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O ano em questão, marcado pela rebeldia dos estudantes na Europa – o famoso Maio de
1968 -, teve reflexo na juventude carioca e paulista (e em outras capitais brasileiras). As
crescentes manifestações estudantis e o apoio dos populares desencadearam vários
processos para tentar legitimar o uso da força por parte dos militares. Quatro anos
depois do golpe – que fora apoiado pelos meios de comunicação e opinião pública –,
inúmeras falhas administrativas desgastavam a imagem perante os populares.
Descontentes com os rumos que o golpe culminava, as revoltas populares, arquitetadas
pelos movimentos estudantis, tomavam às ruas. Ao mesmo tempo, a “Revolução
Armada” ganhava corpo e força entre os jovens rebeldes com o sistema.
Nem a tentativa do então vice-presidente, Pedro Aleixo, foram suficiente para evitar o
golpe dentro do golpe, nem a atitude digna de Pôncio Pilatos do então presidente, o
General Costa e Silva, foi capaz de impedir o Ato Institucional número 5 (AI-5), que
estava em com as horas contadas para ser instituído. Ao passo, que a esquerda
estudantil, cada vez mais fragmentada, perdera força e a empatia da opinião pública ao
misturar rebeldia e baderna, manifestação popular com atos de vandalismo
desnecessários. Além da ingenuidade e ações de espionagem infiltradas entre os
estudantes.