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Política Pública

[...] linha de ação coletiva que concretiza


direitos sociais declarados e garantidos
em lei e atitude institucional positiva, isto
é, ativa, que exige providências concretas
em direção à satisfação de necessidades
sociais. É mediante as políticas públicas
que são distribuídos ou redistribuídos
bens e serviços demandados pela
sociedade em relação de reciprocidade e
antagonismo com o Estado (Potyara
Pereira,1996:130).
Política de Assistência Social
Garantias Legais

• Constituição Federal/1988(Art.6°,194,203e 204);


•Lei Orgânica da Assistência Social
•Lei N° 8.742/1993;
•Política Nacional de Assistência Social-PNAS-
2004
•Norma Operacional Básica- NOB/SUAS-2005
•Norma de Recursos Humanos- NOB/RH- 2006
Política Nacional de Assistência
Social PNAS/2004
Institui uma (re)organização na gestão da política de
assistência social, visando unificar o conceito e
procedimentos em todo território nacional:
Sistema Único da Assistência Social
SUAS

Estabelece padrões dos serviços, qualidade no


atendimento,indicadores de avaliação e resultado,
padronização da nomenclatura dos serviços e da
rede socioassistencial.
Matriz Sócio-famíliar
Organização baseada na divisão por territórios;
CONGEMAS

Colegiado
Nacional

COEGEMAS
Colegiado
Estadual

ASSOCIAÇÕES
AMP
O Sistema Único de Assistência Social – SUAS é um
sistema de proteção social público não-contributivo,
com gestão descentralizada e participativa, que
regula e organiza, no território nacional, os serviços,
programas e benefícios socioassistenciais e que a
União, o Distrito Federal e os Municípios são co-
responsáveis por sua gestão e co-financiamento;
Patrus Ananias : “O SUAS, cujo significado é retirar os
pobres do campo do assistencialismo, do clientelismo
para o campo dos direitos das políticas publicas de
Estado, transcendendo partidos e governos, na
perspectiva maior de inserir as políticas públicas no
campo de um grande projeto nacional que possibilite a
inclusão e a emancipação de nosso povo, para a
construção de uma pátria soberana, economicamente
forte e que coloque, como está colocando, a sua voz
no cenário internacional”.
Níveis de Gestão do SUAS

Municípios:
1. Gestão Inicial: não recebe R$ novos;
2. Gestão Básica: recebe R$ do Piso de Proteção
Básica (CRAS, Pro Jovem, Família e grupos idosos)
+ PETI;
3. Gestão Plena: recebe R$ do Piso de Proteção
Básica (inclusão produtiva)+ R$ de Piso de Proteção
Especial (CREAS, Habilitação e Reabilitação na
Comunidade de Pessoa com Deficiência, Centro Dia,
Abrigos e População de Rua);
4. Não Habilitados
PROTEÇÃO SOCIAL

O que é ??

A proteção social, referente à assistência


social, se ocupa do enfrentamento de
vulnerabilidade, riscos, vitimizações,
fragilidades e contingências ocasionadas a
indivíduos e famílias na trajetória de seu ciclo
de vida, por decorrência de questões
sociais,econômicas,políticas e de ataques.
Sistema Único da Assistência Social

Vínculos Familiares e
Comunitários

PSB

PSE Média
Ausência de
Vínculos
Familiares e
Comunitários
PSE Alta
Proteção Social
Básica
Proteção Social Básica
• A Proteção Social Básica tem caráter preventivo e
processador de inclusão social.
• Destinatários: segmentos da população que vivem em
condições de vulnerabilidade social, tais como:
• pobreza
• privação (ausência de renda, precária ou nulo
acesso aos serviços públicos...)‫‏‬
• fragilização dos vínculos afetivos (discriminação
etária, étnicas, de gênero ou por deficiência...)
•Objetivo: processar a inclusão de grupos em situação de
risco social nas políticas públicas, no mundo do trabalho e
na vida comunitária e societária, além de prevenir as
situações de risco social.
Proteção Social Básica
Os programas, projetos e serviços devem ser executados
de forma direta nos Centros de Referência da Assistência
Social - CRAS, que é a porta de entrada do SUAS, é uma
unidade pública localizada em áreas de vulnerabilidade
social que deve ser implantado pela prefeitura.

CRAS
Porte dos
Pequeno Porte I Pequeno Porte II Porte Médio Grande Porte Metrópole
municípios

2.500 famílias 3.500 famílias


Famílias
referenciadas e referenciadas e
referenciadas e 5.000 famílias referenciadas e capacidade de atendimento
capacidade de capacidade de
capacidade de anual de 1000 famílias
atendimento anual de atendimento anual de
atendimento
500 famílias 750 famílias

3 técnicos de nível
2 técnicos de nível
médio e 3 técnicos de
médio e 2 técnicos de 4 técnicos de nível médio e 4 técnicos de nível superior,
nível superior, sendo 2
nível superior, sendo 1 sendo 2 assistentes sociais, 1 psicólogo e 1 profissional que
assistentes sociais e
assistente social e 1 compõe o SUAS
Equipe de preferencialmente 1
psicólogo
referência psicólogo.

