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DIREITOS E GARANTIAS

FUNDAMENTAIS

Ética, Direitos Humanos e Cidadania

Profª. Ms. Aline de Caldas

Formação em Segurança Pública para a Guarda Municipal - Ilhéus

Instituto Prosem/Ministério da Justiça


DIREITOS FUNDAMENTAIS

 Direito “é faculdade reconhecida, natural, ou legal, de


praticar ou não praticar certos atos.”

 Tem caráter histórico

 Exercem a função de defesa do cidadão


 Direitos civis e políticos: direitos dos indivíduos perante o
estado (vida, segurança, propriedade, liberdade,
nacionalidade, votar ou ser votado)

 Econômicos, sociais e culturais: prestação do Estado em


relação ao indivíduo (educação, saúde, trabalho, lazer,
previdência social, proteção à maternidade)
DIREITOS FUNDAMENTAIS
 Coletivos: ligados ao conceito de pessoa humana e sua
personalidade (qualidade de vida, paz, meio ambiente, defesa
do consumidor, da infância e juventude, autodeterminação
dos povos)

 Das minorias e relativos à informática: surgem no final do


milênio (eutanásia, alimentos transgênicos, filhos gerados por
inseminação artificial, clonagem)

 Não são absolutos

 Não são renunciáveis


GARANTIAS FUNDAMENTAIS

 Garantia é a exigência que cada cidadão faz ao Poder


Público para proteger seus Direitos

Gerais:
 Normas que proíbem abusos de poder e violação dos direitos,
limitando a ação do Poder Público

Específicas:
 Reconhecimento/ existência de meios processuais adequados
para essa finalidade, como o Habeas corpus, ação popular etc.
DIREITOS DA PESSOA IDOSA

 Em 1994, foi aprovada a Política Nacional do Idoso, que


reforçava as garantias à terceira idade

 Em 2003, foi aprovado o Estatuto do Idoso

 Amplia os direitos dos cidadãos com idade acima de 60


anos

 Prevê penas mais severas aos casos de violação

 Indica organismos responsáveis pelo acompanhamento


do respeito ao Estatuto do Idoso
O ESTATUTO DO IDOSO
 Disposições preliminares

 Idoso é o indivíduo com idade igual ou superior a 60 anos.

 Garantia de prioridade
 atendimento preferencial, preferência na formulação e na
execução de políticas, destinação privilegiada de recursos
públicos, viabilização de formas de participação, vedação à
negligência, discriminação, violência, crueldade ou opressão
O ESTATUTO DO IDOSO
 Parte I – Dos direitos fundamentais (10 capítulos)
1. Vida
2. Liberdade e respeito à dignidade
3. Alimentos
4. Saúde
5. Educação, lazer e esporte
6. Profissionalização e trabalho
7. Previdência social
8. Assistência social
9. Habitação
10. Transporte
O ESTATUTO DO IDOSO
 Parte II – Das medidas de proteção

Aplicáveis
1. por ação ou omissão da sociedade ou do Estado;
2. por falta, omissão ou abuso da família,
3. curador ou entidade de atendimento;
4. em razão de sua condição pessoal.
O Ministério Público ou o Poder Judiciário podem adotar
as medidas:

 encaminhamento à família ou curador, mediante termo


de responsabilidade;
 orientação, apoio e acompanhamento temporários;

 requisição para tratamento de sua saúde, em regime


ambulatorial, hospitalar ou domiciliar;
 inclusão em programa oficial ou comunitário de auxílio,
orientação e tratamento a usuários dependentes de
drogas lícitas ou ilícitas, ao próprio idoso ou à pessoa de
sua convivência que lhe cause perturbação;
 abrigo em entidade;

 abrigo temporário.
DIREITOS DA PESSOA IDOSA

 Parte III – Da política de atendimento


1. Das entidades de atendimento
2. Da Fiscalização (Conselhos do Idoso, Ministério Público,
Vigilância Sanitária e outros previstos em lei.)

