria do Pai, ou como a memó ria da memó ria? De
fato, como nã o se pode negar que a Sabedoria suprema se lembra de si
mesma, nada pode ser mais consistente do que considerar o Pai como
memó ria, assim como o Filho é o Verbo; porque a Palavra
aparentemente nasce da memó ria, fato que se vê mais claramente no
caso da mente humana.
B
UT, enquanto estou aqui considerando com interesse as
propriedades individuais e os atributos comuns do Pai e do
Filho, nã o encontro nada neles mais prazeroso de contemplar
do que o sentimento de amor mú tuo. Pois quã o absurdo seria negar que
o Espı́rito supremo ama a si mesmo, assim como ele se lembra de si
mesmo e se concebe! pois mesmo a mente humana racional está
convencida de que pode amar tanto a si mesma quanto a ele, porque
pode lembrar-se de si e dele, e pode conceber a si mesma e a ele; pois
ociosa e quase inú til é a memó ria e a concepçã o de qualquer objeto, a
menos que, na medida em que a razã o o exija, o pró prio objeto seja
amado ou condenado. O Espı́rito supremo, entã o, ama a si mesmo,
assim como ele se lembra e se concebe.
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CAPÍTULO L
O P F .
B
UT se o Espı́rito supremo ama a si mesmo, sem dú vida o Pai
ama a si mesmo, o Filho ama a si mesmo, e um ao outro; visto
que o Pai separadamente é o Espı́rito supremo, e o Filho
separadamente é o Espı́rito supremo, e ambos ao mesmo tempo um
Espı́rito. E, uma vez que cada um se lembra igualmente de si e do outro,
e concebe igualmente de si e do outro; e como o que é amado, ou ama
no Pai, ou no Filho, é totalmente o mesmo, necessariamente cada um
ama a si mesmo e ao outro com igual amor.
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CAPÍTULO LII
E E
.
H
Oh grande, entã o, é este amor do Espı́rito supremo, comum
como é ao Pai e ao Filho! Mas, se ele se ama tanto quanto se
lembra e se concebe; e, alé m disso, lembra-se e concebe-se em
um grau tã o grande quanto aquele em que sua essê ncia existe, pois de
outra forma ela nã o pode existir; sem dú vida, seu amor é tã o grande
quanto ele mesmo.
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CAPÍTULO LIII
E E , ,
P F .
B
UT, o que pode ser igual ao Espı́rito supremo, exceto o Espı́rito
supremo? Esse amor é , entã o, o Espı́rito supremo. Portanto, se
nenhuma criatura, isto é , se nada alé m do Espı́rito supremo, o
Pai e o Filho, jamais existiu; nã o obstante, Pai e Filho amariam a si
mesmos e um ao outro.
Mas a soluçã o de tal questã o pode, sem dú vida, ser apreendida
pelo fato de que esse amor procede nã o daquilo em que Pai e Filho sã o
mais de um, mas daquilo em que eles sã o um. Pois, nã o de suas
relaçõ es, que sã o mais de uma, mas de sua pró pria essê ncia, que nã o
admite pluralidade, Pai e Filho produzem igualmente tã o grande bem.
S
PORQUE este amor, entã o, tem seu ser igualmente do Pai e do
Filho, e é tã o semelhante a ambos que nã o é de modo algum
diferente deles, mas é totalmente idê ntico a eles; deve ser
considerado como seu Filho ou descendê ncia? Mas, como a Palavra, tã o
logo é examinada, declara ser a descendê ncia daquele de quem deriva
existê ncia, exibindo uma semelhança mú ltipla com seu pai; assim o
amor nega claramente que mantenha tal relaçã o, pois, enquanto é
concebido como procedendo do Pai e do Filho, nã o mostra
imediatamente a quem o contempla uma semelhança tã o evidente com
aquele de quem deriva a existê ncia, embora o raciocı́nio deliberado nos
ensina que é totalmente idê ntico ao Pai e ao Filho.
Portanto, ambos, isto é , Pai e Filho, nã o sã o pai e mã e do amor que
deles emana. Portanto, é aparentemente muito inconsistente com a
verdade que seu amor idê ntico seja seu ilho ou prole.
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CAPÍTULO LVI
S P ;
; .
S
ATE, é evidente que esse amor nã o pode ser dito, de acordo com
o uso da linguagem comum, como nã o gerado, nem pode ser dito
tã o adequadamente como gerado, como se diz que a Palavra é
gerada. Pois muitas vezes dizemos que uma coisa é gerada daquilo de
que deriva a existê ncia, como quando dizemos que a luz ou o calor sã o
gerados do fogo ou de qualquer efeito de sua causa.
B
UT, visto que este amor separadamente é o Ser supremo, como
sã o Pai e Filho, e ainda assim Pai e Filho ao mesmo tempo, e o
amor de ambos nã o é mais do que um, mas um Ser supremo,
que sozinho foi criado por ningué m, e criado todas as coisas atravé s de
si mesmo; visto que isso é verdade, necessariamente, como o Pai
separadamente, e o Filho separadamente, sã o cada um incriado e
criador, assim també m o amor separadamente é incriado e criador, e
ainda assim todos os trê s ao mesmo tempo nã o sã o mais do que um,
mas um incriado e ser criativo.
Mas queremos dizer com a memó ria, o Pai; pela inteligê ncia, o
Filho; pelo amor, o Espı́rito de ambos. Em tal igualdade, portanto, Pai,
Filho e Espı́rito se abraçam e existem um no outro, que nenhum deles
pode ser provado para superar o outro ou existir sem ele.
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CAPÍTULO LX
A
, :
S .
B
UT, embora esta discussã o atraia nossa atençã o, penso que esta
verdade, que me ocorre enquanto re lito, deve ser
cuidadosamente recomendada à memó ria. O Pai deve ser
concebido de tal maneira como memó ria, o Filho como inteligê ncia e o
Espı́rito como amor, para que també m se entenda que o Pai nã o precisa
do Filho, nem do Espı́rito comum a eles, nem do Filho, o Pai, ou o
mesmo Espı́rito, nem o Espı́rito, o Pai, ou o Filho: como se o Pai
pudesse, por seu pró prio poder, apenas lembrar, mas conceber apenas
pelo Filho, e amar somente pelo Espı́rito de si mesmo e de seu ilho ; e o
Filho só podia conceber ou entender ( intelligere ) por si mesmo, mas
lembrado pelo Pai e amado por seu Espı́rito; e este Espı́rito só podia
amar por si mesmo, enquanto o Pai se lembra por ele, e o Filho concebe
ou entende ( inteligência ) por ele.
També m o Filho, embora por seu pró prio poder se lembre e ame,
nã o é , por isso, o Pai ou o Espı́rito de ningué m; já que ele nã o é
memó ria como gerador, ou amor como procedente de outro à
semelhança de seu Espı́rito, mas qualquer que seja ele é apenas gerado
e é aquele de quem o Espı́rito procede.
B
UT talvez a seguinte observaçã o seja inconsistente com esta
a irmaçã o. Nã o se deve duvidar que o Pai e o Filho e seu
Espı́rito expressam cada um a si mesmo e os outros dois, assim
como cada um concebe e compreende a si mesmo e aos outros dois.
Mas, se isso é verdade, nã o há no Ser supremo tantas palavras quantos
os seres expressivos, e tantas palavras quantos os seres que se
exprimem?
Mas no Ser supremo, Pai e Filho e seu Espı́rito estã o sempre tã o
presentes um ao outro – pois cada um, como já vimos, existe nos outros
nã o menos do que em si mesmo – que, quando se expressam um ao
outro, o um que é expresso parece gerar sua pró pria palavra, assim
como quando ele é expresso por si mesmo. Como é , entã o, que o Filho e
o Espı́rito do Filho e do Pai nada geram, se cada um gera sua pró pria
palavra, quando é expressa por si mesmo ou por outro?
Aparentemente, tantas palavras quanto se pode provar que nasceram
da Substâ ncia suprema, tantos Filhos, de acordo com nosso raciocı́nio
anterior, devem ser gerados desta Substâ ncia, e tantos Espı́ritos
procedentes dela.
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CAPÍTULO LXIII
C F P , ,
P , P .
O
Nestas bases, portanto, aparentemente há nesse Ser, nã o
apenas muitos pais e ilhos e seres procedentes dele, mas
també m outros atributos necessá rios; ou entã o Pai e Filho e
seu Espı́rito, dos quais já é certo que realmente existem, nã o sã o trê s
seres expressivos, embora cada um tomado separadamente seja
expressivo, nem há mais seres do que um expresso, quando cada um se
expressa a si mesmo e o outro dois.
Um Pai, entã o, e nã o mais que um Pai; um Filho, e nã o mais do que
um Filho; um Espı́rito procedente deles, e nã o mais de um desses
Espı́ritos, existe no Ser supremo. E, embora sejam trê s, de modo que o
Pai nunca é o Filho ou o Espı́rito procedente deles, nem o Filho em
nenhum momento o Pai ou o Espı́rito, nem o Espı́rito do Pai e do Filho
nunca o Pai ou o Filho; e cada um separadamente é tã o perfeito que é
auto-su iciente, nã o necessitando de nenhum dos outros; mas o que
eles sã o é de tal maneira que, assim como nã o pode ser atribuı́do a eles
tomados separadamente como plural, també m nã o pode ser atribuı́do a
eles como plural, quando os trê s sã o tomados ao mesmo tempo. E
embora cada um se expresse e todos se expressem, ainda assim nã o há
entre eles mais palavras do que uma, mas uma; e esta Palavra nã o
corresponde a cada um separadamente, nem a todos juntos, mas a um
só .
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CAPÍTULO LXIV
E , .
Mas o que é tã o incompreensı́vel, tã o inefá vel, como aquilo que
está acima de todas as coisas? Portanto, se essas verdades, que até
agora foram debatidas em conexã o com o Ser supremo, foram
declaradas com fundamentos convincentes, mesmo que nã o possam ser
examinadas pelo intelecto humano de modo a serem explicá veis em
palavras, sua certeza garantida é portanto, nã o abalada. Pois, se uma
consideraçã o, como a acima, compreende racionalmente que é
incompreensı́vel de que maneira a Sabedoria suprema conhece suas
criaturas, das quais necessariamente conhecemos tantas; quem
explicará como ela se conhece e se expressa, da qual nada ou quase
nada pode ser conhecido pelo homem? Portanto, se nã o é em virtude da
auto-expressã o desta Sabedoria que o Pai gera e o Filho é gerado, quem
contará à sua geração?
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CAPÍTULO LXV
C
.
B
UT novamente, se tal é o cará ter de sua inefabilidade – ou
melhor, uma vez que é tal – como qualquer conclusã o que nossa
discussã o tenha alcançado em relaçã o a ela em termos de Pai,
Filho e Espı́rito emanante será vá lida? Pois, se foi explicado em bases
verdadeiras, como é inefá vel? Ou, se é inefá vel, como pode ser como
nossa discussã o mostrou? Ou, poderia ser explicado até certo ponto e,
portanto, nada contestaria a verdade de nosso argumento; mas como
nã o pode ser compreendido, por isso seria inefá vel?
Com base nisso, entã o, parece que nã o há nada para refutar a
verdade de nossa discussã o até agora sobre a natureza suprema, e, no
entanto, essa natureza mesma permanece nã o menos inefá vel, se
acreditarmos que ela nunca foi expressa de acordo com o peculiar
natureza de seu pró prio ser, mas de alguma forma descrito atravé s de
outro.
Pois quaisquer termos que pareçam aplicá veis a essa Natureza nã o
a revelam a mim em seu cará ter pró prio, mas antes a intimam por meio
de alguma semelhança. Pois, quando penso nos signi icados desses
termos, concebo mais naturalmente em minha mente o que vejo em
objetos criados, do que o que concebo para transcender todo
entendimento humano. Pois é algo muito menos, ou melhor, algo muito
diferente, que seu signi icado sugere à minha mente, do que a
concepçã o que minha pró pria mente tenta alcançar por meio dessa
signi icaçã o sombria.
S
Uma vez que é claro, entã o, que nada pode ser determinado a
respeito dessa Natureza em termos de seu pró prio cará ter
peculiar, mas apenas em termos de outra coisa, é certo que uma
aproximaçã o mais pró xima do conhecimento dela é feita por meio
daquilo que se aproxima mais dela. quase por semelhança. Pois quanto
mais parecido com ele se prova ser algo entre os seres criados, tanto
mais excelente deve ser por natureza esse ser criado. Assim, este ser,
por sua maior semelhança, auxilia a mente investigadora na
aproximaçã o da Verdade suprema; e atravé s de sua essê ncia criada
mais excelente, ensina mais corretamente qual opiniã o a pró pria mente
deve formar em relaçã o ao Criador. Assim, sem dú vida, tanto mais se
alcança o conhecimento do Ser criador quanto mais se aproxima desse
Ser a criatura atravé s da qual se faz a investigaçã o. Pois todo ser,
enquanto existe, é como o Ser supremo, as razõ es já consideradas nã o
nos permitem duvidar.
T
PORTANTO, pode-se dizer mais apropriadamente que a mente é
seu pró prio espelho onde contempla, por assim dizer, a imagem
do que nã o pode ver face a face. Pois, se a mente mesma entre
todos os seres criados é capaz de lembrar, conceber e amar a si mesma,
nã o vejo por que se possa negar que ela é a verdadeira imagem daquele
ser que, por sua memó ria, inteligê ncia e amor, está unida numa
Trindade inefá vel. Ou, pelo menos, ela se mostra mais verdadeiramente
a imagem desse Ser por seu poder de lembrar, conceber e amar esse
Ser. Pois, quanto maior e mais parecido com esse Ser, mais
verdadeiramente é reconhecido como sua imagem.
Pois quem pode negar que o que quer que seja melhor no â mbito
do poder de algué m, deve prevalecer com a vontade? Pois, para a
natureza racional, a racionalidade é o mesmo que a capacidade de
distinguir o justo do nã o-justo, o verdadeiro do nã o-verdadeiro, o bem
do nã o-bem, o bem maior do menor; mas esse poder lhe é totalmente
inú til e supé r luo, a menos que ame ou condene o que distingue, de
acordo com o julgamento do verdadeiro discernimento.
A partir disso, entã o, parece bastante claro que todo ser racional
existe para esse im, que conforme, com base no discernimento, julga
uma coisa mais ou menos boa, ou nã o boa, pode amar essa coisa em
maior ou menor grau, ou rejeitá -lo.
E, portanto, mais ó bvio que a criatura racional foi criada para esse
im, para que possa amar o Ser supremo acima de todos os outros bens,
pois esse Ser é ele mesmo o bem supremo; nã o, para que nada ame a
nã o ser por causa disso; pois esse Ser é bom por si mesmo, e nada mais
é bom a nã o ser por ele.
Mas o ser racional nã o pode amar este Ser, a menos que se tenha
dedicado a recordá -lo e concebê -lo. E claro, entã o, que a criatura
racional deve dedicar toda a sua capacidade e vontade para lembrar,
conceber e amar o bem supremo, para o qual ela reconhece que tem sua
pró pria existê ncia.
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CAPÍTULO LXIX
A E
- .
