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Apresentação...............................3
Reflexão:
“Da alegria de ser chamados
à coragem de chamar”...........5
Propostas de Oração:.................13
Adoração do Santíssimo.......15
Mistérios Dolorosos.............25
Mistérios Gloriosos..............31
Via-Sacra..............................37
Celebração Penitencial.........59
Apêndice....................................63
1
Apresentação
Sabemos que toda a vocação é dom de Deus. Faço pois um apelo sentido a
toda a Diocese para dar vida a “uma grande oração pelas vocações”, uma oração
vivida com intensa confiança e perseverança, capaz de envolver pessoalmente
todos os membros do povo de Deus e a realizar com oportunas modalidades
comunitárias. (…)
Peço pois ao Secretariado Diocesano das Vocações que estude as iniciativas
mais oportunas e adequadas a propor à Diocese para uma renovada e mais
vigorosa pastoral vocacional, como também as modalidades concretas para
promover “a grande oração pelas vocações” nas paróquias, nos arciprestados,
nas associações e movimentos eclesiais.
SDPV
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Reflexão
“Da alegria de ser chamado à coragem de chamar”
3
opções e assumir compromissos fortes, exigentes e duradoiros. Esta
crise cultural repercute-se também na Igreja.
Em tempos de cristandade, a vocação, tal como a fé,
despertava e transmitia-se como que por osmose ou contágio do
ambiente cristão das famílias e da figura e do estatuto social do
padre. Hoje, num mundo em constante mudança e pluralista, a
vocação, tal como a fé, requer interpelação clara por parte da
comunidade cristã e escolha, opção consciente dos destinatários.
Acontece porém que nas nossas comunidades cristãs reina
uma amnésia vocacional. A maior parte dos nossos cristãos pensa que
isso da vocação é assunto do bispo e dos padres.
A crise vocacional é, em última análise, crise de interpretação
banal da fé, privada de toda a beleza, frescura, encanto, paixão,
alegria e entusiasmo por Cristo e pelo evangelho, privada do sentido
de responsabilidade e de doação a Deus e aos outros.
Entre os cristãos há a tendência a ser mais fruidores e
consumidores de serviços religiosos do que a ser chamados e
enviados por Jesus Cristo. Ora o crente não compreende nada da fé,
se não a percebe e vive como apelo, chamamento constante ao qual
dá resposta. Cada um é chamado a viver a fé como vocação segundo
os dons, qualidades, capacidades e carismas com que Deus o agraciou
e os ministérios a que o chama. Isto diz respeito a todos os cristãos.
Daqui resulta que a pastoral vocacional não é um aspecto
isolado, sectorial. Está vinculada à pastoral global da comunidade
cristã e, particularmente, à pastoral juvenil e familiar. Trata-se de uma
pastoral transversal e refere-se a todas as vocações.
2. Pedagogia vocacional
3. O animador vocacional
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Naturalmente, não esquecemos que a animação vocacional é,
antes de mais, obra de Deus que trabalha o coração humano pela
acção do Espírito Santo. Mas Deus trabalha com a nossa colaboração,
em equipa connosco. O ser animador vocacional requer uma
pedagogia própria.
A pedagogia é antes de mais a própria pessoa que a põe em
prática. Não bastam os princípios teóricos. O método é sobretudo a
qualidade da sua vida. A pedagogia vocacional é pois, antes de mais,
o nível da maturidade vocacional do animador. Nesta perspectiva
propomos algumas qualidades ou características do animador
vocacional.
4. Estratégia vocacional
b) A vida sacramental
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“Se o Senhor não constrói a casa, em vão se afadigam os que
nela trabalham”, diz o salmista. Os sacramentos são momentos fortes
e contínuos em que o próprio Deus com a sua graça vai modelando o
coração de cada um; em que se vai formando a consciência que torna
o jovem capaz de sentir na sua consciência o Deus que chama; e em
que também se vão tomando decisões.
Na perspectiva vocacional há três sacramentos a valorizar: a
confirmação, a eucaristia e a reconciliação.
c) Os retiros
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Propostas de Oração
Todas as propostas aqui apresentadas devem ser adaptadas aos
grupos e às diversas circunstâncias a que forem aplicadas.
