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MEDICINAS E MEDICAÇÃO

A medicina é um género de trabalho que representa


uma instituição social ao serviço da Humanidade. A
actividade desenvolvida pelos seus participantes, os
médicos, destina-se essencialmente, ao diagnóstico das
enfermidades e à terapia dos doentes.

O médico pode ser definido como o ser humano idóneo, e


tecnicamente capacitado, e legalmente habilitado, para
actuar na sociedade como agente profissional da Medicina,
o que lhe assegura o direito de praticar todos os actos que a legislação permite ou
obriga.

No contacto médico paciente, o médico deve prestar um atendimento


humanizado, ter um relacionamento pessoal, uma boa dedicação de tempo e cautela
imprescindível, saber ouvir o paciente, explanando as dúvidas e compreendendo as
suas expectativas, com o registo adequado de todas as informações. Deve explicar,
detalhadamente, de forma elementar e objectiva, o diagnóstico e o tratamento para
que o paciente compreenda claramente a doença, os benefícios do tratamento e
também as possíveis implicâncias

Após a devida explicação, o médico deve deixar que o paciente escolha o


tratamento sempre que exista mais do que uma alternativa. Ao prescrever
medicamentos, este deve dar a opção do genérico, sempre que permissível.

Atitudes eticamente correctas do médico: encaminhar o paciente para outro médico


sempre que o tratamento exija conhecimentos que não sejam da sua especialidade.

Deveres dos médicos: art. 13.º da Ordem dos médicos

São deveres dos médicos: a) Cumprir o presente Estatuto e respectivos


regulamentos; Cumprir as normas deontológicas que regem o exercício da profissão
médica; Guardar segredo profissional; d) Participar nas actividades da Ordem e
manter-se delas informado, nomeadamente tomando parte nas assembleias ou grupos
de trabalho; Desempenhar as funções para que cada um for eleito ou designado; f)
Cumprir e fazer cumprir as deliberações e decisões dos órgãos da Ordem, tomadas de
acordo com o Estatuto; Agir solidariamente em todas as circunstâncias na defesa dos
interesses colectivos;

O médico tem o dever de informar o paciente sobre os riscos do acto médico, dos
procedimentos e das consequências dos medicamentos que forem prescritos.
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São direitos dos médicos:

Solicitar o patrocínio da Ordem dos Médicos sempre que dele careçam para a
defesa dos seus interesses profissionais ou quando haja ofensa dos seus direitos e
garantias, enquanto médicos;

Usufruir dos direitos à segurança social; Exercer a medicina sem ser


discriminado por questões de religião, raça, sexo, nacionalidade, cor, opção sexual,
idade condição social, opinião pública ou de qualquer outra natureza. Deve indicar o
procedimento adequado a cada paciente, depois de observadas as práticas
reconhecidamente aceites e respeitar as normas legais vigentes no país.

O médico deve apontar falhas nos regulamentos e normas de instituições em


que trabalhe, quando as julgar indignas do exercício da profissão ou prejudiciais ao
paciente. O prontuário médico e o termo de consentimento livre e esclarecido do
paciente, são fundamentais para assegurar a boa relação entre médico e paciente. O
prontuário deve conter, de forma legível identificação do paciente, evolução médica
diária (no caso de internamento), evoluções de enfermagem e de outros profissionais
assistentes, exames laboratoriais, radiológicos e outros raciocínios médicos, hipótese
diagnósticos e diagnósticos definitivos.

Atitudes ou direitos do doente: O doente tem direito a ser tratado com


respeito pela dignidade humana, é um direito humano fundamental, que adquire
particular importância em situação de doença. Deve ser respeitado por todos os
profissionais envolvidos no processo de prestação de cuidados, no que se refere quer
aos aspectos técnicos, quer aos actos de acolhimento, orientação e encaminhamento
dos doentes.

Direitos dos doentes

O doente tem direito ao respeito pelas suas convicções culturais, filosóficas e


religiosas, tem direito a receber os cuidados apropriados ao seu estado de saúde, no
âmbito dos cuidados preventivos, curativos, de reabilitação e terminais. Tem direito à
prestação de cuidados continuados, direito a ser informado acerca dos serviços de
saúde existentes, suas competências e níveis de cuidados, tem direito a ser informado
sobre a sua situação de saúde, tem o direito a obter uma segunda opinião sobre a sua
situação de saúde, tem direito a dar ou recusar o seu consentimento, antes de
qualquer acto médico ou participação em investigação ou ensaio clínico.

