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Tratamento Térmico (Processos de Fabricação)
Tratamento Térmico (Processos de Fabricação)
NITERÓI,
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ABRIL DE 2011
I. Introdução
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II. HISTÓRICO
O nome de magnésio provém de Magnésia, nome de cidade da Ásia.Embora os
compostos de magnésio fossem conhecidos de longa data somente em 1975 Black
caracterizou-o como elemento. Foi obtido pela primeira vez por Humphry Davy numa
forma impura, sendo só em 1928 obtido no seu estado puro por Bussy e Liebig. É o
sexto elemento em abundância, constituindo cerca de 2,76% da crosta terrestre, e o
terceiro metal mais usado,na sequência de ferro e alumínio.
É um metal cinza-prateado que é principalmente usado como elemento de liga para
o alumínio, zinco e outras ligas não-ferrosas. O magnésio é dúctil e o mais maquinável
de todos os metais.
Na natureza, este elemento encontra-se na água dos oceanos, em salinas naturais e
em rochas como a dolomite, MgCa (CO₃)² ou a Magnesita , MgCO₃ em plantas fazendo
parte da clorofila e existindo também como componente essencial no corpo humano.
Não é encontrado em forma pura, porém entra na composição de mais de 60 minerais,
sendo os mais importantes industrialmente os depósitos de dolomita, magnesita, brucita,
carnallita, serpentina, kainita e olivina.
Os principais minerais são a Magnesita (carbonato de magnésio, MgCO₃) e a
dolomita (carbonato duplo de cálcio e magnésio, (MgCa(CO₃)²). Água do mar contém
cerca de 1300 ppm de magnésio em peso, na forma de cloreto (MgCl2)O metal é obtido
principalmente pela eletrólise do cloreto de magnésio fundido (MgCl₂), método que já
foi empregado por Robert Bunsen, obtendo-o de salmouras e água de mar ou de
salmouras ricas em sais de magnésio..Também pode ser produzido pela redução direta
de um minério com um agente redutor adequado (exemplo: dolomita (dolomite)
calcinada (MgO.CaO), óxido de magnésio (MgO) com ferrossilício. Industrialmente, só
a eletrólise é usada.
Tungsténio (W)
Estanho (Sn) Gráfico 1 – Densidades de
Cobre (Cu) alguns elementos.
Niquel (Ni)
Ferro (Fe)
Zinco (Zn)
Titânio (Ti) O magnésio é o mais leve dos metais
Alumínio (Al)
Berílio (Be)
estruturais com a densidade de 1,74 g/cm3
Magnésio (Mg) como mostra a tabela acima. O magnésio é
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20
um metal reativo usualmente encontrado na
Densidade (ton/m^3) natureza sob a forma de óxido, carbonato ou
silicato, muitas vezes em combinação com o
cálcio.
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- a sua tendência á formação de compostos intermetálicos com outros metais;
- a sua alta reatividade;
- a sua baixa densidade.
Número atômico 12
Massa atômica 24,31
Cor Cinza prateado
Densidade 1, 738 g/cm-3 a 20ºC
Ponto de fusão 650ºC
Ponto de ebulição 1103ºC
Estrutura cristalina HCP
Calor de combustão 25020 kJ*kg-1
Temperatura da chama ~2800ºC
Calor de fusão 368 kJ*kg-1
Calor de vaporização 5272 kJ*kg-1
Calor específico 1025 J*K-1 a 20ºC
Pressão de vapor 360 Pa a 650º
Estado de valência Mg2+
Viscosidade 1,25
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3.1 Ligas Mg-Al
As ligas de Mg-Al-Zn têm uma importância industrial pois apresenta uma boa
combinação de baixo peso, resistência mecânica e resistência à corrosão. A adição de
zinco aumenta a resistência desta ligas por solução sólida e precipitação.
O aumento do teor deste elemento pode provocar um aumento da microporosidade
e da contracção neste tipo de ligas. Estas não são particularmente resistentes ou dúcteis
mas têm baixa densidade e são relativamente de fácil produção. Têm o inconveniente de
não poderem ser aplicadas a uma temperatura superior a 95ºC.A liga AZ91 é a mais
utilizada, é também a que tem maior produção na fundição injectada.