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(À venda na Livraria do Jornal da Beira.)
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Exposição do Santíssimo
Proposta de ambientação:
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Leitor: Te pedimos, Senhor, por todos aqueles que consagram suas
vidas à pastoral vocacional, para que em nome de Cristo não
deixem de lançar as redes para dar à Igreja as vocações de que
necessita, a fim de cumprirem com a sua missão.
Todos: Envia-nos, Senhor, Teus sacerdotes.
8. Oração pessoal
Sacerdote: Vós sois o Pão que desceu dos céus. (T.P. Aleluia).
Todos: Para dar a vida ao mundo. (T.P. Aleluia).
Sacerdote:
Oremos:
Senhor, nosso Deus, que no vosso desígnio de Amor nos destes o
Vosso Filho Jesus como nosso Redentor, Aquele que reconhecemos
neste Sacramento, seja Ele, pela vossa divina misericórdia, a voz
inequívoca do chamamento, a frescura e alimento da vocação de cada
homem. Ele que Convosco vive e reina na unidade do Espírito Santo.
Todos: Ámen.
Ou:
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Todos: Ámen.
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(Outros: Profetas de um mundo novo, CD n. 234;
Ide e ensinai, CAC n.349)
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Oração do Rosário
Mistérios Dolorosos
► Ambiente (sugestão)
Um Crucifixo de madeira, realçado (com panos vermelho-escuro de
fundo), com algumas velas pequeninas acesas em volta; uma
imagem de Nossa Senhora, para colocar junto à Cruz; foco
apontado para a Cruz; cartaz com a frase: “Eu venho Senhor, para
fazer a Vossa vontade”; pode haver música ambiente enquanto não
se inicia a recitação do Terço.
► Introdução
Caríssimos Irmãos:
Vamos hoje recitar os Mistérios Dolorosos do Rosário. E vamos fazê-
lo tendo presente o ano pastoral que estamos a viver na nossa
Diocese, dedicado aos Ministérios e Vocações. Será um tempo para
reflectirmos no valor do sofrimento humano, presente
inevitavelmente no caminho da nossa vida, na Redenção que a Cruz
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de Jesus nos trouxe e ainda, no chamamento universal à santidade
que Deus dirige a todos os homens, vocação esta onde se misturam a
alegria e as lágrimas, a Cruz e a Ressurreição, a morte e a vida, a
felicidade assente na certeza de que Deus nunca nos abandona apesar
de termos de passar pelo Calvário. Como dizia um autor, não há
Sexta-feira Santa sem Domingo da Ressurreição.
Deixemos o Espírito Santo rezar em nós, deixemo-nos envolver pelo
mistério da Paixão do Senhor Jesus e ofereçamos esta hora pelas
vocações da nossa Diocese.
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Jesus, ajuda-me a pagar com amor o sacrifício que Tu fizeste
por mim, e a repetir no dia-a-dia o Teu grito: “a Tua vontade, Pai, a
Tua vontade!”
(Recitação do 1º mistério)
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► III – No 3º mistério da Paixão vamos contemplar o momento em
que a coroa de espinhos é cravada na cabeça de Jesus.
(Recitação do 3º mistério)
- A Cruz é o caminho
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A Paixão de Jesus continua. Desta vez, seguimo-Lo no meio
da multidão furiosa, pelas ruas de Jerusalém. Jesus sabe bem o
caminho. Meditou nele muitas vezes. Preparou-o com toda a vida
passada. E eis que é chegada a hora derradeira. Aqueles que Jesus
curou, com quem conversou, aqueles que se tinham deixado fascinar
pelas Suas palavras e pelos Seus gestos, são os mesmos que agora,
inexplicavelmente, o agridem de tantas formas. Quantas vezes não se
passa o mesmo connosco!... Quantas desilusões com os outros!… A
tudo isto Jesus responde com um olhar de misericórdia e de perdão.
Quem como Ele conhece os corações daqueles homens e mulheres!
