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Centro de Ciências Biológicas e Sociais Aplicadas
Centro de Relações Internacionais
Bacharelado em Relações Internacionais

Disciplina: Introdução à História


Professor: Eliete Gurjão
Aluno: Alysson Juan Dantas Bernardino
Período: 1º
Nº de Matricula: 111.520.282
Data: 30/05/2011
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Aqui serão estudados os capítulos 1, 2 e 3 do livro ͞O trato dos Viventes͟


O livro ͞O Trato dos Viventes ʹ A Formação do Brasil no Atlântico Sul͟ de
Luís Felipe de Alencastro, Companhia das Letras, 2000; traz como argumento
principal a questão de que ͞a colonização portuguesa, fundada no escravismo
deu lugar a um espaço econômico e social bipolar, englobando uma zona de
produção escravista situada no litoral da América do Sul e uma zona de
reprodução de escravos centrada em Angola͟ (Pág. 9)o autor afirma que as
duas partes͞se completam um só sistema de exploração colonial͟ (Pág. 9).
Os conflitos entre portugueses, espanhóis e holandeses no século XVII
permitem ignorar o funcionamento deste sistema e as particularidades que o
marcaram naquele século. Os traficantes portugueses arremataram todos os
O  leiloados pela Coroa Espanhola durante a União Ibérica. Assim eles
passaram a controlar o mercado escravista hispano-americano. A mão de obra
de africanos se tornava necessária pela grande mortalidade indígena no
trabalho das minas, mas a Espanha não tinha estrutura para fazer seu próprio
tráfico. Os desembarques dos assentistas se concentravam em Cartagena, Vera
Cruz e Buenos Aires. Boa parte da redistribuição se fazia por terra, gerando
uma grande mortandade entre os escravos. Durante o período do O , os
portugueses montaram duas fortalezas no litoral (Luanda e Benguela) e três no
interior (Muxima, Maçango e Cambambe). Após 1640, parte da
estruturagerada pelo capital do O se encaixa no sistema de tráfico
integrado ao Brasil.
Apesar das grandes lacunas existentes na documentação sobre o tráfico,
especialmente para os séculos XVI e XVII, o autor considera que
͞aproximadamente 12 mil viagens foram feitas dos portos africanos ao Brasil
para vender, ao longo de três séculos, cerca de quatro milhões de escravos
aqui chegados vivos͟ (p. 85). Se há dados numéricos deficientes, também são
raros os testemunhos sobre as travessias.
Durante a vigência do O , os negreiros saíam diretamente de
Luanda para Buenos Aires, em cuja população havia um considerável número
de portugueses, muitos dos quais eram cristãos-novos. Com o fim destes
contratos, passou a vigorar o contrabando, feito através do Rio de Janeiro, por
barcos menores chamados de caravelões (p. 110), numa viagem que demorava
entre 10 e 15 dias. Na volta de Buenos Aires, os caravelões levavam prata para
o Rio, para a Bahia e também para o Recife. Os   eram vistos por Madri
como um mal menor, ͞destinado a evitar o contrabando e a desempenhar
atividades com as quais os espanhóis não podiam arcar͟ (p. 111). Porém, em
1605, o Porto de Buenos Aires foi fechado ao tráfico negreiro. E, na medida em
que as relações entre os dois reinos ibéricos se deterioraram, os comerciantes
portugueses nas possessões espanholas passaram a ser perseguidos pela
Inquisição. O comércio legal, baseado no O  ficou suspenso por dez anos
após a Restauração. Neste quadro, os ͞lusitanos redirecionam seu comércio de
africanos para o crescente mercado brasileiro͟ (p. 112). Quando foram
reatadas as relações diplomáticas entre Portugal e Espanha, os negrei ros
portugueses voltaram a se interessar na arrematação dos contratos de O 

A iniciativa, todavia, recebeu a oposição dos ͞representantes brasílicos e
angolistas͟ (Idem). Estes queriam se apropriar de parte das rendas lisboetas do
tráfico negreiro.

*s O    


      
         
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   http://pt.wikipedia.org/wiki/Asiento)

Resenha Crítica (O Trato dos Viventes ʹ Formação do Brasil no Atlântico Sul. Alencastro, Luiz
Felipe de. Companhia das Letras, 2000)

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