A resistência à corrosão do magnésio em condições normais pode ser melhorada
com a diminuição dos teores de impurezas de ferro, níquel e cobre.Temos como
exemplo a liga de alta pureza AZ91D.
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Estas ligas apresentam excelentes propriedades mecânicas, no entanto não têm uma
vasta aplicação devido à sua susceptibilidade à microporosidade durante o vazamento;
não são soldáveis devido à elevada quantidade de zinco (5 a 6%) e sofrem fissuração a
quente. O zinco permite um aumento da resistência da liga, enquanto o zircónio refina o
grão.
Para aplicações a temperaturas entre 200 e 250ºC foram desenvolvidas as ligas Mg-
Ag-Terras Raras e Mg-Y-Terras Raras. Com o objectivo de melhorar as propriedades
mecânicas a altas temperaturas surgiu a liga QE22A a prata substitui algum zinco e as
propriedades mecânicas são melhoradas pela acção de afinação do grão através do
zircónio. A utilização de ítrio (Y) surge para ultrapassar os problemas inerentes ao tório
e à prata. O primeiro causa problemas ambientais e a prata tem um preço muito instável.
Na liga WE54A, o ítrio aparece em quantidades de 5 % combinado com o elemento
terras raras. Esta liga tem melhores propriedades a altas temperaturas e tem uma
resistência à corrosão quase tão boa como as ligas de alta pureza do tipo Mg-Al-Zn.
Hoje em dia, algumas indústrias de fundição injetada já fazem a sua própria
refusão. Entretanto o custo de uma operação desta maneira,incluindo controle
ambiental,é considerado um pouco alto e talvez não se torne um investimento atrativo.
Equipamento especial é fundamental para que se possa assegurar a qualidade do metal
obtido a partir do sistema de reciclagem.
As ligas de magnésio estão cada vez mais a ser usadas devido às suas excelentes
propriedades, tais como:
- alta resistência;
- baixa ductilidade;
- baixo ponto de fusão;
- boa maquinabilidade;
- soldável;
- boa resistência à corrosão;
- boa resistência à fadiga;
- alta resistência ao impacto.
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A maior desvantagem apresentada pelo magnésio e pelas suas ligas reside na fraca
resistência à corrosão. Como todos os metais muito oxidáveis, a sua estabilidade só
pode ser conseguida por meio de proteção adequada da superfície. O magnésio e suas
ligas não formam uma película natural de óxido que proteja o metal. As ligas de
magnésio escurecem quando expostas ao ar, pela formação de uma camada de hidróxido
de magnésio ou de carbonato de magnésio, a qual não impede a continuação do ataque.
Para aplicações sujeitas a instabilidades térmicas é importante que o metal seja
polido e isento de bolhas podendo estas ser regiões de acumulação de umidade. As ligas
que forem empregues em ambientes salinos devem ser cuidadosamente protegidas.
Nas ligas de magnésio, a diminuição da resistência mecânica provocada pela
corrosão pode ser estimada pela intensidade do ataque superficial.
Todas as ligas de magnésio obtidas por fundição injetada podem ser recicladas. Os
diferentes tipos de retornos podem ser classificados conforme a qualidade do metal
primário pela seleção do processo de reciclagem correto.
Estes retornos podem ser obtidos a partir do material não utilizado estando em
muitos casos cobertos com óleo ou tinta que deverá ser removida antes de uma nova
fusão. Porém todo cuidado deve ser tomado em conta de modo a evitar a contaminação
do fundido.
Uma série de processos de reciclagem está em uso, baseada no uso de fluxos
purificados assim como métodos de fluxos livres.O material de retorno é, em primeiro
lugar, fundido com a proteção de um fluxo e depois refinado no mesmo tipo de
refinamento e forno de fundição como o usado para o metal primário.
O produto resultante tem as mesmas especificações do metal, primárias sendo as
suas propriedades indistinguíveis do derivado da fonte primária do metal.
