Você está na página 1de 44

A linguagem teatral I

3 TRI
1 E.M.
A linguagem teatral I

• O ESPAÇO TEATRAL
• DESDE OS TEMPOS MAIS ANTIGOS, OS ESPETÁCULOS TEATRAIS SÃO
REALIZADOS EM ESPAÇOS CONSTRUÍDOS ESPECIALMENTE PARA ELES.
• NA GRÉCIA ANTIGA, POR EXEMPLO,O ESPAÇO TEATRAL ERA UMA ÁREA
AMPLA ONDE SE APRESENTAVAM OS ESPETÁCULOS QUE ENVOLVIAM
TEATRO, DANÇA E MÚSICA.
• AS APRESENTAÇÕES ERAM ACOMPANHADAS POR UM GRANDE NÚMERO
DE PESSOAS.
A linguagem teatral I

TEATRO NA GRÉCIA ANTIGA


Teatro de Epidauro
•Construído em fins do século IV a.C.
•Envolviam dança, teatro e música;
•Eram construídos nas encostas das
colinas e tinham formato semicircular ou
semiarena;
•Cabia cerca de 12 mil pessoas em 55
fileiras de assentos;
•21 para cidadãos e 34 sacerdotes ou
governates
•Em pedra ou mármore
ORQUESTRA
• A arena circular no centro da construção
é chamada orquestra. Era nesse espaço
que os coros ficavam e as danças eram
apresentadas. O piso dessa área era de
terra batida ou revestido de pedra.
• Vale lembrar que, na Grécia antiga, os
espetáculos teatrais também envolviam
dança e música.
LOCAL DA ENCENAÇÃO
• Nos espaços teatrais da Grécia antiga,
as encenações ocorriam no proscênio,
espaço elevado localizado atrás da
orquestra.
• Nesse local, os atores podiam ser
vistos e ouvidos por todos os
espectadores.
• Atrás do proscênio ficava a skene,
onde os atores trocavam de roupa.
TEATRO EPIDAURO -
ACÚSTICA
•Embora o Teatro de Epidauro não seja
coberto, a propagação do som no local é
muito boa.
•Por essa razão, afirma-se que sua
acústica é perfeita. O modelo de
construção do teatro torna possível ouvir
perfeitamente os sons mesmo estando
em uma fileira da arquibancada mais ao
fundo.
•As máscaras também tinham um papel
fundamental na acústica dos espetáculos
gregos, uma vez que amplificavam e
direcionavam o som da voz dos atores.
• ORQUESTRA;
• ENCENAÇÃO: PROSCÊNIO;
• ACÚSTICA
Espaços cênicos
•A palavra teatro significa tanto o espaço no qual ocorrem apresentações
teatrais, de danças ou músicas, como a representação teatral em si.
•Qualquer forma de teatro, independentemente do estilo, precisa de um espaço
para ser apresentada.
•O espaço cênico é justamente o local onde são feitos os diversos gêneros de
representação teatral. É um espaço de infinitas possibilidades criativas e que
pode nos fazer pensar sobre como lidamos com nosso espaço do dia a dia, pode
ser um palco, um corredor, um ônibus, a rua, um picadeiro de circo, um tablado,
uma sala – enfim, qualquer lugar! Desde que haja lugar para os atores e para o
público estarem juntos ao vivo, todos os espaços são espaços cênicos em
potencial.
A linguagem teatral I

AS PRAÇAS COMO PALCO


TEATRO NA IDADE MÉDIA
•Teatro profano e religioso;
•Tablados instalados em praça
públicas;
•AUTOS TEATRAIS – episódios
da bíblia e vida dos santos;
•Os autos eram como procissão
e os tablados como estações.
Teatro Elisabetano
•O teatro elisabetano (também
conhecido por isabelino)
surgiu na época de
Shakespeare, durante o
reinado de Elizabeth I da
Inglaterra entre os séculos
XVI e XVII. Era construído
com partes cobertas e partes
em espaços abertos. Sua
principal característica é que
há uma plataforma que se
projeta para frente do palco e
o público fica ao redor dela,
bem próximo dos atores.
A linguagem teatral I

O PALCO ITALIANO
se caracteriza pela disposição frontal de palco
e plateia que forma uma caixa cênica que
delimita uma espécie de quarta parede
imaginária.
RENASCIMENTO;
•Atores atuam como se o público não
estivesse presente;
•Adotado no teatro ocidental;
A linguagem teatral I
COMMEDIA DELL’ ARTE

Surgiu na Itália no séc XVI;


Comédia do improviso;
Arte profana;
Ruas e praças públicas;
Itinerantes;
Formada por família de artistas;
Um ator fazia um mesmo personagem
por toda sua vida;
Personagens fixos;
Máscaras, figurinos, adereços, roteiros
(canovaccio);
Divertir;
Contribuição espontânea
A linguagem teatral I
O TEATRO DE GIL VICENTE

