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Seminário:
Portanto o cristianismo fora assim confundido com mais uma seita judaica e esta
relação estreita se manteve por todo o século I
O Antigo Testamento (Bíblia) que ao tempo de Império era conhecido pela versão
dos setentas (a sua tradução teria sido elaborada por 70 sábios judeus– PASTORINO –
Sabedoria do Evangelho-Introdução – 1964), era manipulada tanto por judeus como pelos
cristãos (SILVA – 2006)...e mesmo a simbologia associada ao cristianismo eram também os
símbolos do judaísmo como o peixe, o pão (eucaristia) e a taça...(CARROLL, 2002:183).
Gradualmente, o sucesso do Cristianismo junto das elites romanas fez deste um rival
da religião estabelecida. Embora desde 64, quando Nero mandou supliciar os cristãos de
Roma, se tivessem verificado perseguições ao Cristianismo, estas eram irregulares. As
perseguições organizadas contra os cristãos surgem a partir do século II: em 112 Trajano fixa
o procedimento contra os cristãos. Para além de Trajano, as principais perseguições foram
ordenadas pelos imperadores Marco Aurélio, Décio, Valeriano e Diocleciano. Os cristãos
eram acusados de superstição e de ódio ao género humano. Se fossem cidadãos romanos eram
decapitados; se não, podiam ser atirados às feras ou enviados para trabalhar nas minas.
Constantino quis também intervir nas querelas teológicas que na altura marcavam o
Cristianismo. Luta contra o arianismo, uma doutrina que negava a divindade de Cristo,
oficialmente condenada no Concílio de Niceia (325), onde também se definiu o Credo cristão.
Mais tarde, nos anos de 391 e 392, o imperador Teodósio I combate o paganismo,
proibindo o seu culto e proclamando o Cristianismo religião oficial do Império Romano.
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O lado ocidental do Império cairia em 476, ano da deposição do último imperador
romano pelo "bárbaro" germânico Odoacro, mas o Cristianismo permaneceria triunfante em
grande parte da Europa, até porque alguns bárbaros já estavam convertidos ao Cristianismo ou
viriam a converter-se nas décadas seguintes. O Império Romano teve desta forma um papel
instrumental na expansão do Cristianismo.
“Do ponto de vista oficial, o judaísmo sempre foi encarado, pelo menos até o governo
de Justiniano como uma “religio licita” o que garantia aos seus seguidores o gozo de certos
favores imperiais (FELDMAN- 2001:8)”. E por associação o cristianismo recebia o mesmo
tratamento.
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A idéia paulina (Paulo de Tarso – Epistolas Paulinas - NT) de respeito à autoridade
romana com entendimento da própria vontade divina em tê-los como autoridades colocava os
cristão em uma postura de tolerância em relação ao Poder Imperial de Roma.
BIBLIOGRÁFIA
SILVA; Gilvan Ventura (2006) “A Relação Estado Igreja no Império Romano” – in SILVA,
Gilvan (org), Repensando o Império Romano – RJ, Mauad, Vitória – EDUFFS pg. 241 – 263.