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Atentemosnaspalavrasdo QuadroI:
Quadro I
nhecemos
utilizar, ridicularizar,'
-ai em adjectivos -idade como
em nomes
floral, como
cerebral,' dignidade, -izar : em ..~
cutralizar; cutralidade,
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gramaticais como em claro (ver adiante 3.3.); por esta razão, os
~ 1independentes 8.Pelo con- 8 Alguns radicais eruditos
comportam-se como formas
os afixos surgem sempre associados a radicais, pelo que se lhes presas,uma vez que se combi-
formas presas ou dependentes. Os afixos que se seguemao radi- nam obrigatoriamente com
, 'sufixos, enquanto os que precedem o radical recebem o outros radicais para formar
compostos (ver Processos de
de prefixos 9. No Quadro I, apenas ocorriam afixos sufixais; no formação de novas palavras);
repare-se em exemplos como
[ apresentam-seafixos prefixais: arborícola (arbor- (árvore) +-
cola (cultivador, habitante»,
Quadro 11 omnívoro (omni- (todo) + -
voro (comedor», uníssono
(uni- (um) + -sono (que soa»,
formadas a partir de radicais
latinos, e em exemplos como
bibliófilo (biblio- (livro) + -
filo (amigo», hipopótamo
(hipo- (cavalo) + -potamo
(rio», xenófobo (xeno-
(estrangeiro) + -lobo (ini-
migo», formadas a partir de
radicais gregos.
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os sufixos flexionais, um certo número de radi-
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3.3 Flexão
Como se sabe,o
ceitos gramaticais como os de número, género, pessoa e
estesmodernas, .
que transmitem outros tantos valores gramaticais. Assim,
como gato, as várias combinações possíveis das categorias
género originam as formas gato (masculino, singular), gatos'
plural), gata (feminino, singular), gatas (feminino, plural).
Continuando com o mesmo exemplo, as quatro formas não
palavras distintas do item gato, antes são formas flexionadas da
palavra, contrariamente ao que o .~ -~
tificadores, nomes,
e género (ver Quadros m e N). Existe ainda flexão de .
diminutivo (casa/casarão/casinha;
grande/grandão/grandinho)
e
grau superlativo absoluto (por isso mesmo dito sintético) nos
(belolbelíssimo,correcto/correctíssimo),sendoos restantes~ -,
vos expressospor processossintácticos,i.e., pela combinaçãode --
vras (mais belo do que/tão belo com% menosbelo/muito belolbelo,
Quantoaosverbos,flexionam em tempo, aspectoII e modo, ,
11Simplificadamente,a cate- transmitidos por um único moderna (ver Quadro V), e em pessoae .
goriagramatical'aspecto'diz
valoresigualmenteexpressospor um úni~o moderna (ver QuadroVI).
respeito ao tipo de situação
denotada por uma palavra A distinção ternlÍnológica .
(e.g., estática vs dinâmica,
como saber vs pedalar), à os tempos verbais formados através de processosflexionais, que'
suaduração(e.g.,pontual vs
durativo,comoabro vs estou tram indicados no Quadro V, e os que são formados por processos
a abrir), e ao ponto de refe- ticos, i.e., através de perífrases que incluem um ou mais'
rência adoptadopara a des-
crever (e.g., acabado vs e um verbo principal ou copulativo (compare-se fizera com tinha
inacabado, como comi vs faço com tenho feito, farei com terei feito). Também ~~ " ~ .
comia)(Ver capítulo6).
(entre activa e passiva, como em comeu vs foi comido), muitos ...
aspectuais (e.g., está a comer muito, anda a comer muito, etc), -
(e.g., tenho de sai!; posso sair) e mesmo temporais (como em vou
são asseguradosem Português por processos sintácticos e ~,..-,.,
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Poroposição às categorias nominais e aos verbos, preposições,conjunções,
interjeições e advérbios 12não flexionarn, dizendo-se por isso que se trata '" Alguns advérbios graduá-
veis aceitam superlativo abso-
de classesde palavras invariáveis.
luto sintético idêntico ao dos
adjectivos, como é o caso de
Recordemos agoraasaltemânciasde númeroe géneromaisprodutivasem muitíssimo, pouquíssimo; no
Portuguêscontemporâneo,que se apresentam
nos QuadrosIII e IV: caso dos advérbios graduáveis
terminados em -mente,forma-
-se o superlativo absoluto sin-
Quadro III -Número tético do adjectivo e só depois
se combina esta forma com
FORMA SINGULAR TERMINADA FORMA SINGULAR TERMINADA -mente, como em curiosissi-
mamente,estranhissimamente.
