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A
REGULAMENTAÇÃO
DOS
PROFISSIONAIS
DE
YÔGA
ISBN
MESTRE DeROSE
Mestre em Yôga e Notório Saber pela Universidade do Porto (Portugal) e pela UniCruz (Brasil).
Comendador e Notório Saber em Yôga pela Sociedade Brasileira de Educação e Integração.
Fundador do Conselho Federal de Yôga e do Sindicato Nacional dos Profissionais de Yôga. In-
trodutor do Yôga nas Universidades Federais, Estaduais e Católicas do Brasil e nas Universi-
dades em Portugal. Fundador da primeira Confederação Nacional de Yôga do Brasil. Criador
da Primeira Universidade de Yôga do Brasil. Criador do primeiro projeto de lei em 1978 e prin-
cipal articulador da Regulamentação dos Profissionais de Yôga.
A
REGULAMENTAÇÃO
DOS
PROFISSIONAIS
DE
YÔGA
P RIMEIRA U NIVERSIDADE DE Y ÔGA DO B RASIL
www.uni-yoga.org.br
São Paulo: Al. Jaú, 2000 − Tel.(11) 3081-9821
Rio de Janeiro: Rua Dias Ferreira, 259 cobertura − Tel. (21) 2259-8243
4 A REGULAMENTAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DE YÔGA
1ª edição, 2.002.
Projeto editorial, criação da capa, digi-
tação, diagramação: Mestre De Rose, L.S.A.
Execução da capa: ERJ
Produção gráfica:
Editora Uni-Yôga,
órgão de divulgação cultural da
Primeira Universidade de Yôga do Brasil,
divisão da
UNIÃO INTERNACIONAL DE YÔGA
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Al. Jaú, 2.000 − São Paulo − Brasil − Tel.:(011) 3081-9821
Rio de Janeiro: Rua Dias Ferreira, 259 cobertura − Tel. (21) 2259-8243
Exortação
1978 – O primeiro Projeto de Lei para a Regulamentação da Profissão
Por que a regulamentação não aconteceu há mais de 20 anos?
1999 – Novo projeto de lei proposto pelo Mestre DeRose
A regulamentação hoje
Estamos abertos ao diálogo
Exposição de Motivos
A necessidade da nossa regulamentação profissional
Yôga não é Educação Física
Não há amparo legal para atrelar o Yôga à Ed. Física
o
Lei no. 9.696 de 1 . de setembro de 1998, que regulamenta a Ed. Física.
O que ocorre quando os profissionais de Yôga ficam subordinados aos professores
de Educação Física
Quem boicotou nossa regulamentação em 1978
Nós podemos ajudar você
A regulamentação do Yôga nos Estados Unidos
O que é o Conselho Federal de Yôga?
Quando foi fundado o Conselho Federal de Yôga?
Como se filiar ao Conselho Federal de Yôga?
Quem faz parte do Conselho?
Não se deixe intimidar pelos Conselhos de Educação Física
Não acredite nas promessas do CONFEF
Porque é que algumas lideranças querem a subordinação do Yôga à Ed. Física?
Lei pretende impedir os que se filiaram ao CREF/CONFEF de continuar dando aulas de
Yôga
“Querem transformar o yôga em ginástica”
O Yôga está ameaçado de extinção
Conclusão dos debates com os colegas de outras modalidades de Yôga
Resumo da nossa posição com respeito às divergências de opinião
Exortação à conciliação
8 A REGULAMENTAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DE YÔGA
CONCLUSÃO
Mestre DeRose
APRESENTAÇÃO
Este livro poderia ter facilmente milhares de páginas se in-
seríssemos nele todas as cartas que enviei aos nossos cole-
gas durante tantos anos, e se anexássemos a documentação
que foi remetida junto com aquela correspondência.
Acontece que o custo deste volume não pode ser elevado
para que todos o adquiram, até mesmo para presentear alu-
nos, amigos, instrutores de Yôga, jornalistas, deputados,
ministros, etc.
Por esse motivo, tivemos que compactar a diagramação e
contamos com a sua boa vontade para compreender que al-
gumas inserções precisaram ser mais diretas.
Espero que este esforço possa ser útil aos nossos colegas de
profissão e aos seus alunos, os maiores beneficiados com a
regulamentação dos profissionais de Yôga.
Mestre DeRose
Mestre em Yôga e Notório Saber pela Universidade do Porto (Portugal) e pela UniCruz (Brasil).
Comendador e Notório Saber em Yôga pela Sociedade Brasileira de Educação e Integração.
Fundador do Conselho Federal de Yôga e do Sindicato Nacional dos Profissionais de Yôga.
Introdutor do Yôga nas Universidades Federais, Estaduais e Católicas do Brasil.
Fundador da primeira Confederação Nacional de Yôga do Brasil.
Criador da Primeira Universidade de Yôga do Brasil.
Criador do primeiro projeto de lei e principal articulador
da Regulamentação dos Profissionais de Yôga.
1978 – O PRIMEIRO PROJETO DE LEI PARA A RE-
GULAMENTAÇÃO DA PROFISSÃO
contece que ninguém sabe como! E tome achismo: "eu acho isto", "eu
acho aquilo"...
Em resumo, aconselharam-me para que começasse pela Administra-
ção Regional do meu bairro. Lá, informaram-me que essa orientação
estava errada. Deveria ir primeiramente à Receita Federal obter um
número de CGC (CNPJ), sem o qual eles não poderiam sequer aceitar
o meu pedido.
Na Receita Federal desiludiram-me outra vez. O CNPJ seria só para
pessoas jurídicas e professor é pessoa física. A menos que quisesse
montar uma firma individual. Mas nesse caso também não poderia,
precisava ter antes o registro no ISS. Após muita conversa, consultan-
do um e outro, consegui uma pista: se é professor, o assunto é da alça-
da do Ministério da Educação.
Fui ao Ministério e passei pelas mesmas seções e departamentos que o
Asterix havia percorrido há dois mil anos. Eram inclusive os mesmos
funcionários mumificados, que haviam morrido e ninguém os avisara
disso. Passei uma semana sendo jogado de uma sala para outra, de um
andar para o outro e de um prédio para o outro. Como sou bastante
obstinado, grudei neles e fiquei de segunda a sexta-feira indo e vindo,
e retornando ao mesmo modelo de eficiência que já tinha me atendido
antes, uma, duas, três vezes.
No fim de uma semana de turismo educativo, ficou bem claro que lá
dentro ninguém tinha a mínima idéia nem do que fosse Yôga e muito
menos do que fazer com um chato que resolvera legalizar-se. Para li-
vrarem-se de mim, disseram-me que Yôga era entendido como terapia
corporal, portanto, deveria dirigir-me ao Ministério da Saúde.
Nesse, então, a perplexidade estampada nos rostos dos funcionários
que me atendiam precisava ter sido retratada para a posteridade. Sabi-
am menos ainda e eram muito mais exímios em ping-pong. Depois de
alguns dias de amolação, deram seu veredictum:
– Não é profissão? Então é no Ministério do Trabalho.