As equipes de referência do CRAS devem contar sempre com um coordenador com nível superior
Atuação do CRAS
•Prestar informação e orientação
para a população de sua área de
abrangência;
• Articular com a rede
socioassistencial e demais
serviços locais;
• Promover a inserção das famílias
nos serviços socioassistenciais e
demais serviços locais;
• Mapear e organizar a rede
socioassistencial de proteção
social básica, sob orientação do
gestor municipal de assistência
social.
Proteção Social Básica
SERVIÇOS , PROGRAMAS PROJETOS

• Programa Bolsa Família


• Benefício de Prestação Continuada - BPC
• Benefícios Eventuais
• Serviço de Atendimento Sócio-Familiar;
• Serviço de Promoção da Inclusão Produtiva
• Educação Sócio-Profissional;
• Serviço de Convivência e Socialização;
• Plantão Social;
• Serviços socioeducativos para crianças,
adolescentes e jovens;
• Reabilitação/Reinserção para a Vida Familiar e
Comunitária;
Proteção
Social
Especial
Proteção Social Especial
•A Proteção Social Especial atende as situações de
violações mais graves visando a recomposição de
direitos. Por isso, exigem atenção mais
personalizada e processos de proteção de média e
longa duração.
Destinatários: indivíduos que se encontram em
situação de risco pessoal e social, decorrentes de:
•ocorrência de abandono
•vítimas de maus tratos físicos e/ou psíquicos
•abuso e exploração sexual
•usuários de drogas
•adolescentes em conflito com a lei
•moradores de rua...
Proteção Social Especial de
Média Complexidade
Os programas, projetos e serviços devem ser
executados de forma direta nos Centros de Referência
Especializado de Assistência Social - CREAS, e em
outras unidades de assistência social (governamental e
não governamental).

CREAS
Serviços: Média Complexidade

• Serviço de Atendimento Especializado à Vítimas


de Violência;
• Serviço de Atendimento à População em situação
de Rua;
• Serviço de Atendimentos Especializado às
Famílias com Direitos Violados;
• Medidas Socioeducativas em Meio Aberto:
Prestação de Serviço à Comunidade(PSC) e
Liberdade Assistida (LA);
• Serviço de Atendimento Domiciliar;
• PETI- Programa de Erradicação do Trabalho
Infantil
Serviços: Alta Complexidade
• Abrigamento: Atendimento Integral Institucional (Abrigo;
Casa Lar; República; Albergue): São ofertados os cuidados
primários, e viabilizado a convivência e as atividades de vida
diária. As demais ações multidisciplinares relacionadas às
políticas de saúde, educação, cultura e lazer, qualificação
profissional, entre outras, devem ser articuladas com os
órgãos responsáveis e ofertadas na própria comunidade.
• Família Acolhedora: Oferecer abrigo, acolhimento e convívio
temporário às pessoas em situação de abandono, negligência,
suspensão temporária ou com vínculos familiares rompidos
ou, ainda, às pessoas impossibilitadas de conviver com suas
famílias;
Medidas sócio-educativas restritivas e privativas de liberdade
(semi-liberdade, internação provisória e sentenciada);
Rede Socioassistencial SUAS
Território Municipal

CASA LAR APAE

Albergue
Centro de
Convivência

ABRIGO
Território:
CRAS
famílias

CREAS

Território Municipal
DIAGNÓSTICO SOCIOECONÔMICO E
TERRITORIAL DE IBAITI /PR
POPULAÇÃO TOTAL: 28050
POPULAÇÃO URBANA: 20900
POPULAÇÃO RURAL: 7150

ÁREA TERRITORIAL – IPARDES: 900,233 Km²


DENSIDADE DEMOGRÁFICA - HAB/KM2 (IPARDES): 31,16 Hab/Km²

ARRECADAÇÃO MUNICIPAL: R$24.833.423.01


REPASSE DO FUNDO DE PARTICIPAÇÃO DO MUNICÍPIO – FPM: R$ 10.429.082.35

NÚMERO DA POPULAÇÃO POTENCIALMENTE USUÁRIA DA POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL: 9836


TAXA DE CRESCIMENTO POPULACIONAL (IBGE, IPARDES): 0,18%
TAXA DE POBREZA (IPEA, IPARDES): 32,28%
TOTAL DE FAMÍLIAS EM SITUAÇÃO DE POBREZA (IPARDES): 2567
ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO - IDH - M (IPARDES, PNAD): 0,687
ÍNDICE DE GINI (IPEA): 0,540
ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO DA FAMÍLIA - IDF/2007 (SAGI): 0,60