B
UT nã o há dú vida de que a alma humana é uma criatura
racional. Portanto, deve ter sido criado para este im, para que
possa amar o Ser supremo. Deve, portanto, ter sido criado para
esse im, para que possa amar esse Ser eternamente; ou por isso, que
em algum momento pode voluntariamente, ou por violê ncia, perder
esse amor.
Mas é ı́mpio supor que a Sabedoria suprema o criou para esse im,
que em algum momento, ou despreze um bem tã o grande, ou, querendo
conservá -lo, o perca por alguma violê ncia. Inferimos, entã o, que foi
criado para esse im, para amar eternamente o Ser supremo. Mas isso
ela nã o pode fazer a menos que viva para sempre. Foi assim criado,
entã o, que vive para sempre, se quiser para sempre fazer aquilo para o
qual foi criado.
T
Portanto, nã o pode parecer verdade que aquele que é mais
justo e mais poderoso nã o retorna ao ser que o ama
perseverantemente, ao qual, embora nã o existisse nem o
amasse, ele deu existê ncia para que pudesse ser um ser amoroso.
sendo. Pois, se nã o retorna à alma que ama, o mais justo nã o distingue
entre a alma que ama e a alma que despreza o que deve ser sumamente
amado, nem ama a alma que o ama; ou entã o nã o adianta ser amado
por ele; todas as suposiçõ es sã o inconsistentes com sua natureza;
portanto, ele retorna a toda alma que persevera em amá -lo.
Mas o que é esse retorno? Pois, se ele deu ao que nã o era nada, um
ser racional, para que seja uma alma amorosa, o que dará à alma
amorosa, se ela nã o cessa de amar? Se o que espera o amor é tã o
grande, quã o grande é a recompensa dada ao amor? E se o sustentador
do amor é tal como declaramos, de que cará ter é o lucro? Pois, se a
criatura racional, que é inú til para si mesma sem esse amor, é com ela
preeminente entre todas as criaturas, certamente nada pode ser a
recompensa do amor, exceto o que é preeminente entre todas as
naturezas.
Pois este mesmo bem, que exige tanto amor para consigo mesmo,
exige també m que seja desejado pela alma que ama. Pois, quem pode
amar a justiça, a verdade, a bem-aventurança, a incorruptibilidade, de
modo a nã o desejar desfrutá -las? Que retorno, entã o, a bondade
suprema dará ao ser que a ama e a deseja, exceto a si mesmo? Pois, o
que mais concede, nã o dá em troca, pois todas essas doaçõ es nã o
compensam o amor, nem consolam o ser amoroso, nem satisfazem a
alma que deseja esse Ser supremo.
Assim, é bem verdade que toda alma racional, se, como deveria, se
dedicar sinceramente por amor ao desejo da suprema bem-
aventurança, receberá em algum momento essa bem-aventurança para
desfrutar, que o que agora vê como através de um espelho e em um
enigma , pode entã o ver face a face . Mas é muito tolo duvidar se
desfruta dessa bem-aventurança eternamente; visto que, no gozo dessa
bem-aventurança, será impossı́vel desviar a alma por qualquer medo,
ou enganá -la por falsa segurança; nem, tendo experimentado uma vez a
necessidade dessa bem-aventurança, será capaz de nã o amá -la; nem
essa bem-aventurança abandonará a alma que a ama; nem haverá nada
poderoso o su iciente para separá -los contra sua vontade. Assim, a alma
que uma vez começou a desfrutar da suprema bem-aventurança será
eternamente abençoada.
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CAPÍTULO LXXI
A
.
F
A partir disso, pode-se inferir, como certa conseqü ê ncia, que a
alma que despreza o amor do bem supremo incorrerá na
misé ria eterna. Pode-se dizer que seria justamente punido por
tal desprezo se perdesse a existê ncia ou a vida, pois nã o se emprega
para o im para o qual foi criado. Mas a razã o de modo algum admite tal
crença, a saber, que depois de tã o grande culpa ela está condenada a ser
o que era antes de toda a sua culpa.
Pois, antes de existir, nã o podia ser culpado nem sentir pena. Se,
entã o, a alma desprezando o im para o qual foi criada, morre para nã o
sentir nada, ou para nã o ser nada, sua condiçã o será a mesma quando
na maior culpa e quando sem culpa; e a justiça supremamente sá bia
nã o distinguirá entre o que nã o é capaz de nenhum bem e nã o quer o
mal, e o que é capaz do maior bem e deseja o maior mal.
B
UT se a alma é mortal, é claro que a alma amorosa nã o é
eternamente abençoada, nem a alma que despreza este Ser
eternamente miserá vel. Quer, portanto, ame ou despreze aquilo
para o qual foi criado, deve ser imortal. Mas se existem algumas almas
racionais que nã o devem ser julgadas nem amorosas nem
desprezadoras, como as almas das crianças parecem ser, que opiniã o se
deve ter a respeito delas? Eles sã o mortais ou imortais? Mas, sem
dú vida, todas as almas humanas sã o da mesma natureza. Portanto, uma
vez que está estabelecido que alguns sã o imortais, toda alma humana
deve ser imortal. Mas como todo ser vivo nunca está , ou em algum
momento, verdadeiramente seguro de todos os problemas;
necessariamente, també m, toda alma humana é sempre miserá vel, ou
em algum momento verdadeiramente abençoada.
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CAPÍTULO LXXIII
N ,
.
B
UT, cujas almas devem ser julgadas sem hesitaçã o como tã o
amorosas que para o amor de que foram criadas, que merecem
desfrutá -lo em algum momento, e que, como tanto o
desprezam, que merecem sempre precisar dele; ou como e em que
fundamento aqueles que parece impossı́vel chamar de amor ou
desprezo sã o atribuı́dos à bem-aventurança ou à misé ria eterna – de
tudo isso acho certamente mais difı́cil ou mesmo impossı́vel para
qualquer mortal chegar a um entendimento por meio da discussã o. Mas
que nenhum ser é injustamente privado pelo supremamente grande e
sumamente bom Criador daquele bem para o qual foi criado, devemos
certamente acreditar. E para esse bem todo homem deve se esforçar,
amando e desejando-o com todo o seu coraçã o, toda a sua alma e toda a
sua mente.
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CAPÍTULO LXXIV
O S .
B
Mas a alma humana de modo algum poderá treinar-se neste
propó sito, se ela se desesperar de poder alcançar o que almeja.
Portanto, a devoçã o ao esforço nã o é mais proveitosa para ele
do que a esperança de realizaçã o é necessá ria.
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CAPÍTULO LXXV
D S , ,
- .
B
UT o que nã o acredita nã o pode amar ou esperar. E, portanto,
proveitoso para esta alma humana acreditar no Ser supremo e
nas coisas sem as quais esse Ser nã o pode ser amado, para que,
acreditando, a alma possa alcançá -lo. E esta verdade pode ser indicada
de forma mais breve e adequada, penso eu, se em vez de dizer “lutar
pelo” Ser supremo, dissermos “acreditar no ” Ser supremo.
Com base nisso, portanto, acho que pode ser mais apropriado
dizer que devemos acreditar nele do que direcionar a crença para ele.
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CAPÍTULO LXXVI
D P F E
, ,
.
C
E deve crer, entã o, igualmente no Pai e no Filho e em seu
Espı́rito, e em cada um separadamente, e nos trê s ao mesmo
tempo, visto que o Pai separadamente, e o Filho separadamente,
e seu Espı́rito separadamente é o Ser supremo, e ao mesmo tempo Pai e
Filho com seu Espı́rito sã o um e o mesmo Ser supremo, no qual
somente todo homem deve acreditar; porque é o ú nico im pelo qual em
cada pensamento e ato ele deve lutar. Portanto, é manifesto que
ningué m é capaz de lutar por esse Ser, exceto que ele acredita nele;
entã o acreditar que nã o vale nada, a menos que ele se esforce por isso.
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CAPÍTULO LXXVII
O , .
H
ENCE, por mais con iante que seja uma verdade tã o
importante, a fé será inú til e, por assim dizer, morta, a menos
que seja forte e viva pelo amor. Pois, que a fé que é
acompanhada de amor su iciente nã o é de modo algum ociosa, se uma
oportunidade de operaçã o se oferece, mas se exercita em abundâ ncia
de obras, como nã o poderia prescindir do amor, pode ser provado
apenas por este fato, que, como ama a justiça suprema, nã o pode
desprezar nada que seja justo, nã o pode aprovar nada que seja injusto.
Portanto, visto que o fato de seu funcionamento mostra que a vida, sem
a qual nã o poderia funcionar, lhe é inerente; nã o é absurdo dizer que a
fé operativa é viva, porque tem a vida de amor sem a qual nã o poderia
operar; e essa fé ociosa nã o é viva, porque lhe falta aquela vida de amor,
com a qual nã o seria ociosa.
Pois nã o se deve supor trê s pessoas, porque todas as pessoas que
sã o mais de uma subsistem separadamente umas das outras, de modo
que deve haver tantas substâ ncias quanto pessoas, fato que é
reconhecido no caso de mais de um homem, quando há tantas pessoas
quantas substâ ncias individuais. Portanto, no Ser supremo, assim como
nã o há mais substâ ncias do que uma, també m nã o há mais pessoas do
que uma.
Mas o que deve ser tã o adorado de acordo com sua majestade, e o
que deve ser tã o apaziguado em favor de qualquer objeto, como o
Espı́rito supremamente bom e supremamente poderoso, que é o Senhor
de tudo e que governa tudo? Pois, como está estabelecido que pelo bem
supremo e sua onipotê ncia supremamente sá bia todas as coisas foram
criadas e vivem, é muito inconsistente supor que o pró prio Espı́rito nã o
governe os seres por ele criados, ou que os seres sejam governados por
outro menos poderoso ou menos bom, ou por nenhuma razã o, mas
apenas pelo luxo confuso de eventos. Pois é somente por meio de quem
está bem com toda criatura, e sem o qual está bem com nenhuma, e de
quem , e por meio de quem , e em quem sã o todas as coisas.
B
Y GAUNILON, UM MONGE DE MARMOUTIER.
A menos que se demonstre que esse ser é de tal natureza que nã o
pode ser considerado em conceito como todos os objetos irreais, ou
objetos cuja existê ncia é incerta: e, portanto, nã o sou capaz de concebê -
lo quando ouço falar dele, ou de concebê -lo. mantenha-o em conceito;
mas devo compreendê -lo e tê -lo em meu entendimento; porque, ao que
parece, nã o posso concebê -lo de outra maneira senã o compreendendo-
o, isto é , compreendendo em meu conhecimento sua existê ncia na
realidade.
5. Mas que este ser deve existir, nã o apenas no entendimento, mas
també m na realidade, é assim provado para mim:
Se nã o existisse assim, tudo o que existe na realidade seria maior
do que ele. E assim o ser que já foi provado existir em meu
entendimento nã o será maior do que todos os outros seres.
Pois quem diz que esse ser existe, porque senã o o ser que é maior
que todos nã o será maior que todos, nã o atende com bastante rigor ao
que está dizendo. Pois ainda nã o digo nã o, até nego ou duvido que esse
ser seja maior do que qualquer objeto real. Tampouco lhe concedo
outra existê ncia senã o esta (se é que se deve chamar de existê ncia) que
ela tem quando a mente, segundo uma palavra meramente ouvida,
tenta formar a imagem de um objeto absolutamente desconhecido para
ela.
6. Por exemplo: diz-se que em algum lugar do oceano há uma ilha,
que, pela di iculdade, ou melhor, pela impossibilidade, de descobrir o
que nã o existe, é chamada de ilha perdida. E dizem que esta ilha tem
uma riqueza inestimá vel de todos os tipos de riquezas e iguarias em
maior abundâ ncia do que se diz das Ilhas dos Bem-Aventurados; e que
nã o tendo dono ou habitante, é mais excelente do que todos os outros
paı́ses, que sã o habitados pela humanidade, na abundâ ncia com que é
armazenado.
S
Você diz – quem quer que seja, que diz que um tolo é capaz de
fazer essas a irmaçõ es – que um ser do qual nã o se pode
conceber algo maior nã o está no entendimento em nenhum
outro sentido senã o aquele em que um ser que é totalmente
inconcebı́vel em termos da realidade, está no entendimento. Você diz
que a inferê ncia de que esse ser existe na realidade, do fato de estar no
entendimento, nã o é mais justa do que a inferê ncia de que uma ilha
perdida certamente existe, do fato de que, quando ela é descrita, o
ouvinte nã o duvida que está em seu entendimento.
Alé m disso: se pode ser concebido, deve existir. Pois ningué m que
nega ou duvida da existê ncia de um ser do qual um ser maior é
inconcebı́vel, nega ou duvida que, se existisse, sua inexistê ncia, seja na
realidade ou no entendimento, seria impossı́vel. Pois de outro modo
nã o seria um ser do qual nã o se pode conceber algo maior. Mas quanto
ao que pode ser concebido, mas nã o existe – se existisse tal ser, sua
inexistê ncia, seja na realidade ou no entendimento, seria possı́vel.
Portanto, se um ser do qual um maior é inconcebı́vel pode ser
concebido, ele nã o pode ser inexistente.
Mas suponhamos que ela nã o exista, mesmo que possa ser
concebida. Tudo o que pode ser concebido, mas nã o existe, se existisse,
nã o seria um ser do qual algo maior é inconcebı́vel. Se, entã o, houvesse
um ser maior do que o inconcebı́vel, nã o seria um ser do qual um maior
é inconcebı́vel: o que é o mais absurdo. Portanto, é falso negar que
exista um ser do qual um maior nã o pode ser concebido, se é que pode
ser concebido; tanto mais, portanto, se pode ser entendido ou pode
estar no entendimento.
Alé m disso, atrevo-me a fazer esta a irmaçã o: sem dú vida, tudo o
que em qualquer lugar ou em qualquer tempo nã o existe – mesmo que
exista em algum lugar ou em algum momento – pode ser concebido
como existindo em lugar nenhum e nunca, como em algum lugar. lugar
e em algum momento ele nã o existe. Pois o que nã o existia ontem, e
existe hoje, como se entende que nã o existiu ontem, pode-se apreender
pela inteligê ncia que nunca existe. E o que nã o está aqui, e está em
outro lugar, pode ser concebido como nã o estando em lugar nenhum,
assim como nã o está aqui. Assim, em relaçã o a um objeto do qual as
partes individuais nã o existem nos mesmos lugares ou tempos: todas as
suas partes e, portanto, seu pró prio todo podem ser concebidos como
existindo em nenhum lugar ou nunca.
Você acredita que esse ser pode de alguma forma ser concebido ou
compreendido, ou que o ser em relaçã o ao qual essas coisas sã o
compreendidas pode estar no conceito ou no entendimento? Pois se
nã o pode, essas coisas nã o podem ser entendidas com referê ncia a ele.
Mas se você diz que nã o é entendido e que nã o está no entendimento,
porque nã o é completamente entendido; você deve dizer que um
homem que nã o pode enfrentar os raios diretos do sol nã o vê a luz do
dia, que nada mais é do que a luz do sol. Certamente existe um ser do
qual um maior nã o pode ser concebido, e está no entendimento, pelo
menos até este ponto, que essas a irmaçõ es a respeito dele sã o
compreendidas.
