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Miguel de Cervantes
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Índice
Biografia
Infância
Juventude
Retrato de Cervantes, feito por Juan de
Em Lisboa Jáuregui, por volta de 1600 (esta
Idade adulta representação é a qual acredita-se estar mais
próxima àquela descrita pelo próprio
Vida literária Cervantes)
Morte Nascimento 29 de setembro de 1547
Teatro Alcalá de Henares, Castela,
Reino da Espanha, Império
Cronologia Espanhol (hoje Comunidade
de Madrid
Ver também
Morte 22 de abril de 1616 (68 anos)
Notas e referências Madrid, Castela, Reino da
Espanha, Império Espanhol
(hoje Comunidade de Madrid
batismo reza:
Domingo, nueve días del mes de octubre, año del Señor de mill
e quinientos e quarenta e siete años, fue baptizado Miguel, hijo
de Rodrigo Cervantes e su mujer doña Leonor. Baptizóle el
reverendo señor Bartolomé Serrano, cura de Nuestra Señora.
Testigos, Baltasar Vázquez, Sacristán, e yo, que le bapticé e
firme de mi nombre. Bachiller Serrano.
Em Lisboa
Cervantes descreve os lisboetas como agraváveis, corteses, liberais e apaixonados, embora discretos.
A formosura das mulheres admira e apaixona.[8]
Idade adulta
De volta a Castela se casa com Catalina de Salazar em 1584, vivendo algum tempo em Esquivias,
povoado de La Mancha de onde era sua esposa, e se dedica ao teatro.
Publica em 1585 A Galatea, o seu primeiro livro de ficção, no novo estilo elegante da novela pastoral.
Com a ajuda de um pequeno círculo de amigos, que incluía Luíz Gálvez de Montalvo, com o livro um
público sofisticado passou a conhecer Cervantes.
Encarcerado em 1597 depois da quebra do banco onde depositava a arrecadação, "engendra" Dom
Quixote de La Mancha, segundo o prólogo a esta obra, sem que se saiba se este termo quer dizer que
começou a escrevê-lo na prisão, ou simplesmente que se lhe ocorreu a ideia ou o plano geral ali.
Vida literária
https://pt.wikipedia.org/wiki/Miguel_de_Cervantes 2/5
28/08/2020 Miguel de Cervantes – Wikipédia, a enciclopédia livre
Finalmente, em 1605 publica a primeira parte de sua principal obra: O engenhoso fidalgo dom
Quixote de La Mancha. A segunda parte não aparece até 1615: O engenhoso cavaleiro dom Quixote
de La Mancha. Num ano antes aparece publicada uma falsa continuação de Alonso Fernández de
Avellaneda.
Entre as duas partes de Dom Quixote, aparecem as Novelas exemplares (1613), um conjunto de doze
narrações breves, bem como Viagem de Parnaso (1614). Em 1615 publica Oito comédias e oito
entremezes novos nunca antes representados, mas seu drama mais popular hoje, A Numancia, além
de O trato de Argel , ficou inédito até ao final do século XVIII.
Miguel de Cervantes morreu em 1616, parecendo ter alcançado uma serenidade final de espírito.
Morte
É bem notória a coincidência das datas de morte de dois dos grandes escritores da humanidade,
Cervantes e William Shakespeare, ambos com data de falecimento em 23 de abril de 1616. Porém, é
importante notar que o Calendário gregoriano já era utilizado na Castela desde o século XVI,
enquanto que na Inglaterra sua adopção somente ocorreu em 1751. Daí, em realidade, William
Shakespeare faleceu dez dias depois de Miguel de Cervantes.[carece de fontes?]
Cervantes, por outro lado, teria morrido em 22 de abril de 1616, sexta-feira, tendo sido registada a
morte no sábado, dia 23, em sua paróquia, em San Sebastián. Conforme costume da época, no registo
constava a data do enterro. Em 23 de abril é comemorado o Dia do Livro na Espanha.[1]
Em 2011, um grupo de investigadores históricos e arqueólogos iniciaram uma busca pelos ossos do
autor Miguel de Cervantes na igreja conventual das Trinitarias em Madrid, onde os seus restos
mortais foram depositados em 1616, não se sabendo exactamente em que parte do monumento. A
iniciativa, que permite reconstruir o rosto do escritor, até agora só conhecido através de uma pintura
do artista Juan de Jauregui, conta com o apoio da Academia Espanhola e o aval do arcebispado
espanhol.
A igreja foi remodelada no final do século XVII, e apesar das certezas de que os restos do escritor
espanhol ali se encontram, ninguém sabia o lugar exacto onde estará a sua campa.