E a via crucis continuou sem nenhum sinal de luz no fim do túnel.
Mandaram-me de volta para o Ministério da Educação e eu lhes disse
já ter passado uma semana lá dentro, que definitivamente não era lá.
MESTRE DeROSE 15
Havíamos enviado a todos uma cópia do projeto de lei para que o les-
sem e conhecessem. Porém, não contava com o coronelismo, fenôme-
no de manipulação política muito arraigado na nossa terra, especial-
mente nas regiões mais pobres e incultas. Segundo esse costume de
cabresteamento da opinião, os comandados não devem raciocinar nem
tomar suas próprias decisões. Devem, isto sim, acatar as interpreta-
ções do coronel e votar no que ele mandar.
Os professores tinham o projeto nas mãos e não liam! Diziam que não
estavam familiarizados com a linguagem complicada e preferiam ou-
vi-la interpretada pelos manipuladores. Mas qual linguagem compli-
cada? Só se eles fossem semi-analfabetos. O projeto foi redigido em
vernáculo simples. Para você confirmar, reproduzo mais adiante o tex-
to original, a partir do impresso distribuído pela Câmara dos Deputa-
dos de Brasília.
O fato é que as lideranças dos professores de yóga boicotaram o proje-
to de lei que iria realizar um grande sonho da classe. Para disfarçar e
não ficar muito flagrante que estavam prejudicando toda uma catego-
ria profissional por meras questões de ego, nossos opositores apresen-
taram um substitutivo. No entanto, esse era tão ridículo que eles mes-
mos o retiraram e apresentaram outro. Acontece que esse outro bene-
ficiava apenas uma panelinha, pois continha uma exigência estapafúr-
dia de que a pessoa tivesse ido à Índia para poder lecionar Yôga no
Brasil. A intenção sub-reptícia era a de que só fossem legalizados a-
queles poucos que haviam viajado e que, por coincidência, eram jus-
tamente as lideranças da época (Vayuánanda<, Bastiou, Hermógenes,
Vitor Binot<, Rezende< e mais uns poucos). Esse, então, deu briga e
não chegou sequer a ser formalizado.
Depois de inúmeras tentativas, brigas, cisões, intrigas, desaforos, pa-
lavrões e bofetadas, os espiritualizados colegas chegaram a um con-
senso: todos aprovaram um novo projeto que lhes parecia realmente
bom e que, diziam eles, atendia plenamente os anseios da classe.
Quanto cinismo! Era o mesmo primeiro projeto, o original apresenta-
do por nós, só que:
a) reduziram a remuneração do professor para um salário míni-
mo, quatro vezes menos do que havíamos sugerido (art. 4º);
MESTRE DeROSE 17
Agora, mais de vinte anos depois, considero o texto deste projeto de lei desatualiza-
do e obsoleto. O país mudou, as pessoas emanciparam-se, o Yôga evoluiu e o nos-
so curso de formação profissional está há mais de duas décadas introduzido nas U-
niversidades Federais, Estaduais e Católicas. Leia mais adiante a nova proposta.
MESTRE DeROSE 19
outro clã. Além de ser agredidos por palavras e atitudes, foram deixa-
dos de lado sem conseguir comunicar-se com os demais.
Segundo nos foi relatado por quem esteve na assembléia, o professor
Coutinho<, de Brasília, percebendo aquele mal-estar, teria ido à fren-
te e, com uma suposta boa intenção, feito um apelo claramente ten-
dencioso:
– Meus irmãos. Estou observando que formaram-se bolsões de profes-
sores que se separam pela pronúncia justamente da palavra yóga, logo
ela que significa união! Eu sei e todos sabemos que a pronúncia certa
é Yôga, com ô fechado. Mas falemos todos yóga, com ó aberto, para
evitar a desunião.
Ora, é muito fácil simular condescendência quando se insta o outro
para abrir mão das suas convicções e adote as da gente! Como não
podia deixar de ocorrer, ouviu de um dos nossos:
– Quer dizer que o senhor reconhece que nós falamos certo e está nos
pedindo para falar errado? E, ainda por cima, tem a coragem de declarar
isso em público, diante de todos estes professores aqui presentes?
Depois disso, muitos dos que presenciaram a cena passaram a pronun-
ciar Yôga com o ô fechado...
Entretanto, o ponto alto da reunião foi o momento em que, com a
maior sem-cerimônia, os opositores declararam publicamente que pre-
tendiam impedir o Prof. DeRose de ministrar Yôga e que iriam fazer o
possível e o impossível para pô-lo na cadeia. Essa promessa é antiga.
Desde que o coronel afirmou isso pela primeira vez, muita gente gos-
tou e saiu repetindo. Por mais que tentassem, até o presente momento
não conseguiram achar nem um mínimo deslize no qual pudessem se
basear para a realização do seu intento. Para que não pairem dúvidas,
sugerimos aos interessados solicitarem um atestado de antecedentes
da nossa vida e da dos demais no forum de qualquer cidade1.
1
Esta afirmação é válida somente até o momento em que estou escrevendo estas linhas pois, co-
mo faço aqui várias denúncias e dou nomes aos bois e zoosimilares, certamente corro o risco de
que alguém queira tentar uma contenda judicial comigo. Espero ardentemente que isso ocorra, pois
estou muito bem amparado e documentado, e viraria o processo contra quem iniciasse a ação.
MESTRE DeROSE 23
O mundo é perigoso não por causa daqueles que fazem o mal, mas por
causa daqueles que vêem e deixam o mal ser feito.
Albert Einstein
POR QUE A REGULAMENTAÇÃO
NÃO ACONTECEU HÁ MAIS DE 20 ANOS?
Foi uma questão de visão pequena e ego grande por parte dos instruto-
res de yóga.
Em 1978 propus o primeiro Projeto de Lei para a regulamentação da
nossa profissão. Foi cedo demais. Nossa classe profissional não estava
amadurecida. Houve desunião, orgulhos feridos e um festival de ego.
Os próprios beneficiados, os professores de yóga, boicotaram a pro-
posta, apresentaram substitutivos, combateram a idéia, cada qual pu-
xando a brasa para a sua sardinha. Resultado: a lei não foi aprovada.
Em 1998, vinte anos depois, a Educação Física foi regulamentada e
ameaça a soberania, a identidade e a autonomia do profissional de
Yôga. Isso poderia ter sido evitado se os nossos próprios colegas não
tivessem puxado o tapete da nossa regulamentação em 78.
Vamos ver se aprendemos algo com a História e se já estamos mais
evoluídos. Aqui está o novo Projeto de Lei que há mais de três anos
venho colocando em discussão no país todo. Como não houve nenhum
argumento contra, concluímos que essa é a vontade unânime da nossa
categoria.
Quem assumiu o nosso Projeto de Lei foi o DEPUTADO ALDO
REBELO. Envie-lhe e-mails, faxes, telegramas e cartas, congratulando-
o e oferecendo-lhe o seu apoio [Câmara dos Deputados, gabinete 924,
anexo 4, Brasília CEP 70160-900 // FAX (61) 318-2924 // e-mail
dep.aldorebelo@camara.gov.br]. Telefone grátis e deixe uma mensa-
gem para o Deputado Aldo Rebelo pelo telefone 0800-619 619. É li-
gação gratuita.
