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° 02674/06
Prestação de Contas do Instituto de Seguridade
Social do Município de Alhandra - ISSMA, relativa
ao exercício de 2005. Julga-se irregular a prestação
de contas, quando não satisfeitas as disposições
legais reguladoras da matéria. Aplicação de multa.
Assinação de prazo a atual administração municipal
e a administração do Instituto para fins de correção
das impropriedades constatadas. Comunicação ao
Ministério da Previdência Social. Recomendações.
RELATÓRIO
Ao analisar a documentação encartada nos autos deste processo, e após destacar que a
referida prestação de contas foi encaminhada ao Tribunal dentro do prazo regulamentar, o órgão de
instrução ressaltou os principais aspectos institucionais, operacionais e legais do instituto em comento,
registrando que em 3111212005 existiam:
• 38 (trinta e oito) inativos;
• 10 (dez) pensionistas;
• 499 (quatrocentos e noventa e nove) beneficiários (fls. 06).
1 Destaca-se que o instituto foi criado através da Lei Municipal n" 141, de 27/05/1993 e alterada pela Lei nO
226/99 de 08 de junho de 1999;
2 Composição da Receita Orçamentária: R$ 192.153,18 - contribuição dos servidores, R$ 22.227,22,
contribuição patronal- meses de janeiro e fevereiro/2005 e R$ 79.800,63 - receita patrimonial (fls. 188).
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VI. Situação irregular com relação a vários critérios avaliados pelo MPAS
(subitem 3.93);
b) Aplicação da multa pessoal à gestora, em seu valor máximo com base no que
dispõe o art. 56, II e IH da LOTC/PB;
3 Conforme pesquisa ao "site" do MPAS, às fls. 182, os critérios não atendidos foram: atendimento de
solicitação do MPS no prazo; caráter contributivo (ente e ativos -repasse); caráter contributivo (inativos e
pensionistas -repasse); concessão de beneficios não distintos do RGPS - previsão legal; demonstrativo de
Resultados da Avaliação Atuarial - DRAA; demonstrativo financeiro; demonstrativo previdenciário; equilíbrio
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financeiro e atuarial; observância dos limites de contribuição do ente; observância dos limites de contribuição
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Dos autos depreende-se que o superávit no exercício de 2005 aumentou, visto que o
Ativo Financeiro de R$ 462.786,14 contra os R$ 794.332,15 verificado no exercício de 2004.
Entretanto, a situação do Instituto continua preocupante, pois as irregularidades verificadas no
exercício de 2005 são similares às constatadas no exercício de 2004, inclusive a relativa à falta de
cumprimento das obrigações assumidas pela Prefeitura junto ao ISSMA, objeto do Termo de
Parcelamento de Débito, visto que a defesa informou que somente em março de 2006 as parcelas
acordadas começaram a ser quitadas através de débito automático em conta do Banco do Brasil.
Outro ponto importante é que, desde a apreciação das contas do exercício de 2002, foi
assinado prazo à gestora para implementação de medidas de adequação do Instituto à legislação
previdenciária vigente (Acórdão APL TC 407/2005, fls. 92), sem que até a presente data tenha sido
totalmente resolvidos os vícios legais e administrativos do Instituto.
2) Aplique multa pessoal à gestora, Sra. Eciélia José Ribeiro da Silva, no valor de R$
2.805,10, por descumprimento das normas da legislação previdenciária, com supedâneo no inciso 11,
do art. 56 da Lei Complementar n° 18/93, assinando-lhe o prazo de 60 (sessenta) dias, a contar da
data da publicação do presente Acórdão, para efetuar o recolhimento ao Tesouro Estadual, à conta
do Fundo de Fiscalização Orçamentária e Financeira Municipal, a que alude o art. 269 da Constituição
do Estado, a importância relativa à multa, cabendo ação a ser impetrada pela Procuradoria Geral do
Estado (PGE), em caso do não recolhimento voluntário devendo-se dar a intervenção do Ministério
Público, na hipótese de omissão da PGE, nos termos do § 4° do art. 71 da Constituição Estadual;
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ProcessoTe n. ° 02674/06
3) Assine prazo de 180 (cento e oitenta) dias ao Prefeito Municipal, Sr. Renato
Mendes Leite e à gestora do Instituto, Sra. Eciélia José Ribeiro da Silva, para que comprovem o
cumprimento dos requisitos constitucionais e legais de funcionamento do referido sistema
previdenciário ou a realização de estudos para aferir a viabilidade de funcionamento do Instituto, e,
acaso achado inviável, promover a transposição dos benefícios para o INSS, sob pena de aplicação
multa;
É como voto.
DECISÃO DO TRIBUNAL
2) Aplicar multa pessoal à gestora, Sra. Eciélia José Ribeiro da Silva, no valor de R$
2.805,10, por descumprimento das normas da legislação previdenciária, com supedâneo no inciso 11,
do art. 56 da Lei Complementar n" 18/93, assinando-lhe o prazo de 60 (sessenta) dias, a contar da data
da publicação do presente Acórdão, para efetuar o recolhimento ao Tesouro Estadual, à conta do
Fundo de Fiscalização Orçamentária e Financeira Municipal, a que alude o art. 269 da Constituição do
Estado, a importância relativa à multa, cabendo ação a ser impetrada pela Procuradoria Geral do
Estado (PGE), em caso do não recolhimento voluntário devendo-se dar a intervenção do Ministério
Público, na hipótese de omissão da PGE, nos termos do § 4° do art. 71 da Constituição Estadual;
3) Assinar prazo de 180 (cento e oitenta) dias ao Prefeito Municipal, Sr. Renato
Mendes Leite e à gestora do Instituto, Sra. Eciélia José Ribeiro da Silva, para que comprovem o
cumprimento dos requisitos constitucionais e legais de funcionamento do referido sistema
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