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Romantis

Visão Geral

mo
Romantis
mo
O romantismo é todo um período cultural,
artístico e literário que se inicia na Europa
no final do século XVIII, espalhando-se
pelo mundo até o final do século XIX.
Romantis
mo
O berço do romantismo pode ser
considerado três países: Itália, Alemanha e
Inglaterra. Porém, na França, o
romantismo ganha força como em nenhum
outro país e, através dos artistas franceses,
os ideais românticos espalham-se pela
Europa e pela América..
Romantis
O Romantismo foi a primeira escola
a romper com a estética clássica. mo

Era Medieval Era Clássica Romantismo


1ª época 2ª época Classicismo Barroco Arcadismo

O Homem com Luva - O Desesperado - Coubert


Ticiano
Romantis
Literaturas Clássica e Romântica.mo
Quadro Contrastivo das

Estética Clássica Estética Romântica

Classe dominante: nobreza Classe dominante: burguesia


As obras clássicas são povoa-das As obras românticas são habi-tadas
por deuses, soberanos, nobres, por mortais comuns. São jovens de
seres superiores, capazes de ações classe média ou popular, que amam,
incomuns e maravilhosas. Os heróis odeiam, lutam para subir na vida.
clás-sicos geralmente pertencem a Os hérois romanescos podem ser até
um mundo bem diferente do deficientes físicos, margi-nais,
cotidiano. doentes, viciados, bem reais.
Romantis
mo
Ao romper com os clássicos, o Romantismo
retoma alguns aspectos da Idade Média.
I – Embevecimento diante das maravilhas do cristianismo.

“Bom tempo foi o d’outrora


Quando o reino era cristão,
Quando nas guerras de mouros
Era o rei nosso pendão.

Dava o rei uma batalha,


Deus lhe acudia do céu;
Quantas terras que ganhava
Dava ao Senhor que lhas deu,
E só em fazer mosteiros
Gastava muito do seu.”
Romantis
Ainda da Idade Média, o Romantismo
mo
colhe o culto ao mistério, ao Sobrenatural.
“Quem és tu, quem és tu, vulto gracioso,
Que te elevas da noite na orvalhada?
Tens a face nas sombras mergulhada...
Sobre as névoas te libras vaporoso...

Baixas do céu num vôo harmonioso!...


Quem és tu, bela e branca desposada?
Da laranjeira em flor a flor nevada
Cerca-te a fronte, ó ser misterioso!...

Onde nos vimos nós? És d’outra esfera?


És o ser que eu busquei do sul ao norte...
Por quem meu peito em sonhos desespera?

Quem és tu? Quem és tu? – É minha sorte!


És talvez o ideal que est’alma espera!
És a glória talvez! Talvez a morte!...
Romantis
Características
O romantismo seria dividido em 3 gerações: mo
1ºgeração — As características centrais do
romantismo viriam a ser o lirismo, o
subjetivismo, o sonho de um lado, o 2ºgeração — Eventualmente também serão
exagero, a busca pelo exótico e pelo inóspito notados o pessimismo e um certo gosto pela
de outro. Também destacam-se o morte, religiosidade e naturalismo. A mulher
nacionalismo, presente da colectânea de era alcançada mas a felicidade não era
textos e documentos de caráter fundacional e atingida.
que remetam para o nascimento de uma 3ºgeração — Seria a fase de transição para
nação, fato atribuído à época medieval, a outra corrente literária, o realismo, a qual
idealização do mundo e da mulher e a denuncia os vícios e males da sociedade,
depressão por essa mesma idealização não se mesmo que o faça de forma enfatizada e
materializar, assim como a fuga da realidade irónica (vide Eça de Queiróz), com o intuito
e o escapismo. A mulher era uma musa, ela de pôr a descoberto realidades desconhecidas
era amada e desejada mas não era tocada. que revelam fragilidades. A mulher era
idealizada e acessível.
As Gerações
de
PoetasRomânt
icos
Romantis
1ª Geração mo
I - Denominação:
Nacional-Indianista.