26 A REGULAMENTAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DE YÔGA
1
São centenas de instrutores filiados e outras centenas de instrutores não filiados e
que nunca pagaram nada. Faça as contas e constate quanto gastamos enviando a
cada um deles uma carta por semana durante 3 anos e, ainda, livros, CDs e outros
materiais didáticos gratuitamente durante todo esse período. Qual é a Confedera-
ção, Federação ou Associação que faz isso pelos seus filiados? Pois nós o fazemos
até pelos que não estão filiados e jamais contribuiram para com as nossas despe-
sas.
32 A REGULAMENTAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DE YÔGA
EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS
A prática do Yôga tem despertado o interesse de um número expressi-
vo, e sempre crescente, de pessoas no mundo inteiro e também no
Brasil. A evidência disso é que, contamos hoje com mais de 50.000
alunos matriculados na Uni-Yôga – Universidade de Yôga. Conside-
rando que já foi vendido mais de um milhão de livros do Mestre De-
Rose e mais de um milhão de cópias da gravação da Prática Básica
(primeiramente em cassette e depois em CD), estimamos em mais de
um milhão o número de adeptos do Swásthya Yôga. Ora, contabiliza-
dos os praticantes das demais modalidades, a estimativa pode chegar
facilmente a superar a cifra de CINCO MILHÕES em todo o Brasil. No
entanto, esta metodologia tão salutar como é o Yôga, quando mal
conduzida por leigos ou profissionais despreparados, pode pôr em ris-
co a segurança e a saúde da população. Daí a necessidade urgente da
criação de órgãos de controle desta profissão já plenamente consagra-
da no Brasil. A tanto se destina a presente Lei, a qual constituindo os
Conselhos Federal e Regionais de Yôga permite que tais órgãos exer-
çam a efetiva fiscalização e controle dos mencionados profissionais,
zelando pelo nível de excelência técnica e ética necessária ao seguro
desempenho desse ofício.
J USTIFICAÇÃO
Texto elaborado pelo Deputado Aldo Rebelo
Considerando que:
1. Os Conselhos de Educação Física têm feito pressão sobre os donos
de academias, contra os profissionais de Yôga, chegando muitas
vezes a pôr em risco seu direito constitucional de exercer uma pro-
fissão, com ameaças de perda de emprego, caso não se filiem aos
mencionados Conselhos.
2. Os Conselhos de Educação Física têm conseguido mobilizar a im-
prensa com matérias que dão a entender à opinião pública que os
profissionais de Yôga precisam estar filiados aos CREFs.
3. O senhor Jorge Steinhitler, Presidente do CONFEF, tem deixado
bem clara a sua intenção de que a Educação Física se aproprie do
Yôga e, no futuro, impeça que profissionais de Yôga dêem aulas
de Yôga – a menos que sejam formados em Educação Física. Isto
é tão absurdo quanto querer que arquitetos sejam formados em
Odontologia para poder exercer Arquitetura.
4. A instrutora Julieta Chuairy, do Rio de Janeiro, recebeu um ulti-
matum da Academia Gávea Gym, ameaçando-a de que não poderá
continuar dando aulas de Swásthya Yôga, a menos que se filie ao
Conselho Regional de Educação Física. Vários outros instrutores
receberam ameaças semelhantes. Alguns não suportaram a pressão
e filiaram-se.
5. O coronel Hermógenes teve seu nome prejudicado ao ser publica-
da matéria no jornal O Globo, do dia 18 de dezembro de 2.001,
com a declaração: “A academia de ioga do professor Hermógenes
36 A REGULAMENTAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DE YÔGA
CONCLUSÃO
Não há amparo legal para atrelar o Yôga à Ed. Física. Basta ler a lei
que regulamenta a Educação Física para constatar que o Yôga não é
mencionado em parte alguma da lei e nada do que lá consta pode
conduzir a essa interpretação.
As diferenças entre Yôga e Educação Física são abissais. Além disso,
o Yôga surgiu há mais de 3.000 anos antes da Educação Física. Se al-
guma das duas devesse estar subordinada à outra, seria a mais nova à
mais antiga. Só que nem isso seria coerente, pois é sabido que as duas
não têm nenhum parentesco.
O Yôga é muito vasto para ser classificado tão simplesmente como
Educação Física. Uma prática completa de Yôga compreende técnicas
orgânicas, bioenergéticas, emocionais, mentais, espirituais etc., atra-
vés de exercícios respiratórios, relaxamentos, limpeza de órgãos inter-
nos, vocalizações, concentração, meditação e mentalização. Ora, isso
não pertence à área de Educação Física. Mesmo as técnicas corporais
do Yôga não são atividades físicas nem desportivas e são completa-
mente diferentes dos da Educação Física.
Estas são algumas modalidades de Yôga. Como pode-se constatar, não
têm nada a ver com a Educação Física:
1. Rája Yôga, o Yôga mental (técnicas de concentração e meditação);
2. Bhakti Yôga, o Yôga devocional;
3. Karma Yôga, o Yôga da ação (ética e comportamento);
4. Jñána Yôga, o Yôga do autoconhecimento;
5. Laya Yôga, o Yôga dos poderes paranormais;
6. Mantra Yôga, o Yôga do domínio do som e do ultra-som;
7. Tantra Yôga, o Yôga da canalização da sexualidade;
8. Swásthya Yôga, o Yôga de raízes pré-clássicas, que compreende
todos os anteriores;
9. Suddha Rája Yôga, uma variedade de Rája Yôga medieval, pesa-
damente místico;
10.Kundaliní Yôga, o Yôga do poder da libidopara a iluminação;
11.Siddha Yôga, o Yôga do culto à personalidade do mentor;
40 A REGULAMENTAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DE YÔGA
Começou tudo de novo. Tal como em 1978, lá fomos nós outra vez
apresentar um projeto de lei visando à regulamentação da profissão de
instrutor de Yôga.
Para que não nos viessem com a desculpa de que o projeto não supre
esta ou aquela expectativa, enviamos o novo projeto em 1.999 para
que todos pudessem emitir a sua opinião. Na época, informamos que
poderíamos alterar qualquer coisa, inclusive o texto inteiro. Que era
apenas o chute inicial. Quem iria conduzir o restante da partida seriam
os demais companheiros. Escrevemos naquela ocasião: “O importante
é que haja diálogo e compreensão a fim de que nossa regulamentação
saia o mais rápido possível.”
Hoje, a maioria dos que foram citados acima é falecida. Os que ainda
estão vivos já não constituem ameaça, pois perderam a liderança. As
lideranças agora são outras. Desta vez, quem sabe, conseguiremos u-
nir-nos, independentemente dos egos de cada um?