 Parte IV – Do acesso à Justiça


1. Do ministério Público
2. Proteção judicial dos interesses
 Parte V – Dos Crimes
 pena máxima privativa de liberdade ao idoso não ultrapassa 4 (quatro)
anos

 Art. 96. Discriminar pessoa idosa, impedindo ou dificultando


seu acesso a operações bancárias, aos meios de transporte, ao
direito de contratar ou por qualquer outro meio ou instrumento
necessário ao exercício da cidadania, por motivo de idade
 Pena - reclusão de 6 meses a 1 ano e multa.

 Art. 99. Expor a perigo a integridade e a saúde, física ou


psíquica, do idoso, submetendo-o a condições desumanas ou
degradantes ou privando-o de alimentos e cuidados
indispensáveis, quando obrigado a fazê-lo, ou sujeitando-o a
trabalho excessivo ou inadequado:
 Pena - detenção de 2 meses a 1 ano e multa.
 Art. 99. Expor a perigo a integridade e a saúde, física ou
psíquica, do idoso, submetendo-o a condições desumanas ou
degradantes ou privando-o de alimentos e cuidados
indispensáveis, quando obrigado a fazê-lo, ou sujeitando-o a
trabalho excessivo ou inadequado:
 Pena - detenção de 2 meses a 1 ano e multa.

 § 1.º Se do fato resulta lesão corporal de natureza grave:


 Pena - reclusão de 1 a 4 anos.

 § 2.º Se resulta a morte:


 Pena - reclusão de 4 a 12 anos.
DADOS SOCIAIS DEPOIS DO ESTATUTO
DO IDOSO
 Em 2006, as pessoas com 60 anos de idade ou mais
alcançaram 19 milhões, correspondendo a 10,2% da
população total do país.

 Um crescimento mais acentuado foi percebido no grupo


com 75 anos ou mais.
 avanços da medicina moderna;
 melhores condições de saúde à população com idade mais
avançada de uma forma geral.

 Em 1996, eles representavam 23,5% da população de 60


anos ou mais. Dez anos depois, eles já eram 26,1%.
DIREITOS DAS CRIANÇAS E
ADOLESCENTES

 Convenção sobre os Direitos da Criança da ONU (1989)

 Constituição Federal (1988)

 Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA (1990)


 Atenção e proteção especiais
 Responsabilidade fundamental da família
 Proteção jurídica e não-jurídica antes e depois do nascimento
 Importância do respeito aos valores culturais da comunidade da criança
 cooperação para concretizar seus direitos
DIREITOS DAS CRIANÇAS E
ADOLESCENTES

 Além dos direitos fundamentais inerentes a qualquer ser


humano, a criança e adolescente têm alguns direitos que
lhe são especiais pela sua própria condição de pessoa em
desenvolvimento.

 Considera-se criança, para os efeitos desta Lei, a pessoa


até 12 anos de idade incompletos, e adolescente aquela
entre 12 e 18 anos de idade.
DIREITOS DAS CRIANÇAS E
ADOLESCENTES

 Direito à Vida e à Saúde

 Direito à Liberdade, ao Respeito e à Dignidade

 Direito à Convivência Familiar e Comunitária

 Direito à Educação, à Cultura, ao Esporte e ao Lazer

 Direito à Profissionalização e à Proteção ao Trabalho

 Dos direitos individuais

 Medidas sócio-educativas
DIREITOS DA PESSOA PORTADORA DE
DEFICIÊNCIA

 Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora


de Deficiência (1999)

 Convenção sobre os Direitos das Pessoas com


Deficiência (2007)

 tramita no Congresso Nacional o Projeto de Lei do


Senado Nº 6 de 2003 - Estatuto do Portador de
Deficiência
DIREITOS DA PESSOA PORTADORA DE
DEFICIÊNCIA

 Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da


República
 Coordena e supervisiona o Programa Nacional de Acessibilidade e
o Programa de Promoção e Defesa dos Direitos da Pessoa com
Deficiência
 Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa Portadora de
Deficiência (Conade), órgão colegiado deliberativo

 Coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa Portadora de


Deficiência (Corde), órgão executivo
POLÍTICA NACIONAL PARA A
INTEGRAÇÃO DA PESSOA PORTADORA
DE DEFICIÊNCIA

