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Índice

Introdução 3
Mercado 4
EPS na Construção Civil 4
Lajes Industrializadas 4
Fabricação 5
Matéria-prima do EPS 5
Processo de Fabricação 5
Pré-expansão 6
Armazenamento Intermediário 6
Moldagem 6
Estrutura e Equipamentos 6
Investimentos 6
Diversificação 7
Bibliografia 8
Introdução
EPS é a sigla internacional do Poliestireno Expandido, de acordo com a Norma DIN
ISSO-1043/78. No Brasil, é mais conhecido como "Isopor®", marca registrada da Knauf
Isopor Ltda., e designa, comercialmente, os produtos de poliestireno expandido,
comercializados por essa empresa.
O EPS foi descoberto em 1949 pelos químicos Fritz Stastny e Karl Buchholz,
quando trabalhavam nos laboratórios da Basf, na Alemanha.
O EPS é um plástico celular rígido, resultante da polimerização do estireno em
água. Em seu processo produtivo não se utiliza e nunca se utilizou o gás CFC ou
qualquer um de seus substitutos. Como agente expansor para a transformação do EPS
emprega-se o pentano, um hidrocarboneto que se deteriora rapidamente pela reação
fotoquímica gerada pelos raios solares, sem comprometer o meio ambiente.
O produto final é composto de pérolas de até 3 milímetros de diâmetro, que se
destinam à expansão. No processo de transformação, essas pérolas são submetidas à
expansão em até 50 vezes o seu tamanho original, através de vapor, fundindo-se e
moldando-se em formas diversas.
Expandidas, as pérolas consistem em até 98% de ar e de apenas 2% de
poliestireno. Em 1m³ de EPS expandido, por exemplo, existem de 3 a 6 bilhões de células
fechadas e cheias de ar.
Os produtos finais de EPS são inodoros, não contaminam o solo, água e ar, são
100% reaproveitáveis e recicláveis e podem voltar à condição de matéria-prima.
O EPS tem inúmeras aplicações em embalagens industriais, artigos de consumo
(caixas térmicas, pranchas, porta-gelo etc.) e até mesmo na agricultura. É na construção
civil, porém, que sua utilização é mais difundida.
O EPS é comprovadamente um material isolante. Sem ele, os países mais
evoluídos não construiriam de modo atualizado e econômico, visando a economia de
energia.
Nos últimos 35 anos esse material ganhou uma posição estável na construção civil,
não apenas por suas características isolantes, mas também por sua leveza, resistência,
facilidade de manuseio e baixo custo.
Algumas vantagens do EPS são: baixa condutividade térmica, baixo peso,
resistência mecânica, baixa absorção de água, facilidade de manuseio, versatilidade,
resistência ao envelhecimento, absorção de choques e resistência à compressão.
Ele é produzido em duas versões: Classe P, não retardante a chama, e Classe F,
retardante a chama. Possui também três grupos de massa específica aparente:

• Grupo I: de 13 a 16 Kg/m³;
• Grupo II: de 16 a 20 Kg/m³;
• Grupo III: de 20 a 25 Kg/m³.

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Mercado

No mundo todo são consumidos anualmente cerca de 2,5 milhões de toneladas de


EPS. No Brasil, esse consumo pulou de 9 mil toneladas em 1992 para 36,5 mil no ano
passado, um aumento de quase 300%.
O poliestireno expandido é comercializado em placas de 100 x 50 cm (variando as
espessuras).
O concreto leve fabricado com o EPS pode ser aplicado na regularização de lajes,
em painéis, pré-fabricados (lajotas, blocos vazados, pilares para muros), bancos para
ambientes externos, base para montagem de sofás, balcões, camas e quadras de
esporte.
Reciclados, os blocos, placas e utensílios de EPS podem ser remodelados para
aplicações que não exijam aparência e características mecânicas homogêneas.

EPS na Construção Civil


Dentre várias utilizações do EPS na construção civil, uma delas é para enchimento
de lajes, substituindo o tijolo.
O EPS tem características muito favoráveis para utilização como enchimento de
lajes. É leve, podendo ser usado até com 10 kg/m³. É resistente apesar de muito leve,
chegando a 50 KPa nos materiais produzidos dentro das normas da ABNT, classificação P
I (NBR 11752).
O EPS não serve de alimento a qualquer ser vivo inclusive micro organismos e,
portanto, não favorece a presença de cupim, nem apodrece.
Sendo um excelente isolante térmico e com baixa absorção de água (Max. de 5%
em volume na classificação P I), permite uma cura do concreto bem melhor e mais rápida.
O EPS é fornecido em blocos de 2 a 6 metros de comprimento, com seção de 0,50
x 1,00m a 1,20 x 1,20m. De acordo com o projeto, poderá ser facilmente cortado em
blocos menores ou fornecido já no tamanho necessário, com perfeição dimensional difícil
de obter com outros materiais. O peso próprio das lajes com enchimento de EPS é com
isso bastante aliviado, sendo importante que o cálculo seja especificado para uso do EPS,
reduzindo-se, portanto todo o dimensionamento da estrutura e das fundações.
Usado em lajes nervuradas em uma só direção ou em grelha, permite o
acabamento num único plano inferior, com grande economia de cimbramento, mão-de-
obra e tempo.