A revolução do teatro português


É considerado o primeiro teatrólogo português,
considerado o pai do teatro português.
Sua obra reflete a mudança dos tempos e a passagem da
Idade Média para o Renascimento.
Considerado o principal representante da literatura
humanista portuguesa.
Ampliou a diversidade temática e sofisica os meios de
encenação.
Em seus autos, criticava os costumes da sociedade
portuguesa do século XVI.
AUTOR de obras como: Auto da barca do inferno (1517);
Auto da Alma (1518) e Auto da Lusitânia (1532).
A linguagem teatral I
TEÓRICO DA ARTE TEATRAL: BERTOLT BRECHT

Dramaturgo alemão
• Foi um dos mais importantes dramaturgos do século XX.
• Suas criações foram fortemente influenciadas pelos
acontecimentos políticos e sociais da Alemanha pós-
guerra.
• O palco não deveria ser uma imitação da realidade,
determinada e sim construída e contada de diferentes
pontos de vista.
• Utilizou inúmeros recursos cênicos e dramatúrgicos:
canções, cartazes explicativos, projeções de imagens,
convocando a atenção da plateia para a discussão política
proposta pela peça.
• Os atores assumiam a função de narradores.
ESTRUTURAS PARA APRESENTAÇÕES
•Palco ou tablado: é o espaço visível para o público; é a área onde os atores
realizam suas cenas.
•Coxias: são os espaços de circulação interna, que não são visíveis ao público, por
onde passam atores e outros profissionais. Geralmente são feitas de tecidos
pendurados. Ficam nas laterais e no fundo do palco e ajudam na movimentação de
cenários e na entrada e saída dos atores durante as cenas.
•Boca de cena: é a frente do palco e geralmente é sua maior parte, possuindo a
maior largura do tablado.
•Vara de cenário ou de luz: é uma barra de metal ou madeira, usada para pendurar
cenários e equipamentos de luz.
•Fundo de cena: é a parte de trás do palco. Pode conter um ciclorama, que é uma
grande tela com armação em forma de "U" aberto e serve para integração dos
cenários, projeções ou criação de efeitos de céu ou infinito. Pode ser nas cores
branco, pérola, cinza ou azul claro.
Palco Italiano
Esse tipo de palco surgiu na Itália no
Renascimento.
O palco italiano serviu para criar cenários
muito realistas, o que fazia com que os
atores se relacionassem com cenários de
modo ilusionista, ou seja, como se
estivessem mesmo no local que o cenário
estava representando.
A diferença entre palco/atores e público
ficou bem demarcada.
Teatro reservado à elite, diferentemente
do teatro elisabetano.
TIPOS DE PEÇAS TEATRAIS

AUTO
•Criado na Espanha da Idade Média.

COMÉDIA
• Para fazer rir. Escondem profundas
críticas políticas, econômicas e
sociais, levando o público à reflexão
sem que seja feita uma crítica direta.
TIPOS DE PEÇAS TEATRAIS

DRAMA
•No drama, o sofrimento da vida
cotidiana, seja dos personagens
centrais ou de outros integrantes do
elenco, é explorada.
•O drama conta também histórias de
vida, que podem esconder lições ao
decorrer da peça.
TIPOS DE PEÇAS TEATRAIS

•FARSA
•Assim como na comédia, a sátira é um
elemento muito presente nas peças
teatrais produzida sobre esse estilo.
Porém, aqui, não há preocupação com a
verossimilhança. Ou seja,nada precisa
fazer sentido, assim como  o não
questionamento de valores. A moral aqui
não encontra lugar.  
TIPOS DE PEÇAS TEATRAIS

MELODRAMA
•Neste tipo de teatro, o drama é
acentuado, carregando nuances mais
intensas de sofrimento.
•Alguns aspectos da vida dos
personagens são trabalhados mais
intensamente, para dar mais
dramaticidade ao texto. 
TIPOS DE PEÇAS TEATRAIS

ÓPERA
•Na ópera, são combinadas falas e
música, aumentando ainda mais a carga
dramática da peça, mesmo que não se
trate de um drama.
MONÓLOGO
•No monólogo, toda a peça é conduzida
por um único ator. Ele interage com o
público e também consigo mesmo,
conversando como se estivesse
dialogando com outra pessoa.
TIPOS DE PEÇAS TEATRAIS
•STAND-UP COMEDY
•Em moda nos últimos anos,
o stand-up comedy é uma peça
de teatro com pitadas de humor e
apresentada por um comediante..
•Musical
•Aqui, o espectador confere uma
peça que une música, canções,
danças e diálogos que, ao
contrário da ópera, são falados e
não cantados.
A linguagem teatral I
TEATRO - linguagens cênica (o
corpo é o suporte)

