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B - TracaoCompressao - Pura
B - TracaoCompressao - Pura
N T1=30 kN N em kN 30
P1 = 5 kN
+
C1 = 20 kN C2 = 20 kN 15
25
N
_
P2 = 10 kN
25
Fig. 2.1.1 – Tração (ou compressão). Força Normal. Diagrama de Força Normal.
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B – Tração / Compressão Puras
P
P P
P/2 P/2
2P 2P
X
(a) (b)
Y
Z
Fig. 2.1.2 – Treliça Simples. a) método das Seções; b) método dos nós.
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B – Tração / Compressão Puras
dA
σ z
N
x
y
Fig. 2.2.1 – Tração ou Compressão. Tensão Normal no regime elástico.
N = ∫ σ dA,
e como σ foi suposto constante, obtemos:
∫ σ dA . y = M = 0 e ∫ σ dA . z = M
z y = 0, portanto,
∫ y dA = 0 e ∫ z dA = 0.
(os momentos estáticos serão nulos em relação a eixos que sejam baricêntricos)
A observação experimental confirma os resultados obtidos pela aplicação deste
modelo simplificado para o cálculo das tensões em seções suficientemente afastadas
dos pontos de aplicação das cargas externas (Princípio de Saint’Venant) ou em
regiões onde não haja descontinuidades bruscas nas dimensões da seção transversal
ao longo da barra (como furos, escalonamentos, etc), que provoquem concentração de
tensões.
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B – Tração / Compressão Puras
Como exemplo, analisaremos a estrutura esquematizada na Fig. 2.2.2 (aparelho
de carga) composto de uma barra de madeira AB, articulada em A e estaiada em B
por um tirante de aço BC, dimensionada para içar uma carga de 1,0 tonelada.
B
300
C d = 15 mm
70 x 70
mm2
1,00m
1 ton
Se adotarmos como tensões limites os valores 230 MPa (tração) para o tirante de aço e 48
MPa (compressão) para a barra de madeira (Tabela 1), avaliaríamos os coeficientes de segurança
como sendo: (CS)aço = 230 / 96,14 = 2,39; (C/S)madeira = 48 / 4,00 = 12. Para a estrutura como um
todo, o coeficiente de segurança teria o valor 2,39 (obviamente o menor).
Na realidade, a barra de madeira comprimida, por ser longa e esbelta, poderá estar sujeita,
não só ao esmagamento do material (como calculado), mas também a uma instabilidade elástica
(flambagem). Como veremos adiante, a carga crítica para flambagem de uma barra articulada nas
extremidades, de seção quadrada de lado a, de comprimento l e módulo de elasticidade longitudinal
E é dada pela fórmula de Euler:
Pcrítico = π2 E a4 / 12 L2
No caso em análise Pcrítico = π x 13 x 109 x (0,070)4 / (12 x 22 ) = 64,18 kN
2
O (CS)flambagem valeria 64,18 / 19,62 = 3,3 (e não o valor 12, calculado para o esmagamento).
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B – Tração / Compressão Puras
O efeito do peso próprio no caso em análise (provocando flexão na barra) é
desprezível já que, tendo 2,0 m de comprimento e seção 70 x 70 mm2, com um
volume de 2 x 0,072 = 0,0098 m3, teria um peso de aproximadamente 6,8 kgf (66N)
(adotando uma densidade 0,69 – Tabela 1).
No caso de colunas de grande altura, o efeito do peso próprio deve ser levado
em conta.
A variação, tanto da força normal, como da área da seção, provoca
modificações no valor da tensão normal ao longo da coluna que são determinadas
pela análise estática da peça.
A Fig. 2.2.3 – “a” mostra o diagrama de tensões normais para uma coluna em
forma de tronco de cone. No topo, a tensão vale P0 / A0. Na base a tensão será dada
por:
σ = [P0 + ½ (A 0 + Ah)x h x γ] / Ah], sendo γ o peso específico do material.
P0 P0
A0 A0
x
N
A
h
h N + dN
dx
Ah
(a) (b)
Fig. 2.2.3 – a) Pilar em forma de tronco de cone. b) Pilar de igual resistência ( σ = constante = P0 / A0 )
A Fig. 2.2.3 – “b” indica o formato do chamado “pilar de igual resistência” (aquele no qual o
valor da tensão é uniforme ao longo da extensão do pilar).