 Instituída pelo Decreto 3.298/99


 Tem como princípios a parceria do Estado e da sociedade civil
no esforço de
 assegurar a plena integração das pessoas portadoras de deficiência no
contexto socioeconômico e cultural;

o estabelecimento de mecanismos e instrumentos legais e operacionais


que assegurem a elas o pleno exercício de seus direitos básicos;

e o respeito a pessoas que devem receber igualdade de oportunidades


na sociedade por reconhecimento dos direitos que lhes são
assegurados, sem privilégios ou paternalismos
DEFICIÊNCIA
 I - deficiência
 toda perda ou anormalidade de uma estrutura ou função psicológica,
fisiológica ou anatômica que gere incapacidade para o desempenho de
atividade, dentro do padrão considerado normal para o ser humano;

  II - deficiência permanente
 aquela que ocorreu ou se estabilizou durante um período de tempo
suficiente para não permitir recuperação ou ter probabilidade de que se
altere, apesar de novos tratamentos;

  III - incapacidade
 uma redução efetiva e acentuada da capacidade de integração social,
com necessidade de equipamentos, adaptações, meios ou recursos
especiais para que a pessoa portadora de deficiência possa receber ou
transmitir informações necessárias ao seu bem-estar pessoal e ao
desempenho de função ou atividade a ser exercida.
DIREITOS DA PESSOA PORTADORA DE
DEFICIÊNCIA
Direito ao trabalho
 A Constituição federal proíbe qualquer discriminação ao
trabalhador portador de deficiência.

 A Lei nº 8.112/90 assegura 20% dos cargos e empregos públicos


para as PPD.

 A Lei nº 8.213/91 introduziu a reserva de mercado para as empresas


privadas, o que veio a ser regulamentado pelo Decreto nº 3.298/99.
Com ele, a empresa com cem ou mais funcionários é obrigada a
preencher de 2% a 5% de cargos com pessoas reabilitadas ou
portadoras de deficiência.
DIREITOS DA PESSOA PORTADORA DE
DEFICIÊNCIA
Direito à educação

 A Lei nº 4.024/61 diz que a educação de excepcionais deve,


no que for possível, enquadrar-se no sistema geral de
educação, a fim de integrá-los na comunidade

 Já a Lei nº 5.692/71, que trata do ensino de 1º e 2º graus, diz


que os alunos que apresentem deficiências físicas ou mentais
devem receber tratamento especial, de acordo com as normas
fixadas pelos conselhos de educação.

 A Constituição prevê atendimento educacional especializado,


de preferência na rede regular de ensino, para todos.
DIREITOS DA PESSOA PORTADORA DE
DEFICIÊNCIA
Direito à saúde
 Lei nº 9.656/98 - trata dos planos e seguros de saúde,
proíbe que haja qualquer impedimento em decorrência da
deficiência.
 Decreto nº 3.298 – fixa garantias, como atendimento
domiciliar, psicológico, reabilitação, ajuda técnica que
inclui próteses e equipamentos.

 As vítimas da talidomida têm prioridade no fornecimento


de próteses e demais instrumentos, bem como nas
intervenções cirúrgicas e assistência médica pelo SUS
DIREITOS DA PESSOA PORTADORA DE
DEFICIÊNCIA

Transporte gratuito

 A Lei n° 8.899/94 concede passe livre aos portadores de


deficiência, comprovadamente carentes, no sistema de
transporte coletivo interestadual.

 O benefício é concedido junto ao Ministério dos


Transportes.
DIREITOS DA PESSOA PORTADORA DE
DEFICIÊNCIA
Assistência social
 A Lei nº 8.742/93 assegura ao portador de deficiência o
direito de receber um salário mínimo mensal, desde que
comprove ter uma renda inferior a ¼ do salário mínimo.

 A Lei nº 7.070/82 assegura pensão especial vitalícia às


vítimas da talidomida e o acesso, por todos, aos
programas governamentais é garantido pela Lei nº
7.853/89.
DIREITOS DA PESSOA PORTADORA DE
DEFICIÊNCIA
Isenções e benefícios
 Lei Complementar nº 53/86 e Lei nº 8.899/94 - Isenções de ICMS
e IPI para veículos destinados a uso de paraplégicos ou de PPD.

 Lei n° 8.383/91 - Isenção de IOF para as operações de


financiamento de automóveis de passageiros de fabricação
nacional.