Apê ndice
CAPÍTULO II
O . M -
, ,
.
B
Mas, você diz, é como se suponhamos uma ilha no oceano, que
supera todas as terras em sua fertilidade, e que, pela
di iculdade ou impossibilidade de descobrir o que nã o existe, é
chamada de ilha perdida. ; e devo dizer que nã o há dú vida de que esta
ilha realmente existe na realidade, por isso, quem a ouve descrita
compreende facilmente o que ouve.
Mas agora parece que esse ser do qual algo maior é inconcebı́vel
nã o pode ser concebido como nã o sendo, porque existe em um
fundamento de verdade tã o seguro; pois de outra forma nã o existiria.
Portanto, se algué m diz que concebe este ser como nã o existindo,
eu digo que no momento em que ele o concebe ou ele concebe um ser
do qual algo maior é inconcebı́vel, ou ele nã o concebe nada. Se nã o
concebe, nã o concebe a inexistê ncia daquilo que nã o concebe. Mas se
ele concebe, ele certamente concebe um ser que nã o pode ser sequer
concebido para nã o existir. Pois se pudesse ser concebido para nã o
existir, poderia ser concebido para ter um começo e um im. Mas isso é
impossı́vel.
Aquele, entã o, que concebe este ser, concebe um ser que nã o pode
ser sequer concebido para nã o existir; mas quem concebe este ser nã o
concebe que ele nã o existe; senã o ele concebe o que é inconcebı́vel. A
inexistê ncia, entã o, daquilo do qual um maior nã o pode ser concebido é
inconcebı́vel.
Apê ndice
CAPÍTULO IV
A -
- .
S
OU dizes, alé m disso, que enquanto eu a irmo que este ser
supremo nã o pode ser concebido para nã o existir, seria melhor
dizer que sua nã o existê ncia, ou mesmo a possibilidade de sua
nã o existê ncia, nã o pode ser compreendida .
Mas era mais apropriado dizer que nã o pode ser concebido. Pois
se eu tivesse dito que o pró prio objeto nã o pode ser entendido como
nã o existindo, possivelmente você mesmo, que diz que, de acordo com o
verdadeiro signi icado do termo, o que é irreal nã o pode ser entendido,
faria a objeçã o de que nada do que é pode ser entendido. nã o ser, pois a
inexistê ncia do que existe é irreal: portanto, Deus nã o seria o ú nico ser
do qual se poderia dizer, é impossı́vel compreender sua inexistê ncia.
Pois assim um desses seres que certamente existem pode ser entendido
como nã o existindo da mesma maneira que certos outros objetos reais
podem ser entendidos como nã o existindo.
Mas esta objeçã o, seguramente, nã o pode ser feita contra o termo
concepção , se considerarmos bem o assunto. Pois, embora nenhum
objeto que existe possa ser entendido como nã o existindo, todos os
objetos, exceto o que existe no mais alto grau, podem ser concebidos
como nã o existindo. Pois todos esses objetos, e apenas aqueles, podem
ser concebidos como nã o existindo, que tê m um começo ou im ou
composiçã o de partes: també m, como já disse, tudo o que em qualquer
lugar ou em qualquer tempo nã o existe como um todo.
Esse ser sozinho, por outro lado, nã o pode ser concebido como
inexistente, no qual qualquer concepçã o nã o descobre nem começo
nem im nem composiçã o de partes, e que qualquer concepçã o
encontra sempre e em toda parte como um todo.
Esteja certo, entã o, de que você pode conceber sua pró pria nã o-
existê ncia, embora esteja mais certo de que você existe. Estou surpreso
que você tenha admitido que ignora isso. Pois concebemos a
inexistê ncia de muitos objetos que sabemos que existem, e a existê ncia
de muitos que sabemos que nã o existem; nã o formando a opiniã o de
que eles existem, mas imaginando que eles existem como nó s os
concebemos.
T
A natureza das outras objeçõ es que você , em nome do tolo,
insiste contra mim é fá cil, mesmo para um homem de pouca
sabedoria, detectar; e, portanto, achei desnecessá rio mostrar
isso. Mas como ouvi dizer que alguns leitores dessas objeçõ es acham
que elas tê m algum peso contra mim, vou discuti-las brevemente.
Mas isso, ao que parece, nã o pode ser tã o facilmente provado de
um ser que se diz ser maior do que todos os outros seres . Pois nã o é tã o
evidente que o que pode ser concebido como inexistente nã o seja maior
do que todos os seres existentes, como é evidente que nã o é um ser do
qual um maior nã o pode ser concebido. Tampouco é tã o indubitá vel
que, se existe um ser maior do que todos os outros seres, nã o é outro
senã o o ser do qual nã o se pode conceber um maior; ou que se fosse tal
ser, algum outro poderia nã o ser este ser da mesma maneira; como é
certo em relaçã o a um ser que é hipoteticamente posto como um do
qual um maior nã o pode ser concebido.
Você vê , entã o, com quanta justiça você me comparou com seu
tolo, que, apenas pelo fato de entender o que lhe é descrito, a irmaria
que existe uma ilha perdida.
Apê ndice
CAPÍTULO VI
U G
:
, ,
.
Portanto, nã o pode ser crı́vel que algum homem negue a existê ncia
de um ser do qual nã o se possa conceber um maior, que, quando o ouve,
compreende em certo grau: é incrı́vel, digo eu, que qualquer homem
negue a existê ncia deste ser porque ele nega a existê ncia de Deus, a
percepçã o sensorial de quem ele de modo algum concebe.
M
Aliá s, sua demonstraçã o tã o cuidadosa de que o ser do qual
nã o se pode conceber um maior nã o é aná logo ao quadro
ainda nã o executado no entendimento do pintor é bastante
desnecessá ria. Nã o foi com esse propó sito que sugeri o quadro
preconcebido. Nã o pensei em a irmar que o ser que eu estava
discutindo é de tal natureza; mas quis mostrar que o que nã o se
entende existir pode estar no entendimento.
Novamente, você diz que quando você ouve falar de um ser do qual
um ser maior é inconcebı́vel, você nã o pode concebê -lo em termos de
qualquer objeto real conhecido por você , seja especı́ ica ou geralmente,
nem tê -lo em seu entendimento. Pois, você diz, você nã o conhece tal ser
em si, nem pode formar uma ideia dele a partir de algo semelhante.
Mas obviamente isso nã o é verdade. Pois tudo o que é menos bom,
na medida em que é bom, é como o bem maior. E, portanto, evidente
para qualquer mente racional que, ascendendo do bem menor ao maior,
podemos formar uma noçã o considerá vel de um ser do qual um maior é
inconcebı́vel.
Por exemplo, quem (mesmo que nã o acredite que o que concebe
existe na realidade) supondo que haja algum bem que tem um começo e
um im, nã o concebe que um bem é muito melhor, que, se começa, nã o
deixa de ser? E que, como o segundo bem é melhor do que o primeiro,
aquele bem que nã o tem começo nem im, embora esteja sempre
passando do passado pelo presente para o futuro, é melhor do que o
segundo? E que muito melhor do que isso é um ser – quer exista ou nã o
um ser de tal natureza – que de modo algum requer mudança ou
movimento, nem é obrigado a sofrer mudança ou movimento?
Tã o facilmente, entã o, pode ser refutado o tolo que nã o aceita a
autoridade sagrada, se ele nega que uma noçã o possa ser formada a
partir de outros objetos de um ser do qual um maior é inconcebı́vel.
Mas se algum cató lico nega isso, lembre-se que as coisas invisı́veis de
Deus, desde a criaçã o do mundo, sã o claramente vistas, sendo
compreendidas pelas coisas que sã o feitas, até mesmo seu eterno poder
e divindade. ( Romanos I. 20. )
Apê ndice
CAPÍTULO IX
A
. O
.
B
UT mesmo se fosse verdade que um ser do qual um maior é
inconcebı́vel nã o pode ser concebido ou compreendido; no
entanto, nã o seria falso que um ser do qual um maior nã o pode
ser concebido seja concebı́vel e inteligı́vel. Nada impede que se diga
inefável , embora nã o se possa falar do que se diz inefá vel. Inconcebível
é concebı́vel, embora aquilo a que a palavra inconcebível possa ser
aplicada nã o seja concebı́vel. Assim, quando se diz, aquilo do qual nada
maior é concebível , indubitavelmente o que se ouve é concebı́vel e
inteligı́vel, embora aquele ser em si, do qual um maior é inconcebı́vel,
nã o possa ser concebido ou compreendido.
Ou, embora haja um homem tã o tolo a ponto de dizer que nã o há
nenhum ser do qual um maior é inconcebı́vel, ele nã o será tã o
desavergonhado a ponto de dizer que nã o pode entender ou conceber o
que diz. Ou, se tal homem for encontrado, nã o apenas suas palavras
devem ser rejeitadas, mas ele mesmo deve ser desprezado.
T
A primeira parte deste livro foi copiada sem meu conhecimento,
antes que o trabalho fosse concluı́do e revisado. Portanto, fui
obrigado a terminá -lo da melhor maneira possı́vel, com mais
pressa e mais brevidade do que desejava. Pois se me fosse concedido
um perı́odo tranquilo e adequado para publicá -lo, eu deveria ter
apresentado e acrescentado muitas coisas sobre as quais tenho estado
em silê ncio. Pois foi enquanto sofria sob grande angú stia de coraçã o,
cuja origem e razã o sã o conhecidas por Deus, que, a pedido de outros,
comecei o livro na Inglaterra e o terminei quando exilado em Capra. A
partir do tema sobre o qual foi publicado, denominei-o Cur Deus Homo
e o dividi em dois livros curtos. A primeira conté m as objeçõ es dos
in ié is, que desprezam a fé cristã porque a consideram contrá ria à
razã o; e també m a resposta dos crentes; e, en im, deixando Cristo fora
de vista (como se nada tivesse sido conhecido dele), isso prova, por
razõ es absolutas, a impossibilidade de qualquer homem ser salvo sem
ele. Novamente, no segundo livro, da mesma forma, como se nada fosse
conhecido de Cristo, alé m disso, é demonstrado por raciocı́nio claro e
fato que a natureza humana foi ordenada para esse propó sito, a saber,
que todo homem deve desfrutar de uma imortalidade feliz, tanto no
corpo quanto no corpo. e na alma; e que era necessá rio que este
desı́gnio para o qual o homem foi feito fosse cumprido; mas que nã o
poderia ser cumprido a menos que Deus se tornasse homem, e a menos
que todas as coisas que mantemos em relaçã o a Cristo acontecessem.
Peço a todos que desejarem copiar este livro que pre ixem este breve
prefá cio, com os tı́tulos de todo o trabalho, em seu inı́cio; para que, em
quem quer que caia nas mã os, ao olhar para a face dela, nã o haja nada
em todo o corpo da obra que passe despercebido.
Cur Deus Homo
LIVRO PRIMEIRO: CAPÍTULO I
A .
B
oso.
Anselmo. Você me pede uma coisa que está acima de mim, e por
isso tenho medo de tomar em mã os assuntos muito elevados para mim,
para que, quando algué m possa ter pensado ou mesmo visto que nã o o
satisfaço, ele preferirá acreditar que estou errado quanto à substâ ncia
da verdade, do que meu intelecto nã o é capaz de compreendê -la.
Boso. Você nã o deve tanto temer isso, porque você deve lembrar,
por outro lado, que muitas vezes acontece na discussã o de alguma
questã o que Deus abre o que antes estava oculto; e que você deve
esperar pela graça de Deus, porque se você distribuir liberalmente as
coisas que você recebeu gratuitamente, você será digno de receber
coisas mais elevadas que você ainda nã o alcançou.
Anselmo. Há també m outra coisa por causa da qual acho que esse
assunto di icilmente pode, ou nã o pode ser discutido entre nó s de
forma abrangente; uma vez que, para este im, é necessá rio um
conhecimento de Poder e Necessidade e Vontade e certos outros
assuntos que estã o tã o relacionados entre si que nenhum deles pode
ser completamente examinado sem o resto; e, portanto, a discussã o
desses tó picos exige um trabalho à parte, que, embora nã o seja muito
fá cil, em minha opiniã o, nã o é de modo algum inú til; pois a ignorâ ncia
desses assuntos torna certas coisas difı́ceis, que pelo conhecimento
delas se tornam fá ceis.
Boso. Você pode falar tã o brevemente com relaçã o a essas coisas,
cada uma em seu lugar, que ambos podemos ter tudo o que é necessá rio
para o objeto presente, e o que resta a ser dito podemos adiar para
outro momento.
Boso. Permita-me, portanto, fazer uso das palavras dos in ié is; pois
é apropriado para nó s, quando procuramos investigar a razoabilidade
de nossa fé , propor as objeçõ es daqueles que nã o estã o totalmente
dispostos a se submeter à mesma fé , sem o apoio da razã o. Pois, embora
eles apelem à razã o porque nã o acreditam, mas nó s, por outro lado,
porque acreditamos; no entanto, a coisa procurada é uma e a mesma. E
se você apresentar qualquer coisa em resposta à qual a autoridade
sagrada pareça se opor, que seja meu insistir nessa inconsistê ncia até
que você a refute.
B
oso.
B
oso.
B
oso.
B
oso.
M
Alé m disso, nã o vejo a força desse argumento, que
costumamos usar, de que Deus, para salvar os homens, foi
obrigado, por assim dizer, a tentar uma disputa com o diabo
na justiça, antes que ele o izesse. em força, para que, quando o diabo
matasse aquele ser em quem nã o havia nada digno de morte, e que era
Deus, ele perdesse justamente seu poder sobre os pecadores; e que, se
assim nã o fosse, Deus teria usado força indevida contra o demô nio, pois
o demô nio tinha o direito de propriedade do homem, pois o demô nio
nã o apoderou-se do homem com violê ncia, mas o homem se rendeu
livremente a ele. E verdade que isso poderia muito bem ser dito, se o
diabo ou o homem pertencesse a qualquer outro ser que nã o Deus, ou
estivesse no poder de qualquer outro, exceto Deus. Mas visto que nem o
diabo nem o homem pertencem a ningué m alé m de Deus, e nenhum
deles pode existir sem o exercı́cio do poder divino, que causa Deus deve
tentar com sua pró pria criatura ( de suo, in suo ), ou o que ele deve fazer
senã o punir seus servo, que havia seduzido seu conservo para
abandonar seu Senhor comum e vir para si mesmo; que, traidor, havia
tomado para si um fugitivo; ladrã o, havia tomado para si um
companheiro ladrã o, com o que havia roubado de seu Senhor. Pois
quando um foi roubado de seu Senhor pelas persuasõ es do outro,
ambos eram ladrõ es. Pois o que poderia ser mais justo do que Deus
fazer isso? Ou, se Deus, o juiz de todos, arrebatar o homem, assim
detido, do poder daquele que o manté m tã o injustamente, seja para
puni-lo de outra maneira que nã o por meio do diabo, ou para poupá -lo ,
que injustiça haveria nisso? Pois, embora o homem merecesse ser
atormentado pelo diabo, ainda assim o diabo o atormentava
injustamente. Pois o homem merecia o castigo, e nã o havia meio mais
adequado para ele ser castigado do que por aquele ser a quem ele
consentiu em pecar. Mas a imposiçã o de puniçã o nã o era nada meritó ria
no diabo; por outro lado, ele foi ainda mais injusto nisso, porque nã o foi
levado a isso por amor à justiça, mas instigado por um impulso
malicioso. Pois ele nã o fez isso por ordem de Deus, mas a sabedoria
inconcebı́vel de Deus, que felizmente controla até a maldade, permitiu.
