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Rocinha é a maior favela no Rio de Janeiro, com uma população de cerca de 60 mil de
habitantes.[1]

Favela em Salvador, Bahia.


Ficheiro:Favela-CCBY.jpg
Morro da Providência, a favela mais antiga do Rio de Janeiro.

As     são consideradas como uma consequência da má distribuição de


renda e do déficit habitacional no país. A migração da população rural para o espaço
urbano em busca de trabalho, nem sempre bem remunerado, aliada à histórica
dificuldade do poder público em criar políticas habitacionais adequadas, são fatores que
têm levado ao crescimento dos domicílios em favelas.

De acordo com a agência das Nações Unidas, UN-HABITAT, 26,4% da população


urbana brasileira vive em favelas.[2][3] Dados do Ministério das Cidades, apoiados nos
números do Censo 2000 do IBGE, apontam que entre 1991 e 2000, enquanto a taxa de
crescimento domiciliar foi de 2,8%, a de domicílios em favelas foi de 4,8% ao ano.
Entre 1991 e 1996 houve um aumento de 16,6% (557 mil) do número de domicílios em
favelas; entre 1991 e 2000 o aumento foi de 22,5% (717 mil). [  ] Entretanto,
um relatório da Organização das Nações Unidas, divulgado em 2010, relativo aos dez
anos anteriores, apontou que o Brasil reduziu sua população favelizada em 16% nesse
período, o que representa que cerca de 10,4 milhões de pessoas deixaram de morar em
favelas.[2]


Ë   
A origem do termo se encontra no episódio histórico conhecido por :  

  . A cidadela de Canudos foi construída junto a alguns morros, entre eles o


c  
 , assim batizado em virtude de uma planta (chamada de   ) que
encobria a região. Alguns dos soldados que foram para a guerra, ao regressarem ao Rio
de Janeiro em 1897, deixaram de receber o soldo, instalando-se em construções
provisórias erigidas sobre o Morro da Providência. O local passou então a ser designado
popularmente Morro da Favela, em referência à "favela" original. O nome favela ficou
conhecido e na década de 1920, as habitações improvisadas, sem infraestrutura, que
ocupavam os morros passaram a ser chamadas de favelas.[4]

±   
O início das formações de favelas no Rio de Janeiro está ligada ao término do período
escravagista no final do século XIX. Sem posse de terras e sem opções de trabalho no
campo, grande parte dos escravos libertos deslocam-se para o Rio de Janeiro, então
capital federal, que já possuia uma significativa quantidade de ex-escravos mesmo antes
da promulgação da Lei Áurea, em 1888. O grande contingente de ex-escravos em busca
de moradia e ainda sem acesso à terra, provocou a ocupação informal em locais
desvalorizados, de difícil acesso e sem infra-estrutura urbana.[5][6]

As reformas urbanas promovidas pelo então prefeito da cidade Pereira Passos entre
1902 e 1906, período conhecido como "Bota-abaixo", destruiram cerca de 1.600 velhos
prédios residenciais, a maioria composta de habitações coletivas insalubres (cortiços)
que existiam nas áreas centrais do Rio de Janeiro. Estas pessoas são expulsas para o
subúrbio da cidade que, no caso, consiste basicamente de morros; o que também
contribuiu para o aspecto atual das favelas.

 


Favela em Porto Alegre, Rio Grande do Sul.

Obras de urbanização na favela de Paraisópolis em São Paulo.

Favela em Manaus, Amazonas.

Favela em Caxias do Sul, Rio Grande do Sul.

De acordo com a agência das Nações Unidas, UN-HABITAT, entre 20% e 30% da
população urbana brasileira vive em favelas.[3] As favelas do Brasil são consideradas
por muitos como uma conseqüência da má distribuição de renda e do déficit
habitacional no país. Porém, segundo pesquisa da professora Alba Zaluar, financiada
pelo CNPq e pela prefeitura da cidade do Rio de Janeiro, e publicada no jornal O Globo
de 21 de agosto de 2007, na página 16, coluna do Ancelmo Gois, apenas 15% dos
moradores das favelas cariocas gostariam de deixar o morro. A pesquisa também revela
que 97% das casas das favelas cariocas têm TV, 94% geladeira, 59% DVD, 55%
celular, 48% máquina de lavar e 12% têm computador.

Dados do Ministério das Cidades, apoiados nos números do Censo 2000 do IBGE,
apontam que entre 1991 e 2000, enquanto a taxa de crescimento domiciliar foi de 2,8%,
a de domicílios em favelas foi de 4,8% ao ano. Entre 1991 e 1996 houve um aumento de
16,6% (557 mil) do número de domicílios em favelas; entre 1991 e 2000 o aumento foi
de 22,5% (717 mil). Entretanto, um relatório da Organização das Nações Unidas,
divulgado em 2010, relativo aos dez anos anteriores aponta que o Brasil reduziu sua
população favelizada em 16%.[2]

As mais famosas favelas são as do Rio de Janeiro, onde contrastam fortemente com os
prédios e mansões da elite da Zona Sul, convivendo lado-a-lado e configurando
paisagens que desafiam a lógica social.

A Rocinha é frequentemente citada como a maior favela da América Latina, o que não
corresponde à verdade, uma vez que em Caracas, capital venezuelana, a favela de
¢  tem dimensões três vezes superior. São Paulo também tem grande quantidade de
favelas. Percentualmente, 60,2% das favelas e cortiços concentram-se na região Sudeste
do país, mais especificamente nas regiões metropolitanas de São Paulo e Rio de Janeiro,
que somadas representam 43,9% das favelas brasileiras.[7]

Outras cidades, igualmente grandes embora ligeiramente menores, também


surpreendem pela alta taxa de favelização, como Fortaleza, Salvador, Recife,
Guarulhos, Curitiba, Belo Horizonte, Osasco, Ferraz de Vasconcelos,[8] Mogi das
Cruzes, Campinas, São Gonçalo, Duque de Caxias, Nova Iguaçu, Campos dos
Goytacazes, e etc.

O quadro abaixo mostra os centros urbanos brasileiros que mais sofriam com o processo
de favelização em 2000.

Número de favelas por cidade (dados do censo de 2000).[9]


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Algumas organizações (em geral não governamentais), promovem projetos nas favelas
para a valorização da vida e da cultura da favela. Visam afastar os jovens do tráfico, o
desenvolvimento de cooperativas, entre outros projetos beneficentes. O Governo
Federal, através do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) destinou R$ 3,88
bilhões para regiões carentes do Rio de Janeiro.[10]

Em outro exemplo de ação social ocorreu em Campo Grande, que foi a primeira capital
do Brasil a eliminar todas as sua favelas.[11]

Entre os movimentos nascidos nas favelas, um dos mais populares foi o hip-hop
reforçado na década de 1980 por grupos de   como os Racionais MC's.

È  
 



 Wille Nascimento

 5ª A

 Sandra


: Matutino

  
 Ciências

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