UNIDADE 8

DEPRECIAÇÃO

Objetivos da aprendizagem

v Conceituar depreciação;

v Conceituar fundo de depreciação;

v Calcular valor residual do ativo;

v Calcular a quota para o fundo de depreciação

e a variação desse fundo no prazo estipulado
pelos métodos: linear, de Cole, das
Percentagens Constantes e do Fundo de
Amortização;

v Construir a planilha de depreciação para os

métodos: Linear, de Cole, das Percentagens
Constantes e do Fundo de Amortização; e

v Conhecer as vantagens e desvantagens dos

diferentes métodos de depreciação.

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8.1 INTRODUÇÃO

Você já se interessou em saber sobre a perda de valor que os elementos que

integram o ativo de uma empresa sofrem com o decorrer do tempo? Gostaria de saber
mais a respeito da depreciação sobre o valor contábil dos bens do ativo imobilizado de sua
empresa? E qual o impacto sobre a mesma?

Pois é, existem bens de direito do ativo imobilizado de uma empresa que tendem
a se depreciar com o passar do tempo, quer seja pelo próprio uso, quer seja pelo desgaste
natural, quer seja pelos maus tratos humanos ou pelos avanços tecnológicos.

Manter esses bens no ativo da empresa pelo valor de aquisição ou por uma
reavaliação seria de certa forma dispendioso. A legislação tributária permite ao empresário
realizar deduções das parcelas desvalorizadas.

8.2 DEPRECIAÇÃO: GENERALIDADES, FUNDOS E MÉTODOS

Nesse, momento, para você saber mais sobre depreciação, leia com muita
atenção, o livro Matemática Financeira de Walter de Francisco.

Vá a ferramenta ATIVIDADES, Atividade 20 - Aprofundando

Meus Conhecimentos Sobre Depreciação , e resolva o
problema proposto. Lembre que a sua participação em todas as
atividades é muito importante para o seu aprendizado.

Agora, vamos fazer alguns comentários sobre depreciação.

Para a contabilidade, a depreciação é um custo amortizado. Assim, a depreciação

de um período é o custo amortizado neste período, bem como, a depreciação de um bem é
o custo amortizado durante a sua vida útil.

Se você conhece o valor que deve ser depreciado anualmente, você poderá
apropriar esse valor como despesa anual, a título de depreciação. Desse modo,
depreciando contabilmente o valor de um bem, você gera uma despesa diminuindo o seu

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lucro líquido e com isso vai montando um fundo de reserva de valor, para comprar outro bem
e continuar com o seu empreendimento, além de pagar menos imposto de renda.

Como você pode ver, a depreciação não é custo, e sim, uma fonte de renda para
criar um fundo, cujo objetivo principal é repor os bens que estão sofrendo depreciação e
poder continuar fazendo o seu empreendimento crescer.

Veja a seguir, uma lista padronizada que o Governo divulga, informando a vida
útil de acordo com a especificação de cada bem.

Relação de Bens Depreciáveis em 20% ou 25% a.a. (Prazo mínimo 24 meses)

Automóveis de passageiros até 10 pessoas Distribuidores de asfalto

Cavalos Mecânicos / carretas
Central telefônica
Computadores e periféricos
Caminhões fora de estrada
Camionetes utilitáriios
Escavadeiras sobre rodas / esteiras
Motocicletas
Ônibus em Geral
Reboques / semi-reboques
Rolos compactadores
Rolos compressores
Pá carregadeira sobre rodas / esteiras
Retroescavadeira sobre roda / esteira
Tratores sobre rodas / esteiras
Veículos para transporte acima de 10 pesoas

Relação de Bens Depreciáveis em 10% a.a. (Prazo míninmo 36 meses)

Aeronaves Convencionais Fornos elétricos

Aparelhos de ar-condicionado Fornos / queima
Aparelho de som e projeção Fornos / tratamento térmico
aspirador de pó industrial Fressadores convencionais
Balanças eletrônicas Furadeiras multiplas
Balanças rodoviárias Garrafadeiras de plásticos
Balcôes frigorifícos Gondulas e araras
Betoneiras Gruas
Bombas centrifugas Grupos geradores / eletricidade
Britadoras Guindaste
Brochadeiras convencionais Incineradores
Calculadoras eletrônicas Infusoras de machos
Caldeiras elétricas e a vapor Instalações / cozinha industrial
Centro de usinagem Instalações / pintura e secagem
Compressores de ar Limadoras
Conjunto de bombeamento de água Mandriladoras multiplas
Conjunto para irrigação Máquinas de contabilidade
Copiadoras Máquinas de emendar chapas
Desmoldadeiras Máquinas de escrever
Dobradeiras Máquinas de mineração
Empilhadeiras Máquinas de moldagem
Equipamentos anti-poluição Máquinas de serrar
Equipamentos odontológicos / médico Máquinas de solda
Esteiras rolantes Máquinas de telex /teleimpressora
Estufas Máquinas injetora
Extrusoras Moendas
Extrusoras metálicas Moinhos
Fac-simile Motores / transformadores elétricos
Forjas Torno mecânico e metalúrgicos
Fornos a óleo

