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1º Horário
ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA FEDERAL (continuação)
Administração Pública Direta (continuação): Teorias que tentam explicar a relação do
Estado com seus agentes
AUTARQUIAS
Conceito
Criação e extinção
Controle
Atos e contratos
Bens
Responsabilidade Civil Objetiva
Regime de Pessoal
Privilégios Tributários
Privilégios Processuais
Espécies de autarquias
2º Horário
ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA FEDERAL (continuação)
Fundações Públicas
Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista: Conceito; Regime Jurídico;
Criação e extinção; Finalidade; Bens; Atos e Contratos; Falência; Controle; Privilégios
Tributários; Privilégios Processuais; Exemplos; Diferenças; Regime de Pessoal
Consórcios Públicos: Conceito; Natureza Jurídica
Agências Executivas
1º HORÁRIO
Obs.: Alguns órgãos possuem representação judicial própria, mas isso não implica em
personalidade jurídica própria (mas essa não é a regra).
A vontade do Estado só pode ser externada por meio de seus agentes públicos.
Teoria do Mandato
Críticas
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O mandante não responde quando o mandatário descumpre a lei.
Teoria da Representação
Críticas
Teoria do Órgão
Idealizada por Otto Gierke: a idéia de representação é substituída pela idéia de imputação.
Quando o agente público pratica um ato, esse ato praticado é imputado ao órgão ao qual ele
pertence, ou seja, ao Estado. O agente público desempenha as atribuições legalmente imputadas
ao órgão.
Princípios
- Reserva legal
As pessoas da Administração Indireta são criadas por lei ou tem criação autorizada por lei.
- Especialidade
A finalidade que justificou a criação da entidade vincula a sua atividade, o seu desempenho.
- Controle ou tutela
Os órgãos da Administração Direta exercem controle sobre a Administração Indireta (art. 4, pu,
Dec. Lei 200).
- Independência ou autonomia
As entidades da Administração são criadas para agir com independência, autonomia, dentro das
finalidades para as quais foram criadas.
Entidade: vide art. 1, parág. 2, II, Lei 9.784/99 (processo administrativo federal): unidade de
atuação dotada de personalidade jurídica.
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Autarquias
Fundações públicas
Obs.: Qualquer pessoa de direto público dotada com capacidade meramente administrativa tem
natureza autárquica.
Autarquias
Conceito
Art. 5, I, do Dec. Lei 200/67: é uma pessoa jurídica de direito público criada para desempenhar
atividade típica da administração pública.
Criação e extinção
Art. 37, XIX, da CF – por lei específica. A pessoa nasce com a simples publicação da lei.
Controle
Atos e contratos
São atos e contratos administrativos precedidos de licitação (também podem celebrar contratos de
direito privado).
Bens
A autarquia responde objetivamente pelos atos que seus agentes, nesta qualidade, causarem a
terceiros – art. 37, parag. 6, CF.
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Regime de pessoal
Até agosto de 2007 existia tanto o regime de cargos (estatutário – Lei 8.112/90) quanto o regime
de emprego público (celetista – Lei 9.962/00 que mandava aplicar a CLT).
Em agosto de 2007, ADI 2.134-5, o STF restaurou a obrigatoriedade do regime jurídico único (em
sede de liminar – efeito ex nunc), que havia sido eliminada pela EC 19 (foi julgada inconstitucional
nesta parte).
Privilégios tributários
Art. 150, parág. 2, da CF: gozam de imunidade tributária recíproca relativa aos seus bens, rendas
e patrimônios vinculados à sua finalidade (os entes políticos possuem imunidade absoluta).
Privilégios processuais
- Prazos dilatados;
- Reexame necessário: decisões contra a Fazenda precisam ser confirmadas pelo Tribunal para
produzir efeitos;
- Regime especial de execução: art. 100, da CF (precatórios). A exceção é a requisição de
pequeno valor.
- Juízo privativo: Justiça Federal e Varas estaduais Especializadas.
Espécies de autarquias
Conselhos Profissionais.
Obs.: A OAB recebe tratamento diferenciado dos tribunais Superiores. Ele não integra a
administração pública indireta. Além de ser um conselho profissional a OAB tem um papel
constitucional de guardiã da democracia, do Estado Democrático de Direito, das instituições
democráticas.