No meio do Seu caminho doloroso, Jesus perdoa, Jesus acolhe, Jesus
converte. “Amai-vos uns aos outros como Eu vos amei!”, dissera
Jesus um dia. Viver o mandamento de Jesus torna-se para nós,
caminho doloroso. Mas é este o único que leva à Páscoa. Quem
aceita seguir Jesus sabe que é para o Calvário que O segue, porque é
para lá que Ele vai. Qualquer vocação é caminho de identificação
com Jesus e este atinge a sua plenitude, a sua profundidade, quando
fazemos da hora de Jesus a nossa hora.
Jesus, ajuda-me a amar a Cruz como Tu a amaste e a
reconhecê-la como o caminho que nos identifica conTigo.
(Recitação do 4º mistério)
(Recitação do 5º mistério)
► Três Ave-Marias…
► Conclusão:
Antes de partirmos, queremos Senhor, dirigir-Te um último apelo, por
todos os nossos irmãos que sofrem, por todos os que fogem à Cruz e
por aqueles que ainda não Te encontraram no Seu caminho doloroso.
Faz-nos mais sensíveis à dor dos outros, Senhor. Ajuda-nos a viver
em oferecimento e a não termos medo de Te entregar a nossa vida
num sim generoso à Tua vontade, para podermos chegar um dia,
conTigo, à Páscoa eterna. Ámen.
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Mistérios Gloriosos
► Ambiente (sugestão)
Uma cruz colocada num vaso que contém um raminho de flores
para cada participante.
Perto poder-se-á colocar uma imagem de Nossa Senhora, com a
frase: “Feliz de ti, porque acreditaste!”
► Introdução
► Cântico:
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► I – Primeiro mistério glorioso: Cristo ressuscita glorioso e
confirma a fé de sua Mãe fidelíssima
Jesus ressuscitado chama cada pessoa pelo seu próprio nome e a sua
voz é inconfundível para quem O quer escutar. Peçamos neste
mistério para que na nossa comunidade se desenvolva o ambiente
necessário para que os adolescentes e jovens, sobretudo, escutem a
voz de Deus que tem um projecto de novidade para cada um.
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(Recitação do 1º mistério)
Jesus ressuscitado sobe aos céus não para nos deixar órfãos, mas
para que o Espírito venha para continuar a nova criação dentro de
cada homem. Rezemos pelas comunidades empobrecidas, sem pastor
que as apascente. Peçamos através de Maria ao Senhor da Messe
que envie trabalhadores para a sua seara.
(Recitação do 2º mistério)
(Recitação do 3º mistério)
(Recitação do 4º mistério)
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Rainha do Céu e da terra, Maria é também a Rainha da Vocação,
quer dizer: Aquela que faz gerar para a Igreja novos filhos que são
chamados a crescer e a florescer para o Reino. Peçamos a Maria
que faça reinar nos corações dos que se preparar para o Matrimónio
o Amor esponsal de Jesus, para que saibam abrir-se às riquezas
inesgotáveis com que Deus os quer abençoar, para que defendam e
promovam a vida e a encaminhem, nos filhos, para Deus, que é a sua
origem e seu fim.
(Recitação do 5º mistério)
► Salve Rainha…
► Cântico final:
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Via-Sacra Vocacional
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NOTAS: 1. Entre cada estação canta-se o refrão abaixo indicado,
seguido ou acompanhado por uma dinâmica que concretiza a
meditação e ajuda os participantes a caminhar para a estação
seguinte.
2. O sacerdote ou outro orientador só vestirá a alva na 10ª estação.
3. Alguns textos são longos. Podem, por isso, ser adaptados,
conforme as circunstâncias.
4. Este guião da Via-Sacra pode perfeitamente ser usado num
recinto fechado, visto que as caminhadas são propostas com
simplicidade. Ter-se-á, neste caso, o cuidado de se preparar o
espaço e providenciar as devidas adaptações (dinâmicas e
símbolos).
5. As sugestões de cânticos não são muitas, como propósito da
simplicidade e de favorecer, pelo o silêncio, a meditação. No
entanto, as estações poderá ser entremeadas com cânticos que todos
conheçam como complemento da reflexão e do louvor.
► Primeira estação:
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seu Filho único para que todo o que n'Ele crer (...) tenha a vida
eterna” (3, 16).
O – Oremos: Senhor Jesus, que nos vieste trazer um projecto de vida
baseado no Amor que vem de Deus, ajuda-nos a contemplar esse
Amor na sua verdadeira fonte que é a Tua doação na Cruz da Vida.