E, na minha opiniã o, aqueles que pensam que o diabo tem algum direito
em prender o homem, sã o levados a essa crença ao ver que o homem
está justamente exposto ao tormento do diabo, e que Deus em justiça
permite isso; e, portanto, eles supõ em que o diabo o in lige com razã o.
Pois a mesma coisa, de pontos de vista opostos, à s vezes é justa e
injusta e, portanto, por aqueles que nã o examinam cuidadosamente o
assunto, é considerada totalmente justa ou totalmente injusta.
Suponhamos, por exemplo, que algué m golpeie uma pessoa inocente
injustamente e, portanto, mereça ser espancado; se, no entanto, aquele
que foi espancado, embora nã o devesse se vingar, ainda assim ferir a
pessoa que o espancou, entã o o faz injustamente. E, portanto, essa
violê ncia por parte do homem que retribui o golpe é injusta, porque ele
nã o deve se vingar; mas no que diz respeito a quem recebeu o golpe, é
justo, pois como ele deu um golpe injustamente, ele merece receber um
em troca. Portanto, de pontos de vista opostos, a mesma açã o é justa e
injusta, pois pode acontecer que uma pessoa a considere apenas justa e
outra apenas injusta. Assim també m se diz que o diabo atormenta os
homens com justiça, porque Deus em justiça permite isso, e o homem
em justiça o sofre. Mas quando se diz que o homem sofre com justiça,
nã o signi ica que seu sofrimento justo seja in ligido pela pró pria mã o
da justiça, mas que ele é punido pelo justo julgamento de Deus. Mas se
esse decreto escrito for levantado, que o apó stolo diz que foi feito
contra nó s e cancelado pela morte de Cristo; e se algué m pensa que foi
pretendido por este decreto que o diabo, como se estivesse sob a escrita
de uma espé cie de pacto, exigisse com justiça o pecado e o castigo do
pecado, do homem, antes de Cristo sofrer, como uma dı́vida pelo
primeiro pecado ao qual ele tentou o homem, de modo que assim ele
parece provar seu direito sobre o homem, de modo algum penso que
isso deva ser entendido. Pois essa escrita nã o é do diabo, porque é
chamada de escrita de um decreto do diabo, mas de Deus. Pois pelo
justo julgamento de Deus foi decretado e, por assim dizer, con irmado
por escrito, que, uma vez que o homem pecou, ele nã o deveria
doravante ter o poder de evitar o pecado ou o castigo do pecado; pois o
espı́rito vai e nã o volta ( est enim spiritus vadens et non rediens ); e
aquele que pecar nã o deve escapar impunemente, a menos que a
piedade poupe o pecador, o livre e o restaure. Portanto, nã o devemos
acreditar que, por causa deste escrito, possa ser encontrada alguma
justiça da parte do diabo em seu atormentador. En im, como nunca há
injustiça em um anjo bom, entã o em um anjo mau nã o pode haver
justiça alguma. Nã o havia razã o, portanto, no que diz respeito ao diabo,
para que Deus nã o izesse uso de seu pró prio poder contra ele para a
libertaçã o do homem.
Cur Deus Homo
CAPÍTULO VIII
C , C
,
;
.
nselm.
UMA A vontade de Deus deve ser uma razã o su iciente para nó s,
quando ele faz alguma coisa, embora nã o possamos ver por que
ele faz isso. Pois a vontade de Deus nunca é irracional.
Boso. Seja assim; que nada seja referido à natureza divina, que é
falada de Cristo à maneira da fraqueza humana; mas como se tornará
algo justo ou razoá vel que Deus trate ou permita ser tratado de tal
maneira, aquele homem a quem o Pai chamou seu Filho amado em
quem ele se compraz, e a quem o Filho se fez? Pois que justiça há em
sua morte sofrida pelo pecador, que era o mais justo de todos os
homens? Que homem, se condenasse o inocente para libertar o culpado,
nã o seria julgado digno de condenaçã o? E assim o assunto parece
retornar à mesma incongruê ncia mencionada acima. Pois se ele nã o
pode salvar os pecadores de outra maneira senã o condenando os
justos, onde está sua onipotê ncia? Se, no entanto, ele pô de, mas nã o
quis, como podemos sustentar sua sabedoria e justiça?
Anselmo. Deus Pai nã o tratou aquele homem como você parece
supor, nem matou o inocente pelo culpado. Pois o Pai nã o o obrigou a
sofrer a morte, nem mesmo permitiu que ele fosse morto, contra sua
vontade, mas por sua pró pria vontade ele suportou a morte para a
salvaçã o dos homens.
Boso. Embora nã o fosse contra a sua vontade, uma vez que ele
concordou com a vontade do Pai; no entanto, o Pai parece tê -lo
amarrado, por assim dizer, por sua injunçã o. Pois é dito que Cristo “se
humilhou, sendo feito obediente ao Pai até a morte, e morte de cruz.
Por isso també m Deus o exaltou sobremaneira; e que “ele aprendeu a
obediê ncia pelas coisas que sofreu”; e que Deus nã o poupou seu
pró prio Filho, mas o entregou por todos nó s”. E do mesmo modo o Filho
diz: “Nã o vim para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que
me enviou.” E quando está prestes a sofrer, ele diz; “Como o Pai me deu
mandamento, assim faço.” Novamente: “Nã o beberei eu o cá lice que o
Pai me deu? ” E, em outro momento: “Pai, se for possı́vel, passa de mim
este cá lice; todavia, nã o como eu quero, mas como tu queres.” E ainda:
“Pai, se este cá lice nã o pode passar de mim sem que eu o beba, seja feita
a tua vontade”. Em todas essas passagens, parece que Cristo suportou a
morte pela coaçã o da obediê ncia, do que pela inclinaçã o de seu pró prio
livre arbı́trio.
Cur Deus Homo
CAPÍTULO IX
C ,
: “ ; ”
: “ D ;” : “N
; ” : “
F ”; : “ ,
”.
nselm.
UMA Parece-me que você nã o entende corretamente a diferença
entre o que ele fez por exigê ncia de obediê ncia e o que ele
sofreu, nã o exigido por obediê ncia, mas in ligido a ele, porque ele
manteve sua obediê ncia perfeita.
Anselmo. Acredito que Deus exige isso de todo ser racional, e todo
ser deve isso em obediê ncia a Deus.
Anselmo. Esse homem, portanto, devia essa obediê ncia a Deus Pai,
a humanidade à Deidade; e o Pai o reivindicou dele.
Boso. Nã o há dú vida disso.
Anselmo. Agora você vê o que ele fez, sob a exigê ncia de
obediê ncia.
Boso. E por isso que acreditamos que o homem nã o estaria sujeito
à morte e que Deus nã o teria exigido isso dele; mas eu gostaria de ouvir
a razã o da coisa de você .
Boso. Sim.
Boso. Mas este simples fato, que Deus permite que ele seja tratado
assim, mesmo que ele estivesse disposto, nã o parece apropriado para
tal Pai em relaçã o a tal Filho.
Anselmo. Sim, é de todas as coisas mais apropriado que tal Pai deve
concordar com tal Filho em seu desejo, se for louvá vel no que se refere
à honra de Deus e ú til para a salvaçã o do homem, que de outra forma
nã o seria efetuada.
Boso. Neste assunto, nã o aceito nada mais de boa vontade do que
que este acordo seja preservado entre nó s em comum.
Boso. E assim.
Boso. Eu o concedo; pois neles nã o há nada que pareça impró prio
ou impossı́vel para Deus.
nselm.
UMA Devemos indagar, portanto, de que maneira Deus elimina os
pecados dos homens; e, para fazer isso mais claramente, vamos
primeiro considerar o que é pecar e o que é satisfazer o pecado.
Anselmo. Portanto, pecar nada mais é do que nã o dar a Deus o que
lhe é devido.
nselm.
UMA Voltemos e consideremos se era apropriado que Deus
repudiasse os pecados apenas por compaixã o, sem nenhum
pagamento da honra que lhe foi tirada.
Anselmo. Mas se o pecado nã o é pago nem punido, nã o está sujeito
a nenhuma lei.
Boso. Nã o posso resistir ao seu raciocı́nio. Mas quando Deus nos
ordena, em todos os casos, perdoar aqueles que nos ofenderam, parece
inconsistente ordenar algo sobre nó s que nã o é apropriado que ele
mesmo faça.
Anselmo. Nã o há inconsistê ncia em Deus nos ordenar a nã o tomar
sobre nó s o que pertence somente a Ele. Pois executar vingança nã o
pertence a ningué m, mas a Ele que é o Senhor de tudo; pois quando os
poderes do mundo cumprem corretamente esse im, o pró prio Deus o
faz, quem os designou para o propó sito.
Boso. Você evitou a di iculdade que eu pensava existir; mas há
outro para o qual eu gostaria de ter sua resposta. Pois como Deus é tã o
livre que nã o está sujeito a nenhuma lei e ao julgamento de ningué m, e
é tã o misericordioso que nada mais misericordioso pode ser concebido;
e nada é certo ou adequado, exceto como ele quer; parece-nos estranho
dizer que ele nã o quer ou nã o pode repudiar um dano causado a si
mesmo, quando costumamos pedir-lhe indulgê ncia em relaçã o à s
ofensas que cometemos contra os outros.
nselm.
UMA Na ordem das coisas, nã o há nada menos a suportar do que que
a criatura tire a honra devida ao Criador e nã o restitua o que ela
tirou.
Anselmo. Mas nã o há maior injustiça sofrida do que aquela pela
qual um mal tã o grande deve ser suportado.
Anselmo. Penso, portanto, que você nã o dirá que Deus deve
suportar uma coisa que nã o seja sofrida maior injustiça, a saber, que a
criatura nã o deve devolver a Deus o que ele tirou.
Boso. Acho que nada mais razoá vel pode ser dito.
Cur Deus Homo
CAPÍTULO XIV
C D .
B
oso.
B
oso.
O que você diz me satisfaz. Mas há ainda outro ponto que eu
gostaria que você respondesse. Pois se, como você vê , Deus
deve sustentar sua pró pria honra, por que ele permite que ela seja
violada mesmo no menor grau? Pois o que de alguma forma é suscetı́vel
de dano nã o é total e perfeitamente preservado.
Boso. Nã o conheço nada que possa ser dito contra isso.
nselm.
UMA Era apropriado que Deus planejasse compensar o nú mero de
anjos que caı́ram, da natureza humana que ele criou sem
pecado.
Boso. Nã o ique zangado comigo; “pois o Senhor ama quem dá com
alegria”; e ningué m mostra melhor quã o alegremente ele dá o que
promete, do que aquele que dá mais do que promete; portanto, diga-me
livremente o que peço.
Anselmo. Portanto, como eles devem ser desse nú mero, ou seu
nú mero deve necessariamente ser composto, ou entã o a natureza
racional, que foi prevista como perfeita em nú mero, permanecerá
incompleta. Mas isso nã o pode ser.
Boso. Sem dú vida, entã o, o nú mero deve ser restaurado.
Anselmo. Mas essa restauraçã o só pode ser feita a partir de seres
humanos, pois nã o há outra fonte.
Cur Deus Homo
CAPÍTULO XVII
C
.
B
oso.
nselm.
UMA Se os anjos, antes que qualquer um deles caı́sse, existiam
naquele nú mero perfeito de que falamos, entã o os homens
foram feitos apenas para suprir o lugar dos anjos perdidos; e é claro
que seu nú mero nã o será maior. Mas se esse nú mero nã o for
encontrado em todos os anjos juntos, entã o tanto a perda quanto a
de iciê ncia original devem ser compensadas pelos homens, e mais
homens serã o escolhidos do que anjos caı́dos. E assim diremos que os
homens foram feitos nã o apenas para restaurar o nú mero diminuı́do,
mas també m para completar o nú mero imperfeito.
Anselmo. Há , també m, como penso, outra razã o que apó ia, em
grande medida, a opiniã o de que os anjos nã o foram criados em nú mero
perfeito.
Boso. De onde, com certeza, mas pelo fato de que cada indivı́duo
estará certo de que, se outro nã o tivesse caı́do, ele nunca teria
alcançado o lugar onde está agora?
Anselmo. Se, entã o, ningué m tivesse essa certeza, nã o haveria
motivo para um se alegrar com o destino do outro.
Anselmo. Você acha que qualquer um deles pode ter essa certeza,
se seu nú mero exceder em muito o daqueles que caı́ram?
Anselmo. Se, entã o, houver um nú mero maior do que o dos anjos
caı́dos, ningué m pode ou deve saber que ele nã o teria alcançado essa
altura se nã o fosse a queda de outro.
Anselmo. Uma vez que, entã o, vemos que se houver mais homens
eleitos do que o nú mero de anjos caı́dos, a incongruê ncia nã o seguirá o
que deve seguir se nã o houver mais homens eleitos; e como é
impossı́vel que haja algo incongruente nesse estado celestial, torna-se
um fato necessá rio que os anjos nã o foram aperfeiçoados em nú mero e
que haverá mais homens felizes do que anjos condenados.
Boso. Nã o vejo como isso pode ser negado.
Anselmo. Eu acho que outra razã o pode ser trazida para apoiar
esta opiniã o.
Boso. O que você diz me parece muito razoá vel. Mas o que
devemos pensar do que é dito a respeito de Deus: “Ele estabeleceu os
limites do povo de acordo com o nú mero dos ilhos de Israel”; que
alguns, porque a expressã o “ ilhos de Israel” à s vezes é encontrada
“anjos de Deus”, explicam dessa maneira que o nú mero de homens
eleitos tomados deve ser entendido como igual ao de anjos bons?
nselm.
UMA Era apropriado que Deus preenchesse os lugares dos anjos
caı́dos dentre os homens.
Boso. Nã o.
Anselmo. Suponha que um homem rico possua uma pé rola seleta
que nunca foi contaminada e que nã o pode ser tirada de suas mã os sem
sua permissã o; e que ele decidiu entregá -lo ao tesouro de seus bens
mais queridos e valiosos.
Anselmo. Quem nã o paga diz em vã o: “Perdã o”; mas quem paga faz
sú plicas, porque a oraçã o está devidamente ligada ao pagamento; pois
Deus nã o deve nada ao homem, mas toda criatura deve a Deus; e,
portanto, nã o convé m ao homem tratar Deus como igual. Mas sobre isso
nã o é agora necessá rio que eu responda a você . Pois quando você
pensar por que Cristo morreu, acho que você verá a resposta para sua
pergunta.
nselm.
UMA Nem, eu acho, você vai duvidar disso, que a satisfaçã o deve ser
proporcional à culpa.
Anselmo. Diga-me, entã o, que pagamento você faz a Deus pelo seu
pecado?
