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AULA 1 – A BÍBLIA
Qual é o posicionamento ou a definição popular da sociedade ou pelo menos de
algumas pessoas na grande mídia a respeito da Bíblia? Vamos pensar – nos últimos anos
– no Código Da Vinci, que levantou uma grande polêmica a respeito da validade do
conteúdo bíblico. A idéia deles era que a Bíblia é um texto selecionado por líderes
religiosos com intenções políticas – eles queria dominar o povo, por isso escolheram
alguns livros e esconderam os outros que poderiam contradizer o ensinamento deles.
Encontramos, assim, pelo menos duas visões sobre da Bíblia: para os que estão
submetidos a Ela, é um documento inspirado por Deus, que serve como direção e
orientação dEle para nós. Os que discordam da Escritura tentam tirar o Seu crédito
afirmando ser um documento escrito por homens, manipulado ao longo da história, para
dominar pessoas.
O que a Bíblia fala sobre si? Em qual dessas visões devemos acreditar? Qual deve
ser a nossa postura diante destes conceitos apresentados a nós? Destacamos alguns
itens que nos ajudarão na solução do problema:
1. A NATUREZA
O primeiro deles é a Natureza. Qual é a natureza da Escritura? Vincent Cheung1
nos ajuda neste ponto. Ele diz:
Em uma época em que muitos menosprezam o valor
das palavras em prol de imagens e sentimentos,
devemos notar que Deus escolheu se revelar
mediante palavras da linguagem humana.
Precisamos entender a natureza verbal ou proposicional da Escritura. A Bíblia é um
relato escrito. Ela trata com palavras, frases, sentenças. Assim, quando se trata da
Escritura, uma imagem não vale mas do que mil palavras. Deus escolheu se revelar a nós
através de palavras, e não de imagens (ou músicas, ou filmes). Basta prestar atenção,
para notar que a Bíblia não traz desenhos. O modelo deixado por Deus foi textual. Essa é
a natureza básica do Texto Bíblico. Êxodo 31.18; 32.16; Deuteronômio 31.9-13; 1
Coríntios 14.37 e 2 Timóteo 3.16 demonstram o ponto. Os dois primeiros demonstram que
Deus deu o texto escrito ao Seu povo, enquanto o terceiro indica a necessidade do povo
voltar regularmente a esta Escritura. Paulo indica a Bíblia como a base das práticas na
igreja no texto de 1 Coríntios – a fonte básica e primária do conhecimento de Deus é a
palavra escrita, a Bíblia.
Encontraremos pessoas alegando terem sonhos e visões. Algumas vezes essas
manifestações irão contradizer a Bíblia. Nesses casos, o que deve ser considerado: a
experiência ou a Escritura? Sem dúvida, a Escritura. Este é um ponto delicado. A
experiência nos envolve profundamente. As percepções intensas nem sempre são
manifestações Divinas. Por mais que as experiências nos envolvam, precisamos ter o
“sangue frio” para voltarmos à Bíblia e avaliarmos o que aconteceu à luz da Palavra
escrita de Deus. Portanto, tomemos cuidado com o que vemos e ouvimos na televisão e
em outros meios cristãos.
A implicação deste ponto é que precisamos nos adaptar à leitura do texto bíblico.
Não basta ouvirmos outra pessoa falar da Palavra de Deus – precisamos lê-la por nós
mesmos. O Espírito Santo que habita em nós torna o conteúdo da Escritura inteligível.
Nós podemos entender o que lemos. Se não gostamos de ler, precisamos vencer essa
dificuldade para que a leitura bíblica se torne um hábito. Precisamos amar as Escrituras,
pois essa foi a forma que Deus escolheu para falar a nós.
1 CHEUNG, Vincent. Introdução à Teologia Sistemática. São Paulo: Arte Editorial, 2008.
2. INSPIRAÇÃO
Podemos definir a inspiração como sendo a
influência sobrenatural do Espírito de Deus sobre os
homens separados por Ele mesmo, a fim de
registrarem de forma inerrante e suficiente toda a
vontade de Deus, constituindo esse registro na única
fonte e norma de todo o conhecimento cristão.
Hermisten Costa