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efectuados vão alterar as propriedades do material, tais como ductilidade, resistência à
tracção, dureza, etc.Um dos grandes objetivos dos tratamentos térmicos é a redução da
dilatação das peças quando submetidas a elevadas temperaturas de serviço.
Este tratamento térmico tem como principal objectivo a obtenção do máximo alívio
de tensões e da mínima dilatação que as peças apresentam, quando sujeitas a elevadas
temperaturas.
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As ligas de magnésio têm uma vasta aplicação resultante das suas excelentes
propriedades, dentro das quais se podem referir a sua dureza, resistência ao impacto,
baixa densidade, etc.
Estas ligas aplicam-se na indústria automóvel, aeroespacial, equipamentos
comerciais, etc. Alguns dos exemplos são a seguir ilustrados (Figura 1 e 2).
A imagem abaixo mostra como os veículos tem uma ampla aplicação das ligas de
magnésio,hoje em dia mais de 60 peças são utilizadas pela indústria
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automobilística,sendo considerada cerca de 2,74kg/veículo de ligas de magnésio no
Brasil,contra 4,4 kg/veículos no Mercado mundial.
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A primeira letra indica o elemento de liga que se encontra em mais alto teor. As
duas letras são seguidas de números que indicam as composições nominais
(Percentagens em peso) dos principais elementos de liga. As letras “A”, “B” etc, no
final referem-se a variações da composição nominal. A última parte indica o tratamento
térmico e/ou mecânico efetuado na liga:
F – Não tratado
O – Recozido
H10 e H11 – Levemente Encruado
H23, H24, H26 – Encruado e parcialmente recozido
T4 – Tratamento térmico de solubilização
T5 – Envelhecido artificialmente
T6 – Tratamento térmico de solubilização e envelhecido artificialmente (T4 e T5)[4]
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Temperatura LIGA
(ºC) AZ92A-T6 ZK51A-T5 ZH72A-T5 EZ33A-T5 HZ32A-T5 HK31A-T6
50 15,6 16,8 18,0 11,1 9,6 11,6
100 14,1 14,3 15,9 10,4 8,5 11,1
150 11,6 12,0 13,6 9,5 7,7 10,6
200 8,6 9,4 10,8 8,0 7,0 10,1
250 6,0 6,5 7,6 6,3 6,4 9,4
300 3,9 4,6 5,0 5,1 5,7 8,5
350 4,2 5,1 6,7
X. Conclusão
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Um dos principais motivos para o uso do magnésio e suas lugas mundiais é a
economia de combustível,particularmente na indústria automóvel,ou seja,tem objetivos
é a produção de automóveis mais leves, portanto, há uma grande interesse da
substituição do aço por metais estruturalmente mais leves ( Mg e Al).São interessantes
também devido a provavel rapidez na fundição,a redução dos custos de maquinagem,
redução do custo de transporte dos materiais devido à sua menor massa.
As ligas de magnésio possuem propriedades bem atrativas, porém um dos motivos
do qual é evitado seu uso é a baixa resistência a corrosão especialmente em ambientes
ácidos e em condições de água e sal.
No entanto as aplicações do magnésio e suas ligas vêm crescendo a cada dia,
existem vantagens e desvantagens para seu uso, porém existe um problema com esse
uso tão crescente, pois a procura dos seus fundidos tem aumentado cerca de 15% ao
ano,ultrapassando a sua produção.Por essa razão o preço do magnésio é elevado,não
havendo incentivo no seu uso
XI. Bibliografia
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Avedesian, M.M., Baker, H., ASM Specialty Handbook, Magnesium and
magnesium alloys, 1999.
Polmear, I.J., Light alloys: metallurgy of the light metals, Third edition, 1995,
Arnold, London, ISBN 0-340-63207.
Smith, W.F., Structure and properties of engineering alloys, second edition,
1993, McGraw-Hill, ISBN 0-70-112829-8.
Kainer, K.U. (editor), Magnesium alloys and technology, DMG,2003, WILEY-
VCH, ISBN 3-527-30256-5.
www.sut.ac.th/
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