EM VOGAL OU DITONGO EM CONSOANTE (DISTINTA DE -/13)
13Com os nomes e adjectivos
temlinados em -I, as altemân-
014 / -s 0 / -es cias singular/plural são as
seguintes:
mesa I mesa~ abdómen / abdómen~ (a) palavras terminadas em
-ai, -el, -01 e -ul e oxítonos
rede / rede~ professor/ professor~ temlinados em -il: -l/-is,
como em animal/animais,
javali / Javali~ inglês / ingles~
papel/papéis. anzol/anzóis,
aluno / aluno~ capataz/ capataz~ azul/azuis; canil/canis,
funil/funis, villvis;
peru / peru~ (b) paroxítonos terminados
em -il: -il/-eis, como em
manhã / manhã~ fácillfáceis, fóssillfósseis,
útil/úteis.
bem / ben~
14O símbolo representao cha-
jardim / jardin~
mado morferna zero. Quando
som / son~ a realização de uma categoria
gramatical dada flexional-
atum / atun~ mente numa língua não cor-
responde a um morfema
pai / pai~ foneticamente realizado, diz-
-se que ela é asseguradapelo
mau/ mau~ moderna zero: é o que acon-
tece com a categoria número
lei / lei~ em Português, em que o sin-
chapéu / chapéu~ gular, por oposição ao plural,
não tem realizaçãofonética
boi / boi~ própria.
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Quanto à flexão verbal, ela organiza-se em três paradigmas (as
ções), indicados
minada vogal temática.
pela -~ Assim, verbos terminados ". em -qr --
16Como se sabe,estetempo
simples caiu em desuso em
Português contemporâneo,
sendosubstituídopelo mais-
-que-perfeitocomposto, for-
mado pelo imperfeito do
indicativo do verbo auxiliar
ter e pelo particípio passado
doutroverbo,como em tinha
comidoem vez de comera.
~O
(b) o tema do pretérito -do pretérito perfeito do indicativo formam-
-se o mais-que perfeito do indicativo, o imperfeito do conjuntivo
e o futuro do conjuntivo;
o número:
Português.
Durante uma certa fase do processo de aquisição da linguagem, a
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feminino em Português);regularizaçõesanálogascaracterizam
falantesque aprendemPortuguêscomo língua segundaou estrangeira.
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resultam de empréstimos de outras línguas. De facto, considerando
o período posterior à fundação da nacionalidade, são empréstimos:
palavras
piloto) e de
como música cicerone (como e piza;
cantata, maestro, ópera),
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«disco compacto», mantendo a ordem da expressão em
«Companhia de Caminhos de Ferro Portugueses»), OUA
Unidade Africana»), UE (por «União Europeia»).
só palavra.
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Outro processo de formação de novas palavras muito produtivo
versão. Através deste processo, obtém-se uma nova palavra de
diferente de outra já existente, sem qualquer alteração na
muito frequente a conversão de formas intinitivas de verbos (=
nomes (= N) (vejam-se os exemplos vai comerv
~ o Ql!1m:N,vai mv ~ um mN), assim como a
bais participiais em adjectivos (= A) e a destes em nomes
exemplos tem .(Ql..i4Qv~ tão .(Ql..i4QA~ o .(Ql..i4QN,tem sentidov
sentidoA ~ um sentidoN).
fixos
Este processo
ou sufixos morfológico,
que têm significado
denominado lexical)derivação,
formam-se permite
adjectivização:
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Quadro VIII -Norninalização
Quadro IX -Adjectivização
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portam
nominal -ado), muitos outros alteram a categoria da forma
(vejam-se os exemplos do sufixo verbal -ar, do sufixo nominal
sufixo adjectival -veZ).
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