A descoberta e consequente análise das ossadas do autor espanhol poderão ainda ajudar os
investigadores a determinar as causas da morte de Cervantes, que se acredita que tenha morrido de
cirrose[9].
Em fevereiro de 2014 a Comunidade Autônoma de Madri autorizou a busca pelos restos mortais de
Cervantes e de Catalina, supostamente enterrados no subsolo do Convento de Las Trinitarias
Descalzas, com o uso de radar.[10] Em março de 2015 o time multidisciplinar liderado por Francisco
Etxeberría confirmou o descobrimento dos restos mortais de Cervantes, identificados pelas iniciais
"M.C." em seu caixão. Apesar de uma análise de DNA para confirmar se os restos são de Cervantes
não ser possível (devido ao fato de que não são muitos os descendentes vivos do dramaturgo para
realizar uma comparação do DNA), o time responsável pela descoberta usou outras informações,
como as iniciais no caixão e o fato de que Cervantes pediu para ser enterrado ali, para chegar a
conclusão; "São muitas as coincidências e não há discrepâncias. Todos os membros da equipe estão
convencidos de que temos entre os fragmentos algo de Cervantes, embora não possamos dizer em
termos de certeza absoluta", afirmou Etxeberría.[11][12][13][14]
Teatro
https://pt.wikipedia.org/wiki/Miguel_de_Cervantes 3/5
28/08/2020 Miguel de Cervantes – Wikipédia, a enciclopédia livre
A única peça teatral trágica a sobreviver de Cervantes é O cerco de Numancia, na qual é encenada a
resistência desesperada da população desta cidade ibera contra as forças romanas que querem
conquistá-la.
Já o volume Oito comédias e oito entremezes nunca antes representados traz um excelente exemplo
do humor cervantino, com seu pleno domínio das convenções da época; curioso notar as diferenças
de tratamento existentes entre a novela exemplar O ciumento de Extremadura e o entremez O velho
ciumento, que apresentam basicamente a mesma história - a do marido que, para evitar ser traído,
tranca a mulher em casa e proíbe-lhe qualquer contacto com o mundo externo: Cervantes sacrifica,
na peça, boa parte da sutileza da novela para produzir um efeito cômico mais imediato.
Cronologia
1547 — Nasce Miguel de Cervantes Saavedra.
1551 — O pai, Rodrigo, é preso por causa de dívidas de jogo.
1566 — A família instala-se em Madrid.
1569 — Após incidente no qual teria ferido um homem, deixa Madrid e vai morar em Roma.
1571 — Participa da batalha de Lepanto, contra os turcos. Ferido em combate, tem a mão
esquerda inutilizada.
1575 — Capturado por corsários, é levado para Argel, com seu irmão Rodrigo, onde fica cinco
anos em cativeiro.
1581 — Vai para Lisboa, onde escreve peças de teatro.
1584 — De um romance com Ana Franca, nasce Isabel de Saavedra. Casa-se com Catalina de
Palácios Salazar.
1585 — Publica La Galatea. Morte do pai.
1587 — É nomeado comissário real encarregado de recolher azeite e trigo para a Armada
Invencível.
1593 — Morte da mãe. Publicação do romance La casa de los celos.
1597 — É preso em Sevilha, após ser condenado a pagar dívida exorbitante.
1598 — Deixa a prisão. Morte de Ana Franca.
1605 — É publicada a primeira parte de Dom Quixote.
1613 — Ingressa na Ordem Terceira de São Francisco. Publicação de Novelas exemplares.
1614 — Surge uma continuação de Dom Quixote, escrita por Avellaneda.
1615 — Cervantes publica a segunda parte de Dom Quixote.
1616 — Morre em Madrid, no dia 22 de abril.
Ver também
Prémio Miguel de Cervantes
Notas e referências
[a] ^A sua assinatura é grafada Cerbantes com um b, mas ele passou a ser conhecido com a ortografia
Cervantes, usada pelos publicadores de suas obras. Saavedra era o sobrenome de um parente distante.
Ele adotou como seu segundo sobrenome após seu retorno da Berbéria.[15] Os primeiros documentos
assinados com os dois nomes de Cervantes, Cervantes Saavedra, aparecem vários anos depois de sua
repatriação. Ele começou a acrescentar o segundo sobrenome (Saavedra, um nome que não
corresponde à sua família imediata) ao seu patronímico em 1586-1587, nos documentos oficiais
relacionados com o seu casamento com Catalina de Salazar.[16]
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