TAXA DE ANALFABETISMO: 18,2%


TAXA DE MORTALIDADE: 8,52%
TAXA DE NATALIDADE: 16,33%

NÚMERO DE ASSENTAMENTOS OU ACAMPAMENTOS RURAIS: 3


NÚMERO DE OCUPAÇÕES IRREGULARES URBANAS: 2000

NÚMERO DE FAMÍLIAS CADASTRADAS NO CADÚNICO: 5082


NÚMERO DE PESSOAS EM SITUAÇÃO DE RUA: 0
MÉDIA DE PESSOAS EM SITUAÇÃO DE DESEMPREGO: 3087
A Assistência Social historicamente foi amplamente
utilizada para favorecimento partidário.
Com a constituição de 1988, o poder foi
descentralizado, iniciando-se alguns movimentos
sociais, sendo que o mais conhecido e organizado
até na atualidade é o MST, iniciado nos movimentos
sindicais.
Nossa região é composta de pequenos municípios,
basicamente agrícolas. Os poucos movimentos
sociais existentes são ligados à terra e à Igreja .
O maior desafio é estabelecer uma melhor
organização social, criando espaços específicos de
discussão, com a comunidade local, através por
exemplo de associações de bairros, sendo os
conselhos municipais a porta de entrada para os
movimentos.
Portanto faz-se necessária a participação efetiva dos
diversos segmentos da comunidade nos conselhos
constituídos, auxiliando a administração pública no
estabelecimento da verdadeira política pública.
Controle social é a participação da população na
gestão pública, possibilitando aos cidadãos, meios e
canais de fiscalização bem como controle das
instituições e organizações governamentais, de modo
a verificar o bom andamento das decisões tomadas
em seu nome.
Visa direcionar as políticas para o atendimento das
necessidades prioritárias da população, melhorar os
níveis de oferta e de qualidade dos serviços e
fiscalizar a aplicação dos recursos públicos.
Para tanto voltamos na mesma tecla da importância
da participação da comunidade nos conselhos
constituídos, nas conferências, fóruns e audiências
públicas .
“Protagonismo” é o envolvimento das pessoas em
ações coletivas por meio de entidades associativas,
formais ou não com vistas a exercer influências nos
processos, espaços e nas decisões governamentais.
Consiste em organizar-se politicamente para ir além
da cidadania individual atingindo o patamar coletivo.
-Será que foi oportunizado o protagonismo do
usuário, ou é de interesse mantê-lo cliente?
O Suas preconiza a instituição do usuário como
protagonista e não mais apenas um cliente,
recebendo os benefícios que até então considerava
sua prioridade. Transformar o cliente em usuário
protagonista, exemplo: beneficiário do BF, não
apenas receber o benefício, cumprir
condicionalidades e participar de ações
socioeducativas.
Cabe aos municípios favorecerem essa participação
oferecendo espaços como CRAS e CREAS
Os conselhos não podem ser figurativos, com
nomeações direcionadas.
É preciso efetivamente garantir a participação dos
vários segmentos da sociedade, bem como os
usuários. Será que os conselhos de nosso município
garantem essa diversidade e paridade? As reuniões
são abertas à comunidade?
Os conselheiros foram capacitados, conhecem suas
funções dentro do conselho ????
O conselho deve ser atuante!
Criação de Lei específica a nível federal que
regularize a destinação de recursos arrecadados do
I.O.F. diretamente ao Fundo Municipal de Assistência
Social;
Ampliação dos recursos destinados aos Municípios,
aumentando o repasse de forma progressiva,
acompanhando as metas percentuais do Plano
Decenal;
Estabelecer uma reforma fiscal no âmbito Municipal
para adequação e ampliação dos recursos destinados
para a Assistência Social;
Capacitação de servidores visando a formação de
multiplicadores de conhecimento a fim de esclarecer
e orientar a população em geral sobre as formas de
gestão e destinação dos recursos da Assistência
Social;
Foram estabelecidas metas através do plano decenal
que quase na integralidade não foram cumpridas.
Cabe aos municípios estabelecerem metas que
realmente possam ser cumpridas, dentro da realidade
de cada município, tendo como diretriz o SUAS.
As entidades cumprem funções que são do poder
público, ou sejam são parceiros do poder público no
atendimento de crianças, idosos, deficientes, etc.
Qual o acesso que as entidades tiveram em relação
ao suas?
Existe um protocolo de atendimento padronizado
entre todas as entidades e relação com órgão gestor?
As entidades favorecem a participação do usuário em
sua gestão?
Qual o investimento em capacitação dos
trabalhadores da área social?
O protagonismo do usuário muitas vezes não é
garantido por falta de formação da equipe que
atua na área, tanto na área pública quanto na
privada.
Os recursos humanos são em número suficiente e
capacitado para desenvolver o trabalho?
Os municípios de nossa região na maioria das
vezes não disponibilizam recursos para o