O médico pode negar-se a conceder alta ao paciente sob os seus cuidados


quando considerar que isso lhe pode trazer risco para a vida. Se o paciente ou
familiares decidirem pela alta sem parecer favorável do médico, estes devem
responsabilizar-se por escrito. Tem ainda direito de receber receitas com o nome
genérico dos medicamentos prescritos, dactilografados ou em letra legível, sem a
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utilização de códigos ou abreviaturas com o nome, assinatura do
profissional e número de registo num órgão de controlo e regulamentação profissional.

Entre outros direitos o doente tem o direito de não ser abandonado pelo médico
após a iniciação do tratamento a não ser que tenham ocorrido factos que
comprometam a relação médica - doente e o desempenho profissional.

DEVERES DOS DOENTES

O direito à protecção da saúde está consagrado na Constituição da República


Portuguesa, e assenta num conjunto de valores fundamentais como a dignidade
humana, a equidade, a ética e a solidariedade.

No quadro legislativo da Saúde são estabelecidos direitos mais específicos,


nomeadamente na Lei de Bases da Saúde (Lei 48/90, de 24 de Agosto) e no Estatuto
Hospitalar (Decreto-Lei n.º 48 357, de 27 de Abril de 1968). São estes os princípios
orientadores que servem de base à Carta dos Direitos e Deveres dos Doentes.

O conhecimento dos direitos e deveres dos doentes, também extensivos a


todos os utilizadores do sistema de saúde, potencia a sua capacidade de intervenção
activa na melhoria progressiva dos cuidados e serviços.

O doente tem o dever de zelar pelo seu estado de saúde. Isto significa que
deve procurar garantir o mais completo restabelecimento e também participar na
promoção da própria saúde e da comunidade em que vive. Tem o dever de fornecer aos
profissionais de saúde todas as informações necessárias para obtenção de um
correcto diagnóstico e adequado tratamento. Respeitar os direitos dos outros
doentes. Colaborar com os profissionais de saúde, respeitando as indicações que lhe
são recomendadas e, por si, livremente aceites. Respeitar as regras de funcionamento
dos serviços de saúde. Utilizar os serviços de saúde de forma apropriada e de
colaborar activamente na redução de gastos desnecessários.

Não exigir o impossível do médico, respeitar a autonomia profissional e os


limites de actuação do médico, não exigir exames e medicamentos desnecessários,
evitar a auto medicação.

A medicina por lidar com o bem mais precioso que é a vida, muitas vezes gera
expectativas de resultados infalíveis de tratamento e cura. Mas a prática médica,
como qualquer actividade humana está sujeita a erros, obstáculos e dificuldades que
muitas vezes são imprevisíveis e incontroláveis.

Também a acção por omissão, com desleixo ou falta de cuidado, como a não
prescrição correcta, ou assistência inadequada ao paciente, é identificada como
negligência do profissional.

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Medicamentos são produtos farmacêuticos tecnicamente obtidos
ou elaborados com a finalidade de curar doenças, prevenir, diagnosticar ou aliviar
sintomas. Existem três tipos de medicamentos; os genéricos, os similares e os de
marca. O medicamento genérico é aquele que contém o mesmo fármaco, na mesma
dose e forma farmacêutica, é administrado pela mesma via e com a mesma indicação
terapêutica do medicamento de referência no país, apresentando a mesma segurança.

Os similares são medicamentos que possuem o mesmo fármaco, a mesma


concentração, forma farmacêutica, via de administração, posologia e indicação
terapêutica do medicamento de referência (ou marca) mas não tem a sua
bioequivalência com o medicamento de referência comprovada. Os medicamentos de
referência são normalmente, medicamentos inovadores, cuja eficácia, segurança e
qualidade foram comprovadas cientificamente, por altura do registo junto do
Ministério da Saúde

Como identificar os três tipos de medicamentos? A diferença está na


embalagem, apenas os medicamentos genéricos contêm na sua embalagem, logo abaixo
do nome do princípio activo que os identifica, a frase “Medicamento Genérico – Lei
9.987/99 além disso, os genéricos estão identificados por duas letras (sigla MG) azul
impressa sobre uma tarja amarela, situada na parte inferior das embalagens do
produto.