Boso. Nã o honro a Deus quando, por seu amor e temor, em sincera
contriçã o, renuncio à s alegrias mundanas e desprezo, em meio à
abstinê ncia e labuta, as delı́cias e facilidades desta vida, e me submeto
obedientemente a ele, entregando livremente meus bens em dando e
liberando os outros?
Anselmo. Quando você entrega a Deus qualquer coisa que lhe deva,
independentemente de seu pecado passado, você nã o deve considerar
isso como a dı́vida que você deve pelo pecado. Mas você deve a Deus
cada uma dessas coisas que você mencionou. Pois, neste estado mortal,
deve haver tanto amor e tanto desejo de alcançar o verdadeiro im de
seu ser, que é o signi icado da oraçã o, e tal tristeza por você ainda nã o
ter alcançado esse objetivo, e tanto medo de nã o conseguir que você
nã o encontre alegria em nada que nã o o ajude ou encoraje seu sucesso.
Pois você nã o merece ter uma coisa que você nã o ama e deseja por si
mesma, e a falta dela no momento, juntamente com o grande perigo de
nunca obtê -la, nã o lhe causa dor. Isso també m exige que se evite a
facilidade e os prazeres mundanos, que seduzem a mente do verdadeiro
descanso e prazer, exceto na medida em que você acha que é su iciente
para a realizaçã o desse objetivo. Mas você deve considerar os presentes
que você dá como parte de sua dı́vida, pois você sabe que o que você dá
nã o vem de você , mas daquele de quem você é servo e també m daquele
a quem você dá . E a pró pria natureza te ensina a fazer com seu
conservo, homem para homem, o que você faria; e que aquele que nã o
dá o que tem nã o deve receber o que nã o tem. De perdã o, de fato, falo
brevemente, pois, como dissemos acima, a vingança em nenhum
sentido pertence a você , já que você nã o é seu, nem aquele que o fere é
seu ou dele, mas você é ambos servos de um Senhor , feito por ele do
nada. E se você se vingar de seu conservo, você orgulhosamente assume
o julgamento sobre ele quando é o direito peculiar de Deus, o juiz de
todos. Mas o que você dá a Deus por sua obediê ncia, que já nã o lhe é
devido, já que ele exige de você tudo o que você é , tem e pode se tornar?
Boso. Na verdade, nã o ouso dizer que em todas essas coisas eu
pague qualquer parte de minha dı́vida para com Deus.
nselm.
UMA Suponha que você nã o deva nenhuma dessas coisas que você
trouxe como possı́vel pagamento por seu pecado, vamos
perguntar se elas podem satisfazer por um pecado tã o pequeno quanto
um olhar contrá rio à vontade de Deus.
Anselmo. Para nã o detê -lo por muito tempo; e se fosse necessá rio
que todo o universo, exceto o pró prio Deus, perecesse e voltasse ao
nada, ou entã o que você izesse uma coisa tã o pequena contra a
vontade de Deus?
Boso. Quando considero a açã o em si, ela parece muito leve; mas
quando vejo isso como contrá rio à vontade de Deus, nã o sei de nada tã o
doloroso e de nenhuma perda que se compare a isso; mas à s vezes nos
opomos à vontade de outrem sem culpa para preservar sua
propriedade, de modo que depois ele ica feliz por nos opormos a ele.
Anselmo. Este é o caso do homem, que muitas vezes nã o sabe o que
é ú til para ele, ou nã o pode compensar sua perda; mas Deus nã o precisa
de nada e, se todas as coisas perecerem, pode restaurá -las tã o
facilmente quanto as criou.
Anselmo. Ouça uma razã o adicional que nã o torna menos difı́cil
para o homem se reconciliar com Deus.
nselm.
UMA O homem sendo santi icado foi colocado no paraı́so, por assim
dizer no lugar de Deus, entre Deus e o diabo, para vencer o
diabo nã o cedendo à sua tentaçã o, e assim reivindicar a honra de Deus
e envergonhar o diabo, porque esse homem, embora mais fraco e
habitando na terra, nã o deve pecar embora tentado pelo diabo,
enquanto o diabo, embora mais forte e no cé u, pecou sem ningué m para
tentá -lo. E quando o homem poderia ter feito isso facilmente, ele, sem
compulsã o e por sua pró pria vontade, deixou-se levar à vontade do
diabo, contra a vontade e a honra de Deus.
Boso. Eu vou.
Cur Deus Homo
CAPÍTULO XXIII
O D ,
.
nselm.
UMA O que o homem tirou de Deus, quando se deixou vencer pelo
diabo?
Anselmo. Você acha que a justiça suprema pode violar essa justiça?
Boso. Nã o me atrevo a pensar.
Boso. Nã o há nada mais justo ou necessá rio; mas, de todas essas
coisas, a compaixã o de Deus e a esperança do homem parecem falhar,
no que diz respeito à felicidade para a qual o homem foi feito.
nselm.
UMA Se é chamado de injusto um homem que nã o paga uma dı́vida a
seu pró ximo, muito mais é injusto aquele que nã o restitui o que
deve a Deus.
Boso. Se ele pode pagar e ainda assim nã o o faz, ele certamente é
injusto. Mas se ele nã o pode, em que ele é injusto?
Boso. De forma alguma, mas sim aumentará seu crime, já que ele
trouxe sua incapacidade sobre si mesmo. Pois ele pecou duplamente, ao
nã o fazer o que lhe foi ordenado e ao fazer o que foi prevenido para nã o
fazer.
Boso. Isso é verdade; pois ele é injusto, tanto por nã o pagar quanto
por nã o poder pagar.
Anselmo. Mas nenhuma pessoa injusta será admitida à felicidade;
pois, como aquela felicidade é completa na qual nã o há nada faltando,
també m nã o pode pertencer a ningué m que nã o seja tã o puro a ponto
de nã o ter injustiça encontrada nele.
Anselmo. Aquele, entã o, que nã o paga a Deus o que deve nunca
pode ser feliz.
Boso. Acho, entã o, que devemos buscar outra misericó rdia alé m
desta.
Boso. Se Deus segue o mé todo da justiça, nã o há escapató ria para o
miserá vel, e a compaixã o de Deus parece falhar.
Anselmo. Você exigiu uma explicaçã o; agora ouça. Nã o nego que
Deus é misericordioso, que preserva os homens e os animais, segundo a
multidã o de suas misericó rdias. Mas estamos falando daquela extrema
piedade pela qual ele torna o homem feliz depois desta vida. E acho que
provei amplamente, pelas razõ es dadas acima, que a felicidade nã o deve
ser concedida a algué m cujos pecados nã o foram totalmente
eliminados; e que esta remissã o nã o deve ocorrer, exceto pelo
pagamento da dı́vida contraı́da pelo pecado, de acordo com a extensã o
do pecado. E se você acha que alguma objeçã o pode ser feita contra
essas provas, você deve mencioná -las.
nselm.
UMA Nã o está su icientemente provado que o homem pode ser salvo
por Cristo, quando mesmo os in ié is nã o negam que o homem
pode ser feliz de alguma forma, e foi su icientemente demonstrado que,
deixando Cristo fora de vista, nenhuma salvaçã o pode ser encontrada
para o homem? Pois, seja por Cristo ou por outra pessoa, o homem
pode ser salvo, ou entã o nã o. Se, entã o, é falso que o homem nã o pode
ser salvo por todos, ou que ele pode ser salvo de qualquer outra
maneira, sua salvaçã o deve necessariamente ser por Cristo.
Boso. Mas que resposta você dará a uma pessoa que percebe que o
homem nã o pode ser salvo de nenhuma outra maneira, e ainda assim,
nã o entendendo como ele pode ser salvo por Cristo, acha apropriado
declarar que nã o pode haver nenhuma salvaçã o, seja por Cristo ou de
qualquer outra forma? outro jeito?
Boso. Eu nã o venho para este propó sito, para que você tire dú vidas
da minha fé , mas para que você me mostre o motivo da minha
con iança. Portanto, como você me trouxe até aqui por seu raciocı́nio,
de modo que percebo que o homem como pecador deve a Deus por seu
pecado o que nã o pode pagar e nã o pode ser salvo sem pagar; Eu
gostaria que você fosse mais longe comigo e me permitisse entender,
pela força do raciocı́nio, a conveniê ncia de todas as coisas que a fé
cató lica nos ordena em relaçã o a Cristo, se esperamos ser salvos; e
como eles valem para a salvaçã o do homem, e como Deus salva o
homem pela compaixã o; quando ele nunca perdoa seu pecado, a menos
que o homem tenha prestado o que era devido por causa de seu pecado.
E, para tornar seu raciocı́nio mais claro, comece pelo inı́cio, de modo a
apoiá -lo em uma base só lida.
nselm.
UMA Nã o se deve contestar que a natureza racional foi santi icada
por Deus, a im de ser feliz em desfrutá -lo. Pois para isso é
racional, para discernir justiça e injustiça, bem e mal, e entre o bem
maior e o menor. Caso contrá rio, tornou-se racional em vã o. Mas Deus
nã o o fez racional em vã o. Portanto, sem dú vida, foi feito racional para
este im. Da mesma maneira está provado que a criatura inteligente
recebeu o poder de discernimento para este propó sito, para que
pudesse odiar e evitar o mal, e amar e escolher o bem, e especialmente
o bem maior. Pois de outra forma Deus lhe teria dado esse poder de
discernimento, pois a discriçã o do homem seria inú til se ele nã o amasse
e evitasse de acordo com ela. Mas nã o convé m a Deus dar tal poder em
vã o. Está , portanto, estabelecido que a natureza racional foi criada para
esse im, a saber, amar e escolher o bem supremo, por si mesmo e nada
mais; pois se o bem supremo fosse escolhido por qualquer outra razã o,
entã o outra coisa e nã o ela mesma seria a coisa amada. Mas a natureza
inteligente nã o pode cumprir esse propó sito sem ser santa. Portanto,
para que nã o seja em vã o racionalizado, foi feito, para cumprir este
propó sito, racional e santo. Ora, se foi santi icado para escolher e amar
o bem supremo, entã o foi feito para seguir à s vezes o que amou e
escolheu, ou entã o nã o foi. Mas se nã o foi santi icado para este im, para
seguir o que ama e escolhe, entã o em vã o foi feito para amar e escolher
a santidade; e nã o pode haver razã o para que seja obrigado a seguir a
santidade. Portanto, enquanto for santo em amar e escolher o bem
supremo, para o qual foi feito, será miserá vel; porque será impotente
apesar de sua vontade, visto que nã o tem o que deseja. Mas isso é
totalmente absurdo. Por isso a natureza racional foi santi icada, para
ser feliz no gozo do bem supremo, que é Deus. Portanto, o homem, cuja
natureza é racional, foi santi icado para este im, para que ele pudesse
ser feliz em desfrutar de Deus.
Cur Deus Homo
CAPÍTULO II
C ,
.
nselm.
UMA Alé m disso, é fá cil provar que o homem foi feito para nã o estar
necessariamente sujeito à morte; pois, como já dissemos, é
inconsistente com a sabedoria e a justiça de Deus obrigar o homem a
sofrer a morte sem culpa, quando o fez santo para desfrutar da bem-
aventurança eterna. Segue-se, portanto, que se o homem nunca tivesse
pecado, ele nunca teria morrido.
Cur Deus Homo
CAPÍTULO III
C
.
nselm.
UMA A partir disso, a futura ressurreiçã o dos mortos é claramente
provada. Pois se o homem deve ser perfeitamente restaurado, a
restauraçã o deve torná -lo tal como ele teria sido se nunca tivesse
pecado.
Boso. Mas o que diremos a algué m que nos diz que isso é correto o
su iciente com relaçã o à queles em quem a humanidade será
perfeitamente restaurada, mas nã o é necessá rio no que diz respeito aos
ré probos?
nselm.
UMA A partir dessas coisas, podemos ver facilmente que Deus ou
completará o que ele começou com relaçã o à natureza humana,
ou entã o ele fez sem im uma natureza tã o elevada, capaz de tã o grande
bem. Agora, se for entendido que Deus nã o fez nada mais valioso do que
a existê ncia racional capaz de desfrutá -lo; é totalmente estranho ao seu
cará ter supor que ele irá permitir que essa existê ncia racional pereça
totalmente.
Boso. Agora entendo que é necessá rio que Deus complete o que
começou, para que nã o haja uma queda impró pria de seu desı́gnio.
Cur Deus Homo
CAPÍTULO V
C , , D
- ;
, .
B
oso.
Boso. Eu o concedo.
Cur Deus Homo
CAPÍTULO VI
C , D - ,
.
nselm.
UMA Mas isso nã o pode ser efetuado, a menos que o preço pago a
Deus pelo pecado do homem seja algo maior do que todo o
universo alé m de Deus.
Anselmo. Alé m disso, é necessá rio que aquele que pode dar a Deus
algo pró prio que é mais valioso do que todas as coisas na posse de
Deus, deve ser maior do que tudo, exceto o pró prio Deus.
nselm.
UMA As naturezas divina e humana nã o podem se alternar, de modo
que o Divino se torne humano ou o humano Divino; nem podem
ser tã o misturados que um terceiro deva ser produzido dos dois, que
nã o é totalmente divino nem totalmente humano. Pois, admitindo que
fosse possı́vel que um se transformasse no outro, nesse caso seria
apenas Deus e nã o homem, ou apenas homem e nã o Deus. Ou, se eles
estavam tã o misturados que uma terceira natureza surgiu da
combinaçã o dos dois (como de dois animais, um macho e uma fê mea de
espé cies diferentes, uma terceira é produzida, que nã o preserva toda a
espé cie de um dos pais, mas tem uma natureza mista derivada de
ambos), nã o seria nem Deus nem homem. Portanto, o Deus-homem, de
quem exigimos que seja de natureza humana e divina, nã o pode ser
produzido por uma mudança de um para o outro, nem por uma
combinaçã o imperfeita de ambos em um terceiro; visto que essas coisas
nã o podem ser, ou, se pudessem, nã o serviriam de nada para nosso
propó sito. Alé m disso, se se diz que essas duas naturezas completas
estã o unidas de alguma forma, de tal maneira que uma pode ser divina
enquanto a outra é humana, e ainda que o que é Deus nã o seja o mesmo
que o que é o homem, é impossı́vel para ambos para fazer o trabalho
necessá rio a ser realizado. Pois Deus nã o fará isso, porque nã o tem
dı́vida a pagar; e o homem nã o o fará , porque nã o pode. Portanto, para
que o Deus-homem possa realizar isso, é necessá rio que o mesmo ser
seja Deus perfeito e homem perfeito, para fazer essa expiaçã o. Pois ele
nã o pode e nã o deve fazê -lo, a menos que ele seja muito Deus e muito
homem. Sendo, pois, necessá rio que o Deus-homem preserve a
completude de cada natureza, nã o é menos necessá rio que essas duas
naturezas estejam unidas inteiras em uma pessoa, assim como um
corpo e uma alma racional existem juntos em cada ser humano; pois de
outra forma é impossı́vel que o mesmo ser seja muito Deus e muito
homem.
nselm.