TEATRO:
Nasceu na Grécia Antiga.
Vem do grego théatron, lugar
aonde se vai para ver;
Meio de educar os cidadãos;
Ligado a rituais sagrados;
Na Idade Média a igreja criou os
autos;
Renascimento surgiu os palcos
italianos;
BRASIL: teve inicio na época da
colonização;
Comédia e tragédia;
VOZ, GESTO, LUZ, ESPAÇO...
A linguagem teatral I

ELEMENTOS DO TEATRO:
• Os movimentos são os
vocábulos cênicos, expressão
fisionômica.
• Gestos, músculos, formam a
linguagem não-verbal.
• Estudo do espaço, figurino e
luz
A linguagem teatral I

Arte cênica: Mímico


Pantomima ou mimica;
O foco é o gesto, linguagem não verbal;
Originou-se na Grécia Antiga do ator
Pantomimus;
Cinema Mudo;
Charlie Chaplin (1889-1977)
Personagem CARLITOS
Atualmente: luvas brancas, maquiagem e
apresentação em ruas.
Dramaturgia da LUZ e do GESTO
A linguagem teatral I
• TEATRO DE FORMAS ANIMADAS

Trata-se de definir um conjunto de


técnicas nos quais recursos visuais
inanimados ganham vida através da
intervenção de um ou mais atores-
manipuladores. Representam
personagens autônomas, transmitindo
conteúdos vitais e conflitos existenciais.
Neste caso, podemos incluir
acertadamente todo o tipo de bonecos
animados (marionetas e fantoches, entre
outros), máscaras, sombras e silhuetas,
animação de objetos, imagem manipulada,
entre outros
A linguagem teatral I
• TEATRO DE SOMBRAS

É uma arte muito antiga de contar histórias


e de entretenimento que usa bonecos de
sombra. As imagens produzidas pelos
bonecos podem ter diversas cores e outros
tipos de detalhes. Muitos efeitos podem ser
alcançados através da movimentação tanto
dos bonecos quanto da fonte de luz. 
A linguagem teatral I
• PERFORMANCES NA DANÇA E NO TEATRO

A expressão é utilizada com maior frequência


no campo artístico. Geralmente, serve para
análises de apresentações como
malabarismo, mímica, mágica, teatro, canto e
dança. Nos EUA, durante o século XX, há o
surgimento de um gênero de arte chamado
Performance Art, resultante da síntese do
teatro, cinema, dança, poesia, música e artes
plásticas.
A linguagem teatral I
• TEATRO DE FANTOCHES, DEDOCHES,
BONECOS

Fantoche, boneco ou marionete são termos designados


no teatro cuja a apresentação é feita por meio de
manipulação. Tem origem relacionada com as
marionetes, que desde a Idade Média fazia parte das
encenações bíblicas. Na antiga China, Egito, Grécia e
Roma deram origem aos fantoches e dedoches.
A linguagem teatral II
TEATRO BRASILEIRO
3 TRI
1 E.M.
A linguagem teatral II
A HISTÓRIA DO TEATRO BRASILEIRO

Começa com a chegada dos portugueses em XVI;


Os jesuítas;
Companhia de Jesus
José de Anchieta: escrevera mais de 25 peças
teatrais; influenciado por Gil Vicente.
TEMA 3: Procurando pela arte

Catequização
Autos
Dança, música
Teatro religioso
A linguagem teatral II
A HISTÓRIA DO TEATRO BRASILEIRO

Durante o século XVII, surgem do teatro catequético,


outras manifestações teatrais. Com celebrações
populares, acontecimentos políticos. As pessoas usavam
adereços e máscaras e saíam dançando, cantando e
tocando pelas ruas.
O teatro romântico e a consolidação do3: teatro
TEMA nacional
Procurando pela arte

Chegada da família real portuguesa 1808


Edificação de teatros
Gosto europeu
Surgimento das comédias de costume (Martins Pena),
seus temas eram simples como casamento, heranças e
dotes, festas na roça e na cidade.
A linguagem teatral II
A HISTÓRIA DO TEATRO BRASILEIRO
O teatro realista
Segunda metade do século XX
Valoriza os problemas sociais, cotidiano e os
conflitos psicológicos
Os autores teatrais discutem temas como adultério,
a falsidade, o egoísmo e o casamento por interesse
TEMA 3: Procurando pela arte

