A utilização da força das ondas e das marés poderá vir a ser uma das melhores formas de produzir energias limpas. Já existe uma unidade na França em funcionamento de forma produtiva há alguns anos, nos EUA e Escócia estão sendo feitos investimentos importantes nesta forma de energia.
Este tipo de aproveitamento ainda pode ser considerado recente e ainda em fase de desenvolvimento.
Apesar da energia das Ondas e Mares possuir diversas vantagens na sua utilização conta também com importantes desvantagens, as quais estão atrasando e mesmo a bloqueando novos projetos e investimentos.
A energia das ondas
A energia cinética do movimento ondular pode ser usada para pôr uma turbina em funcionamento. A elevação da onda numa câmara de ar provoca a saída do ar lá contido; o movimento do ar pode fazer girar uma turbina. A energia mecânica da turbina é transformada em energia elétrica através do gerador. Quando a onda se desfaz e a água recua o ar desloca-se em sentido contrário passando novamente pela turbina e entrando na câmara por comportas especiais, normalmente fechadas.
Esta é apenas uma das formas de retirar energia da ondas. Atualmente, utiliza-se o movimento de subida e descida da onda para dar potência a um êmbolo que se move para cima e para baixo num cilindro. O êmbolo pode por um gerador em atividade. Os sistemas para retirar energia das ondas são muito pequenos e apenas suficientes para iluminar uma casa ou algumas bóias de aviso por vezes colocadas no mar.
A energia das marés
A energia da deslocação das águas do mar é outra fonte de energia. Para a transformar são construídos diques que envolvem uma praia. Quando a maré enche, a água entra e fica armazenada no dique; ao baixar a maré, a água sai pelo dique como em qualquer outra barragem. Para que este sistema funcione bem são necessárias marés e correntes fortes. Tem que haver um aumento do nível da água de pelo menos 5,5 metros da maré baixa para a maré alta. Existem poucos sítios no mundo onde se verifique tamanha mudança nas marés.
Protótipo de usina usa as ondas do mar para gerar energia
Foto: Envolverde
O movimento das ondas do litoral brasileiro será, pela primeira vez, aproveitado como fonte de energia limpa e sustentável. Em parceria com a Coordenação de Pós-Graduação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (COPPE/UFRJ), a Tractebel Energia iniciou no dia 2 de março um projeto que propõe utilizar as ondas do mar como fonte de energia alternativa e renovável.
Esse projeto, fiscalizado pela Aneel, vai utilizar recursos de Pesquisa & Desenvolvimento, conforme estabelecido pela Lei Federal nº 9991/2000. “A proposta é inédita e oferece ao Brasil mais uma alternativa de geração de energia de fonte limpa e
renovável”, ressalta o presidente da Tractebel Energia, Manoel Zaroni Torres.
A ideia da parceria é colocar em funcionamento até 2011 o primeiro protótipo de Conversor On-Shore de Energia Elétrica a partir das ondas do mar. Com a implantação deste projeto espera-se o desenvolvimento de uma tecnologia nacional e inovadora que poderá evitar no futuro o pagamento de royalties ao exterior na geração de energia a partir desta fonte.
Similar a uma usina hidrelétrica de geração de energia, o conversor será construído nos molhes do Porto de Pecém (CE) devido às condições marítimas favoráveis, pois em 90% do tempo as ondas são suficientes para a geração de energia elétrica. Todo o protótipo, na sua concepção teórica e na construção do modelo em escala reduzida, foi integralmente desenvolvido por pesquisadores da COPPE/UFRJ.
Utilizar este potencial inesgotável sem causar impactos ambientais é um dos grandes
desafios da sociedade que já vive os problemas causados pelo aquecimento global. “A
Tractebel avalia e negocia o projeto desde abril de 2008, e espera que o prazo estimado seja suficiente para ter a operacionalidade deste primeiro conversor de energia elétrica a partir das ondas do mar. Por ser um projeto pioneiro, não é surpresa se alguma alteração
for necessária”, diz o gerente de P&D da Tractebel Energia, Sergio Roberto Maes.
Conforme estudos da COPPE/UFRJ, o Brasil, com mais de 8 mil quilômetros de litoral, tem potencial para suprir até 15% de sua demanda energética usando ondas do mar convertidas em energia elétrica. Por suas características, este projeto está de acordo com
o objetivo da Tractebel Energia em contribuir com a pesquisa e desenvolvimento de
novas tecnologias de geração de energia elétrica a partir de fontes alternativas, limpas e
renováveis. “Decidimos investir também no desenvolvimento de tecnologias ainda não
exploradas comercialmente”, afirma Zaroni. O presidente conta que foram realizados contatos com diversas entidades, e a COPPE/UFRJ foi selecionada por sua competência e pelo estágio de desenvolvimento do estudo apresentado.
O estudo prevê a instalação de dois módulos de bombeamento com capacidade de geração de até 100 mil watts de eletricidade, suficientes para acender 1.667 lâmpadas comuns de 60 watts. Orçado em R$ 15 milhões, o projeto será bancado com recursos de Pesquisa e Desenvolvimento da Tractebel Energia, e terá a participação da Universidade Federal do Ceará, da Secretária de Infra-Estrutura do Governo do Estado do Ceará e da Companhia de Integração Portuária do Ceará - CearáPortos.
