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Comportamento e defesa do consumidor

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Em nossa segunda aula dando continuidade ao estudo do Código de Defesa do


Consumidor (CDC), vimos que o mesmo foi estruturado a partir de uma série de
princípios que orientam a aplicação de suas normas nas mais variadas situações
Dentre os vários princípios informativos do CDC foram abordados os seguintes
a) Princípio do Protecionismo do Consumidor – Previsto no Artigo 1º da Lei
8078/90 e também no artigo 5º, XXXII da Constituição Federal coloca a proteção
ao consumidor como direito inerente à dignidade da pessoa humana. b) Princípio
da Vulnerabilidade do Consumidor – Segundo esse princípio, previsto no artigo 4º,I
do CDC, o consumidor é vulnerável diante do mercado de consumo – No âmbito
da tutela especial do consumidor, efetivamente, é ele sem dúvida a parte mais
fraca, vulnerável, se tiver em conta que os detentores dos meios de produção é
que detêm todo o controle do mercado, ou seja , sobre o que produzir e para quem
produzir, sem falar-se na fixação de suas margens de lucro
c) Princípio da Hipossuficiência do Consumidor – Artigo 6º, VIII, CDC- Todo
consumidor é vulnerável, mas nem sempre hipossuficiente. Morfologicamente a
palavra hipossuficiente deriva da união do prefixo hipo (posição inferior) com a
palavra suficiente (capaz, apto), como condição de menos apto ou inferiormente
capaz, sendo assim, uma condição de dependência.
Os conceitos prescindem de contextualização, a concepção jurídica que restringe
o conceito de hipossuficiente aos hipossuficientes economicamente origina de uma
doutrina que restringe o fenômeno da desigualdade social a preceitos puramente
econômicos.
A diferença entre a vulnerabilidade e hipossuficiência é que a primeira é um traço
universal de todos os consumidores, ricos ou pobres, educadores ou ignorantes,
crédulos ou espertos. Já a hipossuficiência é marca pessoal, limitada a alguns -
até mesmo a uma coletividade - mas nunca a todos os consumidores.
Dentro deste contexto específico de relação de consumo deve haver uma
harmonia, caracterizada pelo equilíbrio da relação entre consumidor e fornecedor
de produtos e serviços e referido equilíbrio só será atingido se as partes envolvidas
agirem de acordo com a chamada “boa fé” que pode ser definida como um
comportamento ético e probo que uma parte deve ter em relação a outra. O CDC
também consagrou o princípio da boa fé em vários de seus dispositivos podendo
ser destacado o artigo 9º onde se lê “ O fornecedor de produtos e serviços
potencialmente nocivos ou perigosos à saúde ou segurança deverá informar, de
maneira ostensiva e adequada, a respeito da sua nocividade ou periculosidade,
sem prejuízo da adoção de outras medidas cabíveis em cada caso concreto
Como se viu o Código de Defesa do Consumidor deve ser aplicado à luz dos
princípios acima expostos. A maneira de efetivamente se aplicar referidas normas,
será vista nas próximas aulas

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