O medicamento genérico tem a mesma eficácia terapêutica do medicamento de


marca ou referência. O genérico, é o único que pode ser comparado com o
medicamento de referência, visto que foi submetido ao teste de bioequivelência. No
entanto o medicamento genérico, continua a ser pouco receitado pelos médicos, e
pouco divulgado perante a opinião pública. Partindo de um princípio que actualmente já
existe uma quantidade avultada de genéricos ao dispor dos pacientes, estes continuam
colados aos medicamentos de referência e a um mercado onde é cada vez mais difícil
de penetrar, devido a possíveis influências de cartelização. Embora exista uma grande
diversidade, são de pouca monta isto é resumem-se a medicamentos triviais (aspirinas,
brufen, benuron, compensam etc.) os quais não influenciam a balança de pagamentos ou
não contribuem para a redução da despesa pública. Comparativamente com outros
países como a Inglaterra, Polónia, Alemanha entre outros, os pacientes tem ao seu
dispor um maior número de medicamentos entre os quais antibióticos ou seja o preço
dos medicamentos que variam entre os cinco euros e os cinquenta, por enquanto no
nosso país resumem-se entre os cinquenta cêntimos e os cinco euros.

O objectivo para os próximos cinco anos é aproximarmo-nos do grupo de países


que detêm quotas de mercado de genéricos superiores a 40%, e desta forma
contribuir para uma maior acessibilidade dos doentes e consumidores a medicamentos

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de qualidade e eficazes a preços sustentáveis. Sendo contudo
necessário o país evoluir mais legislativa e culturalmente.

A maior divulgação e um mercado mais abrangente retirando o preço de


referência ao medicamento de marca, contribuiria para um maior aumento do consumo,
uma maior redução do seu preço, e um menor gasto das despesas públicas contribuindo
deste modo para a construção ou ampliação de outras unidades hospitalares e
substancialmente o melhoramento de outras contribuindo deste modo para uma saúde
mais eficaz e abrangente.

A gripe de origem suína influenza A (H1N1) é contagiosa e propaga-se a partir


de humanos para outros humanos. No entanto, neste momento, não se sabe ainda, com
muito rigor, com que facilidade o vírus se propaga entre as pessoas.
Mas, convém salientar que esta situação não tem muitas semelhanças com o caso da
gripe aviaria causada pelo vírus Influenza A H5N1, de alta patogenicidade, até porque
agora não surgiu qualquer mortalidade anormal. O vírus H1N1 já circula entre os
humanos há várias décadas (pelo menos desde 1917).

No caso presente, pensa-se que a propagação deste vírus influenza A (H1N1) de


origem suína está a ocorrer de forma idêntica à do vírus da gripe sazonal. Ou seja, são
as pessoas com gripe que, através da sua tosse, de espirros, ou das mãos que
contactaram com corrimentos nasais, passam o vírus a outras pessoas. Por vezes as
pessoas também podem ficar infectadas pelo vírus da gripe se tocarem nalgum
objecto ou superfície que tenha sido contaminada por uma pessoa doente e se, em
seguida, levarem as mãos à boca ou ao nariz. O vírus da gripe suína é espalhado
exactamente da mesma forma que as vulgares constipações e gripes.

O vírus da gripe é constituído por pequenas partículas que podem ser


transmitidas através de gotículas que saem do nariz e da boca quando alguém tosse ou
espirra.

Se alguém tosse ou espirra, sem proteger a boca e o nariz, as gotículas podem


espalhar-se a mais de um metro de distância, contaminando alguém que esteja
próximo. Ou, se alguém tosse ou espirra, cobrindo com a mão, facilmente transferirá o
vírus para as pessoas em que tocar. No dia-a-dia, em casa e em locais públicos, podem
existir vestígios do vírus, tais como em portas, no controlo remoto da TV ou em
teclados de computadores. Os vírus podem sobreviver por várias horas sobre estas
superfícies. Se tocar nessas superfícies e, em seguida, tocar no seu rosto, é possível
ser infectado.

PREVENÇÃO: Impedir a propagação de germes é a única forma eficaz para


retardar a propagação de doenças como a gripe. Para nos protegermos devemos lavar

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as mãos regularmente com água e sabão, e garantir a limpeza regular de
superfícies, como por exemplo de um teclado de um computador. Pode impedir uma
propagação do vírus a outras pessoas, usando lenços para cobrir a boca e o nariz
quando tosse ou espirra e lavando as mãos regularmente.

