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Chamados à vida, todos somos também chamados à felicidade. E porque não somos
obra do ocaso, todos, sem excepção procuramos, mais ou menos activamente e de
diversas formas o caminho que nos conduza ao encontro desse difícil e ansiado projecto
– Ser Feliz.
Na verdade, o ser humano foi criado para isso mesmo, tenha disso consciência ou não.
A verdadeira felicidade dilata o coração, favorece o bem estar bio-psico e social,
contudo não existe nenhuma formula mágica ou matemática para a obter; trata-se de
uma construção que exige esforço, luta, coerência, entrega e discernimento constantes.
Nascidos para a felicidade confrontamo-nos muitas vezes com a questão: que fazer com
a própria vida? Para onde orienta-la? Que caminho seguir?
Estas questões servem como pano de fundo numa busca de sentido que persiste sempre
no coração de cada um, numa sede insaciável de Absoluto e de significado.
Não é certamente fácil defini-la, nem isso é sequer importante, mais que uma definição
a felicidade é vivência, conquista, processo inacabado, aposta num ideal de vida, ao
qual se segue com confiança e firmeza. Tal processo implica abertura às diversas
oportunidades que a vida oferece e sobretudo que Deus concede para que o homem
realize plenamente a sua vocação ao amor!
Descobrir o caminho que torna possível e efectivo este projecto é de crucial importância
para todo o ser humano que busca um sentido para a sua vida!
Trata-se perceber a que ideal se é chamado e responder de forma pessoal e livre. O que
exige esforço e uma série de opções que forçosamente colocam de lado outras. Por isso
é importante reflectir, escolher, seleccionar, preferir e lutar pelo ideal escolhido.
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Deste dinamismo de descoberta e adesão, nasce a vocação que se insere num projecto
radical de salvação do homem inteiro, isto é em todas as suas dimensões: bio-psico-
sociais e espirituais; ou seja numa questão que dá sentido a todas as facetas do existir
histórico e singular de cada um.
2. Sugestão de dinâmicas:
Imagina três equipas de jovens para escalar uma alta montanha, a mais alta da
Europa. A primeira equipa parte, de manhã cedo, em direcção ao Monte Branco. Em
seguida, sai a segunda e, finalmente, sai a terceira equipa.
A primeira equipa, ao chegar ao sopé do monte e ao ver como era alto, nem
sequer tentou subir. Optou por se sentar na relva, por ali abundante, passar o tempo e o
dia a jogar e a divertir-se, naquele local para piqueniques. Comida a merenda, os
membros daquela equipa voltaram, em paz, para as suas casas.
A segunda equipa apareceu e viu os elementos da primeira equipa a jogar e a
divertir-se, na base do dito monte. Começou a subido, mas o suor e as dificuldades
apareceram logo em seguida.
Mais ou menos a metade do monte, sentaram-se, descansaram, comeram o
lanche abundante e voltaram para trás, pois as dificuldades aumentariam e já não teriam
forças para continuar a escalada.
Finalmente, chegou a terceira equipa. Saudou os colegas, já reconfortados com a
merenda comida. Não se deixou desiludir por eles e pelo seu exemplo de fracos
alpinistas. Subiu. Continuou a subir, sem desanimar diante das dificuldades do clima, do
sangue nas mãos e nos pés e do suor, a cair da fronte. Até os víveres vieram a faltar e as
energias também!
Pensou-se até em regressar , antes de chegar ao cume, coberto de neve. Mas, em
todos os elementos daquela equipa, havia grande uma grande força e união para superar
as dificuldades e continuar a subida.
Depois de longas horas de luta e duro sacrifício, ei-los orgulhosos, sentados no
cimo do monte, a contemplar um panorama imenso, atraente e variado, a respirar aquele
ar finíssimo e puríssimo. Sorte maravilhosa que os dois outros grupos tiveram, porque
se acomodaram e não lutaram! Todos afirmavam, cheios de alegria: “Mereceu bem a
pena!”
Jorge Manuel Santos Gouveia, “Jovens para o novo milénio”, p. 118, 119
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Para discussão em grupo:
II
Para o crente e à luz da fé, só Deus Criador e Salvador, possui a força de chamar a uma
maior plenitude de vida e esperança; Este chamamento é manifestamente claro e
concreto no testemunho e no convite feito em Seu Filho Jesus que tem o poder de “criar
novos céus e nova terra”, contando com a insubstituível colaboração e resposta pessoal
de cada um dos discípulos (Mt. 28, 18-20).
III
Para o cristão, ser feliz é então procurar acertar cada dia o passo com Cristo, pois só Ele
é o verdadeiro Mestre que Se revela como a Verdade capaz de entender a nossa verdade
e de a iluminar segundo a Sua Luz: “Na realidade, o mistério do homem só no mistério
de Verbo encarnado se esclarece verdadeiramente... Cristo, novo Adão, na própria
revelação do mistério do Pai e do seu amor, revela o homem a si mesmo e descobre-lhe
a sua vocação sublime.” (GS 22)
É o Espírito de Deus que abre o caminho para respostas corajosas, positivas e generosas
que vencendo hesitações e adiamentos, incertezas e temores capacita para a
disponibilidade: “Senhor, eis-me aqui, podes enviar-me!” citação?
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O convite do Senhor é para todos, para que a partir das características individuais
possam voar mais alto, com confiança, apoiados na sua presença fiel e misericordiosa:
- Vai envio-te;
- Sê vista para os cegos...
- Ser comunicador de esperança num mundo onde há imenso desespero e
frustração,
- sê homem de gratuidade num mundo onde tudo se vende e se compra...
A decisão livre e pessoal que se pauta pelo seguimento de Jesus é força motriz que
conduz a vida do jovem cristão comprometido.
Nas sendas do Mestre, o discípulo vencerá os obstáculos que escurecem por vezes o
caminho. Confiado na sua mão Ele poderá dizer como S. Paulo: Já não sou eu que vivo,
é Cristo que vive em mim” e experimentar que a vida que vem de Jesus é abundante
como Ele mesmo prometeu: Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância
(Jo. ). O que significa que Jesus é oferta de vida, real e abundante, de felicidade
douradora e autêntica.
5 Seguimento e serviço
Mas é preciso descobri-Lo, prosseguir os seus passos, entrar em diálogo íntimo com a
sua Pessoa e não ter medo de O anunciar, proclamando com a vida a libertação que Ele
viveu e propôs no seu caminho de serviço incondicional e dirigido preferencialmente
aos mais pobres: “Todo Aquele que quiser tornar-se grande entre vós, faça-se vosso
servo.”(Mt 20, 26).
O serviço aparece na Igreja primitiva como algo constitutivo da sua estrutura (cf. )
É nesta linha que o crente ao viver a vida nova em Cristo, é chamado a ser testemunha
de liberdade e agente de libertação para os homens. Trata-se do serviço da caridade,
cujas possibilidades de expressão não têm limites, concretizando-se através da
diversidade de vocações e carismas (1Cr. 12, 4; Ef. 4, 11), porque animado pelo Espírito
de Deus que dá vida.
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Para terminar: Cântico: Ser Farol