Tu que és Deus com o Pai na unidade do Espírito Santo.
T – Ámen.
► Segunda estação:
► Terceira estação:
O – Oremos: Senhor Jesus, que nas tuas quedas nos mostraste que
assumiste a nossa humanidade, revelando-nos totalmente o que nela
há de bom e divino; ajuda-nos a imitar, como o Apóstolo Paulo, essa
tua capacidade de estar como fraco entre os fracos, para ganhar a
humanidade que chamas à salvação. Tu que és Deus com o Pai na
unidade do Espírito Santo.
T – Ámen.
► Quarta estação:
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A – Jesus encontra Maria, sua mãe
L1 – Simeão disse a Maria, sua mãe: “Eis que este menino vai ser
motivo de queda e elevação de muitos em Israel. Ele será um sinal de
contradição, para que se revelem os pensamentos de muitos corações.
Quanto a ti, uma espada trespassará a tua alma”. Sua mãe conservava
todas estas coisas em seu coração (Lc 2,34-35.51).
O – Oremos: Senhor Jesus, que nos deste Maria como nossa mãe,
concede-nos a graça de imitar-mos as suas virtudes, especialmente a
da abertura ao Espírito que nos leva a estar disponíveis no serviço aos
irmãos. Tu que és Deus com o Pai na unidade do Espírito Santo.
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T – Ámen.
► Quinta estação:
► Sexta estação:
► Sétima estação:
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L1 – Uma vez que temos um grande Sumo Sacerdote que
atravessou os céus, Jesus, o Filho de Deus, conservemos firme a fé
que professamos. De facto, não temos um Sumo Sacerdote que não
possa compadecer-se das nossas fraquezas, pois Ele foi provado em
tudo como nós, excepto no pecado. Aproximemo-nos, então, com
grande confiança, do trono da graça, a fim de alcançar misericórdia e
encontrar graça para uma ajuda oportuna. (Heb 4,14-16)
► Oitava estação:
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O – Nós adoramos-Te, Jesus Cristo, e contemplamos a alegria
escondida na Tua mensagem de salvação.
T – Porque vieste para nos salvar com o testemunho alegre do Reino.
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Canta-se: Nós Te adoramos, Senhor, a tua cruz. Enquanto se canta,
afixam-se na cruz os ramos verdes e flores, que todos são chamados
a contemplar. Durante a caminhada poder-se-á também cantar o
cântico Como são belos os pés que anunciam a paz…
A – Contemplemos, nesta caminhada, estas flores e ramos verdes.
São sinais dos passos de alegria e felicidade que Jesus deixou
marcados, para nós imitarmos e seguirmos. (Cantemos…)
► Nona estação:
► Décima estação:
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L1 – Depois de crucificarem Jesus, os soldados dividiram em quatro
as suas vestes, ficando cada um com a sua parte. Deixaram de lado a
túnica. Era uma peça única e sem costura. Por isso disseram entre si:
“Não a rasguemos, mas tiremo-la à sorte para ver com quem fica”.
Assim se cumpria a Escritura: “Repartiram entre si as minhas vestes e
deitaram sortes sobre a minha túnica” (Jo 19,23-24).
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A – Jesus deixou-Se despir da sua túnica, para que nós a pudéssemos
vestir. Túnica rasgada e deitada em sortes, constituem-se hoje
pedaços a reunir num único “puzzle”. Enquanto caminhamos,
meditemos na nossa condição de baptizados e perguntemos, no nosso
íntimo, que consequências tem essa condição nesta Igreja concreta.