Cubra o nariz e a boca com um lenço quando tossir ou espirrar.


Jogue o lenço ou o papel utilizado no lixo depois de usado.
Lave as mãos frequentemente com sabão e água, especialmente depois de tossir ou
espirrar.
Limpar as mãos à base de álcool é igualmente eficaz.
Tentar evitar o contacto próximo com pessoas doentes.
Se ficar doente com a gripe, fique em casa, não vá ao trabalho ou escola e limite o
contacto com outras pessoas para manter a infecção longe dos outros.
Evite tocar nos seus olhos, nariz ou boca, os germes propagam-se dessa forma.

O que se deve fazer se ficarmos doentes? Se sentir os seguintes sintomas:


febre, dores no corpo, secreção nasal, dor de garganta, náuseas ou vómitos ou
diarreia, deve-se procurar um médico o mais breve possível. Devemos dar especial
atenção a crianças e idosos devido à sua maior vulnerabilidade.

Leia atentamente este folheto antes de tomar o medicamento.

Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o reler.

FOLHETO INFORMATIVO: INFORMAÇÃO PARA O UTILIZADOR

TRAMAL 50 mg/1 ml SOLUÇÃO INJECTÁVEL

Composição; Cloridrato de Tramadol

Tramal: 50 mg /1m/ solução injectável, é comercializado em embalagens de 5 ampolas


de 1 ml.

Princípio activo; Tramal; é um analgésico opióide que actua sobre o sistema nervoso
central. Este medicamento alivia a dor através da sua acção sobre células nervosas
específicas na espinal-medula e no cérebro.

Substancia activa; Tramado

Indicações; Tratamento da dor moderada a intensa

Só pode ser vendido mediante receita médica

Contra indicações;

Evitar o uso em doentes com intoxicação aguda com álcool, sedativos/hipnóticos,


analgésicos de acção central, analgésicos opiáceos ou psicotrópicos.
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Doentes fisicamente dependentes de opiáceos (pode precipitar estado
de supressão). O seu uso não é recomendado durante a gravidez e a lactação. Se tem
alergia (hipersensibilidade) à substância activa cloridrato de tramadol ou a qualquer
outro componente de Tramal

Classe do medicamento; Analgésico e opioides

Nome comercial; Tramal; nome farmacológico; Tramadol

Os medicamentos genéricos são medicamentos com a mesma substância activa


do medicamento de referência, cujos direitos de propriedade industrial (relativos às
respectivas substâncias activas ou ao processo de fabrico) caducaram. São por isso
equivalentes terapêuticos, não só por terem a mesma composição quantitativa e
qualitativa, mas também por possuírem a mesma forma farmacêutica. Os
medicamentos genéricos são aprovados pelo INFARMED, tal como os de referência e,
por isso, a cada um deles é atribuída uma A.I.M. (Autorização de Introdução no
Mercado) com o respectivo número de registo. Segundo a legislação em vigor relativa
ao Estatuto do Medicamento, todos os medicamentos genéricos são identificados pela
inscrição da sigla MG nas suas embalagens. Por lei, estes medicamentos só podem ser
comercializados após o período de protecção da patente do medicamento de
referência ter expirado, o que equivale, normalmente, a um período de 20anos. De
facto, quando comparamos os medicamentos genéricos com os medicamentos de
referência podemos afirmar que a única diferença é o factor preço, uma vez que os
medicamentos genéricos são disponibilizados a um preço mais acessível (entre 20% a
90%).