número mínimo de técnicos capacitados para o
desempenho de suas funções.
Assim como na saúde há requisitos para o
desempenho de algumas funções, também na
área da assistencia deveria ser exigida uma
formação específica.
•Investir na capacidade de articulação entre os níveis de
governo, na direção de firmar a perspectiva do SUAS
como Sistema Público democrático e participativo;
•Ampliar o debate sobre a questão do controle social,
buscando identificar estratégias que possam criar novos
mecanismos e instrumentos de intervenção nos espaços
públicos;
•Analisar profundamente o modelo de funcionamento dos
conselhos de assistência social, suas competências,
capacidade de deliberação, grau de autonomia;
•Buscar parceria com o Ministério Público para fazer valer
as decisões dos conselhos de assistência social;
•Observar as orientações do Tribunal de Contas
quanto ao papel, responsabilidade e função social dos
conselhos no processo de acompanhamento e
avaliação da gestão dos recursos do fundo da
assistência social, buscando certificar se os mesmos
estão sendo aplicados conforme finalidade prevista
nos Planos de Assistência Social;
•Investir na articulação entre os Conselhos de
Assistência Social (CNAS, CEAS e CMAS), de modo
que as deliberações no âmbito desses espaços
possam monitorar as deliberações das Conferências,
especialmente o Plano Decenal, (metas e estratégias)
em cada nível de gestão;
• Realização, por parte do Gestor das 3 esferas, de
capacitação permanente;
buscar respaldo no Ministério Público para garantir
a efetivação das Resoluções, caso necessário;
Promoção de eventos temáticos que possam trazer
usuários para as discussões da política,
fomentando, assim, o protagonismo desses
sujeitos;
Envolvimento da sociedade civil nos assuntos de
governo de forma a torná-la, cada vez mais,
reivindicativa, propositiva e cooperativa;
• Definição dos padrões de qualidade de atendimento,
de indicadores;
• Possuir estrutura adequada ao desenvolvimento das
atividades, com investimento em RH, equipamentos,
eventos
• Dotar os conselhos de infra-estrutura (material,
humana e financeira), agregando a eles, dessa forma,
condições de trabalho para que viabilizem suas ações
de controle social;
• Investir na capacitação dos conselheiros e secretaria
executiva, de forma que a dimensão técnica ganhe as
condições necessárias para o avanço na construção de
metodologias e processos que qualifiquem a
fiscalização e avaliação das ações;
•Apoiar e incentivar novas iniciativas para a criação
de espaços de controle social, de forma que
contemplem com prioridade a participação dos
usuários dos serviços e benefícios da política;
•Promover ações em parceria com o Ministério
Público de forma a vigiar o controle social sobre as
decisões da política;
•Estimular a instalação de Frentes Parlamentares em
defesa da política de assistência social;
•Estabelecer e fortalecer a articulação da sociedade
civil e Estado, na perspectiva de criar iniciativas que
valorizem processos democráticos, estabeleça
pactos e favoreçam as alianças, dando uma nova
direção à institucionalização do controle social;
•Atuar na direção do comando único, da ruptura com
o primeiro-damismo, denunciar formas de
clientelismo e de favorecimento partidário e/ ou de
grupos e outros processos que desqualificam a
política e o direito dos usuários;
•Imprimir prioridade na luta pelo orçamento público
em todas as esferas de governo;
•Rever e estabelecer regulamentações que fortaleçam
os princípios e diretrizes do SUAS como sistema
público, descentralizado e participativo.
• Participação dos usuários nos Conselhos;
• Participação em capacitações e eventos dentro e
fora do Município/Estado;
• Ação articulada dos Conselhos;
• Autonomia e independência para deliberação;
• Romper com a dependência da personalidade “mais
ou menos” democrática do gestor;
• Articulação entre os conselhos das 3 esferas,
estabelecendo vínculo efetivo e fluxo permanente,
uma vez que a troca de experiências capacita para o
exercício do controle social;
Maior articulação com as câmaras de vereadores e
assembléias legislativas, como maneira de sequência
e consequência às deliberações e resoluções;
Deliberar critérios de partilha dos fundos de
assistência social para o
financiamento de ações;
Caminhos e Encontros

De tudo ficam três coisas:


a certeza que estamos começando,
a certeza que é preciso continuar e
a certeza que podemos ser
interrompidos antes de terminar.
Fazer da interrupção um novo caminho,
da queda um passo de dança, do medo
uma escola, do sonho uma ponte, da
procura um encontro. E assim terá valido a
pena.
Fernando Pessoa

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