Você está na página 1de 3

?ublicado'no D. O. E.

Em ,fr, D t= 'D~}

TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO


Processo TC n. o 02771/05

Instituto de Previdência dos Servidores do Município de


São José dos Ramos IPSMS. Verificação de
Cumprimento do Acórdão APL TC 505/2007. Declaração
de não cumprimento. Aplicação de multa. Assinação de
novo prazo.

ACÓRDÃO APL TC ~
-----
g, /2009

RELATÓRIO

Esta Corte, em 08 de agosto de 2007, quando da apreciação da Prestação de Contas da


gestão do Instituto de Previdência dos Servidores do Município de São José dos Ramos - IPSMS
referente ao exercício de 2004, decidiu através do Acórdão APL TC n° 505/2007(fls. 118/121):

1) Julgar irregular a prestação de contas do Instituto de Previdência dos Servidores do


Município de São José dos Ramos - IPSMS, da responsabilidade do Sr. Alexandre Gindre Caxias de
Lima, relativa ao exercício de 2004, em face da desobediência de algumas exigências da legislação
previdenciária em vigor;

2) Assinar o prazo de 180 (cento e oitenta) dias à atual administração do Instituto de


Previdência dos Servidores do Município de São José dos Ramos - IPSMS, para atestar a
viabilidade do sistema previdenciário em comento, mediante o exame criterioso da possibilidade de
sua adequação aos ditames da Legislação Federal, em especial às de n" 8.212/91 e n° 9.717/98,
concretizando o quanto antes essa adequação, se possível; ou na impossibilidade de tal ocorrência,
articular-se com os Poderes Municipais, a fim de promover a extinção do sistema previdenciário em
apreço, dada a sua inviabilidade econômico-operacional, filiando seus servidores no Regime Geral de
Previdência Social, sob pena de multa, de tudo fazendo prova junto a esta Corte;

3) Aplicar multa pessoal ao gestor, Sr. Alexandre Gindre Caxias de Lima, no valor de R$
2.805,10, por descumprimento das normas da legislação previdenciária, com supedâneo no inciso 11,
do art. 56 da Lei Complementar n° 18/93, assinando-lhe o prazo de sessenta (60) dias, a contar da data
da publicação do presente Acórdão, para efetuar o recolhimento ao Tesouro Estadual, à conta do
Fundo de Fiscalização Orçamentária e Financeira Municipal, a que alude o art. 269 da Constituição do
Estado, a importância relativa à multa, cabendo ação a ser impetrada pela Procuradoria Geral do
Estado (PGE), em caso do não recolhimento voluntário devendo-se dar a intervenção do Ministério
Público, na hipótese de omissão da PGE, nos termos do § 4° do art. 71 da Constituição Estadual;

4) Determinar a anexação de cópia da presente decisão referente aos autos da Prestação


de Contas Anuais do Prefeito do Município, referente ao exercício de 2006, para que seja verificada a
situação do sistema securitário municipal.

Ao analisar o cumprimento da decisão supramencionada, a Unidade Técnica, vinculada à


Corregedoria desta Corte, após realização de inspeção, no período de 27 a 30 de abril do corrente
exercício, verificou o não cumprimento dos itens "2" e "3" do supracitado Acórdão, visto que, a título
de documentação foi disponibilizado tão somente cópias da Lei n° 125/0,2' que regUlamenta0{,Instituto
e cópia do Plano Atuarial, do exercício de 2008. ~.
.
Processo Te n. o 02771/05

Quanto à multa, o órgão corregedor informa a não disponibilização de nenhum


documento probatório de seu recolhimento, tendo sido impetrada ação de execução forçada pra
cobrança judicial pela Procuradoria Geral do Estado (fls. 130, 133).

Foi ressaltado naquele relatório que atualmente o referido Instituto está sob nova gestão.

Os autos não tramitaram pelo Ministério Público Especial.

É o relatório, tendo sido determinadas as notificações de estilo.

VOTO DO RELATOR

Da análise comparativa das contas do Instituto entre os exercícios de 2003 a 2005, todos
sob a minha relatoria, constata-se que a situação do órgão previdenciário apresentou-se preocupante
com taxa de administração em torno dos 5% da Folha de Pagamento e discreto incremento da reserva
financeira do órgão, ocorrências que comprometem a sua viabilidade econômico-operacional'.

No entendimento deste Relator, é imprescindível que os gestores atuais promovam ações


no sentido de tentar viabilizar o sistema de previdência própria, ou na sua impossibilidade extingui-lo,
filiando seus servidores ao Regime Geral de Previdência Social.

Isto posto, o Relator vota no sentido de que este egrégio Tribunal Pleno:

1. Declare não cumpridos os itens "2" e "3" do Acórdão APL TC 505/2007;

2. Aplique multa a ex-gestora Sra. Luciene Ramos de Paiva, no valor de R$ 1.000,00 por não
atendimento às determinações desta Corte, assinando-lhe o prazo de 60 (sessenta) dias para
efetuar o recolhimento ao Tesouro Estadual, à conta do Fundo de Fiscalização Orçamentária e
Financeira Municipal;

3. Assine novo prazo de 90 (noventa) dias ao atual gestor, Sr. Humberto Alves da Silva, para que
este adote providências no sentido de fazer cumprir o item "2" do Acórdão APL TC 505/2007,
sob pena de aplicação de multa.

É o voto.

DECISÃO DO TRIBUNAL

VISTOS, RELATADOS E DISCUTIDOS os autos do processo 02771/05, referente à


verificação do cumprimento de decisão proferida através do Acórdão APL 505/2007, e,

CONSIDERANDO o relatório da Corregedoria, o pronunciamento oral do órgão


Ministerial, o voto do relator e o mais que dos autos consta;

ACORDAM OS MEMBROS DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO\DA

'Consta às fls. 267/274 ,elat6,ios , decisões desta eort, acerca das contas dos exercícios de 2005, 2006. ~
Processo Te n. o 02771/05

PARAÍBA, à unanimidade, em sessão plenária realizada nesta data em:

1. Declarar não cumpridos os itens "2" e "3" do Acórdão APL TC 505/2007;

2. Aplicar multa a ex-gestora Sra. Luciene Ramos de Paiva, no valor de R$ 1.000,00 por não
atendimento às determinações desta Corte, assinando-lhe o prazo de sessenta (60) dias, a
contar da data da publicação do presente Acórdão, para efetuar o recolhimento ao Tesouro
Estadual, à conta do Fundo de Fiscalização Orçamentária e Financeira Municipal, a que alude
o art. 269 da Constituição do Estado, a importância relativa à multa, cabendo ação a ser
impetrada pela Procuradoria Geral do Estado (PGE), em caso do não recolhimento voluntário
devendo-se dar a intervenção do Ministério Público, na hipótese de omissão da PGE, nos
termos do § 4° do art. 71 da Constituição Estadual;

3. Assinar novo prazo de 90 (noventa) dias ao atual gestor, Sr. Humberto Alves da Silva, para
que este adote providências no sentido de fazer cumprir o item "2" do Acórdão APL TC
505/2007, sob pena de aplicação de multa.

Publique-se, registre-se e cumpra-se.


TC - PLENÁRIO MINISTRO JOÃO AGRlP!N0, )0 de junho de 2009.
/'

Conselheiro do Rodrigues Catão


Vice-President oe rcício da Presidência e Relator

'1~ .• ,"',;,.:.' --
-' ,>...,..),../, "--'-.-/' \
André Carlo Torres Pontes/
Procurador Geral, em exercício.

Você também pode gostar