GUERREIROS DO YÔGA:
SUSAN SHAPIRO E SEU ADVOGADO ERIC SCHNELDER
ESTADO CONVIDADO
PE Hilda Castelo de Lacerda
CE Neusa Veríssimo
RJ Lea Mello
RJ Orlando Cani
1
Certamente, com alguns indicados nós nos enganamos.
CONSELHO FEDERAL DE YÔGAO
R EGISTRADO EM 1997 SOB O N . 57086 NO R EGISTRO C IVIL DAS P ESSOAS J URÍDICAS .
Estimado Colega.
Mestre DeRose
Mestre em Yôga e Notório Saber pela Universidade do Porto (Portugal) e pela UniCruz (Brasil).
Comendador e Notório Saber em Yôga pela Sociedade Brasileira de Educação e Integração.
Fundador do Conselho Federal de Yôga e do Sindicato Nacional dos Profissionais de Yôga.
Introdutor do Yôga nas Universidades Federais, Estaduais e Católicas do Brasil.
Fundador da primeira Confederação Nacional de Yôga do Brasil.
Criador da Primeira Universidade de Yôga do Brasil.
Criador do primeiro projeto de lei e principal articulador
da Regulamentação dos Profissionais de Yôga.
1
Alguns Conselheiros não enviaram essa carta. Solicitamos que no-la enviem ur-
gentemente, caso contrário serão exonerados do cargo.
NÃO SE DEIXE INTIMIDAR PELOS CONSELHOS
DE EDUCAÇÃO FÍSICA
Não se amedronte perante a política de intimidação da Educação Físi-
ca. Alguns ensinantes leigos de Yôga com uma formação deficiente
ou sem documentos de habilitação têm-se deixado assustar pelas ame-
aças do Conselho de Ed. Física e atiraram-se de joelhos suplicando
misericórdia. Que esse não seja o seu caso. Nós estamos amparados
juridicamente e muito bem articulados.
Os próprios líderes da Ed. Física declararam: “Saímos para caçar ca-
mundongos e encontramos elefantes.” Não seja um rato. Não traia a
tradição milenar do Yôga. Não entregue o Yôga à Educação Física.
Você acha que as faculdades de Ed. Física ensinariam sobre medita-
ção, mantras, chakras, prána, pújá, kundaliní, sat sanga, círculos de
mentalização, filosofia, alimentação vegetariana, ética de Pátañjali,
Bhagavad Gítá, poder mental, projeção astral e todo o acervo cultural
do Yôga? Tudo isso que durou 5.000 anos seria extinto e se você for
um dos responsáveis a sua dívida kármica será terrível pelo crime de
lesa-Humanidade. Os Mestres Ancestrais jamais o perdoarão e você
terá muito o que responder.
1
Este texto é de uma correspondência que foi enviada a centenas de instrutores de
Yôga e de yóga no ano 2.000.
“QUEREM TRANSFORMAR O YÔGA EM GINÁSTICA”
Com este título, um jornal publicou matéria, confirmando nossas de-
clarações a respeito do perigo que representa confundir nossa profis-
são com ginástica. Os representantes da Educação Física manifesta-
ram-se com as seguintes colocações em relação ao Yôga.
perante a Ed. Física e no futuro venhamos todos a ser, por causa disso,
restringidos na nossa atividade profissional.
O primeiro grupo, em sua maioria esmagadora, defende que o Yôga
não pode ser subordinado à Educação Física e deve ter uma identidade
própria. O segundo grupo tem medo, por não serem seus ensinantes
formados em Yôga por nenhuma instituição com credibilidade. De-
fende que o Yôga precisa da Educação Física e que nós devemos acei-
tar seus ditames, filiar-nos ao Conselho Federal de Educação Física e
pagar a esse Conselho.
É compreensível que quando alguém de um grupo abria a boca, era
maciçamente censurado pelo outro grupo. Mas brigas ocorrem no seio
de qualquer família. Marido e mulher, pais e filhos discutem, descabe-
lam-se, esperneiam, gritam... mas se amam. No final, reconciliam-se e
fica tudo bem. A nossa família yôgi também tem o direito de brigar
um pouco, desde que no fim faça as pazes.
OS GRUPOS DE DISCUSSÃO
Mais para a frente, organizaram-se três grupos de discussão em salas
separadas. Cada grupo teria um mediador, que foi escolhido marota-
mente entre os que não queriam a independência do Yôga. Em cada
grupo, foi eleito um relator que deveria reportar diante de todos o que
o seu respectivo grupo tivesse decidido. Como o Swásthya Yôga esta-
va em grande maioria, em todas as salas prevaleceu a opinião de que o
Yôga não deve ser subordinado à Ed. Física.
Na sala em que a mediadora era a Profa. Neusa Veríssimo, TODOS
eram do Swásthya Yôga. Em dado momento, Neusa teria declarado
que o nosso pessoal não sabia o que estava dizendo porque eram todos
muito jovens. Foi quando uma professora levantou-se e protestou: “Eu
tenho 79 anos e sou professora de Swásthya Yôga. Não sou criança
não senhora.”
A mediadora tentou por todos os meios demover o grupo da sua opi-
nião, forçando para que eles aceitassem modificar o Projeto de Lei e-
laborado pelo DeRose. Todos disseram, unanimemente, que não que-
riam modificar nada. Apesar disso, a mediadora insistiu até o fim na
tentativa de modificar a opinião do grupo que era maioria absoluta.
Que saibamos, o mediador não deve impor sua opinião. Pelo testemu-
nho dos que participaram desse grupo, no final Neusa teria dito: “En-
tão, vamos escrever aqui que aceitamos o Projeto do DeRose com
modificações.” Ao que a turma toda protestou energicamente: “Não
senhora. Não foi isso o que nós decidimos. Não tente nos manipular.
Se a senhora é contra, assuma isso e escreva aí que todos fomos a fa-
vor menos a senhora.” Diante dessa reação, a mediadora teria dito:
“Eu também acho que o DeRose está certo e que não devemos estar
subordinados à Ed. Física.”
Porém, quando a relatora, Profa. Fernanda Neis, cumprindo a sua fun-
ção, relatou esse fato diante da assembléia, Neusa Veríssimo levan-
tou-se de um salto e disse que não tinha declarado aquilo. Ato contí-
nuo, todos os que estavam na sala gritaram em uníssono: “Disse,
MESTRE DeROSE 71
1
Nesse evento, as lideranças da CONYB aprontaram tanta manipulação que o Prof.
Horivaldo não pode se candidatar. No seu lugar candidatou-se o Prof. Humberto,
mas as manipulações acabaram impedindo que ele fosse eleito. Ficou tudo como es-
tava.
72 A REGULAMENTAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DE YÔGA
O único ponto a deplorar nessa reunião foi que a profa. Hilda não re-
conheceu direito de voto às Federações e Associações que já haviam
pago suas semestralidades há cerca de um mês, afirmando que novos
filiados não têm direito de voto. Pelo que lemos no estatuto da CONYB,
isso não consta em parte alguma, portanto, foi uma atitude anti-
democrática, ilegal e truculenta, cometida pelo fato de que os profes-
sores de Swásthya Yôga eram maioria e a CONYB não queria correr o
risco de que vencêssemos as eleições. Mas para não criar constrangi-
mento, deixamos ficar assim.