O equilíbrio de forças agindo no elemento de espessura dx nos permite escrever:
N + γ A dx = N + dN e portanto, (dN / dx) = γ A. Como, por hipótese, σ = N/A é uma
constante (σ* ), dN = σ* dA e, portanto, (σ* dA / dx) = γ A. Separando as variáveis, teremos:
(dA / A) = γ dx, que integrada fornece: A = A0 eγ x = (P0 / A0) eγ x
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B – Tração / Compressão Puras
2.3 – DEFORMAÇÕES
A deformação elástica sofrida por uma barra reta tracionada ou comprimida
pode ser calculada, levando em conta a equação 1.6.7 aplicada a um elemento
infinitesimal, escrevendo-se:
ε = δ(dx) / dx = σ / E = N / E A,
Lo que fornece a variação da dimensão
dx representativa da distância entre
duas seções contíguas.
Portanto, no cálculo da
A elongação total (cumulativa) de
N uma barra reta submetida à
x tração/compressão teremos:
Lo
dx δL= ∫
0
(N / E A) dx ..........(2.3.1)
O conhecimento de como
variam N, A e E, em função da
posição x de cada seção, permitirá a
Fig. 2.3.1 – Elongação de uma barra reta determinação da elongação total
tracionada ou comprimida. através da integração definida para
os limites da extensão da barra.
No caso simples de barras de seção uniforme (A constante), submetida a uma
força normal N constante e constituída de um mesmo material, a equação 2.3.1 se
converte em δL = N Lo / E A = σ Lo / E.
Como um primeiro exemplo de aplicação, calculemos o deslocamento sofrido pela
extremidade B da barra do pau de carga da figura 2.2.2, sob a ação da carga de 1,0 tf.
0,793
A barra AB diminuirá seu comprimento em:
δLbarra = (19,62 x 103 x 2) / 13 x 109 x (70x70)x10-6 =
30° 0,0006160 m = 0,616 mm;
O tirante CB aumentará seu comprimento em:
δLtirante = (16,99 x 103 x 1,732)/ 210x109 (πx152x10-6/4) = =
δh
0,616 0,0007929 m = 0,793 mm.
Diante das pequenas deformações podemos supor a
manutenção da geometria quanto aos ângulos (por exemplo,
o de 30°) e escrever:
δh = 0,793 / tg30° + 0,616 / sen30º = 2,605 mm.
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B – Tração / Compressão Puras
O cálculo efetuado poderia ser desenvolvido por considerações de energia.
Realmente: o trabalho realizado pela força-peso da carga, ao deslocar seu
ponto de aplicação de uma distância δh, para baixo, ficará armazenado, sob a forma
de energia potencial elástica, nas peças deformadas (a barra comprimida e o tirante
tracionado).
Assim, pode-se escrever:
½ P x δh = ½ Nb2 Lb / Eb Ab + ½ Nt2 Lt / Et At
(o fator ½ que aparece nas três parcelas representa o fato de que as forças são
aplicadas estaticamente, crescendo linearmente, do valor zero até o seu valor final).
No caso: ½ 9,81 x 10 3 x δh =
= ½ (-19,62 x 10 3)2 x 2,0 / 13 x 109 x (70x70x10-6) + ½ (16,99 x 10 3)2 x 1,732 / 210x109x(π152x10-
3
/4)
e, δh = 2,605mm.
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B – Tração / Compressão Puras
Assim é que, por exemplo, para a barra bi-engastada representada na Fig. 2.4.1,
a equação da Estática disponível nos fornece, tão somente:
R1 + R2 = P ......................................................
(a),
podendo-se presumir que o trecho (1) estará comprimido, e o trecho (2) tracionado.
P/2
R1 R2
A1 ; E1 A2 ; E2
P/2
L1 L2
+ R2
R1 -
que, combinada com (a), forma um sistema que permite calcular os valores de R1 e R2.
ΣFx = 0 (3/5) C = Ax
ΣFy = 0 Ay + B + (4/5) C = 12 (kN)
ΣMA = 0 12 x 3 =B x 2 + (4/5)Cx4 300mm2 200mm2
70GPa 210GPa
2,0m 12 kN
e, portanto, trata-se de um problema
hiperestático (o nº de incógnitas é maior
que o n° de equações da Estática A B C
disponíveis), podendo-se escrever:
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B – Tração / Compressão Puras
Exemplo 2.5.1 - Imagine uma barra reta, de comprimento Lo, área de seção Ao,
material com módulo de elasticidade longitudinal E e coeficiente de dilatação térmica α,
montada, sem interferência, em um reparo fixo, indeformável, com a mesma extensão Lo.