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Existem também as taxas de depreciação que variam de acordo com o tipo do

bem:

a) 4% para imóveis;

b) 10% para máquinas e equipamentos;

c) 20% para veículos e computadores; e

d) 25% para tratores e motos.

Torna-se importante observarmos, que nem todos os bens são passíveis de

depreciação, por exemplo: Os terrenos.

DEPRECIAÇÃO DE BENS USADOS: O prazo de vida útil admissível para fins

de depreciação de bem adquirido usado (conforme determina a instrução normativa nº103
de 17/10/84 da SRF) é o maior entre:

- Metade do prazo de vida útil admissível para bens novos; e

- Restante da vida útil do bem, considerada esta em relação à primeira instalação

para utilização.

DEPRECIAÇÃO ACELERADA: Para as operações de leasing, a legislação em

vigor (portaria nº113 de 26/02/88 do MF), permite às empresas de arrendamento mercantil,
adotar taxas diferentes das normais, acelerando em 30% nos seguintes casos:

- O prazo do contrato não pode ser inferior a 40% da vida útil normal do bem;

- A arrendatária deverá ser pessoa jurídica; e

- As contraprestações devem ser regulares (valor/prazo).

Entenda por contraprestação, o valor do pagamento correspondente ao

arrendamento propriamente dito; ou seja, a remuneração pelo uso do bem arrendado. Nesse
caso, os encargos da operação são adicionados no valor da contraprestação.

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SÍNTESE DA UNIDADE

Nesta unidade, construímos os seguintes conhecimentos:

Depreciação: D = A – R

Métodos de Depreciação:
D A− R
– Método Linear: T = ou T =
n n
– Método de Cole: T1 = n
.D
1 + 2 + ... + n
T2 = n −1
.D
1 + 2 + ... + n

Tn = 1
.D
1 + 2 + ... + n

– Método das Percentagens Constantes:

T k = R k+1 . i

R n = A . (1 – i)n
1
R n
i=1-  
 A
– Método do Fundo de Amortização:
1
T = (A – R) .
sn | i

REFERÊNCIAS

CRESPO, Antonio Arnot. Matemática comercial e financeira fácil. São Paulo: Saraiva,
2000.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Caro(a) amigo(a).

Parece que foi ontem! E já se passaram vários meses. Chegamos ao final do

semestre. Mesmo que os primeiros dias de aula tenham sido marcados por um misto de
ansiedade, medo, insegurança e resistência, não podemos negar porém, que havia ao
mesmo tempo, muita esperança. E hoje, podemos afirmar com plena convicção, que venceu
a esperança.

O que parecia ser um obstáculo intransponível, foi facilmente vencido pela

dedicação, persistência e confiança mútua. E isso se deve, basicamente a vocês, a cada
um de vocês, que não mediram esforços, mesmo nos momentos mais difíceis. Mas como já
dizia GOETHE: “Quando uma criatura humana desperta para um grande sonho e sobre ele
lança toda a força de sua alma... todo o universo conspira a seu favor !”

De nossa parte, ao mesmo tempo em que construímos e orientávamos a

aprendizagem, procurávamos sempre valorizar o espírito crítico e questionador de cada um
de vocês, estimulando sua criatividade e raciocínio lógico. Esperamos ter alcançado esse
objetivo.

Nunca se esqueçam que, interpretação de texto, raciocínio lógico e iniciativa,

são atributos básicos para um aprendizado.

Não esqueçam também, que a matemática, mais do que nunca, está presente
em nossa vida diária. Um projeto qualquer, cuja viabilidade econômica se baseie apenas
em palavras, sem nenhum respaldo quantitativo e analítico, em outras palavras, sem uma
análise de natureza matemática, não convencerá ninguém do sucesso de sua execução.

Este guia, sem dúvidas é um instrumento matemático necessário, para o bom

desenvolvimento do curso e consequentemente para a sua formação profissional.

Parabéns e sucesso. Continuem sempre em frente.

Um grande abraço,

Antônio Eustáquio Paes Santos

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