Vamos ver se no Congresso de Recife, em que será eleita a nova
Diretoria, novamente, vão arranjar algum pretexto para que os
representantes dessas Federações e Associações Profissionais não
possam votar2. Pela nossa experiência de 40 anos em lidar com os
herdeiros da ditadura, podemos prever que, na hora das votações,
a CONYB vai declarar que nós não teremos direito a voto porque
nossas propostas de filiação não foram aceitas! Quer apostar?
DeRose relembrou que quando propuseram a fundação da CONYB, ele
comunicou que já existia uma Confederação e que estava de portas
abertas aos professores de todos os ramos de Yôga. Que, não obstante,
foi incentivador da CONYB e foi o primeiro a se filiar. No presente
momento, acabava de determinar às suas Federações e Associações,
que se filiassem à CONYB. Perguntou se a CONYB ofereceria sua reci-
procidade, se recomendaria que suas Associações se filiassem à Con-
federação de DeRose. Hilda respondeu que não, usando como subter-
fúgio o fato de que não teria autoridade para tanto. Poderia ter respon-
dido que sim, mas que seria respeitada a liberdade de quem não o de-
sejasse.
2
Como previmos, foi o que aconteceu. A CONYB se apropriou do dinheiro das se-
mestralidade das Associações e Federações ligadas ao Mestre DeRose e não reco-
nheceu o direito de voto a nenhuma delas. É claro que foi ilegal e que poderíamos
chamar a polícia e abrir um processo, mas consideramos que isso não é atitude de
professores de Yôga. Assim sendo, desligamo-nos todos, e desligaram-se também
dezenas de instrutores de outras correntes de Yôga e de yóga, envaziando a CONYB,
que ficou restrita a meia dúzia de senhoras.
MESTRE DeROSE 73
que os da ióga são divididos e cada qual quer impor o seu ponto de
vista.
3) Compreenderam também como é importante ter um Mestre, pois
os da ióga são desunidos porquanto cada um diz que segue um
Mestre diferente e nenhum deles reconhece a autoridade do outro.
Ainda há os que não reconhecem Mestre algum, por terem alguma
disfunção psiquiátrica com o termo Mestre. Eles praticariam capo-
eira com o Mestre Canguru sem nenhum problema. Acatariam
humildemente a autoridade do mestre de jangada. Respeitariam o
mestre de obras. Jamais questionariam o mestre-cuca. No entanto,
Mestre de Yôga é um título que incomoda a quem não tem compe-
tência para ser Mestre, mas tem muito orgulho no coração.
4) Aprendemos, ainda, o procedimento característico dos membros
das três Confederações, a saber:
a) A Confederação mais antiga, que tem DeRose como Presiden-
te, manifesta um posicionamento franco e sincero, diz pela
frente o que tiver que ser dito, com uma atitude carinhosa e
linguagem elegante. O movimento final de cada texto ou deba-
te é sempre pró-conciliação.
b) A CONYB não diz o que pensa. Seus membros costumam ficar
quietos pela frente e depois comentar por trás ou tomar atitu-
des à revelia de um Estado de Direto. Trata-se de uma herança
da famigerada ditadura, já que a maioria dos seus membros, já
mais velhos (a maioria é avó ou bisavó), foi discípula de um
coronel durante 21 anos de ditadura militar.
c) A Confederação do Taunay (na verdade, do Esteves Griego)
denuncia-se pelo linguajar mais rude e agressivo, bem como
pelas estratégias de tentar jogar um contra o outro. Muitos dos
seus textos são apenas traduzidos do mentor uruguaio que os
dita diretamente da Argentina. Quanto às notícias distorcidas
que o Taunay tornou públicas, já solicitamos ao nosso amigo
Horivaldo, que era quem o informava sobre o andamento dos
trabalhos, que cobrasse dele uma retratação para não ficar pa-
recendo que as mentiras tivessem partido do Horivaldo.
76 A REGULAMENTAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DE YÔGA
A NOTA TRISTE
A Profa. Rosângela de Castro, Presidente da Federação de Yôga do
Rio de Janeiro, estava grávida de cinco meses. Após presenciar atos
de incivilidade e agressões perpetradas contra os companheiros de
Swásthya Yôga, começou a passar mal e em menos de 24 horas per-
deu o bebê.
A NOTA POSITIVA
A nota positiva foi a atitude exemplar, manifestada pelos professores
Horivaldo Gomes, Paulo Murillo Rosas, Valfrido Miranda, Alexandre
dos Santos, Humberto de Oliveira e Marilda Veloso, de lucidez, equi-
líbrio, esforço de conciliação, amor pela Humanidade e coragem de
expor-se para defender o Yôga e os colegas contra as injustiças que
estavam ocorrendo no encontro. A esses verdadeiros yôgis, nosso vo-
to de louvor e nossa eterna gratidão.
Consideramos:
o DIÁLOGO como a base da democracia;
a POLÊMICA, como meio legítimo de acelerar o processo evolutivo das
idéias;
a CORTESIA, como o recurso mais produtivo no relacionamento entre
os seres humanos;
e a CONCILIAÇÃO, como o ideal maior no intercâmbio entre os profis-
sionais da área.
HERANÇA MILENAR
Lembrem-se todos de que estamos na extremidade de uma linha su-
cessória de energia que tem sua origem em Shiva, percorre os demais
Mestres do passado ao longo dos séculos e termina em nós. Isso re-
presenta uma carga kármica poderosíssima. Trata-se de uma grande
78 A REGULAMENTAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DE YÔGA
AGRADECIMENTO
Agradecemos aos instrutores que redigiram partes deste documento ou
que os revisaram e corrigiram.
Amigo e inimigo são como o yin e yang: precisamos dos dois. Uma ár-
vore cresce para baixo e para cima. Para baixo, cria raízes, que se de-
senvolvem nas trevas, mas sem as quais a árvore não teria força nem
estrutura para manter-se de pé. Os inimigos são as raízes e os amigos,
os ramos que a fazem florescer.
Mestre DeRose
DELIBERAÇÕES DA ASSEMBLÉIA NACIONAL
DA UNI-YÔGA
PELA REGULAMENTAÇÃO PROFISSIONAL
Este comunicado é para informar aos estimados colegas que não pude-
ram comparecer à Assembléia Nacional pela Regulamentação Profis-
sional sobre os debates e deliberações que ocorreram, a fim de que
possamos todos decidir juntos, não importando a distância ou as difi-
culdades que cada um tenha para viajar. Estamos conscientes de que o
subcontinente brasileiro é quatro vezes maior que a Índia e de que não
poderíamos, mesmo que quiséssemos, viajar para cada cidade que re-
solvesse realizar um encontro dessa natureza. Por outro lado, não é
justo que os professores residentes nos Estados mais favorecidos pela
distância ou mais abastados para custear despesas de viagem, tenham
o privilégio de decidir o futuro dos demais.