L2 – “«Darvosei pastores segundo o Meu coração» (Jer 3, 15). Com
estas palavras do profeta Jeremias, Deus promete ao seu povo que
jamais o deixará privado de pastores que o reúnam e guiem: «Eu
estabelecerei para elas (as minhas ovelhas) pastores, que as
apascentarão, de sorte que não mais deverão temer ou amedrontarse»
(Jer 23, 4). A Igreja, Povo de Deus, experimenta continuamente a
realização deste anúncio profético e, na alegria, continua a dar graças
ao Senhor. Ela sabe que o próprio Jesus Cristo é o cumprimento vivo,
supremo e definitivo da promessa de Deus: «Eu sou o Bom Pastor»
(Jo 10, 11). Ele, «o grande Pastor das ovelhas» (Heb 13, 20), confiou
aos apóstolos e aos seus sucessores o ministério de apascentar o
rebanho de Deus (cf. Jo 21, 1517; 1 Ped 5, 2). Sem sacerdotes, de
facto, a Igreja não poderia viver aquela fundamental obediência que
está no próprio coração da sua existência e da sua missão na história
a obediência à ordem de Jesus : «Ide, pois, ensinai todas as nações»
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(Mt 28, 19) e «Fazei isto em minha memória» (Lc 22, 19; cf. 1 Cor
11, 24), ou seja, a ordem de anunciar o Evangelho e de renovar todos
os dias o sacrifício do seu Corpo entregue e do seu Sangue
derramado pela vida do mundo. Pela fé, sabemos que a promessa do
Senhor não pode deixar de cumprirse. Esta promessa é exactamente
a razão e a força que faz a Igreja alegrarse perante o florescimento e
o aumento numérico das vocações sacerdotais, que hoje se regista em
algumas partes do mundo, e representa o fundamento e o estímulo
para um seu acto de maior fé e de esperança mais viva, diante da
grave escassez de sacerdotes que pesa noutras partes.” (João Paulo II,
Ex. Ap. Pastores Dabo Vobis, 1)
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O – Nós adoramos-Te, Jesus Cristo, e contemplamos a tua paixão.
T – Porque por ela nos abriste a porta da ressurreição.
A – Jesus é sepultado
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O (se for presbítero ou diácono) – O Senhor esteja convosco.
T – Ele está no meio de nós.
O – Abençoe-vos Deus todo-poderoso Pai, Filho e Espírito Santo.
T – Ámen.
Cantemos:
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Celebração penitencial
A preparar:
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► Música ambiente muito suave, para o momento da confissão
individual.
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1. Introdução:
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como das outras vezes: «Samuel! Samuel!» E Samuel respondeu:
«Fala, Senhor; o teu servo escuta!»
(Se ainda não foi feito, poderão ser acesas todas as luzes da igreja.)
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Apêndice
Orações diante do
Santíssimo
1. Jesus Cristo, estou aqui diante de Ti para pensar um pouco na vida,
nos outros, em mim, em tantas coisas que me vêm à cabeça, coisas
sobre Ti, sobre o mundo e sobre mim mesmo. Quero fazer grandes
coisas por Ti, pelos homens, para que a minha passagem pela história
não seja em vão.
Em Ti está a vida e a verdade, por isso, devo beber na única
fonte capaz de apagar a minha sede de verdade, de bondade e de
beleza.
Hoje, quero pedir-te de modo especial por aqueles jovens que
percebem no interior do seu coração o Teu chamamento ao
sacerdócio e à vida consagrada. Não deve ser fácil deixar tudo para
Te seguirem. Deve-lhes custar deixar as suas famílias, a sua
namorada ou namorado, seus amigos...Mas, compreendo
perfeitamente aqueles que por Ti são capazes de deixar tudo para Te
seguirem. Porque Tu Senhor, és o tesouro por quem vale a pena
vender tudo.
Eles irão pelo mundo, pregando o Teu Evangelho, suavizando
com a Tua Palavra a amargura de muitas vidas humanas, dando um
pouco de esperança a tantos homens, a tantos jovens que vivem sem
ilusão, sem transcendência, sem verdadeiro amor. Eles irão derramar,
por este mundo que tantas vezes parece condenado à amargura e ao
ódio, o perfume da Tua mensagem de gozo, de paz e de esperança.
Irão consolar os tristes, fortalecendo os fracos, derramando a graça e
o perdão.
Tu Senhor, és capaz de moldar uma vida, de lhe dar sentido,
de fazê-la frutificar; dá-nos sacerdotes segundo o Teu coração. Move
o coração dos jovens para que não vacilem em deixar as redes
quando Tu, com Teu olhar e suavidade lhes disseres: Segue-me.