Suponha que tal peça, depois de montada, sofresse um acréscimo de temperatura δT. A
peça, impedida de se expandir, ficará submetida a esforços de compressão. A equação da
Estática disponível para a análise do caso apenas nos indicará que a força normal N que
comprime uma das extremidades será igual e oposta àquela que atua na outra. Trata-se de
um problema hiperestático. Supondo que a barra fosse liberada de seus vínculos e
submetida à uma variação de temperatura δT, aumentaria seu
comprimento em δLT = α Lo δT. Supondo agora que a barra
dilatada fosse comprimida mecanicamente pelas extremidades, de
forma a retornar a seu comprimento original, teríamos:
δLM = N Lo / E Ao , o que permitiria refazer a montagem.
Igualando as elongações (térmica e mecânica) obtemos: σ = N/A
N δLT = α E δT (independe das dimensões da barra). Uma peça de aço,
N impedida de se deformar e sofrendo um acréscimo de 100°C,
apresentará tensões térmicas de valor = 12 x 10-6 x 210x109 x 100
L0 = 252 x 106 N/m2 = 252 MPa (ver tabela 1~tensão de
escoamento).
Fig- 2.5.1 - Exemplo. Tensões térmicas
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B – Tração / Compressão Puras
Parafuso de
Tubo de
Exemplo 2.5.2 Alumínio Latão
D=18mm
O parafuso de Latão (E = 105 GPa e α = φ = 10
20 x 10-6 ºC-1) é colocado dentro de um
d=12
tubo de alumínio (E = 70 GPa e α = 24 x
10-6 ºC-1) com as dimensões assinaladas e
montado sem tensões prévias.
Calcule as tensões normais
despertadas no parafuso e no tubo
considerando:
a) que se dê um acréscimo de 160ºC na
temperatura do conjunto; 400 mm
b) que se dê um aperto à porca (passo = 2mm),
com um quarto de volta; Porca Arruela
c) que as duas condições anteriores sejam Passo = 2 mm
promovidas concomitantemente.
Fig. 2.5.2 – Tensões térmicas e de montagem
Solução – (a) Ao ser promovido o acréscimo de 160°C na temperatura do conjunto, as duas peças
terão tendência a aumentar seus comprimentos. Se estivessem livres para se expandir, ao final,
ficariam com seus comprimentos diferentes (Ltubo > Lparafuso ). Para a montagem, o tubo ficará
comprimido enquanto o parafuso tracionado. O princípio da ação e reação, combinado com o
equilíbrio de forças nas arruelas, implicará em que a força normal N de compressão no tubo será
igual à força normal N de tração no parafuso (como se vê, trata-se de um problema hiperestático). O
levantamento da indeterminação será feito pela análise da compatibilidade de deslocamentos
(deformações).
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B – Tração / Compressão Puras
2.6 – MATERIAL ELASTO-PLÁSTICO
Comumente utilizados na construção mecânica, os materiais dúteis (como os
aços de baixo teor de carbono), quando ensaiados, comportam-se inicialmente de
maneira elástica (além de manter relação linear entre tensão e deformação) para em
seguida sofrer a plastificação e escoar, mantendo praticamente constante a tensão
enquanto a deformação prossegue crescente até a ruína.
A rigidez da viga CD permite estabelecer uma relação linear entre os pequenos deslocamentos
verticais sofridos por seus pontos de contato com as barras verticais A e B, de sorte que:
δA / 175 = δB / 75 , ou seja: δA = (7/3) δB.
Este valor é incompatível com a hipótese feita já que supera a tensão de escoamento
200MPa.
(3/7) δA = 0,2966mm.
O deslocamento vertical da extremidade C da viga é tal que δC = (325/75) δB =
1,2854 mm.