 Lei nº 8.687/93 - Isenção do Imposto de Renda pelos benefícios


auferidos pelos deficientes mentais

 Instrução da Receita Federal nº 15/01 - deduções com aparelhos,


materiais e despesas.
DIREITOS DA PESSOA PORTADORA DE
DEFICIÊNCIA
Acessibilidade
 Lei nº 10.098/00 estabelecem normas e critérios básicos
para facilitar a locomoção e o acesso.

 A Lei nº 7.405/85 torna obrigatória a colocação do Símbolo


Internacional de Acesso em todos os locais e serviços que
permitam a utilização pelas PPD.

 A Lei nº 9.045/95 disciplina a obrigatoriedade de


reprodução, pelas editoras de todo o país, de obras em
braile, e permite a reprodução, para cegos, de obras já
divulgadas, sem finalidade lucrativa.
DIREITOS DA PESSOA PORTADORA DE
DEFICIÊNCIA
Outras

 A Lei nº 9.867/99 prevê a instituição de cooperativas


sociais, visando à integração social das pessoas em
desvantagem no mercado.

 A Lei nº 8.666/93 dispensa de licitações a contratação,


pelos entes públicos, de associações de portadores de
deficiência sem fins lucrativos para prestação de serviços
ou fornecimento de mão-de-obra.

 A Lei nº 10.436/02 garante o uso e a difusão da Língua


Brasileira de Sinais (Libras).
DIREITOS DO CONSUMIDOR
 Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza
produto ou serviço como destinatário final.

 Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada,


nacional ou estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que
desenvolvem atividade de produção, montagem, criação, construção,
transformação, importação, exportação, distribuição ou
comercialização de produtos ou prestação de serviços.

 Produto é qualquer bem, móvel ou imóvel, material ou imaterial.

 Serviço é qualquer atividade fornecida no mercado de consumo,


mediante remuneração, inclusive as de natureza bancária, financeira,
de crédito e securitária, salvo as decorrentes das relações de caráter
trabalhista.
DIREITOS DO CONSUMIDOR

 a proteção da vida, saúde e segurança;


 a educação e divulgação;
 informação adequada e clara;
 a proteção contra a publicidade enganosa e abusiva;
 a modificação das cláusulas contratuais que estabeleçam
prestações desproporcionais ou sua revisão em razão de
fatos supervenientes que as tornem excessivamente
onerosas;
DIREITOS DO CONSUMIDOR
 a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e
morais, individuais, coletivos e difusos;

 o acesso aos órgãos judiciários e administrativos com vistas à


prevenção ou reparação de danos

 a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão


do ônus da prova, a seu favor, no processo civil, quando, a
critério do juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele
hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de experiências;

 a adequada e eficaz prestação dos serviços públicos em geral.


DISCRIMINAÇÃO EM RAZÃO DE
RAÇA, COR E ETNIA

 Raça
"um grupo de pessoas de comum ancestralidade,
diferenciada dos outros por características físicas tais
como tipo de cabelo, cor dos olhos e pele, estatura, etc"

 Etnia
"relativo ou característico de um grupo humano que tem
certos traços raciais, religiosos, lingüísticos, entre outros,
em comum"

Dicionário Inglês Collins


DISCRIMINAÇÃO EM RAZÃO DE
RAÇA, COR E ETNIA
 Convenção Internacional sobre a Eliminação de Todas as
Formas de Discriminação Racial (1968)

 "discriminação racial“
toda distinção, exclusão, restrição ou preferência baseada
em raça, cor, descendência ou origem nacional ou étnica
que tenha por objeto ou resultado anular ou restringir o
reconhecimento, gozo ou exercício em um mesmo plano
(em igualdade de condição) de direitos humanos e
liberdades fundamentais nos campos político,
econômico, social, cultural ou em qualquer outro campo
da vida pública
DISCRIMINAÇÃO EM RAZÃO DE
RAÇA, COR E ETNIA
 Não serão consideradas discriminação racial as medidas
especiais tomadas com o único objetivo de assegurar o
progresso adequado de certos grupos raciais ou étnicos
ou de indivíduos que necessitem da proteção que possa
ser necessária para proporcionar a tais grupos ou
indivíduos igual gozo ou exercício de direitos humanos e
liberdades fundamentais, contanto que tais medidas não
conduzam, em conseqüência, à manutenção de direitos
separados para diferentes grupos raciais e não prossigam
após terem sido alcançados os seus objetivos.
DISCRIMINAÇÃO EM RAZÃO DE
RAÇA, COR E ETNIA