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2. Deus, Pai e Pastor de todos, Tu queres que não faltem homens e
mulheres de fé, que consagram suas vidas ao serviço do Evangelho e
ao cuidado da Igreja. Faz com que Teu Espírito ilumine os seus
corações e fortaleça suas vontades, para que, acolhendo o Teu
chamamento cheguem a ser os sacerdotes e Diáconos, Religiosos,
Religiosas e Consagrados que o Teu Povo necessita.
A messe é grande e os operários são poucos.
Envia, Senhor, operários à Tua messe. Ámen.
Senhor Jesus,
Concede-nos meditar sobre o sentido do mistério da Igreja
Para podermos realizar a responsabilidade eclesial
Que cada um deve assumir na própria comunidade.
Concede-nos meditar este mistério de que participamos por tua graça
E de que somos chamados a ser colaboradores por chamamento teu.
Senhor, Tu vives e estás presente na tua Igreja:
Nela infundes o teu Espírito; nela difundes os teus dons e carismas;
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Nela nos abrigas, proteges e consolas; nela e por ela crias um Corpo
visível
Para irradiar a tua luz, a tua graça e a tua paz a todos os homens.
Faz-nos conhecer a grandeza da vocação a que nos chamas
Mediante a vida, o serviço e o ministério neste Corpo que é teu
E que irradia o esplendor da tua Beleza no tempo,
A espera da tua plenitude na glória.
Nós to pedimos por intercessão de Maria, tua e nossa Mãe,
Nossa Senhora da Esperança, que é a imagem da Igreja peregrina.
Ámen! (D. António Marto, Carta de Abertura do Ano Pastoral 2006)
Orações diversas
ACEITA-ME, SENHOR, COMO EU SOU
Aceita os meus medos, e transforma-os em confiança.
Aceita os meus sofrimentos,
e transforma-os em crescimento verdadeiro.
Aceita as minhas crises, e transforma-as em maturidade.
Aceita as minhas lágrimas, e transforma-as em intimidade.
Aceita a minha raiva, e transforma-a em oração.
Aceita o meu desânimo, e transforma-o em fé confiante.
Aceita a minha solidão, e transforma-a em contemplação.
Aceita as minhas amarguras, e transforma-as em calma interior.
Aceita as minhas expectativas, e transforma-as em esperança.
Aceita as minhas perdas, e transforma-as em ressurreição.
Senhor, Jesus,
Tu que disseste aos apóstolos, e neles a todos os crentes:
“Ide por todo o mundo e anunciai a Boa Nova a toda a criatura...”
Permite-me participar nesta tarefa
e anunciar-te com obras e palavras
a todos os homens e mulheres
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que se cruzam comigo neste longo e difícil caminhar que é a vida.
Permite-me, Senhor,
falar de ti e do teu amor maravilhoso
às crianças e aos jovens que começam a viver.
Permite-me, Senhor,
falar de ti e do teu perdão misericordioso
aos homens e mulheres
que transitam pela vida tristes e pesarosos,
oprimidos pelo peso das suas faltas e pecados.
Permite-me, Senhor,
falar de ti e da esperança da ressurreição
aos anciãos que cansados e pesarosos pelas angústias e problemas vividos,
se aproximam, com temor, do momento definitivo:
o seu encontro contigo.
Permite-me, Senhor,
falar de ti e do teu amor preferencial pelos pobres,
da justiça e da paz,
da solidariedade e da fraternidade, a tantos homens e mulheres,
crianças, jovens, adultos e anciãos,
submetidos pelos poderosos a situações de miséria.
Permite-me, Senhor,
falar de ti e da tua salvação, do amor imenso do Pai,
da força santificadora do Espírito, de Maria e sua protecção maternal,
da Igreja herdeira dos teus dons, administradora das tuas graças.
Permiti-me, Senhor,
falar de ti e do teu amor de uma maneira toda especial
às multidões imensas que ainda não te conhecem
porque até agora ninguém lhes falou de ti.
Também eles são meus irmãos; também por eles derramaste o teu sangue;
também eles desde há muito tempo estão esperando.
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que realmente me interessa, o único que me faz vibrar,
é anunciar pelo mundo o Evangelho,
dar testemunho de ti e da tua mensagem de amor e de serviço,
com as palavras e com a vida,
apesar das minhas muitas limitações.
(Charles de Foucauld)
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(À venda na Livraria do Jornal da Beira.)
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