UMA Resta agora indagar de onde e como Deus assumirá a natureza
humana. Pois ele a tomará de Adã o, ou entã o fará um novo
homem, como fez Adã o originalmente. Mas, se ele izer um novo
homem, nã o da raça de Adã o, entã o este homem nã o pertencerá à
famı́lia humana, que descende de Adã o e, portanto, nã o deve fazer
expiaçã o por isso, porque ele nunca pertenceu a ela. Pois, como é justo
que o homem faça expiaçã o pelo pecado do homem, també m é
necessá rio que aquele que faz a expiaçã o seja o pró prio ser que pecou,
ou entã o algué m da mesma raça. Caso contrá rio, nem Adã o nem sua
raça fariam satisfaçã o por si mesmos. Portanto, como por meio de Adã o
e Eva o pecado foi propagado entre todos os homens, ningué m, a nã o
ser eles mesmos, ou algué m nascido deles, deve fazer expiaçã o pelo
pecado dos homens. E, uma vez que eles nã o podem, um nascido deles
deve cumprir este trabalho. Alé m disso, como Adã o e toda a sua raça, se
ele nã o tivesse pecado, teriam permanecido irmes sem o apoio de
qualquer outro ser, entã o, apó s a queda, a mesma raça deve se levantar
e ser exaltada por si mesma. Pois, quem restaura a raça ao seu lugar,
certamente icará ao lado daquele ser que fez essa restauraçã o. Alé m
disso, quando Deus criou a natureza humana somente em Adã o, e só
faria do homem a mulher, para que pela uniã o de ambos os sexos
houvesse crescimento, nisto ele mostrou claramente que desejava
produzir tudo o que pretendia com relaçã o à humanidade. natureza
apenas do homem. Portanto, se a raça de Adã o for restabelecida por
qualquer ser que nã o seja da mesma raça, ela nã o será restaurada à
dignidade que teria tido se Adã o nã o tivesse pecado e, portanto, nã o
será completamente restaurada; e, alé m disso, Deus parecerá ter
falhado em seu propó sito, ambas as suposiçõ es sã o incongruentes: E,
portanto, necessá rio que o homem por quem a raça de Adã o será
restaurada seja tirado de Adã o.
nselm.
UMA Agora devemos investigar mais, em que pessoa Deus, que existe
em trê s pessoas, tomará sobre si a natureza do homem. Pois
uma pluralidade de pessoas nã o pode levar um e o mesmo homem a
uma unidade de pessoa. Portanto, em uma só pessoa isso pode ser feito.
Mas, no que diz respeito a esta unidade pessoal de Deus e do homem, e
em qual das pessoas divinas isso deve ser efetuado, eu me expressei, na
medida em que julgo necessá rio para a presente investigaçã o, em uma
carta sobre a Encarnaçã o do Verbo , dirigida a meu senhor, o Papa
Urbano.
Boso. No entanto, dê uma olhada rá pida neste assunto, por que a
pessoa do Filho deve ser encarnada em vez da do Pai ou do Espı́rito
Santo.
nselm.
UMA Nã o devemos questionar se este homem estava prestes a
morrer como uma dı́vida, como todos os outros homens. Pois, se
Adã o nã o teria morrido se nã o tivesse cometido pecado, muito menos
este homem sofreria a morte, em quem nã o pode haver pecado, pois ele
é Deus.
Anselmo. E verdade que ele poderia dizer isso, e també m que ele
nã o poderia pecar.
Anselmo. Todo poder segue a vontade. Pois, quando digo que posso
falar ou andar, é entendido, se eu quiser. Pois, se a vontade nã o está
implı́cita como açã o, nã o há poder, mas apenas necessidade. Pois,
quando digo que posso ser arrastado ou amarrado a contragosto, este
nã o é o meu poder, mas a necessidade e o poder de outro; já que nã o
posso ser arrastado ou amarrado em nenhum outro sentido alé m disso,
que outro pode me arrastar ou amarrar. Assim, podemos dizer de
Cristo, que ele poderia mentir, desde que entendamos, se assim o
escolhesse. E, como ele nã o podia mentir de má vontade e nã o podia
querer mentir, nã o obstante, pode-se dizer que ele nã o podia mentir.
Assim, é verdade que ele podia e nã o podia mentir.
Boso. Sem dú vida eles sã o, porque eles mereciam esta presente
incapacidade de pecar pelo fato de que quando eles podiam pecar eles
se recusavam a fazê -lo.
Anselmo. O que você diz a respeito de Deus, que nã o pode pecar, e
ainda assim nã o mereceu isso, recusando-se a pecar quando tinha o
poder? Ele nã o deve ser louvado por sua santidade?
Boso. Acho que entendo, e é por isso que pergunto por que ele nã o
os fez assim.
Anselmo. Porque nã o era possı́vel nem certo que nenhum deles
fosse o mesmo com Deus, como dizemos que o homem era. E se você
perguntar por que ele nã o trouxe as trê s pessoas, ou pelo menos o
Verbo, à unidade com os homens naquela é poca, eu respondo: Porque a
razã o nã o exigia nada disso entã o, mas proibia totalmente, porque Deus
nã o nada sem razã o.
Boso. Eu coro por ter feito a pergunta. Continue com o que você
tem a dizer.
Anselmo. Devemos concluir, entã o, que ele nã o deve estar sujeito à
morte, visto que ele nã o será um pecador.
nselm.
UMA Agora, també m, resta perguntar se, como é a natureza do
homem, é possı́vel que esse homem morra?
Boso. Procure entã o por alguma outra razã o, já que nã o conheço
nenhuma, se você nã o conhece, pela qual possamos provar que ele pode
morrer.
Anselmo. Nã o podemos duvidar que, como ele será Deus, ele
possuirá onipotê ncia.
Boso. Certamente.
Anselmo. Ele pode, entã o, se quiser, dar sua vida e tomá -la
novamente.
Anselmo. Se, entã o, ele escolher permitir, ele poderá ser morto; e se
ele nã o estivesse disposto a permitir isso, ele nã o poderia ser morto.
Boso. Sim.
Anselin. Agora isso nã o pode ser encontrado abaixo dele nem
acima dele.
Anslem. Vejamos se, por acaso, isso pode ser dar a vida ou dar a
vida, ou entregar-se à morte pela honra de Deus. Pois Deus nã o exigirá
isso dele como dı́vida; pois, como nenhum pecado será encontrado, ele
nã o deve morrer, como já dissemos.
Boso. Acho claro que o homem que procuramos nã o deve ser
apenas aquele que nã o está necessariamente sujeito à morte por causa
de sua onipotê ncia e que nã o merece a morte por causa de seu pecado,
mas també m aquele que pode morrer de seu pró prio livre arbı́trio, pois
isso será necessá rio.
B
oso.
Todas essas coisas mostram claramente que ele deve ser mortal
e participar de nossas fraquezas. Mas todas essas coisas sã o
nossas misé rias. Ele entã o será miserá vel?
B
oso.
Mas diga-me se, nesta semelhança com os homens que ele deve
ter, ele herdará també m nossa ignorâ ncia, como faz com nossas
outras enfermidades?
Boso. Nã o! mas, embora este homem seja imortal em relaçã o à sua
natureza divina, ele será mortal em sua natureza humana. Pois por que
ele nã o será como eles em sua ignorâ ncia, como ele é em sua
mortalidade?
Boso. Em seus anos mais maduros, isso deve parecer como você
diz; mas, na infâ ncia, como nã o será um momento adequado para
descobrir a sabedoria, nã o haverá necessidade e, portanto, nenhuma
propriedade, em tê -la.
B
oso.
Anselmo. Este homem estava aqui antes de você , e você sabia quem
ele era, e foi dito a você que, se você nã o o matasse, todo o universo,
exceto Deus, pereceria, você faria isso para preservar o resto da
criaçã o?
Boso. Nã o! nem mesmo um nú mero in inito de mundos foi exibido
diante de mim.
Anselmo. Mas suponha que lhe dissessem: “Se você nã o o matar,
todos os pecados do mundo serã o empilhados sobre você .”
Boso. Deus nã o precisa de tal paciê ncia, pois todas as coisas estã o
sujeitas ao seu poder, como você respondeu a uma certa pergunta
minha acima.
Anselmo. Você vê , entã o, como esta vida vence todos os pecados, se
for dada por eles?
Boso. Claramente.
Anselmo. Se, entã o, dar a vida é o mesmo que sofrer a morte, assim
como o dom de sua vida supera todos os pecados dos homens, també m
o sofrimento da morte.
Cur Deus Homo
CAPÍTULO XV
C
.
B
oso.
Anselmo. O que mais você pergunta? Pois agora você vê como a
razã o da necessidade mostra que o estado celestial deve ser constituı́do
pelos homens, e que isso só pode ser pelo perdã o dos pecados, que o
homem nunca pode ter, mas pelo homem, que deve ser ao mesmo
tempo divino, e reconciliar os pecadores com Deus por sua pró pria
morte. Portanto, descobrimos claramente que Cristo, a quem
confessamos ser Deus e homem, morreu por nó s; e, quando isso é
conhecido alé m de qualquer dú vida, todas as coisas que ele diz de si
mesmo devem ser reconhecidas como verdadeiras, pois Deus nã o pode
mentir, e tudo o que ele faz deve ser recebido com sabedoria, embora
nã o entendamos a razã o disso.
B
oso.
Boso. Você mostra pelo raciocı́nio correto, tal como nada pode se
opor, que nunca houve um tempo desde que o homem foi criado em que
nã o houvesse algué m que estivesse alcançando aquela reconciliaçã o
sem a qual todo homem foi feito em vã o. Para que nos baseemos nisso
nã o apenas como apropriado, mas també m necessá rio. Pois se isso é
mais adequado e razoá vel do que em qualquer momento nã o deve
haver ningué m cumprindo o desı́gnio para o qual Deus fez o homem, e
nã o há mais objeçã o que possa ser feita a essa visã o, entã o é necessá rio
que sempre haja alguma pessoa participando deste perdã o prometido.
E, portanto, nã o devemos duvidar que Adã o e Eva obtiveram parte
desse perdã o, embora a autoridade divina nã o faça mençã o a isso.
Boso. Nã o, sem dú vida, devemos acreditar que Deus os fez para
esse propó sito, a saber, para pertencer ao nú mero daqueles por quem
foram criados.
Boso. O que você diz me satisfaria, se ele nã o devesse ser puro de
si mesmo, enquanto ele parece ter sua pureza de sua mã e e nã o de si
mesmo.
Anselmo. Nã o tã o. Mas como a pureza da mã e, da qual ele participa,
era apenas derivada dele, ele també m era puro por si mesmo.
Cur Deus Homo
CAPÍTULO XVII
C ,
,
.
B
oso.
Até agora está bem. Mas há ainda outra questã o que precisa ser
analisada. Pois dissemos antes que sua morte nã o era uma
questã o de necessidade; mas agora vemos que sua mã e foi puri icada
pelo poder de sua morte, quando sem isso ele nã o poderia ter nascido
dela. Como, entã o, sua morte nã o foi necessá ria, quando ele nã o poderia
ter sido, exceto em vista da morte futura? Pois se ele nã o morresse, a
virgem de quem ele nasceu nã o poderia ser pura, pois isso só poderia
ser efetuado pela verdadeira fé em sua morte, e, se ela nã o fosse pura,
ele nã o poderia nascer dela. Se, portanto, sua morte nã o for uma
consequê ncia necessá ria de ter nascido da virgem, ele nunca poderia
ter nascido dela; mas isso é um absurdo.
Boso. E assim.
Anselmo. Como você pensa que ele nã o podia mentir, ou que sua
morte era necessá ria, porque ele nã o podia evitar ser o que ele era,
entã o você pode a irmar que ele nã o poderia querer evitar a morte, ou
que ele desejava morrer por necessidade, porque ele nã o podia mudar a
constituiçã o de seu ser; pois ele nã o se tornou homem para morrer,
mais do que para esse propó sito, que desejasse morrer. Portanto, como
você nã o deve dizer que ele nã o pô de deixar de desejar morrer, ou que
foi por necessidade que ele quis morrer, é igualmente impró prio dizer
que ele nã o pô de evitar a morte, ou que ele morreu por necessidade.
Boso. Tem sido claramente mostrado. Mas vemos, por outro lado,
que o que Deus deseja imutavelmente nã o pode deixar de ser assim,
mas ocorre por necessidade. Portanto, se Deus desejasse que aquele
homem morresse, ele poderia apenas morrer.
Boso. E assim.
Boso. Aos seus argumentos nã o posso objetar; pois nem suas
proposiçõ es nem suas inferê ncias posso invalidar minimamente. Mas,
no entanto, esta coisa que mencionei sempre volta à minha mente: que,
se ele desejasse evitar a morte, ele nã o poderia fazê -lo mais do que
poderia escapar da existê ncia. Pois deve ter sido determinado que ele
iria morrer, pois se nã o fosse verdade que ele estava para morrer, a fé
em sua morte pró xima nã o existiria, pela qual a virgem que o deu à luz
e muitas outras també m foram puri icadas. seu pecado. Portanto, se ele
pudesse evitar a morte, ele poderia tornar falso o que era verdade.
Anselmo. Por que era verdade, antes de morrer, que ele certamente
iria morrer?
Boso. Porque este era seu desejo livre e imutá vel.
Anselmo. Se, entã o, como você diz, ele nã o pô de evitar a morte
porque certamente morreria, e por isso certamente morreria porque
era seu desejo livre e imutá vel, é claro que sua incapacidade de evitar a
morte nada mais é do que sua escolha ixa de morrer.
Boso. Isto é tã o; mas seja qual for a razã o, ainda é certo que ele nã o
poderia evitar a morte, mas que era uma coisa necessá ria para ele
morrer.
Anselmo. Você faz um grande barulho por nada, ou, como diz o
ditado, você tropeça em um canudo.
[
13 ] Anselmo. Já dissemos que é impró prio a irmar de Deus que ele
faz alguma coisa, ou que nã o pode fazê -lo, por necessidade. Pois
toda necessidade e impossibilidade está sob seu controle. Mas sua
escolha nã o está sujeita a nenhuma necessidade ou impossibilidade.
Pois nada é necessá rio ou impossı́vel a nã o ser como Ele deseja. Nã o, a
pró pria escolha ou recusa de qualquer coisa como uma necessidade ou
uma impossibilidade é contrá ria à verdade. Como, entã o, ele faz o que
ele escolhe e nada mais, como nenhuma necessidade ou
impossibilidade existe antes de sua escolha ou recusa, elas també m nã o
interferem em seu agir ou nã o agir, embora seja verdade que sua
escolha e açã o sejam imutá veis. E como, quando Deus faz uma coisa,
uma vez que foi feita, nã o pode ser desfeita, mas deve permanecer um
fato real; ainda assim, nã o estamos corretos em dizer que é impossı́vel
para Deus impedir que uma açã o passada seja o que é . Pois nã o há
necessidade ou impossibilidade no caso, senã o a simples vontade de
Deus, que escolhe que a verdade seja eternamente a mesma, pois ele
mesmo é a verdade. Alé m disso, se ele tem uma determinaçã o ixa de
fazer qualquer coisa, embora seu desı́gnio deva ser destinado a uma
realizaçã o antes que aconteça, ainda assim nã o há coerçã o no que diz
respeito a ele, seja para fazê -lo ou nã o fazê -lo, pois sua vontade é o
ú nico agente no caso. Pois quando dizemos que Deus nã o pode fazer
nada, nã o negamos seu poder; pelo contrá rio, sugerimos que ele tem
autoridade e força invencı́veis. Pois queremos dizer simplesmente isso,
que nada pode obrigar Deus a fazer o que é dito ser impossı́vel para ele.