 Constituição Federal de 1988

 Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de


qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos
estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à
vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade,
nos termos seguintes:

 I - Homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações,


nos termos desta Constituição;
DISCRIMINAÇÃO EM RAZÃO DE
RAÇA, COR E ETNIA

X - São invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a


imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano
material ou moral decorrente de sua violação;

XLI - A lei punirá qualquer discriminação atentatória dos direitos


e liberdades fundamentais;

XLII - A prática do racismo constitui crime inafiançável e


imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei;
DISCRIMINAÇÃO EM RAZÃO DE
RAÇA, COR E ETNIA

A Lei 7.716, de 5 de janeiro de 1989 caracteriza crime de


racismo:

 Impedir ou obstar o acesso de alguém, devidamente


habilitado, a qualquer cargo da Administração Direta ou
Indireta, bem como das concessionárias de serviços públicos

 Negar ou obstar emprego em empresa privada.


 Impedimento de acesso a
 Ensino público
 estabelecimentos ou espaços abertos ao público
 transportes
 serviço militar
 Casamento

 Se o crime for praticado contra menor de dezoito anos a


pena é agravada de 1/3

 Praticar, induzir ou incitar a discriminação ou


preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência
nacional
DIREITOS DA MULHER
 Convenção sobre a eliminação de todas as formas de
discriminação contra a mulher (1979)

 "discriminação contra a mulher“


toda distinção, exclusão ou restrição baseada no sexo e que
tenha por objeto ou resultado prejudicar ou anular o
reconhecimento, gozo ou exercício pela mulher,
independentemente de seu estado civil, com base na igualdade
do homem e da mulher, dos direitos humanos e liberdades
fundamentais nos campos político, econômico, social, cultural
e civil ou em qualquer outro campo.
DIREITOS DA MULHER
 Artigo 7º - Os Estados-partes tomarão todas as medidas
apropriadas para eliminar a discriminação contra a mulher na vida
política e pública do país e , em particular, garantirão, em
igualdade de condições com os homens, o direito a:

a) votar e ser elegível para todos os órgãos cujos membros sejam


objeto de eleições públicas;

b) participar na formulação e execução de políticas


governamentais

c) participar em organizações e associações não-governamentais


que se ocupem da vida pública e política do país
DIREITOS DA MULHER
 Artigo 13 - Os Estados-partes adotarão todas as medidas
apropriadas para eliminar a discriminação contra a mulher
em outras esferas da vida econômica e social, a fim de
assegurar, em condições de igualdade entre os homens e
mulheres, os mesmos direitos, em particular:

a) o direito a benefícios familiares;

b) o direito a obter empréstimos bancários, hipotecas e


outras formas de crédito financeiro;

c) o direito de participar em atividades de recreação,


esportes e em todos os aspectos da vida cultural.
REGISTROS DE OCORRÊNCIAS 2007 2008 2009

Estupro 5 26 23

FONTE: 7ª COORPIN - 7ª Coordenadoria de Polícia do Interior - CEDEP - Centro de


Documentação e Estatística Policial da SSP/BA.
DIREITOS SOBRE LIBERDADE
RELIGIOSA
 Constituição Federal de 1988
 VI - É inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo
assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida,
na forma da lei, a proteção aos locais de culto e suas liturgias
 VII – é assegurada nos termos da lei, a prestação de assistência
religiosa nas entidades civis e militares de internação coletiva
 VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença
religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as
invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e
recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei
DADOS SOBRE RELIGIÃO Fonte: IBGE, Censo 2000.