À GUISA DE ATA
Reuniram-se no dia 6 de janeiro de 2.000, na sede da CONFEDERA-
ÇÃO NACIONAL DE FEDERAÇÕES DE YÔGA DO BRASIL, os Presidentes
das Federações Estaduais de Yôga do Rio Grande do Sul, Santa Cata-
rina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Bahia, bem
como da Associação Brasileira de Professores de Yoga (ABPY) e re-
presentantes de dezenas de entidades de mais de vinte cidades brasi-
leiras.
A Assembléia teve início pontualmente às 15 horas e transcorreu num
clima fraternal, ameno e até divertido. Todas as propostas apresenta-
das foram discutidas dentro das normas da civilidade e do companhei-
rismo, como se espera que transcorra num ambiente de Yôga.
Três sugestões foram levantadas por diversos colegas. A primeira, que
se substituísse o termo Instrutor de Yôga por Profissional de Yôga. A
segunda que se fizesse constar a palavra energéticas no lugar de bioe-
nergéticas, para não propiciar nenhuma confusão com determinado
segmento da Psicologia. E a terceira, que se ampliasse a abrangência
do artigo terceiro, que ficou como consta no texto anexo.
MESTRE DeROSE 81
CONVITE
Aproveitamos a ocasião e convidamos os colegas, já que estão no Rio
de Janeiro, para participar do curso de extensão universitária que vou
ministrar na Universidade Estácio de Sá1. Esse curso faz parte do pro-
grama de formação profissional daquela Universidade e expede um
CERTIFICADO DE INSTRUTOR DE YÔGA, com plena validade legal,
aos que forem aprovados nos exames da Federação de Yôga do Rio de
Janeiro ou de outra Federação reconhecida pela Confederação Nacio-
nal de Federações de Yôga do Brasil. Informe-se pelos telefones (21)
2259-8243 e 2255-4243.
Mestre DeRose
1
Se o leitor quiser saber em que Universidades o curso está instalado atualmente,
e em que cidades, entre em contato com a principal Confederação do país pelos te-
lefones que constam do texto.
São Paulo, 3 de maio de 2.001.
ANÁTEMA
Acabo de chegar da Europa, onde fui ministrar curso de formação de
instrutores na Universidade de Lisboa e encontrei dois documentos
redigidos pela sua entidade de yóga. Um é o pedido de Medida Limi-
nar; e o outro é o texto intitulado “O Yôga e nossa regulamentação
profissional”.
Ao ler esses dois textos fiquei profundamente decepcionado com cada
um dos membros que participam das reuniões do Rio de Janeiro, pois
evidenciaram a continuidade da política de exclusão do nome do Mes-
tre DeRose de todos os lugares. Isso eu podia esperar de colegas que
se declaram nossos “inimigos” – que palavra feia! Não podia esperar
de vocês, os que se posicionam como meus amigos, companheiros e
aliados na luta pela regulamentação.
1. Na Liminar foram citadas frases de vários autores e seus nomes fo-
ram mencionados com toda a honestidade.
Em ordem crescente por número de linhas citadas, são eles:
• Gandhi, 1 linha;
• Swami Sat Ananda Saraswati, 2 linhas (tão inexpressivo ele é
que ninguém conhece esse nome. Ou será que escreveram errado e
era Satyananda?);
• Yesudian, 3 linhas;
• Annie Besant, 5 linhas (nem mesmo era instrutora de Yôga);
• Hermógenes, 5 linhas;
• Van Lysebeth, 5 linhas (poderiam ter traduzido para o português,
afinal, ele nem sequer escreveu em espanhol e sim em francês);
84 A REGULAMENTAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DE YÔGA
Mestre DeRose
QUEM ESTABELECEU A DIFERENÇA ENTRE
O YÔGA E A YÓGA?
Charles, favor informar o Mestre DeRose. Estou lhe retransmitindo este diálogo por
e-mail, que alguém da yóga me enviou. Não sei se foi por engano ou se para estimu-
lar os disse-me-disses. De qualquer forma, isso confirma o que o Mestre denunciou
nos seus livros.
Beijo, Rosana.
From: Shivani
To: Eloah Esteves
Date: Sat, Jul 6, 2002 5:23 AM
Subject: Re SINPYERJ
Querida Eloah, Não fique mais doente por estas coisa. Infelizmente é verdade, mas
isto tudo faz parte de maya não é? Meu carinho e respeito por ele, continuam, mas
politicamente eu nunca confie neste suposto apoio. Ele tem se mostrado fraco de
mais, depois da partida de Maria, e o seu rancor pelo De Rose é maior do que o seu
amor pela classe. Fazer o que? Ele considera que a aprovação do projeto é dar for-
ça ao maligno, (é assim mesmo...).
Mas vamos em frente, em Vedanta aprendemos que toda ação para se realizar de-
pende de 4 forças:
1 – nossa vontade em realiza-la
2 – nossa energia na realização da ação
3 – o tempo para concretizar
4 – o imponderável. A força das leis que não dependem de nós.
É isto amiga, vamos aguardar. Beijos e muita paz. Sua amiga Vera
MESTRE DeROSE
Desde 1960
Ainda assim, pelo respeito que Vossa Excelência merece, estou ane-
xando a esta carta o pronunciamento de resposta e esclarecimento que
divulguei para a Imprensa.
A função do tempo é nos mostrar que as coisas não são bem assim.
Luiz Fernando Veríssimo
Só se atiram pedras nas vidraças íntegras.
Sabedoria popular
A revista [não vamos mencionar o nome da revista para não conceder divulgação
a esse órgão de Imprensa que prestou um desserviço à população] perpetrou
uma grande injustiça com a publicação da reportagem sobre o nosso
trabalho. O fato de que damos uma formação cultural séria e uma pro-
fissão a tantos jovens, levando-os a uma vida digna e saudável, longe
do fumo, do álcool e das drogas não interessou à revista.
SERIEDADE
Qualquer pessoa que trave contato com meus livros ou com minhas
aulas percebe a preocupação constante com a seriedade do trabalho,
com o alto nível da linguagem e com a fundamentação das informa-
ções transmitidas. Isso, no entanto, não interessou ao repórter.
O YÔGA E “A YÓGA”
Mais uma vez, tenho que conviver com a insistência de que fui eu
quem estabeleceu a diferença entre o Yôga e a yóga, apesar de ter eu
mostrado ao jornalista o livro e a página em que o general Caio Mi-
randa introduz esse conceito, na década de sessenta (Hatha Yóga, a
ciência da saúde perfeita, Editora Freitas Bastos, página 26). Por que
insistem em ignorar isso, que está documentado? Será o ranço de sub-
serviência às patentes militares, como herança malsã dos tempos ne-
fandos da ditadura?