Muitas vezes usamos uma expressã o desse tipo, que uma coisa pode ser
quando o poder nã o está em si, mas em outra coisa; e que nã o pode ser
quando a fraqueza nã o pertence à coisa em si, mas a outra coisa. Assim,
dizemos “Tal homem pode ser amarrado”, em vez de dizer: “Algué m
pode amarrá -lo” e “Ele nã o pode ser amarrado”, em vez de “Ningué m
pode amarrá -lo”. Pois poder ser vencido nã o é poder, mas fraqueza, e
nã o poder ser vencido nã o é fraqueza, mas poder. Tampouco dizemos
que Deus faz alguma coisa por necessidade, porque existe tal coisa a
respeito dele, mas porque existe em outra coisa, exatamente como eu
disse a respeito da a irmaçã o de que ele nã o pode fazer nada. Pois a
necessidade é sempre compulsã o ou restriçã o; e esses dois tipos de
necessidade operam alternadamente, de modo que a mesma coisa é
necessá ria e impossı́vel. Pois o que é obrigado a existir també m é
impedido de nã o existir; e o que é compelido a nã o existir é impedido
de existir. De modo que tudo o que existe por necessidade nã o pode
evitar a existê ncia, e é impossı́vel existir uma coisa que esteja sob uma
necessidade de inexistê ncia, e vice-versa . Mas quando dizemos em
relaçã o a Deus que qualquer coisa é necessá ria ou nã o necessá ria, nã o
queremos dizer que, no que diz respeito a ele, haja alguma necessidade
coercitiva ou proibitiva, mas queremos dizer que há uma necessidade
em tudo o mais. , restringindo ou conduzindo-os de uma maneira
particular. Considerando que dizemos exatamente o oposto de Deus.
Pois, quando a irmamos que é necessá rio que Deus pronuncie a
verdade, e nunca minta, queremos apenas dizer que sua disposiçã o
inabalá vel para manter a verdade que necessariamente nada pode fazer
com que ele se desvie da verdade ou pronuncie uma mentira. Quando,
entã o, dizemos que aquele homem (que, pela uniã o de pessoas, é
també m Deus, o Filho de Deus) nã o pô de evitar a morte, ou a escolha da
morte, depois de ter nascido da virgem, nã o implicamos que havia nele
alguma fraqueza em relaçã o a preservar ou escolher preservar sua vida,
mas nos referimos à imutabilidade de seu propó sito, pelo qual ele
livremente se tornou homem para esse desı́gnio, a saber, que,
perseverando em seu desejo, ele deveria sofrer morte. E esse desejo
nada poderia abalar. Pois seria mais fraqueza do que poder se ele
pudesse querer mentir, enganar ou mudar sua disposiçã o, quando antes
ele havia escolhido que ela permanecesse inalterada. E, como eu disse
antes, quando algué m decidiu livremente fazer alguma boa açã o, e
depois continua a completá -la, embora, se nã o quiser pagar seu voto,
ele possa ser compelido a fazê -lo, mas nã o devemos dizer que ele faz
isso por necessidade, mas com a mesma liberdade com que fez a
resoluçã o. Pois nã o devemos dizer que algo é feito, ou nã o feito, por
necessidade ou fraqueza, quando o livre arbı́trio é o ú nico agente no
caso. E, se é assim com relaçã o ao homem, muito menos podemos falar
de necessidade ou fraqueza em referê ncia a Deus; pois ele nã o faz nada
exceto de acordo com sua escolha, e sua vontade nenhuma força pode
impelir ou restringir. Pois este im foi realizado pelas naturezas unidas
de Cristo, a saber, que a natureza divina deveria realizar aquela parte da
obra necessá ria para a restauraçã o do homem que a natureza humana
nã o poderia fazer; e que no humano deveria se manifestar o que era
inadequado ao Divino. Finalmente, a pró pria virgem, que foi puri icada
pela fé nele, para que dela nascesse, mesmo ela, digo, nunca acreditou
que ele morreria, a nã o ser por sua pró pria escolha. Pois ela conhecia as
palavras do profeta, que disse dele: “Ele foi oferecido por sua pró pria
vontade”. Portanto, uma vez que sua fé estava bem fundamentada, deve
necessariamente resultar como ela acreditava. E, se te deixa perplexo
que eu diga que é necessá rio, lembre-se de que a realidade da fé da
virgem nã o foi a causa de sua morte por vontade pró pria; mas, como
isso estava destinado a acontecer, sua fé era real. Se, entã o, se disser
que era necessá rio que ele morresse por sua ú nica escolha, porque a fé
e a profecia antecedentes eram verdadeiras, isso nã o é mais do que
dizer que deve ser porque deveria ser. Mas uma necessidade como essa
nã o obriga uma coisa a ser, mas apenas implica uma necessidade de sua
existê ncia. Há uma necessidade antecedente que é a causa de uma
coisa, e há també m uma necessidade subsequente que surge da pró pria
coisa. Assim, quando se diz que os cé us giram, é uma necessidade
antecedente e e iciente, pois eles devem girar. Mas quando digo que
você fala de necessidade, porque está falando, isso nã o passa de uma
necessidade posterior e inoperante. Pois quero dizer apenas que é
impossı́vel para você falar e nã o falar ao mesmo tempo, e nã o que
algué m o obrigue a falar. Pois a força de sua pró pria natureza faz o cé u
girar; mas nenhuma necessidade te obriga a falar. Mas onde quer que
haja uma necessidade antecedente, há també m uma subsequente; mas
nã o vice-versa . Pois podemos dizer que o cé u gira necessariamente,
porque gira; mas també m nã o é verdade que, porque você fala, você o
faz por necessidade. Essa necessidade posterior pertence a tudo, de
modo que dizemos: tudo o que foi, necessariamente foi. O que quer que
seja, deve ser. O que for para ser, necessariamente será . Esta é aquela
necessidade de que trata Aristó teles (“ depositionibus singularibus et
futuris ”), e que parece destruir qualquer alternativa e atribuir uma
necessidade a todas as coisas. Por esta necessidade subsequente e
imperativa, era necessá rio (uma vez que a crença e a profecia a respeito
de Cristo eram verdadeiras, que ele morreria por sua pró pria vontade),
que assim fosse. Para isso ele se tornou homem; por isso ele fez e sofreu
todas as coisas empreendidas por ele; para isso ele escolheu como ele
fez. Pois, portanto, eles eram necessá rios, porque eram para ser, e eram
para ser porque eram, e eram porque eram; e, se você deseja conhecer a
real necessidade de todas as coisas que ele fez e sofreu, saiba que elas
eram necessá rias, porque ele desejava que fossem. Mas nenhuma
necessidade precedeu sua vontade. Portanto, se eles nã o fossem salvos
por sua vontade, entã o, se ele nã o quisesse, eles nã o teriam existido.
Entã o, ningué m tirou sua vida dele, mas ele mesmo a entregou e a
tomou novamente; pois ele tinha poder para deixá -lo e tomá -lo
novamente, como ele mesmo disse.
Boso. Você me satisfez que nã o pode ser provado que ele foi
submetido à morte por qualquer necessidade; e nã o posso me
arrepender de minha importunaçã o em instá -lo a fazer esta explicaçã o.
Boso. Como você escolhe; mas com a condiçã o de que, com a ajuda
de Deus, você em algum momento dará essa outra explicaçã o, que você
me deve, por assim dizer, mas que agora você evita discutir.
nselm.
UMA Se ele se permitiu ser morto por causa da justiça, ele nã o deu
sua vida pela honra de Deus?
Anselmo. Nenhum homem, exceto este, deu a Deus o que nã o era
obrigado a perder, ou pagou uma dı́vida que nã o devia. Mas ele ofereceu
gratuitamente ao Pai o que nã o havia necessidade de perder, e pagou
pelos pecadores o que nã o devia por si mesmo. Portanto, ele deu um
exemplo muito mais nobre, que cada um nã o deve hesitar em dar a
Deus, por si mesmo, o que deve perder em pouco tempo, pois era a voz
da razã o; pois ele, quando nada carecia para si e nã o compelido por
outros, que nã o mereciam nada dele senã o castigo, deu uma vida tã o
preciosa, mesmo a vida de um personagem tã o ilustre, com tanta
vontade.
Boso. Você quase atende meus desejos; mas permita-me fazer uma
pergunta, que você pode achar tola, mas que, no entanto, nã o acho fá cil
responder. Você diz que quando ele morreu deu o que nã o devia. Mas
ningué m negará que foi melhor para ele, ou que fazê -lo agradou a Deus
mais do que se nã o o tivesse feito. Ningué m dirá que nã o era obrigado a
fazer o que era melhor fazer, e o que sabia que seria mais agradá vel a
Deus. Como, entã o, podemos a irmar que ele nã o deve a Deus o que ele
fez, isto é , o que ele sabia ser melhor e mais agradá vel a Deus, e
especialmente porque toda criatura deve a Deus tudo o que é e tudo o
que sabe? e tudo o que ele é capaz?
Boso. Agora vejo claramente que ele nã o se entregou para morrer
pela honra de Deus, como uma dı́vida; pois isso minha pró pria razã o
prova, e ainda assim ele deveria ter feito o que fez.
nselm.
UMA Observemos agora, se pudermos, como a salvaçã o dos homens
repousa sobre isso.
Anselmo. Mas você certamente nã o pensará que ele nã o merece
recompensa, que livremente deu um presente tã o grande a Deus.
Boso. Vejo que é necessá rio que o Pai recompense o Filho; caso
contrá rio, ele é injusto por nã o querer fazê -lo, ou fraco por nã o poder
fazê -lo; mas nenhuma dessas coisas pode ser atribuı́da a Deus.
Anselmo. Aquele que recompensa outro ou lhe dá algo que ele nã o
tem, ou entã o remete algum direito legı́timo sobre ele. Mas antes da
grande oferenda do Filho, todas as coisas pertencentes ao Pai eram
dele, e ele nunca devia nada que pudesse ser perdoado. Como, entã o,
uma recompensa pode ser concedida a algué m que nã o precisa de nada
e a quem nenhum presente ou liberaçã o pode ser feito?
Anselmo. Se o Filho quisesse dar a outro o que lhe era devido, o Pai
poderia justamente impedi-lo ou recusar-se a dar a outra pessoa?
Boso. Nã o! mas penso que seria justo e necessá rio que o dom fosse
dado pelo Pai a quem o Filho desejasse; porque o Filho deve ter
permissã o para dar o que é seu, e o Pai nã o pode conceder isso, exceto a
outra pessoa.
Boso. O universo nã o pode ouvir falar de nada mais razoá vel, mais
doce, mais desejá vel. E recebo tamanha con iança disso que nã o
consigo descrever a alegria com que exulta meu coraçã o. Pois me
parece que Deus nã o pode rejeitar ningué m que venha a ele em seu
nome.
N
OW encontramos a compaixã o de Deus que parecia perdida
para você quando está vamos considerando a santidade de
Deus e o pecado do homem; nó s a achamos, eu digo, tã o
grande e tã o consistente com sua santidade, que está
incomparavelmente acima de qualquer coisa que possa ser concebida.
Pois que compaixã o pode superar estas palavras do Pai, dirigidas ao
pecador condenado aos tormentos eternos e sem saı́da: “Toma meu
Filho unigê nito e faz dele uma oferta para ti”; ou estas palavras do
Filho: “Tomai-me e resgatai vossas almas”. Pois estas sã o as vozes que
eles proferem, quando nos convidam e nos conduzem à fé no
Evangelho. Ou pode haver algo mais justo do que ele pagar todas as
dı́vidas, uma vez que ganhou uma recompensa maior do que todas as
dı́vidas, se dada com o amor que merece.
Cur Deus Homo
CAPÍTULO XXI
C .
B
oso.
Ele levou-me.
Ele me tirou de muitas á guas.
17 Ele me livrou do meu forte inimigo,
com os obreiros da iniqü idade que falam de paz com seus vizinhos,
mas o mal está em seus coraçõ es.
4 Dá -lhes segundo as suas obras e segundo a maldade das suas
obras.
Dê -lhes de acordo com a operaçã o de suas mã os.
Traga de volta para eles o que eles merecem.
5 Porque nã o respeitam as obras do Senhor,
Sim, embora você procure o lugar dele, ele nã o está lá .
11 Mas os humildes herdarã o a terra,
nem há saú de nos meus ossos por causa do meu pecado.
4 Pois as minhas iniqü idades passaram sobre a minha cabeça.
adversá rios,
porque eu sigo o que é bom.
21 Nã o me abandones, Senhor.
em suas maravilhas.
6 Os homens falarã o do poder dos teus atos espantosos.
Que toda a carne abençoe seu santo nome para todo o sempre.
Isaías 64
1 Oh, se rasgasses os cé us,
Você vai icar em silê ncio e nos punir com muita severidade?
Sabedoria de Salomão 5
1 Entã o o justo se levantarácom grande ousadia
diante da face dos que o a ligiram,
e aqueles que fazem seu trabalho sem importâ ncia.
2 Quando o virem, icarã o a litos com um medo terrı́vel,
O mundo irá com ele para lutar contra seus inimigos frené ticos.
21 raios de relâ mpagos voarã o com pontaria verdadeira.
guerra.
A á gua do mar se indignará contra eles.
Os rios os dominarã o severamente.
23 Uma forte rajada os atingirá .
vossos ouvidos, porque ouvem. 17 Pois certamente vos digo que muitos
profetas e justos desejaram ver as coisas que vedes e nã o as viram; e
ouvir as coisas que você ouve, e nã o as ouviu.
18 “Ouça, entã o, a pará bola do agricultor. 19 Quando algué m ouve a
“Os servos lhe perguntaram: 'Você quer que nó s vamos recolhê -
los?'
29 “Mas ele disse: 'Nã o, para que, talvez, enquanto você
colhe o joio,
você arranca o trigo com ele. 30 Deixe que ambos cresçam juntos até a
colheita, e no tempo da colheita direi aos ceifeiros: “Primeiro, ajuntem
o joio e amarre-o em feixes para queimá -lo; mas ajunta o trigo no meu
celeiro”. '”
31 Propô s-lhes outra pará bola, dizendo: O Reino dos Cé us é
pará bola nã o lhes falava, 35 para que se cumprisse o que fora dito pelo
profeta, que dizia:
“Abrirei a minha boca em pará bolas;
Direi coisas ocultas desde a fundaçã o do mundo”.
36 Entã o Jesus despediu a multidã o e entrou na casa. Seus
Reino dos cé us é como um homem que é chefe de famı́lia, que tira do
seu tesouro coisas novas e velhas”.