Se considerarmos que a força P, após atingir seu valor final (180kN), fosse diminuída até alcançar o
valor zero, concluiríamos que a barra B, por ter sofrido a plastificação, ficaria com uma deformação
longitudinal remanescente, o que provocaria tensões residuais. Tais tensões seriam calculadas
lembrando que, ao ser descarregada a força B que provocou a plastificação da barra, a relação tensão
x deformação retorna a ser linear (com a mesma taxa da fase elástica).
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B – Tração / Compressão Puras
Assim, quando a força na barra B atinge o valor zero
(com uma deformação residual), a força em A ainda é
de tração, sendo o valor de P tal que Px375 = Ax175.
Continuando o valor de P a decrescer até zero, a
força A diminuirá de valor, passando a barra B a ficar
comprimida. Quando P = 0 teremos: Ax175 = Bx75; A B
como δA = (7/3) δB, permanece válida a equação (b), δA δB D
sendo : 80 + 2,9761 A = 1,8517 B (A e B em kN). P=0
C
Portanto, tiramos A = 59,5 kN e B = 138,8 kN.
As tensões residuais valerão:
σA = 39,7 MPa (T); σB= 116 MPa (C); 150 100 75
σc
σL
P σL
σc P
σL
σc fluido
σc
P σL σL
σc fluido R
(b)
P
e σc σc
(a)
Fig. 2.6.1 – Tensões Circunferencial e Longitudinal em reservatórios cilíndricos de parede fina sob pressão p
(pressão manométrica – diferença entre a pressão absoluta do fluido pabs e a pressão do meio externo patm).
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B – Tração / Compressão Puras
O equilíbrio das forças atuantes no corpo livre representado na Fig. 2.6.1 (a)
(metade do cilindro, secionado por um plano longitudinal, com extensão L, incluindo
o fluido em seu interior) permite escrever:
p x (2R x L) = 2σc x e x L , portanto σc = pR/e
σc = pd/2e
ou seja, .............................................................................................(2.6.1)
O equilíbrio das forças atuantes no corpo livre representado na Fig. 2.6.1 (b) (parte do
tubo, fechado na outra extremidade e secionado por um plano transversal, incluindo o
fluido) permite escrever:
P x π R2 = σL x 2πR x e (já que e << R) e então σL = pR/2e
σL = pd/4e
ou seja, ............................................................................................... (2.6.2)
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B – Tração / Compressão Puras
NOTA – 1 atmosfera = 105 N/m2 = 100 kPa (~ 1,0 kgf/cm2 ~ 14,7 lbf/pol2 ~ 14,7 psi)
Solução - A maior tensão normal de tração na chapa do reservatório ocorrerá em seu corpo
cilíndrico, na direção circunferencial e terá para valor admissível:
σadm = σesc / C.S. = 250 x 106 / 2,5 = 100MPa = pD/2e = p (1,0)/2(0,002) = 100x106 e
então, .............. p = 4 x 105 = 4 atmosferas (resposta a).
Quanto às deformações, verifica-se que a tensão circunferencial provocará um
aumento do perímetro do recipiente (e, portanto, de seu diâmetro) que será, em parte,
diminuído pelo efeito lateral (Poisson) decorrente do aumento da dimensão longitudinal L,
em decorrência da tensão longitudinal. As tensões circunferencial e longitudinal no corpo
cilíndrico valerão:
σc = pD/2e = 100MPa e σL = pD/4e = 50 MPa
Portanto, à luz da Lei de Hooke Generalizada, podemos escrever:
εc = (1/E) [ σc - ν σL ] = (1/200x109) [ 100 – 0,3 (50) ] x 106 = 0,425 x 10-3
δD = εc x D = 0,425 x 10-3 x (1,0 m) = 0,425 mm (resposta b).
εL = (1/E) [ σL - ν σc ] = (1/200x109) [ 50 – 0,3 (100) ] x 106 = 0,100 x 10-3
δL = εL x L = 0,100 x 10-3 x (3,0 m) = 0,300 mm (resposta b).
OBS.: (o efeito da pressão, como uma terceira tensão σ3 = -p, agindo na parede interna do duto, no sentido de
diminuir a espessura, é desprezivel, como também sua influência na variação das outras dimensões).