Por outro lado, não devemos absorver o golpe como tendo sido algo
pessoal. É o estilo desse tipo de jornalismo. O repórter é um profissio-
nal competente sob o ponto de vista da dedicação, pois passou muito
tempo mergulhado nesse trabalho e entrevistou muitos inimigos nos-
sos. Quando lhe ofereci os documentos que comprovavam a legalida-
de da Universidade de Yôga ele me disse que já havia ido aos cartó-
rios e já tinha em seu poder essa documentação; quando mencionei
um documento nosso arquivado no Consulado da Índia, declarou-me
que já tinha ido lá e lido o documento. Portanto, a matéria difamatória
98 A REGULAMENTAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DE YÔGA
A impressão que nos passa é a de que a matéria foi feita sob enco-
menda. E mais: que o objetivo não era atacar o DeRose, uma vez que
a revista não tem nada contra nós e uma vez que nosso trabalho é sério
e bom. Salta-nos aos olhos que o objetivo era minar a credibilidade do
Yôga, já que estamos em campanha pela nossa regulamentação profis-
sional e para não sermos subordinados à Educação Física. Todos sa-
bem que sou eu quem mais debate e se expõe na luta pelo nosso reco-
nhecimento e independência profissional, desde 1978, quando assumi
a liderança do primeiro projeto de Lei pela regulamentação. Debochar
da figura do Mestre de Yôga atingiu a toda uma classe profissional.
Tudo isso vem demonstrar que ficamos muito poderosos, que estamos
pondo em pânico os inimigos do Yôga e eles começaram a estrebu-
char. Tal agressão só consegue nos estimular mais para o combate
(“Ele adestrou as minhas mãos para o combate.” Salmo 18,34). Va-
mos lutar como leões pela nossa regulamentação profissional e pela
introdução do Yôga como curso de terceiro grau em todo o país1.
PRECONCEITO E DISCRIMINAÇÃO
1
O curso de Yôga de terceiro grau já existe no Sul, mas é preciso que seja instalado
em todos os Estados.
100 A REGULAMENTAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DE YÔGA
Mestre DeRose
Mestre em Yôga e Notório Saber pela Universidade do Porto (Portugal) e pela UniCruz (Brasil).
Comendador e Notório Saber em Yôga pela Sociedade Brasileira de Educação e Integração.
Fundador do Conselho Federal de Yôga e do Sindicato Nacional dos Profissionais de Yôga.
Introdutor do Yôga nas Universidades Federais, Estaduais e Católicas do Brasil.
Criador do primeiro projeto de lei e principal articulador
da Regulamentação dos Profissionais de Yôga.
Cordialmente,
Mestre DeRose
Mestre em Yôga e Notório Saber pela Universidade do Porto (Portugal) e pela UniCruz (Brasil).
Comendador e Notório Saber em Yôga pela Sociedade Brasileira de Educação e Integração.
Introdutor do Yôga nas Universidades Federais, Estaduais e Católicas do Brasil.
Criador da Primeira Universidade de Yôga do Brasil.
Fundador do Conselho Federal de Yôga e do Sindicato Nacional dos Profissionais de Yôga.
Fundador da primeira Confederação Nacional de Yôga do Brasil.
Criador do primeiro projeto de lei e principal articulador da
Regulamentação dos Profissionais de Yôga.
Modelo de carta que foi enviada às academias, como sugestão para que você escreva as suas.
Mestre DeRose
Mestre em Yôga e Notório Saber pela Universidade do Porto (Portugal) e pela UniCruz (Brasil).
Comendador e Notório Saber em Yôga pela Sociedade Brasileira de Educação e Integração.
Fundador do Conselho Federal de Yôga e do Sindicato Nacional dos Profissionais de Yôga.
Introdutor do Yôga nas Universidades Federais, Estaduais e Católicas do Brasil.
Fundador da primeira Confederação Nacional de Yôga do Brasil.
Criador da Primeira Universidade de Yôga do Brasil.
Criador do primeiro projeto de lei e principal articulador
da Regulamentação dos Profissionais de Yôga.
SE VOCÊ ESTIVER AMEAÇADO DE PERDER O SEU TRABALHO
Se você estiver ameaçado de perder seu trabalho como instrutor de
Yôga, diga ao responsável pelo estabelecimento que, para você con-
seguir se regularizar, o Sindicato Nacional dos Profissionais de Yôga
precisa que ele digite esta carta em papel timbrado da academia ou
clube e assine. Reconheça a firma do responsável. Envie-nos esse do-
cumento para que possamos defender você em juízo. Mas, atenção: a
carta tem que ser exatamente como consta abaixo.
Local e data.
Por determinação do CREF, a partir da data X você não poderá mais minis-
trar práticas de Yôga neste estabelecimento, a menos que se filie ao citado
Conselho Regional de Educação Física.
Sendo o que se apresenta para o momento, somos
do Yôga pela Ed. Física, mas na hora de votar, virou a casaca. Hélder
de Carvalho, não nos consta que tenha se declarado publicamente a
favor da subordinação, mas cartas anônimas insultuosas e difamatórias
contra a liderança da regulamentação tiveram como remetente o seu
endereço e ele não esclareceu o fato. Taunay é representante de enti-
dades argentinas que, segundo testemunhas daquele país, são bem co-
nhecidas por politicagem, luta pelo poder, tática de varejar mentiras,
difamações e até ameaças de morte sistemáticas por telefone.
À
Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados
Câmara dos Deputados
Praça dos Três Poderes
Brasília – DF
Senhores Deputados.
Somos praticantes de Bhakti Yoga do Estado do Pará. Estou lhe escreven-
do para confirmar, em nome dos profissionais desta nobre linhagem, nosso
apoio ao projeto de Lei que regulamenta o exercício das atividades profis-
sionais de Yoga e cria os Conselhos Federal e Regionais de Yoga (Projeto
de Lei no. 4680/2001). Este projeto que está tramitando na Comissão de
Constituição e Justiça da Câmara dos deputados, pelo nosso entendimento
abrange todas as linhas de Yoga e certamente beneficiará todos os profis-
sionais desse milenar ramo do conhecimento.
Na acepção mais correta Yoga é união, integração, compreensão, portanto,
paz e como tal deve primar pela preservação da paz, da união e do enten-
dimento entre os povos.
Este projeto de Lei vai possibilitar a identificação profissional de uma classe
que, devido ao expressivo contingente de praticantes e ensinantes, já está
merecendo a regulamentação, que é interesse social de uma imensidão de
profissionais de todas as linhas de Yoga (Bhakti Yoga, Hatha Yoga, Kunda-
liní Yoga, Rája Yoga, etc.). Enfim, não se limita a uma única linhagem, mas
contempla a todos nós, em ampla dimensão. Por isso, somos favoráveis à
aprovação dessa lei.
É em nome da paz, da compreensão e da evolução espiritual que transcen-
de qualquer conhecimento da matéria, que somos favoráveis à regulamen-
tação das atividades profissionais de Yoga.
Atenciosamente,
Associação dos Devotos de Krishna (Bhakti Yoga)
Rua Senador Manoel Barata, 721 Altos
Belém – Pará
Telefone 222-1542.
Assinado por Franscisco Virgino Gomes Neto
MESTRE DeROSE 133
Mestre DeRose:
Prezados Colegas.