As ondas do mar movimentam flutuadores ligados a braços mecânicos, que acionam bombas hidráulicas e injetam água tratada de um tanque, numa câmara hiperbárica (onde um condutor extremamente estreito faz a água ganhar enorme pressão). De dentro desta câmara, a água é lançada contra uma turbina, com pressão equivalente a uma queda d’água de 500 metros de altura, similar a uma hidrelétrica. Esse jato movimenta uma turbina hidráulica, ligada a um gerador, que, por sua vez, produz energia elétrica.
Segundo o Conselho Nacional de Energia um sexto da demanda de energia mundial poderia ser produzida pelos oceanos. Portugal e Inglaterra saíram na frente em busca das forças marítimas e entre este e o próximo ano serão construídos nos dois países parque energéticos marinhos com capacidade para abastecer até 7.500 casas. Japão e Austrália também já fazem testes com geradores flutuantes que convertem a energia das ondas em eletricidade.
Existem estudos, modelos e protótipos de vários tipos e de várias formas de converter a energia do mar em energia elétrica. Basicamente é possível converter energia a partir das ondas do mar, das marés, das correntes marinhas e ainda dos gradientes de temperaturas existentes nas camadas de água dos oceanos. De todos os projetos, os mais avançados são aqueles que estudam a força das marés e a das ondas.
Por Roberto Camara Jr. em 3/03/10 Categoria(s) Indústria
O Estado americano do Oregon na costa leste dos Estados Unidos será o 1º deste país a receber uma usina de energia elétrica cinética.
Utilizando enormes boias de 45 metros de altura por 12 metros de largura e pesando 200 toneladas, estas estações aproveitam os movimentos das ondas do mar para gerar energia limpa e barata sem a necessidade de represar rios e acabar com a fauna e flora local, além da própria história do país como aconteceu, por exemplo, aqui no Brasil com a construção da Hidroelétrica de Sobradinho onde, a cidade de Canudos – local da famosa Guerra de Canudos liderada pelo beato Antônio Conselheiro, eternizada na obra de Euclides da Cunha, os Sertões – está embaixo do lago artificial criado por sua represa.
Com o subir e descer das ondas, cada boia movimenta um pistão que tem seu movimento convertido, com a ajuda de uma bomba hidráulica, em um movimento de rotação, que finalmente faz funcionar um gerador de energia elétrica. O custo total do projeto, que envolve a construção de dez boias é de US$ 60 milhões, e quando estiver inteiramente pronto, abastecerá com energia elétrica 400 residências da região.
Uma curiosidade a respeito deste tipo de geração de energia, é que a 1ª companhia elétrica privada do mundo a utilizar ondas como fonte de alimentação foi inaugurada em 2008 em Portugal, trata-se do Parque das Ondas, na freguesia de Aguçadoura.
Além de ser uma fonte limpa e renovável de energia, este forma de geração poderá vir a ter um futuro promissor a partir do momento que a diferença de custo por Kw/h seja
inferior ao custo de outros tipos de geração agregado ao custo de transmissão de energia, que responde por boa parte do que você e eu pagamos na conta. É algo a se observar.
6 de outubro de 2010
O movimento das ondas do litoral do Brasil vai ser, pela primeira vez, aproveitado como fonte de energia limpa e sustentável. Em parceria com a Coordenação de Pós-Graduação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (COPPE/UFRJ), a Tractebel Energia iniciou em março de 2009, no Ceará, um projeto que propõe utilizar as ondas do mar como fonte de energia elétrica alternativa e renovável.
“É uma proposta inédita, com um custo de cerca de R$ 15 milhões e oferece ao nosso país mais uma alternativa de geração de energia limpa”, observa o presidente da Tractebel Energia, Manoel Zaroni Torres. Fiscalizado pela ANEEL, no projeto serão utilizados recursos de Pesquisa & Desenvolvimento, conforme estabelecido pela Lei Federal nº 9991/2000. O projeto de P&D tem duração de três anos e foi iniciado em
2009. “Esperamos para até o final deste ano que o protótipo do Conversor de Energia
Elétrica a partir das Ondas do mar já esteja montado e gerando os primeiros MWh, quando então poderá ser monitorado e analisado, durante o ano de 2011, em seu
desempenho e rendimento”, explica o gerente de P&D da Tractebel Energia, Sergio
Roberto Maes.
Com a implementação deste projeto, o desenvolvimento de uma tecnologia nacional e inovadora garantirá ao Brasil a possibilidade de explorar esta fonte de energia, a custos reduzidos, uma vez que não terá de incluir custos de royalties para outros países
Similar a uma usina hidrelétrica, o conversor será construído nos molhes do Porto de Pecém (CE) devido às condições marítimas favoráveis, pois 90% do tempo as ondas lá existentes são adequadas para a geração de energia elétrica. Como a Cearáportos já concluiu o reforço do molhes no local de construção, até março deste ano as obras do Porto devem ser iniciadas.