Lajes Industrializadas

Lajes industrializadas são lajes nervuradas, porém pré-fabricadas, que utilizam


tradicionalmente tijolos cerâmicos ou blocos de concreto como elemento de
preenchimento. Sendo que o uso de tais materiais contribui significativamente com o peso
próprio da laje, além disse permitem perdas na quebra de elementos com consequente
vazamento do concreto.
Com o uso do EPS como elemento de preenchimento há um alívio no peso próprio
da laje, o que culmina na redução do dimensionamento da mesma tornando-a mais

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econômica, além de permitir, também, redução no dimensionamento do restante da
estrutura.
Abaixo são listadas algumas vantagens no uso do EPS para preenchimento de
lajes:

• É fornecido como peça pronta, geralmente com comprimento de 1 metro;


• Seu corte é fácil e os pedaços cortados poderão servir para outro trecho da laje.
Com isso temos perdas quase nulas;
• A instalação se dá da mesma forma que tijolos e blocos de cimento, mas com
menos esforço e de forma mais rápida, permitindo uma economia de mão-de-obra
de quase 50%;
• Não há quebra de blocos e nem vazamentos durante a concretagem;
• Após a instalação a superfície inferior se mantém limpa e bem plana permitindo um
revestimento com menor consumo de argamassa.

Fabricação

Matéria-prima do EPS

A matéria-prima do EPS é o poliestireno (PS) expansível que é um polímero de


estireno que contém um agente expansor.
O PS expansível é obtido a partir de petróleo por meio de diversas transformações
químicas e apresenta-se sob a forma de pequenos grânulos.

Processo de Fabricação

Durante a fabricação do EPS a matéria-prima é sujeita uma transformação física,


sem alteração das suas propriedades químicas. Essa transformação se dá em três
etapas:

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• Pré-expansão

A expansão do PS expansível é efetuada num pré-expansor através de


aquecimento por contato com vapor d'água. O agente expansor incha o PS para um
volume cerca de 50 vezes o volume original. O resultado é um granulado de partículas de
EPS constituída por pequenas células fechadas, que é armazenado para estabilização.

• Armazenamento Intermediário

A etapa de armazenamento é para a estabilização do EPS, nessa fase o granulado


arrefece; o que cria uma depressão no interior das células, e este espaço é preenchido
pelo ar circundante.

• Moldagem

O granulado estabilizado é introduzido em moldes e novamente exposto a vapor


d'água, provocando a soldura do granulado, obtendo-se um material expandido, rijo e com
grande quantidade de ar.
A escolha do tipo de matéria-prima e a regulação do processo de fabricação
permitem a obtenção de uma ampla gama de tipos de EPS, com diversas densidades,
cujas características se adaptam às aplicações previstas.

Estrutura e Equipamentos

É necessária uma estrutura mínima para fabricação do EPS, a saber:

• Uma área de mais ou menos uns 100m²


• Máquinas pré-expansoras podendo ser computadorizados que proporcionam um
perfeito controle do vapor que irá expandir as "pérolas" (matéria-prima) em até 50
vezes o seu volume;
• Moldadoras metálicas onde vão ser moldados os produtos;
• Formas para produção de blocos;
• Equipamentos de corte, entre outros.
• Máquinas chamadas de queimadores;
• Moinhos para flocagem, também chamados de flocadores;
• Máquinas para cortes especiais, tipo calhas, cones, molduras, cilindros, meia
colunas, ângulos, etc.;

De acordo com o tamanho do negócio poderá ser necessário no mínimo 2 pessoas


no processo de fabricação; 1 funcionário e o próprio empreendedor.

Investimento

Segundo o Sr. Dino da BRASIPOR Ltda., os investimentos para quem esta


começando é a aquisição de 100m³ de material que custa, em média, R$800,00 e a
aquisição do maquinário básico que custa, em média, R$ 4.000,00
Um veículo tipo utilitário se faz necessário a partir do momento do aumento do
volume de vendas.
O retorno do investimento ocorre, em média, nos 3 primeiros meses onde não há
concorrência e 6 meses onde há concorrência.

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Diversificação

A versatilidade do material e a facilidade com que se trabalha o EPS tornam o


campo de aplicações ilimitado.
Desde a construção de cenários e maquetes, aos brinquedos e acessórios para
desportos náuticos, aos moldes para peças de fundição, entre tantas mais possibilidades,
o único limite para o EPS é o da imaginação. Da área educativa à área lúdica, da
industrial à comercial, o EPS está presente para estimular a nossa criatividade.

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Bibliografia

• http://www.abrapex.com.br/01OqueeEPS.html Em 09/05/2011
• http://www.arq.ufsc.br/labcon/arq5661/trabalhos_2004-2/isopor/fabrieps.htm: Em 09/05/2011
• http://www.acepe.pt/eps/eps_fab.asp Em 23/05/2011
• http://macroterm-jjn.no.comunidades.net/index.php?pagina=1162872661 Em 24/05/2011
• http://www.sebrae-sc.com.br/credito/default.asp?vcdtexto=2888& Em 24/05/2011

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