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INSTITUTO SÃO BOAVENTURA – ISB

Curso: Filosofia
Disciplina: Filosofia da Religião
Professor: Fabiano Paz
Aluno: Paulo Haruo Aoyama

RESUMO DO ARGUMENTO DE SANTO ANSELMO SOBRE A EXISTÊNCIA


DE DEUS ATRAVÉS DO ARGUMENTO ONTOLÓGICO

Santo Anselmo, considerado pela santa igreja como Bispo e Doutor da Igreja,
é considerado também por muitos como o pai da escolástica. Santo Anselmo se
dedicou em sua vida, fornecer principalmente por ter sido monge, uma sólida
formação para seus companheiros de mosteiro como também afim de contribuir
para o pensamento escolástico da época em propor um fio condutor para se chegar
a investigar os mistérios divinos acerca da existência de Deus.

Essa linha de pensamento, se baseia fortemente em: “Não quero


compreender para crer, mas crer para compreender, pois bem sei que sem a fé eu
não compreenderia nada de nada.” fides quaerens intellectum). Partindo disso,
Santo Anselmo se apega fortemente de que somos capazes na razão para
investigar os mistérios divinos.

Em suas principais obras, se destacam o “Monológio” e o “Proslógio”, onde


Anselmo trata de maneira geral sobre uma conceituação que se aproxima de Deus
como pura essência, perfeição e unidade. Logo então, na obra do "Proslogion",
Anselmo deseja demonstrar a necessidade desse Ser que é Deus, ou seja, a sua
existência através da famosa prova ontológica

O Argumento ontológico de Anselmo se baseia de tal maneira:

Primeiro, percebemos uma hierarquia nos seres, tanto específica quanto


genérica, e para cada ser deve haver um exemplar, o mais perfeito, partindo da
concepção de que de Deus não se pode pensar algo que seja maior, aqui temos um
aspecto importante que consiste em dizer que Deus não é o ser maior, mas o ser
maior que eu posso pensar. “Ens perfectissimum" (ser perfeitíssimo).

Depois disso, Anselmo afirma que pode-se conceber um ser mais perfeito do
que todos, sendo Deus é aquele ser tão perfeito, perfeitíssimo, que deve ser
incluída na sua perfeição, aquela perfeição que é a existência”. (TOMATIS, 2003, p.
18).

O terceiro ponto, segue que pode-se conceber um ser acima do qual nada se
possa imaginar, portanto Deus é o ser do qual não se pode pensar nada de maior;
essa afirmação é compreendida até mesmo pelo insensato, o fato de o insensato
compreender isso significa para nós que ele está no pensamento.

E por fim, Anselmo demonstra que este ser existe necessariamente, pois, se
não existisse, não seria o maior, e negá-lo seria negar a hierarquia dos seres. Neste
caminho que o insipiente nega o ser, ele acaba afirmando a existência do mesmo; o
ser maior é aquele que existe no pensamento e na realidade, quando o insipiente
nega a existência desse ser maior, ele compreende tal expressão a qual nos diz que
não se pode pensar nada maior e, por essa razão, ao pensar nesse ser maior e
tentar negá-lo, automaticamente se afirma a existência de Deus, porque o ser maior
é aquele que existe tanto no pensamento quanto na realidade.

O insensato pensa em Deus como não existente; mas, embora como não, o
insensato pensa em Deus como não existente; mas, embora como não existente,
pensa em Deus.

O Argumento Ontológico de Anselmo embora sendo o mais famoso, ele


também foi um dos mais refutado e polêmicos, sendo criticados por Gaunilo, São
Tomás de Aquino, David Hume, Kant, Descartes que propôs um argumento similar e
Kurt Gödel, que propôs um argumento matemático para a existência de Deus e
entre outros.

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