Atualmente o projeto está na fase de contratação e desenvolvimento de fornecedores e equipamentos. O Governo do Ceará contribui com o projeto ao reforçar o quebra-mar, durante as obras de ampliação do Porto Pecém. Isto vai permitir a fixação da usina no local propício ao aproveitamento do maior potencial das ondas do mar da costa do nordeste. Utilizar esse potencial inesgotável sem causar impacto ambiental é um dos desafios da sociedade. Conforme estudos da COPPE/UFRJ, o Brasil, com mais de 8 mil quilômetros de litoral, tem potencial para suprir até 15% de sua demanda energética usando ondas do mar convertidas em energia elétrica.
O estudo prevê a instalação de dois módulos de bombeamento com capacidade de geração de até 100 mil watts de eletricidade, o suficiente para acender mais de 1.600 lâmpadas comuns de 60 watts. Por suas características, este projeto está de acordo com o objetivo da Tractebel Energia em contribuir com a pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias de geração de energia elétrica a partir de fontes alternativas, limpas e
renováveis. “Decidimos investir também no desenvolvimento de tecnologias ainda não exploradas comercialmente”, afirma Zaroni.
Além da geração de energia elétrica, o projeto inclui também a possibilidade de utilização de um módulo de bombeamento para promover a dessalinização da água do mar, por meio do processo de osmose reversa, permitindo transformá-la em água potável. Este processo consome muita energia para a pressurização da água e, como as bombas hidráulicas utilizadas no protótipo já fazem isto através da energia do movimento das ondas do mar, espera-se reduzir o custo deste tipo de utilização.
Como o Conversor de Energia Elétrica a partir das Ondas do Mar funciona:
As ondas do mar movimentam flutuadores ligados a braços mecânicos, que acionam
bombas hidráulicas e injetam água tratada de um tanque, numa câmara hiperbárica (onde um condutor extremamente estreito faz a água ganhar enorme pressão). De dentro desta câmara, a água é lançada contra uma turbina, com pressão equivalente a uma
queda d’água de 500 metros de altura, similar a uma hidrelétrica. Esse jato movimenta
uma turbina hidráulica, ligada a um gerador, que, por sua vez, produz energia elétrica.
Como gerar energia elétrica a partir dos oceanos?
Existem estudos, modelos e protótipos de vários tipos e de várias formas de converter a energia do mar em energia elétrica. Basicamente é possível converter energia a partir das ondas do mar, das marés, das correntes marinhas e ainda dos gradientes de temperaturas existentes nas camadas de água dos oceanos. De todos os projetos, os mais avançados são aqueles que estudam a força das marés e a das ondas.
Capítulo 8 - A energia do mar
Os oceanos podem ser uma fonte de energia para iluminar as nossas casas e empresas. Neste momento, o aproveitamento da energia dos mar é apenas experimental e raro. Mas como é que se obtém energia a partir dos mares? Existem três maneiras de produzir energia usando o mar: as ondas, as marés ou deslocamento das águas e as diferenças de temperatura dos oceanos.
A energia das ondas
A energia cinética do movimento ondular pode ser usada para pôr uma turbina a funcionar.
No exemplo da figura, a elevação da onda numa câmara de ar provoca a saída do ar lá contido; o movimento do ar pode fazer girar uma turbina. A energia mecânica da turbina é transformada em energia eléctrica através do gerador.
Quando a onda se desfaz e a água recua o ar desloca-se em sentido contrário passando novamente pela turbina entrando na câmara por comportas especiais normalmente fechadas.
Esta é apenas uma das maneiras de retirar energia da ondas. Actualmente, utiliza- se o movimento de subida/descida do onda para dar potência a um êmbolo que se move para cima e para baixo num cilindro. O êmbolo pode por um gerador a funcionar.
Os sistemas para retirar energia das ondas são muito pequenos e apenas suficientes para iluminar uma casa ou algumas bóias de aviso por vezes colocadas no mar.
A energia das marés
A energia da deslocação das águas do mar é outra fonte de energia. Para a transformar são construídos diques que envolvem uma praia. Quando a maré enche a água entra e fica armazenada no dique; ao baixar a maré, a água sai pelo dique como em qualquer outra barragem.
Para que este sistema funcione bem são necessárias marés e correntes fortes. Tem que haver um aumento do nível da água de pelo menos 5,5 metros da maré baixa para a maré alta. Existem poucos sítios no mundo onde se verifique tamanha mudança nas marés.
A energia térmica dos oceanos
O último tipo de energia oceânica usa as diferenças de temperatura do mar. Se alguma vez mergulhares no oceano notarás que a água se torna mais fria quanto mais profundo for o mergulho. A água do mar é mais quente á superfície porque está exposta aos raios solares; é por isso que os mergulhadores vestem fatos próprios para mergulhar em zonas profundas. Os fatos colam-se ao corpo mantendo-o quente.
Pode-se usar as diferenças de temperatura para produzir energia, no entanto, são necessárias diferenças de 38º Fahrenheit entre a superfície e o fundo do oceano. Esta fonte de energia está a ser usada no Japão e no Hawai, mas apenas como demonstração e experiência.
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