Os medicamentos genéricos cumprem os mesmos requisitos que os


medicamentos de referência, sendo submetidos aos mesmos controlos de produção,
qualidade e segurança. Só após estar garantido o mesmo grau de segurança, eficácia e
qualidade presente nos medicamentos de referência, é que o medicamento genérico
recebe a A.I.M. (Autorização de Introdução no Mercado), com o respectivo número de
registo e pode ser comercializado. A eficácia terapêutica dos medicamentos genéricos
é ainda verificada através dos estudos de bioequivalência e biodisponibilidade, que
garantem que, com a mesma dosagem do medicamento de referência, os genéricos têm
o mesmo efeito biológico no doente, sem existir qualquer modificação significativa do
seu efeito terapêutico, no mesmo período de tempo. A biodisponibilidade define a
quantidade e velocidade nas quais o princípio activo é absorvido pelo corpo, por
comparação à forma farmacêutica originadora. Quando dois medicamentos apresentam
a mesma biodisponibilidade no organismo, a sua eficácia clínica é considerada
comparável. A biodisponibilidade indica a rapidez e eficácia da actuação do princípio
activo no organismo. É o que acontece com o genérico em relação ao medicamento de
referência. A bioequivalência assegura que, a nível terapêutico, os medicamentos
genéricos são equivalentes aos produtos originadores. O medicamento genérico é
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equivalente farmacêutico ao medicamento de referência, ou seja,
contém o mesmo fármaco, na mesma dosagem e forma farmacêutica. Poupança para o
Estado e poupança para o doente. O medicamento genérico é fundamental para
assegurar um direito universal à Saúde no sentido em que é disponibilizado a um preço
mais acessível que o fármaco de referência, com total garantia de qualidade, eficácia
e segurança. Segundo a legislação em vigor, o PVP do medicamento genérico deverá ser
inferior, no mínimo, em 35% ao PVP do medicamento de referência, com igual dosagem
e na mesma forma terapêutica. No caso de medicamentos com custo inferior a 10
euros, o preço do equivalente genérico tem de ser, no mínimo, 20% mais baixo.

Automedicação; é o acto pelo qual o indivíduo (utente) por sua iniciativa ou por
influência de outros, decide ingerir um medicamento para alívio ou tratamento de
queixas auto valorizadas.

Uma prática muito comum adoptada pela grande maioria da população é a


automedicação. As causas para a sua existência são inúmeras, dentre tantas podemos
facilmente citar algumas como a grande impossibilidade de uma boa parte das pessoas
terem um acesso ao atendimento médico ou odontológico, seja por questões
financeiras ou pelo próprio hábito de tentar solucionar os problemas de saúde
corriqueiros tomando por base a opinião de algum conhecido mais próximo. Além disso
a alta assiduidade de propagandas através da média electrónica é muitas vezes um
factor contributivo para a automedicação de pessoas leigas no assunto.

Este fenómeno é frequente nos auto-cuidados de saúde desde há muito utilizado e,


cuja ocorrência e distribuição, está naturalmente relacionado com a organização do
sistema de saúde de cada país.

A automedicação, por possuir uma dimensão ética associada ao direito e ao


dever do indivíduo, esclarecida e responsavelmente, intervir no processo de
saúde/doença, deve ser estruturalmente gerida pelo sistema de saúde sob pena de
concorrer para o comprometimento do seu funcionamento seguro, eficaz, racional e
económico. De facto, a procura de cuidados médicos gerais no ambulatório baseia-se
nos conhecimentos individuais sobre o processo saúde/doença, na auto-percepção de
saúde e na factualização dos problemas de saúde no contexto cultural, social, familiar
e económico do doente, daí sobressaindo motivos para a procura e para a não procura
da consulta médica. Contudo, a avaliação cientificamente conduzida do impacto e das
consequências globais da automedicação nos sistemas de saúde e na sociedade, está
ainda por fazer, sendo a larga maioria da informação disponível proveniente de
estudos de mercado. Assim, a avaliação global da relação benefício/risco da
automedicação, revela aspectos essenciais para a segurança, a eficácia e a eficiência
do sistema de saúde, bem como para os critérios de classificação do estatuto legal
dos medicamentos quanto à sua cedência ao público. Trata-se, porém, de um trabalho

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metodologicamente complexo e moroso e cuja abordagem tem de
contemplar aproximações sucessivas às variáveis controlavelmente envolvidas.

Conclusão;

De um modo geral o consumidor não tem experiência nem conhecimentos necessários


para distinguir distúrbios, avaliar a gravidade e escolher o mais adequado entre os
recursos terapêuticos disponíveis, o que leva a que a prática da auto medicação seja
bastante danosa para a saúde de quem a pratica.

Coimbra, 30 de Maio de 2009

José António da Costa Silva

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Bibliografia; Http://www.psicologia.com.pt/artigos/php

Http://www.portalfarmacia.com.pt/farmacia/principal/conteudo.asp

Fonte: http://www.uem.br/~urutagua/ru33_automedicacao.htm

INFARMED; site oficial

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