II - Características:
Da Pátria
* Mitificação Do Índio

* Xenofobia
* Panteísmo
* Religiosidade
* Medievalismo
Romantismo – 1ª
Geração
Gonçalves Dias
Poesia:
* Primeiros Cantos
* Segundos Cantos
* Sextilhas de Frei Antão
* Últimos Cantos
* Os Timbiras
Teatro:
* Beatriz Cenci
* Leonor Mendonça
Temática:
* Nacionalismo, Indianismo,
Panteísmo, Lirismo Amoroso
Romantismo – 1ª
Canção do Exílio
Geração
Poesia Nacionalista

Minha terra tem palmeiras, Minha terra tem primores,


Onde canta o Sabiá: Que tais não encontro eu cá;
As aves que aqui gorjeiam, Em cismar – sozinho à noite –
Não gorjeiam como lá Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Nosso céu tem mais estrelas,
Onde canta o Sabiá.
Nossas várzeas têm mais
flores, Não permita Deus que eu
Nossos bosques têm mais morra,
vida, Sem que eu volte para lá;
Nossa vida mais amores. Sem que desfrute os primores
Que não encontro por cá;
Em cismar sozinho à noite,
Sem qu’inda aviste as palmeiras
Mais prazer encontro eu lá;
Romantismo – 1ª
Geração
Poesia Indianista
No meio das tabas de amenos verdores,
Cercados de troncos – coberto de flores,
Alteiam-se os tetos d’altiva nação;
São muitos seus filhos, nos ânimos fortes,
Temíveis na guerra, que em densas
coortes
Assombram das matas a imensa
extensão.

São rudos, severos, sedentos de glória,


Já prélios incitam, já cantam vitória,
Já meigos atendem à voz do cantor:
São todos Timbiras, guerreiros valentes!
Romantismo – 1ª
Geração
Poesia Lírico-Amorosa

Enfim te vejo! – enfim posso, Louco, aflito, a saciar-me


Curvado a teus pés, dizer-te D’agravar minha ferida,
Que não cessei de querer-te Tomou-me tédio da vida,
Pesar de quanto sofri. Passos da morte senti;
Muito pensei! Cruas ânsias, Mas quase no passo extremo,
Dos teus olhos afastado, No último arcar da
Houveram-me acabrunhado, esperança,
A não lembrar-me de ti! Tu me vieste à lembrança:
............................................ Quis viver mais e vivi!
Romantis
2ª Geração mo
I - Denominação:
* Ultra-Romantismo
* Byronismo
* Mal-do-Século
II - Características:
Melancolia
* Sentimentalismo Tédio
Niilismo
Sonho
* Escapismo Solidão
Morte
Byron
III - Influências: Goethe
Romantismo – 2ª
Álvares deGeração
Azevedo
Poesia:
* Lira dos Vinte Anos
* Conde Lopo
Conto:
* Noite na Taverna
Teatro:
* Macário
Fantasia
Evasão Sonho
Morte
Temas: Amor Idealização
Sensualidade
Góticos Macabros
Fantásticos
Romantismo – 1ª
Geração
Poesia de Escapismo
Se uma lágrima as pálpebras me inunda,
Se um suspiro nos seios treme ainda,
Eu
Só levo
deixo uma
É pelaavirgem
vida
saudade
como –deixa
é dessas
que sonhei... oque
tédio
sombras
nunca
Do
Quedeserto,
eu sentia
Aos o poento
lábios, velar
me nas
caminhoneiro
encostou noites
a face minhas...
linda!
Como
De ti,Sóóas
minha
tu horas, mãe!
de um
à mocidade pobre
longo
sonhadoracoitada
pesadelo
Que
Que Do
se
por desfaz
minha
pálido aotristeza
dobre
poeta de
te um
definhas!
deste flores... sineiro;
Se viveu, foi por ti! e de esperança
De meu
Como
Deonapai...
vida de
desterro meus
dede
gozar únicos
minh’alma
teus amigos,
amoreserrante,
Poucos
Onde fogo– bem poucosa–consumia:
insensato e que não zombavam
(...)
Quando,
Só levo uma em saudade
noites de–febre endoidecido,
é desses tempos
Descansem
tempos
Minhas pálidaso meu leito duvidavam.
crenças solitário
Na floresta dos homens esquecida,
Que Àamorosa ilusão embelecia.
sombra de uma cruz, e escrevam nela:
- Foi poeta - sonhou – e amou a vida.
Romantismo – 2ª
Poesia Irônica Geração
Poesia Gótica