53 Quando Jesus terminou estas pará bolas, partiu dali. 54 Entrando
matam o corpo, e depois disso nã o tê m mais o que fazer. 5 Mas vou
avisá -lo a quem você deve temer. Temei aquele que, depois de ter
matado, tem poder para lançar na Geena. Sim, eu lhe digo, tema-o.
6 “Nã o se vendem cinco pardais por duas moedas de assaria ?
Nenhum deles é esquecido por Deus. 7 Mas os pró prios cabelos de sua
cabeça estã o todos contados. Portanto, nã o tenha medo. Você tem mais
valor do que muitos pardais.
8 “Digo-vos que todo aquele que me confessar diante dos homens, o
comigo a herança”.
14 Mas ele lhe disse: “Homem, quem me constituiu juiz ou á rbitro
ansiosos pela vossa vida, pelo que haveis de comer, nem ainda pelo
vosso corpo, pelo que haveis de vestir. 23 A vida é mais do que comida, e
o corpo é mais do que roupa. 24 Considere os corvos: eles nã o semeiam,
nã o colhem, nã o tê m armazé m ou celeiro, e Deus os alimenta. Quanto
mais valioso você é do que os pá ssaros! 25 Qual de você s por estar
ansioso pode acrescentar um cô vado à altura dele? 26 Se entã o você nã o
é capaz de fazer nem mesmo as menores coisas, por que você está
ansioso com o resto? 27 Considere os lı́rios, como eles crescem. Eles
nã o trabalham, nem iam; contudo, eu vos digo que nem mesmo
Salomã o em toda a sua gló ria se vestiu como um destes. 28 Mas se é
assim que Deus veste a erva do campo, que hoje existe, e amanhã é
lançada no forno, quanto mais ele vos vestirá , ó de pouca fé ? 29 Nã o
procure o que você vai comer ou o que você vai beber; nem ique
ansioso. 30 Pois as naçõ es do mundo buscam todas essas coisas, mas
seu Pai sabe que você precisa dessas coisas. 31 Mas busque o Reino de
Deus, e todas essas coisas lhe serã o acrescentadas. 32 Nã o tenha medo,
pequeno rebanho, pois é do agrado de seu Pai dar-lhe o Reino. 33 Venda
o que você tem e dê presentes aos necessitados. Fazei para vó s bolsas
que nã o envelheçam, um tesouro inesgotá vel nos cé us, onde ladrã o nã o
chega, nem traça destró i. 34 Pois onde estiver o teu tesouro, aı́ estará
també m o teu coraçã o.
35 “Vista sua cintura e suas lâ mpadas acesas. 36 Seja como os
homens que esperam pelo seu senhor, quando ele voltar da festa de
casamento; para que quando ele vier e bater, eles possam abrir
imediatamente para ele. 37 Bem-aventurados os servos que o senhor
encontrar vigiando quando vier. Certamente vos digo que ele mesmo se
vestirá , fará com que se reclinem e virá servi-los. 38 Eles serã o
abençoados se ele vier na segunda ou terceira vigı́lia e os achar assim.
39 Mas saiba disso, que se o dono da casa soubesse a que horas o ladrã o
viria, ele teria vigiado e nã o permitido que sua casa fosse arrombada.
40 Portanto, estejam preparados també m, porque o Filho do Homem
isto que ele nos diz: 'Um pouco e nã o me vereis, e de novo um pouco e
me vereis;' e, 'Porque eu vou para o Pai' ?” 18 Responderam, pois: Que é
isto que ele diz: 'Um pouco' ? Nã o sabemos o que ele está dizendo.”
19 Jesus, pois, percebendo que queriam interrogá -lo, disse-lhes:
planejei ir até você s, e fui impedido até agora, para que eu també m
tivesse algum fruto entre você s, como entre os demais gentios. 14 Sou
devedor tanto a gregos como a estrangeiros, tanto a sá bios como a
insensatos. 15 Tanto quanto há em mim, estou ansioso para pregar a
Boa Nova també m a você s que estã o em Roma. 16 Porque nã o me
envergonho da Boa Nova de Cristo, porque é o poder de Deus para a
salvaçã o de todo aquele que crê , primeiro do judeu, e també m do grego.
17 Pois nele é revelada a justiça de Deus de fé em fé . Como está escrito:
“Mas o justo viverá pela fé ”. 18 Porque a ira de Deus se revela do cé u
contra toda impiedade e injustiça dos homens que suprimem a
verdade pela injustiça, 19 porque o que de Deus é conhecido é revelado
neles, porque Deus o revelou a eles. 20 Porque as coisas invisı́veis dele
desde a criaçã o do mundo sã o claramente vistas, sendo percebidas
pelas coisas que sã o feitas, sim, seu poder eterno e divindade, para que
sejam inescusá veis. 21 Porque, conhecendo a Deus, nã o o glori icaram
como Deus, nem deram graças, mas tornaram-se vã os nos seus
raciocı́nios, e o seu coraçã o insensato se obscureceu.
22 Dizendo-se sá bios, tornaram-se loucos, 23 e trocaram a gló ria do
pois nã o sabemos orar como convé m. Mas o pró prio Espı́rito intercede
por nó s com gemidos inexprimı́veis. 27 Quem esquadrinha os coraçõ es
sabe o que o Espı́rito pensa, porque segundo Deus intercede pelos
santos.
28 Sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o
bem daqueles que amam a Deus, daqueles que sã o chamados segundo
o seu propó sito. 29 Pois aos quais de antemã o conheceu, també m os
predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, para que ele
seja o primogê nito entre muitos irmã os. 30 A quem predestinou, a esses
també m chamou. A quem chamou, a esses també m justi icou. A quem
justi icou, a quem també m glori icou.
31 Que diremos entã o sobre estas coisas? Se Deus é por nó s, quem
serácontra nó s? 32 Aquele que nã o poupou a seu pró prio Filho, antes o
entregou por todos nó s, como nã o nos dará també m com ele todas as
coisas de graça? 33 Quem poderia acusar os escolhidos de Deus? E Deus
quem justi ica. 34 Quem é aquele que condena? E Cristo que morreu,
sim, que ressuscitou dos mortos, que está à direita de Deus, que
també m intercede por nó s.
35 Quem nos separará do amor de Cristo? Poderia a opressã o, ou
angú stia, ou perseguiçã o, ou fome, ou nudez, ou perigo, ou espada? 36
Como está escrito,
“Por sua causa, somos mortos o dia todo.
Fomos contados como ovelhas para o matadouro”.
37 Nã o, em todas essas coisas somos mais que vencedores por meio
daquele que nos amou. 38 Porque estou certo de que nem a morte, nem
a vida, nem os anjos, nem os principados, nem o presente, nem o porvir,
nem as potestades, 39 nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer
outra criatura poderá separar-nos da presença de Deus. amor que está
em Cristo Jesus nosso Senhor.
1 Coríntios 2
1 Quando fui ter convosco, irmã os, nã o vim com excelê ncia de
mas uma sabedoria nã o deste mundo, nem dos governantes deste
mundo que estã o chegando a nada. 7 Mas nó s falamos a sabedoria de
Deus em misté rio, a sabedoria escondida, a qual Deus predestinou
antes dos mundos para nossa gló ria, 8 a qual nenhum dos prı́ncipes
deste mundo conheceu. Pois se eles soubessem, eles nã o teriam
cruci icado o Senhor da gló ria. 9 Mas, como está escrito,
“Coisas que o olho nã o viu, e o ouvido nã o ouviu,
que nã o entrou no coraçã o do homem,
estes Deus preparou para aqueles que o amam”.
10 Mas para nó s, Deus os revelou atravé s do Espı́rito. Pois o Espı́rito
dizem alguns de vó s que nã o há ressurreiçã o de mortos? 13 Mas, se nã o
há ressurreiçã o de mortos, també m Cristo nã o ressuscitou. 14 Se Cristo
nã o ressuscitou, é vã a nossa pregaçã o, e vã també m a vossa fé . 15 Sim,
també m nó s fomos achados falsas testemunhas de Deus, porque
demos testemunho de Deus que ressuscitou a Cristo, a quem nã o
ressuscitou, se é para que os mortos nã o ressuscitem. 16 Porque, se os
mortos nã o ressuscitaram, també m Cristo nã o ressuscitou. 17 Se Cristo
nã o ressuscitou, é vã a vossa fé ; você ainda está em seus pecados. 18
Entã o també m os que dormiram em Cristo pereceram. 19 Se esperamos
em Cristo somente nesta vida, somos de todos os homens os mais
miserá veis.
20 Mas agora Cristo ressuscitou dos mortos. Ele se tornou o
primeiro fruto dos que dormem. 21 Pois, como a morte veio por meio
do homem, també m a ressurreiçã o dos mortos veio por meio do
homem. 22 Pois assim como todos morrem em Adã o, assim també m
todos serã o vivi icados em Cristo. 23 Mas cada um por sua ordem:
Cristo as primı́cias, depois os que sã o de Cristo, na sua vinda. 24 Entã o
virá o im, quando ele entregará o Reino a Deus, o Pai, quando ele tiver
abolido todo governo e toda autoridade e poder. 25 Pois ele deve reinar
até que ponha todos os seus inimigos debaixo de seus pé s. 26 O ú ltimo
inimigo que será abolido é a morte. 27 Pois, “Ele pô s todas as coisas em
sujeiçã o debaixo de seus pé s”. Mas quando ele diz: “Todas as coisas
estã o sujeitas”, é evidente que ele é excluı́do que sujeitou todas as
coisas a ele. 28 Quando todas as coisas lhe estiverem sujeitas, entã o
també m o Filho se sujeitará à quele que lhe sujeitou todas as coisas,
para que Deus seja tudo em todos.
29 Ou entã o, o que farã o os que sã o batizados pelos mortos? Se os
mortos nã o ressuscitam, por que entã o sã o batizados pelos mortos? 30
Por que també m corremos perigo a cada hora? 31 A irmo que pela
gló ria que tenho em vó s em Cristo Jesus, nosso Senhor, morro cada dia.
32 Se eu briguei com animais em Efeso para ins humanos, que me
tipo de corpo eles vê m?” 36 Tolo, o que tu mesmo semeias nã o vivi ica
se nã o morrer. 37 Aquilo que você semeia, você nã o semeia o corpo que
será , mas um grã o nu, talvez de trigo, ou de algum outro tipo. 38 Mas
Deus lhe dá um corpo como lhe aprouve, e a cada semente um corpo
pró prio. 39 Nem toda carne é a mesma carne, mas há uma carne de
homens, outra carne de animais, outra de peixes e outra de aves. 40
Existem també m corpos celestes e corpos terrestres; mas a gló ria do
celestial difere da do terrestre. 41 Há uma gló ria do sol, outra gló ria da
lua e outra gló ria das estrelas; pois uma estrela difere de outra estrela
em gló ria. 42 Assim també m é a ressurreiçã o dos mortos. O corpo é
semeado perecı́vel; é elevado imperecı́vel. 43 E semeado em desonra; é
ressuscitado em gló ria. E semeado na fraqueza; é elevado no poder. 44
Semeia-se um corpo natural; é ressuscitado um corpo espiritual. Existe
um corpo natural e també m existe um corpo espiritual.
45 Assim també m está escrito: “O primeiro homem, Adã o, foi feito
alma vivente”. O ú ltimo Adã o tornou-se um espı́rito vivi icante. 46
Entretanto, nã o é primeiro o que é espiritual, mas o que é natural,
depois o que é espiritual. 47 O primeiro homem é da terra, feito de pó . O
segundo homem é o Senhor do cé u. 48 Como é o pó , tais sã o os que
també m sã o pó ; e qual é o celestial, tais també m sã o os celestiais. 49
Assim como trouxemos a imagem dos feitos do pó , levemos també m a
imagem do celestial. 50 Agora eu digo isto, irmã os, que carne e sangue
nã o podem herdar o Reino de Deus; nem o perecı́vel herda o
imperecı́vel.
51 Eis que vos digo um misté rio. Nem todos dormiremos, mas todos
2.
3.
4.
Um ensaio sobre o entendimento humano. Londres: Ward, Lock, Co. P. 529 e segs.
5.
6.
Crítica da Razão Pura. Traduzido por F. Max Muller. Nova Iorque, 1896.
P. 483 e segs.
7.
8.
Um Sistema de Doutrina Cristã. Traduzido por A. Cave e JS Banks, Edimburgo, 1880. Vol. I.,
pá g. 216 e seguintes
9.
Microcosmo. Traduzido por E. Hamilton e EEC Jones. Edimburgo, 1887. Vol. II., pá g. 669 e
segs.
10.
Este e o capı́tulo seguinte sã o numerados de forma diferente nas diferentes ediçõ es dos
textos de Anselmo.
Livro de Meditações e Orações de Santo
Anselmo
1. Introduçã o
2. Primeira Meditaçã o: Da Dignidade e da Ai da Propriedade
do Homem.
3. Segunda Meditaçã o: Do Julgamento Terrı́vel: Para
Despertar o Medo em Si Mesmo.
4. Terceira Meditaçã o: Um lamento de virgindade
tristemente perdida.
5. Quarta Meditaçã o: Ensinando o Pecador a Melhorar a Si
Mesmo pela Emenda de Seus Pecados.
6. Quinta Meditaçã o: [§ 22] Sobre a Vida da Alma e da Carne,
[§ 23] E Da Gló ria da Boa Alma, [§ 24] E A Misé ria Da
Alma Perversa, Em Sua Partida Do Corpo.
7. Sexta Meditaçã o: Concebida para preparar o coraçã o
contra o desespero, pois sem dú vida encontraremos a
verdadeira misericó rdia para todos os nossos pecados se
izermos a verdadeira penitê ncia.
8. Sé tima Meditaçã o
9. Oitava Meditaçã o: O Discurso do Penitente a Deus Seu Pai.
10. Nona Meditaçã o: Da Humanidade de Cristo.
11. Dé cima Meditaçã o: [§ 50.] Da Paixã o de Cristo.
12. Dé cima Primeira Meditaçã o: Da Redençã o da
Humanidade.
13. Dé cima Segunda Meditaçã o: Da Humanidade de Cristo.
14. Dé cima Terceira Meditaçã o: De Cristo.
15. Dé cima Quarta Meditaçã o
16. Dé cima quinta meditaçã o: da memó ria dos benefı́cios
passados de Cristo, da experiê ncia dos benefı́cios
presentes e da esperança do futuro.
17. Dé cima Sexta Meditaçã o: Dos Benefı́cios Presentes de
Deus.
18. Dé cima Sé tima Meditaçã o: Dos Futuros Benefı́cios de
Deus.
19. Dé cima Oitava Meditaçã o: Açã o de Graças pelos
Benefı́cios da Divina Misericó rdia e Oraçã o pela
Assistê ncia Divina.
20. Dé cima nona meditaçã o: da doçura da divina majestade e
de muitas outras coisas.
21. Vigé sima Meditaçã o
22. Vigé sima Primeira Meditaçã o: [§ 103. A Alma do Homem
Incitada a Buscar e Encontrar Seu Deus. A mente
despertada para a contemplaçã o de Deus.]
As Devoções de Santo Anselmo
1. Introduçã o
6. Meditaçã o III
7. Meditaçã o IV