Cordialmente,
DARCI MARIA BRAGA DE OLIVEIRA
INSTRUTORA DE HATHAYÔGA
RUA PADRE FAUSTINO, 106 AP 02 SANTA INÊS
31070-070 – BELO HORIZONTE – MG
1
Em Belo Horizonte, o primeiro curso ministrado pelo Mestre DeRose foi na Universidade Fe-
deral em 1979. Antes desse, realizaram-se centenas de outros cursos desde o início da década
de 70 em diversos Estados, nas Universidades, faculdades e outras instituições culturais.
136 A REGULAMENTAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DE YÔGA
REDAÇÃO FINAL
PROJETO DE LEI NO. 4680-C, DE 2.001
Regulamenta o exercício das atividades profissionais de Yôga e cria os Conse-
lhos Federal e Regionais de Yôga.
O CONGRESSO NACIONAL decreta:
Art. 1º – O exercício das atividades profissionais de Yôga e a designação de Pro-
fissional de Yôga são prerrogativas dos profissionais regularmente registrados
MESTRE DeROSE 145
1
Instigados pelas minhas cartas, hoje, vários profissionais já estão se movimentan-
do, auxiliados e esclarecidos pelos Sindicatos e pelas Federações.
148 A REGULAMENTAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DE YÔGA
TUDO O QUE VOCÊ NUNCA QUIS SABER SOBRE YÔGA: O título provocativo e
bem humorado sugere a leveza da leitura. Foi estruturado em perguntas e respostas
para esclarecer aquelas questões que todo o mundo quer saber, mas nunca nem
imaginou formular por não ter alguém confiável a quem perguntar. “Será que estou
praticando um Yôga autêntico ou estarei comprando gato por lebre? Meu instrutor
será uma pessoa séria ou estou sendo enganado por um charlatão? O que é o Yôga,
para que serve, qual sua origem, qual a proposta original, quando surgiu, onde sur-
giu, a quem se destina? Há alguma restrição alimentar ou da sexualidade? Será uma
espécie de ginástica, terapia, religião?” Tudo sobre Yôga indica uma vasta literatura
de apoio, ensina como escolher um bom livro, como aproveitar melhor a leitura, e in-
clui documentação bibliográfica discriminada, de forma que as opiniões defendidas
possam ser confirmadas em outras obras. Orienta inclusive para a formação de ins-
trutores de Yôga e é livro-texto da Primeira Universidade de Yôga do Brasil.
BOAS MANEIRAS NO YÔGA: Bons modos são fundamentais para todos. Nós que
não comemos carnes, não tomamos vinho e não fumamos, como deveremos nos
comportar num jantar, numa recepção, numa visita ou quando formos hospedados?
Você já está educado o bastante para representar bem o Yôga? E, refinado o sufici-
ente para ser instrutor de Yôga ou Diretor de Entidade? Qual a relação entre Mestre
e Discípulo? Algumas curiosidades da etiqueta hindu. Nosso Código de Ética.
PENSAMENTOS DO YÔGA: Este livro foi escrito pelo Mestre DeRose aos 18 anos
de idade e estava inédito até agora. Em 1962 chamava-se As Setenta e Sete Cha-
ves, por apresentar 77 máximas. Algumas são sérias, outras são engraçadas; umas
são cáusticas, outras doces; umas são leves e outras filosoficamente muito profun-
das; algumas delas só poderão ser compreendidas no seu sentido hermético se fo-
rem lidas por pessoas com iniciação maçônica ou similar. Naquela época o único
exemplar que existia era usado, pelo próprio autor, como conselheiro para o dia-a-
dia. Ele se concentrava sobre uma questão que desejasse consultar, e abria o livro
numa página aleatoriamente. Lia e meditava sobre o pensamento e sua relação com
a questão. Muitas vezes o resultado era surpreendente.
ADVERTÊNCIA
O Swásthya Yôga cresceu muito nas últimas décadas e difundiu-se por toda parte.
Centenas de estabelecimentos sérios e milhares de profissionais honestos estão
realizando um ótimo trabalho nos núcleos de Yôga, bem como nas empresas, clubes
e academias de todo o país. Nas livrarias, os livros de Swásthya Yôga não esquen-
tam prateleira. Assim que chegam, esgotam-se.
No entanto, precisamos reconhecer o outro lado da medalha: bastante gente diz que
ensina Swásthya Yôga, mas muitos nem sequer prestaram exame na Federação,
outros foram reprovados, outros nem curso de formação fizeram, e todos esses ten-
tam vender um grosseiro engodo aos seus crédulos alunos.
Para defender-se, bem como proteger a sua saúde e poupar o seu dinheiro, tome as
seguintes precauções:
1. Peça, cordialmente, para ver o certificado do profissional. Algo como: “Ouvi di-
zer que o certificado de Instrutor de Yôga do Mestre DeRose é lindíssimo! Di-
zem que o documento é expedido por Universidades Federais, Estaduais e Ca-
tólicas. Eu gostaria de vê-lo. Você pode me mostrar o seu?”
2. Se o ensinante não mostrar, desconfie. Por que alguém não teria todo o interes-
se e satisfação em exibir seu certificado de instrutor de Yôga? Ele se melindrou?
Então é porque não é formado. Fuja enquanto é tempo.
3. Se o profissional mostrar algum papel, leia com atenção para constatar se o do-
cumento declara expressamente que é um Certificado de Instrutor de Yôga,
ou se é apenas um certificado de pequenos cursos, que qualquer aluno pode
conseguir num workshop de duas horas, o qual, obviamente, não autoriza a le-
cionar. Verifique também se não é uma mera falsificação feita em casa, no
computador. Se for, denuncie. Lugar de falsário é na cadeia.
4. Confirme pelos telefones da Uni-Yôga, (11) 3081-9821 e 3088-9491, se essa
pessoa é mesmo formada, se o seu certificado é verdadeiro e se permanece vá-
lido. Casos de descumprimento da ética, de desonestidade ou de indisciplina
grave podem resultar na cassação da validade do certificado. Você não gostaria
de ser aluno de uma pessoa com esse tipo de caráter, gostaria?
5. Independentemente de o profissional ser mesmo formado e seu certificado estar
válido, caso ele ensine algo que esteja em desacordo com os livros do codifica-
dor do Swásthya Yôga, o Mestre DeRose, essa é uma demonstração cabal de
que não está havendo fidelidade. Não aceite um instrutor que adultere o méto-
do. A garantia de segurança e autenticidade só existem se o método for respei-
tado na íntegra. Portanto, é importante que você, aluno, leia os livros de Swás-
thya Yôga recomendados na bibliografia, assista aos vídeos com aulas e utilize
os CDs de prática. Se tiver dificuldade em encontrá-los, ligue para a Uni-Yôga
pelos telefones acima.
Com estes cuidados, temos a certeza de que você estará respaldado por uma estru-
tura de seriedade, honestidade e competência que lhe deixarão plenamente satisfei-
to.
MESTRE DeROSE 157
REPRODUÇÃO DO CERTIFICADO
158 A REGULAMENTAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DE YÔGA
Professores Credenciados
160 A REGULAMENTAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DE YÔGA