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O Primeiro de Janeiro

21 de Janeiro de 2008
Cultura & Espectáculos PESQUISAR

The Go! Team estremeceram a Casa da Música em mais um Clubbing


Música e rebuliço q.b.

Casa cheia na Casa da Música para a estreia do


Clubbing no novo ano. The Go! Team e Coldfinger
eram cabeças-de-cartaz, de uma noite que terminou
ao som forte e electrónico de Dj Kaos. O sexteto
inglês trouxe o seu rebuliço até ao Porto e ganhou.
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Luxúria Canibal fechou «Ciclo Spoken Words»


A realidade ficcionada de «Estilhaços»

O «Ciclo Spoken Words», do 3.º Circunvalação à


Noite, fechou em excelência. Adolfo Luxúria Canibal
lançou os seus «Estilhaços», que não são mais do
que episódios biográficos, relatados num registo de
realidade ficcionada.

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Concerto de John Cale em Maio e companhia londrina Edge em Julho, são


algumas das apostas da Casa das Artes
Programação muito eclética

John Cale, Melissa Walker e Chico César, na área da


música, e a Companhia Paulo Ribeiro e Edge (de
Londres) na dança são alguns dos nomes
programados para o presente semestre da Casa das
Artes de Famalicão. Teatro e exposições de artes
plásticas também fazem parte da programação do
equipamento pertencente à autarquia.
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Museu do Vinho Bairrada inaugura mostras temporárias de pintura e escultura

http://www.oprimeirodejaneiro.pt/?op=tema&sec=c20ad4d76fe97759aa27a0c99bff6710 (1 of 4)08/01/21 9:18


O Primeiro de Janeiro

Tinta, barro e pedra em exposição


Sente que há um clima
No próximo sábado o Museu do Vinho Bairrada generalizado de
inaugura três exposições temporárias de pintura e insegurança no Porto, ou
escultura. «Figuras com tinta», «Travo a barro e casos de violência
pedra» e uma póstuma de pintura de Cândido Teles. focalizada?
As exposições estarão patentes até ao próximo dia 9
de Março. Sim
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Não

Primeiro trabalho histórico sobre Amílcar Cabral apresentado em Portugal VOTAR

O Homem que fez história

Julião Sousa foi não só o primeiro guineense a


doutorar-se na Universidade de Coimbra, como
também apresentou o primeiro trabalho histórico
sobre Amílcar Cabral e a sua influência no processo
de independência da Guiné e Cabo Verde. O
Homem que fez história.
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Vida do milionário comerciante português no Brasil é contada em livro


História de Manuel Vicente D’Anunciação

O livro sobre a história do milionário comerciante português Manuel Vicente


D’Anunciação, que viveu no Brasil no século XIX e cujos herdeiros travam uma
batalha para recuperar a herança, será lançado em Portugal, em Março.
A edição portuguesa da obra «O Capitão dos Índios», da autoria de Ana Lígia
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O Primeiro de Janeiro

21 de Janeiro de 2008
Cultura & Espectáculos PESQUISAR
Primeiro trabalho histórico sobre Amílcar Cabral apresentado em Portugal
O Homem que fez história

Julião Sousa foi não só o primeiro guineense a doutorar-se na Universidade de


Coimbra, como também apresentou o primeiro trabalho histórico sobre
Amílcar Cabral e a sua influência no processo de independência da Guiné e
Cabo Verde. O Homem que fez história.
Paula Alexandra Almeida

Se é bem verdade que um homem só nunca fez a


história, é também verdade, argumenta Julião
Sousa, que “pode ter um papel directo e influente
nela por intermédia da sua acção e habilidade”. Este
é sem dúvida o caso de Amílcar Cabral, mesmo
apesar de, nas vésperas do seu assassinato, ter
recusado a figura de herói, “para se colocar no
quase sempre difícil e não menos importante papel de intérprete das aspirações das
massas”.
Para Amílcar Cabral, afirma Julião Sousa, “o facto de ter liderado a luta pela
independência de dois territórios – Guiné e Cabo Verde – não lhe dava direito a figurar
no panteão dos heróis”. Antes pelo contrário. “Se há um herói no meu país – afirmava
Cabral nas vésperas do seu assassinato – é o nosso povo. E nós estamos decididos a
expressar os sentimentos, as aspirações do nosso povo”.
A análise desta perspectiva de intérprete das aspirações das massas é precisamente
a da tese defendida este mês na Universidade de Coimbra por Julião Sousa. Isto é,
explica, “propus-me estudar Amílcar Cabral não como um herói da história, “super-
herói”, “homi grandi” [grande homem] ou “homem providencial”, mas como um ser
humano normal, pensante e prático, integrado no seu tempo e projectado no futuro”.
Um homem a quem cabe perfeitamente a expressão de Jean Davignaud “ancêtre de
l’avenir” [antepassado do futuro].

De “português” a “africano”
A tese de Julião Sousa revela como, numa primeira fase da sua vida, Amílcar Cabral
assimilou toda uma política colonialista portuguesa, chegando mesmo a considerar-se
“português”, e mais tarde, já numa fase universitária em Portugal, começa um
percurso de vida que o faz regressar às origens.
O historiador procurou compreender “o percurso e a formação de Amílcar Cabral
antes de enveredar pela via revolucionária”, tentando perceber também quais as
influências na sua formação intelectual e política.

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O Primeiro de Janeiro

Uma das influências mais acentuadas no espírito de Cabral terá sido o texto
«Anthologie de la nouvelle poesia négre et malgache de la langue française», da
Sente que há um clima
autoria de Leopold Senghor, mas também o contacto com as ideias pan-africanistas,
generalizado de
no quadro das influências político-ideológicas a cumplicidade com os angolanos
insegurança no Porto, ou
Agostinho Neto, Mário de Andrade e Viriato da Cruz.
casos de violência
Estes contactos, afirma Julião Sousa, “tiveram uma importância crucial e decisiva,
focalizada?
sobretudo a partir de 1948/49, na definição clara de uma linha de actuação cada vez
mais autónoma, indo já no sentido da libertação do Homem africano”. Sim
Fundador do PAIGC – Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde,
Cabral foi percursor nos movimentos internacionais de libertação, dando um contributo Não
inestimável e inquestionável à unidade africana.
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Amílcar Cabral nasceu a 12 de Setembro de 1924 e foi assassinado a 20 de Janeiro
de 1973.
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