Exemplo 2 .6.2 - O eixo maciço de aço (Eaço = 3,0mm
210 GPa e αaço = 12 x 10-6 °C-1), com diâmetro de 150,1
150,1 mm, vai ser encamisado por uma bronzina mm
(Ebronze = 100 GPa e αbronze = 17 x 10-6 °C-1 ) com
diâmetro interno de 150,0mm e espessura 3,0
mm. Para a montagem é dado um acréscimo de 150
temperatura δT à camisa e, após o resfriamento mm
do conjunto até a temperatura ambiente, a peça
ficará montada com interferência. Pede-se
determinar:
(a) o acréscimo δT mínimo para permitir a
montagem;
(b) a tensão circunferencial despertada na
camisa após restabelecido o equilíbrio térmico.
Solução – a) O aumento de diâmetro da luva, necessário para a montagem, será alcançado através de
uma deformação circunferencial, aumentando o perímetro (πd), pelo efeito da dilatação térmica.
Assim, δd = α do δT, e portanto, δT = δd / α do = 0,1 / 150 x 17 x 10-6 = 39,2ºC. (Resp. a)
b) Ao ser resfriado o conjunto, retornando à temperatura ambiente, a luva ficará com uma tensão
circunferencial σc = pd / 2e = E εc = 100 x 109 x (0,1)/(150) = p (150) / 2 x 3, de onde se tira:
p = 2,667 MPa. Portanto: σc = 2,667 x 150 / 2 x 3 = 66,7 MPa (valor que, pela Tabela 1,
corresponderia a um coeficiente de segurança igual a 2,1, com relação ao escoamento) (Resp. b)
O efeito da pressão p sobre o eixo maciço provocaria uma diminuição em seu diâmetro, que não foi
considerada nos cálculos, porque é desprezível em presença da interferência entre as dimensões.
Realmente, ε3 = (1/E)[(-p) - ν(-p)] = (1/E) (1 - ν)(-p) = (1/210x109)(1 – 0,3)(-2,667x106) =8,889 x 10-9, o
que daria uma diminuição de diâmetro da ordem de 150 x 8,889 x 10-9 = 0,00133 mm.
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B – Tração / Compressão Puras
σ1 σ2
ds1
σ1 σ1
e ds2 ds1
p ds2
σ2
σ2 p σ2 σ1
R1 dϕ1 R2
dϕ2
Fig. 2.6.2 – Cascas de parede fina com dupla curvatura. Equação de Laplace.
O equilíbrio de forças agindo no sentido da normal ao elemento da casca (ds1 x ds2) fornece:
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B – Tração / Compressão Puras
Exemplo 2.6.3 – Um recipiente em forma de um
toróide (como uma câmara para pneu), com espessura
e na parede e os raios R e r indicados na figura, é
submetido a uma pressão interna p . Pede-se
R determinar o valor da maior tensão normal na parede
r do recipiente, indicando o ponto onde ela ocorre.
Solução: Analisaremos os pontos A, B e C mostrados,
através do equilíbrio de esforços atuantes nas partes do
e duto correspondentes, assinaladas nas figuras abaixo:
A A
p p
C
A σc σc
B p B B p
σc σc
Para o PONTO A, o equilíbrio das forças verticais no corpo livre
esquematizado fornece:
σc x 2 π (R + r) e = p π [(R + r)2 – R2 ]; portanto, σc = (pr/2e)[(2R+r)/(R+r)].
Levando em (2.6.3), obtem-se: σL = pr/2e.
Para o PONTO B, tem-se, analogamente:
σc x 2 π (R - r) e = p π [(R)2 - (R - r)2]; portanto, σc = (pr/2e)[(2R-r)/(R-r)].
Levando em (2.5), obtem-se, da mesma forma, σL = pr/2e.
Convém realçar que o valor da tensão longitudinal é o mesmo para todos os pontos da
parede, conclusão a que se pode chegar analisando o equilíbrio de forças atuantes em um setor
infinitesimal em qualquer posição no duto, escrevendo:
σL x e x r dθ = p x ½ (r dθ) r ⇒ σL = pr/2e.
No PONTO C, teremos, de (2.6.3): (σc / r) + (σL / ∞ ) = p/e ∴
σc = (pr/2e).
r σL Como para R>r, (2R-r)/(R-r) < (2R+r)/(R+r), conclui-se que B é o
dθ ponto crítico do toro, pela maior tensão circunferencial atuante:
p
σc = (pr/2e)[(2R-r)/(R-r)]. Note que, para R→∞, σc = (pr/e) e para
R→ r, σc →∞.
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