Poetas! amanhã ao meu cadáver Cavaleiro das armas escuras,


Minha tripa cortai mais sonorosa!... Onde vais pelas trevas impuras
Façam dela uma corda e cantem nela Com a espada sangüenta na mão?
Os amores da vida esperançosa! Por que brilham teus olhos
ardentes
E gemidos nos lábios frementes
Vertem fogo do teu coração?
Cavaleiro, quem és? o remorso?
Do corcel te debruças no dorso...
E galopas do vale através...
Oh! da estrada acordando as
poeiras
Não escutas gritar as caveiras
E morder-te o phantasma os pés?
Romantis
3ª Geração mo
I - Denominação:
* Geração Hugoana
* Geração Condoreira
Sociais
II - Temas: Políticos
Humanitários
Lutas
Abolicionistas
III - Contexto:
Lutas
Republicanas

IV - Influências: Victor Hugo


Romantismo – 3ª
CastroGeração
Alves
Poesia:
* Espumas Flutuantes
* Os Escravos
* A Cachoeira de Paulo Afonso
Teatro:
* Gonzaga ou
A Revolução de Minas
Temas:
* Abolicionismo
* Liberalismo
* Lirismo Amoroso
* Escapismo
Romantismo – 3ª
Geração
Era um sonho dantesco... O tombadilho
Que das luzernas avermelha o brilho,
Em Sangue a se banhar.
Tinir de ferros... Estalar do açoite...
Legiões de homens negros como a noite,
Horrendos a dançar...

Negras mulheres, suspendendo às tetas


Magras crianças, cujas bocas pretas
Rega o sangue das mães:
Outras, moças... Mas nuas, espantadas,
No turbilhão de espectros arrastadas,
Em ânsia e mágoa vãs.
Romantismo – 3ª
Adormecida
Geração
Uma noite, eu me lembro... Ela dormia
Numa rede encostada molemente...
Quase aberto o roupão... solto o cabelo
E o pé descalço no tapete rente.

‘Stava aberta a janela. Um cheiro agreste


Exalavam as silvas da campina...
E ao longe, num pedaço do horizonte,
Via-se a noite plácida e divina.

De um jasmineiro os galhos encurvados,


Indiscretos entravam pela sala,
E de leve oscilando ao tom das auras,
Iam na face trémulos – beijá-la.
Romantismo – 3ª
O Século Geração
O séc’lo é grande... No espaço
Há um drama de treva e luz
Como o Cristo – a liberdade
Sangra no poste da cruz
Um corvo escuro, anegrado,
Das asas d’águia dos céus...
Arquejam peitos e frontes...
Nos lábios dos horizontes
Há um riso de luz... É Deus.
Romantismo – 3ª
Mocidade e Morte Geração
Morrer... quanto este mundo é um paraíso,
E a alma um cisne de douradas plumas:
Não! o seio da amante é um lago virgem...
Quero boiar à tona das espumas.
Vem! formosa mulher – camélia pálida,
Que banharam de pranto as alvoradas.
Minh’alma é a borboleta, que espaneja
O pó das asas lúcidas, douradas...
E a mesma voz repete-me terrível,
Com gargalhar sarcástico: - impossível!
Romantismo – 3ª
Boa-Noite Geração
Boa-noite, Maria! Eu vou-me embora.
A lua nas janelas bate em cheio.
Boa-noite, Maria! É tarde... É tarde...
Não me apertes assim contra teu seio.

Boa-noite!... E tu dizes – Boa-noite.


Mas não digas assim por entre beijos...
Mas não mo digas descobrindo o peito,
– Mar de amor onde vagam meus desejos.
Romantismo – 3ª
Geração
De tudo, ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momento


E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento.

E assim quando mais tarde me procure


Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa me dizer do amor (que tive):


Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure
Vinícius de Moraes
Componentes
Adailton
Jamile
Marianes
Livany
Maria da Conceição
Welligton

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