Católicos Evangélicos Espíritas Umbanda e Candomblé Judaica Religiões orientais Outras


Sem Religião Não Determinada

Religiões orientais; Sem Não


427,449; 0% Religião; Determinada;
Espíritas; 2,337,432; 12,330,101; 382,489; 0%
1%
7%
Evangélicos;
26,166,930;
16%

Católicos;
124,976,912;
75%

Brasil Nordeste Bahia


Total da população 169.799.170 47.741.711 13.070.250
2000
DIREITOS SEXUAIS – ORIENTAÇÃO
SEXUAL

 Declaração dos Direitos Sexuais


XV Congresso Mundial de Sexologia, ocorrido em Hong
Kong (CHINA), entre 23 e 27 de agosto p.p., a Assembléia
Geral da WAS - World Association for Sexology) aprovou as
emendas para a Declaração de Direitos Sexuais, decidida em
Valência, no XIII Congresso Mundial de Sexologia, em 1997.

Instituto Brasileiro de Inovações em Saúde Social (IBISS)


 O direito à liberdade sexual - A liberdade sexual diz
respeito à possibilidade dos indivíduos em expressar seu
potencial sexual. No entanto, aqui se excluem todas as
formas de coerção , exploração e abuso em qualquer
época ou situação da vida.

 O direito à autonomia sexual - integridade sexual e à


segurança do corpo sexual - Este direito envolve
habilidade de uma pessoa em tomar decisões autônomas
sobre a própria vida sexual num contexto de ética
pessoal e social. Também inclui o controle e o prazer de
nossos corpos livres de tortura, mutilações e violência de
qualquer tipo.
 O direito à privacidade sexual - O direito de decisão
individual e aos comportamentos sobre intimidade desde que
não interfiram nos direitos sexuais dos outros.

 O direito à igualdade sexual - Liberdade de todas as formas


de discriminação, independentemente do sexo, gênero,
orientação sexual, idade, raça, classe social, religião,
deficiências mentais ou físicas.

 O direito ao prazer sexual - prazer sexual, incluindo auto-


erotismo, é uma fonte de bem estar físico, psicológico,
intelectual e espiritual.
 O direito à expressão sexual - A expressão sexual é
mais que um prazer erótico ou atos sexuais. Cada
indivíduo tem o direito de expressar a sexualidade
através da comunicação, toques, expressão emocional e
amor.

 O direito à livre associação sexual - Significa a


possibilidade de casamento ou não, ao divórcio e ao
estabelecimento de outros tipos de associações sexuais
responsáveis.
 O direito às escolhas reprodutivas livres e responsáveis -
É o direito em decidir ter ou não filhos, o número e o tempo
entre cada um, e o direito total aos métodos de regulação da
fertilidade.

 O direito à informação baseada no conhecimento


científico - A informação sexual deve ser gerada através de
um processo científico e ético e disseminado em formas
apropriadas e a todos os níveis sociais.
 O direito à educação sexual compreensiva - Este é um
processo que dura a vida toda, desde o nascimento, e
deveria envolver todas as instituições sociais.

 O direito à saúde sexual - O cuidado com a saúde


sexual deveria estar disponível para a prevenção e
tratamento de todos os problemas sexuais, preocupações
e desordens.
DIREITOS SEXUAIS DE CRIANÇAS E
ADOLESCENTES

 Crianças e adolescentes têm o direito de serem ouvidos,


respeitados e atendidos em suas legítimas reivindicações;
 Crianças e adolescentes têm o direito a uma educação que
promova sua condição de ser em formação, garantindo um
desenvolvimento pleno e saudável;
 Uma criança tem o direito de conhecer seu corpo;
DIREITOS SEXUAIS DE CRIANÇAS E
ADOLESCENTES

 Uma criança tem o direito de descobrir sua


masculinidade e feminilidade;
 Um adolescente tem o direito à descoberta e ao exercício
de sua sexualidade junto a seus pares;

 Um adolescente tem o direito a livre expressão de sua


orientação afetivo-sexual;
 Uma criança tem o direito de conhecer seu corpo;
DIREITOS SEXUAIS DE CRIANÇAS E
ADOLESCENTES

 Um adolescente tem o direito a relação consensual


amorosa;
 Crianças e adolescentes têm o direito a dizer não a toda
forma de abuso e exploração sexual seja incesto,
pornografia ou prostituição;
 Crianças e adolescentes têm o direito a dizer não a toda
forma de violência e maus tratos seja verbal, físico ou
psicológico.

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