Artur de Azevedo
A linguagem teatral II
A HISTÓRIA DO TEATRO BRASILEIRO

O Teatro moderno
Início do século XX
PEÇAS TRÁGICAS ou de óperas bem ao gosto
europeu
Ainda não recebera o refinamento
TEMA 3:das vanguardas
Procurando pela arte
europeias
Peça O Rei da Vela, de Oswald de Andrade, escrita
1930, encenada 1960.
A renovação do teatro aparece em 1943, em pleno
Estado Novo com a peça Vestido de Noiva, de
Nelson Rodrigues.
O REI DA VELA:
Escrita por Oswald de Andrade em
1933 e publicada em 1937.
Apresenta uma visão crítica abordando
de forma cômica e satírica os costumes
e os valores de sociedade da época.
A peça é dividida em três atos

Os dois personagens principais são: Aberlado I e


Aberlado II, proprietários da empresa
de agiotagem.
https://www.youtube.com/watch?v=DIaCa0RT6Us
GRUPO PARLAPATÕES:
Realizaram uma
adaptação da peça,
trazendo para cena o
autor Oswald de
Andrade como um
narrador inquieto
Adaptações no diálogo;
Cortou algumas cenas e
modificou a ordem do
texto original; É um grupo de SP; possui seu próprio espaço
Aproximando do teatral; dedicam-se a comédia; ao circo, trazendo
contexto político. as cenas humor crítico e provocativo.
Utiliza elementos populares e improviso, com
temas atuais da vida política do país.
https://
www.youtube.com/watch?v=27SZgk8uDlc
A MONTAGEM DO TEATRO OFICINA:
O TEATRO OFICINA realizou a primeira
montagem em 1967 da peça. Era um
grupo estudantil e depois tornou-se um
dos mais influentes e importantes grupos
de teatro.
José Celso Martinez dirigiu e foi um dos
idealizadores do TEATRO OFICINA.
Renato Borghi interpretou Aberlado I em
1967 e 2017.
A linguagem teatral II
A HISTÓRIA DO TEATRO BRASILEIRO

TBC – Teatro Brasileiro de Comédia


Peças para a burguesia e importava o repertório e a
técnica estrangeira
Teatro Arena
Promove a renovação e a nacionalização do pela
TEMA 3: Procurando teatro
arte
brasileiro. Opondo-se ao governo autoritário e ao
capitalismo vigente.
Teatro Oficina- O Rei da Vela
Formada por estudantes de teatro. Promovia uma
reflexão a respeito das questões sociais e políticas
do Brasil.
A linguagem teatral II
A HISTÓRIA DO TEATRO BRASILEIRO

Augusto Boal em Teatro Contemporâneo


• O teatro como ato político, resistência e protesto;
• Nasceu em 1931, RJ. Foi um dos mais importantes diretores e
pesquisadores teatrais brasileiros, além de dramaturgo e autor de
diversos livros.
• Estudou teatro nos Estados Unidos e, em seu retorno para o Brasil,
aproximou-se do Teatro de Arena. Trouxe TEMA 3:cena
Procurando pela arte
de textos de
autores brasileiros, discutindo questões sociais e do contexto
político;
• Lutava por uma sociedade mais justa e livre da repressão,
participando de inúmeras iniciativas de resistência política por
meio da arte.
• Foi exilado e desenvolveu estudos sobre o TEATRO DO OPRIMIDO,
passando por diversos países como Argentina, Portugal e França,
quando voltou ao Brasil, o disseminou através de palestras, cursos
e montagens.
A linguagem teatral II
A HISTÓRIA DO TEATRO BRASILEIRO

TEATRO DO OPRIMIDO
• É um método teatral que reúne diversos exercícios, jogos e técnicas.
• Uma ferramenta para a ação política, social, ética e estética, buscando
contribuir para a transformação social.
• Segundo Boal, a sociedade está dividida em dois grupos: o dos
opressores e o dos oprimidos.
TEMA 3: Procurando
• Levar os espectadores a repensar e a transformar pela arte
a realidade e a
sociedade em que vivem, eliminando a passividade.
• Espect-ator
• Teatro-jornal consiste na seleção e na interpretação de notícias de
jornal, tendo a improvisação e a espontaneidade como ferramenta. O
público vive situações relatadas nos jornais, criando novos desfechos.
• Teatro-fórum processo de criação em grupo, o público e os atores dão
opiniões sobre o desenvolvimento da peça e a solução do conflito
gerado na trama. O texto pode ser a obra de algum autor ou
construído pelo participantes.
TEMA 2: A proposição das linguagens
A rua é o lugar da linguagem
• O teatro popular de rua mistura dança, música, circo,
em uma combinação de várias linguagens,
considerado um arte híbrida.
• É uma arte antiga desde a pré-história, gregos,
período medieval. TEMA 3: Procurando pela arte

• Performances e intervenções artísticas são as


linguagens exploradas.
• Oferece oportunidades para as pessoas terem acesso
a discursos poéticos.
• Inclusão social.
• Espetáculos gratuitos para estimular a formação de
público e capacitar jovens para as artes.

Você também pode gostar