Privilégios da OAB:
Agências Reguladoras
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- Fontes próprias de receita;
2º HORÁRIO
Fundações públicas
Natureza jurídica
Fundação Pública é instituída pelo Poder Público. Sua natureza jurídica é controvertida. Segundo
Celso Antônio toda fundação pública tem natureza jurídica de direito público, ou seja, sempre têm
natureza de autarquia. Para Hely Lopes toda fundação pública sempre tem natureza jurídica de
direito privado.
Uma fundação pública pode ter personalidade de direito público ou de direito privado. Quem as
institui é que vai decidir a sua personalidade. Se for de direito público ela será fundação
autárquica ou autarquia fundacional (espécie do gênero autarquia); se for de direito privado ela
será fundação governamental (seu regime jurídico é semelhante ao das empresas públicas e ao
das sociedades de economia mista prestadoras de serviço público), sendo essa uma posição de
Di Pietro.
Obs.: art. 37, XIX, da CF: estabelece que lei complementar defina a área de atuação das
fundações públicas.
Obs.: O MP não exerce um controle específico sobre as fundações públicas, pois já existem
formas específicas de controle (só fiscaliza as do CC): posição doutrinária. Tem que se verificar a
lei orgânica de cada MP.
Conceito
- Empresa pública: art. 5, II, do Dec. Lei 200/67: é a pessoa jurídica de direito privado formada
por capital 100% público e que pode ter organização jurídica sob qualquer forma admitida em
direito.
- Sociedade de economia mista: art. 5, III, Dec. Lei 200/67: é a pessoa jurídica de direito privado
formada por capital misto (público e privado) que só pode se organizar sob a forma de
sociedade anônima, sendo o controle acionário pertencente ao Poder Público.
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Obs.: A expressão Empresa Estatal abrange qualquer empresa controlada pelo Estado, o que
inclui Empresas Públicas, Sociedades de Economia Mista, suas subsidiárias e demais empresas
controladas direta ou indiretamente pelo Poder Público.
Regime jurídico
Criação e extinção
Com o registro dos atos constitutivos no órgão competente precedido de autorização legislativa.
Finalidade
Bens
Os bens das pessoas jurídicas de direito privado prestadoras de serviço público e vinculados ao
serviço são públicos.
Responsabilidade civil
- Quando as prestadoras de serviço público: responsabilidade objetiva (art. 37, parág. 6, da CF);
- Quando exploradoras de atividade economia: responsabilidade subjetiva.
Atos e contratos
Elas têm personalidade de direito privado, então seus atos e contratos são regidos pelo direito
privado. Mas quando elas exercem atividade administrativa estarão praticando atos
administrativos (Ex.: licitação – súmula 333, do STJ).
Obs.: Licitação:
- Prestar serviço público: tem sempre que licitar pela Lei 8.666 e 10.520.
- Explorar atividade econômica: art. 173, da CF, diz que lei definirá o estatuto jurídico próprio
para licitação. Essa lei ainda não foi editada, então tem que se aplicar a Lei 8.666 e a 10.520.
Mas a licitação sempre visa o interesse público: para contratos relacionados com a atividade
fim não será exigido a licitação, pois frustraria o interesse público. Para as atividades meio a
licitação é obrigatória (Ex.: publicidade e propaganda sempre é atividade meio).
Falência
Controle
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Sujeitam-se ao controle administrativo e ao controle do Tribunal de Contas (tanto empresas
públicas quanto sociedades de economia mista).
Privilégios tributários
Em regra, elas não possuem esses privilégios. Mas o STF entende que os Correios merecem
tratamento de Fazenda Pública e possuem esse privilégio.
Privilégios processuais
Não possuem.
Obs.: cuidado com a Lei 9.494/97 (tutela antecipada contra a Fazenda Pública): estende alguns
privilégios às prestadoras de serviço público (Ex.: prazo qüinqüenal).
Exemplos
Diferenças
Regime de pessoal
Consórcios públicos
Natureza jurídica
Podem ter personalidade jurídica de direito público ou de direito privado. Quem cria o consórcio é
quem vai decidir. Se for regido pelo direito público ele será uma Associação Pública, aplica-se
tudo o que se aplica às autarquias. Se for regido pelo direito privado, ele será uma Associação
Civil, dessa maneira aplica-se o CC naquilo que não contrariar a Lei 11.107/05.
Agências executivas
É uma autarquia ou fundação pública que recebeu essa qualificação por celebrar com a União um
contrato de gestão. A qualificação é temporária: só durante o contrato de gestão. Ela se
compromete a alcançar metas e resultados definidos no contrato de gestão.