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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ

ESCOLA DE CIÊNCIAS VIDA


CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA – 5° PERÍODO – TURMA B

ESTIMATION OF THE DOG AND CAT POPULATION IN THE STATE OF SÃO


PAULO
DISCIPLINA DE EPIDEMIOLOGIA

ANGELA LETÍCIA CANCIO DO AMARAL


DIRLENE APARECIDA DA SILVA
JACQUELINE PONTE DAMACENO

CURITIBA
2017
Estimation of the dog and cat population in the State of São Paulo
O artigo “Estimation of the dog and cat population in the State of São Paulo” foi
publicado na Revista Saúde Pública vol.39 nº 6 São Paulo em dezembro de 2005, e teve como
objetivo, levantar a população de cães e gatos com proprietários afim de melhor organizar e
estipular medidas de controle de doenças que acometem essas populações.

Para o levantamento dos dados, foram pesquisados 41 municípios não metropolitanos,


com 100 setores censitários e distribuídos em 18 estratos, que foram formados agrupando
municípios a partir das condições de vida e de acordo com o perfil populacional. Foi utilizada a
técnica de Pasteur, para estimar e classificar a população canina de acordo com o grau de
dependência do ser humano para alimentação e abrigo e restrição de acesso fora do domicílio.

A fração de amostragem utilizada em cada estrato foi:

Para o levantamento da população mais domesticada, com maior dependência para


alimentação e abrigo, utiliza-se dados de campanhas de vacinação, pesquisa por telefone e por
contato direto com proprietários.

Para o levantamento dos animais que não possuem tutores, mais selvagens, se utilizou
método de captura e recaptura. Na captura, o animal recebe uma marcação e quando é
recapturado, pode-se estimar a mobilidade e concentração dessas populações. No caso dessa
estimativa, o inconveniente é não poder estimar o grau de cuidados e proteção que esses
animais recebem, já que não tem uma residência fixa e um tutor que forneça as informações
mais fidedignas, assim se corre um risco real de classificar esse animal num perfil que não
corresponde ao seu.

As atividades de campo foram realizadas por adolescentes estudantes da rede pública


de ensino que receberam treinamento para realizar as tarefas. Esse trabalho incluiu duas partes,
a primeira, visita a residências com preenchimento de um questionário, e a segunda,
distribuição de coleiras para os cães que não tem residência fixa.

O questionário aplicado foi composto de módulos altamente resumidos que


possibilitaram a identificação do domicílio, do entrevistado e de cada cão ou gato.
Relativamente aos animais, foram obtidas informações sobre a sua idade, sexo, vacinações e,
no caso das fêmeas, o número de ninhadas no ano anterior. Apenas para cães, foram solicitadas
informações sobre o grau de restrição e dependência.

Para analisar os dados obtidos, foi utilizado um software chamado WesVar, utilizando
ponderação para compensar as diferenças de probabilidade de seleção dos setores censitários.

Para estimar a variância, os setores censitários foram tomados como as unidades


primárias de amostragem, devido ao pequeno número de municípios. E quando havia dois
estratos contendo apenas um setor censitário, eles foram unidos. A técnica de replicação
Jackknife foi utilizado, o que tornou possível obter estimativas de variância com polarização
dentro de limites toleráveis, mesmo com um número pequeno de unidades de amostragem
primárias.

Como resultado, 92,7% dos cães pesquisados tinham um proprietário definido, 1,2%
eram cães de bairro e 6,1% eram proprietários e se observou maior frequência relativa de cães
sem dono em pequenos municípios, e também menor porcentagem de animais totalmente
restritos. Foram encontrados 4.624 gatos, concentrados em 12,6% das casas, percentual inferior
à observada para cães.

Foi observado que as condições financeiras são determinantes para fatores como
aglomeração dessa população, bem como saúde animal e humana. Não se observou relação
entre o tamanho do município e as condições de vida de seus moradores. Mas se observou um
maior grau de restrição de cães conforme aumentava o tamanho do município.

Como a população canina foi bem superior àquela definida para a campanha de
vacinação do ano anterior, estipulou-se novas metas para a campanha seguinte (ano de 2003)
assim como o aumento do número de doses disponíveis, prevendo já o aumento populacional
nesse período.

Os animais que recebem cuidados de tutores representam menor risco para a


população, pois eles têm assistência veterinária e uma restrição maior. O maior risco se encontra
nos animais semi-domesticados pois têm contato com o ser humano, e também não apresentam
restrição de acesso aos locais.

Apesar de um número menor de gatos, estudos revelam que os casos de raiva dentro
dessa população é uma crescente e, pelo fato de mesmo os animais serem domesticados, eles
têm pouca restrição e acabam representando um grande risco para a população.

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